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HISTÓRIA DOS INDÍOS PATAXÓS

Os pataxós são um povo indígena brasileiro seminômade de língua da família maxakali,


do tronco macro-jê. Em 2010, os pataxós totalizavam 11 833 pessoas, segundo dados
da Fundação Nacional de Saúde. Vivem em sua maioria na Terra Indígena Barra Velha do
Monte Pascoal, ao sul do município de Porto Seguro [1], município do Estado da Bahia, menos
de um quilômetro da costa, entre as embocaduras dos rios Caraíva e Corumbau. O território
entre esses dois rios, o mar a leste e o Monte Pascoal a oeste é reconhecido pelos pataxós
como suas terras tradicionais, as quais abrangem uma área de 20 000 hectares.
Existem outros 6 núcleos de povoamento:

1. Terra Indígena Imbiriba, próximo à foz do Rio dos Frades, a vinte quilômetros ao
Norte de Barra Velha. É o território mais antigo;
2. Terra Indígena Coroa Vermelha, ocupado mais recentemente, estimulado pelo
fluxo turístico, onde se desenvolvem atividades artesanais. Este último
povoamento está à margem da rodovia que liga Porto Seguro a Santa Cruz de
Cabrália.
3. Terra Indígena Aldeia Velha, no município de Porto Seguro, sul da Bahia, ao
norte do distrito de Arraial da Ajuda.
4. Terra Indígena Mata Medonha, ao norte do município de Santa Cruz Cabrália.
5. Terra Indígena Comexatiba, também conhecida como Cahy-Pequi[2], no
município do Prado, imediatamente ao sul da TI Barra Velha do Monte Pascoal,
habitado por aproximadamente 732 pessoas[2].
6. Terra Indígena Barra Velha, localizada na cidade de Caraíva, sul da Paraíba.

História
Como boa parte dos povos indígenas brasileiros, os pataxós foram expulsos das
terras que habitavam, principalmente por conta da colonização e da exploração das
áreas econômicas ocupadas.

Os Pataxó vivem em diversas aldeias no extremo sul do Estado da Bahia e norte de


Minas Gerais. Há evidências de que a aldeia de Barra Velha existe há quase dois
séculos e meio, desde 1767 (veja Histórico da ocupação). Em contato com os não
índios desde o século XVI e muitas vezes obrigados a esconder seus costumes, os
Pataxó hoje se esforçam para avivar sua língua Patxohã e rituais "dos antigos" como
o Awê.
Como viviam os povos pataxós antigamente?
Eram guerreiros temidos, viviam da caça e da pesca e dividiam o trabalho de acordo com o
gênero, cabendo às mulheres o cuidado com os alimentos. Os homens ficavam responsáveis
pela caça, pesca e a fabricação dos utensílios a serem utilizados nas guerras. Já os Pataxó não
apresentavam grande porte físico.

O indígena Galdino

A etnia pataxó ganhou uma trágica notoriedade após o assassinato, em 1997, do


indígena Galdino Jesus dos Santos, que era líder do povo pataxó hã hã hãe. Ele
dormia em uma parada de ônibus em Brasília quando delinquentes atearam fogo ao
seu corpo, alegando que o confundiram com um mendigo.[3]

Atualidades
Hoje a maioria dos pataxós vivem na Aldeia Barra Velha (Arahuna'á Makiame).
Comemoram 500 anos de Brasil. Na aldeia, a cultura é ensinada em um colégio com
infraestrutura moderna para atender a necessidade da educação na aldeia. Há 4
professores de língua pataxó, com a tarefa de passar o legado para as crianças e
jovens sobre o bem cultural que é a língua materna. Os jovens aprendem a língua
indígena, música e dança, e, em comemorações na aldeia, eles sociabilizam a
cultura entre si tornando assim possível a comunicação entre eles.
Crença religiosa
O colar para o povo pataxó representa uma proteção, com a crença de que as
sementes e matérias naturais naturais utilizados passam a força para eles.

Língua falada
O povo pataxó fala o português.
● A língua dos pataxós, persistiu até 1938. Após a chegada do SPI, houve um
choque cultural, os índios eram obrigados a aprender a língua portuguesa, por
esse motivo a língua da comunidade foi "perdida". Ainda existem anciões que
recordam da sua antiga língua. 
Desde 1998, um grupo de professores e pesquisadores do povo Pataxó (sul do
estado da Bahia) passou a realizar, de forma autônoma, pesquisas documentais e
de campo resgatando registros históricos e memórias dos anciões com o intuito de
retomar sua língua originária, dada por extinta em meados do século passado. A
língua retomada foi então batizada como "Patxohã" (língua de guerreiro). O ensino
da língua tem sido feito em escolas.
https://sme.goiania.go.gov.br/conexaoescola/ensino_fundamental/a-resistencia-dos-
indios-pataxo/#:~:text=Os%20patax%C3%B3s%20eram%20N%C3%94MADES!,as
%20regi%C3%B5es%20%C3%A0%20beira%20mar.

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