Povos indígenas

tribo pataxó
modo de vida:
Os habitantes praticam pesca e agricultura de
subsistência, além de cultivar cacau e criar
gado para gerar renda. Há também a venda de
artesanato indígena e investimentos no
etnoturismo. Alguns Pataxós prestam serviços
de hotelaria e aluguel de barracas em Porto
Seguro.
influencer:
Alice Pataxó é uma ativista e comunicadora indígena, possui mais 170 mil
seguidores nas redes sociais, onde aborda questões sobre o preconceito com os
indígenas, demarcação de território e o dia a dia da etnia Pataxó, a qual ela
pertence.
Está na lista das 100 mulheres mais influentes e inspiradoras de 2022, feita pela
BBC.
Indígena pintando rosto de turista.

atividades econômicas:
Atualmente a principal atividade econômica
dos Pataxós é por meio da venda de cacau e
criação de gado. Antigamente era baseada na
produção de hortaliças, verduras, cereais e na
pequena criação de gado leiteiro, na pequena
Ativista Alice Pataxó. Ritual da festa das águas.
criação de porcos e galinhas e na coleta de
Artesanatos vendidos pela tribo. frutos e um pouco de caça e pesca. simbologias e rituais:
Antigamente, o casamento Pataxó era realizado entre primos, que deveriam
território: provar sua força com um desafio: os noivos em potencial precisavam carregar
Os Pataxó vivem no extremo sul do Estado da Bahia, em 36 aldeias distribuídas em uma tora de madeira.
seis Terras Indígenas -- Águas Belas, Aldeia Velha, Barra Velha, Imbiriba, Coroa O Awê é outro ritual bastante tradicional entre o grupo indígena. O termo se
Vermelha e Mata Medonha -- situadas nos municípios de Santa Cruz Cabrália, refere a diferentes momentos de festa, marcados por coreografias específicas. O
Porto Seguro, Itamaraju e Prado. caium, bebida alcoólica produzida a partir de raízes e tubérculos.
No estado de Minas Gerais, os Pataxó vivem em sete comunidades, das quais Praticam sete rituais, alguns deles são a festa das águas, do batismo, o
quatro estão localizadas na Terra Indígena Fazenda Guarani, município de casamento, o ritual da lua, o ritual da colheita e o awê heruê que é uma dança
Carmésia; Muã Mimatxi, no município de Itapecerica; Jundiba/Cinta Vermelha, no parte de um ritual sagrado.
município de Araçuaí e também habitada pelos Pankararu; e Jeru Tukumâ, em Por exemplo: festa das águas, ritual realizado para comemorar a chegada das
Açucena. chuvas e com isso a fartura de alimentos, sendo realizado por crianças até
idosos. É um período de reunião e principalmente de celebração de fartura. Esse
ritual é realizado entre os dias 05 e 12 de outubro de cada ano.
 Povos indígenas
tribo pataxó
aspectos culturais:
Possuem diversas culturas, uma delas são as pinturas corporais, danças, culinária,
artesanatos e histórias contadas pelos próprios Pataxós.
Essas pinturas têm um significado próprio: as pinturas de guerra e as pinturas
feitas para os rituais alegres.
Outro aspecto cultural presente na tribo é a área medicinal, administrada por um
Pajé, um grande sábio da aldeia, considerado o curador de todas as doenças,
sempre representado por um dos mais velhos moradores da tribo.
Danças, culinária e histórias contadas pelos próprios Pataxós são uma atração à
parte.
O artesanato feito pelos Pataxós é mais do que uma alternativa de renda, é uma
representação de sua cultura e crença.
Pajé medicando indígena. Medicamento produzido pela tribo.
família linguística:
Os Pataxó falam o português, mas usam um pequeno vocabulário resgatado de sua
língua nativa, pertencente à família linguística maxakali. Um conjunto de famílias
linguísticas diferentes constitui um tronco linguístico que, nesse caso, é o Macro-Jê.
Resgatar um idioma é também uma forma de preservação da memória de um povo.
Por isso, um grupo de pesquisadores Pataxó se dedica ao processo de retomada de
sua língua (Patxohã - “Língua de Guerreiro”). Para eles, trata-se de uma
reconstrução coletiva.
problemas enfrentados:
A violência contra o povo Pataxó, tornou-se parte do cotidiano das aldeias.
Quando o povo Pataxó deu início ao processo de autodemarcação de seu
território, os ataques se intensificaram.
O acirramento dos conflitos e a pressão de fazendeiros e empresários do turismo
sobre as terras Pataxó têm tirado a liberdade do povo para circular no próprio
território. A brutalidade dos ataques, ameaças e assassinatos promovidos contra o
povo Pataxó se agrava à medida que a comunidade avança sobre as áreas
invadidas por fazendeiros, onde as terras vêm sendo retomadas pelos Pataxó por
meio de um processo de autodemarcação territorial.
O fogo de 51. protestos tribo Pataxó.
Resistência:
Os povos indígenas Pataxós, lutam, desde sempre, contra a invasão de suas terras.
Um evento que ficou marcado na história desses povos foi o FOGO 51,como ficou
conhecido o massacre à Aldeia Pataxó de Barra Velha, resultou em uma violenta
repressão aos moradores. O episódio causou três mortes, a prisão de 38 indígenas,
incluindo a de seu capitão, e um covarde incêndio às casas da Aldeia, provocando
a dispersão da população pataxó.
o evento histórico, acabou se tornando um filme, retratado pelo cineasta e artista
afro-indígena Itamar dos Anjos Silva, em sua nova produção “51: O fogo que não
se apagou”