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ASPECTOS HISTÓRICOS: PATAXÓS

Os Pataxó sempre foram guerreiros, desde os tempos de invasão em 1500, lutam para
se firmarem em um lugar e preservar sua história, sua cultura, sua língua, seus
costumes e tradições, que foi se perdendo desde o momento em que o povo pataxó
foi se juntando ao povo Macaxalis e Botocurus, em uma aldeia onde não se podia sair.
Com contam os indígenas mais velhos, a matança aconteceu em 1951, na aldeia de
Barra Velha. Segundo a história, contada pelo indígena Edmundo Santos Pataxó,
meninas foram estupradas e homens espancados. Muitos foram submetidos a
escravidão porque ficaram sem opção.
Oito anos antes, o governo havia criado o Parque Monumento Nacional do Monte
Pascoal e expulsaram os indígenas que se habitavam naquele território, e por base
nesse acontecimento, começaram as dispersões do povo Pataxó em pequenos
povoados.

“Muitos decidiram ficar na mata tentando preservar a cultura. Meus parentes foram
alguns desses. Temos muitos jogos e rituais, o da Lua Cheia, o do casamento e o do
batismo... Estamos agora tentando recuperar a língua Patxohã..
Com base nos rituais de canto e dança, a pintura e a medicina, que são baseadas em
plantas, a preservação da língua é um dos trabalhos que Nitynawã executa ao lado das
irmãs Jandaya e Nayara dentro da escolha bilingue que foi montada na reserva de
Jaqueira( fundada em 1998).

A CULTURA PATAXÓ:
CANTO E DANÇA: Awê, que significa amor, união e a espiritualidade junto com a
natureza, a dança e o canto são instrumentos de comunhão usado entre os pataxós e a
natureza.

PINTURA: A pintura corporal é um grande valor, que representa a parte da história do


povo e seu sentimento cotidiano, juntamente com os bens sagrados. A pintura é
utilizada em festas tradicionais na aldeia como ritos de casamento, nascimento,
comemoração, dança, luta, proteção, e até luto eterno.

ALIMENTAÇÃO: A alimentação do povo Pataxó é a base de pesca, dos frutos e das


raízes, como a mandioca, sendo o alimento preferido entre eles. A bebida que o povo
pataxó classifica como sagrada, a kawi, o makaiaba (beiju) e kuiuna (farinha), vem de
origem da mandioca.
ARTESANATO: O artesanato é feito daquilo que tudo que a natureza oferece, sendo
madeiras, sementes, folhas, palhas, cipó, argila, penas, bambu...
Algumas de suas obras são feitas de barro, como potes que são utilizados para
armazenas produtos e itens. Outras artes são feitas de cipó, como o caçuar e o cesto.

PLANTAS MEDICINAIS: O conhecimento de várias plantas, raízes, cipós, sementes,


folhas, cascas de madeira permitem que os pataxós desenvolvam a medicina vinda da
natureza, baseadas em plantas.
Por exemplo, a resina da amescla serve para purificar o ambiente e fortalecer o
espírito, além de afastar coisas negativas do corpo.

ALGUMAS IMAGENS REFERENTES A CULTURA


RESINA DE AMESCLA:

https://www.ppmac.org/content/amescla

PINTURA:

https://allwood.com.br/dia-do-indio-allwood-oculos-de-madeira/amp/
BEIJU:

https://come-se.blogspot.com/2015/10/beiju-de-mandioca-com-amendoim.html?m=1

DANÇA:

http://pataxos.blogspot.com/2016/03/principais-rituais-e-festas-pataxo.html?m=1
CESTO:

https://www.dicionariotupiguarani.com.br/dicionario/cacua/

Fonte de Pesquisa:
http://redeglobo.globo.com/globoecologia/noticia/2011/11/conheca-historia-dos-
indios-pataxo.html
COSMOVISÃO:
O povo Pataxó atualmente não fala majoritariamente sua língua original, o Patxohã,
entretanto já existe, desde 1998, um grupo de pesquisadores trabalhando para a
reconstrução desse dialeto e eles entendem esse processo como uma “retoma da
linguagem”. Se aprofundando nesse aspecto específico, pode-se obter a percepção de
que o conhecimento cultural Pataxó não é escrito e sim verbal, isto quer dizer que para
eles, aprender a sua língua não é só um meio de se comunicar entre si e sim conversar
com o passado e descobrir sua identidade.
Desde o século 16 o povo Pataxó é alvo de ataques e violências por parte da
colonização. Muitas vezes tal realidade se expressava através de conflitos com outros
povos, que aliados aos portugueses e motivados pela promessa de equipamentos,
entravam em batalha com os Pataxó e os Botocudo. Mais tarde, em meados de 1777
com o pretexto de civilizar os Pataxó, o desembargador e ouvidor geral José Xavier
Machado Monteiro combateu o uso das línguas e introduziu os Pataxó forçadamente na
sociedade branca, empregando os filhos homens dos Pataxó em trabalhos e colocando
as mulheres em casas de mulheres brancas.
Graças à tradição verbal, os Pataxó tem uma visão única de ocorrências históricos,
incorporando acontecimentos à sua cultura e crenças, dessa maneira criando um folclore
vivo e constante. Sobre a cultura, pode-se dizer que os Pataxó a interpretam como
propriedade de um povo e como desrespeito incorporar algum rito de outra etnia.

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