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Antes da colonização

A história da Nigéria é milenar e marcada pela civilização Nok, que se estabeleceram


inicialmente no norte do país e avançaram em direção às áreas centrais, essa cultura ficou
bastante conhecida pelas esculturas feitas em terracota e produção de ferramentas a partir do
ferro. Essa civilização e outras, como os bantos e os ibos, eram importantes grupos
populacionais da Nigéria, e se organizavam por meio de reinos

Antes da invasão europeia a área em torno da Nigéria foi o lar de uma série de sociedades
sofisticadas e influentes.

Antes da colonização, tanto os Yorubas quanto os Igbos eram povos com tradições mercantis
fortes, e sistemas democráticos de governo. Mas os Yorubas já possuíam uma tradição urbana,
vivendo em cidades muradas com ruas amplas. Os Igbos habitavam comunidades mais
primitivas, mas é relevante que também possuíam governo democrático e uma sociedade com
mobilidade vertical. Os Hausa-Fulani, por outro lado, constituíam grupo bastante diverso, mas
em geral com a característica de as comunidades serem controladas por emires, tendo certo
grau de centralização e falta de mobilidade social.

No começo do século XIX, a maior parte das áreas do norte da Nigéria ficaram sob
o controle de um império islâmico. A presença de muçulmanos em reinos e impérios
na África Central e no norte do Continente é muito comum na história de África,
especialmente a partir do século XI. Em relação à outra porção do território que hoje
corresponde à Nigéria, as regiões do sudoeste e do sudeste foram locus dos reinos
de Oió e Benim, respectivamente, onde foram desenvolvidos sistemas bastante
elaborados de organização política a partir do século XV.
O modo como esses grupos se aproximavam nos mais diversos sentidos por meio
do tronco linguístico foi estudado.

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Analisando os idiomas bantos, é possível perceber que suas origens muito
provavelmente se dão em áreas de floresta, característica marcante do sul nigeriano.
Por meio da língua é que esses povos criam, leem e interpretam a realidade ao seu
redor, de modo que todos os aspectos da vida se encontram na linguagem. A pesca,
a agricultura, a produção de artefatos e a religiosidade, a mediação de conflitos e
guerra, as formas de organização política… tudo isso se conecta pela linguagem e
esses povos apresentam várias semelhanças em seus modos de vida.
Boa parte dos escravizados trazidos para o Brasil são oriundos da costa ocidental
do Continente Africano. Muitos deles falavam línguas bantas, como os iorubás, de
presença muito forte na história brasileira.

COLONIZAÇÃO DA NIGÉRIA
Desde o fim do século XV, os portugueses estavam presentes no delta do Rio Níger.
A partir da década de 1480, emissários da Coroa Portuguesa estreitaram relações
com o Benim. Lá mantiveram o monopólio comercial até o fim do século XVI.
Durante o tempo em que se sucedeu, porém, a Nigéria foi, como quase todo
o Continente Africano, violentada pelo mercado do tráfico internacional de
escravizados. Vários portos costeiros foram criados para o transporte, para as
Américas, dos escravizados que os portugueses compravam (geralmente prisioneiros
de guerra) dos reinos e povos do Continente.
Esse mercado internacional da desumanização desestabilizou vários reinos
da África, que guerreavam cada vez mais para conseguir mais escravizados e,
assim, vendê-los aos europeus. Na região da Nigéria, há relatos de reinos cuja
economia ficou profundamente dependente do comércio de escravizados.
Somente no século XIX é que a violência da exploração de corpos humanos
transformados em mercadoria é substituída, por ocasião da proibição do tráfico
internacional de escravizados..
Desde 1886, foi instituída a Companhia Real do Níger pelo governo britânico, que
passou a ter os direitos de exploração do território nigeriano. A partir do início do
século XX, o território da atual Nigéria foram bipartidos, dando origem aos
protetorados britânicos do Norte da Nigéria e do Sul da Nigéria, que mais tarde se
uniram e formaram a colônia britânica da Nigéria.
Como outras colônias europeias, a nigeriana foi uma colônia de exploração. Rica em
petróleo, minérios variados e produtos agrícolas, a Nigéria foi, durante o seu Período
Colonial (1900-1960) uma “fazenda do mundo capitalista”.

https://negre.com.br/independente-ha-60-anos-a-distancia-entre-nigeria-e-brasil-e-
menor-que-um-oceano/

A Nigéria se tornou independente em 1960, após um longo processo de negociação com a


metrópole.. A Nigéria se estruturou como uma federação composta por três regiões
autônomas, subordinadas a um governo central fraco. Poucos anos após a independência, em
1967, houve a eclosão de uma guerra civil, a Guerra de Biafra, originada pela intenção da
região sudeste do país de se tornar independente. A guerra se estendeu até 1970 e, apesar do
amplo apoio internacional conseguido pelos secessionistas, o governo federal saiu vitorioso do
conflito. Conclui-se, assim, que a vitória do governo federal no conflito de Biafra foi essencial
para o processo de construção do Estado nigeriano, assim como o foram as reformas aplicadas
na década que se seguiu à guerra.

file:///C:/Users/Computador/Downloads/brunobernardi,+2014_v.03+n.
+06_05_Artigo02_3002%20(1).pdf
ORGANIZAÇÃO SOCIAL NIGERIANA
A partir do ano de 1960 a Nigéria se tornou independente.. Desde então, o país vivenciou
várias disputas internas entre as etnias locais, cenário que culminou em uma guerra civil, entre
os anos de 1967 e 1970. Já na virada do século XX para o XXI, a Nigéria teve suas primeiras
eleições democráticas, mas o cenário de instabilidade política é permanente. Como Nigéria é
uma república federalista há a figura de um presidente, que é o chefe do Executivo, assim
como de duas instâncias do Legislativo: a Câmara e o Senado federal. A Câmara possui 360
assentos, e o Senado, 109. O país possui eleições diretas, sendo que os representantes do
Executivo e do Legislativo são escolhidos pela população. Entretanto, apesar de ser
considerado uma democracia, o país enfrenta diversos disturbios políticos, frutos desses
movimentos nacionalistas e extremistas. Um exemplo é o grupo Boko Haram, que atua no
norte nigeriano e busca a implementação da sharia, o código penal islâmico, em todo o país.
Na Nigéria, a sharia já é praticada em alguns estados do norte do país (onde predomina a
população muçulmana), situação que resulta em diversos desrespeitos aos Direitos Humanos,
com tais regiões sendo alvos frequentes de denúncias de organizações internacionais

A Nigéria é dividida em 36 estados, alguns deles são: Bauchi, Edo, Níger, Sokoto, Kogi, Kano,
Rivers, Lagos, Delta, entre outras.

https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/nigeria.htm

Constituição da Nigéria de 1999, decidiu firme e solenemente que o povo da República Federal
da Nigéria: VIVER em unidade e harmonia como uma nação soberana indivisível e
indissolúvel sob Deus, dedicada à promoção da solidariedade inter-africana, paz
mundial, cooperação e compreensão internacional.

https://jus.com.br/artigos/98079/constituicao-da-nigeria-de-1999-revisada-em-2011

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