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Dedico este livro para o garoto que conheci no condomínio.

Espero poder encontrar você novamente.


“Something 'bout you
Makes me feel like a dangerous woman”

Eu havia me mudado temporariamente para o apartamento do meu pai no centro da cidade,


era um belo apê, três quartos, três banheiros, uma varanda, uma cozinha espaçosa e uma sala
ainda maior. Hoje seria meu primeiro dia no condomínio, estava ansiosa para decorar meu
novo quarto, mas ao mesmo tempo estava pensativa. Minha irmã mais nova estava se
recuperando de uma lesão no braço que acidentalmente eu causei ao tentar ensiná-la a jogar
vôlei. Estava me sentindo culpada.
— Chegamos, meu bem. Pode ir para a piscina se já quiser, eu vou estacionar o carro e
vou subir com suas coisas. — meu pai, Robert avisou, parando o carro ao lado da entrada da
recepção do condomínio.

— Tá… Eu acho que vou, tá muito calor. — disse, abrindo a porta do passageiro após tirar
o cinto.

— Você mora no nordeste, o que esperava? — sorriu, tirando uma risada baixa de mim.

Deixei o carro apenas com meu celular em mãos, atravessei a recepção, subindo as
escadas para chegar na área da piscina, que ficava logo acima do estacionamento, entre as
únicas três torres de treze andares. Chegando lá, me aconcheguei em uma mesa perto da
piscina, coloquei meu celular em cima da mesa de vidro e sentei de frente para o gigantesco
buraco com água, o lugar onde eu estava localizada tinha uma vista perfeita para as três torres
e todos que estavam na piscina — o que não eram muitos, já que só tinha duas crianças e um
casal.

Não demorei para entrar na piscina, tirei minha roupa, passei protetor nos braços — parte
mais sensível do meu corpo —, meu biquíni ajudava com minha autoestima, em um tom de
azul escuro, a parte de baixo sendo asa delta fio dental, e a parte superior contendo um decote
com aro curvo que formava um coração de ponta cabeça, deixando os meus seios marcados,
era uma visão linda para quem se sentia atraído.

Com o tempo, algumas pessoas foram chegando, mas todas elas sendo desinteressantes e
materialistas, pareciam bonecos, pessoas que se importavam apenas com dinheiro e adoravam
passar na cara o quanto eram ricas, donas de BMW ou uma Porsche qualquer. Mas ele não.

Ele chegou de forma misteriosa, mexia em seu telefone ao mesmo tempo em que
conversava com o irmão mais novo, mesmo fazendo duas coisas ao mesmo tempo, parecia
totalmente interessado no que o mais novo falava, e isso era fofo de se ver. O irmão foi para a
piscina, ele sentou-se em uma mesa próximo ao local da piscina onde eu nadava. Ele me
intrigou, eu queria saber mais sobre ele, queria saber quem era, saber se era tão bonito por
dentro da mesma forma que era por fora.

Ele era mais alto que eu, supostamente 1,75 de altura, era branco, seus olhos em um tom
de castanho claro, quase esverdeados, seu cabelo castanho continha luzes loiro claro em todo
ele, e seu fluffy middle part combinava com o formato do seu rosto. Ele era lindo, lindo para um
santo caralho!

Perdi a noção do tempo enquanto o encarava, eu estava praticamente babando por ele
desde o momento em que o vi chegar, mas a vergonha acabou aparecendo quando nossos
olhares se encontraram. Algo em mim não me deixava desviar o olhar, e o garoto também não
desviava, era quase como se um estivesse secando o outro, até que o irmão chamou-o para
assisti-lo descer do tobogã direto na piscina. Nesse tempo eu pude soltar o ar preso em meus
pulmões, mergulhar e nadar até a borda da piscina, onde me apoiei com as mãos, e de costas,
sentei-me na borda, em um movimento onde as pessoas que estavam consideravelmente perto
olharam, e ele era um deles. E era apenas o olhar dele que me importava.

Apoiei-me nos cotovelos, na tentativa de pegar um pouco de sol, meus fios cacheados
tingidos de loiro batiam na metade de minhas costas quando molhados, e isso de alguma forma
fazia-me sentir empoderada para tentar algo mais sensual, uma jogada sutil de cabelo para trás
e uma mexida na lateral da calcinha do biquíni. Foi o suficiente para quando eu o olhar, ele
estar me fitando, mordendo o lábio inferior. Ele estava me desejando e aquilo era nítido até
demais.

Entrei novamente na piscina, mergulhando outra vez, e assim que voltei para a superfície,
procurei o garoto que já estava de pé, segurando a barra da sua camiseta, tirando a mesma
peça do seu corpo, ficando apenas com um short tactel que eu tinha certeza que ao molhar
deixaria algo marcado. E deixou.
Quando tirou a camisa totalmente, fez questão de passar a mão pelo tanquinho que
possuía, e puta merda! Ele era sarado pra caralho. Eu não conseguia desviar o olhar de seu
corpo, mordia meu lábio inferior para tentar conter minha imaginação fértil demais, mas era
impossível com uma visão dos deuses que eu possuía neste exato momento, ele se molhando
no chuveiro para poder entrar na piscina, a água escorrendo pelos seus gominhos, seu olhar de
encontro com o meu quase como se estivesse me chamando para ir até ele e chupá-lo ali
mesmo, quando passava a mão com as veias à mostra no próprio pescoço, quando com a
mesma mão descia em um movimento lento até a virilha marcada, como se realmente quisesse
que eu visse aquela cena.

Ao entrar na piscina, ficamos distantes um do outro, ele nadava em uma direção e eu


nadava para outra, mas quando ficamos um pouco mais próximos, senti seu olhar pesar sobre
mim, ele me analisava como se quisesse saber o que eu pensava, principalmente ao olhar para
ele, cheguei até em pensar que ele já poderia ter sacado que eu estava tão interessada quanto
ele, que eu o queria. Quando nossos olhares se cruzaram pela segunda vez naquela
proximidade, ele sorriu de canto enquanto encarava meus lábios, o sorriso mais safado que eu
já tinha visto.

Em alguns momentos ouvi o irmão chamá-lo pelo nome, Gabriel. Ao menos isso eu já sabia
sobre ele.

Passamos um bom tempo naquilo, nos olhares e sorrisos trocados, além dos pensamentos
maliciosos. Mas em um momento eu precisei ir para o apartamento, ainda tinha que comer algo
e cumprimentar minha madrasta, eu sabia que meu pai teria que voltar para o trabalho já que
era domingo e ele só tinha uma pausa de 40 minutos — que já foram gastas para me buscar na
casa de minha mãe. Sai da piscina, mas não podia perder a oportunidade de sensualizar antes
de ir, andando com um rebolado de quadril que se fosse usado corretamente, deixaria qualquer
um de queixo caído.

Sequei-me um pouco no sol já que estava sem toalha ali, vestindo apenas o short jeans e
calçando os chinelos para poder subir, enquanto eu andava, sentia uma queimação no corpo, e
quando olhei para trás, o vi me encarando com o cenho franzido, como se quisesse me dizer
que não queria que eu fosse embora logo agora que estávamos tão perto.
Mas, em compensação, sorri de canto, deixando uma piscadela no ar, se ele realmente me
quisesse, ele teria que vir atrás de mim, eu não iria ser tão fácil assim, eu queria que ele
implorasse por mim, que corresse por mim e… me fodesse?

Pouco tempo depois eu já estava dentro do apartamento, minha madrasta, Sabrina, estava
dormindo no momento em que cheguei, e minha irmã mais nova também, estava muito
cansada dos exames contínuos que atualmente fazia e não lhe sobrava tempo, coitada. Peguei
uma das minhas mochilas, catei um short jeans curto, uma regata preta e roupas íntimas, além
da toalha limpa, indo diretamente para o banheiro ao lado do meu quarto. Um banho meio
demorado e bem tomado me deixou cheirosa, lavei o cabelo e passei creme de pentear,
deixando os cachos armados e com brilho. Passei um pouco do meu perfume de bebê,
coloquei gloss de cereja nos lábios e lavei o óculos que estava com a lente suja, indo para a
varanda que tinha a vista para dentro do condomínio, diretamente para a área da piscina.

Ele ainda estava lá, nadando, observando o irmão.

Não demorou muito para que ele notasse-me ali, no último andar do prédio, e começou a
sorrir de imediato, tirando um sorriso de mim também, e como agradecimento pelo sorriso
espontâneo, acenei para ele, recebendo um sinal de legal como resposta.

— Vanny! Desculpa estar dormindo quando chegou, acabei ficando até tarde com sua irmã
no posto de saúde ontem, ela tinha sentido uma crise de dor no braço e só passou quando
tomou injeção. — bufou, sentando-se no sofá da sala atrás de mim.

— Tudo bem, eu entendo. — olhei para ela por uns instantes, voltando meu olhar para
Gabriel lá embaixo, que observava atentamente o décimo terceiro andar para não me perder de
vista. — E como ela tá?

O garoto fez um sinal com as mãos, pedindo para que eu descesse e ficasse lá com ele.

— Tá bem, né, só cansada. — arrumou os fios lisos atrás da orelha, bocejando logo em
seguida.

— Que bom… Ah, eu vou pegar um biscoito, tem problema? — fui na direção da cozinha,
abrindo o armário e pegando um biscoito de chocolate com baunilha, meu favorito.

— Claro que não, fique a vontade, o apartamento é seu agora também.

Sorri pequeno, com pouca vergonha, aquilo passaria minha fome em pouco tempo. Sabrina
ligou a tevê e se aconchegou no sofá, deitando-se nele para ficar mais confortável, porém, já
sabíamos que ela dormiria ali hora ou outra.

— Eu vou descer e volto logo, descanse tá? — peguei minhas chaves do apartamento, pois
não iria voltar tão cedo assim e sempre tínhamos o costume de trancar tudo.
Ela apenas assentiu, deixando-me descer sem problema algum.

[...]

Ao chegar na piscina, ele já estava fora, se secando com a toalha, já seu irmão aproveitava
ao máximo o limite que ele poderia ficar antes de subirem para o prédio deles. Assim que
cheguei mais perto da mesa, Gabriel me olhou, sorrindo largo ao ver que eu realmente fui
encontrá-lo. Ele era mais bonito ainda de perto.

— Então você é o garoto bonito da piscina? — falei sem desmanchar o sorriso,


aproximando-me ainda mais da mesa, ficando apenas dois passos de distância do garoto.

— E você é a gata da piscina. — sorriu de canto, analisando-me dos pés à cabeça. — É


ainda mais gata de perto, como isso é possível?

— Eu discordo de você, não sou gata, e acho que você precisa rever os seus gostos, pois
se atrair por alguém como eu é péssimo! — ajeitei a alça da regata, subindo-a um pouco mais,
fazendo meus seios ficarem marcados e altos.

— Agora quem discorda são eu! Como uma deusa dessa — aponta para mim. — Diz que
preciso rever meus gostos por achá-la gostosa e bonita pra caralho?

Deixei uma risada genuína escapar, olhando em seus olhos, sabendo que falava a verdade
sobre o que pensava, e sua voz um pouco mais grossa era igualmente deliciosa.

— Meu nome é Vanessa, mas pode me chamar de Vanny se preferir. — estendi a mão para
um aperto. — Eu geralmente prefiro abraços, mas eu já tomei banho e você ainda está inteiro
molhado e com cloro.

— Matheus Gabriel, mas me chama só de Matt. — apertou minha mão, depositando um


beijo nos nós dos meus dedos. — Se o problema é eu estar “sujo”, então sobe comigo, eu tomo
um banho, e aí você me abraça.

— O que os seus pais pensariam de você estar levando uma desconhecida em casa? -
semicerrei os olhos, sorrindo largo.

— Eles não estão em casa, e você não é mais uma estranha para mim, bê. Além de que…
— olhou para o irmão, aproximando sua boca de meu ouvido para sussurrar. — Meu irmão te
achou bonita, moça.

Sua voz era grave, e seu sussurro arrepiou todos os meus pêlos, deixando-me
desestabilizada por também estar tão próximo assim de mim. Encaramos nossas bocas por um
momento, alternando os olhares para os olhos enquanto nos afastamos lentamente. Minha
vontade era de puxá-lo para um beijo, mas eu paralisei e não conseguia sequer falar algo.
— Então assim, não tem problema nenhum de ir.

— E… E onde fica? — pisquei algumas vezes, tentando me concentrar novamente.

— No Alexandria, de frente ao seu prédio, no mesmo andar, o apê 1035. E olha que
coincidência, as varandas e as janelas dos nossos quartos ficam de frente uma para a outra.

— Como sabe qual a janela do meu quarto? — franzi o cenho.

— A estampa da cortina é a mesma da sua regata. Guaxinins.

De início duvidei que realmente desse para ver, mas ao olhar, realmente era possível ver, já
que a estampa da cortina era grande demais. Olhei para ele de volta e sorri, derrotada.

— Então está sugerindo que conversemos pela janela? — cruzei os braços.

— Exatamente. Mas, só se aceitar subir comigo.

— Tá, aceito. Se quiser, podemos até pedir um lanche, tô com dinheiro. — mostrei a
capinha transparente do celular, onde tinha uma nota de 100 reais.

— Está mais que maravilhoso, Vanny.

Aquele maldito sorriso de canto me deixava molhada.

~~~~~~

No apartamento dele, tinha mais móveis que no do meu pai, era mais sofisticado e mais
tons claros, o que não deixava de ser bonito, quem escolheu tinha bom gosto. Matt estava no
banheiro tomando banho, seu irmão, Andrey, veio o caminho inteiro conversando comigo, mas
assim que entramos no elevador, o pequeno pediu para que fosse deixado no andar quatro, no
apartamento da tia deles, e o irmão permitiu.

Eu esperava o garoto terminar de tomar banho enquanto procurava algum filme bom na
netflix, eu tinha esperanças para o que poderia acontecer entre nós ali, mas ao mesmo tempo
tentava não pensar nisso, já que queria conhecê-lo de verdade, e pelo o que vi até agora, ele
era um cara incrível. Engraçado e atraente na dose certa, além de que é sério em momentos
onde precisam, percebi enquanto ele conversava com o irmão, antes de deixá-lo no
apartamento da tia, era como se fosse o pai, e não vou mentir, me sinto atraída por homens
que tratam crianças bem.

Após tanto procurar, encontrei um filme novo para assistirmos, faltava apenas ele voltar do
banho para assistirmos e conversarmos.

E lá estava ele, sem camisa, com o cabelo úmido e desgrenhado, um short de lycra preto e
pés descalços. Ver o corpo dele assim tão de perto era belo, mas ao mesmo tempo que queria
tocar, eu também me sentia ameaçada por conta das outras garotas que deveriam estar na
cola dele também.

— Se incomoda se eu ficar assim? Ou quer que eu ponha uma camisa? — disse assim que
apareceu ao meu lado no sofá, ele me flagrou o olhando e acredito que o comentário também
tenha sido por isso.

— Não, não, de forma alguma… — cocei a nuca, envergonhada, tinha certeza que estava
vermelha.

— Então, estou esperando aquele abraço. — abriu os braços com um sorriso no rosto.

Sorri pequeno, levantei do sofá e envolvi seu pescoço com meus braços, aproximando
respeitosamente nossos corpos em um abraço apertado. Matt enlaçou minha cintura com seus
fortes braços, puxando-me para colar nossos corpos, arrancando-me uma arfada surpresa,
seguida de um sorriso.

Seu cabelo tinha um cheiro fraco de manga, seu pescoço continha um perfume que nunca
havia sentido o cheiro antes, era gostoso, combinava com ele. Eu podia sentir seus músculos
através da minha fina camisa, era uma tentação.

Ao nos separarmos, pude respirar novamente, aquele abraço tinha me deixado louca pelo
garoto, era como se ele tivesse um poder que atraísse as pessoas.

— Seu abraço é viciante, sabia? — Matt sorriu largo, sentando ao meu lado no estofado.

— Você é a primeira pessoa que me fala isso. — desviei o olhar, envergonhada, tentando
conter o sorriso largo que tanto era insegura.

— Por favor, sorria. — pareceu perceber o que eu tentava fazer, tocando em meu queixo
com o indicador, fazendo-me olhar para ele novamente. — Seu sorriso é lindo demais para ficar
escondido.

Suspirei, deixando o sorriso escapar. Ouvir aquelas palavras dele me deixava ainda mais
interessada no garoto.

— Mas então, quantos anos você tem? — Matt se aproximou um pouco mais de mim,
encostando seu joelho na lateral da minha coxa.

— Tenho 17, e você?

— Tenho 18, não muito mais velho que você, ainda bem.

— “Ainda bem”? — Arqueei a sobrancelha.

— Sim, se você tivesse menos que 16 eu teria um problemão, já que quero muito… — te
comer — te conhecer melhor.
— Entendi… — deixei uma risada baixa escapar. — Então vamos nos conhecer melhor!

Ajeitei-me no estofado, ficando de frente para ele, cruzei os braços, olhando em seus olhos.

— Eu já sei seu nome e sua idade, o que mais preciso saber sobre você, Matt?

— Eu faço academia…

— Juro que nem notei… — falei olhando para o seu tronco, mordendo o lábio inferior, o que
fez o garoto rir.

— Eu gosto bastante de jogos, faço boxe, e hm… — tombou a cabeça levemente para trás,
pensativo. — Adoro cozinhar. Não sei dizer muitas coisas ao meu respeito, isso você pode
descobrir com o tempo e me dizer o que acha.

— Então você quer me ver mais vezes? Não me achou chata ou inconveniente?

— Claro que quero, quero tantas coisas que seu queixo cairia se soubesse.

— Que tipo de coisas? — aproximei-me um pouco mais, fazendo o garoto sentar-se de lado
no sofá, com as pernas cruzadas em uma borboleta.

— Não sei se me é permitido dizer isso, sabe?

— Se for ao meu respeito, eu permito, com toda certeza eu permito.

— Antes de qualquer segredo obscuro que eu tenha pra falar, me fale sobre você. O que
gosta de fazer, como você se descreveria.

— Tá… Primeiro, eu sou muito curiosa. Segundo, eu também amo cozinhar e sou fascinada
em doces, eu amo a natureza, eu toco guitarra e também canto… E serei ousada ao dizer que
quero que descubra minha lista de favoritos nos nossos futuros encontros.

— Isso vale como um, sabia? Pode não ser um dos melhores, pois eu queria cozinhar para
você e fazer um jantar a luz de velas, assistirmos uns filminhos e até mesmo você dormir aqui
no meu quarto. — por um momento, o vi falar sem malícia no olhar, ele realmente não me
enxergava apenas como diversão, queria algo mais comigo.

— Fico feliz em saber disso. — sorri pequeno.

— Já eu fico feliz em saber que moro no mesmo condomínio que você. Só assim vou ter
você pertinho de mim todos os dias… — Matt encostou sua destra em minha bochecha,
acariciando o local com delicadeza, era quase como se estivesse alisando um gato e ele
estivesse ronronando.
— Eu tenho um desejo absurdamente grande por te beijar desde que te vi na piscina. —
sussurrei, olhando para seus lábios, imaginando o quão macios eles seriam.

Matt aproximou seu rosto do meu, depositando um beijo no canto de minha boca, sorrindo
de canto ao notar minhas reações. O peito acelerado, respiração ofegante, os pelos do corpo
eriçados, e as bochechas coradas.

— Vou te contar um segredo… — sussurrou, completando. — Eu também tenho.

O moreno agarrou minha nuca com vontade, entrelaçando seus dedos nos meus fios
dourados, sua boca tomou a minha com voracidade, sua língua pedindo permissão para entrar
e explorar cada canto. Minha canhota apertou os ombros de Matt, já a destra, passeava pelo
corpo escultural do rapaz, que estremeceu ao sentir as pontas dos dedos em seus músculos
abdominais. A mão que segurava minha cintura com força, soltou-a de imediato, segurando em
meu pulso, direcionando minha mão até seu pau duro sob o short e cueca que usava.

Assustei-me com o tamanho do cacete, imaginando como seria tê-lo dentro de mim, me
estocando, me fodendo inteira em várias posições diferentes. Com o membro ereto em minha
mão, apertei-o com vontade, sorrindo contra o beijo enquanto o moreno arfava, deixando
escapar gemidos baixos com sua voz grave. Naquele ponto eu estava encharcada, sentia o
tecido de minha calcinha colar em meu íntimo pelo líquido natural que escorria de mim, eu
queria fazê-lo sentir como havia me deixado, mas também não queria acabar com os estímulos
em seu pau sobre o short.

Apertei-o mais uma vez, sentindo-o latejar, Matt queria aquilo tanto quanto eu.

— Você tem certeza que quer fazer isso? — disse ao separar nossos lábios para conseguir
respirar novamente.

— Absoluta, Matt. — colei nossas testas, apertando minhas coxas entre elas para tentar
conter a queimação que subia até minha buceta.

— O que acha sobre tapas? — murmurou.

— Então você é sadomasoquista? — olhei em seus olhos, ainda muito próxima de seus
lábios.

— Talvez eu curta um pouco. Mas o que você acha sobre tapas? Ser enforcada?
Amarrada?

— Pode usar comigo todos os brinquedos que você tiver, quero que me mostre o quão bem
você fode. — apertei seu pau mais uma vez para provocá-lo.

Matt soltou um gemido arrastado, apertando minha nuca e puxando meu cabelo,
fazendo-me tombar a cabeça para trás com uma arfada prazerosa, meu pescoço ficando à
mostra, meus seios subindo e descendo conforme eu respirava descompassado. Matt me
foderia ali mesmo, mas pelo seu olhar, na sala seriam apenas as preliminares, o que me
torturava ainda mais, meu interior se contraia e escorria ainda mais, eu precisava dele,
precisava do seu toque.

O moreno passava lentamente a língua pela extensão do meu pescoço, descendo as alças
da regata e do sutiã com a mão livre, pondo meus seios para fora, o que o fez parar oque fazia
apenas para observá-los, ele estava maluco por isso. Coloquei-me sentada em seu colo com
apenas um movimento, meus seios perto de seu rosto, queria vê-lo tentado, mesmo sabendo
que ele não deixaria isso passar quando fosse me punir. Sua destra apertava meus seios,
brincando com o bico de um, apertando-o e puxando-o entre seu indicador e polegar, aquilo
fazia-me querer gritar de prazer, gritar seu nome, gemer até ficar sem voz.

— Eles são incrivelmente lindos, Vanny. — sussurrou, abocanhando um dos seios.

Gemi baixo, contorcendo as costas em reação, ele sabia usar bem sua língua, e aquilo me
deixava mais excitada ainda para sentir sua boca em minha buceta que já estava inchada e
completamente encharcada.

Comecei com movimentos lentos do quadril, sentindo seu pau embaixo de todos os tecidos
que nos separavam, eu estava sedenta, mordendo o lábio inferior e puxando os fios de sua
nuca.

Arfando com meus movimentos, Matt me segurou no colo, levantando-se do sofá e me


carregando até seu quarto, trancando a porta em seguida.

O cômodo era grande, tinha uma cama de casal, paredes cinzas com alguns desenhos
espalhados que talvez ele mesmo tenha desenhado, um teto cheio de estrelas que brilham no
escuro, uma cômoda no canto da parede e um espelho de chão. As roupas sujas ficavam
dentro de uma cesta ao lado do espelho, o que me surpreendeu, pois ele era bastante
organizado, existia uma escrivaninha com uma cadeira preta que parecia ser confortável, e lá
era onde o seu computador ficava. O quarto era incrivelmente cheiroso, e um pouco gelado
pelo ar-condicionado estar ligado.

— Você é tão linda… Fico com pena de foder você. — sussurrou rente ao meu ouvido,
mordiscando o lóbulo de minha orelha em seguida.

Matt aproveitou que eu estava tão entregue para retirar minha camisa e sutiã, jogando-os
longe da cama, tentei esticar minhas mãos para alcançar o cós do short dele, mas o moreno
me impediu, segurando meus pulsos com apenas uma mão, prendendo-me com as mãos
acima da cabeça. Ele era forte, nem se eu tentasse conseguiria me soltar de suas lindas mãos
— mas era assim que eu queria ficar.

— Vanessa… — Ele sussurrou, com o olhar vagando em meus lábios, comecei a me


contorcer sob ele, pedindo para ser fodida, mas isso tornou a situação ainda pior, ou melhor.
Matt então segurou o meu quadril com a mão livre e com o joelho, ele empurra a minha perna
esquerda para cima. O seu membro duro entre as minhas pernas, sendo pressionado contra o
calor do meu íntimo, fazia com que as minhas bochechas queimassem. — Eu tô ficando
louco…
Lentamente, o moreno começou a esfregar seu quadril contra o meu, estimulando-nos com
o delicioso atrito, fazendo ambos gemerem silenciosamente sem quebrar o contato visual. Não
consegui conter a vontade de beijá-lo, então o fiz, fazendo-o agarrar o meu quadril e meus
pulsos com mais força, aprofundando o beijo, colocando sua língua em minha boca que já
havia concedido a permissão. Matt explorava minha boca vivamente. Sua mão, em seguida,
movendo-se de meu quadril para a cintura, de vez em quando apertando minha carne, parando
sobre o meu seio, ele cessou o beijo, deixando-me respirar, Matt me olhava nos olhos quando a
mão dele se moveu sobre o meu seio e massageou-o levemente, seus dedos se moviam sobre
o meu mamilo rígido, fazendo um carinho gostoso que apenas ele fazia. Seus lábios
devoravam os meus novamente em um beijo selvagem, sedento, sua mão deslizou de minha
cintura, desabotoando meu short jeans e o arrancando do meu corpo sem soltar meus pulsos.
Ele podia ver o quanto a calcinha estava encharcada, o quanto eu desejava ser tocada
unicamente por ele, e precisava disso nesse exato momento.

Logo, senti dois de seus dedos em meu clitóris sob a calcinha de renda vermelha,
massageando-o lentamente em movimentos circulares.

— Matt… Puta merda! — gemi, não conseguindo guardar em minha garganta, seu toque
era delicioso, exatamente no lugar em que eu mais sentia prazer, do exato jeito que gosto de
ser tocada.

— Shiii… — Ele sussurrou, empurrando um dedo em minha buceta molhada, fazendo-me


arquear as costas. Matt inclinou-se para baixo, seus lábios encontraram a minha clavícula e
deixou beijos molhados até o pescoço, movendo-se até minha orelha, chupando minha pele
com voracidade, ele começou a mover o dedo no meu íntimo, tocando perfeitamente o ponto
ideal, fazendo-me gemer novamente o nome dele, sentindo então uma queimação em minha
barriga como punição por não o ter obedecido. Era uma mordida, mas havia sido tão gostoso,
que não tinha como reclamar. — Você quer gozar?

— Sim… — gaguejei, olhando em seus olhos.

— Então me obedeça, pois eu também quero te ver gozar para mim. Como uma boa
garota.

Senti mais um dedo deslizar para dentro de mim, mordi o lábio inferior como resposta,
arqueando novamente as costas. Matt fazia movimentos de vai e vem, sem tirar os olhos dos
meus, ele estava adorando observar minhas expressões, minhas tentativas de controlar os
gemidos sem poder utilizar as mãos. Tão entregue para ele.

Abri um pouco mais as pernas, encaixando-o perfeitamente entre elas, podendo sentir
seus dedos dentro do meu vale ainda melhor. O moreno mordia seu lábio inferior com força,
analisando cada pedaço do meu corpo, da mesma forma que fazia quando estávamos na
piscina. Sentia meu interior apertar quando o garoto iniciou movimentos circulares com seu
polegar em meu clitóris, ao mesmo tempo que me estimulava com os dois dedos.
Ao sentir que eu estava quase, ele cessou completamente seus movimentos, retirando
sua mão de minha calcinha, agarrando na fina barra do pequeno pedaço de tecido
encharcado que cobria minha buceta, e arrancando-a com desejo do meu corpo. Era nítido
que ao me ver sem calcinha ele havia perdido o controle, e era maravilhoso vê-lo dessa
forma.

Matt soltou meus pulsos, eles estavam um pouco doloridos pela força utilizada pelo garoto
para me manter presa, porém, aquilo não me incomodava de forma alguma. O mais alto saiu
da cama e andou até sua escrivaninha, voltando de lá com uma vela de massagem, um
isqueiro, uma mordaça e um lenço preto nas mãos.

Estava curiosa para saber o que ele faria, seu olhar era dominador, seu sorriso de canto já
havia me conquistado, suas veias nos braços estavam mais aparentes que antes, havia suor
escorrendo pelo seu pescoço, ele parecia estar se divertindo com aquilo, mesmo sem ter sido
tocado ainda.

— Senta. — aproximou-se, e logo fiz o que mandou, olhando em seus olhos, tentando
decifrá-lo.

Matt prendeu a mordaça em minha boca, tinha um gosto bom de chiclete, ele acariciou
minha bochecha e logo levou sua mão até meu pescoço, apertando-o de forma gostosa
enquanto passava a ponta de sua língua por minha mandíbula, até chegar na pele não tão
exposta do meu pescoço.

— Seja uma boa garota e fique de quatro para mim. — sussurrou, afastando-se do meu
corpo, acendendo a vela com o isqueiro e jogando o objeto em cima da escrivaninha.

Assim que fiquei na posição desejada, senti gotas quentes pingando em minha pele, logo
tendo minhas costas massageadas pelas mãos grandes do mais velho, que com os joelhos,
afastava minhas pernas. Aos poucos o líquido da vela refrescava minha pele, gemidos eram
abafados em minha boca pela mordaça amarrada em meu rosto, minhas mãos que apertavam
os lençóis foram levadas até minhas costas, tendo meus punhos amarrados com o lenço.

Minha cabeça estava deitada na cama, e minha bunda empinada para ele, completamente
exposta, eu escorria, meu clitóris pulsava e meu interior se retraía, implorando para ser
penetrado.

Sem aviso prévio, um forte tapa foi deixado em minha bunda, fazendo-me apertar o lenço
com força e fechar os olhos, prazerosamente. Após alguns segundos, outro tapa foi
depositado, mas dessa vez um pouco mais forte, deixando um estalo ecoar pelo quarto, com
certeza aquilo ficaria vermelho, senão roxo. Matt apertou o local, beijando-o, para logo em
seguida, desferir outro tapa forte. Sentia meu líquido lubrificante escorrer pelas minhas coxas,
minhas pernas tremiam, eu poderia desabar na cama a qualquer momento.

Um último tapa foi deixado em minha bunda, para então, em seguida, minha buceta ser
aberta pelo pau de Matt, que pulsava enquanto me penetrava com voracidade. Eu nunca tinha
transado com alguém que tivesse aquele tamanho e grossura, e como se tivesse adivinhado,
o garoto ficou um tempo sem se mexer dentro de mim para eu me acostumar com seu
membro.

Abri os olhos, esforçando-me para olhá-lo, queria ver seu lindo rosto ao me penetrar como
tanto desejava.

O mais forte apertou minha bunda com suas duas mãos, começando então a se mexer,
lentamente, porém, bruto. Ele gemia arrastado, um pouco rouco, estocando minha buceta um
pouco mais rápido. Sua voz era como uma linda melodia para os meus ouvidos, arrepiava-me
com os sons que eu ouvia.

Minhas pernas tremiam, minha bunda doía, minha buceta apertava seu pau dentro de
mim, sentindo-o aumentar a velocidade. Meu corpo já era dele, reagindo a todos os toques, a
todas as provocações. Senti minha coxa arder após um tapa lhe ser desferido, apertei com
força o lenço, sentindo minhas pernas fraquejarem, mas ele segurou meu quadril para meter
com mais força e velocidade, fazendo um delicioso barulho de pele na pele ecoar por todo o
quarto.

Fechei com força os olhos, empinando um pouco mais minha bunda ao sentir o orgasmo
chegando, seu indicador e dedo médio começaram a estimular meu clitóris enquanto estocava
com violência, fazendo-me morder a mordaça com força, meu íntimo apertava ao redor de seu
pau, que logo saiu do meu interior para Matt me assistir esguichar. Era a primeira vez que isso
acontecia comigo, e era tão delicioso que eu não queria parar, o corpo inteiramente arrepiado,
os olhos revirados, eu estava gozando gostoso para ele.

O moreno soltou meus pulsos do lenço, colocando-me com dificuldade para sentar na
ponta da cama, de cara para o seu pau. Assustei-me ao ver seu grande e grosso pau
latejando em minha frente, eu queria tocá-lo, queria por em minha boca, queria fazê-lo gozar
dentro de mim.

Matt com cuidado, tirou a mordaça de minha boca, colando nossos lábios em um beijo
selvagem, necessitado um do outro. O garoto ao se afastar, enrolou meu cabelo com a mão
em um rabo de cavalo sendo puxado pela raiz, separando nossos lábios com alguns fios de
saliva sendo deixados para trás.

Ele me olhava nos olhos, mordendo seu lábio inferior ao sentir minha destra alcançar seu
pau, apertando-o e estimulando-o em um lento vai e vem, sendo levada para por o membro
em minha boca.

Primeiro, comecei lambendo todo o comprimento, rodando com a língua pela cabeça do
seu pau, era um vermelho vivo, com algumas veias que saltavam conforme eu o estimulava.
Em seguida, coloquei aos poucos seu membro em minha boca para não engasgar,
assistindo-o tombar a cabeça para trás, gemendo rouco.

— Puta que pariu, isso, Vannesa… — sua respiração estava descompassada, seus
pequenos e lindos olhos castanhos me encaravam com desejo, acariciando meu rosto com o
polegar da outra mão.
Enquanto o chupava até onde conseguia, fazia movimentos circulares e de vai e vem com
a mão no restante do comprimento, sabia que aquilo o faria chegar em seu ápice em pouco
tempo.

E assim foi feito, senti seu pau se contorcer dentro de minha boca, despejando seu líquido
até a última gota, enquanto eu sugava a cabeça de seu membro. Após ter gozado, larguei seu
pau ainda enrijecido, engolindo todo o esperma, olhando em seus olhos, vendo-o arfar com a
cena.

Matt sorriu de canto, abraçando-me para deitarmos juntos. Sua mão agarrada em minha
cintura, deixando ali um carinho, minha mão estava em sua bochecha, acariciando o local
conforme nos encaramos com sorrisos nos rostos.

— Te machuquei? — perguntou quase em um sussurro.

— Talvez tenha um pouco, mas foi tão gostoso. — aproximei um pouco mais o meu rosto,
não era comum que eu ficasse tão manhosa depois do sexo, mas com ele era diferente.

— Eu prometo de dedinho que vou te recompensar por isso. — depositou um beijo


estalado em meu pulso. — Pelo sol estar se pondo agora, sabemos que ainda está cedo,
você não quer jantar comigo? Podemos cozinhar juntos.

Deixei um sorriso escapar, ficando aliviada que não fui usada apenas para seu alívio, Matt
realmente queria algo comigo, e isso era nítido até pelo seu olhar.

— Se eu conseguir andar, com certeza eu fico. — rimos juntos, selando nossos lábios em
um beijo calmo, cheio de vitalidade e romance.

— Mas antes, vamos ficar um pouco aqui, tá tão gostoso ficar deitado, agarradinho com
você.

Matt aproximou-se mais, abraçando-me com aqueles braços fortes, eu poderia dormir em
seu colo, aquilo, aquele carinho estava tão bom, que eu podia jurar estar me apaixonando por
ele aos poucos.

Matt havia me fodido, e não foi somente na cama.

Aquele sorriso, aqueles olhos, seu cabelo, principalmente quando ele o colocava para trás
com as mãos, suas sobrancelhas expressivas, sua boca nem tão grossa e nem tão fina.
Poderia se dizer que ele era perfeito, Matt era dono de uma beleza impecável, e a forma que
me tratou desde o início, havia conquistado minha atenção, meu tempo e minha dedicação.

Eu estava destinada a fazê-lo se apaixonar por mim, da mesma forma que eu estava por
ele.

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