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NOTAS IMPORTANTES
● A metodologia do Piano Bliss não envolve partituras, repertório clássico, melodias. O foco do curso e
da Formação está no piano-acompanhamento, que trata essencialmente de ritmos, acordes e cifras.
● A linguagem e a metodologia são bem diferentes da tradicional. Então mesmo os assuntos mais
básicos podem ser interessantes pra quem é mais avançado ou pra quem é professor. Assim é
possível ter vários insights e até preencher algumas lacunas.
INVERSÕES
Benefícios do uso das inversões:
● Melhora a sonoridade e a precisão ao diminuir a movimentação desnecessária da mão na transição
entre os acordes.
● O foco/atenção pode ir pra mão esquerda, que sempre precisa pular mais entre os acordes.
● IMPORTANTE: É essencial entender a lógica que existe por trás da formação de acordes. Só assim
conseguirá tocar o acorde em qualquer posição, com quaisquer tensões em tempo real e sem gastar
tanto raciocínio.
Como fazer:
● O dedilhado padrão na posição fundamental é 1-3-5. Na 1ª inversão é 1-2-5. Na 2ª inversão é
1-3-5. Podemos usar dedilhados alternativos, mas isso é passado em outra fase do aprendizado.
● Passando a nota de baixo de um acorde na posição fundamental para a oitava de cima, obtemos um
acorde na 1ª inversão. Execução: olhar pro acorde na posição fundamental (sem tocar) e ir com os
dedos 1 e 2 na segunda metade do acorde (pegando a terça e a quinta). O dedo 5 fica na
fundamental, reparando na distância de quarta entre o dedo 2 e 5.
● Fazendo o mesmo processo a partir da 1ª inversão (passar a nota de baixo pra oitava de cima),
obtemos um acorde na 2ª inversão. Execução: colocar o dedo 3 na fundamental e o dedo 1 uma
quarta abaixo (nem precisa pensar). Lembrar que da distância de quarta que é sempre a mesma
(teclas de mesma cor com exceção do fá-si). O dedo 5 fica na terça lá na ponta superior do acorde,
decidindo se ele é maior ou menor.
● Invertendo mais uma vez, voltamos ao acorde na posição fundamental (no caso das tríades).
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Informações importantes:
● Leitura de cifras na inversão mais próxima: sempre que a fundamental do próximo acorde estiver
mais próxima do dedo 5, o próximo acorde ficará numa 1ª inversão.
● Sempre que a fundamental do próximo acorde estiver mais próxima do dedo do meio, o próximo
acorde ficará numa 2ª inversão.
● Sempre que a fundamental do próximo acorde estiver mais próxima do dedo 1, o próximo acorde
ficará na posição fundamental.
Exercícios:
● Treinar inversões (ida e volta) nos acordes maiores e menores nas teclas brancas e pretas.
● Estudar cada inversão separadamente para que elas fiquem orgânicas.
● Fazer um auto-ditado com acordes aleatórios fazendo a transição entre as inversões mais próximas.
Para incrementar o exercício, colocar a mão esquerda no baixo oitavado.
Nota 01: Cada acorde pode ser tocado de diversas formas e as posições muitas vezes são escolhidas de
ão use dicionário de acordes.
acordo com o contexto (acorde anterior e posterior). Por isso n
Nota 02: Quando você joga tudo pro visual, o acesso do cérebro à informação é muito mais rápido. Se
desligue completamente do nome das notas na hora de fazer acordes e inversões e sua fluência vai melhorar
significativamente!
BAIXO OITAVADO
● Exercício para treinar o baixo oitavado na mão esquerda: tocar as notas oitavadas
dó-ré-mi-sol-láb-fá-ré-si-dó e depois os acordes C-F/C-C para desarmar a posição de
oitava. E repetir o exercício em loop, deixando cada vez mais stacatto conforme for
aumentando a velocidade.
INTERVALOS
● Os intervalos podem ser maiores, menores, justos, aumentados e diminutos.
● Quartas, quintas e oitavas não tem versão maior ou menor. Elas são sempre justas.
● Segundas, terças, sextas e sétimas tem as versões maiores e menores (mas não justas).
● Os intervalos menores são as notas que não estão na escala maior da nota de base. Os
intervalos menores sempre ficam um semitom abaixo da sua versão maior.
Como decorar:
● Para decorar intervalos de 2ª menor: menor distância entre dois sons. (tecla e próxima
tecla)
● 2ª Maior: um tom, segundo grau da escala
● 3ª Maior e menor: imaginar o início de um acorde na posição fundamental.
● 4ª Justa: decorar a distância física (distância do dedo 1 ao 4). Lembrar que sempre são
teclas de mesma cor, com exceção do fá-si.
● 5ª Justa: montar um acorde qualquer na posição fundamental e tirar a nota do meio.
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● 8ª Justa: pegar a mesma nota lá em cima.
● 7ª Maior e menor: pegar a oitava como âncora. A 7ª Maior é quase uma oitava, fica um
semitom abaixo da oitava. A 7ª menor fica mais longe: ela fica um tom abaixo da oitava.
● 6ª Maior e menor: pegar a quinta como âncora. A 6ª menor fica um semitom acima da
quinta. A 6ª Maior fica um tom acima da quinta.
Informações importantes:
● O nome dos intervalos pode variar de acordo com o nome dado às notas envolvidas. Por
exemplo: um intervalo de dó a sol# é chamado de quinta aumentada, enquanto de dó a lá
bemol é chamado de sexta menor (mesmo sendo o mesmo som).
● O “número” do intervalo é sempre definido a partir do número de notas envolvidas. Por
exemplo dó a fá sempre será uma quarta, pois tem 4 “nomes de notas” no caminho
(dó-ré-mi-fá). O nome do intervalo vai depender dos sustenidos ou bemóis que
adicionarmos a cada uma das notas.
● Quando aumentamos um intervalo maior ou justo em um semitom, passamos a ter um
intervalo aumentado. Ex: dó-ré (2ª Maior). Dó-ré# (2ª aumentada). Ré-Lá (5ª Justa).
Ré-Lá# (5ª aumentada).
● Quando diminuímos um intervalo menor ou justo em um semitom, passamos a ter um
intervalo diminuto. Ex: dó#-mi (3ª menor). Dó#-mi bemol (3ª diminuta). Dó-Sol (5ª Justa).
Dó-Solb (5ª diminuta).
TENSÕES
Exemplos de acordes com tensões:
● Cmaj7 ou C7M: adicionamos uma sétima Maior ao acorde maior.
● C7: adicionamos uma sétima menor ao acorde maior.
● Se quisermos adicionar as sétimas em acordes menores, a cifra fica: Cm7 (acorde menor com
sétima menor) ou Cm(maj7) (acorde menor com sétima maior).
● C6: adicionamos uma sexta maior ao acorde maior.
● Cm6: adicionamos uma sexta maior ao acorde menor (as tensões geralmente podem ser
colocadas em acordes maiores ou menores). A cifragem vai sempre seguir esse mesmo
padrão.
● C7/9: adicionamos a sétima menor e a nona (lembrando que a disposição das notas é
sempre flexível.
● O C7/9 também pode ser cifrado como C9 (o 9 engloba a sétima e a nona). Da mesma
forma o C11 tem a 7ª, 9ª e 11ª. O C13 tem a 7ª, 9ª, 11ª e 13ª (ou seja, é uma forma
abreviada de cifragem).
● Se quisermos colocar no acorde apenas 7ª, 9ª e 13ª, mas não quisermos a 11ª, podemos
cifrar: C7(9/13).
● É possível também fazer alterações em cima das tensões. Por exemplo, se quisermos
bemolizar a 9ª e a 13ª do C7(9/13), podemos cifrar: C7(b9/b13).
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● Cadd9: adiciona apenas a nona ao acorde (sem a sétima)
● C+ ou C(#5) ou C(5+) ou Caug ou Caug5: acorde com a quinta aumentada. Nesse caso, não
tocamos a quinta justa. Substituímos a 5ª justa pela 5ª aumentada.
● Cdim ou C0: acorde diminuto. É um acorde que começa como um acorde menor (tem a terça
menor), mas tem a quinta diminuta e a sétima diminuta.
● Cm7(b5) ou Cø: acorde meio-diminuto. É um acorde que começa como um acorde diminuto,
(terça menor e quinta diminuta), mas tem a sétima menor.
● C5: acorde que tem apenas a fundamental e a quinta (mas sem a terça). Chamado também
de Power Chord.
● Csus ou Csus4: acorde de quarta suspensa, onde substituímos a terça pela quarta.
● C/G: quando temos esse tipo de cifragem, queremos dizer que a nota do baixo está
modificado. O baixo fica na nota correspondente ao que está depois da barra. Ou seja,
nesse caso, o acorde é de Dó Maior (em qualquer inversão) com baixo em sol na mão
esquerda.
Informações importantes:
● Quando a gente quer incluir uma nota a mais no nosso acorde principal (tríade), basta
adicionar uma indicação na cifra.
● A compreensão de escalas e intervalos é super importante, porque a cifra dá a instrução do
que precisamos adicionar ao acorde, mas é o nosso conhecimento de escalas e intervalos
que vai fazer com que adicionemos a nota certa.
● Podemos transportar a tensão para qualquer lugar (oitava abaixo por exemplo). A
disposição das notas é sempre livre.
● Podemos também retirar a fundamental da mão direita, uma vez que ela geralmente está
sendo feita na mão esquerda.
● Não existe uma padronização no mundo das cifras (existem algumas variações). Além das
variações, existem algumas pegadinhas. Mas são coisas que acostumamos relativamente
rápido.
● Entender a lógica das cifras e decorar os padrões de cifragem é relativamente rápido. Mas
aprender a fazer todas as variações na prática é um trabalho de longo prazo que requer
muita dedicação.
Notas adicionais:
● A linguagem popular é muito versátil. É possível tocar uma mesma música de forma super básica ou
super avançada, com as mesmas cifras. O caminho na metodologia popular é adquirir vocabulário e
dominar os elementos a serem aplicados em cima das cifras. Com o tempo e treino, você será capaz de
pegar cifras de uma música que nunca viu e tocar de forma super profissional, de primeira e sem
estudar.
● Só é possível dominar um instrumento ou masterizar uma habilidade através de muito esforço,
paciência e dedicação. Um curso online possibilita um aprendizado mais rápido por causa do fácil
acesso à informação. Mas a capacidade do nosso corpo de assimilar informações e trabalhar a parte
muscular/motora a inda é a mesma de décadas atrás. Ajustar as expectativas e não acreditar no
marketing de resultado rápido e/ou com pouco esforço.
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● Os resultados não acontecem por simplesmente se matricular no melhor curso. Referência:
https://www.youtube.com/watch?v=atk0joGfGqo (Aluna de academia sincera)
● Para um aprendizado de qualidade é imprescindível que tratemos bem do nosso corpo. Prestar atenção
na alimentação, sono, controle do stress, ingestão de água.
EXERCÍCIOS DE COORDENAÇÃO
● Colocar os dedos 12345 de cada mão nas notas dó-ré-mi-fá-sol (Cada mão em uma
oitava diferente) e fazer os exercícios abaixo de forma bem articulada (enquanto lento) e
com menos amplitude de movimento quando aumentar a velocidade.
● Trabalhar sempre no limite de velocidade sem deixar embolar.
● Exercício 1: dó-ré-mi-fá-sol-fá-mi-ré-dó (em loop). Fazer de forma paralela e espelhada.
● Exercício 2: (dó mi)(ré fá)(mi sol)(ré fá)(dó mi). Tocar em duplinhas, em loop também de
forma paralela e depois espelhada.
● Exercício 3: dó-mi-ré-fá-mi-sol-ré-fá-dó. Idem acima.
● Se enjoar dos exercícios, mudar de tonalidade e/ou elaborar exercícios específicos para as
necessidades atuais. Por exemplo, pra trabalhar a articulação dos dedos 4 e 5, podemos
fazer: dó-ré-mi-fá-sol-fá-sol-fá- sol-fá- sol-fá-sol-fá-mi-ré-dó.
● IMPORTANTE: Os exercícios precisam fazer parte da rotina (fazer ao menos 3 minutos por dia
antes do roteiro de estudos).
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