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​ Aula 02 

Os conteúdos das 4 aulas seguem um caminho lógico do zero ao avançado, 


onde cada informação dada é pré-requisito para o que vem depois.  
Não deixe de ver todas as aulas na ordem! 

NOTAS IMPORTANTES 
● A metodologia do Piano Bliss ​não envolve partituras, repertório clássico, melodias​. O foco do curso e 
da Formação está no piano-acompanhamento, que trata essencialmente de ritmos, acordes e cifras. 
● A linguagem e a metodologia são bem diferentes da tradicional.​ Então mesmo os assuntos mais 
básicos podem ser interessantes pra quem é mais avançado ou pra quem é professor. Assim é 
possível ter vários insights e até preencher algumas lacunas. 

INVERSÕES 
Benefícios do uso das inversões:  
● Melhora a sonoridade e a precisão ao diminuir a movimentação desnecessária da mão na transição 
entre os acordes. 
● O foco/atenção pode ir pra mão esquerda, que sempre precisa pular mais entre os acordes. 
● IMPORTANTE: É essencial entender a lógica que existe por trás da formação de acordes. Só assim 
conseguirá tocar o acorde em qualquer posição, com quaisquer tensões em tempo real e sem gastar 
tanto raciocínio. 

Como fazer:  
● O dedilhado padrão na posição fundamental é 1-3-5. Na 1ª inversão é 1-2-5. Na 2ª inversão é 
1-3-5. Podemos usar dedilhados alternativos, mas isso é passado em outra fase do aprendizado. 
● Passando a nota de baixo de um acorde na posição fundamental para a oitava de cima, obtemos um 
acorde na 1ª inversão. Execução: olhar pro acorde na posição fundamental (sem tocar) e ir com os 
dedos 1 e 2 na segunda metade do acorde (pegando a terça e a quinta). O dedo 5 fica na 
fundamental, reparando na distância de quarta entre o dedo 2 e 5. 
● Fazendo o mesmo processo a partir da 1ª inversão (passar a nota de baixo pra oitava de cima), 
obtemos um acorde na 2ª inversão. Execução: colocar o dedo 3 na fundamental e o dedo 1 uma 
quarta abaixo (nem precisa pensar). Lembrar que da distância de quarta que é sempre a mesma 
(teclas de mesma cor com exceção do fá-si). O dedo 5 fica na terça lá na ponta superior do acorde, 
decidindo se ele é maior ou menor. 
● Invertendo mais uma vez, voltamos ao acorde na posição fundamental (no caso das tríades). 

   

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Informações importantes:  
● Leitura de cifras na inversão mais próxima: sempre que a fundamental do próximo acorde estiver 
mais próxima do dedo 5, o próximo acorde ficará numa 1ª inversão. 
● Sempre que a fundamental do próximo acorde estiver mais próxima do dedo do meio, o próximo 
acorde ficará numa 2ª inversão. 
● Sempre que a fundamental do próximo acorde estiver mais próxima do dedo 1, o próximo acorde 
ficará na posição fundamental. 

Exercícios:  
● Treinar inversões (ida e volta) nos acordes maiores e menores nas teclas brancas e pretas. 
● Estudar cada inversão separadamente para que elas fiquem orgânicas. 
● Fazer um auto-ditado com acordes aleatórios fazendo a transição entre as inversões mais próximas. 
Para incrementar o exercício, colocar a mão esquerda no baixo oitavado. 

Nota 01​:​ Cada acorde pode ser tocado de diversas formas e as posições muitas vezes são escolhidas de 
​ ão use dicionário de acordes. 
acordo com o contexto (acorde anterior e posterior). Por isso n

Nota 02:​ Quando você​ joga tudo pro visual, o acesso do cérebro à informação é muito mais rápido. Se 
desligue completamente do nome das notas na hora de fazer acordes e inversões e sua fluência vai melhorar 
significativamente! 

BAIXO OITAVADO 
● Exercício para treinar o baixo oitavado na mão esquerda​: tocar as notas oitavadas 
dó-ré-mi-sol-láb-fá-ré-si-dó e depois os acordes C-F/C-C para desarmar a posição de 
oitava. E repetir o exercício em ​loop,​ deixando cada vez mais ​stacatto ​conforme for 
aumentando a velocidade. 

INTERVALOS 
● Os intervalos podem ser maiores, menores, justos, aumentados e diminutos. 
● Quartas, quintas e oitavas não tem versão maior ou menor. Elas são sempre justas. 
● Segundas, terças, sextas e sétimas tem as versões maiores e menores (mas não justas). 
● Os intervalos menores são as notas que não estão na escala maior da nota de base. Os 
intervalos menores sempre ficam um semitom abaixo da sua versão maior. 

Como decorar:  
● Para decorar intervalos de 2ª menor: menor distância entre dois sons. (tecla e próxima 
tecla) 
● 2ª Maior: um tom, segundo grau da escala 
● 3ª Maior e menor: imaginar o início de um acorde na posição fundamental. 
● 4ª Justa: decorar a distância física (distância do dedo 1 ao 4). Lembrar que sempre são 
teclas de mesma cor, com exceção do fá-si. 
● 5ª Justa: montar um acorde qualquer na posição fundamental e tirar a nota do meio. 

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● 8ª Justa: pegar a mesma nota lá em cima. 
● 7ª Maior e menor: pegar a oitava como âncora. A 7ª Maior é quase uma oitava, fica um 
semitom abaixo da oitava. A 7ª menor fica mais longe: ela fica um tom abaixo da oitava. 
● 6ª Maior e menor: pegar a quinta como âncora. A 6ª menor fica um semitom acima da 
quinta. A 6ª Maior fica um tom acima da quinta. 

Informações importantes:  
● O nome dos intervalos pode variar de acordo com o nome dado às notas envolvidas. Por 
exemplo: um intervalo de dó a sol# é chamado de quinta aumentada, enquanto de dó a lá 
bemol é chamado de sexta menor (mesmo sendo o mesmo som). 
● O “número” do intervalo é sempre definido a partir do número de notas envolvidas. Por 
exemplo dó a fá sempre será uma quarta, pois tem 4 “nomes de notas” no caminho 
(dó-ré-mi-fá). O nome do intervalo vai depender dos sustenidos ou bemóis que 
adicionarmos a cada uma das notas. 
● Quando aumentamos um intervalo maior ou justo em um semitom, passamos a ter um 
intervalo aumentado. Ex: dó-ré (2ª Maior). Dó-ré# (2ª aumentada). Ré-Lá (5ª Justa). 
Ré-Lá# (5ª aumentada). 
● Quando diminuímos um intervalo menor ou justo em um semitom, passamos a ter um 
intervalo diminuto. Ex: dó#-mi (3ª menor). Dó#-mi bemol (3ª diminuta). Dó-Sol (5ª Justa). 
Dó-Solb (5ª diminuta). 

TENSÕES 
Exemplos de acordes com tensões: 
● Cmaj7 ou C7M: adicionamos uma sétima Maior ao acorde maior.  
● C7: adicionamos uma sétima menor ao acorde maior. 
● Se quisermos adicionar as sétimas em acordes menores, a cifra fica: Cm7 (acorde menor com 
sétima menor) ou Cm(maj7) (acorde menor com sétima maior). 
● C6: adicionamos uma sexta maior ao acorde maior.  
● Cm6: adicionamos uma sexta maior ao acorde menor (as tensões geralmente podem ser 
colocadas em acordes maiores ou menores). A cifragem vai sempre seguir esse mesmo 
padrão. 
● C7/9: adicionamos a sétima menor e a nona (lembrando que a disposição das notas é 
sempre flexível. 
● O C7/9 também pode ser cifrado como C9 (o 9 engloba a sétima e a nona). Da mesma 
forma o C11 tem a 7ª, 9ª e 11ª. O C13 tem a 7ª, 9ª, 11ª e 13ª (ou seja, é uma forma 
abreviada de cifragem). 
● Se quisermos colocar no acorde apenas 7ª, 9ª e 13ª, mas não quisermos a 11ª, podemos 
cifrar: C7(9/13). 
● É possível também fazer alterações em cima das tensões. Por exemplo, se quisermos 
bemolizar a 9ª e a 13ª do C7(9/13), podemos cifrar: C7(b9/b13). 

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● Cadd9: adiciona apenas a nona ao acorde (sem a sétima) 
● C+ ou C(#5) ou C(5+) ou Caug ou Caug5: acorde com a quinta aumentada. Nesse caso, não 
tocamos a quinta justa. Substituímos a 5ª justa pela 5ª aumentada. 
● Cdim ou C0: acorde diminuto. É um acorde que começa como um acorde menor (tem a terça 
menor), mas tem a quinta diminuta e a sétima diminuta. 
● Cm7(b5) ou C​ø​: acorde meio-diminuto. É um acorde que começa como um acorde diminuto, 
(terça menor e quinta diminuta), mas tem a sétima menor. 
● C5: acorde que tem apenas a fundamental e a quinta (mas sem a terça). Chamado também 
de Power Chord. 
● Csus ou Csus4: acorde de quarta suspensa, onde substituímos a terça pela quarta. 
● C/G: quando temos esse tipo de cifragem, queremos dizer que a nota do baixo está 
modificado. O baixo fica na nota correspondente ao que está depois da barra. Ou seja, 
nesse caso, o acorde é de Dó Maior (em qualquer inversão) com baixo em sol na mão 
esquerda. 

Informações importantes: 
● Quando a gente quer incluir uma nota a mais no nosso acorde principal (tríade), basta 
adicionar uma indicação na cifra.  
● A compreensão de escalas e intervalos é super importante, porque a cifra dá a instrução do 
que precisamos adicionar ao acorde, mas é o nosso conhecimento de escalas e intervalos 
que vai fazer com que adicionemos a nota certa. 
● Podemos transportar a tensão para qualquer lugar (oitava abaixo por exemplo). A 
disposição das notas é sempre livre. 
● Podemos também retirar a fundamental da mão direita, uma vez que ela geralmente está 
sendo feita na mão esquerda. 
● Não existe uma padronização no mundo das cifras (existem algumas variações). Além das 
variações, existem algumas pegadinhas. Mas são coisas que acostumamos relativamente 
rápido. 
● Entender a lógica das cifras e decorar os padrões de cifragem é relativamente rápido. Mas 
aprender a fazer todas as variações na prática é um trabalho de longo prazo que requer 
muita dedicação. 
Notas adicionais: 
● A linguagem popular é muito versátil. É possível tocar uma mesma música de forma super básica ou 
super avançada, com as mesmas cifras. O caminho na metodologia popular é adquirir vocabulário e 
dominar os elementos a serem aplicados em cima das cifras. Com o tempo e treino, você será capaz de 
pegar cifras de uma música que nunca viu e tocar de forma super profissional, de primeira e sem 
estudar. 
● Só é possível dominar um instrumento ou masterizar uma habilidade através de​ muito esforço, 
paciência e dedicação​. Um curso online possibilita um aprendizado mais rápido por causa do fácil 
acesso à informação. Mas a ​ capacidade do nosso corpo​ de assimilar informações e trabalhar a parte 
muscular/motora a ​ inda é a mesma​ de décadas atrás. Ajustar as expectativas e não acreditar no 
marketing de resultado rápido e/ou com pouco esforço.   

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● Os resultados não acontecem por simplesmente se matricular no melhor curso. Referência: 
https://www.youtube.com/watch?v=atk0joGfGqo​ (Aluna de academia sincera) 
● Para um aprendizado de qualidade é imprescindível que tratemos bem do nosso corpo. Prestar atenção 
na alimentação, sono, controle do stress, ingestão de água. 

EXERCÍCIOS DE COORDENAÇÃO 
● Colocar os dedos 12345 de cada mão nas notas dó-ré-mi-fá-sol (Cada mão em uma 
oitava diferente) e fazer os exercícios abaixo de forma bem articulada (enquanto lento) e 
com menos amplitude de movimento quando aumentar a velocidade. 
● Trabalhar sempre no limite de velocidade sem deixar embolar. 
● Exercício 1​: dó-ré-mi-fá-sol-fá-mi-ré-dó (em loop). Fazer de forma paralela e espelhada. 
● Exercício 2​: (dó mi)(ré fá)(mi sol)(ré fá)(dó mi). Tocar em duplinhas, em loop também de 
forma paralela e depois espelhada. 
● Exercício 3​: dó-mi-ré-fá-mi-sol-ré-fá-dó. Idem acima. 
● Se enjoar dos exercícios, mudar de tonalidade e/ou elaborar exercícios específicos para as 
necessidades atuais. Por exemplo, pra trabalhar a articulação dos dedos 4 e 5, podemos 
fazer: dó-ré-mi-fá-sol-fá-sol-fá- sol-fá- sol-fá-sol-fá-mi-ré-dó. 
● IMPORTANTE: Os exercícios precisam fazer parte da rotina (fazer ao menos 3 minutos por dia 
antes do roteiro de estudos). 

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