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​ Aula 03 

Os conteúdos das 4 aulas seguem um caminho lógico do zero ao avançado, 


onde cada informação dada é pré-requisito para o que vem depois.  
Não deixe de ver todas as aulas na ordem! 

FAMÍLIA DE ACORDES / CAMPO HARMÔNICO 


É importante saber:  
● Aprender família de acordes é fundamental para qualquer pessoa que queira dominar o 
piano-acompanhamento.  
● Dominar famílias de acordes possibilita, por exemplo, transpor o tom de uma música, tirar músicas 
de ouvido, compor músicas, entre outras coisas, com muito mais facilidade. 
● IMPORTANTE: É possível aparecerem acordes de fora da família em uma música. A dinâmica acontece 
de forma parecida ao que acontece numa família de pessoas: toda família tem os membros 
principais, os primos de segundo grau (que aparecem de vez em quando) e os desconhecidos (que a 
gente recebe em casa mais raramente). 

Conheça de perto essa família:  


● Quando a gente toca músicas em tonalidades específicas, percebemos que são sempre os mesmos 
acordes que aparecem. Por exemplo, diferentes músicas tocadas em Dó Maior provavelmente usarão 
os mesmos acordes: C, G, Am, F, Dm, Em, etc. Isso acontece porque esses acordes​ combinam muito 
entre si. ​Eles fazem parte​ da mesma família​. 
● A família principal é formada por: 
○ Três irmãos, que são os acordes Maiores, formados a partir do ​1º, 4º e 5º​ graus da escala 
maior (​I, IV e V​);  
○ Os respectivos filhos de cada um dos acordes maiores, que são os​ acordes menores​, que são 
os ​acordes relativos​ de cada um dos acordes maiores. ​Obs​: Para achar o acorde relativo de 
um acorde maior, basta eliminar a nota da ponta (a quinta) e adicionar a nota que fica uma 
quinta abaixo da nota que sobrou na ponta aguda. 
● A família fica assim: 
○ I (acorde maior), VIm (acorde menor, relativa de I) 
○ IV (acorde maior), IIm (acorde menor, relativa de IV) 
○ V (acorde maior), IIIm (acorde menor, relativa de V) 

Pra você não esquecer:  


● O acorde formado a partir do sétimo grau é um acorde meio diminuto. É o renegado da família. Ele 
não aparece muito e, por isso, não apresentamos ele nesse momento de aprendizado. 
● Todos os acordes da família usam apenas notas que fazem parte da escala do membro principal. Ex: 

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acordes da família de Dó Maior vão sempre usar apenas as notas da escala de Dó Maior. 
 
Conselho de amigo: 
● Não desista após a primeira onda de empolgação. Se você se lembrar que ​essas ondas são 
normais,​ vai compreender melhor quando o desânimo aparecer e vai passar por ele com mais 
tranquilidade e consciência. Em vez de desistir após a primeira onda de dificuldades, vai 
encará-la do jeito certo e perseverar.  

RITMOS E BATIDAS 
● Saber a parte de harmonia / acordes é muito importante e já nos dá a possibilidade de 
fazermos muita coisa. Mas saber se movimentar em cima dos acordes também é super 
importante e inclusive pode ser um diferencial. Muita gente sabe tocar acordes bonitos, mas 
pouca gente domina a parte rítmica. 

● A coordenação de movimentos dos braços, mãos e dedos é uma coisa que é construída ao 
longo dos anos. ​Não basta apenas aprender uma fórmula rítmica​. Cada ritmo tem suas 
variações, dinâmicas, movimentações de baixo, saltos, etc. São muitas coisas envolvidas. 

● Para aprender um ritmo/batida de forma profissional é necessário ter acesso às 


informações certas e investir muito tempo de estudo em cima dessas informações. Além 
disso, é necessário ​iniciar esse trabalho com fórmulas simples​ com batidas mais básicas 
para que essa parte coordenação seja trabalhada de forma gradual. 

REGGAE 
● O reggae é construído em cima do padrão swingado. 
● No padrão swingado, a segunda colcheia de cada tempo é sempre deslocada de forma que 
ela fique no terceiro tempo de uma quiáltera de 3. 
● | Tum • tcha tcha • • tcha tcha | Tum • tcha tcha • • tcha tcha | (​gravar no celular para ter 
uma referência de como o ritmo deve soar​) 
● Soltar a nota do baixo sempre que a mão direita entrar. 
● Fazer a segunda batida de cada duplinha da mão direita mais fraquinha (quicar a mão 
lembrando de deixar o punho mais flexível). 
● Usar os acordes C (2ª inversão), G (posição fundamental), Am (posição fundamental) e F (1ª 
inversão) para treinar. Mão esquerda fazendo baixo simples sempre na fundamental dos 
acordes. 
● Após conseguir executar, usar o gravador do celular para ter uma referência sonora de 
como o ritmo deve soar. 

Não te falaram isso:  


● Uma das características mais importantes da metodologia popular é a p ​ lasticidade​. Qualquer ritmo 
pode ser mudado de várias formas. ​Tudo é flexível, moldável, adaptável.​ Essas é uma das principais 
diferenças para a linguagem clássica (que usa partituras). A linguagem popular permite uma liberdade 
de expressão muito maior, embora não tenha a precisão de instruções que é característica no erudito. 

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POP/ROCK 
● É sempre muito importante cantar o ritmo e conectar a voz com os movimentos antes de 
passar as batidas pro piano.  
● Junto cima tum-tá-tum-tá-tum tá​ (​gravar no celular para ter uma referência de como o ritmo deve 
soar)​ . 
● Lembrar de respirar tirando as duas mãos do piano entre uma sequência e outra. 
● ​ tá-tum tá​. Para fazer isso, 
Tirar uma das batidas do baixo: ​Junto cima tum-tá-​tum-
continuar cantando essa célula, mas mais baixinho. O braço pode também continuar 
fazendo o movimento, mas não chegar a encostar nas teclas nesse momento. 
● Aplicar nos acordes C G Am F usados no ritmo do Reggae. 

Para deixar a batida mais avançada:  

● Adicionar uma viradinha na mão esquerda usando a quinta no dedo 2, indo pra 
fundamental no dedo 1 e só depois caindo na fundamental do dedo 5 (que vai estar na 
cabeça do tempo). (Gravar no celular pra ter uma referência sonora de como isso acontece). 
● Dividir a batida do “cima” em duas partes: “ci-ma”, dividindo o acorde entre as duas notas 
de cima e a nota do dedo 1. (gravar no celular pra ter uma referência sonora de como isso 
acontece). 
● Lembrar de colocar dinâmica, fazendo o piano fazer o papel da bateria, acentuando os 
bumbos (tempo 1) e as caixas (tempos 2 e 4). 

Conselho do professor: 

● Entender completamente a lógica do que é passado numa aula não é suficiente para que consigamos 
executar aquilo no instrumento.  
● Por mais que o cérebro tenha entendido a lógica, tem toda a questão muscular/motora pra ser 
trabalhada ao longo do tempo. É assim com tudo na vida: andar de bicicleta, dirigir, digitar email, 
etc.  
● Com relação a um instrumento musical, é inevitável que consigamos dominá-lo, assim como 
acontece com qualquer outro processo da nossa vida que somos “obrigados a treinar”, como falar, 
andar, dirigir, digitar email. O fato de o instrumento musical ser uma prática opcional é o que nos 
leva a falar “Eu não consigo”, “É muito difícil”. 

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