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Obras e Obstáculos
na Via Pública
Índice:
Bibliografia ………………………………………………………………………………………………………………….28
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Objetivo geral:
Conteúdos programáticos:
- Hierarquização da sinalização;
- Sinalização vertical.
Metodologia da formação:
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1. Princípios básicos de sinalização
Atualmente, os trabalhadores são confrontados, no seu dia-a-dia, com situações que trazem
perigo à sua saúde e à sua integridade física, correndo todo um conjunto de riscos específicos
nos locais de trabalho.
O surto de industrialização que Portugal tem vindo a conhecer realçou a necessidade de utilizar
processos técnicos e meios de ação adequados para combater a sinistralidade laboral.
Um dos possíveis meios de ação é a utilização de sinalização de segurança nos locais de trabalho,
a qual deve ser normalizada segundo critérios lógicos e uniformes que evitem equívocos, quer
para quem a utiliza, quer para as entidades fiscalizadoras.
A utilização de uma sinalização adequada ajuda-nos a prevenir os riscos, mas apenas como um
complemento das medidas de segurança adotadas, dado que a sinalização, por si só, não elimina
o risco existente.
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meios técnicos de proteção coletiva ou com medidas, métodos ou processos de organização do
trabalho.
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1.4 Regulamentação aplicável
Para se adaptar às diversas situações que podem surgir, a sinalização de segurança pode ser
realizada de várias formas:
c | Comunicação verbal;
d | Sinais gestuais para que, quando a comunicação de viva voz não seja possível, se possam
dar as indicações necessárias.
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O Decreto-Lei nº 141/95 define Símbolo ou Pictograma do seguinte modo:
Sinalização de segurança
A forma geométrica e o significado dos sinais de segurança, bem como a combinação das formas
e das cores e seu significado nos sinais estão indicados nos quadros seguintes.
Sinais de aviso/perigo
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FORMA
CORES
MATERIAL DE
VERMELHO PROIBIÇÃO COMBATE A
INCÊNDIOS
AMARELO AVISO/PERIGO
SALVAMENTO OU
VERDE DE EMERGÊNCIA
Formas e cores
Sinais relativos ao
material de combate a Fornece indicações sobre a localização
incêndios dos equipamentos e/ou material de
combate a incêndios
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De acordo com a legislação vigente, apresentam-se seguidamente os sinais relativos à
sinalização de segurança e saúde. De qualquer forma, existem disponíveis no mercado alguns
outros sinais que poderão complementar as prescrições mínimas previstas na lei.
Sinais de proibição:
Sinais de aviso:
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Veículos de Electrocussão Perigos vários Queda com desnível
Movimentação de
Cargas
Sinais de obrigação:
Proteção Individual
Obrigações Várias Passagem Obrigatória Proteção Obrigatória
Obrigatória contra
para Peões Quedas da Cabeça
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Proteção Obrigatória
Proteção Obrigatória Proteção Obrigatória Proteção Obrigatória do Rosto
das Mãos das Vias Respiratórias do Corpo
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Primeiros Socorros Telefone para
Salvamento e
Primeiros Socorros
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RISCOS DE: SITUAÇÕES:
Sinal luminoso – O sinal emitido por um dispositivo composto por materiais transparentes
ou translúcidos, iluminados a partir do interior ou pela retaguarda, de modo a transformá-lo
numa superfície luminosa.
Sinal acústico – O sinal sonoro codificado, emitido e difundido por um dispositivo específico,
sem recurso à voz, humana ou sintética.
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Regras especiais de utilização:
Sinal gestual – O movimento, ou uma posição dos braços ou das mãos, ou qualquer
combinação entre eles, que, através de uma forma codificada, oriente a realização de
manobras que representem risco ou perigo para os trabalhadores.
Características:
▪ Um sinal gestual deve ser preciso, simples, largo, fácil de executar e de compreender e
muito diferente de qualquer outro sinal gestual;
▪ A utilização simultânea dos dois braços deve ser feita simetricamente e para um único
sinal gestual.
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Regras especiais de utilização:
O conjunto de códigos gestuais indicado a seguir está regulamentado na Portaria n.º 1456-A/95.
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Significado Descrição Ilustração
B) MOVIMENTOS VERTICAIS
C) MOVIMENTOS HORIZONTAIS
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Significado Descrição Ilustração
D) PERIGO
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Os tipos de sinalização, dimensões e cores, estão regulamentados na Portaria n.º 1456-A/95, de
11 de Dezembro, sobre as prescrições mínimas de colocação e utilização da sinalização de
segurança e de saúde no trabalho.
Não se trata de sinalizar "porque sim", mas porque esta sinalização é útil para as pessoas a quem
é dirigida.
É frequente encontrar na entrada das obras de construção, especialmente quando estas são de
certa envergadura, um grande painel onde são colocados, uns ao lado dos outros, um elevado
número de sinais que nos obrigam a usar muitas coisas: capacete, cinto de segurança, óculos,
luvas, máscara, protetores auditivos, palmilhas anti-perfuração, calçado de segurança, etc.; e
depois no interior das instalações é difícil ver novamente os sinais que indicam a obrigação de
usar algum destes equipamentos. Uma sinalização deste tipo dificilmente pode resultar eficaz,
já que, ao vermos tantos sinais juntos não prestamos a devida atenção a cada um deles.
Algumas vezes, o painel que contém estes sinais pode ficar parcialmente oculto, por causa de
uma coluna, pilhas de materiais, cercas ou malhas metálicas, que dificultam a visibilidade e,
portanto, diminuem a sua eficiência.
As obras e obstáculos ocasionais na via pública devem ser assinalados por sinalização
temporária, tendo em vista prevenir os trabalhadores e os utentes relativamente ao perigo que
representam.
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situações gravosas para os utentes e habitantes na proximidade das zonas de trabalhos, bem
como para os próprios trabalhadores da frente de trabalho.
A sinalização durante a execução de trabalhos deve ser permanente, de modo a alertar para os
perigos inerentes às situações criadas e realizadas de acordo com as normas de sinalização
temporária das Estradas de Portugal (EP), entidade supervisora e responsável pelo setor da
sinalização.
As zonas de intervenção devem ser vedadas e convenientemente sinalizadas, quer de dia, quer
de noite. O movimento de equipamento de transporte deverá ser sinalizado na zona de obras e
nos respetivos acessos. Por vezes é impossível criar situações alternativas e o movimento de
equipamento tem de ser realizado com todos os cuidados.
➢ Sinais verticais;
➢ Marcas rodoviárias;
➢ Sinais luminosos;
➢ Dispositivos complementares.
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2 Hierarquização da Sinalização
De certeza que já lhe aconteceu estar a circular numa estrada em obras, onde por norma se
depara com uma diversidade de sinalização, por vezes, contraditória, especialmente
no que toca às velocidades máximas autorizadas e à altura máxima permitida.
• Que fazer perante esta situação?
• Qual o sinal que prevalece?
• Como interpretar a abundância de informações?
Para que a interpretação não se torne um caos, existe uma hierarquia entre as prescrições
do trânsito, ou seja, há determinados sinais, regras, marcas e ordens que prevalecem sobre
os outros.
Vamos por etapas, se estiverem presentes agentes da autoridade a gerir o fluxo de trânsito,
as suas ordens são as que tem que ser acatadas e executadas, independentemente das
restantes.
Na sequência hierárquica são seguidas da sinalização temporária, as de fundo amarelo
também usadas nas zonas de obras.
Depois vêm as sinalizações que possuem mensagens variáveis, estas apresentam
informação atualizada frequentemente, seguidos dos sinais luminosos e sinais verticais em
penúltimo lugar ainda as marcas rodoviárias que têm ascendente sobre as regras de
trânsito.
A sinalização temporária prevalece sobre quaisquer outros sinais de trânsito, seja do tipo
luminoso, vertical ou horizontal, porque aquele tipo de sinalização destina-se a prevenir os
utentes da estrada da existência de obstáculos ocasionais na via pública, sejam obras ou outros,
conforme previsto no artigo 7º, n.º 2, 1º do Código da Estrada.
A sinalização temporária encontra-se tipificada no Decreto-Regulamentar n.º 22-A/98, nos
artigos 77º a 102º, e tem por objetivo sinalizar quaisquer circunstâncias anómalas existente na
via pública, para assim prevenir os condutores, bem como os peões, atempadamente dos
obstáculos que aquelas constituem na normal circulação destes.
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Por exemplo, é colocada sinalização temporária quando a via pública se encontra em obras
ou quando esta é fechada para algum evento desportivo ou cultural, ou quando existe algum
obstáculo, como um abatimento, derrocada ou anomalia da via
Convém saber que os trabalhadores que estão em zonas reguladas pela sinalização
temporária são obrigados a usar vestuário de alta visibilidade, como coletes refletores, para
assim estarem de acordo com a legislação em vigor.
A necessidade de ser bem visível estende-se aos veículos usados na laboração que devem
ser sinalizados com placas retrorrefletoras e com um ou dois faróis de cor amarela, de acordo
com as características previstas nos números 20 a 22º da Portaria.º 851/94, de 22/09.
Os sinais verticais e marcas usados nos sinais temporários têm o mesmo significado e valor
que os sinais e marcas rodoviárias normalmente utilizados no ordenamento do trânsito,
diferindo na cor e por vezes no tamanho.
Reconhece-se facilmente os sinais verticais da sinalização temporária por possuírem fundo
de cor amarela, bem como as marcas rodoviárias que detém esta mesma cor, sendo que as baias
têm listas alternadas vermelhas e brancas.
Os sinais verticais usados na sinalização temporária, descritos no artº 90º do Regulamento
de Sinais de Trânsito (RST), são sinais de perigo, de regulamentação, de indicação, painéis
adicionais e sinais de mensagem variável.
A sinalização luminosa usada na sinalização temporária, prevista no art.º 92º do RST, é igual
à usada em circunstâncias normais com exceção da fonte de iluminação que tem de
ser independente da rede de iluminação pública.
De acordo com tudo o que foi dito atrás e quais as prescrições resultantes que fazem com que
os sinais predominem sobre as regras de trânsito, sendo esta a hierarquia integral da
sinalização:
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– Marcas rodoviárias
– Regras gerais de trânsito
3 Sinalização Vertical
Os sinais verticais devem ser colocados de forma a garantir boas condições de legibilidade das
mensagens neles contidas e a acautelar a normal circulação e segurança dos utentes das vias.
Deverão ser colocados do lado direito ou por cima da via, no sentido do trânsito a que respeitam,
e orientados pela forma mais conveniente ao seu pronto reconhecimento pelos utentes.
Os suportes dos sinais devem ser resistentes, com secção circular, permitindo a fixação do sinal
em perfeitas condições de estabilidade.
Os materiais utilizados na construção dos sinais devem ser retrorrefletores e não devem causar
encandeamento nem diminuir a visibilidade dos símbolos ou das inscrições.
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Exemplos de painéis temporários:
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A sinalização deverá ser colocada junto a cada frente de trabalho conforme se indica nos
esquemas subsequentes, devendo ser respeitadas as seguintes indicações:
• Os sinais devem ser instalados em local visível, a altura e em posição apropriadas, tendo
em conta os impedimentos à sua visibilidade desde a distância julgada conveniente;
• Os sinais devem ser retirados sempre que a situação que os justificava deixar de se
verificar.
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A velocidade na zona de trabalhos será de 30 km/h com reduções anteriores sucessivas de 20
km/h desde a velocidade máxima de circulação permitida em situação normal (ex.: 90 km/h
(situação normal): 1ª redução para 70 km/h; 2ª redução para 50 km/h; 3ª redução para 30
km/h).
A colocação de sinais deverá respeitar as distâncias definidas no quadro seguinte. Dentro das
localidades a distância entre sinais é de 50 metros.
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DISPOSIÇÕES COMPLEMENTARES SOBRE SEGURANÇA DOS TRABALHOS NA VIA PÚBLICA
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Bibliografia:
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