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NAVEGACAO ASTRONOMICA Calculo Da Posicao
NAVEGACAO ASTRONOMICA Calculo Da Posicao
2ª TAA NAV - 72
Alunos: BARROS
BORGES
DAMASCENO
SANTOS
SILVA
VIEIRA
BELÉM – PARÁ
2015
Sumário
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................3
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................16
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1. INTRODUÇÃO
Para qualquer navegador é arriscado depender apenas dos instrumentos elétricos que
auxiliam a navegação. Os pilotos das novas gerações se acostumaram a utilizar, quase que
exclusivamente, estes auxílios para determinar a sua posição no mar. Por um lado, o uso
destes equipamentos é uma verdadeiro facilitador da arte de navegar, mas por outro, mostram
uma falsa sensação de que estes estarão cem por cento do tempo operacionais, o que não é
verdadeiro, já que dependem de energia elétrica e não estão a prova de erros ou falhas. Por
exemplo, caso o gerador da embarcação venha apresentar defeito, esse auxilio elétrico não
poderá ser utilizado.
Caso o navegador esteja longe da costa e sem os equipamentos elétricos como, o GPS,
o radar e o giroscópio, a maneira que este terá para determinar a sua posição na imensidão do
oceano será através dos astros celestes. Somente por este fato, mas não o único, podemos
verificar a importância do estudo da navegação astronômica. Esta é um método de navegação
em que o navegante determina sua posição, ou obtém outras informações úteis para a
segurança da navegação, através de observações dos astros. Este foi o tipo de navegação
utilizado no período das “grandes navegações” pelos pioneiros que descobriram as novas
terras a oeste do continente Europeu.
Este trabalho tem como objetivo a explanação de como o navegador deve proceder
para calcular a sua posição por intermédio do ponto estrela, utilizando os instrumentos
clássicos, como o sextante e o cronógrafo, assim como as publicações relacionadas como, o
almanaque náutico e a Pub 249 Vol1. O segundo capítulo mostra como calcular o melhor
horário para a observação dos astros por meio do cálculo geral do crepúsculo. O terceiro
capítulo demostra o cálculo do ângulo horário local do ponto vernal e a plotagem das estrelas
na rosa de manobra. No quarto há o cálculo do ponto estrela para sete estrelas. E por fim, no
quinto capítulo há o plote das estrelas e a determinação da posição e suas correções.
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O navegador deve buscar o melhor horário para visualizar as estrelas, esse horário,
para o crepúsculo matutino, fica no intervalo que inicia na média do crepúsculo náutico com o
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crepúsculo civil e vai até a média do crepúsculo civil com o nascer do sol. Enquanto que para
o crepúsculo vespertino, fica no intervalo que inicia entra média do pôr-do-sol com o
crepúsculo civil e vai até a média do crepúsculo civil com o crepúsculo náutico. Este é o
intervalo de tempo no qual deve-se procurar as estrelas com o sextante. A Figura 3 mostra
graficamente o melhor intervalo de visualização das estrelas.
2.2. Cálculo
Foram utilizados os seguintes dados para realizar o cálculo geral do crepúsculo assim
como o restante do trabalho:
LATITUDE: 23° S
LONGITUDE: 43°10’ W
DATA: 06/04/2015
Rumo verdadeiro (Rv) = 045°
Marcha Média (m/m) = 12 knots
Altura entre a linha d’agua e o passadiço = 13 m
A partir deste ponto, o capitulo será dividido em passos para o melhor entendimento
dos cálculos. Utilizamos a versão mais recente do almanaque náutico lançado, até o momento
de confecção deste trabalho. No caso foi a edição do ano de 2015. Os instantes tabulados no
almanaque náutico para os fenômenos deste capítulo correspondem ao dia médio entre os três dias das
“páginas diárias” do Almanaque, mas podem ser usados, sem erros significativos, também para os
outros dois dias de cada “página diária”.
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2º Passo: Achar a menor latitude mais próxima da latitude assumida, no caso 23º S.
Ao verificar a página 75 do almanaque náutico, vemos que a latitude mais próxima é a 20 º S.
Aproveitamos para verificar a latitude posterior, no caso 30º S, que será utilizada nos cálculos
posteriores. Deve-se anotar todos os valores correspondentes a latitude 20º S e 30º S tanto
para o crepúsculo matutino (Figura 4) quanto para o crepúsculo vespertino (Figura 5).
Criamos uma tabela para anotar os valores. Uma linha para os valores de cada latitude, e cada
coluna para os valores dos crepúsculo civil, náutico, pôr-do-sol e nascer do sol, tanto matutino
quanto vespertino.
Figura 5 - Figura 4 - Página 75 do Almanaque Náutico dias 4, 5 e 6 de abril de 2015. Crepúsculo Vespertino
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3º Passo: O próximo passo será criar uma nova linha de dados, chamada de DIF/H/S.
Esta linha conterá a diferença entre os valores da latitude 20º S e 30ºS em módulo. Deve-se
procurar na tábua “TÁBUAS PARA INTERPOLAÇÃO DAS HORAS DO
A linha no qual deve-se procurar para o valor de 10º é igual a diferença entre a menor
latitude encontrada no 2º passo e a latitude assumida, no caso, 23º S:
| 20 º S – 23 º S∨¿ 3 º
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Figura 6 - Tábua para Interpolação das Horas do Nascer do Sol, do Nascer da Lua, Etc.
A diferença calculada no início desse passo deve ser usada para achar o valor
correspondente na coluna “Diferença de horas para latitudes consecutivas”. A menor diferença
tabulada encontrada na tabela é o valor de 5min. Como as diferenças calculadas foram
inferiores a 5min utilizaremos esse menor intervalo cruzado com o intervalo tabular é igual a
1min.
minutos para cima, ficando assim, 2 horas e 53 minutos. Somando a longitude à HML
encontramos a Hora média e Greenwich (HMG). O fuso da longitude assumida é igual 3
horas Oeste, subtraído este do HMG encontramos a Hora Local ou Hora Legal (HLeg).
Após realizar o cálculo do crepúsculo e obter a melhor hora local para o início da
observação das estrelas, 05h27m. Com o acréscimo da diferença de fuso horário obtém-se a
hora média em Greenwich (HMG), 08h27m. Com esse valor, é obtido na página 74 do
Almanaque Náutico Brasileiro o ângulo horário em Greenwich (AHG) do ponto vernal para
horas, 314º17.7’, como na Figura 9.
Em seguida será necessário obter uma correção para os 27 minutos que não foram
considerados no passo anterior. Tal correção é observada na página XV das páginas de
acréscimos e correções do Almanaque Náutico Brasileiro, 006º46.1’, como na Figura 10.
Ao realizar a soma do AHG do Ponto Vernal para 8 horas com a correção para os 27
minutos, será obtido o AHG do Ponto Vernal, 321º03.8’.
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Figura 122 – Rosa de manobras com as estrelas plotadas em seus respectivos azimutes
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A primeira estrela que será visualizada no sextante será a Vega, o melhor horário para
o crepúsculo matutino foi calculado no Capítulo 1 deste trabalho. Assumimos que a
visualização da estrela Vega aconteceu às 08h27m30s, HMG verificada na hora do
cronometro (HCR). Este horário deve ser corrigido caso o cronometro esteja adiantado ou
atrasado (EA). Neste caso o cronometro está 1m30s atrasado, logo, para achar a hora correta
devemos somar este valor à hora de visualização, ficando esta igual a 8h29m.
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O tempo que levamos para visualizar a estrela com o sextante, verificar a sua altura
instrumental (Ai) e apertar o cronógrafo no passadiço, deve ser descontado do tempo de
visualização. Assumimos que o tempo foi de 10s para esta estrela. Subtraindo do tempo já
corrigido pelo erro do cronometro, temos a HMG igual à 8h28m50s.
A Ai também deve ser corrigida pois está sujeita a erros instrumentais do sextante (Ei).
Na prática devemos verificar se o sextante não está desalinhado, se estiver, devemos ajustá-lo,
mas mesmo depois que todos os erros ajustáveis foram eliminados ou reduzidos o máximo
possível, o sextante ainda apresenta algum erro residual. Neste trabalho assumimos o Ei como
sendo de -1.5’ apenas. Para a estrela Vega, a altura do astro visualizada foi de 28º13,5’. Com a
correção obtemos a altura observada (Ao) igual a 28º12’
A depressão do horizonte ou depressão aparente (dp ap) resulta de se usar o horizonte
visual como origem das alturas observadas. É definida como sendo o ângulo, formado no olho
do observador, entre o horizonte visual e o horizonte aparente. Na Figura 13 verificamos que
o horizonte utilizado é o aparente, mas o correto seria utilizar o horizonte verdadeiro que
passa pelo centro do planeta terra. Logo, precisamos aplicar uma correção para esta depressão
(C:dep)
Para calcular a correção da depressão temos que saber a altura do observador. A altura
foi dada nos dados iniciais do Capítulo 1, sendo igual a 13 m, que é a altura da linha d’agua
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até o passadiço. Neste trabalho não acrescentamos a altura do observador, mas na prática a
utilizamos.
No almanaque náutico existem as tabelas de correção de alturas para as estrelas
chamada de: A2 CORREÇÃO DE ALTURA DE 10º - 90º - SOL,
ESTRELAS E PLANETAS (Figura 14). Procura-se nesta tabela, na
coluna “Elev do Olho”, a altura correspondente do observador.
Verificamos que o valor será o -6.4 como mostra a Figura 14.
Subtraindo os -6.4 de Ao temos a Altura aparente (Aap) igual a 28º05,6’. Uma outra correção
(Ct) será aplicada para otimizar o resultado (Figura 15).
Assim como se faz nas observações de alturas com o sextante, é necessário precisão
nas correções das alturas dos astros, pois 1' de erro na altura é igual a 1 milha de erro na linha
de posição obtida, isto é, os erros cometidos na observação ou na correção das alturas dos
astros transmitem-se em verdadeira grandeza para as LDP correspondentes.
Com todas as correções realizadas, teremos então a altura verdadeira (Av) que foi
medida pelo sextante. Devemos agora comparar esta altura com a altura tabulada (Atb). A
publicação Pub 249 Vol1 fornece diretamente a Atb e o Azimute Verdadeiro (Azv) do astro
observado, simplificando ao máximo os cálculos. A diferença entre o os valores encontrados
do Atb e da Av, o chamado Δa, serão utilizados no próximo capítulo para plotar o ponto
estrela.
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1
m=( m/m ) × ∆ t= ×3,25=¿ 0,65'
5
C : m/¿
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS