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AMARAL, Larissa do 1
ROSÁRIO, Victor Nilson do 2
SANTOS, Antonio José dos 3
RESUMO
Um dos grandes problemas que ocorrem no dia a dia em todos os setores da economia são os
acidentes de trabalho, principalmente em setores industriais. Sendo assim, o presente artigo teve como
objetivo analisar os riscos de acidente de trabalho no processo de pintura de peças em uma indústria
metalmecânica. Para o alcance do objetivo, foram realizados alguns procedimentos, como: uma
pesquisa aplicada de característica exploratória, um mapofluxograma do processo crítico e análise dos
riscos com a ferramenta FMEA, além de um brainstorming, a fim de propor ações de melhoria nos
processos. Como resultado do cumprimento da metodologia, foi possível identificar o processo de
pintura mais crítico e mapeá-lo, com o propósito de demonstrar e elucidar as atividades de cada etapa.
Após a listagem das etapas, foram constatados os potenciais modos de falha, suas causas e efeitos,
através da ferramenta FMEA, definindo, então, ações para a redução dos possíveis riscos de acidentes.
1 INTRODUÇÃO
1
Graduanda do Curso de Engenharia de Produção do Centro Universitário UNISOCIESC,
larissa_amrl@outlook.com; 2Graduando do Curso de Engenharia de Produção do Centro Universitário
UNISOCIESC, victor_nilson@hotmail.com; 3Professor orientador: Dr. Eng., Centro Universitário
UNISOCIESC, antonio.santos@unisociesc.com.br;
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 FMEA
Por outro lado, o FMEA de produto avalia as falhas no produto antes que a sua
produção seja liberada. Esse modelo foca na capacidade do projeto de produto
atender aos objetivos previamente estabelecidos, além de determinar prioridades para
as ações de melhoria.
Por fim, o FMEA de processo é responsável por analisar, quais são as falhas do
processo antes do início da manufatura, estabelecendo, além disso, as necessidades
de modificações no processo e definindo quais são as ações de melhoria a serem
realizadas.
O FMEA possibilita a classificação das falhas, baseado nos riscos e efeitos que
as mesmas podem causar. Os componentes considerados são a severidade, a
ocorrência e a detecção (FERNANDES; REBELATO, 2006).
Em conformidade com Fernandes (2005), para a composição ideal de um FMEA
são necessárias as seguintes etapas:
1. Identificação dos potenciais modos de falhas, além dos já conhecidos;
2. Reconhecimento dos efeitos de cada modo de falha e suas severidades;
3. Apontamento das possíveis causas de cada modo de falha e a probabilidade
da sua ocorrência;
4. Identificação do meio de detecção do modo de falha e a sua probabilidade de
detecção;
5. Avaliação do risco de cada modo de falha;
6. Determinação de ações para minimizar ou eliminar o risco de falha.
De acordo com Aguiar e Mello (2008), durante a aplicação do FMEA é utilizado
um formulário padrão, que possibilita verificar de forma visual os modos de falha, as
suas causas, os seus efeitos, às suas ações preventivas ou corretivas, entre outras
informações, que estão detalhadas na Figura 1.
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de uma comissão interna que previne acidentes (CIPA). Ela é composta por
colaboradores, os quais identificam riscos nos processos de trabalho, elaboram
mapas de riscos e participam do controle da qualidade, com o objetivo de elaborar
medidas de prevenção (CLT, 1977).
Ainda em conformidade com a CLT (1977), a NR 6 refere-se aos equipamentos
de proteção individual (EPI), em que os EPI’s são fornecidos pelo empregador e são
exclusivos para cada colaborador, de acordo com sua função e posto de trabalho. O
EPI protege o trabalhador contra riscos que ameaçam sua segurança, saúde e
integridade física durante a atividade laboral.
Já a NR 9 é responsável pelo programa de prevenção de riscos ambientais
(PPRA). O objetivo dessa norma é proteger a saúde e a integridade física dos
colaboradores, através de avaliações de possíveis riscos ambientais, químicos, físicos
ou biológicos, existentes no ambiente de trabalho.
A NR 11 estabelece condições de segurança para equipamentos de elevação,
transportadores contínuos e industriais, armazenamento de materiais, entre outros. A
norma exige que o colaborador realize um treinamento disponibilizado pela empresa
para exercer qualquer função em equipamentos de transporte com força motriz
própria (CLT, 1977).
Voltada para a proteção coletiva, a NR 12 previne acidentes em máquinas e
equipamentos. Esta norma estende-se desde a montagem até a desativação da
máquina ou equipamento. Ainda focado na proteção coletiva, a NR 26 trata da
sinalização de segurança, com o intuito de indicar e advertir os riscos no ambiente de
trabalho. Ao todo existem 37 normas regulamentadoras, encontradas na
Consolidação das Leis de Trabalho (CLT, 1977).
Segundo Mello e Salgado (2005), a fim de que todos os processos sejam bem
gerenciados, uma ótima visualização desses é necessária para a sua compreensão.
O mapeamento de processo tem como objetivo indicar as tarefas necessárias e sua
subsequência, possibilitando a entrega de um produto ou serviço.
Para o desenvolvimento correto desse processo existem diversas técnicas de
mapeamento, com enfoques diferentes (LEAL et al., 2003). Em concordância com
Barnes (2004), o fluxograma de processos é uma dessas técnicas, no qual ele foi
empregado para registrar um procedimento de maneira compacta, por meio de alguns
símbolos padronizados. Barnes (2004), apresenta também o mapofluxograma, o qual
tem como objetivo demonstrar o processo em uma planta do edifício ou até mesmo
no próprio local em que a atividade em questão será desenvolvida.
De acordo com Mayer et al. (1992), outra técnica muito utilizada para o
mapeamento de processo é o IDEF (Integration Definition), que consiste em um
conjunto de práticas de modelagem de processos, o qual possibilita uma análise
completa e complexa dos processos através de suas entradas, saídas, restrições e
interações. Seu principal objetivo é elaborar áreas reais e virtuais com o intuito de
proporcionar a troca de informações, para os processos produtivos em um sistema.
Já o diagrama sistemático do Unified Modeling Language (UML) foi criado com
a intenção de desenvolver sistemas de software. Este diagrama foi adaptado para
modelar-se a diversos sistemas (WILCOX e GURAU, 2003).
Conforme Fitzsimmons e Fitzsimmons (2011) uma técnica que se diferencia dos
fluxogramas, mas possui a mesma função, é o Service Blueprint. Essa técnica
considera a interação com o cliente durante o processo e entrega do serviço. O mapa
de serviço é utilizado para esquematizar o mapeamento derivado do Service Blueprint,
o qual abrange o gerenciamento do serviço completo e não focado apenas na entrega
do mesmo. Este refere-se a um procedimento gerencial para corresponder
cronologicamente os encargos e atividades empreendidos pelo cliente e por todos os
setores durante o desempenho de um serviço (KINGMAN-BRUNDAGE, 1995).
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3 METODOLOGIA
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Assim, inicia-se a fase final do processo, as operações 12, 13, 14 e 15, nesta
ordem, descarregamento do SKID nos postos, retirada das vedações das peças,
abastecimento das caixas com peças já pintadas e o carregamento das empilhadeiras
com caixas são executadas e então as etapas são concluídas com a atividade 16, o
transporte das caixas para a próxima etapa do processo.
algumas delas não proporcionam riscos aos mesmos. Então, com a finalidade analisar
com mais assertividade as atividades, as mesmas foram agrupadas nas seguintes
etapas: etapa 1, carregar e descarregar as caixas ou SKID com peças, etapa 2,
realizar a vedação das peças e por fim, etapa 3, transportar as caixas ou SKID com
peças.
Conforme demonstrado na Figura 4, as etapas selecionadas adequaram-se
como pilares para o desenvolvimento da análise, a partir de cada uma delas foi
identificado um modo de falha, na etapa 1, constatou-se o mal posicionamento das
peças nas gancheiras e nas caixas, já na etapa 2, verificou-se a queda de peças e
por último, na etapa 3, observou-se a circulação fora das áreas permitidas.
Posteriormente, determinou-se os efeitos potenciais de falha para os respectivos
modos. Fratura, esmagamento e amputação dos dedos, foram relacionados ao modo
de falha 1, em seguida, o esmagamento dos membros inferiores destacou-se como
um efeito do modo de falha 2 e o atropelamento por empilhadeira, as lesões
permanentes ou temporárias e o óbito do colaborador foram associados ao modo de
falha 3. Diante disso, observa-se que conforme citado anteriormente, todos os efeitos
potenciais de falha são acidentes que podem ocorrer no processo.
Com o propósito de avaliar os efeitos determinados, instituiu-se um valor
numérico a cada um, a fim de representar o grau de severidade do efeito, todos eles
foram classificados com o grau 10, o qual define que pode oferecer perigo ao
colaborador, sem aviso prévio.
Na Figura 5, estão evidenciadas as causas potenciais das falhas, vinculadas às
etapas do processo, bem como a probabilidade de ocorrência das mesmas.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a Deus por ter nos dado saúde, força e ânimo todos os dias, para
superarmos as dificuldades e persistirmos no nosso sonho.
Agradecemos aos nossos pais, familiares e amigos pelo incentivo, confiança e
apoio sempre.
Agradecemos ao nosso professor orientador Antônio pela parceria e pelos
conselhos ao longo do trabalho e às professoras Rosineide e Michela, professoras da
matéria de TCC, pela paciência e pelos conhecimentos ensinados.
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REFERÊNCIAS
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improvements. 1998. Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/235264909_Process_analysis_techniques_
and_tools_for_business_improvements. Acesso em: 18 abr. 2021.
http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/264065/1/Cicero_RenatodeSouza_
M.pdf. Acesso em: 27 abr. 2021.
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2000. Disponível em:
https://lume.ufrgs.br/handle/10183/10884#:~:text=A%20proposta%20descrita%20ne
ste%20trabalho,houver%20muitas%20opera%C3%A7%C3%B5es%20e%20atividad
es%3B. Acesso em: 24 abr. 2021.
https://www.researchgate.net/profile/Hermom-
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OLIVEIRA, Ualison Rebula de; PAIVA, Emerson José de; ALMEIDA, Dagoberto Alves
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utilização conjunta do mapeamento de processos com as técnicas FTA, FMEA
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WILCOX, Pauline A.; GURăU, Călin. Business modelling with UML: the
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http://dx.doi.org/10.1016/s0969-6989(03)00004-3.
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APÊNDICE 1 – FMEA