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Resumo:
Este artigo tem como objetivo analisar a utilização do método Análise de Modos de Falhas e
Efeitos (FMEA) no processo de furação no torno mecânico no âmbito da indústria mecânica,
devido a necessidade de produção, manutenção, reparo de peças, componentes e conjuntos
mecânicos. Trata-se de um estudo de caso, desenvolvido com base na pesquisa bibliográfica,
pesquisa de campo, utilizando-se do desenvolvimento da operação de furação, juntamente com
os profissionais para a construção do brainstorming aliado à pesquisa ação, no desenvolvimento
do processo. Por fim, conclui-se com a realização deste experimento, que as técnicas
implementadas promoveram uma mudança na cultura da organização, pelo fato dos
profissionais entenderem a importância de se realizar um trabalho com critérios técnicos para
maior segurança na prevenção de ocorrência de acidentes.
Palavras-Chave: Produtos e processos; Metodologias; Técnica da FMEA
1. Introdução
A importância no cenário atual das industrias motiva a escolha da adoção da técnica da FMEA,
onde problemas e imprevistos identificados na execução de processos podem ser previstos e
evitados, obtendo-se ainda informações assertivas relacionadas a prevenção de acidentes.
Este conhecimento também é vantajoso para a empresa, já que permite que ela possa se preparar
para a adoção de programas, métodos e técnicas que possam auxiliar na prevenção, controle ou
mitigação de riscos, prejudiciais para todos, com consequências desagradáveis e
desagregadoras. O embasamento para a utilização da técnica da FMEA não seria possível sem
a consideração dos princípios fundamentais contidos na NR 12 (Norma Regulamentadora):
Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos.
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Ramos (2006) explica que a técnica da FMEA foi criada com enfoque no projeto de novos
produtos e processos, mas, em virtude de seu grande sucesso e benefícios para as organizações,
passou a ser utilizada nas mais diversas formas e em vários tipos de ambientes.
A intenção é fornecer às organizações empresariais subsídios que possam abrir caminhos para
uma possível e necessária utilização de métodos e técnicas que contribuam com a qualidade e
produtividade na empresa, considerando a utilização de procedimentos de gestão de riscos, em
benefício de todos que sejam colaboradores da organização.
Com base na problemática da pesquisa, este estudo tem como objetivo geral analisar a utilização
do método Análise de Modos de Falhas e Efeitos (FMEA) em um processo de furação no torno
mecânico.
2. Revisão da Literatura
No ambiente industrial, cada vez mais se torna necessária a adoção de medidas que venham
diminuir ou até mesmo extinguir situações de acidentes de trabalho que envolva o trabalhador
com os equipamentos ou máquinas, trazendo prejuízos físicos, às vezes irreparáveis. Prejuízos
financeiros em relação ao ser humano e, numa outra instância, financeiros em relação aos
equipamentos também podem ocorrer.
Será abordada, neste tópico, a revisão bibliográfica sobre a técnica da FMEA, a qual será
utilizada no tratamento do processo de furação aqui apresentado, na busca de melhoria contínua
para o bem-estar e segurança do ser humano, especialmente.
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A técnica FMEA é descrita por diversos autores, portanto foram elencadas aqui algumas das
principais definições encontradas na literatura sobre o tema. Para Toledo e Amaral (2006, p. 2),
a FMEA é “a metodologia de análise de tipo efeito de falha (FMEA), é uma ferramenta que
busca, em princípio, evitar por meio da análise das falhas potenciais e propostas de ações de
melhoria, que ocorra falha no projeto do produto ou do processo”.
A análise dos modos e efeitos de falhas do original em inglês- Failure Mode and Effects
Analysis, FMEA, é uma metodologia sistemática que, de acordo com Yang (2006, p. 40),
“permite identificar potenciais falhas de um sistema, projeto e/ou processo, com o objetivo de
se eliminar ou minimizar os riscos associados, antes que tais falhas aconteçam”.
Já segundo os estudos de Silva, Fonseca e Brito (2006, p. 01), a FMEA se constitui em “um
método de análise de risco indutivo, que permite avaliar, a partir de um modo de falha, as
respectivas causas e consequência de efeitos”, bem como “os meios de detecção e prevenção
dos modos de falha e de mitigação dos seus efeitos”. Já de acordo com Helman e Andery (1995
apud OLIVEIRA et al., p. 5), a ferramenta FMEA se consubstancia em:
Já o Instituto da Qualidade Automotiva (IQA, 2000, p. 98) define a FMEA como sendo “uma
técnica sistematizada, a qual identifica e classifica os modos potenciais de falha de um projeto
ou processo de manufatura para priorizar melhorias”.
O uso consistente da FMEA, conforme refere Palady (1997, p. 39), “pode permitir a
identificação de problemas que não haviam sido antecipados e consequentemente ao
estabelecimento de prioridades para correção”. Como pontuam Araújo et al. (2000), existem
duas tipologias de FMEA: a de produto, normalmente denominada de projeto, e a de processo.
De acordo com os estudos de Palady (1997, p. 40), a FMEA de processo é geralmente utilizada
para obtenção de “análise detalhada de sistemas produtivos que possam ocasionalmente afetar
a confiabilidade prevista no produto, identificando os modos de falhas potenciais no processo
e seus efeitos no cliente”. A concretização da FMEA de processo, conforme Bastos (2006, p.
78), tem início “a partir de um fluxograma de processo, o qual deve indicar as características
do produto e do processo detalhado de cada operação”.
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Conforme Ribeiro (2001, p. 70), a FMEA “é uma técnica de sistema fazendo diagnóstico de
produtos e processos, que revela os pontos fracos do sistema e fornece subsídios para melhoria
contínua”. Ainda de acordo com este mesmo autor, a FMEA abarca em si os seguintes
objetivos:
Após uma avaliação quantitativa dessas três perguntas é calculado um número de prioridades
de risco (NPR), ou seja, o risco resultante. Uma vez priorizados os riscos resultantes, são
aplicadas ações corretivas que virão prevenir as tais falhas. Segundo Cunha (2001), a FMEA é
basicamente um processo de sete passos:
O mais comum é a ferramenta FMEA ser utilizada individualmente, quando, na realidade, seria
muito melhor aplicada por uma equipe considerando as especificidades de cada empresa. Por
certo que cada enfoque traz em si vantagens e desvantagens quando o quesito é custo e benefício
de cada uma.
Segundo Zambrano e Martins (2007, p. 3), a FMEA “é uma técnica sistematizada a qual
identifica e classifica os modos potenciais de falha de um projeto ou processo de manufatura
para priorizar ações de melhoria”.
Na técnica da FMEA, é importante considerar que esta auxilia agregando informações no projeto
de sistemas, nos produtos, nos processos ou serviços, em que uma falha pode vir a ocorrer. A
identificação de ações corretivas que previnam a ocorrência de falhas é um dos objetivos
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Conforme explana Palady (1997, p. 50), são cinco os elementos básicos e eficazes incluídos
nas FMEAs, os quais estão expostos abaixo:
• Planejamento da FMEA;
• Listagem dos modos de falha, causa e efeitos;
• Priorização e isolamento dos modos de falha mais importantes;
• Interpretação ou leitura dos resultados;
• Acompanhamento das ações necessárias ao desenvolvimento de uma FMEA eficaz e
das recomendações sugeridas.
O objetivo clássico da utilização de uma FMEA é detectar falhas antes que as mesmas possam
ocorrer em um processo de fabricação. Marconcin (2004), relata que, a medida em que as
causas das falhas são eliminadas pela utilização da FMEA, a confiabilidade aumenta
consideravelmente
Para uma análise detalhada com caracterização qualitativa ou quantitativa, a FMEA permite
que se verifiquem as formas nas quais um sistema, um equipamento ou uma operação podem
falhar e produzir efeitos indesejáveis. Com esta análise, é possível perpetrar estimativas das
taxas de falhas e ainda promover mudanças que possibilitem uma diminuição das
probabilidades destas ocorrerem, o que confirma a confiabilidade do sistema, do equipamento
ou da operação.
A FMEA, de acordo com Conte e Compani (apud BERGER et al., 2012, p. 199), “passou a ser
difundida e atualmente é utilizada nos mais variados ramos e atividades, passando por empresas
de componentes, automobilísticas, metal mecânica, farmacêuticas e até mesmo em hospitais”.
Assim sendo, conforme refere Palady (1977), na busca de um prognóstico de problemas
(falhas), utilizou-se a técnica da FMEA como um procedimento para o desenvolvimento e
execução de projetos, processos ou serviços novos ou revisados, constituindo-se um
instrumento imprescindível para as empresas fornecedoras de vários seguimentos, como é o
caso da empresa estudada neste artigo, em especial, as do setor automobilístico.
A ferramenta FMEA pode ser compreendida, como aponta Bastos (2006, p. 2), como “uma
metodologia sistemática que permite identificar as potenciais falhas de um sistema, projeto ou
processo”. O autor pontua que a meta desse processo seria o de “eliminar ou minimizar os riscos
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associados, antes que tais falhas aconteçam. O objetivo é eliminar os modos de falha ou reduzir
os riscos associados”.
A FMEA, na opinião de Palady (1997, p. 50), “torna-se uma importante ferramenta para
prognosticar problemas, através de um procedimento para execução e desenvolvimento de
projetos, processos ou serviços, contribuindo para a elaboração destes”. No tocante aos
objetivos da FMEA, segundo De Cicco e Fantazzini (1994- apud NUNES; SOUZA, 2007, p.
59), são estes expostos abaixo:
• Uma revisão sistemática dos modos de falha de um componente para garantir danos
mínimos ao sistema;
• Determinação dos efeitos que tais falhas terão em outros componentes do sistema;
determinação dos componentes cujas falhas teriam efeito crítico na operação do sistema
(falhas de efeito crítico);
• Cálculo de probabilidade de falha de componentes, montagem e subsistemas, através
do uso de componentes com confiabilidade alta, redundâncias no projeto ou ambos.
Segundo Martins (2014), o que tornou essa ferramenta conhecida e abriu margem para que
outras empresas começassem a utilizá-la foi quando o setor automobilístico a introduziu em
suas linhas de produção como ferramenta de uso obrigatório.
Para Oliveira, Marins e Rocha (2012, p. 6), a FMEA é utilizada na realização de uma análise
detalhada de sistemas produtivos observando que “esta análise auxilia também na identificação
das variáveis de processo que devem ser controladas para priorizar as tomadas de ações
preventivas ou corretivas”.
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Já de acordo com Helman e Andery (1995), as etapas para elaboração da FMEA envolvem os
seguintes quesitos:
A FMEA, como asseguram Helman e Andery (1995), é um “método analítico que consiste na
identificação dos possíveis modos de falha e determina o efeito de cada uma sobre o
desempenho de um sistema, seja de um produto ou de um processo”.
A FMEA - Análise dos Modos de Falha e seus Efeitos - é uma ferramenta que busca, a princípio,
as falhas no projeto de um produto ou de um processo, por meio da análise de falhas potenciais,
permitindo propor ações de melhoria.
De acordo com Clausing (1994 apud ROZENFIELD, 2008, p. 170), “a mesma pode ser aplicada
nas seguintes situações” que se apresentam abaixo:
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A aplicabilidade da FMEA, a princípio, deve ser efetuada por uma equipe altamente capacitada,
plurivalente, que seja detentora de know-how suficiente para avaliar o ciclo completo de vida
do produto, tornando possível assim quantificar e privilegiar modos de falha assim como criar
uma lista de ações precisas como meio de se eliminar riscos.
Explanar acerca da importância da FMEA é refletir sobre qualidade de vida para o trabalhador
e sobre um processo de efetivação do nome da empresa perante seus clientes. Por certo,
pretensas falhas ao longo do processo de produção geram insatisfação por parte dos clientes e
desperdícios em geral. Desordem e desorganização podem conduzir a empresa à falência.
Ainda no tocante à importância da FMEA, Silva, Fonseca e Brito (2013, p. 3) destacam alguns
itens que na concepção da equipe propiciam melhoria para a empresa:
Como acena Nascimento e Moraes (2000, p. 20), “as companhias gastam milhões de dólares
por ano na manutenção preventiva de suas máquinas. Não vejo razão para não fazermos o
mesmo com nossos funcionários”. Mudar o cenário atual relativo às condições de saúde e
segurança do trabalhador brasileiro não é só um desafio do governo, mas da sociedade de uma
forma geral, exigindo o envolvimento dos trabalhadores e empresários.
Para a obtenção de um resultado favorável da ferramenta, Vieira (2008, p. 16) menciona que “a
FMEA deve ser desenvolvida antes que o Modo de Falha, de projeto ou de processo, seja
incorporado ao produto”. O autor ainda salienta que “uma FMEA desenvolvida no momento
apropriado fará com que os gastos com mudanças no produto e no processo sejam bem menores
e as modificações sejam identificadas o mais cedo possível e sejam mais fáceis de serem
implementadas”.
É preocupante observar que muitas empresas não consideram a questão do risco imposto aos
seus funcionários na lida diária, na utilização de máquinas, equipamentos, utensílios e
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ferramentas na execução de processos produtivos. Assim sendo, este estudo se justifica pelo
fato de poder servir de norteador para futuras ações que venham a minimizar os riscos impostos
ao trabalhador quando da realização de tarefas que envolvam os elementos citados.
3. Metodologia
Para a realização da gestão da técnica FMEA na operação de furação do torno mecânico, foi
definida uma sequência de etapas e processos do produto, conforme segue:
A adoção destas etapas de forma lógica, como descritas, foi considerada pelo autor juntamente
com o grupo de trabalho como fundamental para a geração dos dados do estudo em questão.
A etapa seguinte, que consiste na execução da operação, exige a utilização de EPI, bem como
ligar a máquina com giro no sentido horário; iniciar a furação com movimento de rotação no
volante do cabeçote móvel; furar alternando a ferramenta com movimentos retilíneos de avanço
e recuo; eliminar os cavacos ou aparas da área de furação; repetir os movimentos até conseguir
a profundidade desejada ou a furação total, conforme o caso.
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Finalizada a operação se faz necessária a retirada da peça presa, a retirada da broca do mandril
para, então, retirar o mandril para que se execute a limpeza da máquina, das ferramentas, dos
acessórios e utensílios.
O trabalho realizado contou com a participação dos envolvidos diretamente no processo para o
desenvolvimento da técnica da FMEA. A princípio, foi estruturada a equipe com os objetivos
e ações já definidos para a realização do proposto. Utilizou-se a ferramenta denominada
brainstorming, aliada à técnica da pesquisa-ação, para embasar os procedimentos que a FMEA
exige para ser aplicada.
O brainstorming, como explicam Santos et al. (2011, p. 31), “é conceituado como tempestade
de ideias. É um processo coletivo onde as pessoas lançam ideias de forma livre, não devendo
haver críticas e devendo acontecer no menor espaço de tempo possível”.
São múltiplas as definições de pesquisa-ação e opta-se por aplicar a de Raport (1970, p. 499),
para quem “a pesquisa-ação pretende contribuir tanto para as preocupações concretas das
pessoas em uma imediata situação problemática quanto aos objetivos da ciência social através
da colaboração conjunta no âmbito de um quadro ético mutuamente aceitável”.
A metodologia utilizada neste trabalho é fruto do estudo de caso, que, de acordo com Gil (2010,
p. 38), tem o propósito de “descrever a situação do contexto em que está sendo realizada
determinada investigação”, neste caso, temos a descrição dos processos de execução de uma
operação de furação, bem como a descrição dos modos de falhas existentes neste processo.
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Este é o ponto em que o trabalho toma a forma para que os passos seguintes possam ser
pensados e soluções sejam apresentadas como ações recomendadas e ações futuras.
O Fluxograma 1 a seguir dá uma orientação para a proposta para atender os objetivos da
pesquisa.
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Na preparação para a execução são descritas as possíveis ações a serem realizadas, seguindo as
análises do que pode ser evidenciado como falha, qual efeito produz e que causa pode ser
considerada.
Velocidade Quebra
Avanço Controlar
do Ferramenta/ 10 10 9 900
Movimentar Grande Velocidade
movimento Acidente
3 Volante do
cabeçote Pressão de Quebra da Controlar
Acidente 10 9 7 630
Corte Ferramenta avanço
Usar
Usar as Mãos Corte Acidente 9 9 9 729
Puxador
Retirar
5
Cavacos
Máquina Parar a
Queimadura Acidente 8 10 10 800
Ligada máquina
Utilizar
6 Limpar Broca Usar as Mãos Corte Acidente 8 8 7 448
pincel
Limpar Utilizar
7 Usar as Mãos Cortes Acidente 6 7 8 336
Máquina pincel
Fonte: o autor.
Realizando esta análise, aponta-se para os possíveis controles como fator de correção. A seguir
são atribuídos valores para severidade da falha, sua ocorrência e a questão da detecção, onde se
realiza assim, o cálculo do RPM, fator que sinaliza para a equipe os pontos com valores a serem
considerados como prioridades seguidos de análise colaborativa, e/ou ações corretivas.
Em relação à linha três da tabela acima – Movimentar o volante do cabeçote –, a falha se refere
à velocidade do movimento, que pode produzir um efeito de grande avanço, podendo acusar a
quebra da ferramenta, causando acidentes ao operador.
Caracterizado aqui para a severidade e para a ocorrência 10, um valor alto, é possível afirmar
que há grandes chances de ocorrer uma situação de perigo, podendo resultar em um acidente.
A detecção 9, considerada muito alta, demonstra que é de responsabilidade do operador dar a
devida atenção ao procedimento. Isto implica em um RPN 900, logo, para esta operação, é
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necessário que o operador não só tenha o conhecimento da falha e dos seus efeitos, mas
fundamentalmente se concentre na questão da velocidade e no movimento do volante.
Foi utilizada a técnica do brainstorming nesta etapa, não mais sobre a execução da operação,
mas sobre as expectativas e opiniões de cada participante em relação à aplicação da técnica da
FMEA como gestão de processo. Registramos as respostas de um questionário elaborado após
a utilização da técnica da FMEA na operação de furar no torno mecânico, e consideramos como
mais relevantes as listadas a seguir:
O estudo de caso foi utilizado para promover o entendimento da utilização da FMEA como
forma de gerenciar riscos e ainda para gerar subsídios para conclusão do artigo, considerando
a participação dos profissionais da empresa como fundamental para o sucesso do trabalho.
Foi possível, então, descrever o diagnóstico após a realização da operação, com o olhar dos
operadores participantes do processo, elencando ações possíveis para a melhoria do tratamento
dos riscos no processo apresentado.
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A presente pesquisa caracteriza-se como qualitativa, uma vez que os resultados obtidos durante
o processo do produto e as sugestões apontadas pelos profissionais após o processo de furação
no torno mecânico estruturado com base na FMEA, tanto possibilitou conhecer melhor o
processo como também conhecer as potencialidades da técnica FMEA, como proposta de ações
futuras com melhorias para os processos.
Liderar é servir e uma liderança eficaz se baseia no serviço de um para o outro. Os melhores
líderes dão direção, apoio, coragem e incentivo. O líder não perde o foco e mantém sua visão
do futuro e estas são apenas duas das habilidades que esse indivíduo deve possuir.
De fato, o ser que desejar ser líder terá que inicialmente ser servidor. Servir a seus liderados. É
preciso ter em mente sempre que pensamentos se tornam ações, ações tornam-se hábitos,
hábitos tornam-se caráter, e nosso caráter torna-se nosso destino.
Nesse sentido, foi observado que a gerência é detentora de alguns pontos que considerados
negativos. Ao mesmo tempo em que veem a necessidade do trabalhador, por outro lado há uma
cobrança muito forte por produção. Há necessidade de adequar a empresa para a adoção de
métodos e técnicas proativas.
5. Conclusão
A proposição aqui descrita poderá estabelecer um marco para diversos outros processos
operacionais de uma empresa, como torneamento, rosqueamento, abertura de canais,
faceamento, fresamento, buscando, com a utilização da técnica da FMEA, dar o tratamento
fundamental para que, no processo, se consiga prevenir e evitar falhas ou problemas que possam
causar acidentes, perda materiais ou de insumos.
Quanto ao ponto fraco dos funcionários, é possível referir que estes apresentam resistência para
utilização de procedimentos e métodos que eles consideram serem atrasos para a produção.
Outro aspecto fundamental observado foi a dificuldade para se escrever as coisas comuns das
operações.
Talvez seja oportuno desmembrar a operação em fases embora seja um fator dificultoso que
para eles, pois, como profissionais práticos, enxergam o processo de uma forma geral, e não
consideram as possibilidades de acidentes, entendendo que já sabem fazer e não vão errar. Outro
ponto a ser analisado pela empresa é o imediatismo nas ações bem como a autoconfiança para
realizar as operações.
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Nesta Era da Informação, novos cenários se desenham e redefinem o modo de trabalhar. Pessoas
interagem umas com as outras, com o ambiente externo à empresa, a partir de sua própria casa.
A empresa, para não correr o risco de se deteriorar, deve possuir uma equipe que seja coesa,
líderes que guiem, que inspirem o grupo, que lhes transmita confiança apontando os caminhos
a serem trilhados.
Uma empresa com foco no futuro capacita seus funcionários, gera entusiasmo. Utiliza-se do
pronome ‘nós’ continuamente, corrige falhas, mostra como se faz. Ao contrário das práticas
tradicionais de se usar das pessoas, desenvolve pessoas, dá crédito, pergunta, pede opiniões e
sugestões, anda junto com seus funcionários. Por isso, outro ponto relevante para a empresa
seria investir mais e continuamente em treinamento.
Para manter os bons profissionais é preciso primeiro identificar o capital humano da empresa
em que haja um componente estratégico, pois são esses os indivíduos a serem preservados. A
preservação desse pessoal se dá mediante a oferta de condições de trabalho competitivas em
termos de desenvolvimento pessoal e salarial. Assim a empresa se verá obrigada a garantir que
suas ofertas atendam às necessidades e às aspirações de diferentes trabalhadores mais
gabaritados, cabendo a cada gerente a tarefa de assegurar que os profissionais de sua equipe
estejam motivados.
No tocante aos objetivos desta pesquisa, que era avaliar os resultados obtidos em um trabalho
de furação em um torno mecânico, utilizando como gestão de risco a técnica da FMEA, foi
possível verificar a eficiência para se estudar as falhas possíveis dentro do processo de produção
e ainda deixar, como registro, as viabilidades de serem implantadas técnicas para melhorias nos
processos, com tratamento adequado aos riscos.
Fica patente também, com as respostas dos colaboradores, a importância da busca pela
capacitação dos profissionais, pois por meio de seus relatos, podemos verificar o quanto uma
operação relativamente simples, utilizando-se de uma técnica de gestão, pode influenciar na
satisfação dos participantes, nos indicadores de acidentes e na diminuição dos mesmos.
6. Referências
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