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Topografia I

Aula ao Vivo
Aula 3

Prof.ª Fernanda C Maia


Objetivo da Aula

Apresentar:

 Cota e Altitude;
 Levantamento simples;
 Rumos e Azimutes.

Principal Base teórica da aula para estudo:


Livro – Fundamentos da Topografia. Autor: Tuler, Marcelo
Capitulo do Livro: 2 – Pág.: 33 – 130
3 – Pág.: 133
O que é cota?
• Cota: altura com relação a uma referência fixa
– Referência é um plano horizontal

h3

h2

h1

Plano de Referência
O que é cota?
• Referência usual: nível do mar
– Cota → altitude
Como medir altitude?
• Em geral estamos longe do mar...
Cotas Relativas
• Cotas relativa a um ponto arbitrário
– Definimos um valor arbitrário para ele

h3

h2

0m Plano de Referência: RN
Cotas Relativas para Altitude
• Podemos fazer a conversão...
– Se soubermos o valor real da altitude de um dos pontos

h3

h2

0m Plano de Referência: RN

768m
Cotas Relativas para Altitude
• Podemos fazer a conversão...
– Se soubermos o valor da altitude de um dos pontos (RN)

h3

h2

0m Plano de Referência: RN

768m h2alt = 768 + h2 h3alt = 768 + h3


Medição de Cotas
• Como as cotas são relativas...
– Sempre temos uma referência!
• Elas são determinadas medindo diferenças

RN: 100m
Medição de Cotas
• Como as cotas são relativas...
– Sempre tempos uma referência!
• Elas são determinadas medindo diferenças

Plano Horizontal

RN: 100m

(Ref. De Nível)
Medição de Cotas
• Como as cotas são relativas...
– Sempre tempos uma referência!
• Elas são determinadas medindo diferenças

Plano Horizontal

RN: 100m
Diferença de Cota
5–2=3
O que é Ré e Vante?
• Leitura de Ré – é uma leitura feita a um
ponto cuja cota ou altitude é conhecida.
• Leitura de Vante – é uma leitura a um ponto
de cota ou altitude desconhecida.
• Quando se diz vante quer dizer ponto que está a frente, e ré
ponto atrás.
• Por exemplo, temos os pontos 1, 2, 3, 4. Se estamos no
ponto 2 e queremos o rumo ou o azimute você tem que
visar para 3 (vante) ou 1 (ré).
Medição de Cotas
• Como as cotas são relativas...
– Sempre tempos uma referência!
• Elas são determinadas medindo diferenças

Plano Horizontal

100m + 3m = 103m

RN: 100m
Diferença de Cota
5–2=3
Medição de Cotas
• Problema:
que estamos medindo

Plano Horizontal

100m + 3m = 103m

RN: 100m
Diferença de Cota
5–2=3
Altimetria

0,8m 0,4m

A
Altimetria
• Limitações
– Pequenas distâncias (~10m)
– Pequenos desníveis (~2m)
• Vantagens
– Precisão relativa
– Equipamentos simples
– Fácil de realizar
Altimetria em Campo
• Para medir com precisão em campo...
• Precisamos de um nível (ou teodolito)...
– E de réguas!
Altimetria em Campo
• O princípio da medida é o mesmo
– Mangueira de nível → Nível
– Metro de bambu → Régua

• É possível usar prumos


– garantir a posição vertical da régua
Altimetria em Campo

1,875m 0,145m

A
Exercícios Resolvidos
(Resolver novamente em casa)

1. O referencial de nível foi definido em 200m. A


partir dele, foram determinadas as seguintes
cotas: Estação Cota (m)
RN 200,00
1 215,30
2 217,95
3 192,10

a)Em A4, desenhe o perfil, sabendo que estes pontos estão


alinhados e distantes 10m entre si
b) Quais seriam as cotas se o RN fosse 745m?
Exercícios Resolvidos
1. O referencial de nível foi definido em 200m. A partir dele, foram
determinadas as seguintes cotas:
a) Em A4, desenhe o perfil, sabendo que estes pontos estão alinhados e
distantes 10m entre si
Estação Cota (m)
PASSO 1: Definição da Escala RN 200,00
A4: 210mm x 297mm ΔH = 30m 1 215,30
ΔV = 217,95 – 192,10 = 25,85m 2 217,95
3 192,10
M≤D/d
M ≤ 30000 / 297 = 101
M ≤ 25850 / 210 = 123 Escala: 1 : 200
Exercícios Resolvidos
1. O referencial de nível foi definido em 200m. A partir dele, foram
determinadas as seguintes cotas:
a) Em A4, desenhe o perfil, sabendo que estes pontos estão alinhados e
distantes 10m entre si
Estação Cota (m)
RN 200,00
1 215,30
2 217,95
3 192,10

RN 1 2 3
Exercícios Resolvidos
1. O referencial de nível foi definido em 200m. A partir dele, foram
determinadas as seguintes cotas:
Estação Cota (m)
b) Quais seriam as cotas se o RN fosse 745m? RN 200,00
1 215,30
2 217,95
PASSO 1: Determinação da diferença 3 192,10
ΔV = RNreal - RNsuposto

ΔV = 745 – 200 = 545 Estação Cota (m)


RN 745,00
PASSO 2: 1 760,30
Soma-se a diferença a todas as cotas 2 762,95
3 737,10
Fontes de Erros Sistemáticos
• Há duas grandes fontes de erros sistemáticos
– Curvatura da Terra
– Refração da luz no ar
Fontes de Erros Sistemáticos
Erros sistemáticos
• Na figura querendo-se determinar a diferença de nível
entre os pontos A e B, coloca-se em B uma mira (régua)
em posição vertical e em A um instrumento devidamente
nivelado, dando a horizontal AH.
• AH corresponde a superfície de nível aparente, que irá
interceptar a mira em um ponto C, e não em B, pois o
arco AB não pode ser determinado pelos aparelhos de
topografia.
• A substituição do nível verdadeiro pelo nível aparente
provoca um erro na determinação da altura de um ponto
do terreno, o qual é denominado erro devido à curvatura
da terra.
Fontes de Erros Sistemáticos
Erros sistemáticos
• Como o erro é uma quantidade muito pequena em
relação ao raio da Terra, desprezar EC.
• Na prática das operações altimétricas, o erro devido à
curvatura da Terra, apresenta-se diminuído, em razão do
efeito da refração atmosférica sobre o raio visual.

• Quando se faz uma visada de um ponto para outro, o raio


visual ao atravessar as camadas atmosféricas de
densidades diferentes se refrata, seguindo uma trajetória
curva, situada sobre o plano vertical visual, cuja
concavidade é dirigida sobre a superfície do solo.
Corrigindo os Erros Sistemáticos
• Considerando
– Terra esférica
• Chega-se à seguinte correção:

CR = 7 . S2

• S é a distância entre os
pontos, em km.
• CR é a correção (redução),
em cm.
Corrigindo os Erros Sistemáticos
• Em campo: podemos evitar o efeito
• Nível exatamente no meio dos dois pontos

Essa forma corrige


bem para
distância total não
maior que 70m
Corrigindo os Erros Acidentais
• A melhor forma de corrigir erros acidentais
– Aqueles que são inevitáveis
– Inerentes às medidas
• É por meio da média
• Repete-se várias vezes a mesma medida
– Leitura por pessoas diferentes
– Com equipamento em posição ligeiramente diferente
– Girando a lente (corrige efeitos de inclinação do aparelho)
• Ao final, tira-se a média dos valores lidos
Planilhas para Levantamento Simples
• O topógrafo usa muitas planilhas
• Para a altimetria simples, a planilha é simples
• O levantamento simples pressupõe
– Um ponto base (Ré)
– Muitos pontos de medida (Vante)
3
1

R 4
7

6 5
Planilhas para Levantamento Simples
Ponto Vante R (Ré) Vante Cota Provisória Altitude
R - - 0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
...
Planilhas para Levantamento Simples
Ponto Vante R (Ré) Vante Cota Provisória Altitude
R - - 0
1 1,82 0,70
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
...
Planilhas para Levantamento Simples
Ponto Vante R (Ré) Vante Cota Provisória Altitude
R - - 0
1 1,82 0,70 1,12
2 1,50 0,3
3
4
5
6
7
8
9
10
11
...
Planilhas para Levantamento Simples
Ponto Vante R (Ré) Vante Cota Provisória Altitude
R - - 0
1 1,82 0,70 1,12
2 1,50 0,3 1,20
3 0,80 1,72
4
5
6
7
8
9
10
11
...
Planilhas para Levantamento Simples
Ponto Vante R (Ré) Vante Cota Provisória Altitude
R - - 0
1 1,82 0,70 1,12
2 1,50 0,3 1,20
3 0,80 1,72 -0,92
4 2,00 1,50
5
6
7
8
9
10
11
...
Planilhas para Levantamento Simples
Ponto Vante R (Ré) Vante Cota Provisória Altitude
R - - 0
1 1,82 0,70 1,12
2 1,50 0,3 1,20
3 0,80 1,72 -0,92
4 2,00 1,50 0,50
5 0,75 0,20
6
7
8
9
10
11
...
Planilhas para Levantamento Simples
Ponto Vante R (Ré) Vante Cota Provisória Altitude
R - - 0
1 1,82 0,70 1,12
2 1,50 0,3 1,20
3 0,80 1,72 -0,92
4 2,00 1,50 0,50
5 0,75 0,20 0,55
6 0,80 1,40
7
8
9
10
11
...
Planilhas para Levantamento Simples
Ponto Vante R (Ré) Vante Cota Provisória Altitude
R - - 0
1 1,82 0,70 1,12
2 1,50 0,3 1,20
3 0,80 1,72 -0,92
4 2,00 1,50 0,50
5 0,75 0,20 0,55
6 0,80 1,40 -0,60
7 0,96 1,36
8
9
10
11
...
Planilhas para Levantamento Simples
Ponto Vante R (Ré) Vante Cota Provisória Altitude
R - - 0
1 1,82 0,70 1,12
2 1,50 0,3 1,20
3 0,80 1,72 -0,92
4 2,00 1,50 0,50
5 0,75 0,20 0,55
6 0,80 1,40 -0,60
7 0,96 1,36 -0,40
8 1,90 1,64
9
10
11
...
Planilhas para Levantamento Simples
Ponto Vante R (Ré) Vante Cota Provisória Altitude
R - - 0
1 1,82 0,70 1,12
2 1,50 0,3 1,20
3 0,80 1,72 -0,92
4 2,00 1,50 0,50
5 0,75 0,20 0,55
6 0,80 1,40 -0,60
7 0,96 1,36 -0,40
8 1,90 1,64 0,26
9
10
11
...
Planilhas para Levantamento Simples
Ponto Vante R (Ré) Vante Cota Provisória Altitude
R - - 0 766,00
1 1,82 0,70 1,12 767,12
2 1,50 0,3 1,20 767,20
3 0,80 1,72 -0,92 765,08
4 2,00 1,50 0,50 766,50
5 0,75 0,20 0,55 766,55
6 0,80 1,40 -0,60 765,40
7 0,96 1,36 -0,40 765,60
8 1,90 1,64 0,26 766,26
9
10
11
...
Exercício:
• A planilha abaixo se refere ao diagrama:
1 2 3 4 5 6 7

R
Ponto Vante R (Ré) Vante Cota Provisória Altitude
R - - 0 734,505
1 2,754 1,534
2 2,664 1,268
3 2,567 1,012
4 1,002 2,752
5 1,275 2,962
6 1,116 2,975
7 1,076 2,536

• Termine a planilha e a desenhe em A4 na melhor escala


TOPOGRAFIA
RUMOS E AZIMUTES
RUMOS E AZIMUTES:

Norte

Oeste Leste

Sul
RUMOS E AZIMUTES:

NW ort e
NN NE

O est
W Leste
E
e

SW SE

u
SSl
RUMOS E
2
AZIMUTES:
NW N NE

1
W E

SW SE

S
RUMOS E
2
AZIMUTES:
NW N NE

1
W E

SW SE

S
RUMOS E AZIMUTES:
Rumo de uma linha é o menor
ângulo horizontal, formado entre a
direção NORTE/SUL e a linha,
medindo a partir do NORTE ou do
SUL, no sentido horário (à direita)
ou sentido anti-horário (à esquerda)
e variando de 0º a 90º .
RUMOS E AZIMUTES:
RUMOS E AZIMUTES:

Se tomarmos para exemplo da figura, e


se dissermos simplesmente que seu
rumo é 45°00’ (menor ângulo horizontal
formado pela linha A-B e a direção N/S).
- Não teremos bem caracterizada a
posição relativa da linha, pois esta
poderá ser entendida como sendo NE,
NW, SE ou SW.
RUMOS E AZIMUTES:

Azimute de uma linha é o ângulo


horizontal formado entre a direção
Norte/Sul e o alinhamento em
questão. É medido a partir do Norte,
no sentido horário (à direita),
podendo variar de 0º a 360º .
RUMOS E
2
AZIMUTES:
N Az12
NW NE
NE
R12

1
W E

SW SE

S
Transformação de
Rumos em Azimutes 2

N Az12
NW NE
NE
R12
R12  Az12
1
W E

SW SE

S
RUMOS E AZIMUTES:

NW N NE
R12  Az12
1
W E
Az13
R13

SW  180o  Az
R13 SE
13 3

S
I
RUMOS E AZIMUTES:

NW N NE
R12  Az12
1
W E
o
R14 Az13 180 R14

SW
S 4 SE
W
Az14  180  Az
R13
o
13
S
RUMOS E AZIMUTES:
R15  360 Az 15
o

NW N NE
5
R12  Az12
R15
1
W E
Az15
o
R14 Az13 180
SW  180  Az
o SE
R13 13
S
I
CONVERSÕES ENTRE RUMOS E AZIMUTES:

Valor numérico do Rumo será igual ao


valor numérico do Azimute.
Quando transformamos de Azimute para
Rumo não podemos esquecer de indicar
o quadrante.
CONVERSÕES ENTRE RUMOS E
AZIMUTES:

• Quadrante NE

RA1  36º 00’ 00” NE Az A1  36º 00’00”


CONVERSÕES ENTRE RUMOS E
AZIMUTES:

• Quadrante SE
RA2  46º 00’ 00” SE 180º 00’ 00”
- 46º 00’00”
• Portanto: 134º 00’00”
Az A2  134º 00’00”
CONVERSÕES ENTRE RUMOS E
AZIMUTES:

• Quadrante SW
RA3  28º 00’ 00” SW 28º 00’00”
+ 180º 00’00”
• Portanto: 208º 00’00”
Az A3  208º 00’00”
CONVERSÕES ENTRE RUMOS E
AZIMUTES:

• Quadrante NW
RA4  62º 00’ 00” NW 360º 00’ 00”
- 62º 00’00”
• Portanto: 298º 00’00”
Az A4  298º 00’00”
Exercícios:
•1 . Converter azimutes em rumo e vice-versa:
a)27°38'40" SW
b) 156°10'37"
c) 12°59'18" NW
d) 30°40’ 08” SE
e) 300°20’ 41”
f) 91°15’22”
Referência Bibliográfica

 SILVA, I. Topografia para engenharia. São Paulo: Elsevier Editora ,2015.


 Tuler, M.; Saraiva, S. - Fundamentos de topografia - Série Tekne. Editora Bookman,
2014.
 Borges, A. de C. - Topografia Aplicada A Engenharia Civil - Vol. 1. Editora Blucher,
2013.
 Bibliografia complementar:
 TULER, M. Fundamentos de topografia. 1. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013.
 MCCORMAC, J.; SARASUA, W.; DAVIS, W. Topografia. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC,
2016.
 DAIBERT, João Dalton. Topografia: técnicas e práticas de campo. 2. ed. São Paulo:
Erica, 2015.
 NOVO, E. M. L. M. Sensoriamento remoto: princípios e aplicações. 4.ed.São Paulo:
Edgar Blucher, 2012.
 IBRAHIN, F. I. D. Introdução ao geoprocessamento ambiental. São Paulo: Erica,
2014.
Fim!

Dúvidas:
fmaia@prof.unisa.br
Portal EAD – fórum.

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