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LPT02

Apostila versão 5.1

Apostila de treinamento
Introdução a Sistemas DWDM

Treinamento
treinamento@padtec.com.br
Padtec S/A © 2023. Todos os direitos reservados.
Conteúdo

• LPT02 – Introdução ao Sistema DWDM:


- Conceitos de óptica;
- Características e tipos de fibras ópticas;
- Conceitos de transmissão de múltiplos canais de luz em uma fibra óptica;
- Padronização dos canais de luz em sistemas DWDM (Dense Wavelength Division
Multiplexing);
- Descrição genérica dos componentes de um sistema DWDM;
- Dispersão cromática e Dispersão por modo de polarização de onda (PMD);
- Redes DWDM com Optical Transport Network – “OTN” (ITU-T Rec. G.709);
- Conceitos de amplificação óptica;
- Conceitos de amplificação óptica por fibra dopada com Érbio (EDFA);
- Introdução aos Efeitos Não-Lineares em sistemas de transmissão óptica;
- Conceito de amplificação óptica em sistemas DWDM com o emprego de amplificadores
do tipo Raman;
- WSS (Wavelength Selective Switch);
- Glossário com unidades de medidas (Sistema Métrico Internacional).

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 2


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Conceitos de óptica
Introdução
• Vamos rever alguns conceitos importantes de óptica, antes de iniciarmos os nossos
estudos em sistemas de transmissão de dados em fibras ópticas.
• Comprimento de onda;
• Índice de Refração;
• Confinamento da luz em um guia de ondas (Lei de Snell).

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 4


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Comprimento de onda
• O “comprimento de onda (“λ”)” pode ser definido como a distância mínima em que
um padrão temporal da onda (ou seja, um ciclo) se repete. Sua unidade de medida,
no sistema métrico internacional de medidas é o metro (“m”).

λ = comprimento de onda de uma


λ onda eletromagnética que se
propaga no vácuo é λ = c/f ;
onde:

c = velocidade da luz no vácuo


c = 299.792,458 km/s
~ 300.000 km/s = 300.000.000 m/s;

f = frequência da onda 1/s = Hz.


T = Período (tempo) Freqüência?
A = Amplitude Unidade: Hz (Hertz)
ciclos por segundo

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 5


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Índice de Refração
• O “Índice de Refração” de um meio físico pode ser definido como a razão entre as
velocidades da onda de luz no vácuo e em um meio qualquer.

𝑐
𝑛= 𝑣

C = velocidade da luz no vacuo (m/s);


V = velocidade da luz no meio material (m/s).

• Exemplos:

• Índice de Refração a 0o C e a 1 atm (C = 299.792.458 m/s):


- Ar – n = 1.000293
- Água – n = 1.333
- Sílica derretida – n = 1.458

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 6


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Confinamento da luz
• Figura. Confinamento da luz.

n2
Ø n1

ØC n2

• Utilizando a Lei de Snell => para haver o confinamento da luz no núcleo,


sinØC = n2 / n1. Então devemos ter Ø > ØC.
Onde:
ØC = ângulo crítico (máximo) de incidência do raio de luz;
Ø = ângulo de incidência do raio da luz em propagação na fibra.

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 7


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Características e tipos de fibras ópticas
Fibras ópticas - conceitos
• Modos guiados:
• “A propagação da luz ao longo de um guia de ondas pode ser descrita como um
conjunto de ondas eletromagnéticas denominado de modo de Guia de ondas.
Esses modos guiados são chamados de modos confinados de guia de ondas.

• Cada modo é um padrão de distribuições de campos elétricos e magnéticos, que


se repetem ao longo da fibra em intervalos iguais.” (Gerd Keiser – ed. Mc Graw
Hill).

• Fibra Multimodo: vários modos são suportados.


– A Dispersão Intermodal limita sua aplicação em sistemas de comunicações.

• Fibra Monomodo (Single-Mode Fiber – SMF): somente um único modo guiado é


suportado.

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 9


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Tipos de fibras ópticas
• Tipos de fibras:

Características:

• Grande abertura numérica;


Multimodo • Acopla vários modos de
propagação;
• Possui alta perda por
atenuação.

Monomodo
Características:

• Pequena abertura numérica;


• Apenas um modo de propagação;
• Possui baixa perda por atenuação.

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 10


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Fibras - dimensões
• “Micron (µ)”:

• Um micrometro (mm) é uma unidade de distância.


- Um (1) micron = 0.000001 metros ou 1 metro dividido por 1
milhão de vezes;
- Um (1) micron = 0.000039 polegadas
- Um fio de cabelo ~ 50 microns

Cladding Diameter
(125 mm)
Coating Diameter
(245 m m)

Core Diameter
(8 - 62.5mm)

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 11


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Estrutura da fibra Multimodo
• Figura. Estrutura de uma fibra multimodo de índice degrau.

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 12


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Estrutura da fibra Monomodo
• Estrutura:

• Seção Transversal:
Capa (plástico)

Casca

Núcleo

• Monomodo:

125µm (casca)
8-10µm (núcleo)

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 13


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Tipos de fibras
Exemplo de alguns padrões de fibras monomodo utilizadas em telecomunicações:

• Standard Single Mode Fiber (SMF)


 Dispersão Cromática nula em 1310 nm;
 Rec. ITU-T G.652;
 Um dos padrões de fibra mais utilizada no mercado. Utilizada em redes terrestres (cabeamento
enterrado, aéreo, OPGW) e sistemas submarinos.

• Dispersion-Shifted Fiber (DSF)


• Curva de dispersão Cromática deslocada para comprimentos de onda superiores, para ter
dispersão nula em 1550 nm. Seria ideal para sistemas DWDM;
• Sistemas ópticos com um lambda em 1550 nm. Descontinuada.
• Rec. ITU-T G.653

• Non-Zero Dispersion Shifted Fiber (NZDSF)


• Uma pequena dispersão cromática é introduzida na janela de 1550 nm para evitar o principal
efeito não linear: Four Wave Mixing
• Ideal para sistemas DWDM de longo alcance e com altas taxas de bit.
• Rec. ITU-T G.655

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 14


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Tipos de fibra
• Cut-off shifted single-mode optical fibre (CSF)
• Dispersão Cromática nula em 1310 nm e baixa perda (em torno de 0.18 dB/Km) para a
região de 1550 nm.
• Ideal para sistemas DWDM de longo alcance (como sistemas DWDM submarinos), com
canais com taxas de 100G bit/s ou superior e modulação Coerente.
• Rec. ITU-T G.654.

• Bending-loss insensitive single-mode optical fibre


• Podem ser utilizadas nas bandas O, E, S, C e L (1260 nm a 1625 nm) e possuem tolerância
à baixa perda por torção.
• Ideal para sistemas óticos de redes de acesso como “FTTx” (Fiber to the x).
• Rec. ITU-T G.657.

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 15


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Fibras ópticas - características

Standard SMF

0.6
20

Atenuação
0.5
Ganho
DSF 10
EDFA
0.4

Dispersion (ps/nm×km)
Attenuation (dB/km)

0
0.3
NZD+

0.2 -10
NZD-

0.1 -20
1100 1200 1300 1400 1500 1600 1700

Wavelength (nm)

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 16


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Conceitos de transmissão de múltiplos canais de luz
em uma fibra óptica
Conceito – transmissão de múltiplos canais de luz

Queremos realizar a ligação entre os dois Switches, utilizando como


meio físico um par de fibras ópticas (Tx e Rx) entre as estações A e B.

A B
Tx Rx
1 par de
fibras ópticas

Rx Tx

Imagine agora que queremos realizar a ligação entre um outro par de


switches, entre as estações A e B...
A B
Tx Rx

+ 1 par de
fibras ópticas
Rx Tx

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 18


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Conceito – transmissão de múltiplos canais de luz

A B

Tx Rx
1 par de
fibras ópticas

Rx Tx

?
LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 19
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Conceito – transmissão de múltiplos canais de luz
• Solução: multiplexar os diversos serviços em um único sistema de transmissão,
utilizando o meio físico existente (1 par de fibras ópticas).

B
A

Tx Rx
1 par de
fibras ópticas

Rx Tx

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 20


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Conceito – transmissão de múltiplos canais de luz
• Como realizar a multiplexação?
• Para multiplexar precisamos primeiro definir uma frequência de transmissão para cada um
dos serviços utilizados e na sequência, utilizar um equipamento que irá “juntar” estas
frequências para serem transmitidas pelo meio óptico.
• Na recepção faremos todo o processo, mas de forma inversa.

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 21


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Conceito – transmissão de múltiplos canais de luz
• Primeira etapa: sentido de transmissão do sinal óptico.
• O sinal óptico que sai do equipamento do cliente (switch) é recebido pelo “Transponder”
(Rx). O sinal óptico do equipamento do cliente pode estar em “comprimentos de onda” 850
nm, 1300 nm ou 1550 nm. Na sáida do Transponder, lado “rede”, o sinal óptico sai com uma
frequência ou comprimento de onda padronizado pelo ITU-T (International
Telecommunications Union).

Lado
Lado rede
cliente
Switch
Ethernet Tx Comprimento
Rx Tx
Comprimento de onda padronizado
de onda do Transponder Internacionalmente, através de normas
técnicas do ITU-T (International
equipamento Tx Rx
Telecommunications Union) .
Rx

• Segunda etapa: sentido de recepção do sinal óptico.


• O sinal óptico que chega com uma frequência ou comprimento de onda padronizado pelo
ITU-T é convertido pelo Transponder para o comprimento de onda 850 nm, 1300 nm ou
1550 nm e entregue ao switch Ethernet.

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 22


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Conceito – transmissão de múltiplos canais de luz
• Como funcionam os processos de multiplexação e demultiplexação ópticos?

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 23


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Conceito – transmissão de múltiplos canais de luz

Switch
Ethernet Canal 1 M
Tx Rx Tx λ1 U
Transponder
Canal 2 L
Tx
TxRx RxTx
λ2 T
Transponder I
Tx Rx Canal 3 P λ
Tx Rx Tx λ3 L λ1 + λ2 + λ3 + λ4
Transponder E
Tx Rx Canal 4 X
Tx
Rx Tx λ4 A
Transponder
D
Tx Rx O
R
• Módulo Multiplexador óptico (Mux)
• O sinal óptico que sai de cada “Transponder” está com um comprimento de onda
padronizado pelo ITU-T (International Telecommunications Union). Para cada comprimento
de onda teremos a respectiva entrada no módulo Multiplexador óptico. O Multiplexador
óptico ou simplesmente “Mux” recebe cada canal (comprimento de onda) em suas
respectivas entradas e na saída do módulo teremos todos os canais “juntos” ou melhor,
multiplexados.

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 24


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Conceito – transmissão de múltiplos canais de luz

Switch
D
Ethernet Canal 1 E
Rx Rx Rx λ1 M
Transponder U
Canal 2 L
Rx
TxRx RxRx
λ2 T
Transponder λ
I λ1 + λ2 + λ3 + λ4
Tx Rx Canal 3
Rx Rx Rx λ3 P
Transponder L
Tx Rx Canal 4 E
Rx
Rx Rx λ4 X
Transponder A
Tx Tx D
O
R

• Módulo Demultiplexador óptico (Demux)


• O Demultiplexador óptico ou simplesmente “Demux” recebe todos os canais (comprimentos
de onda) em sua entrada e nas saídas do módulo teremos todos os canais “separados” ou
melhor, demultiplexados. Os sinais ópticos (de cada canal) que chegam ao módulo “Demux”
estão com os comprimentos de onda padronizados pelo ITU-T (International
Telecommunications Union).

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 25


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Conceito – transmissão de múltiplos canais de luz

Switch M
D Switch
Ethernet E Ethernet
U
M
Canal 1 L
U
Rx
Transponder T Transponder
L
λ1 I λ1
T
P
Canal 2 I
L
P
Rx
Transponder E Transponder
L
λ2 X λ2
A Fibra óptica E
Canal 3 D
X Rx
Transponder A
O Transponder
λ3 D
R λ3
O
Canal 4 R
Transponder Transponder
Rx
λ4 D λ4
E M
λ
M U
U L
L T
T I
I P Rx
P L
Transponder L E Transponder
λn E λn
Fibra óptica X
X A
A D
D O
O R
R

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 26


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Conceito – transmissão de múltiplos canais de luz
• Principais Características xWDM:

• Suporta de forma integrada as tecnologias CWDM e DWDM;

• Através do sistema xWDM são transmitidos múltiplos sinais ópticos sobre o mesmo
par de fibras;

• Permite diversas aplicações em redes de longa distância, metropolitanas e de


acesso;

• DWDM (Dense Wavelength Division Multiplexing): até 200 canais (nas bandas C e
banda L) com capacidade de taxas de transmissão de 2.5 Gbit/s até 100 / 200 / 300 /
400 / ? Gbit/s por canal;

• CWDM (Coarse Wavelength Division Multiplexing): até 16 canais comerciais até 2,5
Gbit/s por canal, de 1270 a 1650 nm, seguindo a grade ITU-T.

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 27


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Padronização dos canais de luz em sistemas DWDM
Canais ópticos DWDM - padrões
• Os Transponders (as placas responsáveis pela emissão do sinal de luz modulado) irão
atuar na região do espectro onde estão localizados os canais DWDM do ITU –
G.694.1.
• Os sistemas de transporte óptico DWDM usam as faixas "C" e "L" do espectro de
frequência.

Band Band Band Band Band Band


Coefficient of Attenuation (dB/Km)

O E S C L U (nm)
1.0
1260 1360 1460 1530 1565 1625 1675

0.75

0.5

Band C + L
DWDM
0.25
Graphic: Chann
Coefficient of Attenuation of the fiber (dB / Km) X Wavelength (nm) els
nm
700 900 1100 1300 1500 1600

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 29


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Canais ópticos DWDM - padrões
• De acordo com a Rec. G.694.1 do ITU (International Telecommunication Union), os
canais ópticos de um sistema DWDM são organizados e padronizados de duas
maneiras :

• Através da separação fixa entre um canal e seu vizinho - "grade fixa";

• A separação entre canais e a largura espectral de cada canal são variáveis,


denominadas "grade flexível".

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 30


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Canais ópticos DWDM - padrões
• Fixed DWDM grid (grade fixa) – Rec. 694.1 do ITU-T.

• A grade DWDM fixa.

• Os canais DWDM que utilizam a grade fixa do ITU estão separados por
distancias iguais ou múltiplas de 12.5GHz (12.5GHz, 25GHz, 50GHz and
100GHz).

• O comprimento de onda e a frequência da luz estão relacionados pela seguinte


equação:
𝜆 = 𝑐 Τ𝑓

onde: c= velocidade da luz no vácuo = 2.99792458x108 m/s; “λ” é comprimento de


onda (em ηm) e “f” é a frequência de luz (em THz).

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 31


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Canais ópticos DWDM - padrões
• Fixed DWDM grid (ITU G.694.1)

• A grade fixa DWDM do ITU: 12.5GHz

193.1-(n X 0.0125) 193.1+(n X 0.0125)

n=-2 n=-1 n=1 n=2

(THz)
193.0750 193.0875 193.1 193.1125 193.1250
1552.72 1552.62 1552.52 1552.42 1552.32 (nm)

Initial frequency

Where “n” is a positive or negative integer including “0” (zero).

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Canais ópticos DWDM - padrões
• Fixed DWDM grid (ITU G.694.1)

• A grade fixa DWDM do ITU: 25GHz

193.1-(n X 0.025) 193.1+(n X 0.025)

n=-2 n=-1 n=1 n=2

(THz)
193.050 193.075 193.1 193.125 193.150
1552.92 1552.72 1552.52 1552.32 1552.12 (nm)

Initial frequency

Where “n” is a positive or negative integer including “0” (zero).

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 33


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Canais ópticos DWDM - padrões
• Fixed DWDM grid (ITU G.694.1)

• A grade fixa DWDM do ITU: 50GHz

193.1-(n X 0.05) 193.1+(n X 0.05)

n=-2 n=-1 n=1 n=2

(THz)
193.00 193.05 193.1 193.15 193.20
1553.33 1552.93 1552.52 1552.12 1551.72 (nm)

Initial frequency

Where “n” is a positive or negative integer including “0” (zero).

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 34


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Canais ópticos DWDM - padrões
• Fixed DWDM grid (ITU G.694.1)

• A grade fixa DWDM do ITU: 100GHz

193.1-(n X 0.1) 193.1+(n X 0.1)

n=-2 n=-1 n=1 n=2

(THz)
192.90 193.00 193.1 193.20 193.20
1554.13 1553.33 1552.52 1551.72 1550.92 (nm)

Initial frequency

Where “n” is a positive or negative integer including “0” (zero).

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 35


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Canais ópticos DWDM - padrões
• Exemplo com a grade fixa DWDM do ITU:
Banda C Banda L
Grade de 100 GHz Grade de 100 GHz
Grade de 50 GHz Grade de 50 GHz

GHz

GHz
50

50
100 GHz

100 GHz
192,2 THz 186,2 THz
Canal Canal
C22 L62
192,15 THz 192,1 THz 186,15 THz 186,1 THz
Canal H21 Canal Canal Q61 Canal
C21 L61

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 36


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Canais ópticos DWDM - padrões
• Flexible DWDM grid (grade flexível) – Rec. 694.1 do ITU-T.

• A grade DWDM flexível.

• É possível trabalhar com diferentes larguras de bandas de canais e com a


separação entre canais variando de acordo com determinados critérios.

• A ideia de fazer isso é permitir uma maior flexibilidade de alocação de banda,


dentro da região do espectro das bandas C e L.

• Neste contexto, é possível ter canais com diferentes largura de banda e com
separação entre si podendo variar.

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 37


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Canais ópticos DWDM - padrões

• Flexible DWDM grid (Regra de formação do canais)

• Para definir os canais da grade DWDM flexível, usamos a seguinte regra:

- Frequência central do canal = 193.1 + n x 0.00625 (THz)


Onde "n" é um número inteiro positivo ou negativo, incluindo "0" (zero).

- Largura do slot = Largura do canal = 12.5 x m (GHz)


Onde “m” é um inteiro positivo and 12.5 é a granularidade do canal em GHz.

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 38


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Canais ópticos DWDM - padrões
• Flexible DWDM grid (ITU G.694.1)

• A grade flexível DWDM:

n=0

193.1-(n X 0.00625) 193.1+(n X 0.00625)

Slot Grid:
m=4
12.5 x 4 = 50 GHz
(THz)
193.075 193.1 193.125

1552.52 (nm)

Initial frequency

Where “n” is a positive or negative integer including “0” (zero).


Where “m” is a positive integer and 12.5 GHz is the slot granularity in THz.

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 39


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Canais ópticos DWDM - padrões
• Flexible DWDM grid (ITU G.694.1)

• A grade flexível DWDM: os canais podem ter diferentes largura de banda ("grade
de slot"). É importante notar que a distribuição dos canais DWDM no espectro
não pode permitir a sobreposição de canais.
n=-10 n=0 n=6

Slot Grid:
m=2
Slot Grid: Slot Grid: 12.5 x 2 = 25 GHz
m=6 m=4
12.5 x 6 = 75 GHz 12.5 x 4 = 50 GHz
(THz)
193.000 193.0375 193.075 193.1 193.125 193.1375 193.150
1552.52 (nm)

Initial frequency

Where “n” is a positive or negative integer including “0” (zero).


Where “m” is a positive integer and 12.5 GHz is the slot granularity in THz.

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 40


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Descrição genérica dos componentes de um sistema
DWDM
O princípio do funcionamento do DWDM
• Quando estou transmitindo...

Sinal de luz
Transponder

MULTIPLEXADOR
Sinal de

ÓPTICO
luz
Transponder

Sinais de luz
“padronizados”

Sinal de luz
Transponder

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 42


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O princípio do funcionamento do DWDM
• Quando estou recebendo...

Sinal de luz
Transponder

DEMULTIPLEXAD
Sinal de

OR ÓPTICO
luz
Transponder

Sinais de luz
“padronizados”

Sinal de luz
Transponder

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 43


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O princípio do funcionamento do DWDM
• Definindo...

Transponder

Vou dizer que cada “Transponder” destes, é um “CANAL”


Transponder
de dados distinto!

Transponder

MULTIPLEXADOR DEMULTIPLEXADOR
ÓPTICO ÓPTICO

• Multiplexador óptico = junta todos • Demultiplexador óptico = separa


os canais para saírem juntos, em todos os canais que chegam
uma única fibra óptica. para saírem separados, cada um
em uma fibra óptica diferente.

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 44


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O princípio do funcionamento do DWDM
• O sistema completo...

DEMULTIPLEX
ADOR ÓPTICO
MULTIPLEXADO
Transponder R ÓPTICO Transponder

Transponder
O cabo de fibra óptica da rua Transponder

MULTIPLEXADO
DEMULTIPLEX
ADOR ÓPTICO

R ÓPTICO
Transponder Transponder

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 45


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Sistema DWDM – para ir mais longe
• Podemos adicionar Amplificadores ópticos. Com isso, podemos atingir distancias
maiores nos enlaces das redes ópticas.

Linha

DEMULTIPLEX
ADOR ÓPTICO
MULTIPLEXADO
Booster Pré-AO
Transponder R ÓPTICO Transponder

Transponder
O cabo de fibra óptica da rua Transponder

MULTIPLEXADO
DEMULTIPLEX
ADOR ÓPTICO

R ÓPTICO
Transponder Transponder

Pré-AO Linha Booster

Amplificador de Raman

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 46


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Principais produtos
• Transponders
São os produtos responsáveis em “criar um canal de dados” de luz. Normalmente são os
produtos com a maior tecnologia do sistema e os mais caros.
Existem modelos com velocidades de transmissão de: 2,5 Gbit/s; 10 Gbit/s; 40 Gbit/s, 100
Gbit/s, 200 Gbit/s, podendo chegar até 400 Gbit/s.

• Amplificadores ópticos
São os produtos responsáveis em “aumentar” a quantidade de luz em cada canal.

São fabricados vários tipos de amplificadores, para serem utilizados em pontos diferentes
de um sistema DWDM:
• Na transmissão: Booster (“BOA”);
• No meio do sistema: Linha (“LOA”);
• Na recepção do sistema: Pré-amplificador EDFA (“POA”) ou de RAMAN (“ROA”).

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 47


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Principais produtos
• Mux e Demux
São os multiplexadores e demultiplexadores ópticos.
Responsáveis por juntar todos os canais de luz (Mux) e separá-los (Demux).
São vendidos sempre aos pares.
Há vários modelos de Mux e Demux, que podem ser elaborados com diferentes
quantidades de canais de luz e formas físicas diferentes (“mecânicas”).
Geralmente o código do Mux começa pelas letras “MX”.
Geralmente o código do Demux começa pelas letras “DX”.

• Chave óptica
Criada inicialmente para realizar a proteção de cabos de fibras ópticas (rede externa da
rua) de um sistema DWDM.
Também pode ser utilizada para realizar a proteção de Transponders.

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 48


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Principais produtos
• OADM – Optical Add and Drop Multiplexer
São os multiplexadores e demultiplexadores ópticos de baixa capacidade de canais de
luz e são fabricados para serem instalados em cidades pequenas de um sistema
DWDM.
São fabricados sob encomenda específica para cada projeto.
Geralmente o código do OADM começa pelas letras “OADM”.

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 49


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Dispersão cromática e Dispersão por modo de
polarização de onda (PMD)
Dispersão Cromática (DC)
• Efeito e consequências:
• O índice de refração tem um fator dependente do comprimento de onda, portanto
os diferentes componentes dos pulsos ópticos se propagam em velocidades
distintas (os comprimentos de onda mais altos propagam-se mais rapidamente
que os mais baixos) ;
• O efeito resultante é um alargamento temporal dos pulsos ópticos e uma
consequente interferência entre estes pulsos;

Saída do Transmissor Entrada do Receptor

tempo tempo

Sinal original Sinal regenerado

1 0 1 1 1 1

tempo tempo
• Muita Dispersão Cromática Acumulada pode causar taxa de erro no sinal recebido

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 51


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Dispersão Cromática (DC)
• Faixa espectral de emissão de um laser:

c = velocidade da luz no vácuo


n = índice de refração do meio
V = velocidade de propagação no meio
λa λb

λc nm

fc =193,1 THz
ou
1552,52 nm

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 52


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Dispersão Cromática (DC)
• Alternativa:

• Módulos Compensadores de Dispersão (DCMs) são usados para estreitar os pulsos ópticos
corrigindo a Dispersão Cromática e evitando suas consequências
• Os DCMs atuam sobre todos os lambdas de um sistema DWDM
• Possuem pequena perda de inserção
• Para fibra SSMF é necessário um maior número módulos DCMs

1600
Dispersão (ps/nm)

1200 DCM
t
DispACUMULADA = CoefDC X LFIBRA
800

400
Coeficientes
SSMF = 17 ps/nm.km
0 NZDF = 4,4 ps/nm.km
0 80 160 240 320 400 480

Span (km)

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 53


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Dispersão Cromática (DC)
• Alternativa:

• Uso de DCMs (Módulos Compensadores de Dispersão Cromática)

DCM DCM

LOA LOA
80km - SMF 80km - SMF

• DCM: Posicionado entre os 2 estágios de amplificação do amplificador de linha.

Pré DCM
80km - SMF
• DCM: Posicionado após um pré-amplificador.

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 54


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PMD – Polarization Mode Dispersion

Ey Um campo E é a soma
Ex vetorial dos
componentes Ex e Ey

• O plano de oscilação do campo eletromagnético é uma combinação de dois planos


principais de oscilação (x e y), que definem os modos de polarização da luz

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 55


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PMD – Polarization Mode Dispersion

Ey

Ex

Atraso de propagação entre z


os modos de polarização (DGD)

• Simetria não perfeita da fibra óptica (núcleo da fibra não perfeitamente concêntrico)
causa uma diferença entre as velocidades de propagação dos dois modos de
polarização na fibra resultando no alargamento do pulso óptico.

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 56


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PMD – Polarization Mode Dispersion
• Nas fibras comuns, os estados de polarização não se mantêm, isto é, modificam-se
de acordo com movimentações e variações na temperatura da fibra

• Como não se tem controle destes parâmetros, a medida da PMD torna-se bastante
complexa

• PMD - Medida estatística da penalidade

• Importante para sistemas a partir de 10 Gbit/s.

• A unidade utilizada para o coeficiente de PMD é ps/(km)1/2

No qual:
DGDmax = 3 x CoefPMDmedio x L1/2  DGDmax: Differential Group Delay [ps]
 CoefPMDmedio : Coeficiente médio de PMD da
fibra [ps/km1/2]
 L: Comprimento do trecho de fibra [km]
 3: Fator de segurança (ITU-T G.691)

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 57


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PMD – Polarization Mode Dispersion
• Causas:

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 58


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Relação DGD e PMD: mais complexa
• Deve-se representar a fibra como uma série de seções de birefringência
concatenada de fibra (a) separada por sites de acoplamento (b), isto é, locais onde
os eixos de birefringência de uma seção estão “girados” com relação a outra.

• O valor médio do DGD <Dt> é conhecido como a PMD da fibra

• PMD = <Dt>

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 59


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Distribuição (Maxwelliana) do DGD

PMD = <Dt> = PMDCoef x (L)1/2

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 60


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Penalidade sistêmica
• A relação entre o DGDmax e o PMD é referenciada como Fator de Segurança. Por ex.,
a rec.ITU-T G.691 provê uma tabela de referência com tais fatores.
• Se o projetista quiser
garantir que a probabilidade
do DGD de um enlace de
fibra exceder DGDmax seja
menor que 4,2x10-5, então:
• Deve projetar o enlace com
uma PMD que seja 1/3 do
DGDmax e que este, por sua
vez, seja somente 30% do
período de bit (TB).

• PMD < 0,3 x TB/3 = TB/10

• DGDmax < 4,2x10-5


(99,9958% abaixo do
máximo).

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 61


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Redes DWDM com Optical Transport Network – “OTN”
(ITU-T Rec. G.709)
Tópicos deste Capítulo
• O que é OTN?
• Como funciona uma rede sem OTN
• Quais as vantagens de uma rede com OTN

• Quadro OTN
• Estrutura e Montagem do Quadro
• Nomenclatura OTN

• Alarmes OTN
• Hierarquia de Alarmes OTN
• Contagem de BIP-8
• Exibição de Alarmes

• SAPI e DAPI
• O que é?
• Como Configurar

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 63


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O que é OTN?
Redes DWDM sem OTN
• Em uma rede sem OTN, quando ocorre uma falha de desempenho, a detecção e o
monitoramento da falha ficam restritos aos equipamentos geradores de tráfego. As
operadoras precisam acionar equipes de campo para atuar na correção da falha. O
tempo e o custo desta operação são significativamente elevados. É necessário
realizar testes e medições nos trechos DWDM do sistema.

Em uma rede sem OTN, caso algum canal apresente taxa de erro, o que pode ser feito?

TESTE

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 65


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Redes DWDM com OTN
OTN – Optical Transport Network

• Nova camada da rede de transporte

• Mantém características importantes dos sistemas DWDM


• Suporte a altas taxa de bit/s por fibra em enlaces DWDM
• Suporte a serviços de banda larga
• Suporte à crescente demanda por banda
• Suporte a serviços a 1 Gb/s, 2,5 Gb/s, 10 Gb/s, 40 Gb/s e 100 Gb/s
• Encapsulamento de multiprotocolos: SDH, Ethernet, FICON, Fibre
Channel, etc.

• Adiciona às redes DWDM


• Gerenciamento de redes DWDM semelhante à de redes SDH
• Funcionalidades avançadas de O&M para todos os serviços
• Detecção de falha e degradação
• Possibilidade de verificação de SLA

• Funcionalidades de gerência
• Cada seção fim-a-fim é monitorada através de uma seção ODUk
• Cada seção de regeneração é monitorada através de uma seção OTUk

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 66


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Quadro OTN
Estrutura do Quadro OTN
• Estrutura de Quadro da Interface OTUk

4080
3825
3824
14
15
16
17
7
8
1

OTUk
1 Align
OPUk OH
OH
2 Protocolo Cliente Mapeado em OTUk
OPU k Payload
3 ODUk OPUk Payload FEC

Client Signal

OPUk - Optical Channel Payload Unit

ODUk - Optical Channel Data Unit

OTUk - Optical Channel Transport Unit

k = 0 (1G), 1 (2,5G), 2 (10G), 3 (40G), 4 (100G). Fonte: ITU-T Rec.


G.709

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 68


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Montagem do Quadro OTN

BIP-8 OTU
10011010... SAPI/DAPI...

Align OTUk
OPUk

Payload FEC
ODUk
Sinal Digital Cliente
Algoritmo do
FEC
Informações do
BIP-8 ODU Mapeamento
SAPI/DAPI...

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 69


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FEC - Standard
• Nomenclatura:

• RS (n , k)

• n: número de símbolos do bloco codificado


• k: número de símbolos da informação original

• Código usado para o FEC:

• RS (255,239)

• Símbolo de 8 bits

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 70


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FEC - Standard
• Subframe RS (255,239):

Inserida pelo
algoritmo do código
Reed-Solomon

Informação dos símbolos Redundância

239 símbolos 16 símbolos

Taxa de redundância ≈ 7% 239 + 16 = 255 símbolos


Ganho sistêmico de 5,6 dB

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 71


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FEC - Standard
• Quadro OTU-k
• FEC considera 16 blocos por Quadro OTU-k

Assim sucessivamente...

Informações iniciais Redundância

• Com o FEC RS(255,239) é possível corrigir até 8 bytes errados em 239 bytes
transmitidos, o que permite transformar na recepção do sinal uma BER de 10-5 em
uma BER de 10-15

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 72


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Super-FEC
• São considerados super-FEC códigos que apresentem ganho sistêmico maior que
5,6 dB, ou seja, que tenham maior capacidade de correção de erros que o standard-
FEC

• Existem várias maneiras de criar códigos super-FEC


• Concatenação de FEC
• Combinação de códigos Reed-Solomon com BCHs (Bose, Chaudhuri e
Hocquenghem)
• Combinação de códigos Reed-Solomon com Hamming

• Transponder Padtec com super-FEC:


• Dois códigos BCHs concatenados
• Padrão I.7 da norma G.975.1

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 73


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Super-FEC
• Dois códigos BCHs ortogonais

Informações iniciais Redundância

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 74


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Comparação

Fonte: G.975.1

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 75


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Tratamento dos campos do Quadro

Situações (Transponders) Campos Tratados

Entre Terminal e Regenerador OTUk e FEC

Entre Regenerador e Regenerador OTUk e FEC

OTUk, ODUk, OPUk e


Entre Terminal e Terminal
FEC

Somente em Transponders Protocolo Cliente dentro do


Terminais Payload OTN

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 76


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Transmissão do Quadro

No Regenerador:
Cliente 1) O FEC é retirado e atua
Cliente
sobre TODOS os bits do
Dados quadro OTU-2.

OTU-2 OTU-2 OTU-2

T1 R1 R2 T2

É outro
Regenerador!
O ciclo
se repete!
F O OTU FAS F O OTU FAS OTU FAS
F O
E Dados P E Dados P Dados P
ODU E
C U ODU C U ODU
C U

2) Os parâmetros do campo
OTU são tratados.

3) É calculado um novo campo de FEC,


inserido e o quadro OTU-2 é transmitido
para o próximo transponder.

R1 Transponder Regenerador OTN T1 Transponder Terminal OTN Amplificadores ópticos Mux e Demux

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 77


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Nomenclatura OTN

Equivalências
Siglas Significado SDH

OTUk Optical Transport Unit RSOH


ODUk Optical Data Unit MSOH
OPUk Optical Payload Unit AU Pointer
BIP-8 (OTUk) B1
Bit Interleaved Parity – 8
BIP-8 (ODUk) B2
BDI (OTUk) RDI (RSOH)
Backward Defect Indication
BDI (ODUk) RDI (MSOH)
BEI (OTUk) RDI (RSOH)
Backward Error Indication
BEI (ODUk) RDI (MSOH)
SAPI Source Access Point Identifier
J0
DAPI Destination Access Point Identifier
FEC Forward Error Correction FEC

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 78


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Alarmes OTN
Hierarquia de Alarmes OTN

1) Erros de FEC
LOF: Loss of Frame
2) LOF
LOM: Loss of Multiframe
BIP-8 de OTU LOS Sync: Loss of Synchronism
BDI de OTU LOS: Loss of Signal

BEI de OTU BDI de ODU


3) LOM

BIP-8 de ODU BDI de OTU

BDI de ODU
BEI de ODU 4) LOS Sync

BDI de OTU
5) LOS
BDI de ODU
Seta em vermelho: degradando o sinal
BDI de OTU

Seta em azul: alarmes consequentes BDI de ODU

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 80


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BIP-8 de OTU e ODU
Aplicação Erros de FEC
BIP-8 ODU
Erros de FEC Blocos errados: 5 em Rx
BIP-8 OTU Erros de FEC
Blocos errados: 1 BIP-8 OTU
em Rx 1 Blocos errados: 4
em Rx 1
OTU-2

Cliente
Cliente

T R R R T

OTU e FEC OTU e FEC OTU e FEC OTU e FEC

ODU
BIP-8 de ODU = Somatório dos erros de cada um dos trechos

OPU – Cliente

T Terminal OTN R Regenerador OTN Mux/Demux Amplificador Óptico

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 81


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SAPI e DAPI
SAPI-DAPI
Configuração de
palavras SAPI e DAPI Configuração de
para comparação com palavras SAPI e DAPI
o quadro recebido para o quadro a ser
transmitido

OTU
Palavras de SAPI e
DAPI que são PADTEC
encontradas dentro PADTEC FAS OTU
do quadro recebido O
P Cliente FEC
ODU U

FAS OTU
O Comparação:
P Cliente FEC
Palavra Palavra
ODU U =
Recebida Configurada ?
ODU

PADTEC
PADTEC
SAPI: Source Access Point Identifier
DAPI: Destination Access Point Identifier

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 83


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SAPI-DAPI

ODU ODU
#13 #13 #11 #11 #11 #13
#11 #11 #13 OTU LADO 2 #13 #13 #11
#13 #13 #12
OTU OTU
#12 #12 #13
#12 #12 #11 #12 #12 #13
#11 OTU LADO 1
#11 #12 #13 #13 #12
#11 #11 #12
1 2 #12 #12 #11 4

Tx Rx1 Tx2 Rx
T100
T100 Regenerador T100
C21#11 Rx Tx1 C21#12 Rx2 Tx C21#13

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 84


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SAPI-DAPI

ODU ODU
#17 #17 #11 #13
#19 OUT LADO 2 #19 #13 #11
#13 #13 #12
OTU
#12 #12 #13
#17 #12 #12 #13
OUT LADO 1
#18 #13 #13 #12
#17 #11 #12
1 2 #18 #12 #11 4

Tx Rx1 Tx2 Rx
T100
T100 Regenerador T100
C21#11 Rx Tx1 C21#12 Rx2 Tx C21#13

Tx
T100
C22#17 Rx

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 85


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Conceitos de amplificação óptica
Amplificação Óptica
• Para compensar as perdas de potência óptica ao longo do caminho, utilizamos
módulos de amplificação óptica.

• Com o uso de amplificadores ópticos é possível construir sistemas de transporte ao


longo de grandes distâncias.

• As técnicas utilizadas para fazer amplificação óptica são:

• EDFA (Erbium Doped Fiber Amplifier);


• Raman.

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 87


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Amplificação Óptica - EDFA
• Os amplificadores ópticos irão atuar na região do espectro onde estão localizados os
canais DWDM do ITU – G.694.1.

• Os sistemas de transporte óptico DWDM usam as faixas "C" e "L" do espectro de


frequência.
Coefficient of Attenuation (dB/Km)

Band Band Band Band Band Band


O E S C L U (nm)
1.0
1260 1360 1460 1530 1565 1625 1675

0.75

0.5

Band C + L

0.25 DWDM
Graphic: Channels
Coefficient of Attenuation of the fiber (dB / Km) X Wavelength (nm)

nm
700 900 1100 1300 1500 1600

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 88


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Relação Sinal-Ruído Óptico
• A Relação Sinal-Ruído é um parâmetro que mede a qualidade de um sinal modulado,
ou seja, que carrega uma informação, durante o seu caminho na transmissão.

• No caso da Relação Sinal-Ruído Óptico (do inglês OSNR - Optical Signal to Noise
Ratio), podemos medir este parâmetro utilizando o seguinte critério:

dBm

a SIGNAL

OSNR (dB) = SIGNAL(dBm) – NOISE(dBm)

b NOISE

nm
λC = central wavelength -0.10 λC +0.10

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 89


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Figura de Ruído
• A Figura de Ruído, caracteriza um dispositivo com respeito a correlação entre a OSNR
de entrada e a OSNR de saída deste dispositivo, para um mesmo sinal de informação.

OSNRIN (dB) OSNROUT (dB)

DEVICE

Figura de Ruído (dB) = (OSNR)IN (dB) - (OSNR)OUT (dB)

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 90


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Figura de Ruído
• Com relação a comparação dos resultados possíveis para a Figura de Ruído, podemos
obter:
• Figura de Ruído igual a zero  OSNRIN = OSNROUT
- Exemplo: Acoplador Óptico
• Figura de Ruído Maior que zero  OSNRIN > OSNROUT
- Exemplo: Amplificador EDFA
• Figura de Ruído Menor que zero  OSNRIN < OSNROUT
- Exemplo: Transponder

OSNRIN (dB) OSNROUT (dB)

DEVICE

Figura de Ruído (dB) = (OSNR)IN (dB) - (OSNR)OUT (dB)

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 91


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Conceitos de Span

• Amplificadores Ópticos EDFA degradam a OSNR devido à geração de ruído ASE


(Amplified Spontaneous Emission);

• Com essa degradação do sinal transmitido é necessário garantir o valor de OSNR na


recepção seja maior que o valor mínimo suportado;

span span span span


OA OA OA OA OA

+ Noise

• Consequentemente em uma rede óptica o número de “spans” será limitado pelo


acúmulo de ruído ASE.

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 92


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Potência Óptica

• Potência óptica por canal em sistema com N canais:

P1 CANAL = PTOTAL – 3 x log N (dBm)


2

Tr.
C.xy
MUX ÓPTICO

N canais DWDM amplificados.

Qual é a potência de saída de cada


canal, dentre N canais?
Amplificador
EDFA
Tr.
C.xz

• Obs.: devemos considerar que todos os canais no sistema estão “equalizados”.

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 93


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Potência Óptica - Exemplo

• Exemplo de aplicação da fórmula anterior em uma estação de terminação:

P1 CANAL = PTOTAL – 3 x log N (dBm)


2

(dBm) (dBm) (dB)

Tr.
C.xy
MUX 40 CANAIS

P1 CANAL = PTOTAL – 3 x log N


2

18dBm P1 CANAL = +18 dBm – 3 x log2 (40)

P1 CANAL = +18 dBm – 16 dB = +2 dBm


Amplificador
Tr.
EDFA com potência
C.xz máxima de saída
P1 CANAL = +2 dBm
de 18dBm

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 94


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Controle Automático de Ganho - Conceito
• O Controle Automático de Ganho (AGC – Automatic Gain Control)é uma função
inserida nos amplificadores EDFA que tem por objetivo proporcionar a variação da
potência de saída de acordo com a variação da potência de entrada, proporcionando
um ganho (dado em dB) de potência por canal constante;

Ganho (dB) = Potência de Saída (dBm) - Potência de Entrada (dBm)

Power increase

+8 dBm

-2 dBm

AO
EDFA
IN OUT

Gain (dB) = +8 dBm – (-2 dBm) = 10 dB

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 95


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Amplificador sem AGC
• O canal DWDM inserido na entrada do amplificador EDFA, com a potência do laser
de bombeio fixa visto no OSA (Optical Spectrum Analyzer).

1 canal DWDM
inserido no x dBm
amplificador Amplificador OSA
EDFA

2 canais DWDM y dBm; y<x


inseridos no
amplificador Amplificador OSA
EDFA

4 canais DWDM z dBm; z<y


inseridos no
amplificador Amplificador OSA
EDFA

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 96


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Amplificador com AGC
• O canal DWDM inserido na entrada do amplificador EDFA, com a potência do laser
de bombeio variando visto no OSA.

1 canal DWDM
inserido no x dBm
amplificador Amplificador OSA
EDFA

2 canais DWDM x dBm


inseridos no
amplificador Amplificador OSA
EDFA

4 canais DWDM x dBm


inseridos no
amplificador Amplificador OSA
Não há alteração significativa no nível
EDFA de potência de cada canal!

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 97


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Conceitos de amplificação óptica por fibra dopada com
Érbio (EDFA)
Amplificação Óptica - EDFA
• Essencialmente, um amplificador EDFA é constituído de uma fibra óptica (alguns
metros) com seu núcleo ligeiramente dopado com elementos denominados de “Terras-
Raras”, como o “Érbio” (Er), “Itérbio” (Yb), “Túlio” (Tm) o “Praseodímio” (Pr). O material
básico de uma fibra pode ser a “sílica” padrão, um vidro baseado em “Fluoruro” o um
vidro de “Teluretos”.

• Para iniciar os processos que geram a energia óptica utilizada pelo sinal para sua
amplificação, utilizamos um laser de alta potência, chamado de “laser de bombeio”,
com um comprimento de onda diferente do comprimento de onda do sinal óptico de
entrada.

Optical Doped fiber


Optical isolator With Erbium (Er +) Optical
Optical
coupling isolator
99% coupling
Signal
Acopl. out 99% Signal
input Filtro Acopl.
output
WDM
1%
1%
(1530 – 1565) nm
PUMP
laser

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 99


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Amplificação Óptica - EDFA
• Olhando a figura do diagrama de blocos simplificado do amplificador EDFA, podemos
compreender como é o processo completo de amplificação:

• Ao entrar, o sinal óptico passa por um “acoplador óptico” que separa 1% do sinal
total na entrada (divisor de potência) e o envia a um fotodetector para monitorar a
potência de entrada;

• O filtro WDM (Wavelength Division Multiplexing) junta o sinal óptico da banda C


(1530 – 1565 nm) com o laser de bombeio (980 nm);

• Os dois sinais entram juntos e passam por alguns metros de fibra dopada com
Érbio (Er+) onde ocorre o processo de amplificação óptica.

Optical Doped fiber


Optical isolator With Erbium (Er +) Optical
Optical
coupling isolator
99% coupling
Signal
Acopl. out 99% Signal
input Filtro Acopl.
output
WDM
1%
1%
(1530 – 1565) nm
PUMP
laser

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 100


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Amplificação Óptica - EDFA
• O segundo acoplador óptico, envia o sinal ao fotodetector que faz a monitoração
do limiar de potência óptica da saída do amplificador;

• Os “isoladores ópticos” impedem a passagem do sinal óptico amplificado no


sentido contrário ao caminho da luz;

• É possível também, utilizar uma montagem um pouco distinta dessa, utilizando o


laser de bombeio posicionado depois da fibra de Érbio e seguindo no sentido
contrário do sinal óptico. Nesse caso, chamamos de laser de bombeio “contra -
direcional”;
- Em alguns casos, é necessário utilizar dois lasers de bombeio (980 nm + 1480 nm).

Optical Doped fiber


Optical isolator With Erbium (Er +) Optical
Optical
coupling isolator
99% coupling
Signal
Acopl. out 99% Signal
input Filtro Acopl.
output
WDM
1%
1%
(1530 – 1565) nm
PUMP
laser

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 101


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Introdução aos Efeitos Não-Lineares em sistemas de
transmissão óptica
Efeitos Não-Lineares

Amplificadores ópticos de alta potência podem gerar todos os efeitos


não lineares acima, levando à degradação do desempenho do sistema
óptico.

• Efeitos de Espalhamento Estimulados


(associadas ao espalhamento)

– Stimulated Brillouin Scattering (SBS)  limitações na potência de tx


– Stimulated Raman Scattering (SRS)  crosstalk

• Efeitos devido à Variação no Índice de Refração


(modulação do índice de refração pela variação na intensidade da luz)

– Self Phase Modulation (SPM)  alargamento espectral  distorção


– Cross Phase Modulation (XPM)  alargamento espectral, crosstalk
– Four-Wave Mixing (FWM)  crosstalk

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 103


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Efeitos Não-Lineares

Retro-Espalhamento de Brillouin
Alta potência
Parte da potência retorna
AO

AO = Amplificador Óptico

Espalhamento de Raman (SRS)

Canais
AO

Provoca a “desequalização” dos canais ópticos. Fibra

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 104


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Efeitos Não-Lineares
• Stimulated Brillouin Scattering (SBS)

• É um efeito não-linear gerado pela alta potência do sinal óptico na entrada da


fibra. Esse efeito é causado por uma onda sonora causada pela alta potência
óptica do sinal na entrada da fibra, o que causa variações no índice de refração
da fibra.

• Essas variações do índice de refração causam um retro-espalhamento do sinal


na propagação, ou seja, parte do sinal do canal óptico retorna ao transmissor.

• O efeito de Retro-Espalhamento de Brillouin (SBS) aparece com uma largura


espectral muito estreita, em relação ao sinal original, de modo que ele só afeta o
próprio canal óptico.

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 105


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Efeitos Não-Lineares
• Stimulated Raman Scattering (SRS)
• É um efeito não-linear gerado pela alta potência do sinal óptico na entrada da
fibra. Esse efeito é causado por uma interação entre as ondas de luz e os
modos de vibração das moléculas de sílica.

• Um fóton ao incidir sobre uma molécula de sílica, com uma frequência vibratória,
a molécula pode absorver parte da energia do fóton. Como conseqüência desse
processo, o fóton é espalhado com uma menor frequência (com energia hʋ2).

• Com esse processo, é gerado uma luz dispersada em um comprimento de onda


maior do que o comprimento de onda de luz incidente.

• Se outro comprimento de onda estiver localizado na mesma posição do


comprimento de onda da luz dispersa, ocorrerá a amplificação do primeiro.

• Como conseqüência desse fenômeno, canais ópticos com comprimento de onda


menores podem produzir energia para canais de comprimento de onda óptica
maiores.

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 106


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Efeitos Não-Lineares

Auto modulação de fase (SPM)


Canal
AO

nm
Provoca a distorção do canal. Fibra
!Acontece mesmo em um sistema monocanal!

Efeito da Mistura de Quatro Ondas (Four-Wave-Mixing).

Canais DWDM
AO

Canais laterais
nm

Depende da potência e do espaçamento entre os canais.

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 107


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Efeitos Não-Lineares
• Self Phase Modulation (SPM)

• É um efeito não-linear gerado pela alta potência do sinal óptico na entrada da


fibra.

• A "não-linearidade" do índice de refração de um meio (fibra óptica) é conhecida


como "Não-linearidade Kerr". Essa não linearidade produz uma modulação de
fase no sinal propagado induzido pelo portador óptico, que é chamado de "efeito
Kerr".

• Em enlaces com apenas um comprimento de onda, o efeito Kerr irá provocar


a“Auto- Modulación de Fase de onda” (SPM).

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 108


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Efeitos Não-Lineares
• Four-Wave Mixing (FWM)

• É um efeito Não-Linear gerado pela alta potência do sinal óptico na entrada da


fibra.

• Esse efeito cria comprimentos de onda (terceira ordem) a partir de dois


comprimentos de onda (canais) em propagação na fibra. Os comprimentos de
onda criados (terceira ordem) se estiverem localizados na posição dos canais da
grade DWDM do ITU-T, causarão “crosstalk” entre os canais.

• Para “N” comprimentos de onda (ou canais) lançados na fibra, o número de


comprimentos de ondas de tercera ordem criados (“M”) são:

M = N2 / 2 x (N – 1)

• A intensidade do fenômeno dependerá da área efetiva da fibra, da intensidade


da dispersão cromática acumulada nos canais e do espaço entre os
comprimentos de onda (ou canais) lançados na fibra.

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 109


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Conceito de amplificação óptica em sistemas DWDM
com o emprego de amplificadores do tipo Raman
Amplificador óptico Raman
• Amplificação de Raman:

• O amplificador óptico de “Raman” é baseado em um efeito não Linear, chamado


de “Espalhamento Estimulado de Raman” (SRS - Stimulated Raman
Scattering).

• Esse efeito é causado pela alta potência óptica na fibra.

• O fenômeno SRS ocorre quando um átomo recebe de um comprimento de onda


menor um fóton (absorve energia) e em seguida, libera um fóton com menor
energia e com um comprimento de onda maior. Essa transferência de energia de
um comprimento de onda menor para um comprimento de onda maior ocorre em
uma banda espectral muito larga (80 nm a 100 nm). Esse fenômeno é chamado
de “Stokes shift”.

• Assim, um laser de alta potência (laser de bombeio) com um comprimento de


onda em 1440 nm, pode gerar uma curva de amplificação óptica em torno de
1540 nm.

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 111


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Amplificador óptico Raman

P (mW)

PUMP 1
200

PUMP 2
130
Total Gain

λ (ηm)
1440 1460
1540 1560
100 nm

• Podemos ver através da figura, que um laser de bombeio em 1440 nm, causará uma
liberação da energia com pico em 1.540 nm. Do mesmo modo, um laser de bombeio
em 1460 nm, terá uma liberação de energia com pico em 1560 nm. A soma das
energias liberadas através do Espalhamento de Raman originados pelos lasers de
bombeio, irá formar uma curva resultante que representa o ganho de potência que
os sinais ópticos receberão.

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 112


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Amplificador óptico Raman
• O Ganho final de um amplificador Raman irá depender do tipo de fibra utilizada no
trecho do sistema óptico.

• Podemos utilizar os amplificadores Raman na parte inicial do sistema (transmissão)


ou na parte final (recepção).

• A figura seguinte mostra as duas aplicações para o Raman:

Transmission Station Raman transmission Reception Station


Raman
Amplification curve

Pumping the Raman


Rx (EDFA)
Fiber (link transmission cable)

Transmission Station Reception Station


Reception Raman
Raman

Pumping the Raman


Booster (EDFA)

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 113


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Amplificador óptico Raman
• Na figura a seguir, podemos ver um amplificador Raman posicionado na estação de
recepção de um sistema óptico.

• Os lasers de bombeio do Raman irão criar uma amplificação de potência óptica


desde a origem até cerca de uns 20 km a 50 km de distância da estação de
recepção.

Fiber (link transmission cable)


Transmission Station Reception Station
Canales DWDM Raman

Pumping the Raman


Booster (EDFA)
20 Km to 50 Km

Reception Raman

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 114


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WSS (Wavelength Selective Switch)
Conceito de Redes em “malha”
• Evolução das redes ópticas “puras”.

• Redes em “malha”. Permitem o encaminhamento de canais de luz em várias


direções possíveis, a partir de um único nó da rede e sem a necessidade da
conversão “óptica – elétrica” dos canais de dados (informação).

• Criação das “Matrizes Fotônicas” (“matrizes de luz”).

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 116


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Evolução das redes DWDM
• DWDM inicialmente para Long-Haul ou Ultra Long-Haul (ponto-a-ponto).
• Redes Metropolitanas
• DWDM em malha

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 117


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Evolução das redes DWDM
• Topologias de Redes DWDM

• Implementada com
MUXs e DEMUXs
ópticos
convencionais;

• Implementada com
ROADM PLC;

• Implementada com
ROADM WSS;

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 118


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Entendendo como funciona...

C.21 C.21 C.23


C.22
C.23
C.24

Cidade E
C.25

Cidade A

C.24
Cidade B
“NÓ”
C.22

C.25

Cidade C Cidade D

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Entendendo como funciona...

Direção
C.21
C.22
Cidade E
C.23
C.24

Cidade E
C.25

Cidade A

Cidade B
“NÓ”

Direção
Cidade A
Direção
Cidade D

Direção
Cidade C

Cidade C Cidade D

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 120


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Entendendo como funciona...

Direção
C.21
C.22
Cidade E
C.23
C.24

Cidade E
C.25

Cidade A

Cidade B
“NÓ”

Direção
Cidade A
Direção
Cidade D

Direção
Cidade C

Cidade C Cidade D

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 121


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ROADM - Definições
• ROADM = Reconfigurable Optical Add/Drop Multiplexer
• WSS (Wavelength Selective Switch)

• ROADM Grau 2 a Grau “n”:


- Prove várias direções com adição, derivação e passagem de canais;
- Permite implementação de redes DWDM em malha;
- Pode trabalhar com 40 canais (grade de 100 GHz do ITU-T) ou 80 canais (grade de
50 GHz do ITU-T) ou mais;
- Possui arquitetura “escalável” (acréscimo de direções).

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 122


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Redes com ROADM - possibilidades

WSS
n

WSS
WSS 3
3

“n”
Direções
WSS
4 WSS
WSS
3
3 Arquitetura
de rede em
“malha”
WSS
2 WSS WSS
WSS 2 3
3

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 123


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Redes com ROADM - possibilidades

Site 1 Site 1 WSS Site 1 Site 1 Site 1


3

Interligação
de duas
redes:
Linear e Anel
WSS
3
Site 1
Site 7

Site 2 Site 6

Site 5
Site 3 Site 4

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 124


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Redes com ROADM - possibilidades
WSS C.21
WSS 2
2
WSS
2
Anel 1
WSS
2 WSS
2

C.21 WSS Várias


4 possibilidades
para encaminhar o
WSS
canal C21 pela
WSS 23 rede!
2
WSS
2 WSS
2
Anel 2

WSS
2
WSS
2
WSS WSS
2 2

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 125


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Plano de Controle
• Proteção de Redes em Malha • ASON: Automatically Switched
• Aprovisionamento Rápido de Serviços Optical Network
• Conexão Fim-a-Fim • GMPLS: Generalized Multiprotocol
• Ajuste Dinâmico Label Switching

- CCM - Cross Connection


Monitoring
V 4.1 Plano de Controle - CCR - Cross Connection Restore
• ROADM degree-2 • ROADM degree-4
for 40 channels and with full optical path
50ms commuting timerestoration and
(Ring and 50 GHz channel spacing Controle de Lambda
Ring-interconnect)

• Modelos: Sistema de Gerência


Transporte

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 126


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Plano de Controle
• Facilitar a configuração rápida e eficiente de conexões dentro de uma rede de
transporte para suportar conexões comutadas e soft permanentes;

• Reconfigurar ou modificar conexões para suportar chamadas previamente


estabelecidas;

• Realizar a função de restabelecimento;

• Realizar descoberta de topologia.

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 127


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Plano de Controle
• Algoritmos RWA - (Routing and Wavelength Assignment)

• Permitem a otimização na alocação de recursos na rede, com a criação de rotas


disjuntas para caminho principal e proteção.

• Com a evolução do plano de controle, as seguintes opções para criação de


caminhos ópticos estarão disponíveis para a plataforma LightPad:

- Rota explícita e comprimento de onda definidos


- Apenas rota explícita definida
- Apenas comprimento de onda definido
- Nenhum parâmetro definido (RWA automático)
- Criação de caminhos ópticos disjuntos (principal e proteção).

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 128


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Glossário com unidades de medidas (Sistema Métrico
Internacional)
Glossário

Ordem de Grandeza Ordem de Grandeza Nome do


Prefixo
(decimal) (exponencial) prefixo
1.000.000.000.000 1012 tera T
1.000.000.000 109 giga G
1.000.000 106 mega M
1.000 103 kilo k (minúsculo)

0,001 10-3 mili m


0,000 001 10-6 micro µ
0,000 000 001 10-9 nano n
0,000 000 000 001 10-12 pico p

Os prefixos podem ser adicionados antes de uma unidade de medida, permitindo que seus
valores sejam representados sem a necessidade de notação exponencial.

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 130


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Glossário

Tipo Unidade símbolo exemplo


tempo segundo s 7 ms
comprimento metro m 100 km
comprimento de onda nanometro (em óptica) nm 1532,32 nm
freqüência hertz Hz 193,2 THz
potência óptica (linear) watt W 10 mW
potência óptica (logarítmica) decibel miliwatt dBm 5 dBm
relação (logarítmica) Decibel (adimensional) dB 10 dB
taxa de transmissão de dados bits por segundo b/s 10 Gb/s

Coeficiente Unidade mais comum exemplo


atenuação dB/km 0,23 dB/km
dispersão cromática (ps/nm).km 17 (ps/nm).km
PMD médio ps/raiz(km) 0,5 ps/raiz(km)

LPT02 – Introdução a Sistemas DWDM Cap. 1 - 131


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