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GABINETE DO PREFEITO
O PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPINAS. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono e promulgo a seguinte Lei:
Art. 1º Fica instituído o Plano Municipal de Educação Ambiental - PMEA, nos termos do Anexo Único que integra esta Lei.
Art. 2º O Plano Municipal de Educação Ambiental - PMEA visa à integração das ações de Educação Ambiental e tem como objetivo prin-
cipal auxiliar os atores sociais ligados à Educação Ambiental a se reconhecerem, conectando-os ao universo da Rede Campinas de Educação
Ambiental.
Art. 3º O Plano Municipal de Educação Ambiental será executado pelo Grupo de Implementação e Acompanhamento do Plano Municipal
de Educação Ambiental - GIA/PMEA, responsável pela integração, planejamento, coordenação e implementação dos programas, projetos e
ações previstos no Plano.
§ 1º A composição e o detalhamento das atribuições do Grupo de Implementação e Acompanhamento do Plano Municipal de Educação Am-
biental - GIA/PMEA serão definidos pela Secretaria Municipal do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, no prazo máximo
de 4 (quatro) meses, após a publicação desta Lei.
§ 2º Compete à Secretaria Municipal do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável coordenar o Grupo de Implementação e
Acompanhamento do Plano Municipal de Educação Ambiental - GIA/PMEA.
§ 3º Os membros do Grupo de Implementação e Acompanhamento do Plano Municipal de Educação Ambiental - GIA/PMEA não percebe-
rão qualquer remuneração por sua atuação, que será considerada de relevante contribuição ao município.
Art. 4º As revisões do Plano Municipal de Educação Ambiental - PMEA serão feitas mediante ato normativo do Poder Executivo.
Art. 6º Ficam revogadas as disposições em contrário, especialmente o § 1º do art.18 da Lei nº 14.961, de 6 de janeiro de 2015, o Decreto nº
17.885, de 27 de fevereiro de 2013, e o art. 4º do Decreto nº 19.371, de 28 de dezembro de 2016.
Judith Cortesão
EXPEDIENTE
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Para informações sobre como contatar o órgão emissor, ligue para 156 - Serviço de Atendimento ao Cidadão.
ACERVO
Edições posteriores a 22 de fevereiro de 2002 estão disponíveis para consulta na Internet no seguinte endereço: http://www.campinas.sp.gov.br/diario-oficial/
Para acessar Suplementos, utilize o seguinte endereço: http://www.campinas.sp.gov.br/diario-oficial/suplementos.php Edições anteriores a 22 de fevereiro de 2002 deverão ser pesquisadas junto à
Biblioteca Pública Municipal “Professor Ernesto Manoel Zink” (Avenida Benjamin Constant, 1.633, Centro, telefone: 2116-0423)
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Campinas, terça-feira, 13 de junho de 2017 Diário Oficial do Município de Campinas 3
JONAS DONIZETE
Prefeito
ROGÉRIO MENEZES
Secretário Municipal do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
COORDENAÇÃO GERAL
COORDENAÇÃO ADJUNTA
CONSELHOS
Conselho Gestor da APA Campinas
Conselho Municipal de Defesa Animal
Conselho Municipal de Educação
Conselho Municipal de Cultura
Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência
Conselho Municipal de Saúde
SUB-PREFEITURAS MUNICIPAIS
Subprefeitura de Barão Geraldo
Subprefeitura de Nova Aparecida
Subprefeitura de Sousas
Subprefeitura de Joaquim Egídio
OUTRAS INSTITUIÇÕES
EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
IAC – Instituto Agronômico de Campinas
PUCC – Pontifícia Universidade Católica de Campinas
USF – Universidade São Francisco
SANASA – Sociedade de Água e Abastecimento de Campinas
Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim
6 Diário Oficial do Município de Campinas Campinas, terça-feira, 13 de junho de 2017
APOIO
Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos
Secretaria Municipal da Chefia de Gabinete do Prefeito
Secretaria Municipal da Cidadania, Assistência e Inclusão Social
Secretaria Municipal da Comunicação
Secretaria Municipal do Desenvolvimento Econômico, Social e Turismo
Secretaria Municipal de Serviços Públicos
Secretaria Municipal de Trabalho e Renda
Secretaria Municipal de Cooperação nos assuntos de Segurança Pública
NAED NOROESTE – Núcleo de Ação Educativa Descentralizada Noroeste
NAED NORTE – Núcleo de Ação Educativa Descentralizada Norte
NAED LESTE – Núcleo de Ação Educativa Descentralizada Leste
NAED SUDOESTE – Núcleo de Ação Educativa Descentralizada Sudoeste
NAED SUL – Núcleo de Ação Educativa Descentralizada
Estagiário da Secretaria do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (ano de
2016): Bráulio Fabiano
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SIGLAS E SIGNIFICADOS
2. DIAGNÓSTICO............................................................................................................................. 10
3. JUSTIFICATIVA ............................................................................................................................ 43
4. OBJETIVO.................................................................................................................................... 43
9. PROGNÓSTICO............................................................................................................................ 67
1. INTRODUÇÃO
Portanto, esse Plano vem apresentar um marco de reconhecimento e integração das ações
de Educação Ambiental, alinhadas em uma rede sinérgica no cenário municipal. Ele
também orienta a governança municipal sobre seu compromisso com o desenvolvimento
das práticas de Educação Ambiental no município de Campinas.
Por tratar de um objeto dinâmico (Educação Ambiental), o presente plano tem meta de
vigência de quatro anos, sendo que, no terceiro ano, ele deverá ser revisto e atualizado.
Das variadas formas que assumem as atividades do campo da Educação Ambiental, o
PMEA considera a chamada Educação Ambiental Crítica (GUIMARÃES, 2000 e
LAYRARGUES & LIMA, 2014), Alternativa (LAYRARGUES, 2002) ou Popular (CARVALHO,
2001) – a nomenclatura adotada difere entre os referidos autores, entretanto, a linha
político-pedagógica que responde ao enfrentamento das questões socioambientais são
análogas.
Com essa compreensão em mente, este Plano foi desenhado de modo a beneficiar a
prática de uma Educação Ambiental crítica capaz de produzir identificação e significado a
todos que se envolverem com sua proposta.
A principal intenção do PMEA é atingir as dimensões da participação, da capilaridade, da
flexibilidade e da continuidade de um processo articulado e democrático de Educação
Ambiental no Município de Campinas.
O horizonte a ser perseguido é fazer do Município de Campinas um terreno fértil onde
frutifique a Educação Ambiental nos segmentos formal, não formal e informal.
Campinas, terça-feira, 13 de junho de 2017 Diário Oficial do Município de Campinas 13
Este Plano representa, na Política Municipal de Educação Ambiental – Lei 14.961 de 06 de
janeiro de 2015 –, uma ferramenta para o fortalecimento da Educação Ambiental no
Município de Campinas.
O Plano Municipal tem como princípio a melhoria contínua, a qual não se encerra em si,
mas busca, por meio do monitoramento dos programas, retroalimentar, não apenas as
ações, mas seus objetivos e diretrizes. Sendo assim, é necessário que, durante o processo
de implantação desse Plano, as informações sejam constantemente monitoradas e as
orientações e ações sejam continuamente revistas como forma de aprimoramento e
manutenção da sua qualidade.
Os objetivos, as diretrizes e os princípios apresentados neste documento resultam da
construção e da elaboração da própria política. Dessa forma, população e governança
municipal trabalharão juntos para a sustentabilidade das práticas de Educação Ambiental
no município de Campinas.
2. DIAGNÓSTICO
(sendo uma oficina de oitivas no bairro Vila Costa e Silva e 8 (oito) oficinas de escrita
participativa com munícipes de toda região). É importante destacar também a realização da
oficina participativa que ocorreu em 2014 a qual orientou os principais objetivos e diretrizes
da Política Municipal de Educação Ambiental e, consequentemente, o PMEA.
Dessa forma, o processo de diagnóstico do PMEA foi desenvolvido buscando estruturar a
base que guiou as estratégias de ação dos programas, projetos (por exemplo, a Semana
do Meio Ambiente) e ações que estão propostos nesse documento.
Iniciando o processo de diagnóstico, prezou-se por tecer um embasamento teórico o qual
orientou técnica e conceitualmente o processo e, posteriormente, partiu-se para o
entendimento do programa COEDUCA, que foi um grande marco e referencial de atuação
coletiva da Educação Ambiental no município de Campinas. Posteriormente a isso, deu-se
início ao mapeamento preliminar dos atores sociais do município devido à percepção da
necessidade de interligar os diversos agentes que atuam em prol da Educação Ambiental
em Campinas.
Por fim, em um processo de diagnóstico mais próximo à população, foram realizadas as
oficinas que possibilitaram a participação de diferentes atores sociais na construção do
PMEA.
1
http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?codmun=350950 – Consultado em Set/2016
Campinas, terça-feira, 13 de junho de 2017 Diário Oficial do Município de Campinas 15
2
http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/ranking/
16 Diário Oficial do Município de Campinas Campinas, terça-feira, 13 de junho de 2017
3
Fonte: EMBRAPA – outubro/2016 – http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/144830/1/4725.pdf
13
Campinas, terça-feira, 13 de junho de 2017 Diário Oficial do Município de Campinas 17
4
Consultado em agosto/2016 - https://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_Metropolitana_de_Campinas
5
Consultado em outubro/2016 – Plano Municipal do Verde, Volume 2 – Diagnóstico.
http://campinas.sp.gov.br/arquivos/meio-ambiente/vol-2-diagnostico.pdf
18 Diário Oficial do Município de Campinas Campinas, terça-feira, 13 de junho de 2017
6
Consultado em Agosto/2016 - https://pt.wikipedia.org/wiki/Campinas
Campinas, terça-feira, 13 de junho de 2017 Diário Oficial do Município de Campinas 19
7
Consultado em agosto/2016 – http://www.campinas.sp.gov.br/governo/servicos-publicos/regioes/
20 Diário Oficial do Município de Campinas Campinas, terça-feira, 13 de junho de 2017
Campinas conta também com 26 Parques públicos geridos pela Secretaria Municipal de
Serviços Públicos, que são importantes Áreas Verdes de função predominantemente social,
onde há forte demanda por práticas de Educação Ambiental. Como exemplos, é possível
mencionar:
x Parque Portugal;
x Bosque dos Cambarás;
Campinas, terça-feira, 13 de junho de 2017 Diário Oficial do Município de Campinas 21
Conforme identificado nos diagnósticos de meio físico realizados pelos Planos Municipais
Ambientais, a atual ocupação da terra evidencia que o território de Campinas passa por um
estresse ambiental. Visando a amenizar esse quadro, diversos programas e ações estão
previstos nos Planos Municipais de Saneamento Básico, do Verde, de Recursos Hídricos,
no Plano Municipal de Educação Ambiental, além da Política Municipal de Meio Ambiente,
a elaboração do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental de Campinas.
Este Plano compõe, junto à Política Municipal de Educação Ambiental – Lei 14.961 de 06
de janeiro de 2015 –, o processo de ações estruturadoras para a Educação Ambiental no
município de Campinas.
O Plano Municipal tem como princípio a melhoria contínua, a qual não se encerra em si,
mas busca, por meio do monitoramento dos programas, retroalimentar, não apenas as
ações, mas seus objetivos e diretrizes. Sendo assim, é necessário que, durante o processo
de implantação desse Plano, as informações sejam constantemente monitoradas e as
orientações e ações sejam continuamente revistas como forma de aprimoramento e
manutenção da sua qualidade.
Os objetivos, as diretrizes e os princípios apresentados neste documento resultam da
construção e da elaboração da própria Política.
22 Diário Oficial do Município de Campinas Campinas, terça-feira, 13 de junho de 2017
Dessa forma, espera-se que juntos, população e governança municipal, possam trabalhar,
ininterruptamente, nesse contexto em direção à sustentabilidade das práticas de Educação
Ambiental no município de Campinas.
As orientações técnicas e conceituais que embasaram a construção do PMEA são frutos
de pesquisas acadêmicas, referências técnicas e legais e vivências regionais englobando
diferentes áreas de conhecimento em interface com a Educação Ambiental.
No processo construtivo do PMEA, foram consultados pedagogos, geógrafos, ecólogos,
educadores ambientais, biólogos, ambientalistas, pessoas ligadas ao poder público, civis,
entre outros. Enfim, o embasamento conceitual pôde tecer suas raízes em diferentes
segmentos com diferentes saberes.
Entre as bases teóricas que mais contribuíram para o desenvolvimento do PMEA, merece
destaque a visão da Educação Ambiental como um campo social. Como afirmam
LAYRARGUES e LIMA8:
Observando a Educação Ambiental a partir da noção de Campo Social pode-se dizer
que ela é composta por uma diversidade de atores e instituições sociais que
compartilham um núcleo de valores e normas comuns. Contudo, tais atores também se
diferenciam em suas concepções sobre a questão ambiental e nas propostas políticas,
pedagógicas e epistemológicas que defendem para abordar os problemas ambientais.
Esses diferentes grupos sociais disputam a hegemonia do campo e a possibilidade de
orientá-lo de acordo com sua interpretação da realidade e seus interesses que oscilam
entre tendências à conservação ou à transformação das relações sociais e das relações
que a sociedade mantém com o seu ambiente. Ressalte-se que as tendências à
conservação ou à transformação social referidas acima, expressam a representação de
uma multiplicidade de posições ao longo de um Eixo imaginário polarizado pelas duas
tendências, nunca um esquema binário e maniqueísta, que só reduziria a análise.
8
As Macrotendências Político-Pedagógicas da Educação Ambiental Brasileira.
http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=31730630003
Campinas, terça-feira, 13 de junho de 2017 Diário Oficial do Município de Campinas 23
forma coletiva em que os seres sociais dialoguem entre si e enxerguem quais são as
dinâmicas que melhor traduzem a identificação da temática com o contexto local.
Como afirma Mauro Guimarães (2000):
O meio ambiente como um tema transversal no currículo escolar (proposto no PCN),
tratado de forma articulada entre as diversas áreas do conhecimento, de forma a
impregnar toda a prática educativa é um indicativo natural do tratamento interdisciplinar
que deve ser dado a questão ambiental. Entendendo que o conhecimento científico é
supervalorizado na sociedade ocidental moderna e este, como já foi dito, é por si
fragmentado. Esta interpretação da realidade formula uma realidade escolar cristalizada
em diferentes áreas de conhecimento. A cultura da separação das áreas de
conhecimento, em que cada uma tem seu conteúdo específico sem nenhuma ou quase
nenhuma integração entre elas, e mais, a desconsideração de outras formas de
conhecimento da realidade (filosófico, religioso, artístico, popular), produz um
descolamento, uma grande alienação entre o que se ensina na escola e a realidade na
qual ela está inserida, ou pelo menos deveria estar.
Sendo assim, a interdisciplinaridade é um processo de construção do conhecimento
capaz de superar a visão disciplinar elaborando uma nova interpretação ampliada da
realidade; no entanto esta é uma conduta a ser introduzida no cotidiano escolar.
Dessa forma, a Educação Ambiental precisa ser pensada como um terreno fértil onde as
práticas sociais e o cuidado com o meio ambiente predominam sobre os modelos que
adotam uma prática mais unilateral e, muitas vezes, impositiva.
Ele foi constituído com base nas diretrizes do ProFEA, Programa de Formação de
Educadoras e Educadores Ambientais, e foi implementado pela Diretoria de Educação
Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (DEA/MMA).
Ele presava por congregar diversas entidades que consideravam possuir uma ação
educativa em termos socioambientais. Entre essas instituições estavam: a UNICAMP, PUC-
Campinas, diversas secretarias da Prefeitura Municipal de Campinas, CEASA-Campinas,
Fundação José Pedro de Oliveira "Mata de Santa Genebra", SANASA, IAC, CATI, Diretoria
Regional de Ensino Leste e Oeste, Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira, ONG GAIA -
Grupo de Articulação Interdisciplinar à Aprendizagem, Movimento Sonha Barão, IPES -
Instituto de Pesquisas Especiais para a Sociedade, Associação de Proteção Ambiental
Jaguatibaia, além de inúmeros colaboradores desvinculados de instituições.
O processo de implantação do COEDUCA foi aprovado pelo Edital FNMA 05/2005 e contou
com o apoio financeiro do próprio FNMA – Fundo Nacional de Meio Ambiente, além dos
diferentes apoios dos diversos parceiros locais.9
O COEDUCA atuou, formalmente, em Campinas/SP de 2005 a 2012. Entretanto, até hoje,
membros dos coletivos se reúnem para reviver as experiências que ele proporcionou no
segmento da Educação Ambiental.
Assim, o PMEA também se apresenta como ferramenta de fomento à reunião desse tipo
de coletivo para que se mantenham vivas as ações de Educação Ambiental social e
coletiva.
9
Consultado em agosto/2016 – http://www.culturaambientalnasescolas.com.br/noticia/economia/projeto-
coeduca-forma-educadores-ambientais-em-campinas
Campinas, terça-feira, 13 de junho de 2017 Diário Oficial do Município de Campinas 27
bibliotecas, centros culturais etc. O mais importante é que eles sejam estruturados de modo
a viabilizar a prática da Educação Ambiental com qualidade.
As ações ambientais podem acontecer a qualquer momento e em qualquer local, porém,
espaços estruturados e providos de equipamentos, documentação, infraestrutura adequada
e pessoal para a realização dessas proporcionarão condições para o desenvolvimento de
programas, projetos e ações continuadas, além de assegurar uma melhor segurança e
qualidade de infraestrutura para a prática de Educação Ambiental.
Concedidos à população e a agentes multiplicadores, atores da mudança desejada, esses
locais poderão estar inseridos ou próximos a áreas verdes tais como parques, bosques,
adjacências de Áreas de Preservação Permanente (APP) e/ou Unidades de Conservação
(UC).
Eles também poderão ser construídos ou instalados em espaços preexistentes e poderão
contemplar, além da temática ambiental, outras demandas da comunidade e instituições,
tendo assim um caráter multiuso, social, servindo desde uma sede para atividades de
grupos culturais como para reuniões das associações de moradores e outros encontros de
cunho socioambiental.
Esses espaços, ainda, poderão ser utilizados para campanhas diversas, em apoio a
instituições, tais como castração de animais domésticos, vacinação, prevenção e combate
à dengue etc.
Como as práticas de Educação Ambiental são dinâmicas e, muitas vezes, não são
enraizadas em espaços físicos por muito tempo, faz-se necessária uma constante
atualização do banco de dados de espaços onde ocorre a prática da Educação Ambiental.
Por isso, mais a frente, será possível verificar que o PMEA enseja suprir essa condicionante
com a disponibilização de uma plataforma virtual que permita a atualização remota
constante dessas informações.
Mais detalhes sobre essas oficinas podem ser encontrados no documento denominado
Caderno de Subsídios (VOLUME III do Plano).
30 Diário Oficial do Município de Campinas Campinas, terça-feira, 13 de junho de 2017
O primeiro dos Eixos é o Eixo Institucional. Ele está consistente na base, a fim de favorecer
a articulação político-institucional, financeira e material necessária à implantação e
execução do PMEA.
Nesse Eixo (por princípio, horizontal), sustenta-se o que é necessário para que a Educação
Ambiental se consolide, seja pelo comprometimento inter e intrainstitucional, pela
identificação de fontes de recursos e sua disponibilização, pelas parcerias estabelecidas,
potenciais e futuras, e pela estruturação dos espaços e centros de Educação Ambiental
que proporcionam o atendimento físico para tais ações.
Sua posição horizontal demonstra a potencialidade em se tornar mais espessa e sólida a
cada processo concluído.
O Eixo Estruturador, por sua vez, indica o universo de atores sociais que estão e/ou serão
incorporados no processo, seja por meio da educação formal, não formal ou informal,
jovens, crianças e/ou adultos, homens e/ou mulheres.
Campinas, terça-feira, 13 de junho de 2017 Diário Oficial do Município de Campinas 33
Sua posição vertical indica uma condição para o crescimento, somando continuamente
cidadãos ao processo.
Por princípio, rejeita-se a perspectiva hierárquica de atores sociais, assim como o da
segregação entre os diferentes grupos envolvidos.
Por fim, o Eixo Articulador, que compreende, por meio dos programas, projetos e/ou
ações, todas as estratégias que dão corpo e movimento à Educação Ambiental do
Município de Campinas.
Sua forma em espiral indica que ele envolve todos os atores sociais compreendidos no Eixo
estrutural, e pressupõe que a continuidade de todo o processo depende da base oferecida
pelo Eixo Institucional.
x Relacionamento Institucional;
x Fontes de financiamento e equipe;
x Espaços físicos de atuação (Espaços e Centros de Educação Ambiental).
Entende-se que são esses contextos que, se bem estruturados, poderão fornecer
condições adequadas ao desempenho de bom êxito da Educação Ambiental no município
de Campinas.
Dessa forma, o primeiro momento de aplicação do PMEA focará na estruturação da matéria
sólida do Eixo Articulador, o qual é o catalisador para que os programas, projetos e ações
se desenvolvam.
34 Diário Oficial do Município de Campinas Campinas, terça-feira, 13 de junho de 2017
10
Consultado em agosto/2016 – http://www.campinas.sp.gov.br/uploads/pdf/880358072.pdf
Campinas, terça-feira, 13 de junho de 2017 Diário Oficial do Município de Campinas 35
b) Ensino Fundamental
c) Ensino Médio
d) Educação de Jovens e Adultos
e) Educação Especial
f) Educação para as populações tradicionais
II. Educação Profissional e Tecnológica
III. Educação Superior:
a) Graduação
b) Pós-graduação
c) Extensão e/ou Especialização
A educação informal ocorre de forma espontânea, na vida cotidiana, por meio de conversas
e vivências com familiares, amigos, colegas, interlocutores ocasionais e/ou da mídia. Tais
experiências e vivências acontecem inclusive em espaços institucionalizados, formais e não
36 Diário Oficial do Município de Campinas Campinas, terça-feira, 13 de junho de 2017
Essa Lei também indica, para a consecução da Política Municipal de Educação Ambiental,
utilizar os seguintes instrumentos de gestão (com complementações):
I. Acompanhamento e avaliação, por meio de indicadores;
II. Desenvolvimento de estudos, pesquisas e experimentações;
III. Inventário e diagnóstico das ações;
IV. Produção e divulgação do material educativo;
V. Mecanismos de incentivos;
VI. Fontes de financiamento;
VII. Parcerias;
VIII. Capacitação de recursos humanos;11
Por último, para a construção desse Eixo, a referida Lei abrange que os planos, programas,
projetos e ações devam identificar os problemas ambientais do município em relação a:
I. Áreas verdes, próprios públicos, inclusive nas escolas e na região;
II. Conhecimento e combate à poluição em todas as suas formas (ar, solo, água,
eletromagnética, visual e sonora);
III. Adensamento populacional na região;
IV. Grau de inclusão e exclusão social;
V. Saneamento básico na escola e na região;
VI. Trânsito e transporte público na região;
VII. Proteção dos bens ambientais e construídos (solo, subsolo, fauna, flora, ar, água,
edifícios históricos);
VIII. Políticas de urbanização da cidade e da região;
IX. Conhecer as ações ambientais previstas no Plano Diretor e as principais normas
sobre o meio ambiente em todas as suas formas;
11
Acessado em Agosto/2016 – http://www.campinas.sp.gov.br/uploads/pdf/880358072.pdf
38 Diário Oficial do Município de Campinas Campinas, terça-feira, 13 de junho de 2017
Figura 5 – Espaços culturais e educadores que possuem interfaces com Educação Ambiental
40 Diário Oficial do Município de Campinas Campinas, terça-feira, 13 de junho de 2017
Figura 8 – Unidades de ensino da rede municipal selecionadas para a primeira fase do processo de participação
Campinas, terça-feira, 13 de junho de 2017 Diário Oficial do Município de Campinas 43
Além desse mapeamento piloto, um questionário para preenchimento online ficou no sítio
da Secretaria Municipal da Educação e no site da SVDS de 2015 a fevereiro de 2016 para
que as unidades de ensino municipal pudessem participar e auxiliar na compreensão do
cenário de como se desenvolve a Educação Ambiental na rede de ensino municipal. Dessa
forma, a dinâmica de mapeamento e qualificação dos atores sociais e espaços educadores
ambientais serviram de alicerce para a escrita das metas dos programas desse PMEA.
3. JUSTIFICATIVA
4. OBJETIVO
12
Figura 12 - Armandinho
44
48 Diário Oficial do Município de Campinas Campinas, terça-feira, 13 de junho de 2017
x Espaços Educadores;
x Formação de Educadores;
x Educomunicação;
x Monitoramento e Avaliação.
x CONTEXTO
Visa promover uma reflexão de como o GTEA compreende o cenário atual referente
ao programa no município.
x OBJETIVOS
Estabelece os objetivos para a efetividade do PMEA.
o METAS
Nesse tópico, serão listadas as metas a serem atingidas. Norteadas pelos
atores sociais e pelas linhas de ação, os resultados esperados receberão
ferramentas necessárias para serem executados (por exemplo, materiais,
recursos etc). As metas do PMEA apresentarão:
Ações
Este tópico lista as ações sugeridas para que se atinja a meta
estipulada. Na definição das linhas de ação a seguir e ao delinear o
projeto de Educação Ambiental que se pretende desenvolver, o plano
seguiu e intende continuar seguindo o modelo PDCA (vide ANEXO I)
de organização.
Responsáveis
Neste tópico, encontram-se as instituições responsáveis por monitorar
e avaliar a execução das metas, podendo ou não estar, diretamente ou
indiretamente, ligadas à sua execução.
Principais atores envolvidos
Campinas, terça-feira, 13 de junho de 2017 Diário Oficial do Município de Campinas 49
Este tópico lista os atores que poderão operar de forma conjunta para
a execução das metas. Esses serão agentes que atuarão em conjunto
aos responsáveis, podendo contar com a participação de instituições,
grupos sociais e/ou agentes sociais, públicos ou privados, entre outros,
que participarão das ações propostas pelos programas.
Como afirma Tonso e Luz (2015):
Pensamento ambiental é complexo, interdisciplinar, de múltiplos
saberes e de âmbito político. Nesse sentido, ele exige de todos que
participam da construção de um saber ambiental, um
posicionamento político, uma visão de mundo, do que considera
justo ou inadequado.
5.1.1 Contexto
13
Consultado em setembro/2016 – http://www.mma.gov.br/port/conama/recomen/recomen11/recom112011.pdf
52 Diário Oficial do Município de Campinas Campinas, terça-feira, 13 de junho de 2017
5.1.2.1 Meta 1
Instituir 6 (seis) Centros de Educação Ambiental,
Descrição preferencialmente, 1 (um) por região (segundo divisão de regiões
adotada pelo PMEA)
Período Até 2020
Realizar o levantamento de potenciais locais para a instituição de
Centros de Educação Ambiental
Realizar a qualificação dos potenciais locais para a instituição de
Centros de Educação Ambiental
Ações
Instituir equipe permanente para os Centros
Elaborar Projeto Político Pedagógico para cada Centro
Adequar a infraestrutura segundo o Projeto Político Pedagógico
Realizar atividades de Educação Ambiental dentro dos CEAs
Responsável SVDS
Principais atores envolvidos SMSP, SMC, SME, FJPO, SMA
5.1.3.1 Meta 1
Instituir um Circuito Educador com a promoção de 10 (dez)
Descrição
atividades em espaços educadores do município
Período Anualmente, a partir de 2018
Levantar atividades realizadas por educadores em espaços
educadores
Elaborar calendário anual do circuito educador
Ações Planejar as atividades sob temáticas
Realizar atividades em conjunto com educadores locais
Realizar o reconhecimento de participação dos atores sociais
desenvolvedores das atividades
Responsável SVDS
Principais atores envolvidos SMSP, SMC, SME, FJPO, SMA, SMDEST
Campinas, terça-feira, 13 de junho de 2017 Diário Oficial do Município de Campinas 53
5.2.1 Contexto
Com um pequeno mapeamento já foi possível observar que muitas ações relacionadas às
questões ambientais são desenvolvidas no município. Certamente, um número muito maior
de ações ocorre, mas não são publicizadas e, portanto, não são (re)conhecidas em
Campinas.
Muitas vezes, os trabalhos desenvolvidos são realizados de forma pontual, isolada, tratando
somente dos aspectos naturais. Outras vezes, o trabalho é realizado a partir de projetos
envolvendo vários atores de forma a integrar os conhecimentos de diferentes áreas e suas
relações.
De acordo com esse quadro, é necessário e urgente pensar em ações formativas que
envolvam todos os atores sociais do município em um processo contínuo, propiciando a
integração das ações e dos educadores, a troca de saberes, potencializando o
envolvimento de cada indivíduo e do coletivo nas transformações socioambientais.
A concepção do trabalho deve proporcionar um olhar para além dos aspectos naturais,
promovendo a percepção das relações homem-natureza, as relações socioambientais em
uma abordagem de mundo crítica e integradora/sistêmica/holística.
É importante que a formação e a discussão no ensino formal, não formal e informal sejam
realizadas de forma integrada e complementar, buscando a construção de novos saberes
e conhecimentos, respeitando as realidades e especificidades de cada indivíduo e de cada
espaço, como é citado no texto introdutório do Livro Encontros e Caminhos, que cita que a
formação:
[...] está pautada na ideia de que cada indivíduo, cada grupo, cada coletivo é
responsável pela sua constante formação por ser conhecedor de suas dificuldades e
potencialidades e, dessa maneira, ser capaz de diagnosticar e interpretar a realidade,
sonhar sua transformação, planejar intervenções educadoras, implementá-las e avaliá-
las. Uma formação que se constrói pelos encontros de saberes, de caminhos, de
desejos e onde não há necessariamente “o” conhecimento que precisa ser reproduzido,
coisas para serem ensinadas ou explicadas, mas realidades para serem compreendidas
e transformadas.
No ensino formal, o trabalho com Educação Ambiental está previsto nos currículos das
escolas de Educação Básica, incluindo EJA e Educação Especial, como prática educativa
contínua, permanente, Inter e transdisciplinar em todos os níveis e modalidades
educacionais das redes municipais, estaduais, federais e particulares, oportunizando a
discussão e construção de conhecimento pelas crianças, jovens e adultos.
Com o mesmo objetivo, as universidades, faculdades, cursos técnicos e de especialização,
devem oferecer formação relacionada aos princípios e objetivos da Política Nacional de
51
Campinas, terça-feira, 13 de junho de 2017 Diário Oficial do Município de Campinas 55
Ela está interligada a um currículo que propõe ser desenvolvido de forma interdisciplinar,
descentralizado e flexível proporcionando mudanças de valores, hábitos, atitudes e
comportamentos perante à sociedade e à comunidade na qual está inserido. Essas
mudanças proporcionarão uma integração entre a comunidade e a escola, quiçá uma
mudança de pensamento de como trabalhar as coisas do local e que venha a refletir no
territorial e no global.
A Educação Informal ocorre de forma espontânea na vida cotidiana por meio de conversas
e vivências com familiares, amigos, colegas, interlocutores ocasionais, letras de músicas,
embalagens de produtos, histórias em quadrinhos, da mídia, entre outros. Tais experiências
e vivências acontecem inclusive nos espaços institucionalizados, formais e não formais, e
a apreensão se dá de forma individualizada, podendo ser, posteriormente, socializada. É
importante que o conteúdo, a linguagem e os objetivos dessas informações sejam
analisados antes da sua veiculação.
Campinas, terça-feira, 13 de junho de 2017 Diário Oficial do Município de Campinas 57
5.2.2.1 Meta 1:
Realizar 1 (um) curso de formação continuada voltado a
Descrição
profissionais da educação sob a temática da Educação Ambiental.
Período Anualmente, a partir de 2017
Promover cursos, palestras, oficinas, workshops
Promover formações em diferentes espaços de Campinas
Promover fóruns, seminários e encontros para discussão sobre EA
Ações Divulgar a formação junto às instituições educacionais do
município de Campinas
Disponibilizar, em plataforma virtual, materiais de formação de
educadores ambientais
Responsável SVDS
Principais atores envolvidos SME, SMS, SMC, EGDS, FJPO
5.2.2.2 Meta 2:
Realizar 6 (seis) encontros, 1 (um) por região conforme regiões
Descrição estabelecidas no PMEA, voltados à formação de educadores
ambientais, atendendo às demandas da comunidade local
Período Anualmente, a partir de 2018
Contatar e verificar junto a instituições públicas, privadas e/ou
sociedade civil a possibilidade de formações relacionadas à
Educação Ambiental em seus espaços educadores.
Ações Divulgar os eventos de formação que ocorrerão nos espaços
educadores
Promover seminários, cursos, fóruns, palestras, oficinas, vivências,
experiências, trilhas ecopedagógicas, entre outros
Responsável SVDS
Principais atores envolvidos SME, SMS, SMC, EGDS, SMDEST, FJPO
58 Diário Oficial do Município de Campinas Campinas, terça-feira, 13 de junho de 2017
5.2.3.1 Meta 1:
Criar 1 (um) coletivo educador ambiental por região (conforme
regiões do PMEA), a partir de instituições educacionais (podendo
Descrição
ser baseados no modelo do COMVIDAS para atuação na agenda
21)
Período Até 2020
Realizar o levantamento das unidades educacionais potenciais
Realizar uma formação sobre os princípios e conceitos que
Ações
subsidiam os Coletivos Educadores
Apoiar a estruturação dos coletivos
Responsável SVDS
SME, SMC, SMS, SMCAIS, universidades e outras instituições de
ensino e pesquisa, SANASA, comunidade local, ONGs,
Principais atores envolvidos
associação de bairros, instituições religiosas, clubes, comunidade
escolar
5.2.4.1 Meta 1:
Elaborar 1 (uma) proposta de Ambientalização Curricular para o
Descrição
ensino infantil e fundamental
Período Até 2020
Identificar atores que possuam conhecimento na temática de
Ambientalização Curricular
Promover seminários, congressos, fóruns, entre outros eventos,
que possibilitem a troca de experiências sobre a temática da
Ambientalização Curricular
Ações Elaborar um plano de ação relacionado a Ambientalização
Curricular que dê ênfase ao processo educativo contemplando os
saberes, as práticas, os valores, a ética, a sensibilidade ambiental
- produção da cultura, o ensino/aprendizagem, a pesquisa, a
extensão e a gestão
Apresentar a proposta
Responsável SVDS
Principais atores envolvidos SME e Instituições de Ensino
Campinas, terça-feira, 13 de junho de 2017 Diário Oficial do Município de Campinas 59
5.3 EDUCOMUNICAÇÃO
5.3.1 Contexto
Assim, entende-se por Educomunicação como o conjunto das práticas voltadas à formação
e desenvolvimento de sistemas comunicativos, em espaços educativos formais e não
formais, mediados pelos processos e tecnologias da informação.
Espera-se com processos de Educomunicação Socioambiental que sejam ampliadas às
formas de expressão dos membros das comunidades e a melhoria do coeficiente
comunicativo das ações educativas, tendo como meta o pleno desenvolvimento da
compreensão e atuação emancipada sobre as questões socioambientais do território na
direção da construção de sociedades sustentáveis.
O campo da Educomunicação Socioambiental é o resultado da inter-relação entre a
Comunicação e a Educação e abrange quatro áreas de intervenção:
14
https://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:lKkAEV0brxwJ:https://online.unisc.br/seer/index.php/riz
oma/article/download/4058/3131+&cd=2&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br (Consultado em setembro/2016)
15
http://www.cca.eca.usp.br/node/647 (Consultado em setembro/2016)
60 Diário Oficial do Município de Campinas Campinas, terça-feira, 13 de junho de 2017
5.3.2.1 Meta 1:
Realizar 6 (seis) formações, 1 (uma) por região segundo divisão
Descrição
por regiões adotada pelo PMEA, em Educomunicação
Período Até 2020
Realizar o levantamento de ações já existentes de
Educomunicação no município
Ação Promover Encontros de Formação em Educomunicação
Disponibilizar, em cada região, ferramentas para o
desenvolvimento de ações em Educomunicação
Responsável SVDS
Principais atores envolvidos SME, SMC, SMCAIS, SMS, IMA, DECOM, EGDS
Campinas, terça-feira, 13 de junho de 2017 Diário Oficial do Município de Campinas 61
5.3.3.1 Meta 1:
Realizar, no mínimo, 10 (dez) atividades artístico-culturais-
Descrição
educacionais durante a semana do meio ambiente (SEMEIA)
Período Anualmente, a partir de 2017
Promover atividades artísticas-ambientais
Promover atividades culturais-ambientais
Promover atividades que presem pelo bem-estar físico e mental
Ações do ser humano
Promover atividades que versem sobre a melhoria da qualidade
de vida de todo tipo de vida
Produzir 3 materiais Educomunicativos
Responsável SVDS
Grupo responsável pela SEMEIA (Lei nº 10.450 de 30 de março
Principais atores envolvidos
de 2000)
5.3.3.2 Meta 2:
Descrição Realizar a 1ª Conferência de Educação Ambiental de Campinas
Período Até 2020
Convidar/contratar profissionais para coordenar, mediar e ministrar
palestras
Realizar workshops, oficinas, debates e/ou palestras sob a
temática da Educação Ambiental
Ações Promover o encontro de atores sociais componentes da Rede
Campinas de Educação Ambiental e outros interessados na
temática ambiental
Promover roda de conversas, oficinas e/ou troca de experiências
com especialistas em Educomunicação
Responsável SVDS
Principais atores envolvidos SME, SMCAIS, SMS, IMA, DECOM, EGDS, SMC
62 Diário Oficial do Município de Campinas Campinas, terça-feira, 13 de junho de 2017
5.4.1 Contexto
Considerando o Art. 9º, inciso IV, da Lei nº 14.961 de 06 de janeiro de 2015, a qual institui
a Política Municipal de Educação Ambiental no município de Campinas, e dá outras
providências, a saber:
Art. 9º As atividades vinculadas à Política Municipal de Educação Ambiental devem ser
as desenvolvidas na educação formal e não formal, por meio das seguintes linhas de
atuação inter-relacionadas:
IV - acompanhamento e avaliação;
Considerando o Art. 4º e 08º, inciso VI, da Lei 9.795, de 27 de abril de 1999, a qual dispõe
sobre a Educação Ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras
providências, a saber:
Art. 4º São princípios básicos da Educação Ambiental:
VI - a permanente avaliação crítica do processo educativo;
[...]
Art. 8º As atividades vinculadas à Política Nacional de Educação Ambiental devem ser
desenvolvidas na educação em geral e na educação escolar, por meio das seguintes
linhas de atuação inter-relacionadas:
IV - acompanhamento e avaliação.
Considerando o Art 3º, incisos VIII e XI, do decreto nº 4.281, de 25 de junho de 2002, que
regulamenta a Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que institui a Política Nacional de
Educação Ambiental, e dá outras providências, a saber:
Art. 3º Compete ao Órgão Gestor:
VIII - estimular o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando o
acompanhamento e avaliação de projetos de Educação Ambiental;
[...]
XI - assegurar que sejam contemplados como objetivos do acompanhamento e
avaliação das iniciativas em Educação Ambiental:
a) a orientação e consolidação de projetos;
b) o incentivo e multiplicação dos projetos bem-sucedidos; e,
c) a compatibilização com os objetivos da Política Nacional de Educação Ambiental.
A Educação Ambiental não pode ser definida e limitada como única, ou seja, não existe
apenas uma maneira de se fazer Educação Ambiental. Consequentemente, não existe
apenas uma maneira de acompanhar e avaliar as atividades desenvolvidas nesse contexto.
Ousa-se dizer que a Educação Ambiental é um ramo tão abrangente que limitá-lo ao artigo
definido “a” seria o mesmo que podar o crescimento de uma ideologia contextual.
Com essa consciência latente, esse programa foi escrito na compreensão de que é preciso
abandonar algumas premissas sobre medição, afinal, a Educação Ambiental não faz parte
de um universo numérico, metricamente delineado para cumprir indicadores de
desempenhos quantitativos que produzirão resultados exclusivamente lógico-matemáticos
64 Diário Oficial do Município de Campinas Campinas, terça-feira, 13 de junho de 2017
sobre os avanços alcançados. Por ser uma esfera predominantemente subjetiva e social,
ela estabelece contato direto com o ser humano e com o meio ambiente: esses são vistos
como seres em total sinergia, sociais, sensitivos e emocionais. Logo, impor uma métrica
exclusivamente quantitativa de medição seria o mesmo que tentar quantificar algo
imensurável como os sentimentos, por exemplo.
Assim como não é possível medir numericamente a intensidade de um sentimento, não é
justo limitar o monitoramento e a avaliação de ações de Educação Ambiental com
indicadores exclusivamente quantitativos.
Contudo, a esfera quantitativa não pode ser abandonada. No pensamento de uma gestão
de projetos de Educação Ambiental, é possível mapear a abrangência de alcance das
atividades fazendo com que isso se torne um indicador de obtenção de resultados
esperados para solução de problemas. Por isso, é possível afirmar que a Educação
Ambiental não pode ser encarada exclusivamente como um contexto limitado ao social.
Afinal, ela também possui alguns mecanismos que produzem resultados quantitativos, tais
como quantidade de pessoas que concluíram cursos de formação de educadores
ambientais, quantidade de espaços que praticam Educação Ambiental formal, não-formal
e/ou informal, número de munícipes beneficiados com as ações etc.
Portanto, os indicadores de desempenho devem abranger tanto os aspectos qualitativos e
quantitativos.
Os objetivos principais deste Programa de Monitoramento e Avaliação visam a:
Para isso, faz-se necessário traçar uma estratégia de ação que possa permear os círculos
dos espaços educadores, da formação de educadores e da Educomunicação.
Faz-se importante ressaltar que os três programas de ações diretas – Educomunicação,
Espaços Educadores e Formação de Educadores – inter-relacionam-se e compõem o pilar
que estrutura os projetos e as ações de Educação Ambiental do município.
Campinas, terça-feira, 13 de junho de 2017 Diário Oficial do Município de Campinas 65
Para a elaboração das atividades e para a constante atualização (checagem e revisão) das
ações, aconselha-se que os gestores do plano e os atores sociais que desenvolvem
atividades de Educação Ambiental façam uso do método interativo de gestão denominado
PDCA (Vide ANEXO I).
Conforme é possível observar, para avaliar atividades de Educação Ambiental, poderão ser
utilizadas duas esferas de avaliação. Pensando estrategicamente, pode-se nomear como
macroambiente e microambiente, em que o macroambiente faz referência à visão global
das atividades e o microambiente as monitora e as avalia de perto, ou seja, essa avaliação
e monitoramento atua na esfera de campo – no local onde as atividades serão
desenvolvidas.
A partir da imagem a seguir, é possível compreender melhor as esferas de monitoramento
para que as estratégias sejam pensadas para cada uma separadamente. A forma
geométrica escolhida foi a estrela de 6 (seis) pontas visando representar as 6 (seis) regiões
do município (vide item 2.1.1.1 deste Plano):
5.4.2.1 Meta 1
Implantar a Plataforma Virtual que subsidiará a Rede Campinas de
Descrição
Educação Ambiental
Período Até 2017
Estabelecer as características que deverão conter na plataforma,
baseadas no PMEA, que subsidiarão as ações da Rede Campinas
de Educação Ambiental
Recuperar o banco de dados já existente
Ações Realizar o cadastramento de atores sociais de educação
ambiental
Implantar a plataforma
Realizar a divulgação da plataforma
Realizar a melhoria contínua (aprimoramento) da plataforma
virtual
Responsável SVDS
IMA, SME, SMS, SMC, SMSP, SEPLAN, DECOM, SMDEST,
Principais atores envolvidos
SMCAIS
68 Diário Oficial do Município de Campinas Campinas, terça-feira, 13 de junho de 2017
5.4.3.1 Meta 1
Criar uma proposta com indicadores para monitorar e avaliar o
Responsável SVDS
6. FONTES DE FINANCIAMENTO
Como a Política Municipal de Educação Ambiental prevê em seu Art. 18, parágrafo 2º:
Dessa forma, obedecendo ao enquadramento nas normas dos fundos e outras origens e
prezando pelo custeio consciente, os programas, projetos e ações poderão contar com
recursos que subsidiem suas atividades.
8. PERIODICIDADE DE REVISÃO
O presente Plano Municipal de Educação Ambiental deverá ser revisto a cada 3 anos.
Dessa forma, o ano de 2020 deverá ser dedicado à releitura e adaptação global do presente
plano para que ele esteja em concordância com o contexto em que está inserido.
O universo da Educação Ambiental é dinâmico e social. Portanto, o grupo gestor do plano
deve realizar avaliações, revisões e adaptações anuais do PMEA. A forma como a revisão
deverá ocorrer está contemplada no programa de monitoramento e avaliação.
Recomenda-se, também, que haja, no mínimo, uma reunião mensal do grupo gestor do
PMEA para que se acompanhe o seu andamento.
Excepcionalmente, a primeira revisão deverá ocorrer no último trimestre do ano de 2017.
9. PROGNÓSTICO
Figura 15 - Grau de articulação Institucional entre SVDS e instituições do GTEA, segundo GTEA.
Campinas, terça-feira, 13 de junho de 2017 Diário Oficial do Município de Campinas 75
Uma observação apontada pelo GTEA para registro foi sobre a relação com o Parque
Ecológico, que era forte até iniciar a transição de sua gestão do Estado para o Município.
Entretanto, como esse processo ainda não foi concluído totalmente, essa articulação foi
reduzida.
Outras instituições não contempladas no Decreto nº 18.317/2014 foram incorporadas nessa
avaliação porque apresentam interação importante com as demais atividades da SVDS, por
meio da Coordenadoria Setorial de Projetos e Educação Ambiental. Dessa forma, foram
incorporadas:
x CATI;
x Secretaria Municipal de Assistência Social;
x Secretaria Municipal de Serviços Públicos;
x Secretaria Municipal de Comunicação;
x Outras instituições cuja atribuições incorporam ações de Educação Ambiental:
o Rede Estadual de Ensino;
o Sistema de Ensino da Rede Privada;
o EGDS;
o Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Turismo;
o Secretaria Municipal de Trabalho e Renda.
Figura 16 - Grau de articulação Institucional entre instituições do GTEA e o processo de planejamento do PMEA, segundo o GTEA
Com relação à implantação do PMEA, foi definido um Grupo Gestor de Coordenação com
tal responsabilidade:
Além disso, o objetivo principal é essa ferramenta não se esgotar em si. Visto que o cenário
da Educação Ambiental não é estático, a análise SWOT deve ser revista periodicamente
na revisão do PMEA.
As análises de cenário se dividiram e continuarão se dividindo em:
Entende-se como “Ambiente Interno” aquilo que pode ser controlado pelo o grupo executivo
do PMEA nas figuras das SVDS e da SME, uma vez que ele é resultado das estratégias de
atuação definidas pelos próprios membros do processo.
Dessa forma, todo ponto forte precisou ser ressaltado ao máximo nas ações definidas pelo
PMEA. Assim, para cada ponto fraco, a ação deve ser no sentido de controlá-lo ou, pelo
menos, minimizar seu efeito.
Fazer gestão sobre as principais Forças (Strengths) e Fraquezas (Weaknesses) que
potencializam ou interferem no bom desempenho das ações de Educação Ambiental
municipal tem o objetivo de alcançar a integração dos processos e a redução de ações
pulverizadas e desconectadas.
O ambiente interno e as articulações que ele requer podem ser controlados pela
coordenação do PMEA, uma vez que eles são resultados das estratégias de atuação
definidas pelos próprios membros do processo.
Consequentemente, durante a análise:
Entende-se por ambiente externo todas as situações que fogem da competência e controle
da coordenação, do grupo executivo ou do Grupo Gestor do PMEA.
Mesmo não possuindo um certo "controle" sobre esse contexto, o grupo executivo deve
conhecê-lo e monitorá-lo com frequência de forma a aproveitar as oportunidades
(Opportunities) e evitar as ameaças (Threats).
Sabe-se que evitar ameaças nem sempre é possível. No entanto, é altamente
recomendável realizar um planejamento para enfrentá-las, minimizando seus efeitos.
Conhecer e fazer gestão sobre as principais oportunidades e ameaças de um contexto que
poderá favorecer ou reduzir o bom desempenho das ações municipais de Educação
Ambiental pode resultar na maior confiabilidade nos processos, na obtenção de
informações de apoio à gestão, favorecendo as tomadas de decisões estratégicas.
Como mencionado no tópico sobre ambiente interno, as forças e fraquezas são
determinadas pela situação atual e se relacionam, quase sempre, a fatores internos. Essas
são particularidades importantes para que a análise indique o que há de positivo e promova,
por meio da aplicação do plano, a melhoria sobre seus pontos fracos.
Já nesse contexto do ambiente externo, as oportunidades e ameaças são antecipações do
futuro e estão relacionadas a fatores que permitem a identificação de aspectos que podem
constituir constrangimentos (ameaças) à implementação de determinadas estratégias ou
então podem se constituir como apoios (oportunidades) para alcançar os objetivos
delineados para a Educação Ambiental.
O PMEA deverá ser revisto no quarto ano de sua aplicação. Assim, tanto o ambiente interno
como o externo deverão ser reanalisados.
Já as ações propostas nos programas terão seu próprio prazo de revisão dependendo de
sua modalidade e característica. Elas determinarão um prazo para revisão de seu conteúdo.
Campinas, terça-feira, 13 de junho de 2017 Diário Oficial do Município de Campinas 81
Com a implantação das estratégias, programas, projetos e ações do PMEA, espera-se que
a articulação interinstitucional seja ampliada e solidificada, de forma que o ambiente interno
seja ampliado.
A análise dos resultados foi feita sob a combinação dos elementos preponderantes (interno
e externo).
A aplicação da análise SWOT resultou na matriz apresentada na tabela a seguir.
Após a análise das variáveis, o GTEA pode verificar que a matriz indicou o cenário
correspondente ao da SOBREVIVÊNCIA, transitando para o do Crescimento (o quadrante
que possuiu a predominância foi para os pontos fracos).
82 Diário Oficial do Município de Campinas Campinas, terça-feira, 13 de junho de 2017
9.3.1.3 SOBREVIVÊNCIA
O PMEA sempre se preocupou em tentar garantir a participação social, já que esse foi um
dos princípios adotados para o processo de construção do PMEA, assim como indicado
pela Lei nº 14.961, de 06 de janeiro de 2015. O próprio processo que deflagrou a sua
redação considerou importantes elementos de um processo participativo, resultando em
várias chamadas para o mesmo em seu escopo.
Entende-se que um processo que visa a conhecer o contexto de uma comunidade, por meio
de diversas fontes de informação e de vários atores, oferece a possibilidade de reconhecer
as prioridades e as áreas de intervenção indicadas por quem realmente compõe a
realidade, tornando-o próximo do real.
A importância do diagnóstico participativo é dada, principalmente, por favorecer importantes
processos sociais, como o empoderamento e o pertencimento – elementos indispensáveis
na construção de um cenário real, no qual o êxito das ações projetadas está de fato
consorciado com o contexto dos atores sociais envolvidos.
Para alcançar sua efetividade, algumas informações sobre a comunidade são importantes,
tais como:
x Espaços Educadores;
x Formação de Educadores;
x Educomunicação;
x Monitoramento e Avaliação.
Além desses Programas, projetos e ações reconhecidos durante o diagnóstico preliminar
das ações de EA foram trabalhados no Plano.
A coordenação definiu que cada Programa fosse conduzido por cada uma das
coordenações.
Assim, a distribuição ficou conforme indicado abaixo:
Com a aplicação desse PMEA, espera-se que os objetivos possam ser alcançados para
que Campinas possa ser uma referência nacional em Educação Ambiental.
11.1 Equipe
Para que esse Plano atinja seus objetivos propostos e seja eficaz, faz-se necessária a
instituição de um Grupo de Acompanhamento.
Sem articulação institucional, não se conseguirá tornar possível as ações propostas nesse
PMEA. Por isso, é imprescindível que haja um fortalecimento das relações institucionais em
prol dessa ferramenta.
11.3 Infraestrutura
AVANZI, Maria Rita; MALAGODI, Marco. Comunidades interpretativas. In: FERRARO, Luiz Antonio
(Org.) Encontros e caminhos: formação de educadores ambientais e coletivos educadores. Brasília:
Ministério do Meio Ambiente, 2005.
CARVALHO, Isabel C. Qual Educação Ambiental. Elementos para um debate sobre Educação
Ambiental popular e extensão rural. Revista Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável.
Volume 2. Número 2. Porto Alegre: 2001
DEMO, Pedro. Avaliação qualitativa. Coleção Polêmicas do nosso tempo; v. 25. 8° Edição.
Campinas: Autores Associados, 2005.
FREITAS, Luiz Carlos de. Crítica da organização do trabalho pedagógico e da didática. Coleção
Magistério: Formação e Trabalho Pedagógico. 3º Edição. Campinas: Papirus, 1995.
GUIMARÃES, Mauro. Educação Ambiental. Coleção Temas em Meio Ambiente. Duque de Caxias:
UNIGRANRIO Editora, 2000.
LAYRAGUES, Philippe Pomier & LIMA, Gustavo Ferreira da Costa. As macrotendências político-
pedagógicas da Educação Ambiental brasileira. In Revista Ambiente e Sociedade, v.XVII, n.1. jan-
mar,2014
LOUREIRO, F.; LAYARGUES, P.; CASTRO, R. (Orgs.) Educação Ambiental: repensando o espaço
da cidadania. São Paulo: Cortez, 2002, 179-220.
RIBEIRO, Vera Masagão (Coord.). Indicadores da qualidade na educação. In: Unicef, PNUD, Inep-
MEC. São Paulo: Ação Educativa, 2004. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Consescol/ce_indqua.pdf - Acessado em: 20/04/2016
RISTOFF, Dilvo, I. Construindo o campo e a crítica: o debate. In: FREITAS, Luiz Carlos de. (Org.)
Avaliação: construindo o campo e a crítica. Florianópolis: Insular, 2002.
SANTOS, Boaventura de Souza. Para uma Sociologia das Ausências e uma Sociologia das
Emergências. Revista Crítica de Ciências Sociais, n.63, out.2007, p.237-280.
TONSO, Sandro; LUZ, Wagner Coelho da. Construção de indicadores e parâmetros de Educação
Ambiental crítica. Relatório Parcial nº1. Iniciação Científica – processo FAPESP
08/0806063-3, 2011.
VIANNA, Heraldo Marelin. Construindo o campo e a crítica: o debate. In: FREITAS, Luiz Carlos de.
(Org.). Avaliação: construindo o campo e a crítica. Florianópolis: Insular, 2002.
TONSO, Sandro. LUZ, Wagner Coelho da. Uma educação socioambiental crítica no PAC:
construção de indicadores de avaliação. In: BAHIA, Secretaria do Meio Ambiente. Instituto do Meio
Ambiente e Recursos Hídricos. Na trilha com o educador: uma experiência de Educação Ambiental
no programa de aceleração do crescimento – PAC, Bahia – Salvador: EGBA, 2015. 200p. – (Série
Técnicas e Didáticas Ambientais)
GUIMARÃES, Mauro. Educação Ambiental. Coleção “Temas de Meio Ambiente”. Volume 1. Rio de
Janeiro: UNIGRANRIO, 2000
SOARES, I., PINHO C., COUTO J. e MOREIRA, J., Decisões de Investimento - Análise financeira
de projectos. Lisboa: Edições Silabo, 2008.
LINDON D., LENDREVIE J., LÉVY J., DIONÍSIO P., RODRIGUES J., Mercator XXI Teoria e prática
do Marketing, 10.ª edição, Lisboa: Dom Quixote, 2004.
NUNES J. e CAVIQUE L., Plano de marketing, estratégia em Acção, Lisboa: Dom Quixote,
2001.Vilhena, 2014.
SIMON, Herbert (1969). The Sciences of the Artificial. Cambridge: MIT Press.
Patnaik, Dev, "Forget Design Thinking and Try Hybrid Thinking", Fast Company, August 25, 2009.
“...design thinking is any process that applies the methods of industrial designers to problems beyond
how a product should look. My mentor at Stanford, Rolf Faste, did more than anyone to define the
term and express the unique role that designers could play in making pretty much everything.”
Brown, Tim. "The Making of a Design Thinker." Metropolis Oct. 2009: 60-62. Pg60: “David Kelley...
said that every time someone came to ask him about design, he found himself inserting the word
thinking to explain what it is that designers do. The term design thinking stuck.”
Cross, N (2011) Design Thinking: Understanding How Designers Think and Work, Berg, Oxford and
New York.
Cross, Nigel. "Designerly Ways of Knowing." Design Studies 3.4 (1982): 221-27.
JONES, Andrew (2008). The Innovation Acid Test. Axminster: Triarchy Press. p. 20.
ADLER, Isabel; LUCENA, Brenda; RUSSO, Beatriz, VIANNA, Maurício; VIANNA, Ysmar. "Design
Thinking: Inovações nos Negócio. 2011, MJV Press
Como construir políticas públicas de Educação Ambiental para sociedades sustentáveis? [livro
eletrônico] / Organizadores Maria Henriqueta Andrade Raymundo, Thaís Brianezi, Marcos
Sorrentino. – São Carlos (SP): Diagrama Editorial, 2015.
13. ANEXO I
x SOBREVIVÊNCIA
Fraquezas + Ameaças = Sobrevivência
Para este cenário, as estratégias adotadas devem minimizar ou ultrapassar os
pontos fracos e, tanto quanto possível, fazer face às ameaças.
x MANUTENÇÃO
Forças + Ameaças = Manutenção
Para este cenário, a estratégia é obter o melhor benefício dos pontos fortes para
minimizar os efeitos das ameaças detectadas.
x CRESCIMENTO
Fraquezas + Oportunidades = Crescimento
Para este cenário, a estratégia é desenvolver estratégias que minimizem os efeitos
negativos dos pontos fracos e que, simultaneamente, aproveitem as oportunidades
detectadas.
x DESENVOLVIMENTO
Forças + Oportunidades = Desenvolvimento
Para este cenário, a estratégia é obter o melhor benefício dos pontos fortes para
aproveitar, ao máximo, as oportunidades detectadas.
92 Diário Oficial do Município de Campinas Campinas, terça-feira, 13 de junho de 2017
O método PDCA, do inglês Plan, Do, Check, Action, foi criado na década de 20 por Walter
A. Shewart. Esse método, também conhecido como “Ciclo de Deming”, é uma das primeiras
ferramentas de gestão da qualidade (ou ferramentas gerenciais) e permite o controle do
processo em questão.
Abaixo, segue uma breve explicação sobre cada etapa do ciclo:
x PLAN: (Planejar) é o primeiro passo para a aplicação do PDCA. Ele faz referência ao
estabelecimento de um plano ou um planejamento que deverá ser estabelecido com
base nas diretrizes ou políticas que se pretende seguir.
No caso do Programa de Monitoramento, faz-se necessário que os projetos e/ou
ações desenvolvidos no âmbito da Educação Ambiental sejam previamente
planejados, principalmente quando se trata da esfera formal. No caso da esfera não-
formal e/ou informal, o planejamento pode ocorrer de maneira simultânea ao
desenvolvimento da atividade. Porém, o mais importante é que ele possua um
direcionamento, ou seja, não seja uma ação sem produção de significados ou
identificação.
No caso das atividades de Educação Ambiental, o “check” poderá ser divido em duas
funções:
o A primeira poderá ser usada para cada atividade individualmente: as
atividades poderão ser monitoradas antes, durante e após sua execução, por
meio de todos os participantes, de forma coletiva, para revisão de ações e
entendimento do processo de aprendizagem, assim como a reflexão sobre os
frutos gerados;
o A segunda poderá ser usada no conjunto das atividades, no planejamento
estratégico anual: todos os anos, aconselha-se que os atores sociais façam
um planejamento de como se pretende desenvolver as atividades de
Educação Ambiental no município. É importante pensar em quais serão elas,
quem serão as pessoas que dela participarão etc. Neste momento de “check”
global, é importante fazer uso de indicadores quantitativos para poder elencar
quantas pessoas foram assistidas, quantas atividades foram realizadas, quais
assuntos/temáticas abordadas etc. Nessa função, pode-se fazer o uso dos
INDICADORES abaixo:
o Data da atividade;
o Duração (em horas) da atividade;
o Instituições participantes;
o Faixa etária participante;
o Quantidade de participantes;
o Local da atividade;
o Temáticas abordadas;
o Produtos originários da participação da atividade;
o Desenvolvimento coletivo do PDCA (Sim ou Não);
x ACT ou ACTION: (Ação) é a última fase do PDCA. É nesta fase que são realizadas
as ações corretivas, ou seja, a correção das falhas encontradas no passo anterior. No
caso no PMEA, há um prazo para a sua revisão. Durante essa releitura, faz-se
necessário reparar os erros e falhas diagnosticados durante o processo de verificação
para que as atividades de Educação Ambiental possam continuar cumprindo sua
missão de maneira sustentável. Por isso, é de fundamental importância a presença
de um gestor exclusivo para o plano.
Campinas, terça-feira, 13 de junho de 2017 Diário Oficial do Município de Campinas 95
Design Thinking pode ser entendido como o conjunto de métodos e processos relacionados
à aquisição de informações, análise de conhecimento e propostas de soluções. Ele pode
ser considerado como a capacidade para combinar empatia em um contexto de um
problema, de forma a colocar as pessoas no centro do desenvolvimento de um projeto;
criatividade para geração de soluções e razão para analisar e adaptar as soluções para o
contexto, buscando diversos ângulos e perspectivas para solução de problemas,
priorizando o trabalho colaborativo em equipes multidisciplinares em busca de soluções
inovadoras.
O Design Thinking propõe que um novo olhar seja adotado ao se endereçar problemas
complexos, um ponto de vista mais empático que permita colocar as pessoas no centro do
desenvolvimento de um projeto e gerar resultados que são mais desejáveis para elas, mas
que ao mesmo tempo financeiramente interessantes e tecnicamente possíveis de serem
transformados em realidade.
Ele pode ser dividido, mas não sequenciado, em: