00024 Quarta-feirn 10 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL
; VIII - coordenação e orientação de levanta-
mento de necessidade de treinamento, visando à
formação elou ao aperfeiçoamento de pessoal, em
nfval técnico ou de prestação de serviços;
IX - coordenação. orientaçãO e elaboração de
planos e projetos de marketing turistico;
X - consultoria' e assessoria na elaboração de
planos, programas e projetos a serem desenvolvidos
no setor turistico.
Art. f)Q As atividades de Técnico em Turismo
serão desenvolvidas em empresas privadas ou pú-
blicas. órgãOS ou entidades. conforme o disposto na
legislação especifica e correlata. bem como nos atos
normativos expedidos pelo Instituto Brasileiro de Tu-
rismo -·EMBRATUR.
.. Art. 6º- Fica acrescida aõGrupo de Confedera-
ção Nacional das Profissões Liberais. constante do
Quadro de Atividades e Profissões anexo ao Decre-
to~Léi n" 5,452: de 1º- de maio de 1943 (Consolida-
ção ,das' Leis' do Trabalho). a categoria de Técnico
em Turismo.
'.' .. 'Art. 7º-t: assegurado à categoria profissional
de Técnico em TurismO. como piso salarial. o valor
de retribuição praticado pelo Poder Executivo, com
báse na Lei n"6.721. de 12 de novembro de 1979.
. . . Art. Bº O Poder Executivo regulamentará esta
lei no prazo de'sessenta dias, a contar de sua publi-
cação.
,',' ,Art. 9º-, Esta lei entra em vigor na data de sua,
publicação. ' , ,
Art. 10. Revogam-se as disposições em contrário.
(A Comissl/o de Assuntos Econômicos.)
, .
P.ROJETO.~" LEI D~qÂMARA ~ " DE 1996
(N21.727/91, ~ Casa de ongern)
Institui, para os estados, Distrito Fe.
dera' ê municiplos, compensaÇllo finall-
.. ceif.!' pela geraÇllo de energia elétrica em
centrais nucleares.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1~ A geração de energia elétrica em cen-
trais nucleares ensejará compensação financeira
aos estados, Distrito Federal e municípios. a ser cal-
culada. distribuída e aplicada na forma desta lei.
. ' , § 12 A compensação financeira de que trata o
caput deste artigo refere-se apenas à localização
das centrais nucleares. não desobrigando seus pro-
prietários de indenizarem pelos danos causados ao
meio ambiente e ao patrimônio públiCO e privado. de-
correntes da implantação e operação dessas centrais.
de seus dejetos radioativos e custos de descomissio-
narnento das instalações ao final de sua vida útil.
Janeiro de 1996
§ 2º- O pagamento da compensação financeira
não desobrigará, parCial ou totalmente, os proprietã-
rios das centrais nucleares do cumprimento da legis-
lação ambiental, de segurança e de saúde pública,
bem como de reparar os danos causados ao meio
ambiente.
Art. 2º- A compensação pela geração nucleqe-
létrica será de 4,5% (quatro e meio por cento) sobre
o valor da energia elétrica produzida, a ser paga pe-
los concesSionários de serviço de energia elétrica
aos estados, Distrito Federal e municipios em cujos
territórios se localizem instalações nucleares desti-
nadas à produção de energia elétrica. ou que se si-
tuem em área para a qual esteja prevista a evacua-
ção de população por ocasião de emergência decor-
rente de acidente nas instalações nucleoelétricas.
além dos órgãos públicos da administração descen-
tralizada da União. conforme dispõe o art. ~.
Art. ~ O percentual de que trata o art. 2º- será
aplicado aos valores de venda da energia elétrica
constantes das faturas emitidas pela central nu-
cleoelétrica. excluidos' os tributos e empréstimos
compulsórios, computando as subvenções do Te-
souro Nacional e dos agentes do setor elétrico no
custo unitãrio do quiloWatt vendido.
Art. ~ A distribuição mensal da compensação
financeira será feita da seguinte forma:
, I - 10%, (dez por cento) ao Estado onde a cen-
trai estiver localizada;
11- 55% (cinqüenta e cinco por cento) ao Muni-
cípio onde a central estiver localizada;
JII - 15~o .(quinze por cento) aO? munici~ios limí-
trofes do MmclplO onde a central estiver localIzada;
IV -5% (cinco por cento) a cada um dos se-
guintes órgãos da administração direta da União:
Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica
-'DNAEE. Comissão Nacional de Energia Nuclear-
CNEN. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Re-
cursos Naturais Rerovãveis - IBAMA e Secretaria de
Ciência e Tecrologia da Presidência da República
§ 12 Na distribuição mensal da compensação
financeira. o Distrito Federal receberá o montante
correspondente às parcelas de Estado e Municipio.
§ 2º- As cotas destinadas aos estados. Distrito
Federal e municípíos serão empregadas em obras
de infra-estrutura ou de desenvolvimento sócio-eco-
nômico.
§ ~ As. cotas destinadas ao Departamento Na-
donal de Águas e Energia Elétrica - DNAEE serão
empregadas no aperfeiçoamento das normas que
regem os serviços nucleoelétricos e na fiscalização
dos mesmos.
Janeiro de 1996 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL
§ 4~ As cotas destinadas à Comissão Nacional
de Energia Nuclear - CNEN serão empregadas no
aperfeiçoamento das normas' de segurança das ins-
talações nucleoelétircas e na melhoria das condiçõ-
es de segurança das instalações existentes.
§ 5" As cotas cJestinaja; 00 InstiIlio Brasi1ei1O do
Meio ArrtJiente e Recusos NaIu'ais Renovâveis - IBAMA
serão Elfr4lIll9~ em poIitk:as de PIOtet;m arrtlientaI.
§ 6º- As cotas destinadas à Secretaria de Ciên-
cia e Tecnologia da Presidência da República serão
empregadas em atividades de pesquisa cientifica e
de desenvolvimento de tecnologia relacionadas com
a geração nucleoelétrica.
Arl 5" 15% (quinze por cento) do que couber
ao Estado onde a central estiver localizada serão
distribuídos ao Municlpio. não participante da com-
pensação financeira. desde que nele esteja localiza-
da indústria produtora de elemento combustível utili-
zado pela central nuclear.
Ar\. 6l- O pagamento da compensação financeira
prevista nesta lei será efetuado. mensalmente. direta-
mente aos estados. ao Distrito Federal. aos municípios
e aos órgãos da administração direta da União. alé o
último dia útil do mês subseqüente 00 do lato gerador.
vedada a aplicação dos recursos em pagamento de dí-
vidas e no quadlO permamente de pessoal.
Parágrafo único. O não cumprimento do prazo
estabelecido no caput deste artigo implicará o paga-
mento de juros calculados pela Taxa Referencial
Diária - TRD. devidos desde o vencimento até o efe-
tivo pagamento. acrescido de multa de 10% (dez por
cento) aplicável sobre o montante final apurado.
Ar!. ]Q O Departamento Nacional de Águas e
Energia Elétrica - DNAEE adotará providências no sell-
tido de que. na aplicaçãJ desta lei. não sejam afetadas
as contas de COnsllTlO mensal equivalente ao valor de
até 3Okwh. inclusive. quer o fomecimento seja feito sob
a forma mecflCla, quer sob a forma de estimativa
.massa de recursos financeiros que são i njetados pe-
Arl 6º- O Poder Executivo regulamentará esta
lei no prazo de 90 (noventa) dias. contados da data
de sua publicação.
Arl 9º- Esta lei entra em vigor na data de sua
publicação.
Ar!. 10. Revogam-se as disposições em contrário.
Justificação
O arl 20. § 12 • da Constituição de 1988 asse-
gura aos Estados. ao Distrito Federal e aos Municl-
pios. bem como a órgãos da administração direta da
União. participação no resultado da exploração de
recursos hídricos para fins de geração de energia
elétrica no respectivo território. ou compensação fi-
nanceira por essa exploração.
Quarta-feira 10 00025
Esse preceito constitucional está regulamenta-
do pelas Leis ~ 7.990. de 20-12~9. e ~ 8.001. de
13-3-90. A primeira decorre de projetos do Senador
Ronan Tito. que tramitou na Cãmara dos Deputados
com três projetos de teor semelhante apensados.
um deles anterior à existência do preceito constitu-
cional. A segunda decorre da Medida Provisória emi-
tida para equacionar a situação criada com o veto
presidencial aos itens da Lei ~ 7.990 que definiam
os percentuais de distribuição da compensação fi-
nanceira entre os Estados. Distrito Federal. Municí-
pios e órgãos da administração federal da União.
O pagamento de indenização às unidades da
Federação pelo aproveitamento de recursos naturais
em seus terri1órios é princípio consagrado. no caso
da exploração de petróleo. xisto betuminoso e gás
natural, desde 1953, pela Lei n~ 2.004. A ConstitLi-
ção de 1988 estendeu esse princípio à exploração
de recursos hídricos para fins de geração de ener-
gia elétrica e à de recursos minerais. Nada mais jus-
to. pois essa exploração traz conseqüências igual-
mente danosas para a economia e o meio ambiente
das regiões de exploração. Além do mais. o novo
texto constitucional notabilizou-se pelo cuidado com
a conservação do meio ambiente, o que de certa
maneira justifica e confirma a necessidade de provi-
mento de recursos específicos para esse fim.
Para a implantação de uma hidrelétrica há
sempre a necessidade de dasaproprlação de exten-
sas áreas a serem inundadas com a formação do re-
servatório. Dessa realidade decorrem vários proble-
mas de ordem econõmica e social: a perda defi-
nitiva da capacidade de geração de rendas nas
terras inundadas. reduzindo a receita fiscal de
Municípios e Estados; a migração involuntária a que
são submetidos os primitivos moradores; a alteração
profunda do mercàdo de terras regional. devido à
las indenizações; o slbito dasenvolvimento da ec0-
nomia local durante as obras de usina. provocando.
inclusive. um processo inflacionário localizado. se-
guido de uma recessão após sua conclusão e a de-
sativação de seus canteiros de obra
A natureza de uma usina terrnonuclear é total-
mente diversos da de uma hidrelétrica. No entanto.
sua construção causa impactos regionais que guar-
dam diversos pontos em comum. Em tomo da usina
é criada uma área de exclusão. de propriedade da
concessionária de energia elétrica. que deverá ser
desapropriada. Embora de menores dimensões do
que um reservatório da hidrelétrica. essa área. de-
pendendo de condições locais. poderá significar
00026 Quarta- feira 10 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL
uma grande extensão de terras. Em seu interior só
poderão existir moradores eventuais e atividades
econômicas não relacionadas com a operação do
reator nuclear e a geração de energia elétrica pode-
rão ser exercidas somente pela própria concessioná-
ria e devidamente autorizadas pelo órgão competen-
te de fiscalização das atividades nucleares. Em tor-
no dessa área deverá ser mantida uma zona de bai-
xa população de modo a permitir que medidas prote-
toras possam ser tomadas em caso de acidente gra-
ve. São possibilidades de futuras atividades econô-
micas que são, definitivamente, afas.tadas para regiões
vizinhas, significando diminuição de renda para os mu-
nicípios que tenham parcela de seu território localizada
nessa zona e, conseqíientemente, também para os Es-
tados que têm parte de suas receitas fiscais comprome-
tidas, em definitivo. As obras de uma usina nuclear têm
duração elevada, simHar à de uso hidrelétrica de porte, e
0CLpa significativo contingente de mão-<le-obra. De-
pendendo da regiàJ em que a usina se localize, sua in-
fluência como dinarniza:lora da economia local, durante
a fase das obras, e geradora de recessão, tão logo elas
cesSem, será semelhante à de uma hidrelétrica
A fase de operação de uma usina nuclear
acrescenta um impacto a mais na população de sua
região de influência. Éo risco permanente de um
acidente grave a que ficam submetidos seus habi-
tantes, por menos provável que seja a possibilidade
de concretização desse acidente.
Pelas razões apresentadas, somos de opi-
nião de que a Constituição deveria ter estendido à ge-
ração de energia elétrica em usinas nucleares o meca-
nismo de compensação financeira às unidades da Fe-
deração. ESta é a razão da presente iniciativa. Inspira-
se em sugestão a nós oferecida por importante líder
político interiorano, prefeito por v~ legislaturas e
bom amigo Dr. Cid Magalhães Silva, da cidade de Rio
Claro, município vizinho· ao de Angra ~dos Reis, onde
se localiza a única usina nuclear brasileira
Na redação do presente Projeto de Lei procu-
ramos manter, o mais possível, os termos da legisla-
ção que regulamentou o preceito constitucional da
compensação financeira, somente adaptando-os à
realidade da geração de .base.
nuclear; ~ ~
LEGISLAÇÃO CITADA
CONSTITUiÇÃO ..
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL-1988
............................................................;.................... ..
TITULO 111
Da organização do Estado
....................................................................................
Janeiro de 1996
CAPITULO /I
Da União
Ar!. 20. São bens da União:
§ 12 É assegurada, nos termos da lei, aos Es-
tados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem
como a órgãos da administração direta da União,
participação no resultado da exploração de petróleo
ou gás natural, de recursos hídricos para fins de ge-
ração de energia elétrica e de outros recursos mine-
rais no respectivo território, plataforma continental,
mar territorial ou zona econõrl)ica exclusiva, ou com-
pensação financeira por essa exploração.
(0) LEI Nº- 7.990, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1989
Institui, para os Estados, Distrito Fe-
deral e Municfpios, compensaçao finan-
ceira pelO resultado da exploração de pe-
tróleo ou géS. natural, de recursos hfdrl-
coS para fins de geraçãO de energia elé-
trica, de recursos minerais em seus te&-
pectivos territórios, platafonna continen-
tal, mar territorial ou zona econômica ex-
. , clusiva, e da outras providências.
O PreSidente da República
Faço saber que o Congresso Nacional decreta
e eu sanciono a seguinte Lei:
Ar!. 12 O aproveitamento de recursos hídricos,
para fins de geração de energia elétrica e dos recursos
minerais, por quaisquer dos regimes previstos em lei,
ensejará compensação financeira aos Est~os, D!strito
Federal e Municípios, a ser calculada, distnbuída, e
aplicada na torma estabelecida nesta Lei. .
. Ar!. 2'> A compensação pela utilização de recur-
sos hídri·cos, para fins de geração de energia elétri-
ca será de 6% (seis por cento) sobre o valor de
en~rgia produzida, a ser paga pelos concessio~ri~
de serviço de energia elétrica ao~ Estados, ao Distri-
to Federal e aos Municípios, em cujos terrilórios se
localizarem instalações destinadas à produção de
energia elétrica, ou que tenham áreas invadidas por
águas dos respectivos reservatórios.
§ 12 - (vetado.)
I - (vetado.)
11 - (vetado.)
§ 2" - (vetado.)
Ar!. 3!> - O vaior da compensação financeira
corresponderá a um fator percentual do valor da
energia constante da fatura, excluídos os tributos e
empréstimos compulsórios.
Janeiro de 1996 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL
§ 1Q A energia de hidroelétrica, de uso privativo
do produtor, quando aproveitada para uso extemo
de serviço público, também será gravada com a apli-
cação de um fator de 6% (seis por cento) do valor da
energia elétrica correspondente ao faturamento cal-
culado nas mesmas condições e preços do conces-
sionário do serviço público local.
§ 22 Compete ao Departamento Nacional de
Águas e Energia Elétrica (DNAEE), fixar, mensal-
mente, com base nas tarifas de suprimento vigentes,
uma tarifa atualizada de referência, para efeito de
aplicação das compensações financeiras. de manei-
ra uniforme e equalizada, sobre toda a hidroeletrici-
dade produzida no País.
Art ~ ~ isenta do pagamento de compensa-
ção financeira a energia elétrica:
I - produzida pelas instalações geradoras com
capacidade nominal igualou inferior a 10.000kW
(dez mil quiloWatls);
11 - gerada e consumida para uso privativo de
produtor (autoprodutor), no montante corresponden-
te ao seu consumo próprio no processo de transfor-
mação industrial; quando suas instalações indus-
triais estiverem em outro Estado da Federação, a
compensação será devida ao Estado em que se lo-
calizarem as instalações de geração hidroelétrica;
111 - gerada e consumida para uso privativo de
produtor, quando a instalação consumidora se locali-
zar no Município afetado.
Art 52 Quando o aproveitamento do potencial
hidroelétrico atingir mais de um Estado 011 Município,
a distribuição dos percentuais referidos nesta lei
será feita proporcionalmente, levando-se em consi-
deração as áreas inundadas e outros parâmetros de
interesse público regional ou local.
. Parágrafo único. O Departamento Nacional de
Águas e Energia Elétrica (DNAEE), elaborará, anuat-
mente, os estudos necessários à operacionalização
dos critérios estabelecidos no caput deste artigo.
Art 6" A compensação financeira pela explora-
ção de recursos minerais, para fins de aproveita-
mento econômico, será de até 3% (três por cento)
sobre o valor do faturamento líquido resultante da
venda do produto mineral, obtido após a última eta-
pa do processo de beneficiamento adotado e antes
de sua transformação industrial.
§ 12 (Vetado.)
§ 2º- (Vetado.)
1- (Vetado.)
11- (Vetado.)
111- (Vetado.)
§ 32 (Vetado.)
Quarta-feira 10 00027
I - (Vetado.)
11- (Vetado.)
111 - (Vetado.)
Art 72. O art. 27 e seus §§ ~ e 6", da lei.nº-
2.004, de 3 de outubro de 1953, alterada pelas leis
nos 3.257, de 2 de dezembro de 1957, 7.453, de 27
de dezembro de 1985, e 7.525, de 22 de julho de
1986, passam a vigorar com a seguinte redação:
Ar!. 27. A sociedooa e suas subsKliárias fi-
cam oI:Jrgadas a pagar a ~ finan-
ceira oos Estados, Distrito Federal e Munícipkls,
correspondente a 5% (cinco por cento) sobre o
valor do óleo bnio, der xisto beb..minoso e do
gás extraído de seus respectivos terri6rios, onde
se fixar a lavra do peIróIeo ou se local"lzarem ins-
talações mariIimas ou terrestres de errbarque ou
deserTbarque de óleo bnio ou de gás naItI"aI,
opeI ados pela Petróleo Brasileiro SA (PETRO-
BRAS), obedecidos os segLintes critérios:
I - 70% (setenta por ~to) aos Esta-
dos produtores;
11 - 20% (vinte por cento) aos Municí-
pios produtores;
111 - 10% (dez por cento) aos Municí-
pios onde se localizarem instalações maríti-
mas ou terrestres de embarque ou desem-
barque de óleo bruto alou gás natural.
§~~tambémd~acompe~fi­
narceira oos Esta:Ios, Distrito Federal e Municí-
pios confi"orta1tes, quando o óleo, o xisto betu-
minoso e o gás forem extraidos da plataforma
continental nos mesmos 5% (cinco por cento)
fixOOos ~ caput deste artigo, sendo 1,5% (Um
e meio por cento) aos Esta:Ios e Distrito Fede-
ral e 0,5% (meio por cento) oos Municípios
onde se localizarem instalações man1imas ou
terrestres de embarque ou desembarque; 1,5%
(um e meio por cento) aos Municípios pr0duto-
res e suas respectivas áreas geoeconômicas;
1% (um por cento) ao Ministério da Marinha,
para aterder oos encargos de fiscalizaç{K> e
proteção das atividades econômicas das referi-
das áreas e 0,5% (meio por cento) para consti-
tuir um Fundo Especial a ser distribuído entre t0-
dos os Estalos, Territ6rios e Municípios.
..............................................................
§ 1)0. Os Estados, Territórios e Municípios
centrais, em c~ lagos, rios, ilhas fluviais e la-
custres se fizer a exploração do petróleo, xisto
beII.minoso ou gás, farão jus à compensaç{K> fi-
nanceira prevista no caput deste artigo.
00028 Quarta-fem.l0 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL
Art 8º- O pagamento das compensações finan-
ceiras previstas nesta lei. inclusive o da indenização
pela exploração do petróleo. do xisto betuminoso e do
gás natural, será efetuado. mensalmente, diretamente
aos Estados. ao Distrito Federal. aos Municlpios e aos
órgãos da administração direta da União. até o último
dia útil do mês slbseqüente ao do falo gerador. veda-
da a aplicação dos recursos em pagamento de dívidas
e no quadro permanente de pessoal.
Parágrafo único. O não cumprimento do prazo
estabelecido no caput deste artigo implicará correção
do débito pela variação cliMa dó Bônus do Tesouro
Nacional (BTN). ou outro parâmetro de correção mo-
netãria que venha a substitui-lo; juros de mora de 1%
(t.m por cento) ao mês e multa de 10% (dez por cento)
aplicável sobre o montante final apurado.
Art 92 Os Estados transferirão aos Municlpios
25% (vinte e cinco por cento) da parcela da compen-
sação financeira que lhe é atribulda pelos arts. 22• §
19..8"-. § 3"- e]l! desta lei. mediante observância dos
mesmos critérios de distribuição de recursos estabe-
lecidos em decorrência do disposto no art. 158. inci-
so IV e respeCtivo parágrafo único da Constituição. e
dos mesmos prazos fixados para a entrega desses
recursos. contados a partir do recebimento da com-
pensação.
Art 10. O Poder Executivo regulamentará esta
lei no prazo máximo de 90 (noventa) dias da data
de sua publicação.
Art 11. Esta lei entra em vigor na data de sua
publicação.
Art 12. Revogam-se os §§ 1l< e 22 do art 27 da
lei n2 2.004. de 3 de outul:>ro de 1953. na redação
que lhes foi dada pela lei nº 7.453. de 27 de dezem-
bro de 1985, e das demais dispoSições em contrário.
Brasllia. 28 de dezembro de 1989; 188"- da In-
dependência e 101 2 da República - JOSÉ SARNEY
- Vicente Cavalcante Fialho.
("J Repub/ica...e por ter saldo com incorreç<5es no DIário Oficiai
de 29 de dezembio de 1989 - Seção I.
lEI N!!8.001. DE 13 DE MARÇO DE 1990
Define os percentuais da distribui-
çao da compensaçao financeira de que
trata a Lei n9. 7.990, de 28 de dezembro de
1989, e dá outras providências.
O Presidente da República
Faço saber que o Congresso Nacional decreta
e eu sanciono a seguinte lei:
J"".iro de 1996
Art 12 A distribuição mensal da compensação
financeira de que trata o art 2!'- da lei n2 7.990. de 28
de dezembro de 1989. será teila da seguinte forma:
1- 45% (quarenta e cinco por cento) aos Esta:los;
11-45% (quarentaecincoporcento) aos Mt.ricípios;
111 - 8% (oito por cento) ao Departamento Na-
cional de Aguas e Energia Elétrica - DNAEE; e
IV - 2% (dois por cento) ao Ministério da Ciên-
cia e Tecnologia.
§ 12 Na distribuição da compensação financei-
ra. o Distrito Federal receberá o montante corres-
pondente ás parcelas de Estado e de Município.
§ 22 Nas usinas hidrelétricas beneficiadas por
reservatórios de montante. o acréscimo de energia
por eles propiciado será considerado como geração
associada a estes reservatórios regularizadores.
competindo ao DNAEE efetuar a avaliação corres-
pondente para determinar a proporção da compen-
sação financeira devida aos Estados. Distrito Fede-
ral e Municlpios afetados por esses reservatórios.
§ 3"- A usina de ltaipu distribuirá. mensalmente.
respeitados os percentuais definidos no caput deste
artigo. sem prejulzo das parcelas devidas ao DNAEE e
ao Ministério da Ciência e Tecnologia. ao Estado do
Paraná e aos Municípios por ela diretamante afetados.
85% (oitenta e cinco por cento) dos royalties devidos
por ltaipu Binacional ao Brasil. previstos no Anexo C.
item 111. do Tratado de ltaipu, assinado em 28 de mar-
ço de 1973. entre a República Federativa do Brasil e a
República do Paraguai. bem como nos documentos in-
terpretativos slbseqüentes. e 15% (quinze por cento)
aos Estados e Municipios afetados por reservatórios a
montante da usina de ltaipu, que contribuem para o in-
cremento de energia nela produzida.
§ 4l< A cota destinada ao Departamento Nacional
da Aguas e Energia Elétrica - DNAEE, será empregada:
a) 40% (quarenta por cento) na operação e na
expansão da rede hidrometeorológlca nacional. no
estudo de recursos hídricos e na fiscalização dos
serviços de eletricidade do Pais;
b) 35% (trinta e cinco por cento) na instituição.
gerenciamento e suporte do Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos Hldricos;
cl 25% (vinte e cinco por cento) em polfticas de
proteção ambiental. por intermédio do órgão federal
competente.
Ar!. 22 Para efatto do cálculo da compensação fi.-
nanceira de que trata o art. 8'- da Lei n2 7.990. de 28
de dezenbro de 1989. entende-se por faturamento lí-
quido o total das receitas de vendas. excluldos os tri-
butos incidentes sobre a comeroialização do produto
mineral. as despesas de transporte e as de seguros.
Janeiro de 1996 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL
§12 O percentual da compensação, de acordo
com as classes de substâncias minerais, será de:
I - minério de alumínio, manganês, salilema e
potássio: 3% (três por cento);
II - ferro, fertilizante, carvão e demais substân-
cias minerais: 2% (dois por cento), ressalvado o dis-
posto no inciso IV deste artigo;
111- pedras preciJsas, pedra; col'érts ~eis, c;a'-
banados e rmais nobres: 0,20/0 (OOisdé:lrmsporcerio);
IV - ouro: 1% (um por cento), quando extrafdo
por empresas mineradoras, isentos os garimpeil"Os.
§ 22 A distribuição da compensação financeira
de que trata este artigo será feita da seguinte forma:
I - 23% (Vinte e três por cento) para os Esta-
dos e o DistritO Federal;
" - 65% (sessenta e cinco por cento) para os
Municipios;
111 - 12% (doze por cento) para O Departamento Na-
cional de Produção Mineral - DNPM, que destinará 2%
(ooís por cento) á proteçíj:> arrtJienIaI nas regiões moera-
OOrm, por intermédio 00 InstitUo Brasileiro do Meio Am-
biente e dos Recusas NaILrais Renováveis - IBAMA. ou
de oliro órgão federal corJllEllente, que o slbstitLir.
§.32 O valor resultante da aplicação do percen-
tual, a tilulo de compensação financeira, em função
da classe e substância mineral, será considerado na
estrutura de custos, sempre que os preços furem ad-
ministrados pelo Governo.
§ 4º- No caso das substâncias minerais extraí-
das sob o regime de permissão da lavra garimpeira,
o valor da compensação será pago pelo primeiro ad-
quirente, conforme dispuser o regulamento.
Ar!. 32 O ar!. 6º da Lei nº- 7.990, de 28 de de-
zembro de 1989, passa a ter a seguinte redação:
Ar!. 82 O pagamento das compensações finan-
ceiras previstas nesta lei, inclusive o da indenização
pela exploração do pelróieo, do xisto betuminoso e
do gás natural, será efetuado mensalmente, direta-
mente aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municí-
pios e aos órgãos da Administração Direta da União,
até o último dia útil do segundo mês subseqüente ao
do fato gerador, devidamente corrigido pela variação
do BÔnus do Tesouro Nacional - BTN, ou outro pa-
râmetro de correção monetária que. venha a substi-
tuí-lo, vedada a aplicação oos reclolrsos em pagamento
de divida e no quadro permanente do pessoal.
Art. 4º O Departamento Nacional de Águas e de
Energia Elétrica adotará providências no sentido de
que, na aplicação desta lei, não sejam afetadas as
contas de consumo mensal equivalente ao valor de até
30KWh, inclusive, quer o fomecimento seja feita sob a
furma medida. quer sob a forma de estimativa
Quarta-feira 10 00029
Ar!. 52 Esta lei entra em vigor na data de sua
publicação.
Art. 6º RevogarrHle as disposições em contrário.
Brasflia, 13 de março de 1990; 1692 dá Inde-
pendência e 1022 da República. - JOSÉ SARNEY -
Vicente Cavalcante Fialho.
LEI W 2.004 , DE 3 DE OUTUBRO DE 1953
DispOe sobre a Polltica Nacional do
Petróleo e define as atribuições do Conse-
lho Nacional do Petróleo, institui a Socie-
dade por AçOes Petróleo Brasileiro Socie-
dade AnOnima, e dá outras providências.
(A Comissão de Assuntos Econômicos.)
PROJETO DE LEI DA CÂMARA N22, DE 1996
(N2 259/95, na casa de origem)
Altera a redaçao do § 12 do art 52 da
Lei n2
8.078, de 11 de setembro de 1990,
que "dispOe sobre a proteçAo do consu-
midor e dê outras providências".
O Congresso NOOonaI decreIa:
Art 12 o§ 12 do art 52 da Lei 1'1'-8.078, de 11 dese-
terrtJro de 1990, passa a vigorar com a seglinte redação:
"Art. 52..................................................
§ 1Q As multas de mora decorrentes do
inadimplemento de obrigações no seu termo
não poderão ser superiores a 2% (dois por
cento) do valor da prestação."
Ar!. 22 Esta lei entra em vigor na data de sua
publicação.
Art. 32 RevogarrHle as disposições em contrário.
JustificaçAo
O principal benefício do Plano Real para a so-
ciedade brasileira é a redução dos níveis da inflação,
o que se verifica desde sua adoção no ano passado.
Entretanto, diversas práticas adotadas pelos
agentes econômicos durante a época da inflação alta
continuam a ser utilizadas, o que não se justifica finan-
ceiramente e causa indignação na parcela da socieda-
de que não pode defender-se de tais práticas.
A multa moratória contratual de 10% (dez por
cento) é uma delas. A cláusula que a estipula está pre-
sente em praticamente todos os contratos comerciais e
sempre explícita o percentual mais elevado. Entretan-
to, com os níveis inflacionários atuais, esta multa pas-
sa a ser tremendamente onerosa para e::jueles que,
por qualquer que seja o motivo, não qlitararn o débito