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Manual Técnico

Infraestrutura
Sobre a Wavin
A Wavin fornece soluções inovadoras ao setor de
construção e infraestrutura em vários continentes.
Com mais de 60 anos de experiência, vamos
enfrentar alguns dos maiores desafios do mundo:
abastecimento de água, saneamento, cidades
resilientes ao clima e melhor desempenho da
construção civil.

Tem o objetivo de criar mudanças positivas no


mundo, e a nossa paixão é construir lugares onde
as pessoas possam morar com mais qualidade e
bem-estar. Colaboramos e nos engajamos com
líderes de cidades, engenheiros, urbanistas e instaladores para ajudar os municípios a se prepararem
para o futuro e tornar as construções mais confortáveis e efi cientes em termos de energia.

A Wavin faz parte da Orbia, uma comunidade de empresas unidas por um objetivo comum: melhorar a
vida ao redor do mundo. Tem mais de 12 mil colaboradores em mais de 40 países em todo o mundo.

No Brasil, a Wavin tem atuação nos setores de construção e infraestrutura, por meio da fabricação de
tubos e conexões e geotêxteis não tecido. A empresa atua em prol de suas diretrizes mundiais por meio
das seguintes marcas comerciais: Amanco Wavin (tubos e conexões) e Bidim (geotêxteis não tecido).
Ao todo, conta com mais de 2 mil colaboradores e sete fábricas: em Anápolis (GO), Joinville (SC – duas
unidades), Ribeirão das Neves (MG), São José dos Campos (SP), Suape (PE) e Sumaré (SP). Sua sede
administrativa está localizada em São Paulo, capital.

Sobre a Amanco Wavin


A Amanco Wavin é uma das marcas comerciais da
Wavin, primeira empresa a criar tubulação de
pressão de PVC do mundo em 1955 em Zwolle, na
Holanda. Hoje está presente em mais de 40 países
e é líder na fabricação e no fornecimento de
tubulações plásticas. Lançada em 2006 no Brasil,
tem o propósito de cooperar para o bem-estar das
pessoas e para o desenvolvimento sustentável da
sociedade produzindo produtos inovadores e com
alto padrão de qualidade. A marca atua nos
mercados predial e de infraestrutura.
Sumário
1. Definições .......................................................................................................................................... 4
2. Tubos de Infraestrutura Amanco Wavin ............................................................................................ 5
3. Normas ............................................................................................................................................ 25
4. Dimensionamento de Tubos............................................................................................................ 26
5. Dimensionamento de Sistemas ....................................................................................................... 30
6. Resistência Química ........................................................................................................................ 40
7. Tubulações Enterradas ................................................................................................................... 60
8. Tubulações Aparentes, Submersas e sob Travessias .................................................................... 71
9. Transporte, Manuseio e Estocagem ............................................................................................... 73
10. Transitórios Hidráulicos ............................................................................................................... 78
11. Resistência a Fadiga ................................................................................................................... 80
12. Empuxo Hidrostático e Hidrodinâmico ........................................................................................ 81
13. Curvatura em Tubulações ........................................................................................................... 84
14. Escoramento de Valas ................................................................................................................ 86
15. Instalações dos Tubos Amanco Wavin ....................................................................................... 88
16. Limpeza e Desinfecção ............................................................................................................... 97
1. Definições
Para facilitar o entendimento dos conceitos pela divisão entre a tensão hidrostática ρ e um
utilizados neste manual, algumas definições e coeficiente de segurança.
simbologias são necessárias para diferenciar as
PP - Pressão de Serviço de Projeto: Máxima
pressões a que estão sujeitos os componentes
pressão de operação do sistema hidráulico
do sistema.
projetado ou máxima pressão definida pelo
DE – Diâmetro externo: Designação numérica projetista do sistema.
representando a dimensão da tubulação
PN - Pressão Nominal (PN): Pressão de
correspondente ao diâmetro externo (maior
referência para os componentes do sistema,
seção diametral circular da tubulação).
indicada pelo fabricante, expressa por um
DN – Diâmetro nominal: Número utilizado para número inteiro de unidade de pressão.
classificar, em dimensões, os elementos de
PSA - Pressão de Serviço Admissível (PSA):
tubulação. Não é objeto de medição nem de
Pressão máxima de serviço que o sistema de
utilização para fins de cálculos.
tubulação pode suportar em uso contínuo, sob
SDR – Relação dimensional padrão (Standard dadas condições de serviço sem sobrepressão.
Dimension Ratio): Relação entre o diâmetro
PMA - Pressão Máxima de Serviço Admissível
externo da tubulação e sua espessura de parede
(PMA): Pressão máxima de serviço que o
(DE/e).
sistema de tubulação pode suportar em uso
ρ – Tensão hidrostática: Tensão induzida na contínuo, levando-se em conta os transientes
parede do tubo, quando o tubo está sujeito a hidráulicos.
pressão interna de água.
PTS - Pressão de teste do sistema (PTS):
ρadm – Tensão hidrostática admissível: Tensão Pressão hidrostática interna aplicada a uma
induzida na parede do tubo, utilizada para tubulação recentemente assentada afim de
dimensionamento da tubulação, determinada assegurar a sua integridade e estanqueidade.
2. Tubos de Infraestrutura Amanco
Wavin
2.1 Tubos PIAX (PVC-O) desempenho, segurança e garantia, com a
confiabilidade da marca Amanco Wavin.
A linha Biax é composta por tubos
ponta e bolsa de PVC Orientado (PVC-O),
conforme as normas:
NBR 15750 – Tubulações de PVC-O
(cloreto de polivinila não plastificado orientado)
para sistemas de transporte de água ou esgoto
sob pressão — Requisitos e métodos de
ensaios;
NTS 0187 - Tubos e conexões de PVC
– Requisitos complementares de desempenho
às normas ABNT NBR 5647-1, 5647-2, 5647-
2.1.1 Introdução
3, 5647- 4 e 5647-5; ABNT NBR 7362-1 e
7362-2; ABNT NBR 7665 e ABNT NBR 15750;
Tubo PVC-O é uma revolução na condução
EB USMA 363 – Tubos PVC-O.
de água e esgoto. O processo de orientação
Está disponível nos diâmetros nominais:
molecular modifica a estrutura do PVC-U,
DN100, DN150, DN200, DN250, DN300,
dando ao polímero uma orientação especifica
DN350 e DN400.
das suas cadeias macromoleculares, em uma
Junta Elástica Integrada Removível
direção ou plano determinado. Surgiu da
(JERI) à bolsa, em borracha EPDM para os tubos
necessidade de produtos com características
para água e NBR (Nitrílica) para os tubos de
melhores como:
esgoto.
✓ Tenacidade
Os tubos Biax são intercambiáveis com
✓ Rigidez
os tubos de ferro fundido (norma NBR 7675) e
✓ Ductilidade
tubos de PVC DEFoFo (norma NBR 7665). As
✓ Resistências à:
conexões que compõem o sistema são de ferro
• pressão hidrostática interna;
fundido (norma NBR 7675), exceto a luva de
• ao impacto;
correr que é em PVC, permitindo assim, o
• ao cloreto de metileno;
acoplamento das pontas dos tubos Biax nas
• compressão diametral;
bolsas dos tubos ou conexões de ferro fundido.
• deformação;
A Amanco Wavin é fabricante exclusiva
• fadiga;
do sistema PVC-O no Brasil.
• transmissão de fissuras.
A especificação do composto
A Amanco Wavin inova mais uma vez,
elastomérico atende a NBR 7676 - Elementos
lançando no Brasil o que há de mais moderno
de vedação com base elastomérica termofixa
em tubos plásticos para condução de água e
para tubos, conexões, equipamentos,
esgoto pressurizado nas redes de infraestrutura
componentes e acessórios para água, esgotos,
e irrigação.
drenagem e águas pluviais e água quente –
Com um moderno processo de
Requisitos.
fabricação, os tubos Biax oferecem excelente
2.1.2 Tecnologia

Anos de pesquisas sobre o


processamento do PVC permitiram o
desenvolvimento de um novo conceito de
fabricação, incorporando a tecnologia de
orientação molecular, com objetivo de obter
tubos com melhorias notáveis em relação à Orientação Monoaxial
resistência à tração, ductilidade, fadiga e
tenacidade.
Através do processo de bi-orientação
as moléculas do material são orientadas no
sentido dos principais esforços solicitantes:
circunferencial e longitudinal.

Longitudinal
Orientação Biaxial
Circunferencial

Quando o PVC de estrutura amorfa


passa pelo processo de orientação molecular,
se transforma em uma estrutura laminar,
característica do PVC-O, que aumenta sua
resistência.
Como consequência da orientação
molecular a estrutura de parede passa a ser
constituída por finas camadas (laminar).
Com isto o tubo passa a ter uma
excelente tenacidade, ou seja, resistência a
transmissão da fissura por eventuais usos
superficiais ou entalhes decorrentes do
transporte, manuseio e instalação bem como
elevada resistência a fadiga.
A associação de alta resistência a
tração e a tenacidade (resistência a transmissão A Resistência ao crescimento de
da fissura lenta ou rápida) resulta em uma fissuras lentas ou rápidas nos tubos de PVC-O
estrutura extremamente robusta. é superior a resistência dos tubos PVC-U
convencionais conforme demonstra a ilustração
abaixo.

2.1.3 Características
O processo de orientação dos tubos
Biax resulta em tubos de alto desempenho,
destacando-se as seguintes características:
Resistência: o material dos tubos Biax
apresenta resistência muito superior aos demais
materiais termoplásticos disponíveis no
mercado. O gráfico abaixo compara os valores
de MRS (“Minimum Required Strength”, ou seja,
a resistência a longo prazo dos materiais - 50
anos à temperatura de 20°C):
Resistência à fadiga: o fenômeno da
fadiga devido às cargas cíclicas, está associado
à formação e propagação de trincas nos
materiais. O PVC-O, com sua estrutura em
camadas, dificulta a propagação de trincas na
direção radial, apresentando, em decorrência,
elevada resistência à fadiga.
Flexibilidade longitudinal: devido ao
processo de orientação biaxial, o tubo tem
também ótima resistência no sentido axial, o
Leveza: em virtude da sua maior que lhe confere resistência a cargas devido a
resistência e consequentemente menor movimentos de acomodação do solo, bem como
espessura de parede, proporciona um tubo com a economia de curvas de 11° 15' em curvaturas
menor peso, o que facilita o transporte, de raio longo.
manuseio e instalação, dispensando Capacidade de vazão: devido à alta
equipamentos pesados. Alinhado ao resistência do PVC-O, os tubos Biax tem menor
acoplamento simples (ponta e bolsa com junta espessura de parede e, portanto, maior área de
elástica) faz a diferença em termos de custo, vazão em comparação aos tubos de PVC,
desempenho e velocidade de instalação em Polietileno e mesmo a várias bitolas dos tubos
relação a tubulações feitas com outros de ferro fundido. Esta característica, associada à
materiais, principalmente em relação aos tubos superfície interna extremamente lisa, confere
de ferro dúctil e polietileno. aos tubos Biax excelente desempenho
Robustez: excelente resistência aos hidráulico.
impactos decorrentes do transporte, manuseio Solução sustentável: os tubos Biax apresentam
e assentamento. Maior resistência à pressão economia considerável de energia na sua
interna do que materiais similares como PVC-U fabricação, em comparação às soluções
e Polietileno. similares encontradas no mercado para esta
Grande ductilidade: (capacidade de aplicação, minimizando os impactos ao meio
deformação plástica), grande tenacidade ambiente.
(resistência à propagação da fissura) decorrente
da constituição estrutural da parede, em
camadas moleculares e grande resistência a
tração. Esse conjunto de fatores incorpora
excelente robustez ao tubo.
2.1.4 Sistema de Vedação O anel de retenção (alma em
polipropileno) fixa o anel de vedação na
Os tubos Biax possuem sistema de canaleta, impedindo o seu deslocamento, tanto
vedação do tipo junta elástica, com anel durante o transporte e instalação dos tubos,
integrado e removível. O anel é do tipo bilabial quanto durante a sua operação.
o que permite excelente desempenho tanto na
condição de pressão hidrostática interna quanto 2.1.5 Fabricação
a vácuo.
A fabricação ocorre em linha, através de
um processo automático contínuo, que permite
controle preciso dos seguintes fatores:
• Temperatura do composto de PVC ao
longo de toda a linha.
• Espessura de parede e diâmetro
externo do tubo.
• Grau de orientação circunferencial e
longitudinal.
O processo inicia a partir da extrusão de
O anel bilabial integrado e removível um tubo de PVC de menor diâmetro e grande
possui duas funções na execução da junta espessura de parede, denominado “pré-forma”.
elástica. O lábio auxiliar é utilizado para limpar
a ponta do tubo que está sendo introduzida,
eliminando qualquer resíduo que possa
interferir na vedação.

Pré-forma

Em seguida, esta pré-forma é aquecida


e tem seu diâmetro interno expandido por um
pino cônico, ao mesmo tempo em que é
estendida axialmente, devido ao controle de
Na execução da junta elástica, quando velocidade das esteiras. O tubo é então
o tubo é totalmente introduzido, os lábios do imediatamente resfriado, para manter a
anel se encontram e, pressionados, fecham a orientação.
seção, dando total estanqueidade ao sistema.
O tubo resultante, orientado ✓ Pressão Máxima de serviço Admissível
biaxialmente, tem maior diâmetro e menor (PMA)
espessura de parede do que a pré-forma
original, além de excelente acabamento na 2.1.6.1 Pressão de Serviço de Projeto
superfície interna.
Finalmente, o tubo é cortado no Máxima pressão de operação do
tamanho desejado e tem sua bolsa formada, sistema hidráulico projetado ou máxima
preservando-se o mesmo nível de desempenho pressão definida pelo projetista do sistema.
do tubo.
O conceito de fabricação dos tubos Biax 2.1.6.2 Pressão Nominal
aumenta significativamente a resistência
mecânica, resistência à tração, a tenacidade Pressão de referência para os
(resistência ao impacto e resistência à componentes do sistema, indicada pelo
propagação de fissuras) e a ductibilidade. O fabricante, expressa por um número inteiro de
gráfico abaixo demonstra a característica de unidade de pressão para os tubos Biax:
diferentes tubos termoplásticos.
Para o tubo PN 12,5:
PN = 1,25 MPa

Para o tubo PN 16:


PN = 1,60 MPa

2.1.6.3 Pressão de Serviço Admissível


(PSA)

Pressão máxima de serviço que o


sistema de tubulação pode suportar em uso
contínuo, sob dadas condições de serviço sem
sobrepressão;

• Para temperatura do fluido transportado até


25º C, a Pressão de Serviço Admissível é igual a
Pressão Nominal da tubulação portanto:
2.1.6 Resistência a Pressão
Para T ≤ 25º C:
Os valores da pressão de serviço do
projeto e da pressão máxima do projeto Para o tubo PN 12,5:
hidráulico devem ser INFERIORES as PSA = PN = 1,25 Mpa
respectivas pressões da tubulação PSA
(Pressão de Serviço Admissível) e PMA Para o tubo PN 16:
(Pressão Máxima de Serviço Admissível). PSA = PN = 1,60 MPa
A resistência a pressão dos tubos de
plásticos varia conforme a temperatura do • Para temperatura do fluido transportado
fluido transportado, sendo envolvidos os superior a 25º C e inferior a 45º C a pressão de
conceitos a seguir: serviço admissível deve ser calculada utilizando
✓ Pressão de Serviço de Projeto o fator de correção suplementar fT, conforme
✓ Pressão Nominal (PN) fórmula abaixo:
✓ Pressão de Serviço Admissível (PSA)
PSA = fT x PN
Para T = 35º C:

Para o tubo PN 12,5:


PMA = PSA x 1,5 = 1,0 x 1,5 = 1,5 MPa

Para o tubo PN 16:


PMA = PSA x 1,5 = 1,28 x 1,5 ≅ 1,9
MPa

Para T = 35º C
Classe PMA – Pressão Máxima de Serviço Admissível
fT = 0,8 (vide gráfico) (Mpa)
do
Tubo T≤25°C T=30°C T=35°C T=40°C T=45°C
Para o tubo PN 12,5:
PN12,5 1,90 1,70 1,50 1,30 1,10
PSA = 0,8 x 1,25 = 1,0 MPa
PN16 2,40 2,20 1,90 1,70 1,40

Para o tubo PN 16:


PSA = 0,8 x 1,6 = 1,28 Mpa
2.1.7 Adequabilidade a Aplicação
PSA – Pressão de Serviço Admissível (Mpa)
Classe Durante o transporte e manuseio dos
do T≤25°C T=30°C T=35°C T=40°C T=45°C
tubos, poderá ocorrer impacto, bem como
Tubo fT=1,00 fT=0,90 fT=0,80 fT=0,70 fT=0,60
poderão ocorrer cargas pontuais devido ao
PN12,5 1,25 1,13 1,00 0,88 0,75 assentamento dos tubos na vala. Além disso,
ocorrem normalmente sobrepressões devido a
PN16 1,60 1,44 1,28 1,12 0,96
operação das estações de bombeamento,
válvulas e registros do sistema. Tais condições
exigem tubos com alta robustez, ou seja,
2.1.6.4 Pressão Máxima de Serviço
resistência à pressão interna, alta resistência ao
Admissível (PMA)
impacto e alta tenacidade.
Os tubos Biax são ideais para este tipo
Pressão máxima de serviço que o
de aplicação, com uma pressão de serviço de até
sistema de tubulação pode suportar em uso
1,6 MPa (PN16) a 25°C, permitindo
contínuo, levando-se em conta os transientes
sobrepressões eventuais de até 1,5 vezes a
hidráulicos.
pressão de serviço, ou seja, 2,4 MPa. Para
A pressão Máxima de serviço
temperaturas maiores, deve-se adotar um
Admissível (PMA) dos tubos Amanco Wavin
coeficiente de redução de pressão.
Biax é de 1,5 vezes a pressão de serviço
Os tubos Biax, devido à sua elevada
admissível (PSA).
resistência à fadiga, são indicados também para
tubulações de bombeamento de esgoto, uma
Para T ≤ 25º C:
vez que, além das condições já citadas, estão
também sujeitos a cargas cíclicas, devido às
Para o tubo PN 12,5:
partidas frequentes das bombas.
PMA = PSA x 1,5 = 1,25 x 1,5 ≅ 1,9
MPa

Para o tubo PN 16:


PMA = PSA X 1,5 = 1,6 x 1,5 = 2,4 Mpa
2.2 Tubos DEFOFO (PVC-M) A especificação do composto
elastomérico atende a NBR 7676 - Elementos
de vedação com base elastomérica termofixa
para tubos, conexões, equipamentos,
componentes e acessórios para água, esgotos,
drenagem e águas pluviais e água quente –
Requisitos.

2.2.2 Tecnologia

Os tubos DEFOFO são produzidos, pelo


2.2.1 Introdução processo de extrusão, com composto de PVC
com aditivação de Modificador de Impacto,
Os tubos DEFOFO são aplicados em caracterizando o PVC-M, que lhe confere suas
sistemas de adução e distribuição de água bruta propriedades.
ou água tratada, bem como em sistemas de
irrigação.
Os produtos são utilizados por 2.2.3 Características
empresas públicas e privadas responsáveis pela
instalação e manutenção de redes. Resistência: o material dos tubos
Pelo processo de fabricação DEFOFO apresenta elevada resistência em
denominado extrusão, os tubos DEFOFO relação a outros materiais termoplásticos
oferecem excelente desempenho, segurança e disponíveis no mercado.
garantia, com a confiabilidade da marca Leveza: seu baixo peso facilita o
Amanco Wavin. transporte, manuseio e instalação, dispensando
Os tubos DEFOFO são intercambiáveis equipamentos pesados. Alinhado ao
com os tubos de PVC-O (norma NBR 15750) e acoplamento simples (ponta e bolsa com junta
tubos de ferro fundido (norma NBR 7675). As elástica) faz a diferença em termos de custo,
conexões que compõem o sistema são de ferro desempenho e velocidade de instalação em
fundido (NBR 7675), exceto a luva de correr que relação a tubulações feitas com outros
é em PVC, permitindo assim, o acoplamento das materiais, principalmente em relação aos tubos
pontas dos tubos DEFOFO nas bolsas dos tubos de ferro dúctil e polietileno.
ou conexões de ferro fundido. Robustez: excelente resistência aos
A linha DEFOFO é composta por tubos impactos decorrentes do transporte, manuseio
ponta e bolsa de PVC-M conforme a norma: e assentamento em função da aditivação do
NBR 7665 - Sistemas de transporte de composto com modificador de impacto.
água ou de esgoto sob pressão — Tubos de Grande ductilidade (capacidade de
PVC-M DEFOFO com junta elástica — deformação plástica), grande tenacidade
Requisitos. (resistência à propagação da fissura) e grande
Está disponível nos diâmetros resistência a tração. Esse conjunto de fatores
nominais: incorpora excelente robustez ao tubo.
DN100, DN150, DN200, DN250, DN300, Resistência à fadiga: o fenômeno da
DN400 e DN 500. fadiga devido às cargas cíclicas, está associado
Junta Elástica Integrada Removível à formação e propagação de trincas nos
(JERI) instalada na bolsa dos tubos, em borracha materiais. A estrutura do PVC-M (PVC com
EPDM. modificador de impacto) fornece uma excelente
resistência à fadiga.
Capacidade de vazão: devido à
excelente resistência do PVC-M, os tubos
DEFOFO tem menor espessura de parede, e,
portanto, maior área de vazão em comparação
aos tubos de Polietileno e mesmo a várias
bitolas dos tubos de ferro fundido. Esta
característica, associada a superfície interna
extremamente lisa, confere aos tubos DEFOFO
excelente desempenho hidráulico.
Solução sustentável: os tubos Na execução da junta elástica, quando
DEFOFO apresentam economia considerável de o tubo é totalmente introduzido, o segundo
energia na sua fabricação, em comparação às lábio faz a vedação e oferece estanqueidade ao
soluções similares encontradas no mercado sistema. A concavidade da junta permite a
para esta aplicação, minimizando os impactos atuação da pressão hidrostática (PHI) sobre o
ao meio ambiente. segundo lábio, pressionando-a sobre a parede
da ponta do tubo, para formar o sistema
totalmente estanque.
2.2.4 Sistema de Vedação

Os tubos DEFOFO possuem sistema de


vedação do tipo junta elástica, com anel
integrado e removível. O anel é do tipo bilabial
o que permite excelente desempenho tanto na
condição de pressão hidrostática interna quanto
a vácuo.

2.2.5 Fabricação

A fabricação ocorre em linha, através de


um processo automático contínuo, que permite
controle preciso dos seguintes fatores:
• Temperatura do composto de PVC ao
longo de toda a linha.
O anel bilabial integrado e removível • Espessura de parede e diâmetro
possui duas funções na execução da junta externo do tubo.
elástica. O lábio auxiliar é utilizado para limpar
a ponta do tubo que está sendo introduzida,
eliminando qualquer resíduo que possa 2.2.6 Resistência a Pressão
interferir na vedação.
Os valores da pressão de serviço do
projeto e da pressão máxima do projeto
hidráulico devem ser INFERIORES as
respectivas pressões da tubulação PSA
(Pressão de Serviço Admissível) e PMA
(Pressão Máxima de Serviço Admissível).
A resistência a pressão dos tubos • Para temperatura do fluido
plásticos varia conforme a temperatura do transportado superior a 25º C e inferior a 45º C
fluido transportado, sendo envolvidos os a Pressão Máxima de Serviço Admissível deve
seguintes conceitos: ser calculada utilizando o fator de correção
✓ Pressão de Serviço de Projeto suplementar fT, conforme fórmula e exemplo
✓ Pressão Nominal (PN) abaixo:
✓ Pressão Máxima de serviço Admissível
(PMA) PMA= fT x PMA (à 25º C)
✓ Pressão de Serviço Admissível (PSA)

2.2.6.1 Pressão de Serviço de Projeto

Máxima pressão de operação do


sistema hidráulico projetado ou máxima
pressão definida pelo projetista do sistema.

2.2.6.2 Pressão Nominal Para T = 35º C


fT = 0,8 (vide gráfico)
Pressão de referência para os
componentes do sistema, indicada pelo PMA = 0,8 x 1,0 = 0,80 Mpa
fabricante, expressa por um número inteiro de
unidade de pressão; para os tubos DEFOFO:
PMA – Pressão Máxima de Serviço Admissível
Classe (Mpa)
do T≤25°C T=30°C T=35°C T=40°C T=45°C
PN = PSA (à 25º C) Tubo
fT=1,00 fT=0,90 fT=0,80 fT=0,70 fT=0,60

PN10 1,00 0,90 0,80 0,70 0,60


Obs.: PN e PSA a ser determinado quando na
elaboração do projeto do sistema (ver item
2.2.6.4). 2.2.6.4 Pressão de Serviço Admissível
(PMA)

2.2.6.3 Pressão Máxima de Serviço Pressão máxima de serviço que o


Admissível (PMA) sistema de tubulação pode suportar em uso
contínuo, sob dadas condições de serviço sem
Pressão máxima de serviço que o sobrepressão;
sistema de tubulação pode suportar em uso
contínuo, levando-se em conta os transientes • A Pressão de Serviço Admissível é
hidráulicos. igual a Pressão Máxima de Serviço Admissível
• Para temperatura do fluido (PMA) MENOS os transientes hidráulicos (TH),
transportado até 25º C, a Pressão Máxima de que variam de acordo com cada projeto.
Serviço Admissível é igual:
PSA = PMA – TH
Para T ≤ 25º C:
PMA = 1,0 MPa
Exemplos:

Para T= 25°C
PMA=1,0 MPa
PSA = 1,0 – TH

Para T= 35°C
PMA=0,8 MPa
PSA = 0,8 – TH

2.2.7 Adequabilidade a Aplicação

A linha DEFOFO possui a principal


função de aduzir água bruta ou potável em
sistemas de adução e distribuição de água na
classe de pressão 1,0 MPa, com garantia de
estanqueidade evitando vazamentos ou
contaminação da água tratada por infiltração.
2.3 Tubos e Conexões PBA componentes e acessórios para água, esgotos,
drenagem e águas pluviais e água quente –
Requisitos

2.3.2 Tecnologia

Os tubos PBA são produzidos, pelo


processo de extrusão, com composto de PVC-
U.

2.3.1 Introdução 2.3.3 Características

A linha PBA destina-se à aplicação em Resistência: o composto de PVC-U dos


sistemas de adução e distribuição de água à tubos PBA apresenta elevada resistência.
temperatura ambiente, em redes de Leveza: seu baixo peso facilita o
abastecimento e distribuição de água. transporte, manuseio e instalação, dispensando
Os produtos são utilizados por equipamentos pesados. Alinhado ao
empresas públicas e privadas responsáveis pela acoplamento simples (ponta e bolsa com junta
instalação e manutenção de redes em centrais elástica) faz a diferença em termos de custo,
de condomínios e irrigação. desempenho e velocidade de instalação em
As aplicações são válidas para relação a tubulações feitas com outros
Pressões de Serviço de 1,0 MPa, 0,75 MPa e materiais, principalmente em relação aos tubos
0,60 MPa, à temperatura de 20°C. de ferro dúctil e polietileno.
Pelo processo de fabricação Robustez: excelente resistência aos
denominado extrusão, os tubos PBA oferecem impactos decorrentes do transporte, manuseio
excelente desempenho, segurança e garantia, e assentamento.
com a confiabilidade da marca Amanco Wavin. Solução sustentável: os tubos PBA
A linha PBA é composta por tubos e apresentam economia considerável de energia
conexões ponta e bolsa de PVC-U conforme a na sua fabricação, em comparação às soluções
norma: similares encontradas no mercado para esta
NBR 5647 – Sistemas para adução e aplicação, minimizando os impactos ao meio
distribuição de água – Tubos e conexões de ambiente.
PVC-U 6,3 com junta elástica e com diâmetros Manutenção facilitada: com uso da
nominais até DN 100. solução completa PBA Tubos e Conexões.
Está disponível nos diâmetros
nominais:
DN50 / DE60 2.3.4 Sistema de Vedação
DN75 / DE85
DN100 / DE110 Os tubos PBA possuem sistema de
Junta Elástica Integrada Removível vedação do tipo junta elástica, com anel
(JERI) instalada na bolsa dos tubos, em borracha integrado e removível. O anel é do tipo bilabial
EPDM. o que permite excelente desempenho tanto na
A especificação do composto condição de pressão hidrostática interna quanto
elastomérico atende a NBR 7676 - Elementos a vácuo.
de vedação com base elastomérica termofixa
para tubos, conexões, equipamentos,
2.3.5 Fabricação

A fabricação ocorre em linha, através de


um processo automático contínuo, que permite
controle preciso dos seguintes fatores:
• Temperatura do composto de PVC ao
longo de toda a linha.
• Espessura de parede e diâmetro
externo do tubo.

O anel bilabial integrado e removível


possui duas funções na execução da junta 2.3.6 Resistência a Pressão
elástica. O lábio auxiliar é utilizado para limpar
a ponta do tubo que está sendo introduzida, Os valores da pressão de serviço do
eliminando qualquer resíduo que possa projeto e da pressão máxima do projeto
interferir na vedação. hidráulico devem ser INFERIORES as
respectivas pressões da tubulação PSA
(Pressão de Serviço Admissível) e PMA
(Pressão Máxima de Serviço Admissível).
A resistência a pressão dos tubos
plásticos varia conforme a temperatura do
fluído transportado, sendo envolvido os
seguintes conceitos:
✓ Pressão de Serviço de Projeto
✓ Pressão Nominal (PN)
✓ Pressão Máxima de serviço Admissível
(PMA)
Na execução da junta elástica, quando ✓ Pressão de Serviço Admissível (PSA)
o tubo é totalmente introduzido, o segundo ✓
lábio faz a vedação e oferece estanqueidade ao
sistema. A concavidade da junta permite a 2.3.6.1 Pressão de Serviço de Projeto
atuação da pressão hidrostática (PHI) sobre o (PP)
segundo lábio, pressionando-a sobre a parede
da ponta do tubo, para formar o sistema Máxima pressão de operação do
totalmente estanque. sistema hidráulico projetado ou máxima
pressão definida pelo projetista do sistema.

2.3.6.2 Pressão Nominal (PN)

Pressão de referência para os


componentes do sistema, indicada pelo
fabricante, expressa por um número inteiro de
unidade de pressão; para os Tubos Amanco
Wavin PBA:

PN = PSA (à 25º C)
Obs.: PN e PSA a ser determinado quando na Para T = 35º C
elaboração do projeto do sistema (ver item fT = 0,8 (vide gráfico)
2.3.6.4).
Para tubo Classe 12 (0,60 MPa)
PMA = 0,8 x 0,6 = 0,48 MPa
2.3.6.3 Pressão Máxima de Serviço
Admissível (PMA) Para tubo Classe 15 (0,75 MPa)
PMA = 0,8 x 0,75 = 0,60 MPa
Pressão Máxima de serviço que o
sistema de tubulação pode suportar em uso Para tubo Classe 20 (1,00 MPa)
contínuo, lavando-se em conta os transientes PMA = 0,8 x 1,0 = 1,00 MPa
hidráulicos;

• Para temperatura do fluido transportado até PMA – Pressão Máxima de Serviço Admissível
25º C, a Pressão Máxima de Serviço Admissível Classe (Mpa)
do
é igual: T≤25°C T=30°C T=35°C T=40°C T=45°C
Tubo
fT=1,00 fT=0,90 fT=0,80 fT=0,70 fT=0,60
Para T ≤ 25º C:
12 0,60 0,54 0,48 0,42 0,36

Para tubo Classe 12 (0,60 MPa) 15 0,75 0,68 0,60 0,53 0,45

PMA = 0,6 MPa 20 1,00 0,90 0,80 0,70 0,60

Para tubo Classe 15 (0,75 MPa)


PMA = 0,75 MPa 2.3.6.4 Pressão de Serviço Admissível
(PSA)
Para tubo Classe 20 (1,00 MPa)
PMA =1,00 MPa Pressão máxima de serviço que o
sistema de tubulação pode suportar em uso
• Para temperatura do fluido transportado contínuo, sob dadas condições de serviço sem
superior a 25º C e inferior a 45º C a Pressão sobrepressão;
Máxima de Serviço Admissível deve ser
calculada utilizando o fator de correção • A Pressão de Serviço Admissível é igual a
suplementar fT, conforme fórmula e exemplo Pressão Máxima de Serviço Admissível (PMA)
abaixo: MENOS os transientes hidráulicos (TH), que
variam de acordo com cada projeto.
PMA = fT x PMA (à 25ºC)
PSA = PMA – TH

Exemplos:

Para tubo Classe 12 (0,60 MPa) à 25°C


PMA=1,00
PSA = 1,00 – TH

Para tubo Classe 15 (0,75 MPa) à 35°C


PMA=0,60
PSA = 0,60 – TH
Para tubo Classe 12 (0,60 MPa) à 40°C
PMA=0,42
PSA = 0,42 – TH

2.3.7 Adequabilidade a Aplicação

A linha PBA Amanco Wavin possui a


função de distribuir água bruta ou potável em
sistemas de distribuição de água com opção de
três (3) classes de pressão, com garantia de
estanqueidade evitando vazamentos ou
contaminação da água tratada por infiltração.
2.4 Tubos Ramal Predial (PEAD) 2.4.2 Tecnologia

Os tubos Ligação Predial são


produzidos, pelo processo de extrusão, com
composto de Polietileno de Alta Densidade e
por sua vez, as conexões de compressão são
produzidas pelo processo de injeção com
composto de Polipropileno.

2.4.3 Características

2.4.1 Introdução Flexibilidade: a grande flexibilidade


dos tubos Ligação Predial faz com que o
A linha RAMAL PREDIAL destina-se à produto se adeque a qualquer topografia e
aplicação em sistemas de distribuição de água à absorva tensões provocadas por esforços
temperatura ambiente, em redes de externos, como acomodação do solo, tráfego
abastecimento e distribuição de água. intenso e cargas sobre rodas.
Os produtos são utilizados por Excelente desempenho hidráulico: os
empresas públicas e privadas responsáveis pela tubos de polietileno Ligação Predial
instalação e manutenção de redes em centrais apresentam excelente desempenho hidráulico,
de condomínios e irrigação. devido a suas paredes internas lisas, o que
As aplicações são válidas para diminui a perda de carga distribuída.
Pressões de Serviço de 1,0 MPa, à temperatura Alta durabilidade: possui longa
de 20°C. durabilidade em relação aos outros materiais
Pelo processo de fabricação aplicados para a mesma finalidade.
denominado extrusão, os tubos Ramal Predial Praticidade: os tubos de polietileno
oferecem excelente desempenho, segurança e Ligação Predial são leves e flexíveis, o que
garantia, com a confiabilidade da marca facilita o seu transporte, instalação,
Amanco Wavin. manutenção e operação.
A linha Ramal Predial é composta por
tubos ponta e ponta de polietileno e conexões
de compressão em polipropileno conforme as 2.4.4 Sistema de Vedação
normas:
NBR 15561 – Tubulação de polietileno Como os tubos Ramal Predial são
PE 80 e PE 100 para transporte de água e produzidos com as extremidades em ponta, sua
esgoto sob pressão – Requisitos. união é feita com conexões mecânicas que
NBR 15803 - Sistemas enterrados para possuem vedação com elastômeros em seu
distribuição e adução de água e transporte de interior.
esgoto sob pressão – Requisitos para conexões
de compressão para junta mecânica, tê de
serviço e tê de ligação para tubulação de 2.4.5 Fabricação
polietileno de diâmetro externo nominal entre
20 mm e 160 mm. A fabricação ocorre em linha, através de
Está disponível nos diâmetros um processo automático contínuo, que permite
nominais: DE 20 e DE 32. controle preciso dos seguintes fatores:
Disponíveis em bobinas de 50 ou 100 metros. • Temperatura do composto de PVC ao longo
Junta Elástica mecânica nas conexões. de toda a linha.
• Espessura de parede e diâmetro externo do
tubo.

2.4.6 Adequabilidade a Aplicação

A linha Ramal Predial possui a função


de distribuir água bruta ou potável em sistemas
de distribuição de água, com garantia de
estanqueidade evitando vazamentos ou
contaminação da água tratada por infiltração.
2.5 Tubos Corrugados 2.5.2 Tecnologia

Produzidos com extrusoras de alta


tecnologia resultando em um tubo com dupla
parede com geometrias distintas sendo que a
composição destas duas camadas resulta em
um tubo de alto desempenho.

2.5.3 Características

Desempenho Hidráulico - Os tubos


2.5.1 Introdução são dimensionados para garantir excelente
comportamento mecânico e eficiente condição
Os tubos e conexões Coletor Corrugado de escoamento dos fluidos ao longo do tempo.
e Coletor Novafort destinam-se à aplicação em As paredes internas lisas, associadas ao
redes coletoras de esgoto doméstico, excelente sistema de juntas, garantem grandes
escoamento de resíduos industriais e águas vazões em pequenas declividades, reduzindo o
pluviais. volume de escavação de vala, escoramentos
São as linhas adotadas por empresas eventuais, profundidade de poços de visita e o
públicas e privadas responsáveis pela número de estações elevatórias em regiões
instalação e manutenção de redes de esgoto planas.
público e projetos industriais, amplamente Estanqueidade - A tecnologia do
aplicada também em redes de esgoto de sistema de vedação tipo Junta Elástica, com
condomínios. borracha NBR (Nitrílica), muito mais resistente
Produzidos com o comprimento de às ações agressivas do esgoto, permite a
montagem (CM) de 6,0 metros. composição de um sistema totalmente
Coletor corrugado de cor ocre nas estanque e com excelente desempenho, mesmo
bitolas: DN 150, DN 200, DN 250, DN 300, DN em eventuais acomodações do solo, impedindo
350 e DN 400. vazamentos ou infiltrações e eliminando
Coletor Novafort de cor branca nas totalmente os problemas de contaminação.
bitolas: DN 300, DN 400, DN 500, DN 630, DN Durabilidade e eficiência operacional -
800 e DN 1000. Os tubos e conexões Coletor Corrugado e
Atendem as classes de rigidez anelar Coletor Novafort contam com longa
nominal de 4.000 Pa ou 8.000 Pa. durabilidade em relação aos outros materiais
As linhas Coletor Corrugado e Coletor aplicados para a mesma finalidade. A linha de
Novafort são compostas por tubos ponta e conexões do tipo BB (bolsa/bolsa), compatíveis
bolsa de PVC-U conforme a norma: com tubos de parede externa lisa e parede
NBR ISO 21138 - Sistemas de externa corrugada, viabiliza inúmeros projetos
tubulação plástica subterrânea não na área de saneamento, devido à flexibilidade
pressurizada para drenagem e esgoto – de aplicação, durabilidade e características
Sistemas de tubulações com parede técnico-econômicas. Os tubos e conexões para
estruturada de policloreto de vinila não redes coletoras são inertes às ações agressivas
plastificado (PVC-U), polipropileno (PP) e do solo e à corrosão interna, sendo
polietileno (PE). dimensionados pra assegurar uma excelente
resistência aos esforços mecânicos, sem
sofrerem ovalizações prejudiciais excessivas.
Compatibilidade de diâmetro - Os
tubos Coletor Corrugado e Coletor Novafort são
intercambiáveis entre si e entre os tubos
coletores existentes no mercado,
eventualmente é necessário a utilização de uma
conexão de uma das linhas, de acordo com as
instruções técnicas de cada fabricante.
Resistência a pressão hidrostática -
Diferentemente das soluções atuais para
condução de esgoto e águas pluviais
desenvolvidas para trabalhar apenas sob 2.5.5 Fabricação
pressão atmosférica (gravidade), os tubos
Coletor Corrugado e Coletor Novafort foram Fabricados em extrusoras de alta
projetados para irem além, resistindo ainda à tecnologia em Policloreto de Vinila (PVC) com
pressão de 0,2 MPa durante o período de 24hs parede formada por duas camadas em PVC
em eventuais necessidades, como por exemplo rígido sendo a superfície interna lisa e a
em casos de obstrução da tubulação, superfície externa corrugada, nas cores ocre
minimizando riscos e danos ao sistema. (Coletor Corrugado) e branca (Coletor
Novafort).

2.5.4 Sistema de Vedação


2.5.6 Adequabilidade a Aplicação
Os tubos Coletor Corrugado e Coletor
Novafort possuem sistema de vedação do tipo As linhas Coletor Corrugado e Coletor
junta elástica, com anel de vedação aplicado no Novafort esgoto e águas pluviais Amanco
segundo vale das corrugações da superfície Wavin possuem a função de conduzir por
externa da ponta do tubo. Os anéis são gravidade efluentes sanitários, águas pluviais e
produzidos em borracha do tipo NBR (Nitrílica), despejos industriais com garantia de
matéria-prima resistente às ações agressivas e estanqueidade evitando vazamentos e
químicas do esgoto, óleos e graxas. A junta contaminação de solo ou sobrecarga nos
elástica garante total estanqueidade e sistemas em função de infiltrações.
excelente desempenho unindo versatilidade de
um sistema removível para as diversas
necessidades dos projetos de Infraestrutura.
2.6 Tubos e Conexões Coletores não plastificado (PVC-U), polipropileno (PP) e
polietileno (PE).

2.6.2 Tecnologia

Produzidos com extrusoras de alta


tecnologia resultando em tubos com superfícies
externa e interna lisa, com parede maciça
(coletor maciço) ou parede com núcleo celular
expandido (coletor celular).

2.6.1 Introdução
2.6.3 Características
Os tubos e conexões Amanco Wavin
Coletor Maciço e Coletor Celular destinam-se à Desempenho Hidráulico: Os tubos são
aplicação em redes coletoras de esgoto dimensionados para garantir excelente
doméstico e escoamento de resíduos industriais comportamento mecânico e eficiente condição
e águas pluviais. de escoamento dos fluidos ao longo do tempo.
São as linhas adotadas por empresas As paredes internas lisas, associadas ao
públicas e privadas responsáveis pela excelente sistema de juntas, garantem grandes
instalação e manutenção de redes de esgoto vazões em pequenas declividades, reduzindo o
público e projetos industriais, amplamente volume de escavação de vala, escoramentos
aplicada também em redes de esgoto de eventuais, profundidade de poços de visita e o
condomínios. número de estações elevatórias em regiões
Produzidos com o comprimento de planas.
montagem (CM) de 6,0 metros. Estanqueidade: A tecnologia do
A linha contempla as bitolas DN 100, sistema de vedação tipo Junta Elástica, com
DN 150, DN 200, DN 250, DN 300, DN 350 e borracha NBR (Nitrílica), muito mais resistente
DN 400 na cor ocre. às ações agressivas do esgoto, permite a
Classes de Rigidez anelar nominal: composição de um sistema totalmente
- Coletor maciço: estanque e com excelente desempenho, mesmo
≥ 3.500 Pa para bitolas até DN 200. em eventuais acomodações do solo, impedindo
≥ 4.000 Pa para bitola superior ou igual a DN vazamentos ou infiltrações e eliminando
250. totalmente os problemas de contaminação.
- Coletor celular: Durabilidade e eficiência operacional:
≥ 4.000 Pa para bitola superior ou igual a DN Os tubos e conexões Amanco Wavin Coletor
250 Maciço e Celular contam com longa
Os tubos Coletor Maciço ponta e bolsa, durabilidade em relação aos outros materiais
são produzidos em PVC-U conforme a norma: aplicados para a mesma finalidade. A linha de
NBR 7362 – Sistemas enterrados para conexões do tipo BB (bolsa/bolsa), compatíveis
condução de esgoto. com tubos de paredes lisas e corrugados,
Os tubos Coletor Celular ponta e bolsa, viabiliza inúmeros projetos na área de
são produzidos em PVC-U conforme a norma: saneamento, devido à flexibilidade de
NBR 21138 - Sistemas de tubulação aplicação, durabilidade e características
plástica subterrânea não pressurizada para técnico-econômicas. Os tubos e conexões para
drenagem e esgoto – Sistemas de tubulações redes coletoras são inertes às ações agressivas
com parede estruturada de policloreto de vinila do solo e à corrosão interna, sendo
dimensionados para assegurar uma excelente 2.6.5 Fabricação
resistência aos esforços mecânicos, sem
sofrerem ovalizações prejudiciais excessivas. Fabricados em Policloreto de Vinila (PVC) pelo
Compatibilidade de diâmetro: Os processo de extrusão, em uma única camada no
tubos Coletor Maciço e Celular são Coletor Maciço e em três (3) camadas no
intercambiáveis entre si e entre os tubos Coletor Celular, em PVC rígido sendo a
coletores existentes no mercado, entretanto, superfície interna e a superfície externa lisas, na
eventualmente é necessário a utilização de uma cor ocre.
conexão, de acordo com as instruções técnicas
de cada fabricante.
Resistência a pressão hidrostática:
Diferentemente das soluções atuais para
condução de esgoto e águas pluviais
desenvolvidas para trabalhar apenas sob
pressão atmosférica (gravidade), os tubos
Coletor Maciço e Celular foram projetados para
irem além, resistindo ainda à pressão de 0,2
MPa durante o período de 24hs em eventuais
necessidades, como por exemplo em casos de
obstrução da tubulação, minimizando riscos e 2.6.6 Adequabilidade a Aplicação
danos ao sistema.
As linhas Coletor Maciço e Coletor
Celular esgoto e águas pluviais possuem a
2.6.4 Sistema de Vedação função de conduzir por gravidade efluentes
sanitários, águas pluviais e despejos industriais
Os tubos Coletor Maciço e Coletor com garantia de estanqueidade evitando
Celular possuem sistema de vedação do tipo vazamentos e contaminação de solo ou
junta elástica, com anel aplicado na canaleta sobrecarga nos sistemas em função de
existente na bolsa dos tubos. Os anéis são infiltrações.
produzidos em borracha do tipo NBR (Nitrílica),
matéria-prima resistente às ações agressivas e
químicas do esgoto, óleos e graxas. A junta
elástica garante total estanqueidade e
excelente desempenho unindo versatilidade de
um sistema removível para as diversas
necessidades dos projetos de Infraestrutura.
3. Normas

Os tubos Amanco Wavin destinados à NBR 15561 – Tubulação de polietileno PE 80 e


condução de água, esgoto e drenagem em PE 100 para transporte de água e esgoto sob
redes de infraestrutura são normalizados, pelas pressão – Requisitos
principais normas abaixo relacionadas, não
excluindo as normas complementares. NTS 048 - Tubo de Polietileno PE 80 para
ramais prediais de água DE 20mm e DE 32mm
NBR 7362 – Sistemas enterrados para
condução de esgoto EB USMA 363 – Tubos de PVC-O

NBR 5647 – Sistemas para adução e Os tubos Amanco Wavin apresentam


distribuição de água – Tubos e conexões de segurança e desempenho elevados e
PVC-U 6,3 com junta elástica e com diâmetros estanqueidade garantida, uma vez que atendem
nominais até DN 100 as normas específicas de cada produto.

NBR 15750 - Tubulações de PVC-O (cloreto de


polivinila não plastificado orientado) para
sistemas de transporte de água ou esgoto sob
pressão — Requisitos e métodos de ensaios

NBR ISO 21138 – Sistemas de tubulação


plástica subterrânea não pressurizada para
drenagem e esgoto – Sistemas de tubulações
com parede estruturada de policloreto de vinila
não plastificado (PVC-U), polipropileno (PP) e
polietileno (PE)

NBR 7665 - Sistemas de transporte de água ou


de esgoto sob pressão — Tubos de PVC-M
DEFOFO com junta elástica — Requisitos

NBR 17015 - Execução de obras lineares para


transporte de água bruta e tratada, esgoto
sanitário e drenagem urbana, utilizando tubos
rígidos, semirígidos e flexíveis

NTS 0187 - Tubos e conexões de PVC –


Requisitos complementares de desempenho às
normas ABNT NBR 5647-1, 5647-2, 5647-3,
5647-4 e 5647-5; ABNT NBR 7362-1 e 7362-
2; ABNT NBR 7665 e ABNT NBR 15750
4. Dimensionamento de Tubos

Os tubos enterrados estão sujeitos aos


esforços devido as cargas de terra (PE), cargas
de tráfego (PL) e pressão hidrostática interna,
conforme ilustração abaixo.

Ela gera uma tensão circunferencial na


parede do tubo, que pode ser calculada pela
seguinte expressão:

𝒑 ∗ (𝒅𝒆 − 𝒆)
Em sistemas de condução de fluidos
𝝈𝒂𝒅𝒎 =
𝟐∗𝒆
sob pressão interna, os principais esforços são a
pressão de trabalho na tubulação e eventuais
onde:
sobrepressões (transitórios hidráulicos/golpe
𝝈𝒂𝒅𝒎 = tensão circunferencial admissível na
de ariete), sendo a resistência dos tubos
parede do tubo (MPa)
definida através da Classe de Pressão resistida
pelo tubo. Neste caso a pressão externa do tubo 𝒑 = pressão hidrostática interna (MPa)
(terra e tráfego) é desprezível em consideração 𝒅𝒆 = diâmetro externo médio do tubo (mm)
a pressão interna do tubo. 𝒆 = espessura de parede mínima (mm)
Já nos sistemas de condução de fluidos
sem pressão interna, os principais esforços são Para que o tubo trabalhe
a pressão de terra e a pressão de tráfego, sendo adequadamente, a tensão circunferencial
a resistência dos tubos definida através da atuando em sua parede, não deverá exceder a
Rigidez Anelar do tubo e da Interação Tubo- resistência do material, ou seja, a sua tensão
Solo. admissível (σadm).
A resistência dos materiais plásticos
depende do tempo e da temperatura. Para os
4.1 Tubos com Pressão Hidráulica tubos que transportam água, a sua resistência é
Interna determinada normalmente para um tempo de
ruptura estimado de 50 anos, na temperatura
de 20°C.
4.1.1 Pressão Atuante A norma ISO 9080 descreve o método
para estimar esta resistência hidrostática a
O principal esforço que age sobre uma longo prazo de tubos de material plástico por
tubulação conduzindo água ou esgoto sob extrapolação estatística.
pressão (tubos Amanco Wavin PBA, DEFOFO, Abaixo, exemplo da curva de regressão
BIAX, LIGAÇÃO PREDIAL), é a pressão do tubo Amanco Wavin Biax.
hidrostática interna.
tradicional é considerado que as condições
iniciais não se alteram no curso do tempo e
consequentemente independente do tempo.
Para tubos termoplásticos, o fator de segurança
é para ser definido em relação ao tempo.
Portanto como previamente relatado, o
coeficiente de segurança não tem nenhum
significado para materiais termoplásticos.
Portanto o assim chamado coeficiente
total de projeto ou serviço (C) foi introduzido.
Este fator cobre os efeitos do manuseio, riscos,
variação do material (tempo), etc. Com valor
maior do que 1.
O fator C está relacionado a 50 anos de
vida útil a 20°. O coeficiente total de projeto
mínimo é determinado em acordo com a EN ISO
12162 e NBR 15750. Para o PVC-O C50= 1,6.
𝐥𝐨𝐠 𝝈 = −0,027 ∗ log 𝑡 + 1,80618 Portanto o valor da tensão admissível
(σadm) é igual á 28 MPa para o PVC-O.

Esta resistência hidrostática estimada


pela ISO 9080 é a σLPL, que é obtida através do
45
𝝈𝒂𝒅𝒎 = = 28 𝑀𝑃𝑎
ajuste de uma reta em um gráfico log x log de 1,6
tensão e tempo. Nota: Toda a metodologia acima para a
Esta reta é obtida através dos valores obtenção da tensão admissível descrita está
de tensão de ruptura em tempos previamente baseada na ABNT NBR 15750.
estabelecidos até 10.000 horas (1,14 anos), e é Usando-se a equação da tensão
extrapolada até 50 anos. circunferencial admissível poderemos calcular a
A σLPL é a quantidade em MPa com a relação de/e, que é uma relação constante para
dimensão de tensão, representando 97,5% do todos os diâmetros de tubos de uma mesma
limite de confiança inferior da resistência classe de pressão para uma mesma tensão
hidrostática estimada na temperatura de 20°C, admissível e mesmo material, sendo possível
que para nosso caso (PVC-O Biax), σLPL = definir a espessura de parede da tubulação.
46,46 MPa. Deve-se também considerar exigências
Para estabelecer a tensão admissível mínimas de rigidez do tubo, como no caso da
σadm temos que utilizar a ISO 12162, que NBR 15750 onde a rigidez mínima exigida é 4
estabelece a classificação dos materiais kN/m2.
termoplásticos em forma de tubo e especifica a Como exemplo para o tubo Amanco
designação do material (MRS), que é o valor Wavin Biax para PN 16, teremos:
(σLPL), inferior da faixa do limite de confiança,
conforme tabela 1 da ISO 12162, ou seja, MRS 𝒅𝒆 𝟐 ∗ 𝝈𝒂𝒅𝒎
= 45 MPa para o tubo Amanco Wavin Biax =𝟏+
𝒆 𝒑
como por exemplo.
Para materiais elásticos tradicionais o onde:
coeficiente de segurança pode ser definido 𝝈𝒂𝒅𝒎 = tensão circunferencial admissível na
como relacionado à máxima tensão ou carga parede do tubo (MPa)
permitida. O valor, no entanto, é válido para as 𝒑 = pressão hidrostática interna (MPa)
condições iniciais. Para material elástico o 𝒅𝒆 = diâmetro externo médio do tubo (mm)
𝒆 = espessura de parede mínima (mm) 4.2 Tubos sem Pressão Hidráulica
Interna
Teremos:
O principal esforço que age sobre uma
𝒅𝒆 2 ∗ 28 tubulação conduzindo fluidos sem pressão
=1+ = 36 interna (tubos Amanco Wavin Coletores
𝒆 1,6
Maciço, Celular, Corrugado e Novafort), é a
Ou seja: pressão externa atuante na tubulação (cargas
de solo + tráfego).
𝑑𝑒 Sendo assim, o projeto estrutural da
𝒆=
36 tubulação é realizado levando-se em conta a
Já para os tubos Amanco Wavin Biax interação do tubo com o solo, considerando os
PN 12,5 a relação DE/e é igual a 41 em função pontos abaixo:
da rigidez mínima exigida pela norma NBR Em um sistema de tubos flexíveis
15750. enterrados, primeiramente, os projetistas
Os plásticos, por serem materiais visco precisam estabelecer as deflexões permitidas
elásticos, apresentam resistência para as tubulações, baseados em suas
significativamente maior à carga de curto prazo experiências e/ou em referências normativas.
como pode ser visto no gráfico da curva de As normas brasileiras recomendam os
regressão apresentada. Entretanto, é limites de deflexões médios conforme abaixo:
importante notar que não há um
enfraquecimento do tubo ao longo do tempo, Classe de Deflexão Média
Deflexão
Média de
pois um tubo, mesmo sujeito por um longo Rigidez Inicial
Longo Prazo
tempo a sua pressão nominal, ainda mantém
SN4 e SN8 8% 10%
sua resistência a pressões mais alta de curto
prazo, como se fosse um tubo novo, exemplo:
Golpe de Aríete.
Deve-se observar que sendo a curva de Um estudo intensivo da história de
regressão um gráfico log-log cuja linha tem deflexão de tubos instalados em diferentes
pequena inclinação, significa que uma leve condições, de até 25 anos atrás, resultou na
diminuição no valor da tensão, resultará em um experiência como apresentada no gráfico da
aumento no tempo de ruptura estimado. figura abaixo.
No caso do tubo Amanco Wavin Para a deflexão indicada no gráfico de
DEFOFO, o valor do valor da tensão admissível projeto, a tensão será muito abaixo do limite de
(σadm) é igual á 12 MPa, conforme NBR 7665, projeto e não necessita ser levada em conta.
resultado da equação:

24
𝝈𝒂𝒅𝒎 = = 12 𝑀𝑃𝑎
2
Já os tubos Amanco Wavin PBA
possuem o valor da tensão admissível (σadm)
de no mínimo 6,3 MPa, conforme NBR 5647.
Sendo:
I - Boa Compactação
II - Moderada Compactação
III - Sem Compactação (não recomendado)
O gráfico de projeto serve como
referência, mas não tem a intenção de substituir
o cálculo estrutural nem limitar as condições de
uso submetidos. As condições de validação são
indicadas na tabela a seguir:

Parâmetro Condições de Validação

Altura do reaterro 0,8m a 6,0m medidos a partir da geratriz superior do tubo.

Cargas de tráfego Considerada existente.

“Boa” Compactação (I)


Na vala, o solo de preenchimento do tipo granular na envoltória do tubo, é
colocado, cuidadosamente, em camadas de no máximo 30 cm, devendo
cada camada ser compactada antes de receber a camada seguinte. A partir
da geratriz superior, o tubo deve ser coberto por uma camada de pelo
menos 15 cm e também compactada, a qual é considerada parte
integrante da envoltória do tubo. A camada de aterro final, sobre a
envoltória do tubo, é preenchida com material de envoltória ou solo nativo
e depois compactada. Os valores típicos para a densidade Proctor devem
ser acima de 94%.

Qualidade da instalação “Boa” Compactação (I)


Categoria da instalação “Boa”, “Moderada”, Na vala, o solo de preenchimento do tipo granular na envoltória do tubo, é
“Sem“- deve refletir o trabalho da mão-de- colocado, cuidadosamente, em camadas de no máximo 30 cm, devendo
obra em que o projetista possa confiar. cada camada ser compactada antes de receber a camada seguinte. A partir
(as camadas de preenchimento da vala são da geratriz superior, o tubo deve ser coberto por uma camada de pelo
detalhadas na figura a acima) menos 15 cm e também compactada, a qual é considerada parte
integrante da envoltória do tubo. A camada de aterro final, sobre a
envoltória do tubo, é preenchida com material de envoltória ou solo nativo
e depois compactada. Os valores típicos para a densidade Proctor devem
se manter na faixa de 87% a 94%.

Sem Compactação (III)


As estacas/pranchas do escoramento lateral devem ser removidas antes
da compactação, de acordo com as recomendações da EN 1610:1997. Se,
no entanto, as estacas/pranchas forem removidas depois da compactação,
deve-se considerar que o nível de compactação "Boa” ou "Moderada" será
reduzido para o grau Sem Compactação (III).
5. Dimensionamento de Sistemas

Os conceitos a seguir fornecem critérios V = velocidade média do fluido (m/s)


de dimensionamento de sistemas de g = aceleração da gravidade (9,81 m/s²)
distribuição de água e coleta de esgoto, sendo
um resumo teórico que visa municiar os O coeficiente f depende da rugosidade da
projetistas de conceitos básicos para projetos superfície interna da tubulação e do número de
de sistemas de distribuição e adução de água e Reynolds, sendo este último expresso por:
redes de coleta de esgoto sanitário. Este
material é orientativo e não exclui a necessidade 𝒅𝒊
de considerar outros critérios em função das
Re =V * ( )
𝒚
particularidades de cada projeto.
Re = número de Reynolds
5.1 Sistemas de Adução e Distribuição γ = viscosidade cinemática do fluido (≈10‾⁶ m²/s
de Água para água a 20°C)

O número de Reynolds indica o regime do


O escoamento de um fluido em uma
escoamento, sendo que para o escoamento de
tubulação depende basicamente da energia
água em condutos relativamente lisos, aplica-
disponível (que pode ser fornecida por um
se:
desnível ou por meio de bombeamento), do
diâmetro da tubulação e das perdas de carga ao
Re < 2000 : Regime laminar
longo do comprimento.
2000 < Re < 4000 : Regime de transição
As perdas de carga, ou perda de
Re > 4000 : Regime turbulento
energia, são causadas pelo atrito interno do
fluido devido à sua viscosidade, bem como pelo
Equação da Continuidade
atrito do fluido com as paredes da tubulação.
Podem ser distribuídas uniformemente ao longo
𝝅𝑫𝟐
da tubulação, bem como localizadas, nos Q= ( ) ∗ 𝑽 = 𝑪𝒐𝒏𝒔𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆
pontos em que há válvulas, conexões ou outros 𝟒
dispositivos que interferem no fluxo.
O escoamento de água em tubulações,
na prática, ocorre sempre no regime turbulento.
Nesta situação, o coeficiente de perda de carga
5.1.1 Perdas de Carga Distribuídas
f é calculado pela equação de Colebrooke-
White:
As perdas de carga distribuídas são
calculadas pela fórmula de Darcy- Weisbach:
𝟏 𝑲 𝟐, 𝟓𝟏
= -2 𝐥𝐨𝐠 (𝟎, 𝟐𝟕 + )
√𝒇 𝑫 𝑹𝒆√𝒇
L 𝐯𝟐
hf = f * ( )*( )
di 𝟐∗𝐠
K = rugosidade uniforme equivalente das
hf = perda de carga distribuída (mca) paredes do tubo (m).
f = coeficiente de perda de carga distribuída
L = comprimento da tubulação (m)
di = diâmetro interno da tubulação (m)
O valor K não é a rugosidade real do Para tubos Biax:
tubo, mas baseia-se no diâmetro de grãos de Para diâmetros ≤ 100mm, k = 0,01 mm
areia uniformes, utilizados como revestimento Para diâmetros > 100 mm, k = 0,03 mm
superficial de tubos nas experiências de
Nikuradse, que dariam a mesma perda de carga. Para tubos PBA e DEFOFO:
Nota-se, que a influência da rugosidade Para diâmetros ≤ 100mm, k = 0,03 mm
na perda de carga do tubo é mais significativa Para diâmetros > 100 mm, k = 0,06 mm
para maiores valores do número de Reynolds,
justamente onde ocorre a maioria das Para tubos ESGOTO:
aplicações práticas. Todos os diâmetros, k = 0,06 mm
Os tubos Amanco Wavin para sistemas
conduzindo água ou esgoto, devido ao seu A influência da rugosidade pode ser
processo de fabricação, tem o diâmetro interno avaliada tomando-se, por exemplo, duas
extremamente liso, resultando em valores tubulações DN 150, com o mesmo diâmetro
muito baixos para a rugosidade uniforme interno e com a mesma velocidade de fluxo (2
equivalente. Além disso, como os tubos m/s), mas com rugosidades diferentes: 0,1 mm
Amanco Wavin são altamente resistentes à e 0,03 mm.
corrosão e ao desgaste, não é necessário O tubo com rugosidade 0,1 mm terá
considerar o aumento da rugosidade com o uma perda de carga de 23,85 m/km, enquanto o
envelhecimento, como ocorre com alguns tubo com rugosidade 0,03 mm terá uma perda
outros tipos de tubulação. de carga de 20,24 m/km, ou seja,
Na Especificação Técnica do Comitê aproximadamente 18% menor.
Europeu de Normalização CEN/TS 15223 - Visando apresentar uma ordem de
Plastics piping systems - Validated design grandeza da perda de carga dos tubos Amanco
parameters of buried thermoplastics piping Wavin, apresentamos abaixo os valores de
systems o coeficiente de rugosidade dos tubos vazão e perda de carga distribuída em metros
plásticos varia conforme abaixo: para cada 100 metros.
Para valores intermediários, sugerimos
para diâmetros ≤ 100mm, k = 0,01 mm que seja feito os cálculos conforme
para diâmetros > 100 mm, k = 0,05 mm procedimentos acima.

Literaturas brasileiras relatam que o


coeficiente de rugosidade dos tubos plásticos
varia conforme os valores abaixo:

para diâmetros ≤ 200mm, k = 0,01 mm


para diâmetros > 200 mm, k = 0,025 a 0,05 mm

Uma faixa aceitável dos valores de K


será:

para diâmetros ≤ 100mm, k = 0,01 a 0,025 mm


para diâmetros > 100 mm, k = 0,05 a 0,10 mm

Em função do processo de fabricação


dos tubos Amanco Wavin, sugerimos utilizar os
seguintes valores:
Para Tubos Wavin BIAX

Média dos
Área interna Perda de carga
Bitola diâmetros Vazão (l/s) Velocidade (m/s) Re K (m)
média (m²) m/100m
internos (mm)

4 0,41 2,16E+04 0,193

9 0,92 4,87E+04 0,814

100 111,8 0,009817 14 1,43 7,58E+04 0,00001 1,800

25 2,55 1,35E+05 5,150

35 3,57 1,89E+05 9,536

9 0,44 3,32E+04 0,145

20 0,98 7,38E+04 0,608

150 161,1 0,020384 40 1,96 1,48E+05 0,00003 2,168

60 2,94 2,21E+05 4,609

70 3,43 2,58E+05 6,153

15 0,43 4,32E+04 0,099

35 1,01 1,01E+05 0,458

200 210,4 0,034768 55 1,58 1,58E+05 0,00003 1,050

95 2,73 2,74E+05 2,897

110 3,16 3,17E+05 3,813

25 0,47 7,38E+04 0,086

55 1,04 1,62E+05 0,361

250 259,7 0,052971 95 1,79 2,80E+05 0,00003 0,993

125 2,36 3,69E+05 1,659

170 3,21 5,02E+05 2,960

30 0,40 8,17E+04 0,051

120 1,60 3,27E+05 0,643

300 309,0 0,074991 250 3,33 6,81E+05 0,00003 2,559

280 3,73 7,62E+05 3,174

220 2,93 5,99E+05 2,008

40 0,40 1,00E+05 0,041

60 0,60 1,50E+05 0,086

350 358,3 0,100829 110 1,09 2,75E+05 0,00003 0,262

200 1,98 5,00E+05 0,799

300 2,98 7,50E+05 1,717

55 0,42 1,27E+05 0,039

120 0,92 2,77E+05 0,165

400 406,6 0,129845 250 1,93 5,77E+05 0,00003 0,646

280 2,16 6,46E+05 0,800

540 4,16 1,25E+06 2,784


Para Tubos Amanco Wavin PBA e DEFOFO

Média dos
Área interna Perda de carga
Bitola diâmetros Vazão (l/s) Velocidade (m/s) Re K (m)
média (m²) m/100m
internos (mm)

1 0,45 2,40E+04 0,511

2 0,90 4,79E+04 1,796

50 53,1 0,002217 3 1,35 7,19E+04 0,00003 3,796

4 1,80 9,59E+04 6,494

5,5 2,48 1,32E+05 11,833

2 0,45 3,39E+04 0,330

4 0,90 6,77E+04 1,164

75 75,2 0,004441 6 1,35 1,02E+05 0,00003 2,465

8 1,80 1,35E+05 4,221

11 2,48 1,86E+05 7,698

4 0,51 5,09E+04 0,287

9 1,14 1,14E+05 1,270

100 100,2 0,007878 14 1,78 1,78E+05 0,00003 2,899

25 3,17 3,18E+05 8,698

35 4,44 4,45E+05 16,582

8 0,42 6,51E+04 0,120

20 1,04 1,63E+05 0,661

150 156,4 0,019212 40 2,08 3,26E+05 0,00006 2,473

60 3,12 4,88E+05 5,411

70 3,64 5,70E+05 7,300

15 0,46 9,35E+04 0,103

35 1,07 2,18E+05 0,501

200 204,2 0,032749 55 1,68 3,43E+05 0,00006 1,184

95 2,90 5,92E+05 3,390

110 3,36 6,86E+05 4,505

25 0,50 1,26E+05 0,094

55 1,10 2,78E+05 0,412

250 252,0 0,049876 95 1,90 4,80E+05 0,00006 1,167

125 2,51 6,32E+05 1,980

170 3,41 8,59E+05 3,593

30 0,42 1,27E+05 0,056

120 1,70 5,10E+05 0,761


300 299,8 0,070592 0,00006
250 3,54 1,06E+06 3,139

280 3,97 1,19E+06 3,914


220 3,12 9,34E+05 2,449

55 0,45 1,77E+05 0,045

120 0,98 3,87E+05 0,192

400 394,6 0,122294 250 2,04 8,07E+05 0,00006 0,779

280 2,29 9,03E+05 0,969

540 4,42 1,74E+06 3,469

90 0,48 2,34E+05 0,039

200 1,06 5,20E+05 0,173

500 489,4 0,188113 300 1,59 7,80E+05 0,00006 0,374

400 2,13 1,04E+06 0,649

600 3,19 1,56E+06 1,423

5.1.2 Perdas de Carga Localizadas 5.1.3 Tabela de Perdas de Carga


Localizadas
As perdas de carga localizadas, em
regime turbulento, podem ser expressas como: Descrição Fator K

Curva 90° raio longo 0,4


𝐕𝟐
𝒉𝒍 = K * ( ) Joelho 90° 0,75
𝟐∗𝐠
Curva 45° raio longo 0,2
hl = perda de carga localizada (mca)
K = coeficiente de perda de carga localizada Joelho 45° 0,35
V = velocidade média do fluido (m/s) Curva 22°30’ 0,1
g = aceleração da gravidade (9,81 m/s2)
Tê passagem direta 0,4

Os valores de K variam conforme o Tê saída lateral 1,0

fabricante e também conforme a bitola das Tê saída bilateral 1,8


peças, já que o projeto das peças não se
Junção 0,4
mantém exatamente similar para as várias
bitolas. Entretanto, estas variações podem Luva 0,04

normalmente ser desprezadas em função do Alargamento gradual 0,3


valor total da perda de carga do sistema, de
Redução gradual 0,1
modo que podemos adotar valores
aproximados: Registro de gaveta aberto 0,17

Registro de esfera aberto 0,05

Registro globo aberto 6,0

Registro de ângulo aberto 2,0

Registro de diafragma aberto 2,3

Registro de borboleta aberto 0,5

Válvula de retenção de portinhola 2,0


Válvula em pé com crivo, com Pm = perímetro molhado (m)
6,5
fechamento axial θ = ângulo da lâmina d’agua (°)
Válvula em pé com crivo, com
η = coeficiente de Manning
2,5
portinhola
Os principais parâmetros de interesse
Crivo 0,75
para dimensionamento de condutos livres
Saída de reservatório normal, com fechados são a velocidade de fluxo em seu
0,5
cantos vivos
interior e a vazão (volume de líquido escoado
Saída de reservatório com borda 0,8 por unidade de tempo). Estes parâmetros são
Saída de reservatório com cantos calculados, para cada diâmetro interno de tubo,
0,2 a partir da altura da lâmina d ́água admitida em
arredondados
seu interior, do diâmetro interno e da
Entrada de reservatório, livre 1,0
declividade estabelecida para o tubo em seu
Entrada de reservatório, afogada 0,9 sentido longitudinal, conforme equações
apresentadas adiante neste manual.
A máxima velocidade de fluxo, no
5.2 Sistemas de Coleta de Esgoto e interior de um conduto livre fechado, ocorre
Drenagem quando a altura da lâmina d á́ gua é da ordem de
81,3% do diâmetro interno (y/di = 0,813). A
Tubos e canais funcionam como vazão máxima ocorre quando a altura da lâmina
condutos livres quando na superfície do líquido dá́ gua é da ordem de 93,8% do diâmetro
escoado reina a pressão atmosférica. Canais são interno (y/di = 0,938).
considerados condutos livres abertos, e tubos A seleção do diâmetro do tubo
para aplicação em drenagem ou esgotamento, geralmente é feita com base na vazão desejada,
nesta condição de pressão, são considerados resguardando as limitações de projeto com
condutos livres fechados. Em um sistema de relação à declividade.
tubulações para drenagem ou esgotamento por Quando um tubo for selecionado de
gravidade, o escoamento do líquido é acordo com esse critério, é importante
geralmente não-uniforme (variado). No entanto, assegurar que no interior da tubulação ocorra
a hipótese de um fluxo uniforme é postulada de uma velocidade de fluxo mínima, a fim de evitar
modo a simplificar a análise hidráulica do a deposição de matéria sólida na parte inferior
sistema. interna do tubo, o que poderia causar um
Para efeitos de cálculos hidráulicos, as retardamento ou comprometimento do
variáveis a seguir devem ser consideradas. transporte normal do fluxo.
No caso de aplicações em redes de
condução de esgoto sanitário e drenagem de
águas pluviais, também é importante
considerar, além da vazão mínima para
qualquer trecho da rede, a velocidade de fluxo
mínima e máxima admitidas para a rede.
O valor mínimo de vazão a ser
considerado em projeto, conforme estabelecido
na Norma ABNT NBR 9690, é de 1,5 l/s. Os
valores considerados na prática para a
velocidade de fluxo mínima são geralmente
di = diâmetro interno do tubo (m) 0,60 m/s para esgoto sanitário e 0,75 m/s para
y = altura da lâmina d’agua (m) águas pluviais.
Am = área molhada (m2)
O valor de velocidade de fluxo máxima 5.2.1 Dimensionamento Hidráulico de
em projetos de redes coletoras de esgoto e de Condutos Livres
águas pluviais se situa na ordem de 6m/s para
tubos de concreto e de até 8m/s para tubos Ângulo da Lâmina D ́água (θ)
metálicos de paredes corrugadas. Para os tubos O ângulo da lâmina d’água (∅) é
plásticos, que são mais resistentes à abrasão, calculado para um tubo de diâmetro interno di e
velocidades maiores poderão ser consideradas altura de lâmina d á ́ gua y, aplicando-se a
a critério do projetista, cabendo sempre alertar fórmula:
que no desemboque seja detalhada/construída
uma estrutura adequada para que não haja 𝒚
𝜽= 2 * 𝐚𝐫𝐜𝐜𝐨𝐬 [𝟏 − (𝟐 ∗ )]
erosão no corpo receptor. 𝒅𝒊
Em alguns projetos, o conceito de
𝜽 = ângulo da lâmina d’agua (°)
considerar a velocidade mínima tem sido
substituído pelo critério do cálculo da tensão 𝒚 = altura da lâmina d’agua (m)
trativa, ou de arraste, que pode ser definida 𝒅𝒊 = diámetro interno do tubo (m)
como a componente tangencial do peso do
líquido sobre a parcela de área correspondente Área Molhada (Am)
ao raio hidráulico, que atua sobre o material aí Uma vez obtido o ângulo da lâmina
sedimentado promovendo o seu arraste. A dá́ gua, a área molhada (Am) é calculada
fórmula para cálculo da tensão trativa é aplicando-se a fórmula:
apresentada a seguir no item dimensionamento
hidráulico 𝒅𝒊 𝟐
𝑨𝒎 = (𝜽 − 𝐬𝐞𝐧 𝜽) *
Para tubos plásticos de parede interna 𝟖
lisa, o valor de tensão trativa mínima
𝑨𝒎 = área molhada (m2)
geralmente utilizado é de 0,60 Pa em redes de
esgoto e de 1,00 Pa em redes de águas pluviais.
𝜽 = ângulo da lâmina d’agua (rad)
A velocidade mínima recomendada 𝒅𝒊 = diámetro interno do tubo (m)
para linhas de esgoto é de 0,50 m/s, a fim de
proporcionar uma ação de autolimpeza, ou seja, Raio Hidráulico (Rh)
capacidade de arrastar partículas. Em casos Também a partir do ângulo da lâmina
especiais, pode-se empregar velocidades de dá́ gua, o raio hidráulico (Rh) é calculado
0,40 m/s nos trechos iniciais e com baixa vazão. aplicando-se a fórmula:
A velocidade máxima recomendada é
de 5,0 m/s. Velocidades maiores devem 𝒔𝒆𝒏𝜽 𝒅𝒊
𝑹𝒉 = (𝟏 − )*
considerar fatores especiais de dissipação de 𝜽 𝟒
energia, a fim de evitar a erosão dos poços de 𝑹𝒉 = raio hidráulico (m)
visita ou de qualquer estrutura de concreto.
𝜽 = ângulo da lâmina d’agua (rad)
Entretanto, os tubos Amanco Wavin Coletor
𝒅𝒊 = diámetro interno do tubo (m)
podem transportar líquidos em velocidades
maiores do que 7,00 m/s.
Declividade (i)
No caso de esgoto pluvial nessas
A declividade da instalação deve seguir
condições, será preciso instalar grades ou
a topografia do terreno ou ser definida pelo
estruturas que evitem a entrada de materiais
projetista da rede de tubos. A minimização da
rochosos de grandes dimensões cujo impacto
declividade adotada reduz as profundidades
possa avariar a tubulação.
das valas e os custos de escavação.
Velocidade de Fluxo (V) 𝑹𝒉 = raio hidráulico (m)
A equação mais frequentemente 𝒊 = declividade do tubo (m/m)
utilizada para o cálculo da velocidade de fluxo
em condutos livres é a fórmula de Manning: 5.2.2 Considerações Gerais para
Dimensionamento Hidráulico de
𝟏 𝟐 𝟏 Tubos para Redes de Esgoto e de
𝑽= ( ) * 𝑹𝒉 ⁄𝟑 ∗ 𝒊 ⁄𝟐
𝜼 Águas Pluviais

𝑽 = velocidade de fluxo (m/s)


No dimensionamento de tubos para
𝑹𝒉 = raio hidráulico (m) redes em que são definidas a vazão inicial e final
𝒊 = declividade do tubo (m/m) de projeto, estes devem ser dimensionados
𝜼 = coeficiente de Manning para a vazão final, sendo que os valores de
velocidades máxima e mínima de fluxo assim
Um dos parâmetros mais importantes como a tensão trativa devem ser verificadas se
nesta equação é o coeficiente de Manning (ƞ). estão dentro dos limites estabelecidos tanto na
Quanto mais baixo seu valor, maior é a condição final como na condição inicial de vazão
velocidade de fluxo no interior do tubo, para definida para a rede. Recomenda-se que,
determinada declividade. sempre que possível, o tubo seja verificado para
O coeficiente de Manning varia de a vazão final com altura de lâmina d ́água igual
acordo com o tipo de tubo e o material a 81,3% de seu diâmetro interno, condição esta
empregado na sua fabricação. Para fins práticos que permite avaliar a máxima velocidade de
e efeito de cálculo, tubos de plástico com fluxo no interior e saída do sistema.
parede lisa apresentam o valor η=0,010.

Vazão (Q) 5.2.3 Tabela de Vazão e Velocidade


A vazão, em um tubo funcionando como
conduto livre, para líquidos não viscosos, é A fim de exemplificar, segue abaixo
calculada multiplicando-se a área molhada pela tabela de vazão e velocidade para diferentes
velocidade de fluxo, conforme a fórmula: bitolas, algumas declividades e alturas de
lâmina de fluido.
𝟏 𝟐 𝟏 Premissas consideradas no exemplo:
𝑸= 𝑨𝒎 ∗ ( ) * 𝑹𝒉 ⁄𝟑 ∗ 𝒊 ⁄𝟐
𝜼 Diâmetro interno – Considerado o valor
médio dos diâmetros internos de cada tipo de
𝑸 = vazão (m3/s)
tubo coletor Amando Wavin.
𝑨𝒎 = área molhada (m2) Lâmina de esgoto – Considerado as
𝑹𝒉 = raio hidráulico (m) lâminas d´água de 0,5; 0,75; 0,938 e 0,813
𝒊 = declividade do tubo (m/m) Declividades da tubulação –
𝜼 = coeficiente de Manning Considerado 0,1%; 0,2%; 0,3%; 1%; 2% e 5%

Tensão Trativa (σt)


A tensão trativa é calculada utilizando-
se a fórmula:

𝝈𝒕 = 𝜸𝒍 ∗ 𝑹𝒉 ∗ 𝒊

𝝈𝒕 = tensão trativa (Pa)


𝜸𝒍 = peso específico do líquido (N/m3)
Para y/d = 0,500

i (m/m)

DI γ/d θ Am Rh
DN η 0,1/100m 0,2/100m 0,3/100m 1/100m 2/100m 5/100m
(mm) (m) (rad) (m2) (m2)

V Q V Q V Q V Q V Q V Q

100 105,00 0,500 3,142 0,01 0,0043 0,0263 0,28 1,21 0,40 1,71 0,48 2,09 0,88 3,82 1,25 5,41 1,98 8,55

150 150,50 0,500 3,142 0,01 0,0089 0,0376 0,36 3,16 0,50 4,47 0,62 5,47 1,12 9,99 1,59 14,12 2,51 22,33

200 188,10 0,500 3,142 0,01 0,0139 0,0470 0,41 5,72 0,58 8,10 0,71 9,91 1,30 18,10 1,84 25,60 2,91 40,48

250 234,65 0,500 3,142 0,01 0,0216 0,0587 0,48 10,32 0,68 14,60 0,83 17,88 1,51 32,64 2,14 46,17 3,38 72,99

300 295,40 0,500 3,142 0,01 0,0343 0,0739 0,56 19,07 0,79 26,98 0,96 33,04 1,76 60,32 2,49 85,30 3,94 134,88

350 332,80 0,500 3,142 0,01 0,0435 0,0832 0,60 26,21 0,85 37,07 1,04 45,40 1,91 82,89 2,70 117,23 4,26 185,35

400 375,00 0,500 3,142 0,01 0,0552 0,0938 0,65 36,04 0,92 50,97 1,13 62,42 2,06 113,96 2,92 161,17 4,61 254,83

500 454,70 0,500 3,142 0,01 0,0812 0,1137 0,74 60,25 1,05 85,21 1,29 104,36 2,35 190,53 3,32 269,44 5,25 426,03

630 579,00 0,500 3,142 0,01 0,1316 0,1448 0,87 114,77 1,23 162,31 1,51 198,79 2,76 362,94 3,90 513,27 6,16 811,55

800 738,40 0,500 3,142 0,01 0,2141 0,1846 1,03 219,52 1,45 310,44 1,78 380,21 3,24 694,17 4,58 981,70 7,25 1.552,2

1000 921,00 0,500 3,142 0,01 0,3331 0,2303 1,19 395,71 1,68 559,62 2,06 685,39 3,76 1.251,3 5,31 1.769,7 8,40 2.798,1

Para y/d = 0,750

i (m/m)

DI γ/d θ Am Rh
DN η 0,1/100m 0,2/100m 0,3/100m 1/100m 2/100m 5/100m
(mm) (m) (rad) (m2) (m2)

V Q V Q V Q V Q V Q V Q

100 105,00 0,750 4,189 0,01 0,0070 0,0317 0,32 2,21 0,45 3,12 0,55 3,82 1,00 6,97 1,42 9,86 2,24 15,59

150 150,50 0,750 4,189 0,01 0,0143 0,0454 0,40 5,76 0,57 8,15 0,70 9,98 1,27 18,21 1,80 25,76 2,85 40,73

200 188,10 0,750 4,189 0,01 0,0224 0,0567 0,47 10,44 0,66 14,76 0,81 18,08 1,48 33,01 2,09 46,69 3,30 73,82

250 234,65 0,750 4,189 0,01 0,0348 0,0708 0,54 18,83 0,77 26,63 0,94 32,61 1,71 59,54 2,42 84,20 3,83 133,13

300 295,40 0,750 4,189 0,01 0,0551 0,0891 0,63 34,79 0,89 49,20 1,09 60,25 2,00 110,01 2,82 155,57 4,46 245,98

350 332,80 0,750 4,189 0,01 0,0700 0,1004 0,68 47,81 0,97 67,61 1,18 82,80 2,16 151,17 3,05 213,79 4,83 338,03

400 375,00 0,750 4,189 0,01 0,0889 0,1131 0,74 65,73 1,05 92,95 1,28 113,84 2,34 207,84 3,31 293,94 5,23 464,75

500 454,70 0,750 4,189 0,01 0,1306 0,1372 0,84 109,88 1,19 155,39 1,46 190,32 2,66 347,47 3,76 491,40 5,95 776,97

630 579,00 0,750 4,189 0,01 0,2118 0,1747 0,99 209,31 1,40 296,01 1,71 362,54 3,12 661,91 4,42 936,08 6,99 1.480,1

800 738,40 0,750 4,189 0,01 0,3445 0,2228 1,16 400,34 1,64 566,17 2,01 693,41 3,67 1.266,0 5,20 1.790,4 8,22 2.830,8

1000 921,00 0,750 4,189 0,01 0,5360 0,2779 1,35 721,68 1,90 1.020,6 2,33 1.250,0 4,26 2.282,2 6,02 3.227,5 9,52 5.103,1
Para y/d = 0,938 (máxima vazão)

i (m/m)

DI γ/d θ Am Rh
DN η 0,1/100m 0,2/100m 0,3/100m 1/100m 2/100m 5/100m
(mm) (m) (rad) (m2) (m2)

V Q V Q V Q V Q V Q V Q

100 105,00 0,938 5,277 0,01 0,0084 0,0305 0,31 2,60 0,44 3,68 0,53 4,51 0,98 8,23 1,38 11,63 2,18 18,40

150 150,50 0,938 5,277 0,01 0,0173 0,0437 0,39 6,79 0,55 9,61 0,68 11,77 1,24 21,49 1,75 30,39 2,77 48,05

200 188,10 0,938 5,277 0,01 0,0271 0,0546 0,45 12,32 0,64 17,42 0,79 21,33 1,44 38,94 2,03 55,08 3,22 87,08

250 234,65 0,938 5,277 0,01 0,0421 0,0681 0,53 22,21 0,75 31,41 0,91 38,47 1,67 70,23 2,36 99,32 3,73 157,04

300 295,40 0,938 5,277 0,01 0,0668 0,0857 0,61 41,04 0,87 58,03 1,06 71,08 1,94 129,77 2,75 183,52 4,35 290,17

350 332,80 0,938 5,277 0,01 0,0848 0,0965 0,67 56,39 0,94 79,75 1,15 97,68 2,10 178,33 2,98 252,20 4,71 398,77

400 375,00 0,938 5,277 0,01 0,1076 0,1088 0,72 77,53 1,02 109,65 1,25 134,29 2,28 245,18 3,22 346,74 5,09 548,25

500 454,70 0,938 5,277 0,01 0,1582 0,1319 0,82 129,62 1,16 183,31 1,42 224,51 2,59 409,90 3,66 579,68 5,79 916,56

630 579,00 0,938 5,277 0,01 0,2565 0,1679 0,96 246,92 1,36 349,19 1,67 427,67 3,04 780,82 4,30 1.104,2 6,81 1.746,0

800 738,40 0,938 5,277 0,01 0,4172 0,2142 1,13 472,27 1,60 667,89 1,96 817,99 3,58 1.493,4 5,06 2.112,0 8,00 3.339,4

1000 921,00 0,938 5,277 0,01 0,6491 0,2671 1,31 851,34 1,85 1.204,0 2,27 1.474,6 4,15 2.692,1 5,87 3.807,3 9,27 6.019,9

Para y/d = 0,813 (máxima velocidade)

i (m/m)

DI γ/d θ Am Rh
DN η 0,1/100m 0,2/100m 0,3/100m 1/100m 2/100m 5/100m
(mm) (m) (rad) (m2) (m2)

V Q V Q V Q V Q V Q V Q

100 105,00 0,813 4,494 0,01 0,0075 0,0320 0,32 2,40 0,45 3,40 0,55 4,16 1,01 7,59 1,42 10,74 2,25 16,98

150 150,50 0,813 4,494 0,01 0,0155 0,0458 0,40 6,27 0,57 8,87 0,70 10,86 1,28 19,83 1,81 28,04 2,86 44,34

200 188,10 0,813 4,494 0,01 0,0242 0,0572 0,47 11,36 0,66 16,07 0,81 19,68 1,49 35,94 2,10 50,82 3,32 80,36

250 234,65 0,813 4,494 0,01 0,0377 0,0714 0,54 20,49 0,77 28,98 0,94 35,50 1,72 64,81 2,43 91,65 3,85 144,91

300 295,40 0,813 4,494 0,01 0,0597 0,0899 0,63 37,87 0,90 53,55 1,10 65,59 2,01 119,75 2,84 169,35 4,49 267,76

350 332,80 0,813 4,494 0,01 0,0757 0,1013 0,69 52,04 0,97 73,59 1,19 90,13 2,17 164,56 3,07 232,72 4,86 367,97

400 375,00 0,813 4,494 0,01 0,0962 0,1141 0,74 71,55 1,05 101,18 1,29 123,92 2,35 226,25 3,33 319,96 5,26 505,90

500 454,70 0,813 4,494 0,01 0,1414 0,1384 0,85 119,61 1,20 169,15 1,47 207,17 2,68 378,24 3,78 534,91 5,98 845,77

630 579,00 0,813 4,494 0,01 0,2293 0,1762 0,99 227,85 1,41 322,22 1,72 394,64 3,14 720,51 4,44 1.019,0 7,03 1.611,1

800 738,40 0,813 4,494 0,01 0,3729 0,2247 1,17 435,79 1,65 616,30 2,02 754,81 3,70 1.378,1 5,23 1.948,9 8,26 3.081,5

1000 921,00 0,813 4,494 0,01 0,5801 0,2803 1,35 785,58 1,92 1.111,0 2,35 1.360,7 4,28 2.484,2 6,06 3.513,2 9,58 5.554,9
6. Resistência Química
6.1 O PVC fabricação de tubos e conexões, aplicação na
qual se destacam por não sofrerem corrosão e
terem alta durabilidade, evitando a perda de
6.1.1 Aspectos Gerais
água, recurso escasso em todo mundo.
Na construção civil são utilizados para
6.1.1.1 Descoberta
condução de água potável e esgoto, seja em
instalações prediais ou infraestrutura,
O monômero cloreto de vinila (MCV) foi
drenagem, irrigação, entre outros, e também,
descoberto por Justus von Liebig em 1835,
em larga escala, na substituição de tubulação
através da reação do dicloreto de etileno com
antigas. Dentre as outras aplicações do PVC se
hidróxido de potássio em solução alcoólica,
destacam: portas, janelas, telhas, divisórias,
sendo esse fato publicado por um de seus
perfis, revestimentos, pisos, forros, papéis de
alunos Victor Regnault, que pensava ter obtido
parede, piscinas, sidings, decks, sistema
o PVC através da exposição do MCV à luz solar,
construtivo concreto PVC, entre outros.
quando na verdade tinha obtido o policloreto de
Atualmente o PVC vem ganhando cada
vinilideno. Entretanto, o primeiro registro de
vez mais espaços nobres dos ambientes,
polimerização foi em 1872 quando Eugen
atendendo às exigências técnicas e estéticas de
Baumann, através da indução do monômero por
projetos contemporâneos, seja para novas
luz, relatou o surgimento de uma substância
construções ou reformas. No Brasil, o PVC tem
sólida branca, cujas características coincidiam
seu uso consolidado em projetos residenciais,
com a do PVC.
comerciais, industriais e de infraestrutura.
Podendo ser flexível ou rígido, com
diversas cores, é leve, fácil de instalar,
6.1.1.2 Indústria
resistente a temperatura e pressão, não
propaga chamas, tem excelente isolamento
Os primeiros tubos de PVC foram
térmico e acústico, é durável e possui um
fabricados na Alemanha em 1934, sendo
excelente custo-benefício, sendo 100%
amplamente utilizados no transporte de água
reciclável.
potável e esgotos e outras áreas.
O PVC é largamente utilizado e sua
Hoje, quase metade da produção do
presença tem se mostrado fundamental para o
PVC é destinada à produção de tubos para
desenvolvimento de inovações e disseminação
aplicações municipais e industriais.
de soluções, seja em produtos da área médica,
O PVC está cada dia mais presente no
em tubos para condução de água e esgoto ou
nosso dia-a-dia em função de suas
em embalagens de alimentos, calçados,
características onde a matéria prima é utilizada
brinquedos, fios e cabos, revestimentos,
amplamente em muitas aplicações,
automóveis.
substituindo materiais tradicionais tornando-o
uma alternativa viável e atrativa para muitos
mercados, contribuindo no desenvolvimento
6.1.1.3 A fabricação do PVC
sustentável e na qualidade de vida da
população. *fonte: Instituto Brasileiro do PVC
Com aproximadamente 70% da
demanda no segmento da Construção Civil, o O PVC contém, em peso, 57% de cloro,
PVC possui sua principal aplicação na obtido através da eletrólise do sal marinho (um
recurso natural inesgotável) e 43% de eteno, A resina de PVC, na sua forma pura,
derivado do petróleo. pós-fabricação, é um pó branco que sozinho não
A eletrólise é a reação química tem nenhuma aplicação industrial, pois não é
resultante da passagem de uma corrente processável devido às suas características
elétrica por água salgada (salmoura). físicas e químicas. Para a fabricação de produtos
Para a obtenção do eteno, que em PVC, é necessária a adição de produtos
representa apenas 43% desta resina, o óleo cru químicos (aditivos) à resina de PVC. A esta
passa por uma destilação na qual é obtida a mistura dá-se o nome de composto de PVC. A
nafta leve. O eteno é gerado a partir do operação de misturar resina e aditivos é
processo de craqueamento catalítico (quebra de chamada de formulação. O composto de PVC é,
moléculas grandes em moléculas menores com então, inserido em máquinas específicas (a
a ação de catalisadores para aceleração do depender do produto a ser fabricado) como
processo) da nafta. Tanto o cloro como o eteno extrusoras, injetoras, sopradoras, etc. onde
estão na fase gasosa e da reação dos dois é serão transformados ou processados no
produzido o DCE (dicloro etano). produto desejado, como tubos, conexões,
A partir do DCE, obtém-se o MCV frascos, etc.
(monômero cloreto de vinila). As moléculas de O tipo de resina e os aditivos utilizados
MCV são submetidas ao processo de determinarão as características finais dos
polimerização, ou seja, elas se ligam formando produtos em PVC, que podem se apresentar nas
uma molécula muito maior (polímero), formas rígida ou flexível, transparente ou opaco,
conhecida como PVC (policloreto de vinila), que dentre diversas outras características.
é um pó muito fino, de cor branca e totalmente
inerte.

6.1.1.4 Principais características do PVC

• Atóxico, inerte e seguro; • Resistente à maioria dos reagentes químicos;

• Leve (1,4 g/cm³), o que facilita seu manuseio e • Bom isolante térmico, elétrico e acústico;
aplicação;
• Sólido e resistente a choques;
• Resistente à ação de fungos, bactérias, insetos
e roedores; • Impermeável a gases e líquidos;
• Resistente às intempéries (sol, chuva, vento e tubos para a compatibilidade química
maresia); adequada. Antes da instalação definitiva, teste
o tubo com os produtos químicos sob as
• Durável: sua vida útil em construções é condições específicas de sua aplicação. As
superior a 50 anos; escalas de avaliação de comportamento
químico listadas nesta tabela seguem
• Não propaga chamas: é autoextinguível; orientações especificadas pelos nossos
fornecedores. Não efetue testes com elementos
• Versátil e ambientalmente correto; químicos desconhecidos ou não recomendados
sem o consentimento e uma análise prévia dos
• 100% Reciclável; profissionais da Amanco Wavin. Não
orientamos que sejam utilizados tubos e
• Fabricado com baixo consumo de energia. conexões com elementos químicos fora das
indicações presentes nesse catálogo.
Combinações de substâncias químicas
6.1.2 Resistência química do PVC diferentes podem acarretar efeitos adversos na
estrutura dos produtos. A lista a seguir
O produto em PVC tem uma resistência contempla apenas substâncias isoladas e não
muito superior em relação à corrosão ou perda aborda combinações químicas.
de suas propriedades de deflexão através de A tabela indica orientações e
reações químicas com solos de aterro, em especificações de resistência química conforme
especial o ataque do gás sulfídrico gerado pelo dados e análises de nossos fornecedores de
esgoto. matéria-prima.
O ataque químico que o PVC sofre é Para maiores informações sobre a resistência
diferente do ataque em metais. Enquanto nos química do PVC em relação a produtos químicos
metais o ataque químico normalmente se limita e suas concentrações, consultar a ISO / TR
à superfície, com eventual perda de massa, no 10358.
PVC o ataque geralmente envolve absorção do
reagente químico com posterior amolecimento Cuidado!
ou inchamento do material, podendo até
mesmo haver ganho de massa. Por outro lado, Variações de comportamento químico
a perda de massa pode ocorrer em casos em devido a fatores como temperatura, pressão e
que ocorra a dissolução do PVC pelo reagente concentração podem provocar falhas no
químico. produto, mesmo tendo obtido aprovação em um
teste inicial. Ferimentos graves podem ocorrer.
Use proteção adequada e/ou pessoal ao
6.1.3 Recomendações gerais manusear produtos químicos.
A avaliação da resistência química de
A tabela de resistência química do PVC um composto de PVC deve levar em conta que
apresentada, a seguir tem a finalidade de o mesmo consiste da mistura homogênea de
orientar os projetistas, construtores e usuários resinas e aditivos diversos (estabilizantes,
na utilização da Linha PVC com diversos outros lubrificantes, cargas, modificadores, pigmentos
fluidos. e, no caso dos flexíveis, plastificantes). Cada
componente presente na formulação do
Atenção! composto apresenta um comportamento
diferente frente a cada reagente químico,
As informações desta tabela devem ser portanto a resistência química deve levar em
utilizadas somente como um guia na seleção de conta particularidades de cada formulação.
6.1.4 Tabela de resistência química do Ácido Bórico E E
PVC Ácido Bromídrico 20% E E

Ácido Brômico E E
Legenda:
E: Excelente Ácido Butírico R NR

B: Boa Ácido Carbônico E E


R: Regular Ácido Cianídrico E E
NR: Não recomendado
Ácido Cítrico E E
I: Informação não comprovada
Ácido Clorídrico 20% I I

Os dados dessa tabela não devem ser Ácido Clorídrico 50% E E


considerados definitivos, sendo apenas para Ácido Clorídrico 80% E E
uma ideia aproximada: havendo dúvida, será
Ácido Cloroacético 10% B R
preciso fazer um teste, pondo-se em contato
Ácido Clorosulfônico E I
uma amostra da tubulação com o líquido a ser
manejado. Ácido Crecílico 59% B NR

Ácido Crômico 10% E E

Reativo 23 ºC 60ºC Ácido Crômico 30% E NR

Óleo de algodão E E Ácido Crômico 50% B NR

Óleo de mamona E E Ácido Diclocólico E E

Óleo de linhaça E E Ácido Esteárico B B

Óleos lubrificantes E E Ácido Fluorídrico 10% E NR

Óleos minerais E B Ácido Fluorídrico 50% E NR

Óleos e Graxas E B Ácido Fórmico E NR

Acetaldeído NR NR Ácido Fosfórico 25-85% E E

Acetato de Amila NR NR Ácido Gálico E E

Acetato de Butila NR NR Ácido Glicólico E E

Acetato de Etila NR NR Ácido Hipocloroso E E

Acetato de Chumbo E E Ácido Lático 25% E E

Acetato de Sódio E E Ácido Láurico E E

Acetato de Vinila NR NR Ácido Linoleico E E

Acetileno I I Ácido Malêico E E

Acetona NR NR Ácido Málico E E

Ácido Acético 80% B NR Ácido Metilsulfônico E E

Ácido Acético 20% E NR Ácido Nítrico 10% E NR

Ácido Adípico E E Ácido Nítrico 68% NR NR

Ácido Antranquinonsulfônico I I Ácido Oleico E E

Ácido Arisulfônico R NR Ácido Oxálico E E

Ácido Arsênico E B Ácido Palmítico 10% E E

Ácido Bencensulfônico E E Ácido Palmítico 70% NR NR

Ácido Benzoico E E Ácido Peracético 40% NR NR


Ácido Perclórico 10% E E Branqueador (12.5% C12Art.) B R

Ácido Perclórico 70% NR NR Borato de Potássio E E

Ácido Pícrico NR NR Borax E B

Ácido Selênico I I Bromato de Potássio E E

Ácido Silícico E E Bromo (liq.) NR NR

Ácido Sulfuretoso E E Brometo de Etileno NR NR

Ácido Sulfúrico 10% E E Brometo de Potássio E E

Ácido Sulfúrico 75% E E Brometo de Sódio I I

Ácido Sulfúrico 90% NR NR Butadieno R NR

Ácido Sulfúrico 98% NR NR Butano I I

Ácido Tânico E E Butanodiol I I

Ácido Tartânico E E Carbonato de Amônia E E

Ácidos Graxos E E Carbonato de Bário E E

Acrilato de Etilo NR NR Carbonato de Cálcio E E

Água de Bromo R NR Carbonato de Magnésio E E

Água de Mar E E Carbonato de Potássio B B

Água Potável E E Carbonato de Sódio (S.Ash) E E

Água Régia R NR Celulose R NR

Álcool Alílico 96% NR NR Cianeto de Cobre E E

Álcool Amílico R NR Cianeto de Prata E E

Álcool Butílico B NR Cianeto de Potássio E E

Álcool Etílico E E Cianeto de Sódio E E

Álcool Metílico E E Cianeto de Mercúrio B B

Álcool Propargílico I I Ciclohexano NR NR

Álcool Propílico B NR Ciclohexanol NR NR

Amoníaco E NR Cloreto de Cálcio E E

Anidrido Acético NR NR Clorato de Sódio I I

Anilina NR NR Cloro (Aquoso) E NR

Antraquinona E I Cloro (Úmido) E R

Benzeno NR NR Cloro (Seco) E NR

Benzoato de Sódio B E Clorobenzeno NR NR

Bicarbonato de Potássio E E Clorofórmio NR NR

Bicarbonato de Sódio E E Cloreto de Alila NR NR

Bicromato de Potássio E E Cloreto de Alumínio E E

Bifuride de Harmônio E E Cloreto de Amônia E E

Bissulfato de Sódio I I Cloreto de Amila NR NR

Bissulfito de Cálcio E E Cloreto de Bário E E

Bissulfito de Sódio E E Cloreto de Cálcio E E


Cloreto de Cobre E E Fluoreto de Cobre E E

Cloreto de Etila NR NR Fluoreto de Potássio E E

Cloreto de Fenilidrazina R NR Fluoreto de Sódio I I

Cloreto de Magnésio E E Formaldeído E R

Cloreto de Metileno NR NR Fosfato Dissódico E E

Cloreto de Metila NR NR Fosfato Trissódico E E

Cloreto de Níquel E E Fosgeno (Gas) E E

Cloreto de Potássio E E Fosfato (Líquido) NR NR

Cloreto de Sódio E E Freon-12 I I

Cloreto de Tionila NR NR Fructose E E

Cloreto de Zinco E E Frutas (sucos, polpas) E E

Cloreto de Estanho E E Furfural NR NR

Cloreto Estanoso E E Gás Natural E E

Cloreto Férrico E E Gasolina NR NR

Cloreto Ferroso E E Gelatina E E

Cloreto Láurico I I Glicerina ou Glicerol E E

Cloreto Mercúrico B B Glicol E E

Cresol NR NR Glucose E E

Crotonaldeído NR NR Heptano I I

Dextrose E E Hexano NR I

Dicloreto de Etileno NR NR Hexanol (Terciário) R NR

Dicromato de Potássio E E Hidrogênio E E

Dicromato de Sódio B R Hidroquinina E E

Dióxido de Enxofre (Úmido) NR NR Hidróxido de Alumínio E E

Dióxido de Enxofre (Seco) E E Hidróxido de Amônia E E

Dióxido de Carbono E E Hidróxido de Bário 10% E E

Dimetila Amina NR NR Hidróxido de Cálcio E E

Dissulfeto de Carbono NR NR Hidróxido de Magnésio E E

Éter Etílico NR NR Hidróxido de Potássio E E

Etileno Glicol E E Hidróxido de Sódio E E

Fenol NR NR Hipoclorito de Cálcio E E

Ferricianeto de Potássio E E Hipoclorito de Sódio E E

Ferricianeto de Sódio E I Querosene E E

Ferricianeto de Sódio E E Metil-Etil-cetona NR NR

Ferricianeto de Potássio E E Monóxido de Carbono E E

Flúor (Gás Úmido) E E Meta Fosfato de Amônia E E

Fluoreto de Alumínio E E Leite E E

Fluoreto de Amônia 25% NR NR Licor Branco E E


Licor Negro E E Sulfato de Alumínio E E

Licor lanning E E Sulfato de Amônia E E

Melaço E E Sulfato de Bário E E

Mercúrio B B Sulfato de Cálcio E E

Nafta E NR Sulfato de Cobre E E

Nicotina I I Sulfato de Hidroxilamina E E

Nitrato de Alumínio E E Sulfato de Magnésio E E

Nitrato de Amônia E E Sulfato de Metila E R

Nitrato de Cálcio E E Sulfato de Níquel E E

Nitrato de Cobre E E Sulfato de Potássio E E

Nitrato de Magnésio E E Sulfato de Sódio E E

Nitrato de Níquel E E Sulfato de Zinco E E

Nitrato de Potássio E E Sulfato Férrico E E

Nitrato de Sódio E E Sulfato Ferroso E E

Nitrato de Zinco E E Sulfito de Sódio E E

Nitrato Férrico E E Sulfureto de Bário E R

Nitrato Mercuroso B B Sulfureto de Hidrogênio E R

Nitrobenzeno NR NR Sulfureto de Sódio E R

Nitrito de Sódio E E Tetracloreto de Carbono NR NR

Ocenol I I Tetracloreto de Titana B NR

Oleum NR NR Tetra Etilo de Chumbo I I

Oxicloreto de Alumínio E E Tiocianato de Amônia E E

Óxido Nitroso E E Tissulfato de Sódio E E

Oxígênio E E Tolueno NR NR

Pentóxido de Fósforo I I Fosfato de tributilo NR NR

Perborato de Potássio E E Tricloreto de Fósforo NR NR

Perclorato de Potássio E E Trietanol Amina B NR

Permanganato de Potássio 10 B B Trietanol Propano B NR

Peróxido de Hidrogênio 30 E I Trióxido de Enxofre B E

Persulfato de Amônia E E Ureia E E

Persulfato de Potássio E E Vinagre E NR

Petróleo Cru E E Vinhos E E

Potassa Cáustica E E Whisky E E

Propano E I Xileno NR NR

Soluções Eletrolíticas E E

Soluções Fotográficas E E

Soda Cáustica E E

Subcarbonato de Bismuto E E
6.2 O polietileno de abastecimento do Canadá e Estados Unidos.
Na década de 1980 surge o composto PE 80.
6.2.1 Aspectos gerais Há mais de 60 anos, os tubos de PEAD
PE 80 são utilizados em todo o mundo em
6.2.1.1 Descoberta ramais de distribuição de água, agregando
vantagens econômicas e técnicas a diversos
O polietileno foi sintetizado pela projetos.
primeira vez pelo químico alemão Hans von
Pechmann em 1898. Quando seus colegas
Eugen Bamberger e Friedrich Tschirner 6.2.1.3 Fabricação do Polietileno
caracterizaram a substância gasosa e branca
criada, descobriram grandes cadeias compostas O Polietleno é formado por uma cadeia
por CH2 e o denominaram "polietileno". C2H4 ou CH2, em que carbonos e hidrogênios
Em 27 de Março de 1933, o polietileno passam por um processo de polimerização com
foi sintetizado tal como o conhecemos catalisadores utilizados sob pressões entre 10 a
atualmente, por Reginald Gibson e Eric Fawcett, 15 atm.
na Inglaterra. Isto foi possível aplicando-se uma Devido a sua natureza não polar, os
pressão de cerca de 1400 bar e uma polietilenos possuem alta estabilidade a
temperatura de 170 °C. agentes químicos e outros meios, sendo
A pressão requerida para conseguir resistentes a soluções aquosas de sais, ácidos
produzir a polimerização do etileno era muito inorgânicos (exceto aos agentes oxidantes
alta, e por isso a investigação sobre fortes, como os ácidos nítrico e sulfúrico
catalisadores realizada pelo alemão Karl Ziegler fumegante) e álcalis. Até 60°C, os polietilenos
e pelo italiano Giulio Natta, que originou o são estáveis a muitos solventes químicos.
catalisador Ziegler-Natta, rendeu-lhes o prêmio
Nobel em 1963 por sua contribuição científica à
química. Com estes catalisadores, é possível a 6.2.1.4 Principais características do
polimerização sob pressão normal. PEAD
O polietileno é o polímero com a
estrutura química mais simples. Ele é obtido por • Elevada resistência ao impacto e à abrasão;
meio da polimerização do eteno e por isso
também pode ser conhecido como polieteno. • Grande resistência química (praticamente
Por ser constituído apenas de hidrogênio e imune à temperatura ambiente);
carbono, o produto é atóxico e possui uma
grande resistência química. • Atóxico (excelente para transporte de água
potável e alimentos);

6.2.1.2 Indústria • Impermeável;

Os primeiros tubos de PEAD foram produzidos • Flexibilidade (pode ser fornecido em bobinas
por volta de 1950 com a geração de compostos e diminui peças no campo);
PE 32, PE 40 e PE 63, sendo que, os dois
primeiros de baixa densidade e o último de alta • Leveza (densidade aproximada 0,95 g/cm 3);
densidade. Estes tubos eram usados nas
aplicações de baixa a média pressões no • Imune às corrosões química e galvânica;
transporte de fluidos e, por volta de 1960, o tipo
PE 63 começou a ser utilizado para água • Sistema de união por juntas mecânicas
potável, principalmente em ramais de sistemas resistentes à tração;
• Tubos com reduzido número de juntas; • Versátil e ambientalmente correto;
• Excelentes características hidráulicas (C =
150) e baixíssimo efeito de incrustações; • 100% Reciclável;

• Propicia maior velocidade de obra (permite • Fabricado com baixo consumo de energia;
uniões/soldagens fora da vala);
• Custo global de obra menor;
• Menor largura de vala, menor custo de
assentamento, recobrimento e recapeamento; • Vida útil superior a 50 anos.

6.2.2 Resistência Química do PEAD As informações desta tabela devem ser


utilizadas somente como um guia na seleção de
Testes de vida útil em sistemas tubos para a compatibilidade química
fabricados de PEAD indicam uma vida útil adequada. Antes da instalação definitiva, teste
superior a 50 anos o tubo com os produtos químicos sob as
A resistência química nos tubos condições específicas de sua aplicação. As
metálicos, a vida útil é geralmente determinada escalas de avaliação de comportamento
pela degradação por corrosão, química, químico listadas nesta tabela seguem
galvânica ou eletrolítica. Já os tubos plásticos, orientações especificadas pelos nossos
como os de polietileno, não sofrem corrosão fornecedores. Não efetue testes com elementos
eletrolítica ou galvânica. Para os usos mais químicos desconhecidos ou não recomendados
comuns, ou mesmo para a maioria dos produtos sem o consentimento e uma análise prévia dos
considerados agressivos a outros tubos, os profissionais da Amanco Wavin. Não
poliolefínicos podem ser considerados orientamos que sejam utilizados tubos e
materiais praticamente imunes ao ataque conexões com elementos químicos fora das
químico à temperatura ambiente. A resistência indicações presentes nesse catálogo.
química deve ser avaliada considerando-se não Combinações de substâncias químicas
apenas a solução do polímero, como a ação de diferentes podem acarretar efeitos adversos na
tensoativos (stress cracking) e a estrutura dos produtos. A lista a seguir
permeabilidade. O Polietileno de alta densidade contempla apenas substâncias isoladas e não
(PEAD) é muito parecido quanto à solubilidade aborda combinações químicas.
e ao inchamento pela ação de substâncias A tabela indica orientações e
químicas e não reagem com solventes, nem especificações de resistência química conforme
ocorre a formação de uma solução do polímero dados e análises de nossos fornecedores de
a temperatura ambiente. matéria-prima.
Para maiores informações sobre a
6.2.3 Resistência Química do PEAD resistência química do PEAD em relação a
produtos químicos e suas concentrações,
A tabela de resistência química do consultar a ISO / TR 10358.
PEAD apresentada a seguir, tem a finalidade de
orientar os projetistas, construtores e usuários Cuidado!
na utilização dos tubos para ramal predial
Amanco Wavin com diversos outros fluidos. Variações de comportamento químico
devido a fatores como temperatura, pressão e
Atenção! concentração podem provocar falhas no
produto, mesmo tendo obtido aprovação em um
teste inicial. Ferimentos graves podem ocorrer. Acetato de sódio, aquoso T + +
Use proteção adequada e/ou pessoal ao Acetato de vinila + +
manusear produtos químicos.
Acetato isopropílico 100% + o
A avaliação da resistência química de
um composto de PEAD deve levar em conta que Acetileno +

o mesmo consiste da mistura homogênea de Acetofenona +


resinas e aditivos diversos (estabilizantes, Acetona P.A. + +' *
lubrificantes, cargas, modificadores, pigmentos
Ácido acético 100% + ov
e, no caso dos flexíveis, plastificantes). Cada
Ácido acético glacial P.A. + ov
componente presente na formulação do
composto apresenta um comportamento Ácido acético, aquoso 70% + +
diferente frente a cada reagente químico, Ácido acetoacético +
portanto a resistência química deve levar em
Ácido adípico, aquoso Sat. + +
conta particularidades de cada formulação.
Ácido
antraquinonossulfônico, + +
aquoso
6.2.4 Tabela de Resistência Química do
Ácido arsênico, aquoso T + +
Polietileno
Ácido ascórbico + +

Legenda: Ácido benzenossulfônico + +

+ resistente (tensão no escoamento e Ácido benzóico, aquoso T + +


alongamento na ruptura inalteradas) Ácido bórico, aquoso T + +
o resistência limitada (tensão no
Ácido brômico Conc. -
escoamento e alongamento na ruptura
levemente reduzidas) Ácido bromídrico, aquoso 50% + +

- não resistente (tensões na ruptura Ácido butírico, aquoso T + o


significativamente reduzidos) Ácido carbólico (fenol) + +v
v possível descoloração
Ácido carbônico, aquoso T + +
* ou temperatura de ebulição
Ácido carbônico, seco 100% + +
** não é válido para uniões soldadas
Sat solução saturada aquosa Ácido cítrico, aquoso Sat. + +

V baixa quantidade, vestígio Ácido clórico, aquoso 10% + +


T todas as concentrações
Ácido clórico, aquoso 1% + +

Ácido clorídrico, aquoso T + +


Conc. 60ºC
Reativo 20 ºC Ácido cloroacético
% T + +
(mono), aquoso
Acetaldeído T + o
Ácido cloroacético,
≤ 85 % + +
Acetaldeído + ácido aquoso
90/10 +
acético
Ácido clorossulfônico P.A. - -
Acetamida + +
Ácido crômico, aquoso** 50% o -v
Acetato de etila + +
Ácido cromossulfúrico -
Acetato de amônio,
T + + Ácido de bateria + +
aquoso

Acetato de chumbo, Ácido hexafluorosilícico,


T + + 40% + +
aquoso aquoso

Acetato de etila P.A. + o Ácido de hidrofluorídrico, 40-85


+ o
aquoso %
Ácido de nicotina ≤ 10 % + Ácido sulfúrico
fumegante (H2SO4 + T -
Ácido dicloroacético P.A. + ov SO3)
Ácido dicloroacético 50% + + Ácido sulfúrico, aquoso 98% o -
Ácido diglicólico, aquoso 30% + + Ácido sulfúrico, aquoso 80% + o
Ácido Ácido sulfúrico, aquoso 70% + o
dodecilbenzenossulfônic + o
o Ácido sulfúrico, aquoso ≤50 % + +

Ácido fluorsilícico T + + Ácido sulfuroso + +

Ácido fórmico, aquoso 85% + + Ácido tânico (tanino),


10% + +
aquoso
Ácido fórmico, aquoso 10% + +
Ácido tartárico, aquoso T + +
80 – 95
Ácido fosfórico, aquoso + ov
% Ácido tioglicólico + +

Ácido fosfórico, aquoso 50% + + Ácido tricloroacético P.A. + o até -

Ácido ftálico, aquoso 50% + + Ácido tricloroacético,


50% + +
aquoso
Ácido glicólico, aquoso ≤70 % + +
Ácido úrico + +
Ácido graxo + o
Ácido nítrico** 50% o -
Ácido hidrocianídrico + +
Ácido nítrico** 25% + +
Ácido hipocloroso + até o o
Ácidos graxos (>C6) + + até o
Ácido isobutílico P.A. + o
Acrilonitrila P.A. + +
Ácido lático, aquoso Todos + +
Comerc
Ácido maleico, aquoso T + + Acronal®, dispersão + o
ial
Ácido málico, aquoso 50% + + Açúcar de cana, aquoso T + +
Ácido metacrílico + + Água amoniacal T + +
Ácido metilbenzóico Sat. o Sat. a
Água de bromo +
Ácido metilsulfúrico 50% + + frio

Ácido monocloroacético + o Água de cal + +

Ácido nítrico 95% - - Água do mar + +

Ácido oléico + o Água mineral + +

Ácido oxálico, aquoso T + + Água potável, clorada + +

Ácido palmítico + + Água régia (HCl +


-
HNO3)
Ácido perclórico, aquoso 70% + -
Água destilada + +
Ácido perclórico, aquoso 50% + o
Aguardente + +
Ácido perclórico, aquoso 20% + +
Aguarrás P.A. +
Ácido pícrico, aquoso 1% +
Aktivin® (cloroamina,
+ +
Ácido propiônico, aquoso T + + aquosa 1%)

Ácido salicílico + + Álcoois graxos + o

Ácido silícico, aquoso T + + Álcool alílico (2-


96% + +
propenol-1)
Ácido succínico, aquoso 50% + +
Álcool amílico (C5 álcool) P.A. + +
Ácido sulfúrico
V -
fumegante Álcool benzílico + +
Álcool butílico + + Antiespumantes + + até o

Álcool cetílico Ar P.A. + +


+ +
(hexadecanol)
Asfalto + ov
Álcool de ceras P.A. o o
Aspirina ® +
Álcool de gordura de
P.A. + o Banhos eletrolíticos para
coco + até o o
galvanotécnica
Álcool de isobutil
+ + Banhos fixantes Comerc
(isobutanol) + +
fotográficos ial
Álcool etílico 96% + +
Benzaldeído em álcool
1% + +
Álcool etílico + ácido isopropílico
Conc.
acético (mistura de + +
De uso Benzaldeído, aquoso T + + até o
fermentação)

Álcool feniletílico + + Benzeno P.A. o -

Álcool furfurílico + +v Benzoato de sódio,


T + +
aquoso
Álcool isoamílico P.A. + o
Betume + ov
Álcool metílico + +
Bicarbonato de amônio,
Sat. + +
Álcool nonílico (nonanol) + + aquoso

Álcool palmítico + + Bicarbonato de potássio,


Sat. + +
aquoso
Álcool propargílico,
7% + +
aquoso Bicarbonato de sódio,
Sat. + +
aquoso
Alilacetato + + até o
Bicromato-ácido sulfúrico Conc. -
Alilcloreto o -
Bissulfato de potássio,
Alúmen de cromo Sat. + +
aquoso
(sulfato crômico de Sat. + +
potássio), aquoso Bissulfato de sódio,
Sat. + +
aquoso
Alúmen de cromo,
Sat. + +
aquoso Bissulfito de potássio,
Sat. + +
aquoso
Alúmen de ferro III
(sulfato de amônio Sat. + + Bissulfito de sódio,
Sat. + +
férrico), aquoso aquoso

Alúmen, aquoso T + + Bissulfito licor + +

Amidas de ácidos graxos + o Borato de potássio,


1% + +
aquoso
Amido, aquoso T + +
Borato de sódio + +
Amilacetato P.A. + +
Borato de trimetil + o até -
Aminoácidos + +
Bórax (tetraborato de
2-aminoetanol Sat. + +
P.A. + sódio), aquoso
(etanolamina)
Bromato de potássio, até 10
Amônia, gasosa + + + +
aquoso %
Amônia, líquida + Brometo de hidrogênio,
P.A. + +
Anidrido acético P.A. + ov gasoso

Anidrido arsênico + + Brometo de lítio + +

Anilina T + + Brometo de metila


P.A. -
(bromometano), gasoso
Anisol + -
Brometo de metila, Cianeto de potássio,
P.A. - T + +
gasoso aquoso

Brometo de potássio, Cianeto de sódio + +


T + +
aquoso
Cianeto ferroso de sódio + +
Brometo de sódio + +
Ciclanona (sulfonato de Comerc
+ +
Bromo, líquido 100% - álcool graxo) ial

Bromoclorometano - Ciclohexano + +

1,3-butadieno, gasoso P.A. o - Ciclohexanol + +

Butandiol, aquoso T + + Ciclohexanona + o

Butano, gasoso + Cidra + +

Butantriol, aquoso T + + Clareador ótico + +

2-Butendiol -1,4 P.A. + Clophen® A50 e A60 + o até -

Butilacrilato + o Cloral
P.A. + +
(tricloroacetaldeído)
Butilbenzilftalato + +
Cloral hidratado, aquoso T + +v
Butilenoglicol P.A. + +
Clorato de cálcio, aquoso Sat. + +
Butilfenol P.A. + +
Clorato de potássio,
Butilfenona P.A. - T + +
aquoso
Butilglicol P.A. + Clorato de sódio, aquoso Sat. + +
2-Butindiol-1,4 P.A. + Cloreto benzílico o -
Butoxila® Cloreto benzoílico o o
+ o
(metoxibutilacetato)
Cloreto de alumínio,
Cal + + T + +
aquoso
Cânfora o - Cloreto de antimônio,
+ +
Carbazol + + anidro

Carbonato de amônio, Cloreto de cálcio, aquoso Sat. + +


T + +
aquoso Cloreto de cobre, aquoso Sat. + +
Carbonato de cálcio + + Cloreto de estanho II,
T + +
Carbonato de magnésio + + aquoso

Carbonato de potássio, Cloreto de estanho IV,


T + + Sat. + +
aquoso aquoso

Carbonato de sódio, Cloreto de Etileno o -


T + +
aquoso Cloreto de ferro III,
Sat. + +
Carbonato de zinco + + aquoso

Carbureto de cálcio + + Cloreto de hidrogênio,


+ +
gás, seco e úmido
Cera de abelha + o até -
Cloreto de magnésio,
T + +
Ceras + + até o aquoso

Cerveja + + Cloreto de Mercúrio + +

Cetonas + até o o até - Cloreto de metila


P.A. o
(clorometano), gasoso
Chucrute (repolho) + +
Cloreto de metileno
Chumbo-tetraetila + o o*
(diclorometano)
Cianeto de cobre, aquoso Sat. + Cloreto de níquel + +
Cloreto de potássio, 1,2-diaminoetano
T + + P.A. + +
aquoso (etilenodiamina)

Cloreto de sódio, aquoso T + + Dibrometo de etileno o -

Cloreto de tionil - 1,2-dibromoetano o -

Cloreto de vinilideno Dibutilftalato (ftalato de


P.A. - P.A. + o
(1,1-dicloroetileno) butil)

Cloreto sulfúreo (cloreto Cloreto de etila


- P.A. o*
de sulfonil) (cloroetano)

Clorito de sódio, aquoso 50% + Dicloreto de etileno


o -
(dicloroetano)
Cloro gasoso, seco o -
Dicloreto de propileno 100% -
Cloro gasoso, úmido o -
Diclorobenzeno o -
Cloro, líquido -
Diclorodifeniltricloroetan
Cloro, solução aquosa + +
Sat. + o o (DDT, pó)
(água de cloro)
Dicloroetano o o
Cloroamina, aquoso Sat. +
1,1-Dicloroetileno P.A. - -
Clorobenzeno o -
Diclorometano** o o*
Cloroetanol P.A. + +v
Dicloropropano o -
Clorofórmio P.A. o até - -
Dicloropropeno o -
Cloropicrina + até o -
Dicromato de potássio,
Cola + + T + +
aquoso
Comerc Dicromato de sódio + +
Cola animal + +
ial
Diesel, combustível + o
Cola concentrada + +
Dietilenoglicol + +
Cola de amido (dextrina),
18% + +
aquoso 2-Dietilhexilftalato
+ o
(DOP)
Coloração do açúcar da Comerc
+ +
cerveja ial Difenilamina + o

Condensado de vapor Diisobutilcetona P.A. + o até -


+ +
saturado
Diisoctilftalato P.A. + o
Conhaque +
Dimetil formamida P.A. + + até o
Creosoto + +v
Dimetilamina + o
Cresol 100% + ov
Dimetilsulfóxido + +
Cresol, aquoso Diluído + +v
Dinonilftalato (DNP) P.A. + o
Cromato de potássio,
40% + + Dioctilftalato + o
aquoso

Cromato de sódio + + Dioxano + +

Crotonaldeído P.A. + o Dióxido de enxofre,


T + +
aquoso
Decahidronaftalina
P.A. + o Dióxido de enxofre,
(Dekalin®) + +
gasoso
Conc.
Detergentes, sintéticos + + Dispersões de borracha
de uso + +
(látex)
Dextrina, aquosa 18% + +
Dissulfeto de carbono o -
Dextrose, aquosa T + +
Dodecilbenzenossulfonat Etanolamina (2-
+ + P.A. +
o sódio aminoetanol)

Emulsão de ácido Éter + até o o*


+ +
poliacrílico
Éter de petróleo + o
Comerc
Emulsão de silicone + + Éter dietílico P.A. + até o o*
ial

Emulsificantes + + Éter diisopropílico + até o -

Emulsões (fotográfico) + + Éter isopropílico P.A. + até o -

Emulsões de cera Comerc Éter monobutílico de


+ o etilenoglicol P.A. +
parafina ial
(Butilenoglicol)
Emulsões de Mowilith® + +
Etilbenzeno P.A. o
Comerc
Emulsões fotográficas + + Etileno + +
ial

Epicloridrina + + Etilenodiamina (1,2-


P.A. + +
diaminoetano)
Espermacete +
Etilenoglicol + +
Essências de óleos + +
2-Etil-hexanol + o
Estearato de zinco + +
Euron® B o o
Éster adípico + o
Euron® G + +
Éster butílico de ácido
acético (acetato de P.A. + o Extrato de café + +
butila) Extratos taninos, Comerc
+
Éster butílico de ácido vegetais ial
+ +
glicólico Fenilhidrazina P.A. o o até -
Éster de ácido Fenol + +v
+ o
clorofórmico
Ferricianeto de sódio,
Éster dibutílico de ácido Sat. + +
P.A. + o aquoso
ftálico
Ferrocianeto de sódio + +
Éster ftálico + + até o
Ferri-/ferrocianeto de
Éster metílico de ácido T + +
P.A. + potássio, aquosos
acético
Fluido hidráulico + o
Éster metílico de ácido
+ o até -
bórico Fluido para freios + +

Éster metílico de ácido Flúor, gasoso -


+ +
dicloroacético
Fluoreto de cobre,
Sat. + +
Éster metílico de ácido aquoso
+ o
salicílico
Fluoreto de potássio,
T + +
Éster metilílico de ácido aquoso
+ +
monocloroacético
Fluoreto de sódio + +
Ésteres alifáticos P.A. + + até o
Fluorsilicato de magnésio + +
Estireno o -
Formaldeído, aquoso ≤40 % + +
Etano + +
Formamida + +
Etanol 96% + +
Fosfato de amônio,
T + +
Etanol desnaturado com aquoso
96% +
tolueno
Fosfato de cálcio + +
Fosfato de potássio, Comerc
Sat. + + Glicol, aquoso + +
aquoso ial

Fosfato de sódio, aquoso Sat. + + Glicose, aquosa T + +

Fosfato de tricresil + + Glysantin® + +

Fosfato de trioctil + o Grisiron® 8302 o o

Fosfato de trissódico + + Grisiron® 8702 + +

Fosfato dissódico + + Halothan® o o até -

Fosfato tributílico + + Heptano + o

Fosfatos, aquoso T + + Hexacianoferrato de


T + +
potássio, aquoso
Fosgênio, gasoso o
Hexametafosfato de
Fosgênio, líquido 100% - Sat. + +
sódio, aquoso
Frigen® 12 (Freon® 12) 100% o - Hexano + o
Frutose (açúcar da fruta), Hexanotriol + +
T + +
aquosa
Hidrazina hidratada + +
Furfurol + o
Hidrocloreto de anilina,
Gás carbônico 100% + + T + +
aquoso
Comerc Hidrocloreto de
Gás, manufaturado + + -
ial fenilhidrazina
Gás, natural P.A. + Hidrogênio + +
Gases de escape que Hidroquinona +v +v
T + +
contêm ácido carbônico
Hidrossulfeto de amônio,
Gases de escape que T + +
aquoso
contêm fluoreto de V + +
hidrogênio Hidrossulfito, aquoso ≤10 % + +

Gases de escape que Hidróxido de alumínio + +


T + +
contêm gás carbônico
Hidróxido de bário,
T + +
Gases de escape que aquoso
contêm monóxido de T + +
carbono Hidróxido de cálcio + +

Gases de escape que Hidróxido de magnésio + +


contêm óxidos de V + + Hidróxido de potássio + +
nitrogênio
Hidróxido de potássio,
Gases de escape que T + +
aquoso
contêm trióxido de
enxofre Hidróxido de potássio,
50% + +
solução
Gasolina, grau regular
+ o
(DIN 51635) Hidróxido de sódio,
T + +
aquoso
Gelatina + +
Hidróxido de sódio,
Geléia + + + +
sólido
Genantin® + + Hipoclorito de cálcio,
T + +
Gim + aquoso (suspensão)

Glicerina, aquosa T + + Hipoclorito de potássio,


Sat. o -
aquoso
Glicerinocloridrina + +
Hipoclorito de sódio,
+ até o -
Glicerol + + solução
Iodeto de magnésio + + Metilmetacrilatol + +

Iodeto de potássio, Metilpirrolidina (n-) + +


T + +
aquoso
Metilpropilcetona + o
3%
Iodo-iodeto de potássio + + Metoxibutanol + o
iodo

Isooctano + o Metoxibutilacetato
+ +
(Butoxila®)
Isopropanol (álcool
P.A. + + Mingau + +
isopropílico)

Lactose (açúcar do leite) + + Mistura de nafta/benzeno 80/20 + o

Lama de ânodos de Monoclorobenzeno o -


+ +
cromo Monóxido de carbono,
P.A. + +
Lama de melado + + gasoso

Lama de zinco + + Mordente para metais


+
(decapante)
Lanolina + +
Conc.
Mordente para madeira + + até o
Látex + + de uso

Licor + + Nafta + o

Lima clorada + + Naftaleno + -

Líquido refrigerante e Nicotina + +


lubrificante para trabalho o o
em metal Nitrato de amônio,
T + +
aquoso
Líquidos de lavagem Usual + +
Nitrato de cálcio, aquoso 50% + +
Lysol® + o
Nitrato de cobre, aquoso 30% + +
Maionese +
Nitrato de ferro III,
Sat. + +
Manteiga + aquoso

Margarina + + Nitrato de níquel + +

Mel + + Nitrato de prata, aquoso T + +

Melado + + Nitrito de sódio, aquoso T + +

Mentol + o Nitrobenzeno + o

Mercúrio + + Nitrocelulose +

Metafosfato de alumínio + + n-propanol (álcool n-


+ +
propílico)
Metafosfato de amônio + +
Octilcresol P.A. o -
Metanol P.A. + +
Óleo animal + o
4-Metil pentanol-2 + + até o
Óleo combustível + o
Metilacrilato + +
Óleo cru + o
Metilamina, aquoso 32% +
Óleo de aguarrás P.A. + até o -
Metilbenzeno o -
Óleo de agulha de pinho +
2-Metilbutanol-2 P.A. + o
Óleo de alcatrão de
Metilciclohexano o o até - +v ov
hulha
Metiletilcetona P.A. + o Óleo de amendoim P.A. +
Metilglicol + + Óleo de azeitona + +
Metilisobutilcetona + o até - Óleo de cânfora -
Óleo de coco + o Perborato de sódio,
T + o
aquoso
Óleo de eixo + até o o
Perclorato de potássio,
Óleo de soja + + 1% +
aquoso
Óleo de fígado de Perclorato de potássio, até 10
+ o + o
bacalhau aquoso %
Óleo de linhaça P.A. + + Perclorato de sódio,
T + +
Óleo de menta-pimenta + aquoso

Óleo de milho + o Percloroetileno o -

Óleo de motor (óleo Permanganato de


+ + até o 20% + +v
industrial) potássio

Óleo de noz de palma + Permanganato de


até 6% + +v
potássio, aquoso
Óleo de nozes + o
Peróxido de hidrogênio 100% o o
Óleo de rícino + +
Peróxido de hidrogênio,
30% o -
Óleo de semente de aquoso
P.A. + +
algodão
Peróxido de hidrogênio,
10% o -
Óleo de semente de anis o - aquoso

Óleo de silicone P.A. + + Peróxido de sódio,


10% + +
aquoso
Óleo de transformador
P.A. + o
(óleo isolante) Peróxido de sódio,
Sat. o
aquoso
Óleo lubrificante + o
Persulfato de potássio,
sem T + +
Óleo mineral + + até o aquoso
aditivos
Petróleo + o
Óleo para máquinas + o
Piridina + o
Óleo para motores de 2
+ o
tempos Plastificantes + o

Óleos aromáticos o - Plastificantes de


+ + até o
poliéster
Óleos etéricos o -
Poliglicóis + +
Óleos lubrificantes P.A. + + até o
Polpa de fruta + +
o-Nitrotolueno + o
Polysolvan® O (éster
Oxicloreto de fósforo + o butílico de ácido + +
Óxido de propileno + + glicólico)

Óxido de zinco + + Preparado de vitaminas,


+
seco (pó)
Óxido difenílico + o
Propano de trimetilol,
+ +
Oxigênio + + aquoso

Ozônio 50 ppm o - Propano, gasoso P.A. +

Parafina, líquida + + Propanol (álcool


+ +
propílico)
Paraformaldeído + +
Propanol-(2) (álcool
Pentacloreto de + +
+ + isopropílico)
antimônio
Pseudocumeno o o
Pentóxido de fósforo 100% + +
Querosene + o
Perborato de potássio + +
Quinina + +
Removedor de esmalte + o Suco de frutas, não
T + +
fermentado
Resina fenólica, massa
+ +
de modelagem Suco de tomate + +

Resinas de Cumarona + + Suco do açúcar de


+ +
beterraba
Resinas de poliéster o -
Sucos de frutas cítricas + +
Reveladores fotográficos +v +v
Sulfeto de hidrogênio,
Sabão líquido + + Sat. + +
aquoso
Sais de bismuto + + Sulfato de alumínio,
Sat. + +
Sais de cromo, aquoso T + + aquoso

Sais de fertilizante, Sulfato de alumínio,


T + + + +
aquoso sólido

Sat. A Sulfato de amônio,


Sais de prata, aquoso + + T + +
frio aquoso

Sal comum, aquoso T + + Sulfato de cálcio + +

Sal de bário, aquoso T + + Sulfato de cobre, aquoso T + +

Sat. A Sulfato de ferro, aquoso Sat. + +


Sal de cobre, aquoso + +
frio Sulfato de hidroxilamina,
12% + +
Sal de Glauber, aquoso T + + aquoso

Sal de magnésio, aquoso T + + Sulfato de magnésio,


T + +
aquoso
Sal de mercúrio + +
Sulfato de manganês + +
Sal de níquel, aquoso + +
Sulfato de níquel, aquoso T + +
Sal de zinco, aquoso T + +
Sulfato de potássio,
T + +
Sal fixador, aquoso T + + aquoso

Sal fixador, sólido + + Sulfato de potássio-


T + +
alumínio, aquoso
Salmoura Sat. + +
Sat. A
Sebo + + Sulfato de sódio, aquoso + +
frio
Sebo bovino + + até o Sulfato férrico, aquoso Sat. + +
Semente de anis o o até - Sulfeto de cálcio, aquoso ≤ 10% o o
Silicato de sódio + + Sulfeto de hidrogênio,
+ +
Silicato de sódio, aquoso T + + gasoso

Soda (carbonato de Sulfeto de potássio,


T + + Sat. + +
sódio), aquoso aquoso

Solução alcoólica + Sulfeto de sódio, aquoso T + +

Solução de hipoclorito de Sulfito de potássio,


Sat. + +
sódio com 12.5% de o - aquoso
cloro** ativo Tetraborato de sódio
Sat. + +
Solução de sabão, (bórax), aquoso
T + +
aquoso Tetrabromometano o até - -
Solução de soda cáustica T + + Tetracianocuprato de
Sat. + +
Soro de leite + + potássio, aquoso

Suco de frutas, Tetracloreto de carbono o -


+ +
fermentado Tetracloroetano o até - -
Tetracloroetileno o até - - Trietanolamina (2,2‘,2‘‘-
T + o
Nitrilotrietanol), aquoso
Tetraclorometano
P.A. o -
(tetracloreto de carbono) Trietanolamina (2,2‘2‘‘-
T + o
nitrilotrietanol), aquoso
Tetrahidrofurano P.A. o até - -
Trietilenoglicol + +
Tetrahidronaftaleno
P.A. + -
(Tetralin®) Trifluoreto de boro + + até o

Tinta de escrever + + Trilon® + +

Comerc Trióxido de cromo,


Tintura de iodo + ov 50% o -v
ial aquoso**

Tinturas +v +v Trióxido de enxofre -

Tiocianato de amônio + + Tri-ß-cloroetilfosfato + +

Tiofeno o - Tutogen® U + +

Tiossulfato de potássio, Tween® 20 e 80 + -


Sat. + +
aquoso
Uísque +
Tiossulfato de sódio,
Sat. + + Uréia, aquoso ≤33 % + +
aquoso

Tolueno P.A. o - Urina + +

Tricloreto de antimônio + + Vapores de bromo -

Tricloreto de fósforo - - Comerc


Vinagre de vinho + +
ial
Tricloroacetaldeído
P.A. + + Vinho +
(cloral)

Triclorobenzeno - - Vitamina C +

Tricloroetileno P.A. o até - - Xarope de amido + +

Trietanolamina + +v Xileno o -
7. Tubulações Enterradas
7.1 Tubos Rígidos, Semirrígidos e 7.3 Comportamento Estrutural
Flexíveis
As tubulações quando enterradas
sofrem esforços decorrentes da carga de terra,
Os tubos podem ser classificados como
de tráfego e da pressão interna quando existir.
rígidos, semirrígidos ou flexíveis de acordo com
As tubulações que trabalham sem
sua capacidade mecânica de resistir a deflexões
pressão interna sofrem esforços basicamente
pré-estabelecidas da seção transversal, sem
de compressão provocadas pela carga de terra
sofrer avarias permanentes, quando
e de tráfego. Quanto maior a profundidade,
submetidos à compressão diametral.
maior é o valor da carga de terra e menor o valor
da carga de tráfego agindo na tubulação.
% Deflexão sem
Classificação
apresentar falhas Tipos de tubos
do tubo
estruturais

Concreto
Rígido Deflexão < 0,1% As tubulações que trabalham sob
cerâmico

0,1% ≤ Deflexão ≤
pressão interna também sofrem esforços
Semirrígido Ferro Fundido
3,0% adicionais devido à sua condição enterrada. Tais
Flexível Deflexão > 3,0% PVC

esforços são basicamente de compressão,


De acordo com esse conceito mecânico,
devido a carga de terra sobre o tubo, cargas
os tubos BIAX, PBA, DEFOFO, COLETOR
externas, e de flexão, devido à leve deformação
MACIÇO, COLETOR CELULAR, COLETOR
do tubo em consequência de tal carga. O efeito
CORRUGADO e COLETOR NOVAFORT são
destas cargas é sentido principalmente após o
classificados como tubo flexível.
tubo ser enterrado, enquanto não é submetido
O conceito de tubo flexível não é
à pressão interna. Logo que a pressão interna é
referente ao sentido longitudinal da barra, mas
aplicada, ela atua no sentido de inibir estar
sim sob o aspecto intrínseco da matéria prima,
cargas, causando um arredondamento
principalmente sua dureza.
praticamente completo do tubo.
Para tubos sob pressão interna, o efeito
das cargas externas sobre um tubo é muito
7.2 Interação entre o Tubo e o Solo
pequeno quando comparado à ação da pressão
interna, e na maioria dos casos pode ser
Os tubos flexíveis Amanco Wavin se
desprezado.
beneficiam da capacidade de se deformarem
sob a ação de cargas, sem apresentarem danos
estruturais. Esta deformação é conhecida como
7.4 Princípio de Flexibilidade
deflexão ou distorção que permite ao tubo se
adaptar à forma do invólucro exterior,
A capacidade de carga dos tubos
transferindo a maior parte da carga vertical
flexíveis Amanco Wavin PBA, DEFOFO, BIAX e
recebida para a envoltória de solo.
COLETOR vem de sua flexibilidade: ao
receberem cargas verticais, esses tubos
defletem e geram apoio passivo ao solo
circundante.
Essa deflexão livra a tubulação de 7.6 Cargas sobre a Tubulação
grande parte da carga vertical, transmitindo-a
ao solo através do mecanismo de arco O cálculo das cargas aplicadas a
estrutural. Esse mecanismo desenvolve uma tubulações enterradas é feito conforme
reação horizontal que transforma o solo em métodos convencionais de engenharia, sejam as
elemento de apoio. de tráfego ou as de solo.
A grandeza da deflexão transversal que A Norma NBR14486 estabelece o
ocorre em um tubo flexível submetido a cargas cálculo das deformações diametrais devido à
externas depende de três fatores: carga de terra e às cargas móveis, resumidas
abaixo:
• Rigidez do tubo (PS ou R);
• Módulo de reação do solo E’;
• Carga sobre o tubo (de tráfego e/ou do 7.6.1 Cargas Móveis
solo).
A pressão resultante do solo na geratriz
No início do século, Marston concluiu que superior da tubulação devido às cargas móveis
esses fatores se relacionam da seguinte forma: pode ser calculada pela equação:

𝑪𝒂𝒓𝒈𝒂 (𝒕𝒓á𝒇𝒆𝒈𝒐 + 𝑺𝒐𝒍𝒐)


𝑫𝒆𝒇𝒍𝒆𝒙ã𝒐 𝑽𝒆𝒓𝒕𝒊𝒄𝒂𝒍 = ( )
𝑹𝒊𝒈𝒊𝒅𝒆𝒛 𝒅𝒐 𝒕𝒖𝒃𝒐 + 𝑴ó𝒅𝒖𝒍𝒐 𝒅𝒆 𝒓𝒆𝒂çã𝒐 𝒅𝒐 𝒔𝒐𝒍𝒐
qm = c * f * p
A seguir, explicaremos como cada um
dos termos do lado direito dessa expressão
onde:
influem no comportamento estrutural da
qm = pressão devido às cargas móveis, em
tubulação.
Pascals;
c = coeficiente de carga móvel, adimensional;
7.5 Rigidez do Tubo
f = fator de impacto, adimensional;
p =carga distribuída na superfície sobre uma
Rigidez do tubo (PS ou R) é a relação
área (a x b), em Pascals
existente entre uma força vertical aplicada F e a
deflexão horizontal ∆y produzida, aplicada
Como fator de impacto (f) recomenda-
conforme a deflexão apontada nas normas
se adotar:
pertinentes de cada tipo de tubulação ou seja:
f = 1,50 para rodovias, adimensional;
𝑭
𝑷𝑺 = f = 1,75 para ferrovias, adimensional.
∆𝒀
Como coeficiente de carga móvel pode-
A rigidez das tubulações Amanco
se adotar a tabela abaixo:
Wavin Infraestrutura varia de 3,5 a 8 kg/cm2.
Esses valores atendem os requisitos de
tubulação.
b/2H

0,02 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,40 0,50 0,60 0,80 1,00 1,50 2,00 3,00 5,00

a/2H 0,02 0,001 0,002 0,004 0,006 0,007 0,009 0,011 0,014 0,016 0,018 0,021 0,023 0,024 0,025 0,025 0,025

0,05 0,002 0,005 0,009 0,014 0,018 0,023 0,027 0,034 0,040 0,045 0,052 0,056 0,061 0,063 0,063 0,064

0,10 0,004 0,009 0,019 0,028 0,037 0,045 0,053 0,067 0,079 0,089 0,103 0,112 0,121 0,124 0,126 0,126

0,15 0,006 0,014 0,028 0,041 0,054 0,067 0,079 0,100 0,118 0,132 0,153 0,166 0,181 0,185 0,187 0,188

0,20 0,007 0,018 0,037 0,054 0,072 0,088 0,103 0,131 0,155 0,174 0,202 0,219 0,238 0,244 0,247 0,248

0,25 0,009 0,023 0,045 0,067 0,088 0,108 0,127 0,161 0,190 0,214 0,248 0,269 0,293 0,301 0,305 0,306

0,30 0,011 0,027 0,053 0,079 0,103 0,127 0,149 0,190 0,224 0,252 0,292 0,318 0,346 0,355 0,359 0,361

0,40 0,014 0,034 0,067 0,100 0,131 0,161 0,190 0,241 0,284 0,320 0,373 0,405 0,442 0,454 0,460 0,461

0,50 0,016 0,040 0,079 0,118 0,155 0,190 0,224 0,284 0,336 0,379 0,441 0,481 0,525 0,540 0,547 0,549

0,60 0,018 0,045 0,089 0,132 0,174 0,214 0,252 0,320 0,379 0,428 0,499 0,544 0,596 0,613 0,622 0,624

0,80 0,021 0,052 0,103 0,153 0,202 0,248 0,292 0,373 0,441 0,499 0,584 0,639 0,703 0,725 0,736 0,740

1,00 0,023 0,056 0,112 0,166 0,219 0,269 0,318 0,405 0,481 0,544 0,639 0,701 0,775 0,800 0,814 0,818

1,50 0,024 0,061 0,121 0,181 0,238 0,293 0,346 0,442 0,525 0,596 0,703 0,775 0,863 0,894 0,913 0,918

2,00 0,025 0,063 0,124 0,185 0,244 0,301 0,355 0,454 0,540 0,615 0,725 0,800 0,894 0,930 0,951 0,958

3,00 0,025 0,063 0,126 0,187 0,247 0,305 0,359 0,460 0,547 0,622 0,736 0,814 0,913 0,951 0,976 0,984

5,00 0,025 0,064 0,126 0,188 0,248 0,306 0,361 0,461 0,549 0,624 0,740 0,818 0,918 0,958 0,984 0,994

7.6.2 Cargas de Solo


𝑷 = 𝜸 + (𝑯 − 𝒉)
Para a carga de solo,
conservadoramente é usado o valor do prisma
P = Carga de solo (Kgf/cm2)
de carga:
γ = Peso específico do solo de reaterro
(Kgf/cm3)
𝑷 = 𝜸∗𝑯
H = Altura da geratriz superior do tubo até a
Sendo: superfície (m)
h = Altura do lençol freático (m)
P = Carga de solo (Kgf/cm2)

γ = Peso específico do solo de reaterro


(Kgf/cm3)

H = Altura da geratriz superior do tubo até a


superfície (m)

No caso do nível de lençol freático, situar-se


acima da tubulação, a pressão devido à carga
de terra deve ser calculada pela expressão:
7.7 Cargas de Solo variável mais importante para o controle das
deflexões verticais da tubulação.
Entende-se por solo o material de O módulo de reação do solo (E’) não
preenchimento ao redor do tubo, cuja função pode ser determinado em campo. Deve ser
estrutural é de proporcionar confinamento e obtido com o uso da Tabela abaixo (Howard),
apoio lateral. O módulo de reação do solo (E’) é que relaciona o tipo de material de
definido como a resposta passiva do solo à força preenchimento, o grau de Compactação e a
horizontal que a tubulação exerce lateralmente densidade relativa.
em uma deflexão, como produto da deflexão
vertical ∆y. Do ponto de vista estrutural, é a

(E’) para diferentes graus de compactação do recobrimento kg/cm2 (psi)


Tipo de solo para
camadas (Sistema Compactação Compactação alta,
Compactação ligeira, <85%
Unificado de Material lançado sem moderada, 85-95% >95% Proctor,
Proctor, Densidade relativa
Classificação) compactar Proctor, Densidade Densidade relativa
<40%
relativa de 40 a 70% >70%

Solos de grão fino


(LL>50)b
Sem dados disponíveis, usar E’=0
Solos com plasticidade
de média a alta CH,
MH, CH-MH

Solos de grão fino


(LL>50)b

Solos com plasticidade 3,5 14,0 28,0 70,0


de média a nenhuma
CL, ML, CL-ML, com (50) (200) (400) (1000)
menos de 25% de
partículas de grão
grosso

Solos de grão fino


(LL>50)b

Solos com plasticidade


de média a nenhuma
CL, ML, CL-ML, com
7,0 28,0 70,0 140,0
mais de 25% de
partículas de grão (100) (400) (1000) (2000)
grosso

Solos de grão grosso


com finos, GM, GC, SM,
SC com mais de 12%
finos

Solos de grão grosso


14,0 70,0 140,0 210,0
sem finos, GW, GP,
SW, SP com menos de
(200) (1000) (2000) (3000)
12% finos

70,0 210,0 210,0 210,0


Pedra Quebrada
(1000) (3000) (3000) (3000)
Exatidão em termos de
porcentagem de ±2 ±2 ±1 ± 0,5
deflexão

7.8 Compactação do Reaterro Marston e Spangler. A Equação de lowa


modificada, descrita a seguir, pode determinar
O procedimento de compactação seu valor em termos de porcentagem em
fornece ao solo melhorias em suas relação ao diâmetro exterior (DE)
propriedades através da redução dos seus
vazios pela aplicação de pressão, impacto ou
vibração. É muito importante o engenheiro %∆𝒚 (𝑫𝒍 ∗ 𝑲 ∗ 𝑷 + 𝑲 ∗ 𝑾) ∗ 𝟏𝟎𝟎
=
responsável garantir através da mão de obra 𝑫𝑬 (𝟎, 𝟏𝟒𝟗 ∗ 𝑷𝑺 + 𝟎, 𝟎𝟔𝟏 ∗ 𝑬´)
que o processo correto de compactação ocorra
após a instalação do produto.
Os tubos plásticos quando instalados, Sendo:
interagem com o solo envolvente. A deflexão DE = Diâmetro externo do tubo
diametral de um tubo plástico enterrado é Dl = fator de deflexão no longo prazo = 1,0
influenciada por vários fatores, tais como: tipos (Aterro) ou 1,5 (Vala)
de solo, qualidade da instalação, altura de P = carga de solo, (kgf/cm2)
recobrimento, nível do lençol freático, rigidez do H = altura de reaterro acima da geratriz superior
tubo, cargas móveis, etc. do tubo, (m)
W’ = carga de tráfego, (kgf/cm2)
E’ = módulo de reação do solo (kgf/cm2)
PS = rigidez da tubulação, (kgf/cm2)
K = Constante de assentamento – Adota-se
normalmente o valor de 0,1

Os valores do módulo reativo do solo


dependem do tipo de solo e do grau de
Compactação do mesmo, podendo ser obtidos
das tabelas abaixo, que constam da norma
7.9 Deflexão brasileira NBR 14486:

O cálculo da deflexão transversal para


tubulações flexíveis tem por base as teorias de

Classe Tipo Símbolo Nomes Típicos

Pedregulhos e misturas de areia e pedregulho bem


GW
Pedregulho graduados com pouco ou nenhum material fino
Solos Pedregulhos (50% limpo Pedregulhos e misturas de areia e pedregulho mal
granulares ou mais de fração GP
graduados com pouco ou nenhum material fino
(menos de grossa não passa
50% na peneira n°4) Pedregulho GM Pedregulho siltoso, misturas de pedregulho, areia e silte
passando na contendo
peneira Pedregulho argiloso, misturas de pedregulho, areia e
material fino GC
n°200) argila

Areias (mais de Areia e areia pedegrulhosa - bem graduadas com pouco


Areia limpa SW
50% de fração ou nenhum material fino
grossa não passa Areia e areia pedregulhosa - mal graduadas com pouco
SP
na peneira n°4) ou nenhum material fino

Areia contendo SM Areia siltosa, misturas de areia e silte


material fino SC Areia argilosa, misturas de areia e argila

Silte inorgânico. areia muito fina, areia fina siltosa ou


ML
argilosa

Silte e argila (LL Argila inorgânica de baixa e média plasticidade, argila


CL
< 50) pedregulhosa, arenosa e siltosa, argila magra

Solos finos (50% ou mais passando Silte orgânico, areias finas ou siltes micáceos ou
OL
na peneira n°200) diatomáceos, silte elástico

Silte inorgânico, areias finas ou siltes micáceos ou


MH
diatomáceos, silte elástico
Silte e argila (LL
> 50) CH Argila inorgânica de alta plasticidade, argila gorda

OH Argila orgânica de média a alta plasticidade

Solos altamente orgânicos PT Turfa e outros solos altamente orgânicos


Nota: LL é o Limite de Liquidez

Baseado na classificação dos solos, a tabela reativos do solo em função do grau de


abaixo apresenta os valores dos módulos compactação do solo.

Valor E (MPa), para vários graus de compactação

PROCTOR
Tipo de Solo
Baixo Moderado Alto
Solo sem
compactação
(<85%) (85%-95%) (>95%)

Cascalho 7 21 21 21

Solos granulares com pouco ou nenhum


1,4 7 14 21
material fino: GW, GP, SW e SP

Solos granulares com material fino: GM,


GC, SM, SC solos finos com média ou
nenhuma plasticidade (LL < 50): ML, CL, 0,7 2,8 7 14
ML-CL com mais de 25% de material
granular

Solos finos com média ou nenhuma


plasticidade (LL < 50): ML, CL, ML-CL, 0,35 1,4 2,8 7
com menos de 25% de material granular

Solos finos com média ou alta


Não há dados seguros. Considera-se E = 0
plasticidade (LL > 50): MH, CH, CH-MH

Nota: LL é o Limite de Liquidez


O valor do módulo de elasticidade do Association) estudou com diversos peritos
tubo dependerá do intervalo de tempo durante independentes, o desempenho de tubos
o qual a pressão externa age. Se a ação é de plásticos sob várias condições de instalação. A
curto prazo, como no caso de um golpe de TEPPFA trabalhou focada em um único
aríete, deverá ser usado o módulo de curto parâmetro – a deflexão do tubo.
prazo; caso contrário, usa-se o módulo de longo No estudo de pesquisa foram
prazo do material. O módulo também depende identificados efeito dos parâmetros na deflexão
da temperatura, como pode ser visto na tabela e as práticas de instalação a seguir.
abaixo:
20°C 30°C 40°C
7.10 Práticas de Instalação
3.500 3.780 3.655

Curto Prazo a a a 7.10.1 Compactação do solo Boa

4.500 3.880 3.755


O solo granular é colocado na base da
1.500 1.450 950
vala e compactado, seguido pela colocação do
Longo Prazo
(50 anos)
a a a solo granular em camadas de no máximo 30 cm,
2.500 1.550 1.050
compactadas com cuidado. Uma camada de 15
cm de solo envolve o tubo antes do
recobrimento da vala com qualquer tipo de solo
Como em todas as tubulações de PVC,
compactado. Neste caso, os valores do Proctor
é possível ocorrer o colapso (curva inversa) das
padrão estão acima de 94%.
mesmas em caso de deflexão transversal maior
do que 30% do diâmetro externo conforme
apontado por testes práticos. Assim, por
segurança normalmente restringe-se a
deflexão máxima permissível de longo prazo a
10% o que resulta em um coeficiente de
segurança de 3 em relação ao colapso sem
redução da capacidade hidráulica, nem efeitos
na estabilidade estrutural.
Os tubos Amanco Wavin coletor de
Esgoto (Celular, Maciço e Corrugados)
utilizados em sistemas sem pressão, possuem
7.10.2 Compactação do solo Moderada
uma rigidez mínima nominal variando de 3,5
KN/m2 a 8,0 KN/m2 conforme bitola e a
O solo granular da base é colocado em
tubulação. Estes valores estão em
camadas com no máximo 50 cm de
conformidade com as Normas NBR 7362 e NBR
profundidade e compactada cuidadosamente.
ISO 21138.
Em seguida, uma camada de 15 cm de solo deve
Estes valores atendem os limites
envolver o tubo antes do recobrimento da vala
recomendados de deflexão de projeto conforme
com qualquer tipo de solo compactado. Neste
as normas NBR ISO 21138 e NBR 7367, sendo
caso, os valores do Proctor padrão estão na
uma deflexão média inicial de no máximo 8% e
faixa de 87% a 94%.
uma deflexão média de longo prazo de no
máximo 10%.
Em 1996, a Associação Europeia de
Tubos e Conexões Plásticas, TEPPFA (The
European Plastics Pipe and Fittings
7.11 Estudos Europeus

O estudo da Associação Europeia de


Tubos e Conexões Plásticas, TEPPFA (The
European Plastics Pipe and Fittings
Association) realizado com tubulações plásticas
enterradas conduzindo esgoto, sem pressão,
mostrou que não é necessário um
dimensionamento preciso para uma tubulação
enterrada, desde que a tubulação tenha rigidez
7.10.3 Nenhuma compactação do solo adequada e a instalação seja de boa qualidade.
O resultado deste trabalho é
O solo granular da base é colocado sem representado abaixo e mostra a deflexão
compactação. diametral estimada de um tubo em função de
sua rigidez circunferencial, logo após a
instalação.

Recomenda-se utilizar a qualidade de


assentamento “boa” a “moderada”.
A figura abaixo mostra que A deflexão diametral estimada para
independente da rigidez do tubo o tubos plásticos a longo prazo é obtida
rebaixamento do solo acontecerá e afetará o adicionando-se os seguintes fatores de
sistema no caso desta Compactação não estar deflexão, conforme apresentado no gráfico a
adequada. seguir:
• Para solos do tipo granular bem compactados:
1%.
• Para solos do tipo granular com compactação
moderada: 2%.
• Para solos do tipo granular sem compactação:
3%.
• Para solos coesivos: 4%.
Esses gráficos aplicam-se a tubulações envolvimento dos tubos, com compactação pelo
plásticas enterradas sujeitas a carga de tráfego, menos moderada, de forma a garantir uma
com profundidade de instalação de 0,8m a melhor qualidade de instalação, com excelente
6,0m. Caso não haja carga de tráfego, os tubos desempenho, mesmo sem pressão por um
poderão ser instalados em profundidades longo período.
menores.
A linha superior de cada região do
gráfico indica a deflexão máxima estimada, 7.12 Cuidados especiais
enquanto a linha inferior indica a deflexão
média esperada. Quando a tubulação estiver sujeita a
A inversão da curva em tubulações deformações severas, cuidados especiais
(colapso) pode ocorrer em caso de deflexão devem ser considerados no momento do seu
transversal maior do que 30% do diâmetro envolvimento.
externo. Assim, por segurança normalmente Nos trechos em que o recobrimento da
restringe-se a deflexão máxima permissível de tubulação for inferior a 1,0 metro ou quando a
longo prazo a 7,5% para tubos o que resulta em tubulação for assentada em ruas com pesadas
um coeficiente de segurança de 4 em relação ao cargas moveis, deve-se embutir os tubos
colapso sem redução da capacidade hidráulica, coletores dentro de tubos com diâmetros
nem efeitos na estabilidade estrutural dos superiores e apropriados para receber as cargas
tubos Amanco Wavin Coletores de esgoto moveis, ou realizar a construção de lajes. Nestes
Maciço, Celular, Corrugado e Novafort. casos, o tubo deve ser envolvido em material
Os tubos Amanco Wavin Biax, para uso granular ou pó de pedra, permanecendo
em sistemas pressurizados, possuem rigidez de desvinculado dos elementos de proteção.
aproximadamente 7 kN/m2, e podemos obter a Nos trechos em que a tubulação for
sua deflexão estimada logo após a instalação assentada em valas muito profundas, em
de 6,2% para solos granulares simplesmente condições tais que a carga de terra provocaria
despejados na vala logo após a instalação e no deformações diametrais relativas superiores a
máximo 10,2% de deflexão estimada a longo 7,5% das condições de assentamento normal,
prazo, para algumas situações de instalação, deve-se envolver a tubulação em material
sem pressão interna conforme tabela abaixo: granular, como pó de pedra e cascalho ou
Os tubos Amanco Wavin para sistemas implantar uma laje de concreto a 30 cm acima
da geratriz superior da tubulação.
Deflexão Não é recomendável o envolvimento
Deflexão
estimada,
Tipo de solo
Compactaç
logo após
estimada a direto dos tubos de PVC com concreto, pois este
ão longo
a envolvimento, trabalhando como viga contínua
prazo
instalação debaixo do solo, pode sofrer ruptura e trincas
Granular Boa 0,0% 1,0% que podem danificar o tubo.
Granular Moderada 2,5% 4,5%

Granular Despejado 6,2% 9,2%

Coesivo Boa 6,2% 10,2%

pressurizados normalmente não ficarão um


longo tempo sem pressão interna e, portanto,
interessam apenas os valores de deflexão logo
após a instalação, que resultaram inferiores ao
limite de 7,5 %.
Entretanto, por segurança adicional,
convém utilizar solos granulares no
7.13 Colapso Devido ao Vácuo depende da temperatura, como pode ser visto
Interno e/ou Pressão Externa na tabela abaixo:

Uma tubulação poderá estar sujeita ao colapso 20°C 30°C 40°C

quando sob vácuo interno ou pressão externa, 3.500 3.780 3.655


ou ambos simultaneamente.
Curto Prazo a a a

4.500 3.880 3.755

1.500 1.450 950


Longo Prazo
a a a
(50 anos)
2.500 1.550 1.050

No caso de tubulação enterrada, o solo


de envolvimento, embora exerça uma pressão
sobre a superfície externa da tubulação,
A pressão crítica, em que o colapso é também funciona como apoio para a mesma,
iminente, de uma tubulação sem apoio externo ajudando-a a resistir ao colapso. Neste caso, a
(quando há́ apenas pressão hidrostática, como pressão crítica de colapso pode ser expressa
por exemplo no caso de tubulações não por:
enterradas, sujeitas a vácuo interno ou travessia
subaquática), é dada por: 𝑷𝒔𝒄𝒓𝒊 = 𝟏, 𝟏𝟓 ∗ √(𝑷𝒄𝒓𝒊 ∗ 𝑬′)

𝟐∗𝑬 Sendo:
𝑷𝒄𝒓𝒊 = Pscri = pressão critica de colapso do tubo,
𝒅
[(𝟏 − 𝝁𝟐 ) ∗ ( 𝒆 𝒏 − 𝟏) ∗ 𝟑] quando enterrado (MPa).
𝒏
E’ = módulo reativo do solo de envolvimento
Sendo: (MPa).
Pcri = pressão crítica de colapso do tubo, sem
apoio lateral (MPa) As equações acima consideram uma
μ = coeficiente de Poisson do material do tubo tubulação como sendo perfeitamente cilíndrica.
dn = diâmetro externo nominal do tubo (mm) Para tubulações com certa ovalização, a
en = espessura de parede nominal do tubo pressão crítica de colapso será menor, sendo
(mm) necessário o uso de coeficientes de correção.
E = módulo de elasticidade do tubo (MPa) No caso da equação da pressão crítica
de colapso do tubo, sem apoio lateral (Pcri), tal
Como a relação dn/en é constante para correção foi desenvolvida por Timoshenko. Os
cada linha de tubos Amanco Wavin e para cada valores dos coeficientes de correção, para os
classe de pressão, todas as bitolas de cada linha tubos Amanco Wavin, podem ser obtidos a
e classe de pressão de tubos apresentam a partir da tabela abaixo:
mesma resistência ao colapso.
O valor do módulo de elasticidade do
tubo dependerá do intervalo de tempo durante
o qual a pressão externa (ou vácuo interno) age.
Se a ação é de curto prazo, como no caso de um
golpe de aríete, deverá ser usado o módulo de
curto prazo; caso contrário, usa-se o módulo de
longo prazo do material. O módulo também
Deformação diametral relativa
40°C
ẟdn/dn (%) desprezando o suporte fornecido pelo solo de
1 0,924
envolvimento lateral temos como exemplo nos
tubos Amanco Wavin Biax:
2 0,859

3 0,803 𝟐 ∗ 𝟒𝟎𝟎𝟎
𝑷𝒄𝒓𝒊 =
4 0,755 [(𝟏 − 𝟎, 𝟒𝟓𝟐) ∗ (𝟑𝟔 − 𝟏)𝟑 ]
5 0,712
= 𝟎, 𝟐𝟑𝟒 𝑴𝑷𝒂

6 0,674 Ou seja, os tubos Amanco Wavin Biax


7 0,639
resistem 2,34 vezes mais à pior condição teórica
de supressão, que seria vácuo total (0,1 MPa).
8 0,609
Na prática, a subpressão não atinge o vácuo
9 0,581 total, chegando no máximo à pressão de vapor
10 0,555 do líquido conduzido.
A norma europeia EN 805 especifica
𝑷𝒄𝒓𝒊𝒐 = 𝑪 ∗ 𝑷𝒄𝒓𝒊 que as tubulações de adução e distribuição de
água devem ser projetadas para suportar uma
Sendo: subpressão de 0,08 MPa.
Pcrio = pressão crítica de colapso para Considerando-se o suporte do solo de
tubulação ovalizada, sem apoio externo. envolvimento lateral (por exemplo, o valor de E’
C = coeficiente de correção da pressão crítica de = 7 MPa, para solo granular com material fino,
colapso, aplicável a tubos ovalizados, sem com compactação moderada), e ovalização
apoio externo. máxima permissível para o tubo (7,5%)
obtemos a pressão crítica de colapso através da
No caso da pressão crítica de colapso equação:
do tubo, quando enterrado (Pscri) o coeficiente
de correção, segundo Janson, pode ser obtido 𝑷𝒔𝒄𝒓𝒊𝒐 = 𝑪𝒔 ∗ 𝑷𝒔𝒄𝒓𝒊
através da seguinte expressão: 𝑷𝒔𝒄𝒓𝒊𝒐 = (𝟏 − 𝟑 ∗ 𝟎, 𝟎𝟕𝟓) ∗ 𝟏, 𝟏𝟓
∗ (𝟎, 𝟐𝟑𝟒 ∗ 𝟕)
𝟏 − 𝟑 ∗ 𝜹𝒅𝒏
𝑪𝒔 = ( ) 𝑷𝒔𝒄𝒓𝒊𝒐 = 𝟏, 𝟏𝟒 𝑴𝑷𝒂
𝒅𝒏
ou seja, a pressão crítica de colapso, neste caso,
é mais de 10 vezes superior ao vácuo total.
𝑷𝒔𝒄𝒓𝒊𝒐 = 𝑪𝒔 ∗ 𝑷𝒄𝒓𝒊𝒐
Sendo:
Pscrio = pressão crítica de colapso para
tubulação ovalizada, enterrada.
Cs = coeficiente de correção da pressão crítica
de colapso, aplicável a tubulações enterradas.
δdn/dn = deformação diametral relativa.

Considerando-se a temperatura
ambiente como sendo 20°C, pela aplicação da
equação da pressão crítica de colapso do tubo,
sem apoio lateral, poderemos determinar a sua
pressão crítica de colapso quando sujeitos a
uma supressão devido ao golpe de aríete
8. Tubulações Aparentes,
Submersas e sob Travessias

9.1 Tubulações aparentes mais avantajados e resistentes a esforços de


dilatação. Utilizam-se apenas suportes-guia
Nas situações em que as canalizações para que a tubulação não saia da calha ao
devem permanecer aparentes, seja na mover-se.
horizontal ou na vertical, é necessário realizar Entretanto, nem sempre essa
um projeto específico e verificar as seguintes instalação é possível ou mais adequada, sendo
condições: também utilizadas as instalações fixadas em
• Proteção adequada e segura para evitar suportes espaçados ou pilares de concreto e
choques na tubulação; mantidos por colares que suportem os esforços
• Que a tubulação não sofra os efeitos de atuantes.
esforços provenientes de deformações ou Nesses casos é fundamental que os
recalques da estrutura em que está apoiada ou esforços sobre os suportes e a tubulação sejam
fixada; avaliados para que não ocorram flechas
• Que a tubulação seja assentada em uma viga indesejáveis da tubulação, rupturas de
com seção em “U”, com dimensões que conexões ou soldas, a quebra dos suportes ou
permitam envolvê-la com material granular; mesmo vazamentos em juntas.
• Espaçamento entre apoios dimensionados A superfície de apoio do tubo no pilar
adequadamente, caso a tubulação tiver que ser deve ser convenientemente preparada para
apoiada, por braçadeiras ou apoio; assegurar um bom contato, interpondo
• Suportes de apoio dimensionados; argamassa ou outro material plástico, como por
• Análise do coeficiente de dilatação térmica e exemplo, manta de Neoprene. Normalmente
flexibilidade. prevê-se um pilar para cada tubo.
Recomendamos que os tubos em PVC Quando a tubulação tiver que ser
Amanco Wavin não sejam instalados sob apoiada, o espaçamento entre esses apoios
insolação direta. Havendo esta necessidade deve atender a tabela abaixo.
recomendamos a instalação de uma proteção
contra os raios UV em toda a tubulação. DN Espaçamento Máximo
Idealmente, a tubulação deve ser 100 1,8 m
instalada tal que não sofra esforços adicionais
150 2,3 m
aos já atuantes na tubulação, permitindo que
dilate ou contraia livremente, curvando-se ou 200 2,7 m

fletindo-se sem que provoque esforços sobre 250 3,2 m


seus suportes, nem sofra os consequentes 300 3,7 m
esforços, como momentos fletores, de
350 4,0 m
flambagem, tração etc., que poderiam
400 4,4 m
comprometer sua vida útil.
Assim, as calhas, como as usadas em 500 4,8 m

instalações elétricas, são desejáveis, pois a 630 5,3 m


tubulação poderia ser instalada de maneira a
800 5,9 m
poder mover-se, sem necessidade de suportes
1000 6,6 m
Para fixação aérea na posição vertical, • Empuxo;
recomendamos adotar o espaçamento • Forças devidas às correntes de fundo que
apontado na tabela acima (DN’s 100 à 400mm); causam arraste da tubulação;
• Forças devidas às variações de maré e
Para fixação aérea na posição resultantes das correntes de ondas marítimas;
horizontal, pode-se adotar os seguintes • Capacidade de suporte do solo;
espaçamentos de no mínimo: • Dimensionamento de apoios;
• Dimensionamento da ancoragem dos tubos
• 4 apoios nos diâmetros de 100 à 200mm; nos apoios.
• 3 apoios nos diâmetros de 250 à 400mm.

Importante: Os espaçamentos devem 9.3 Tubulações em Travessia de Rodovias


ser uniformemente distribuídos, tendo como ou Ferrovias
ponto de partida o apoio fixo posicionado
adjacente a bolsa do tubo e/ou havendo Em instalações em travessias de
conexões derivantes ou mudança de direção rodovias ou ferrovias é necessário um projeto
(ex: Tês, Selas, Curvas e etc.). adequado específico em função das cargas
No caso de fixação aérea de tubos com atuantes e vibrações.
diâmetros acima de 400mm, recomendamos Não recomendamos a instalação
adotar: simples em travessias rodoviárias ou
ferroviárias.
• posição vertical, o mínimo de 3 apoios por Recomendamos a instalação das tubulações
tubo (distribuídos uniformemente); Amanco Wavin sob travessias rodoviárias ou
• posição horizontal, apoio em base contínua. ferroviárias, utilizando tubos camisas ou túneis.
A instalação das tubulações no interior dos
túneis ou tubos-camisas deve empregar os
9.2 Tubulações Submersas métodos e equipamentos adequados para cada
tipo de travessia, e sua execução deve ser
Nas instalações submersas, devem ser conforme o projeto devidamente aprovado.
consideradas, em projeto específico, no mínimo Devem ser atendidos os detalhes de projeto,
as seguintes condições: incluindo as caixas de manobra, terminais,
drenagem e eventuais berços de apoio.
9. Transporte, Manuseio e
Estocagem

O Transporte, Manuseio e Estocagem objetos pontiagudos e/ou cortantes que possam


dos tubos e conexões Amanco Wavin devem danificar a tubulação.
ser realizados cuidadosamente, para garantir a Os tubos devem ser acomodados na
segurança dos colaboradores e dos produtos, carroceria dos caminhões com as bolsas e as
de modo a preservar a saúde dos colaboradores pontas alternadas. Cada camada será composta
e a integridade dos tubos e conexões. por tubos justapostos, alternadamente
As orientações a seguir visam propiciar orientados, de modo que as bolsas sobressaiam
uma forma segura de transportar, manusear e completamente das pontas dos outros tubos.
estocar os tubos e conexões Amanco Wavin.

9.1 Transporte

O carregamento dos caminhões deve


ser executado de maneira tal que nenhum dano
ou deformação se produza nos tubos durante o
transporte, no qual os mesmos devem ser
apoiados em toda sua extensão e evitar a
sobreposição das bolsas, curvar os tubos,
balanços e lançamento dos tubos sobre o solo. Para que as bolsas da primeira camada
Lembrando que os tubos não podem ser de tubos não fiquem em contato com o assoalho
arrastados ou batidos, evitando choques e da carroceria, utilizam-se sarrafos para
rolamento dos materiais. compensar a altura das bolsas, colocando em
Durante o transporte dos tubos e posição transversal aos tubos e espaçados em
conexões Amanco Wavin deve-se evitar que 1,50 m.
ocorram choques ou contatos com elementos Os tubos com diâmetros menores que
que possam comprometer a integridade dos 110 mm podem ser agrupados em feixes,
mesmos, tais como objetos cortantes ou facilitando sobremodo o trabalho e reduzindo o
pontiagudos com arestas vivas, parafusos, tempo de organização da carga. A amarração
pregos, que possam existir na plataforma do dos feixes deve ser feita com fita plástica.
caminhão, seja em seu assoalho ou nas Não transportar caixas ou outros
superfícies laterais. materiais ou ferramentas sobre a pilha de tubos.
Os veículos utilizados no transporte
devem ter dimensões compatíveis com o
comprimento dos tubos, sendo na maioria dos
transportes utilizados caminhões de plataforma
aberta ou baú, no entanto, para tubulações de
grandes diâmetros e algumas entregas
especiais, os reboques de plataforma baixa
podem ser uma opção, destacando que
independentemente do tipo de transporte, a
plataforma de transporte deve estar livre de
Evitar que parte da tubulação fique em balanço não devendo permitir que os tubos ou conexões
na carroceria principalmente em longos trajetos sejam lançados/jogados do alto da carroceria
de deslocamento. diretamente ao solo a fim de evitar danos,
evitando também eventuais danos ao arrastar
tubos na carroceria dos caminhões.
Para evitar danos, NÃO se deve deixar
cair a tubulação.

Caso seja necessário proteger a


tubulação não se deve utilizar lona fechada
diretamente sobre os tubos, para evitar um
aumento expressivo da temperatura abaixo da Para não dificultar / impedir a operação
lona. Caso seja necessário utilizar a proteção, de união das pontas com as bolsas dos tubos,
garantir que haja um afastamento de no mínimo ou até mesmo comprometer a estanqueidade
30 a 50 cm na parte superior e laterais dos do sistema, não arraste ou bata as
tubos para permitir a ventilação. extremidades dos tubos contra o chão ou outra
As bobinas dos tubos ligação predial superfície rígida.
deve ser transportadas em pé ou empilhadas,
respeitando a altura máxima de 1,5 metros.

9.2 Manuseio

Ao movimentar os tubos e conexões


Amanco Wavin nas operações de carga,
descarga, estocagem, transporte até a vala,
deve-se evitar que ocorram choques, batidas,
atrito das embalagens de conexões e acessórios A tubulação suporta o manejo normal
ou contatos com elementos que possam da obra e pode ser facilmente
comprometer a integridade dos mesmos, tais carregada/descarregada manualmente
como: pedras, quinas, objetos cortantes ou (diâmetros até 450mm) ou com equipamento
pontiagudos com arestas vivas, etc. (500mm até 1.000mm) fazendo uso de cordas
O descarregamento dos tubos e ou cintas de nylon. O uso de qualquer material
conexões dos caminhões deve ser feito com metálico, como correntes ou cabos de aço, NÃO
cuidado, preferencialmente de modo manual,
é recomendado, pois pode danificar as superfícies rígidas com arestas vivas, objetos
tubulações. cortantes ou pontiagudos, pedras, etc.
O carregamento/descarregamento
sempre deverá ser supervisionado quando for
realizado através de equipamentos ou mesmo
manualmente. No caso de uso de cordas ou
cintas de nylon, recomenda-se instalá-las em
dois pontos de apoio na tubulação.
Adicionalmente, as cordas ou cintas de
amarração não devem ser removidas até que a
tubulação esteja estabilizada no local previsto
ou tenha sido segurada para prevenir o seu
deslizamento ou até queda.
Os pontos acima devem ser
considerados em todo tipo de manuseio, seja no Admite-se um empilhamento com
recebimento do material, na movimentação altura máxima de 1,50 metros, independente da
para o local da obra e também no momento da bitola ou espessura dos tubos.
instalação.
Os tubos devem ser colocados na vala
por, no mínimo, dois homens, impedindo seu
arraste no chão e, principalmente, choques de
suas extremidades com corpos rígidos.

9.3 Estocagem
Máx 1,5m
Deve-se estocar os tubos e conexões
preferencialmente em locais sombreados, de
fácil acesso e livres da ação direta ou de As barras de tubo devem ser dispostas
exposição continua ao sol e intempéries, em camadas, na forma horizontal a uma altura
evitando possíveis deformações e máxima de até 1,5 metros ou sobre pallets com
descolorações provocadas pelo aquecimento empilhamento recomendável não superior a 2
excessivo. unidades, não devendo ficar expostos a céu
Os tubos devem ser empilhados com aberto por um período superior a 6 (seis) meses.
cuidado, evitando-se esforços e tensionamento
das bolsas e no corpo dos tubos;

A exposição a intempéries,
principalmente aos raios ultravioleta por tempo
O armazenamento / estocagem dos prolongado, pode alterar a resistência ao
tubos e conexões Amanco Wavin deve ser em impacto no transporte e manuseio dos tubos e
locais isentos de quaisquer elementos que a vida útil dos anéis. Desta forma, no caso de
possam danificar o material tais como:
armazenamento por um período superior a seis Para que as bolsas da primeira camada
meses, os tubos devem ser cobertos. de tubos não fiquem em contato com tablado de
NOTA: A exposição às intempéries não madeira contínua, utilizar sarrafos ou travessas
altera as propriedades de resistência à tração e de madeira para compensar a altura das bolsas,
o módulo de elasticidade dos tubos. colocando em posição transversal aos tubos e
As conexões devem ser estocadas por espaçados em 1,50 m.
um período de, no máximo 6 (seis) meses, a
partir da data da sua fabricação, quando
estiverem sob a exposição de raios solares e/ou
intempéries.
Quando os tubos ficarem estocados por
longos períodos, devem permanecer ao abrigo
do sol, evitando-se possíveis ovalizações ou
deformações provocadas pelo seu aquecimento
excessivo; Máx 1,5m
O local para estocagem deverá ser
plano, com declividade mínima, limpo, livre de
pedras ou objetos salientes e com ventilação,
recomenda-se uso de lonas ou serem As pilhas deverão ser em forma de
guardados sob abrigos para uma proteção pirâmide, sobrepostas ou tipo fogueira evitando
eficaz como uma estrutura de madeiras de fácil empilhar a tubulação a mais de 1,50m de altura;
desmontagem e sobre esta, uma cobertura com
telhas, de maneira que os tubos fiquem a) Pirâmide
distantes do telhado de 30 a 50 cm para que o
calor não os danifique.

Min 0,3m

Para que as bolsas da primeira camada


Caso utilize lona ou telas flexíveis (com de tubos não fiquem em contato com o solo,
por exemplo tela de monofilamento de utilizar sarrafos ou travessas de madeira para
polietileno de alta densidade com negro de compensar a altura das bolsas, colocando em
fumo e percentual de sombreamento de 80%), posição transversal aos tubos e espaçados em
garantir que haja um afastamento de no mínimo 1,50 m.
30 a 50 cm na parte superior e laterais dos
tubos para permitir a ventilação. b) Sobrepostas
Tubos de diferentes diâmetros devem
ser empilhados separadamente. Quando isto
não for possível, deve-se colocar os tubos de
diâmetros nominais maiores na parte inferior da
pilha.
Armazene a tubulação tão perto quanto
possível de sua localização final, afastada de
tráfego de veículos e atividades de construção;
• Utilizar sarrafos ou travessas de madeira para como, por exemplo, solventes e só devem ser
compensar a altura das bolsas, colocando em levados ao local da obra no momento do uso.
posição transversal aos tubos e espaçados em
1,50 m.
• Os tubos devem ser colocados com as bolsas 9.5 Conexões e Pasta Lubrificante
alternadas de cada lado. As demais fileiras de
tubo devem ser dispostas umas sobre as outras, As conexões, Tils e pasta lubrificante
alternando as bolsas; devem ser armazenados em suas embalagens
• Lateralmente a pilha, devem ser instaladas originais sempre em lugares seguros e
escoras verticais espaçadas a cada metro para preferencialmente não exposto ao sol e contato
apoio lateral das camadas de tubos. com agentes químicos agressivos como, por
exemplo, solventes e só devem ser levados ao
c) Empilhamento em fogueiras local da obra no momento do uso;
Estocar pastas lubrificantes em local
protegido do fogo ou do calor excessivo;

NOTA: Recomenda-se que estes


lugares sejam mantidos limpos, secos,
abrigados de luz e com temperatura controlada
a ± 20 °C.

Para as bobinas dos tubos ligação


predial, empilhar no máximo 10 bobinas. As
bobinas devem ser empilhadas uma a uma,
manualmente., respeitando a alguma máxima
Realizado por meio da utilização de de 1,5 metros.
cruzamento longitudinal dos tubos para Quando os tubos ficarem ao longo da
amarração das pilhas, sem a utilização de vala, devem permanecer pelo menor tempo
suportes laterais, utilizando sarrafos de madeira possível, a fim de evitar acidentes, choques ou
no sentido transversal a primeira camada deformações.
espaçados de 1,5 m.

9.4 Anéis de Vedação

Para evitar danos aos anéis de vedação


é recomendável proteger as bolsas da radiação
solar nos tubos que possuem os anéis de
vedação já alojados nas bolsas, bem como
tamponar os tubos para evitar a entrada de
qualquer material estranho, como terra,
folhagem, madeira, animais, etc. Estes tubos
não podem ser usados como locais de
armazenamento de ferramentas ou de
quaisquer outros materiais.
Os anéis fornecidos em embalagens
plásticas devem ser armazenados em suas
embalagens originais sempre em lugares
seguros e preferencialmente não exposto ao sol
e contato com agentes químicos agressivos
10. Transitórios Hidráulicos
Transitórios hidráulicos (também Tais variações são oscilações bruscas
conhecido como golpe de aríete) são variações em torno da pressão de operação, podendo
repentinas de pressão, que acontecem ocorrer vácuo na tubulação, caso a intensidade
esporadicamente, causadas por mudanças do golpe de aríete seja elevada e a pressão de
rápidas da velocidade do fluido na tubulação, operação relativamente baixa.
ocasionadas por alguma perturbação, Suas principais causas são:
voluntária ou involuntária, tais como operações
de abertura ou fechamento de • Entrada em operação e desligamento de
válvulas/registros, falhas mecânicas de bombas;
dispositivos de proteção e controle, parada de • Abertura e fechamento de válvulas/registros;
bombas causadas por queda de energia no • Movimentação do ar que se encontra na
motor. tubulação ou sua admissão e expulsão através
de ventosas.

A análise dos transientes hidráulicos


deve seguir a norma ABNT NBR 12215-1 –
Projeto de adutora de água Parte 01 – Conduto
forçado.
Para tubulações longas sujeitas a variações
rápidas na velocidade do fluido, a intensidade
do golpe de aríete pode ser calculada pela
seguinte expressão:

O gráfico abaixo da pressão ao longo do 𝒂 ∗ ∆𝑽


tempo, representa a onda de pressão que ∆𝒑 = ±
𝒈
ocorre após o fechamento do fluxo, desde o
início do fechamento de uma válvula até o Sendo:
retorno para a condição de fluxo regular. ∆p = intensidade do golpe de aríete (variação da
pressão em torno da pressão de operação)
(m.c.a.).
a = celeridade (m/s).
∆V = variação da velocidade do fluido na
tubulação (m/s).
g = aceleração da gravidade (m/s2).

A celeridade, que é a velocidade de propagação


da onda de pressão na tubulação, é dada por:

𝑲
√( )
Sendo: 𝝆
Pi = Pressão no instante inicial com fluxo
𝒂=
𝑲 ∗ 𝑫𝑬 ∗ 𝒄
regular √𝟏 +
𝑬 ∗ 𝒆𝒏
Pf = Pressão após o transitório hidráulico
Pmáx = Máxima pressão positiva provocada Sendo:
pelo transitório hidráulico K = módulo de elasticidade volumétrico do
Pmín = Mínima pressão provocada pelo fluido (Pa) (2,15x109 a 2,50x109 Pa)
transitório (pressão negativa) ρ = massa específica do fluido (kg/m3).
E = módulo de elasticidade do material do tubo Os golpes de aríete devem sempre que
(Pa). possível ser minimizados, através da adoção
DE = diâmetro externo nominal do tubo (mm). das seguintes medidas:
en = espessura de parede nominal do tubo
(mm). • Utilização de tubulações de maior diâmetro;
c = 1 (conduto assentado com junta de dilatação • Uso de volantes de inércia e de controles de
em toda a extensão). partida e parada nos motores, para partidas e
paradas suaves das bombas;
Das equações acima vemos que a • Abertura e fechamento de válvulas de forma
celeridade, e, portanto, a intensidade do golpe lenta;
de aríete, depende do módulo de elasticidade • Evitar a entrada de ar, através de um
do material do tubo. Assim, tubos rígidos, como dimensionamento cuidadoso das entradas de
ferro fundido ou concreto, geram golpes de sucção das bombas;
aríete muito mais intensos do que os tubos • Evitar a entrada de ar nas tubulações, através
plásticos, pois estes, devido à sua flexibilidade, de enchimento lento da tubulação, quando de
absorvem melhor as ondas de pressão. Além sua entrada em operação;
disso, como a resistência a curto prazo dos • Uso adequado de ventosas nas partes altas da
plásticos é bem superior à resistência à longo tubulação, para retirada do ar que poderá́ se
prazo, eles dispõem de uma segurança acumular nestes pontos;
adicional para resistir aos golpes de aríete. • Válvulas de alívio;
O módulo de elasticidade do PVC • TAU – Tanque de amortecimento unilateral;
diminui ligeiramente com a temperatura, como • RHO - Reservatórios hidropneumáticos;
pode ser visto na tabela abaixo. • Válvulas de retenção;
• Válvulas de bloqueio;
20°C 30°C 40°C • Chaminés de equilíbrio.

3.500 3.780 3.655


Transientes hidráulicos são fenômenos
Curto
a a a complexos, principalmente em redes de
Prazo
tubulações com inúmeras válvulas, bombas e
4.500 3.880 3.755
ventosas, dependendo das características
Longo 1.500 1.450 950 destes elementos, bem como de outras
Prazo
a a a variáveis como, por exemplo, a perda de carga,
(50
o tipo de solo de envolvimento e o seu grau de
anos) 2.500 1.550 1.050 compactação.
As equações acima aplicam-se a
As equações acima aplicam-se a situações mais simples, sendo recomendável a
tubulações livres. No caso de tubulações colaboração de pessoal especializado quando
enterradas, o solo de envolvimento atua como se tratar de sistemas complexos.
um fator de incremento de rigidez do sistema. Os dispositivos empregados para
Recomenda-se assim, para tubulações atenuar os efeitos do golpe de aríete numa
enterradas, considerar um aumento de 10% na instalação deverão ser dimensionados,
intensidade do golpe de aríete. especificados e locados adequadamente
Para definir a tubulação bem como a conforme o projeto.
classe de pressão da mesma, deve-se observar Sugerimos ainda que seja sempre
a pressão máxima de serviço admissível - PMA repassada ao operador do sistema, que as
(pressão de serviço admissível mais o transiente operações de ligar e desligar de bombas sejam
hidráulico) dos tubos DEFOFO, PBA e BIAX da sempre realizadas com o registro na saída da
Amanco Wavin apresentadas nas respetivas bomba FECHADO, evitando assim os golpes
fichas técnicas. produzidos nestas operações.
11. Resistência a Fadiga
Quando o transiente hidráulico (golpe
de ariete), em vez de ser esporádico, assume um
caráter repetitivo, com determinada frequência,
temos o que se chama de variação cíclica da
pressão ou carregamento cíclico. Os materiais,
de modo geral, tendem a romper com tensões
mais baixas do que o seu limite de resistência,
quando submetidos a carregamentos deste
tipo. Neste caso, faz-se necessário uma
verificação da resistência à fadiga da tubulação.
Tais situações ocorrem em várias O diagrama representa o número
aplicações, como por exemplo em irrigação e mínimo de ciclos. Normalmente não é
em bombeamento de esgoto. necessário o uso de coeficientes de segurança,
Aplicações em que ocorre acionamento e já que os valores médios são bem superiores.
parada de bombas algumas vezes por dia, A pressão máxima não deverá
também devem ser verificadas. ultrapassar a 1,5 vezes a pressão nominal da
Normalmente as bombas dispõem de tubulação no caso dos tubos Amanco Wavin
controles de partida e parada nos motores, de Biax, isto é, não deverá ultrapassar a 2,4 MPa,
forma a minimizar as sobrepressões. Estas para temperaturas de até 25°C. Para
sobrepressões, como são repetitivas, são temperaturas superiores, o valor deverá ser
consideradas no dimensionamento à fadiga da corrigido usando-se o coeficiente de correção
tubulação. Entretanto, caso haja uma parada do gráfico abaixo:
brusca das bombas devido à falta de energia,
como se trata de evento isolado, sem
característica repetitiva, a sobrepressão (que é
normalmente maior do que a de uma parada
normal) deve ser considerada como golpe de
aríete, sendo tratada como visto no item
anterior.
As variações lentas de pressão que
ocorrem normalmente ao longo do dia nas
redes de distribuição de água, não precisam ser
consideradas.
O número de ciclos que uma tubulação A fadiga em tubulações pode ser
pode resistir sob a ação de uma pressão variável minimizada através das seguintes medidas:
depende muito mais da variação da pressão
(diferença entre a pressão máxima e a pressão • Diminuindo a intensidade dos picos de
mínima) do que do valor médio da pressão pressão, seguindo-se as recomendações vistas
atuante. anteriormente para minimizar os golpes de
O número de ciclos que uma tubulação aríete.
pode resistir é obtido através de testes práticos, • Limitando o número de ciclos, através da
sendo, como exemplo no caso dos tubos utilização de poços de sucção e/ou reservatórios
Amanco Wavin Biax, expresso pelo gráfico a de maior tamanho, que resultam em menor
seguir: número de partidas das bombas.
12. Empuxo Hidrostático e
Hidrodinâmico
12.1 Empuxo Hidrostático

É a resultante de forças
desbalanceadas atuantes sobre a tubulação,
devido à pressão interna do fluido. Ocorre
sempre que há uma mudança de direção ou de
bitola da tubulação, como em curvas, tês e
reduções, assim como em caps ou válvulas
quando fechadas total ou parcialmente. Os
esforços resultantes do empuxo hidrostático
tendem a deslocar os componentes da
tubulação, devendo ser impedido através de
juntas travadas ou de blocos de ancoragem, já
que as juntas elásticas são deslizantes e não
oferecem resistência a tal movimento.
As figuras abaixo mostram as forças
atuantes sobre alguns tipos de conexões e o
empuxo hidrostático resultante:

12.2 Empuxo Hidrodinâmico

É casado pela mudança da quantidade


de movimento do fluido conduzido, ou seja,
ocorre quando há mudança de direção ou de
velocidade do fluido.
A quantidade de movimento do fluido
em uma determinada seção da tubulação, é
expressa por:

𝑴 = 𝒎 ∗ 𝑽 = 𝝆 ∗ 𝑸 ∗ 𝑽 = 𝝆 ∗ (𝑨𝒊 ∗ 𝑽) ∗ 𝑽 = 𝝆 ∗ 𝑨𝒊 ∗ 𝑽𝟐

M = quantidade de movimento.
m = vazão em massa.
V = velocidade do fluido.
ρ = massa específica do fluido.
Ai = área da seção transversal interna da
tubulação.

Em todas as situações ilustradas,


sempre que haja velocidade do fluxo, haverá
também empuxo hidrodinâmico. A única
exceção é o cap, em que não há velocidade.
No caso de curvas, por exemplo, o enterradas a pelo menos 0,6 m de
empuxo hidrodinâmico é calculado por: profundidade.

𝜽 Capacidade
𝑹 = 𝟐 ∗ 𝝆 ∗ 𝑨𝒊 ∗ 𝑽𝟐 ∗ 𝒔𝒆𝒏 ( ) Tipo de solo de suporte
𝟐 (kPa)

O empuxo hidrodinâmico, nas Solo orgânico, turfa, etc. 0


velocidades usualmente empregadas nas
Argila mole 25
tubulações, é desprezível quando comparado
com o empuxo hidrostático, sendo Areia 50

normalmente desprezado. Areia com cascalho 75


O solo que envolve a tubulação deverá
Areia com cascalho e argila 100
oferecer resistência ao empuxo, impedindo o
movimento dos componentes do sistema. Como Areia com cascalho, ligados com
200
argila
estes componentes têm uma área de contato
relativamente restrita, a pressão sobre o solo Solos duros 250
seria elevada, podendo ultrapassar sua
capacidade de suporte. Assim, utilizam-se os 𝑹
blocos de ancoragem, executados normalmente 𝑨𝒃 =
(𝟏𝟎𝟎𝟎 ∗ 𝑪𝒔 )
em concreto, que tem a função de melhorar a
transferência do empuxo ao solo, através do Ab = área de contato do bloco de ancoragem
aumento da área de contato, e, portanto, da com o solo, perpendicular a direção do empuxo
diminuição da pressão resultante sobre o solo, (m2)
de modo que este possa suportar com R = empuxo hidrostático (N)
segurança o empuxo. Em alguns casos é Cs = capacidade de suporte do solo (kPa)
utilizado também o peso do bloco de concreto e
a força de atrito entre o bloco e o solo, como Obs.:
fatores de resistência ao empuxo. • Os blocos de ancoragem devem ser
dimensionados para suportar o empuxo
12.3 Bloco de Ancoragem máximo, que ocorre quando a tubulação está
submetida à máxima pressão hidrostática
12.3.1 Dimensionamento da área de interna. Esta poderá ser decorrente de uma
contato com o solo sobrepressão devido a um golpe de aríete
previsto ou poderá ser a pressão de teste da
tubulação, antes de entrar em operação.
• O bloco de ancoragem deverá envolver
apenas a conexão, e não o tubo. Assim, as
juntas elásticas da conexão fornecerão a
flexibilidade necessária para compensar
eventuais recalques diferenciais devido à
pressão do bloco de ancoragem sobre o solo. As
juntas, estando livres, permitirão também a
observação de eventual vazamento. durante o
teste de estanqueidade da tubulação.
O dimensionamento da área de contato
do bloco de ancoragem com o solo, dependerá
do empuxo e da capacidade de suporte do solo. 12.3.2 Dimensionamento pelo atrito
A capacidade de suporte do solo entre solo e bloco
poderá ser estimada através da tabela a seguir,
válida para empuxo horizontal em tubulações Considerando o peso do bloco de
ancoragem, o dimensionamento depende das
características do concreto utilizado, sendo o
dimensionamento baseado no conceito abaixo:

No caso de declividades acentuadas,


superiores a 20%, deve-se prever a ancoragem
da tubulação de uma forma geral, evitando
Sendo: qualquer deslocamento da linha da rede
R = força resultante; coletora.
P = peso do bloco; Do mesmo modo, nos trechos em plano
W = peso do aterro; inclinado, tomar as medidas necessárias para
B = apoio sobre a parede da vala; evitar qualquer deslocamento da linha.
F = atrito sobre o solo; Quando existem obstáculos ou quando
M = momento de tombamento. os terrenos são de má qualidade,
impossibilitando a construção dos blocos de
Nas redes de adução e distribuição de ancoragem, a alternativa é utilizar a técnica de
água, os empuxos aparecem: travamento das juntas.
• A cada extremidade de uma tubulação – Caps;
• A cada mudança de direção – Curvas
• A cada mudança de diâmetro – Reduções;
• A cada derivação – Tês.

Todos os caps, curvas, reduções, tês


devem ser protegidos, para garantia da perfeita
estanqueidade das juntas elásticas dos tubos.
A proteção deve ser feita no sentido do
peso próprio da peça e dos possíveis esforços
longitudinais ou transversais, mantendo a
tubulação livre desses esforços ou
deformações, esforços estes que não são
absorvidos pela junta elástica das conexões.
As juntas elásticas devem ser mantidas
visíveis para que seja possível a verificação do
ensaio de estanqueidade, a fim de garantir a
estanqueidade do sistema, evitando infiltração
e vazamentos.
A utilização de blocos de ancoragem de
concreto é a técnica mais utilizada para
equilibrar os esforços de empuxo hidráulico de O dimensionamento desses elementos
uma canalização com bolsas, sob pressão. exige cálculos específicos para a determinação
As ilustrações abaixo apresentam das suas características e dimensões.
alguns exemplos do posicionamento dos blocos
de ancoragem.
13. Curvatura em Tubulações
Na instalação de tubulações de PVC, 𝒃 = 𝑳 ∗ 𝒔𝒆𝒏(𝒂)
curvaturas de raio longo podem ser
conseguidas aproveitando-se a deflexão As duas equações acima aplicadas aos
angular permitida em cada junta elástica, assim tubos Amanco Wavin (L = 6 m e a = 1°),
como uma flexão controlada do próprio tubo. fornecem:

R = 343,77 ≈ 344 m
13.1 Curvatura através da b ≈ 0,105 m = 10,5 cm
Deflexão Angular das Juntas:
13.2 Curvatura através da Flexão
do Tubo
Cada junta poderá ser defletida de 1°,
obtendo-se desta forma uma poligonal de raio
O raio de curvatura será́ limitado pela
de curvatura suave para a tubulação. Deve- se
tensão axial máxima induzida pela flexão. Esta
notar que as juntas dos tubos Amanco Wavin
tensão ocorre na geratriz da superfície externa
Biax são testadas para ter estanqueidade
do tubo e age juntamente com outras tensões
perfeita com deflexão mínima de 2°, de modo
axiais causadas por acomodações do solo,
que a curvatura assim obtida é segura.
contrações térmicas e pelo efeito Poisson.
Seguimos as recomendações da norma ENV
1452-6, que especifica o raio mínimo de
curvatura como 300 vezes o diâmetro externo
do tubo.
Não se deve utilizar a bolsa como apoio
para se curvar os tubos. Assim, o tubo terá as
extremidades retas, sendo curvado apenas na
parte intermediária.
Para se conseguir a curvatura, apoia-se
o tubo em pontos próximos da extremidade,
usando-se sacos de areia ou material de
Curvatura da tubulação através da
reaterro para mantê-lo na posição, exercendo-
deflexão nas juntas dos tubos.
se então uma força no meio do vão, para curvá-
Da figura acima, temos o raio
lo. A situação é equivalente a uma viga bi-
resultante:
apoiada, com uma carga concentrada no meio
𝑳 do vão. O tubo será́ curvado em forma de uma
(𝟐) parábola suave, sendo o raio mínimo localizado
𝑹= 𝒂 no meio do vão.
𝒕𝒈 (𝟐)

Onde:
R = raio da linha de centro do tubo, resultante
da deflexão angular das juntas dos tubos (m);
L = comprimento de cada tubo (m);
a = ângulo de deflexão em cada junta (°).

O deslocamento lateral da extremidade de cada


tubo, devido à deflexão de um ângulo “a” será:
A força necessária, a flecha no meio do F y θ 2θ B
vão e o ângulo de deflexão nas extremidades, DN
(Kgf) (cm) (°) (°) (cm)
são calculados pelas seguintes expressões:
100 14 5,9 2,0 4,0 17,7
𝟒∗𝑬∗𝑰 150 40 4,1 1,4 2,8 12,3
𝑭=( )
𝑹∗𝑳 200 90 3,1 1,1 2,2 9,4

250 168 2,5 0,9 1,8 7,6


𝝅 300 282 2,1 0,7 1,4 6,0
𝑰 = ( ) ∗ [𝒅𝒏 𝟒 − (𝒅𝒏 − 𝟐 ∗ 𝒆𝒏 ) ∗ 𝟒]
𝟔𝟒
Da tabela apresentada, nota-se que a
força necessária para o curvamento, aumenta
𝑭 ∗ 𝑳𝟑 significativamente com a bitola do tubo. Assim,
𝒚=( ) tubos de bitola superior a DN 200 exigem as
𝟒𝟖 ∗ 𝑬 ∗ 𝑰
devidas precauções.
Não é recomendável o uso de colares
de tomada ou Tês de ligação ou de serviço ou
𝟏𝟖𝟎 outros dispositivos em tubos curvados. Caso
𝑭 ∗ 𝑳𝟐 ∗ ( 𝝅 )
𝜽= seja necessário ter derivação no trecho,
(𝟏𝟔 ∗ 𝑬 ∗ 𝑰) recomenda-se efetuar a curvatura da tubulação
usando-se apenas a deflexão angular das
F = força necessária para curvar o tubo (N) juntas.
E = módulo de elasticidade axial de curto prazo
do material do tubo (3x109 Pa para o PVC-O)
I = momento de inércia da seção do tubo, em
relação à linha neutra (m4)
R = raio da linha de centro do tubo, no meio do
vão (m)
L = comprimento do tubo a ser curvado
(distância entre apoios) (m)
dn = diâmetro externo nominal do tubo (m)
en = espessura de parede nominal do tubo (m)
y = flecha no meio do vão, decorrente da
curvatura do tubo (m)
θ = ângulo de deflexão nas extremidades do
tubo (°)

A tabela a seguir apresenta, como


exemplo, tais valores calculados para a linha
Amanco Wavin Biax, considerando-se um
comprimento de curvatura de 5 m (deixando- se
0,5 m em cada extremidade do tubo, para que
as juntas não sejam forçadas) e um raio mínimo
no meio do vão igual a 300*DE. O ângulo de 2*θ
corresponde à deflexão total do tubo (θ em cada
extremidade).
14. Escoramento de Valas
14.1 Considerações Gerais 14.2.1 Tipos de Pontaleteamento

É obrigatório o escoramento para valas Constituído de pranchas/tábuas de


de profundidade superior a 1,25m, conforme madeira dispostas verticalmente, espaçadas
estabelece a portaria no 3214 do Ministério do entre si e travadas horizontalmente por
Trabalho, de 08/06/1978, regulamentada pela estroncas, de madeira, madeira roliça ou ainda
NR 18 e pela portaria n° 17, de 07/07/83. metálicas, instaladas horizontalmente.
Em todos os serviços de escavação, deve-se
seguir a Norma NBR 9061 – Segurança de
escavação a céu aberto.
O projeto do escoramento deve seguir a
NBR 12266 - Projeto e execução de valas para
assentamento de tubulação de água esgoto ou
drenagem urbana – Procedimento
A execução do escoramento deve seguir as
normas ABNT:

• NBR 17015 – Execução de obras lineares para 14.2.2 Tipo Descontínuo


transporte de água bruta e tratada, esgoto
sanitário e drenagem urbana, utilizando tubos Constituído de pranchas/tábuas de
rígidos, semirrígidos e flexíveis. madeira dispostas verticalmente espaçadas
Em valas com profundidade inferior a 1,25m entre si, fixadas por longarinas instaladas
deve ser utilizado escoramento sempre que as horizontalmente em toda extensão da vala e
paredes laterais forem constituídas de solo travadas com estroncas de madeira ou
passível de desmoronamento, bem como nos metálicas.
casos em que, devido aos serviços de
escavação, constate-se a possibilidade de
alteração da estabilidade do que estiver
próximo à região dos serviços.
A definição do tipo de escoramento a
empregar depende da qualidade do terreno, da
profundidade da vala e das condições locais
A remoção do escoramento deve ser
feita cuidadosamente e a medida que for sendo
feito o reaterro seguindo as recomendações das
normas acima.
14.2.3 Tipo Contínuo

14.2 Tipos de Escoramento Constituído de pranchas/tábuas ou


pranchas tipo macho-fêmea de madeira
A seguir destacamos os tipos mais comuns de dispostas contiguas verticalmente e travadas
escoramento utilizados: por longarinas horizontais em toda a extensão
da vala que por sua vez são travadas com
estroncas horizontais de madeira ou metálicas
espaçadas entre si.
14.2.7 Tipo pontaleteamento
metálico

As superfícies laterais da vala são


contidas por perfis metálicos dispostos aos
pares, vertical e simetricamente ao longo das
paredes laterais da vala, travados
horizontalmente por estroncas ou cilindros
metálicos com dispositivo hidráulico ou
mecânico, com a finalidade de aplicar pressão
ativa nos perfis colocados ao longo da vala.
14.2.4 Tipo metálico-madeira

Constituído de perfis metálicos tipo “H”, 14.3 Cuidados na ancoragem


pranchões de madeira, longarinas e estroncas
metálicas ou de madeira. O dimensionamento do escoramento,
de modo a garantir a estabilidade da vala e a
segurança dos instaladores depende do tipo de
solo e das dimensões da vala e deve seguir as
recomendações normativas.
As operações de montagem e
desmontagem do escoramento devem ser com
cuidados de modo a não afetar a junta da
tubulação já executada, bem como não deve
comprometer a integridade da tubulação.
Quando ao sistema de escoramento
tipo Caixa metálica o deslocamento da caixa
Além dos tipos acima, podem ser não pode ser efetuado com movimento
utilizados outros tipos de escoramentos horizontal no nível de assentamento da
dependendo do tipo de solo e da profundidade tubulação, e sim primeiramente com movimento
da vala, conforme abaixo. vertical até no mínimo de 30cm acima da
geratriz superior externa da tubulação, para
14.2.5 Tipo estaca prancha metálica posterior deslocamento horizontal.
Recomenda-se durante a movimentação do
As estacas pranchas são perfis escoramento tipo caixa manter a tubulação já
metálicos verticais, que permitem o assentada travada por meio de “tirfor’ / catraca
acoplamento de várias peças sucessivas, por ou para diâmetros menores com pontalete, para
meio de encaixe tipo macho-fêmea e o evitar o desacoplamento.
travamento executado com longarinas e A retirada das estacas da vala escorada
estroncas metálicas ou de madeira. deve ser um processo gradual, onde, possibilite
a compactação por camadas dos vazios
14.2.6 Tipo caixa metálica deixados pela remoção das mesmas.

Estrutura metálica única (tipo gaiola)


constituída de chapas e perfis metálicos
modulados e montados de tal forma a propiciar
um espaço seguro dentro da vala que possibilite
o desenvolvimento de todos os trabalhos
pertinentes ao assentamento da tubulação,
podendo ser articulada ou não.
15. Instalações dos Tubos Amanco
Wavin
15.1 Considerações Gerais 15.2 Preparo da Vala

Durante a instalação dos tubos e A locação e o nivelamento topográfico


conexões Amanco Wavin, é indispensável a devem ser executados antes do início da obra
proteção contra riscos de acidentes, devendo ou de trechos da obra, e consistem em demarcar
ser cumprido o estabelecido na legislação no terreno, os pontos determinados em projeto
vigente, com uso obrigatório e correto de de uma rede, para que esta possa ser executada
equipamentos de proteção individual (EPI) e dos exatamente no local planejado, devendo locar o
equipamentos de proteção coletiva (EPC), eixo das valas a serem escavadas, indicando os
visando preservar a integridade física de todas pontos notáveis como conexões, registros,
as pessoas envolvidas na obra. poços de inspeção, caixas de passagem, etc.,
A execução de adutoras, redes de bem como a largura e a profundidade (cota) da
distribuição de água, rede de drenagem ou rede escavação.
de coleta de esgotos com tubos e conexões A tubulação a ser assentada deve ter
Amanco Wavin deve obedecer ao projeto seu eixo demarcado a cada 20 m e
executivo bem como deve se atentar no mínimo consequentemente suas cotas de fundo da vala
aos requisitos prescritos nas Normas devem ser também verificadas neste espaço.
Regulamentadoras: As cotas da geratriz superior da
tubulação instalada devem ser verificadas logo
• NR 8 – Condições e meio ambiente de após o assentamento e também antes do
trabalho na indústria da construção reaterro, para que eventuais correções possam
• NR 18 – Condições e meio ambiente de ser feitas.
trabalho na indústria da construção
• NR 19 – Explosivos
• NR 21 – Trabalho a céu aberto
Bem como nas Normas Brasileiras abaixo:
• NBR 9061 - segurança de escavação a céu
aberto
• NBR 7367 - Projeto e assentamento de
tubulações de PVC rígido para sistemas de
esgoto sanitário
• NBR 17015 - Execução de obras lineares para
transporte de água bruta e tratada, esgoto
sanitário e drenagem urbana, utilizando tubos
rígidos, semirrígidos e flexíveis 15.3 Escavação da Vala

Além destes documentos listados A escavação das valas deve obedecer


acima, é importante considerar as informações às regras da boa técnica, abertas de jusante
técnicas a seguir. para montante, devendo-se utilizar
escoramento (para conter as paredes laterais da
vala), sempre que necessário;
As valas podem ser escavadas
mecânica ou manualmente, atendendo a
critérios técnicos e de segurança, conforme a A largura da vala no nível de
norma em vigor. assentamento do tubo é função das cargas
As escavações devem obedecer às externas que atuam sobre a tubulação,
dimensões de largura e profundidade considerando o tipo de solo base e o
estabelecidas no projeto, considerando a envolvimento a ser dado ao tubo.
existência ou não de escoramento. Em situações A profundidade mínima de instalação
em que o fundo da vala possuir material do tubo (distância da superfície do solo até́ a
rochoso ou irregular, aplicar uma camada de geratriz superior do tubo) deverá ser de:
areia e compactar, assegurando o nivelamento
e a integridade dos tubos a serem instalados. Recobrimento
Assentamento
A inclinação dos tubos, quando mínimo
necessária, é dimensionada em função da vazão No passeio 0,60 m
e velocidade e devem ser assentados
Com tráfego leve 0,80 m
obedecendo às especificações de projeto
A largura da vala deverá ser suficiente Com tráfego intenso e
1,20 m
para o trabalho dos operários e para que seja pesado

possível a compactação adequada do solo de Sob ferrovias 1,50 m


reaterro nas laterais do tubo.
Durante a escavação da vala, todo
entulho resultante da quebra do pavimento ou
eventual base de revestimento do solo deve ser
afastado da sua borda, para evitar o uso
indevido no envolvimento da tubulação.

15.4 Largura e profundidade da


Vala

As dimensões da largura e
profundidade da vala deverão seguir o projeto
técnico, bem como as orientações das normas 15.5 Fundo da Vala
brasileiras.
A largura mínima da vala para os tubos O fundo da vala deverá ser
Amanco Wavin varia conforme a profundidade regularizado, de modo a prover suporte
e o diâmetro da tubulação. É importante que adequado para os tubos. Deverá ser isento de
haja um espaço entre as geratrizes laterais da pedras, saliências e reentrâncias. As eventuais
tubulação e a parede da vala de no mínimo 25 reentrâncias devem ser preenchidas utilizando-
cm para que seja possível efetuar o reaterro e a se areia ou material equivalente compactado,
compactação do solo de envolvimento lateral tal que fique nas mesmas condições de suporte
da tubulação. do fundo da vala normal.
Recomenda-se adotar as larguras da Deve ser preparado para receber a
vala conforme tabela abaixo: tubulação sendo necessário observar as
recomendações especificas do projetista para
Profundidade Largura da vala tal.
< 2,0 m 0,60m No caso de solo argiloso, tabatinga ou
lodo, sem condições mecânicas mínimas para
2a4m 0,80m
assentamento dos tubos, deve-se executar uma
> 4,0 m Mínimo 0,80m base de cascalho ou concreto
convenientemente estaqueada. A tubulação
sobre tais bases devem ser assentada, apoiada
sobre berço de areia ou material escolhido,
tomando-se os cuidados necessários (uso de 15.7 Considerações sobre o
material bem graduado ou de manta geotêxtil) Assentamento
se houver possibilidade de migração do
material nativo para o berço. É também No caso de transição entre o tubo
aconselhável que a largura da vala seja um Amanco Wavin Biax ou DEFOFO e o tubo de
pouco maior, para que a pressão lateral ferro fundido, recomenda-se sempre introduzir
transferida ao solo nativo seja mínima. a ponta do tubo Amanco Wavin na bolsa do
tubo de ferro fundido. As pontas dos tubos de
ferro fundido tem maiores variações
dimensionais, inadequadas ao projeto das
bolsas dos tubos Amanco Wavin;
O sentido de montagem dos trechos
deve ser de preferência caminhando-se das
pontas dos tubos para as bolsas ou seja, cada
tubo assentado deve ter como extremidade
livre uma bolsa, onde deve ser acoplada a ponta
do tubo subsequente;

As escavações em rocha decomposta,


pedras soltas e rocha viva devem ser feitas
abaixo do nível inferior dos tubos. No fundo da
vala deve ser executado um leito de areia,
isento de pedras, de no mínimo 15 cm sob os
tubos.

15.6 Assentamento da Tubulação

Preferencialmente, cada tubo Uma curvatura de raio longo da


assentado deve ter como extremidade livre uma tubulação poderá́ ser obtida mediante deflexão
bolsa, na qual será acoplada a ponta do tubo angular nas juntas ou então mediante curvatura
subsequente. Isto permitirá uma montagem a frio dos tubos;
mais limpa, evitando-se problemas de Não é conveniente o uso de
contaminação e estanqueidade. aquecimento dos tubos para a obtenção de
É recomendável, mas não essencial, curvas;
que o fluxo de água ou esgoto na tubulação se Deve-se impedir o arrasto dos tubos no
dê da ponta de um tubo para a bolsa do tubo chão, durante o transporte de descida dos tubos
seguinte. na vala;
Os tubos devem ser assentados com a
sua geratriz inferior, coincidindo com o eixo do
berço (todo o corpo do tubo deve estar apoiado
no berço), de modo que as bolsas fiquem nas
escavações previamente preparadas,
assegurando um apoio contínuo do corpo do
tubo. A região da bolsa deve ser escavada no
fundo da vala de modo a manter o corpo do
tubo totalmente apoiado.
Verificar se o chanfro da ponta do tubo
não foi danificado (ou o tubo foi cortado). Caso
necessário, corrigí-lo com uma grosa ou lima.
Aplicar a Pasta Lubrificante Amanco
Wavin na parte visível do anel de vedação e na
ponta do tubo, para facilitar a montagem;
Não usar óleo ou graxa como
lubrificante, pois podem danificar o anel de
vedação.

15.8 Execução da Junta Elástica

Verificar se o anel de vedação se


encontra na posição correta;
O anel JERI (Junta Elástica Removível
Integrada), dos tubos que utilizam estes anéis,
pode ser removível da bolsa e recolocado na Introduzir a ponta do tubo na bolsa
canaleta, caso a sua posição não esteja correta. observando as marcações, que indicam quanto
a ponta deve ser introduzida na bolsa.
Se a instalação estiver sendo feita em
uma barra de tubo, observar que na
extremidade (ponta) do tubo, existe uma
marcação indicando a faixa da profundidade de
encaixe na bolsa. Se por algum motivo, houve a
necessidade de corte de um segmento do tubo,
meça a profundidade da bolsa e marque na
extremidade do tubo. Isso lhe auxiliará na
visualização da inserção máxima de montagem;

Por sua vez, o anel JEI (Junta Elástica


Integrada) dos tubos que são fornecidos já com
este anel incorporado na bolsa, não podem ser
removidos da canaleta.
Nas conexões, proceda a colocação do
anel de vedação JERI ou O´ring conforme o
procedimento detalhado no item – colocação do
anel na bolsa.

A montagem deve ser manual, ou


quando necessário, poderá ser utilizada uma
alavanca ou um equipamento de tração (tirfor),
protegendo-se a extremidade do tubo em
contato com a alavanca, com um calço de
madeira.
chanfro na ponta cortada, com as seguintes
dimensões aproximadas:

As conexões de ferro fundido têm


normalmente a profundidade de bolsa menor
que a dos tubos Amanco Wavin Biax. Assim,
quando se efetua a montagem de pontas de
tubos em conexões de ferro fundido, a ponta
deverá ser introduzida até o final da bolsa. Além
disso, o chanfro utilizado na ponta dos tubos
deverá ter o seu comprimento reduzido,
OBS. O uso da concha de conforme a figura abaixo:
retroescavadeira para propiciar o encaixe da
tubulação é PROIBIDO, conforme as normas
brasileiras, uma vez que pode danificar a bolsa
do tubo que está sendo encaixado, bem como
dificulta o controle para que a ponta do tubo
não seja acoplada 100% no interior da bolsa,
pois é necessário manter uma folga para a
dilatação da tubulação. Mesmo existindo a
marcação das duas faixas para delimitar o
quanto deve ser introduzido a ponta na bolsa,
com a força da retro não é possível controlar o
quanto foi introduzido e propiciar um recuo A montagem da tubulação entre dois
necessário para a dilatação. pontos fixos deve ser feita utilizando-se Luvas
de Correr;

A ponta dos tubos Amanco Wavin para


água ou esgoto de parede maciça ou celular já
é fornecida devidamente chanfrada para
facilitar a montagem da junta elástica. Quando
se corta tubos na obra, deve-se efetuar o
15.9 Acoplamento do Anéis de Passo 5 – Oriente um dos lados do Anel
Vedação JERI a alojar-se completamente dentro da
canaleta;
15.9.1 Tubos Amanco Wavin, Biax,
Coletor Maciço e Coletor Solar

Para acoplar corretamente o Anel JERI


nos Tubos Amanco Wavin, utiliza-se o Método
do Plano Inclinado, conforme os passos
seguidos abaixo:

Passo 1 – Limpe o interior da bolsa e da virola


com um pano úmido ou estopa;

Passo 6– Puxe o anel lubrificado escorregando-


Passo 2 - Posicione o anel, de forma que a aba
o pela parte superior do Tubo Amanco Wavin;
maior do mesmo seja direcionada para a parte
frontal da bolsa.

Passo 7 – Acomode a parte superior do Anel


JERI na canaleta do Tubo Amanco Wavin.
Passo 3– Com a alma plástica voltada para
baixo, ovalize suavemente o anel e introduza-o
na posição horizontal no Tubo Amanco Wavin;
15.9.2 Tubos Amanco Wavin
DEFOFO e PBA

Passo 1 – Limpe o interior da bolsa e da virola


com um pano úmido;

Passo 2 - Faca uma pequena dobra no anel com


os dedos, deixando-o no formato conforme
abaixo;

Passo 4 – Incline gradativamente o Anel JERI


posicionando-o dentro da canaleta;
15.9.3 Tubos Wavin Corrugado e
Novafort

Passo 1 – Limpar com pano úmido a ponta do


tubo, até a quinta corrugação;

Passo 2 - Posicione o anel de vedação no


segundo vale da corrugação a partir da
extremidade da ponta do tubo Amanco Wavin
Corrugado ou do Novafort;
Passo 3 - Introduza primeiramente a região não
dobrada do anel na canaleta do tubo Amanco
Wavin;

Passo 3 – Acomode o restante do anel no


restante do vale;

Passo 4 - Observe a posição de acoplamento.


Os dois lábios do anel devem ser direcionados
para dentro do tubo Amanco Wavin;

Passo 4 – Confirmar se o todo o anel está


posicionado no interior do vale da corrugação.

Passo 5 - Acomode a região dobrada na 15.10 Derivações


canaleta do tubo, pressionando gradativamente
até obter um perfeito alojamento deste anel na As derivações devem ser executadas
bolsa. com colares de tomada ou Tês de serviço de
largura adequada, que abracem o tubo em toda
a sua circunferência e que tenham batentes que
impeçam um aperto excessivo sobre o tubo.
As conexões de ramais de esgoto
devem ser executadas com as selas com trava
ou sela compacta conforme a bitola do tubo
coletor recebedor do esgoto.
Não é recomendável efetuar derivações
em tubos curvados. Caso seja necessário ter
derivação no trecho, recomenda-se efetuar a envolvidos com solo conforme recomendações
curvatura da tubulação usando-se apenas a do projetista e considerações abaixo:
deflexão angular das juntas.
15.13.1 Partes integrantes de uma
instalação típica de tubos enterrados
15.11 Ancoragem

Em todos os pontos da tubulação em


que existam curvas, derivações, reduções,
registros, entre outros, devem ser executadas
ancoragens.

15.12 Estanqueidade das Juntas

Antes do reaterro final da vala, todas as


juntas executadas devem ser verificadas quanto Berço é a camada de apoio do tubo. No
à sua estanqueidade. As verificações devem ser caso de tubos rígidos pode ser constituído por
feitas de preferência entre derivações e no uma camada compactada de solo de reaterro ou
máximo a cada 500 m de tubulação. executado em concreto quando o solo original
não tiver sustentação.
Aterro inicial e Zona de reverso são
regiões da envoltória que necessitam de uma
execução criteriosa para que o sistema tubular
enterrado apresente o desempenho desejado.
Envoltória é a denominação dada ao
material compactado adjacente ao tubo, que
inclui o berço, a zona de reverso e o aterro
inicial. A envoltória exerce função estrutural de
grande importância, onde a capacidade de
sustentação das cargas impostas depende um
Após o assentamento dos tubos, seu suporte lateral adequado.
envolvimento e ancoragem das conexões, Altura de cobertura é a espessura total
mantendo-se todas as juntas inspecionáveis, a das camadas compactadas do solo de
tubulação deve ser pressurizada com água até cobertura, a partir da geratriz superior do tubo
que seja atingida 1,5 vez a pressão de serviço na vala até a superfície do terreno natural, ou
do tubo, no ponto de cota geométrica mais até a superfície do aterro, quando aplicável.
baixa. Em nenhum ponto da linha a pressão Solo nativo é o espaço de solo
hidrostática interna de ensaio pode ser inferior composto por matéria que se apresenta firme,
a 0,2 MPa. compacta, consistente, sem falhas, onde será
Manter a pressurização estável na linha aberta a vala para instalação do tubo. O leito de
no mínimo durante 30 min. assentamento do tubo compreende as paredes
e o fundo da vala. No caso de instalação de tubo
em aterro sobre nativo, deve-se realizar
15.13 Reaterro primeiramente a adequada compactação do
aterro e a seguir a abertura da vala para
Os tubos e conexões Amanco Wavin instalação do tubo.
das linhas PBA, DEFOFO, BIAX, COLETOR A tubulação deve ser recoberta com
MACIÇO, COLETOR CORRUGADO, material selecionado (isento de pedras e
NOVAFORT e LIGAÇÃO PREDIAL devem ser entulho), pelo menos até 30 cm acima da
geratriz superior do tubo.
Amanco Wavin. Neste caso, sugere-se como
opções:

Opção 1 - Execução de canaletas, com


envolvimento do tubo em material granular e
uma tampa de concreto armado.

O reaterro deve ser feito em camadas


de no máximo 10 cm, compactando-se
manualmente apenas nas laterais do tubo, até
que se atinja uma altura de 15 cm acima do
tubo. A partir daí, o reaterro prossegue em
camadas de no máximo 30 cm, compactando-
se com equipamento apropriado em toda a
largura da vala, de modo a se obter o mesmo Opção 2 – Execução de laje de concreto armado.
estado do terreno lateral.
Ao se colocar o material de reaterro,
deve-se tomar o devido cuidado para que não
fiquem vazios junto à tubulação.

Não é recomendável o envolvimento


direto dos tubos Amanco Wavin com concreto,
pois este envolvimento, trabalhando como viga
contínua debaixo do solo, pode sofrer ruptura
Quando a vala tiver escoramento, este ou trincas que podem danificar o tubo.
deve ser retirado progressivamente à medida
em que se efetua a compactação, de modo que
não ocorram vazios no solo, devido à retirada do
escoramento, conforme item 14.3
Não devem ser utilizadas rodas de
máquinas na compactação da vala.

15.13.2 Envolvimentos Especiais

Quando a profundidade de instalação


do tubo for inferior a 80 cm, ou quando a
tubulação atravessar ruas com pesadas cargas
de tráfego, ferrovias, etc., devem ser tomadas
medidas especiais de proteção aos tubos
16. Limpeza e Desinfecção
16.1 Limpeza

Nas redes de distribuição de água


tratada, após a instalação é necessário fazer a
limpeza da rede com água potável, conforme as
normas específicas.

16.2 Desinfecção

Nas redes de distribuição de água


tratada, após a limpeza é necessário fazer a
desinfecção da rede, conforme as normas
específicas.
MIP000003 Revisão: Fev/2023
Este documento pode sofrer alterações sem aviso prévio.
C O R R U G A D O S AMANCO SELA

1. Componentes

Sela Amanco: DN 150x100 e 200x100


E

Anel de Vedação
L I S O S

Corpo da Sela
T U B O S
P A R A
A M A N C O
S E L A

Anel de Vedação
da Sela
I N S T A L A Ç Ã O

Materiais Necessários
E
P R O D U T O
D E
M A N U A L

Estopa Serra Copo 105mm Lixa Pasta Lubrificante


Amanco

manual_amanco_sela_corrugado_FINAL.indd 1 25/04/2016 15:56:36


AMANCO SELA AMANCO SELA AMANCO SELA

2. Procedimento
C O R R U G A D O S

C O R R U G A D O S
e) Lubrificar todo o anel de vedação na região de montagem da Sela e a ponta da conexão, com pasta g) Observe se as setas indicadoras em alto relevo (corpo da Sela e o anel de vedação) estão orientadas,
lubrificante Amanco. conforme figura abaixo.
a) Fazer furação com a serra copo, sobre a geratriz da tubulação (altura máxima do tubo).

Geratriz
E

E
L I S O S

L I S O S
T U B O S

T U B O S
Centrando a broca na região
entre nervuras
P A R A

P A R A
(no caso do tubo corrugado)
A M A N C O

A M A N C O
b) Eliminar as rebarbas (cavacos) originadas pelo processo de recorte no tubo na região externa e interna
(com lixa e/ou estilete), não é necessário chanfrar os cantos.
h) O anel de vedação Colefort DN100 Jeri já vem montado na canaleta da conexão. Para acoplamento do
tubo siga os procedimentos de montagem do tubo.
c) Limpar com estopa região onde será montado o anel de vedação da Sela, deixando superfície
S E L A

S E L A
isenta de sujeiras como: areia, barro, cavacos e etc.

f) Verifique o pré-alinhamento na marcação das setas indicativas (entre o corpo da Sela e o anel de
I N S T A L A Ç Ã O

I N S T A L A Ç Ã O
d) Retire da embalagem o anel de vedação (borracha) da Sela, e verifique se este se encontra limpo e
isento de materiais sólidos (areia, barro, etc.). Acomodar o anel de vedação na furação executada, de vedação) de montagem que estão em alto relevo nas peças. Pressione o corpo da Sela contra o tubo
modo que este se encaixe perfeitamente na região recortada, conforme figura. onde está alojado o anel de vedação, até ocorrer o acoplamento total.
Anel de Vedação
E

E
P R O D U T O

P R O D U T O
D E

D E
M A N U A L

M A N U A L
Obs 1.: A serra copo (Ø105mm) utilizada para o recorte é a mesma para ambos os Selins.

Obs 2.: O Sela Amanco poderá ser utilizado nos tubos corrugados ( Novafort), parede sólida (Colefort)
e tubos com parede de núcleo celular ( Celfort).

manual_amanco_sela_corrugado_FINAL.indd 2 25/04/2016 15:56:55


Sobre a Wavin
A Wavin fornece soluções inovadoras ao setor de construção
e infraestrutura em vários continentes. Com mais de 60 anos
de experiência, vamos enfrentar alguns dos maiores desafios
do mundo: abastecimento de água, saneamento, cidades
resilientes ao clima e melhor desempenho da construção civil.

Tem o objetivo de criar mudanças positivas no mundo, e a


nossa paixão é construir lugares onde as pessoas possam
morar com mais qualidade e bem-estar. Colaboramos e nos
engajamos com líderes de cidades, engenheiros, urbanistas e
instaladores para ajudar os municípios a se prepararem para
o futuro e tornar as construções mais confortáveis e eficientes
em termos de energia.

A Wavin faz parte da Orbia, uma comunidade de empresas


unidas por um objetivo comum: melhorar a vida ao redor do
mundo. Tem mais de 12 mil colaboradores em mais de 40
países em todo o mundo.

No Brasil, a Wavin tem atuação nos setores de construção e


infraestrutura, por meio da fabricação de tubos e conexões e
geotêxteis nãotecido. A empresa atua em prol de suas diretrizes
mundiais por meio das seguintes marcas comerciais: Amanco
Wavin (tubos e conexões) e Bidim (geotêxteis nãotecido). Ao
todo, conta com mais de 2 mil colaboradores e sete fábricas:
em Anápolis (GO), Joinville (SC – duas unidades), Ribeirão das
Neves (MG), São José dos Campos (SP), Suape (PE) e Sumaré
(SP). Sua sede administrativa está localizada em São Paulo,
capital.

Sobre a Amanco Wavin


A Amanco Wavin é uma das marcas comerciais da Wavin,
primeira empresa a criar tubulação de pressão de PVC do
mundo em 1955 em Zwolle, na Holanda. Hoje está presente
em mais de 40 países e é líder na fabricação e no fornecimento
de tubulações plásticas. Lançada em 2006 no Brasil, tem o
propósito de cooperar para o bem-estar das pessoas e para
o desenvolvimento sustentável da sociedade produzindo
produtos inovadores e com alto padrão de qualidade. A marca
atua nos mercados predial e de infraestrutura.
Manual Técnico

Linha Amanco Biax

Índice

01 INTRODUÇÃO | pág. 07 04 DIMENSIONAMENTO | pág. 15


1.1. A Linha Amanco Biax e sua Aplicação 08 4.1. Pressão Estática 16
1.2. Tecnologia 08 4.2. Golpe de Aríete 17
4.3. Resistência à Fadiga 18
02 NORMAS | pág. 09 4.4. Tubulações Enterradas 20
4.5. Colapso Devido ao Vácuo Interno e/ou Pressão Externa 21
03 CARACTERÍSTICAS | pág. 11 4.6. Empuxo Hidrostático e Hidrodinâmico 23
4.7. Curvatura em Tubulações 25
3.1. Sistema de Vedação 12
3.2. Fabricação 13 4.8. Dimensionamento Hidráulico 26
3.3. Adequabilidade à Aplicação 13
3.4. Dimensões 14 05 RECOMENDAÇÕES | pág. 29

06 PRODUTOS | pág. 39
| S i s t e m a s d e Tu b o s e C o n e x õ e s A m a n c o B i a x |

1
Soluções Amanco Wavin

Linha Amanco Biax

01
Introdução
1 - Tubo Amanco Biax
As imagens contidas neste manual são meramente ilustrativas.
Consulte sempre a disponibilidade do produto junto à equipe comercial Amanco Wavin. Revisão: Jun/2020
Manual Técnico

Linha Amanco Biax

01 7

Introdução

1.1. A linha Amanco Biax


e sua aplicação 08
1.2. Tecnologia 08
01 INTRODUÇÃO

1. Introdução 1.2. Tecnologia

Anos de pesquisas sobre o processamento do PVC permitiram


B I A X

1.1. A linha Amanco Biax e sua aplicação


o desenvolvimento de um novo conceito de fabricação,
incorporando a tecnologia de orientação molecular, com objetivo
A Amanco Wavin inova mais uma vez, lançando no Brasil o que
de obter tubos com melhorias notáveis em relação à resistência à
A M A N C O

há de mais moderno em tubos plásticos para condução de água


tração, ductilidade, fadiga e tenacidade.
e esgoto pressurizado nas redes de infraestrutura: Amanco Biax.

Através do processo de bi orientação as moléculas do material


Com um moderno processo de fabricação, os tubos Amanco
são orientadas no sentido dos principais esforços solicitantes:
T É C N I C O

Biax oferecem excelente desempenho, segurança e garantia,


circunferencial e longitudinal.
com a confiabilidade da marca Amanco Wavin.

Como consequência da orientação molecular a estrutura de


parede passa a ser constituída por finas camadas (laminar).
M A N U A L

Com isto o tubo passa a ter uma excelente tenacidade, ou seja,


resistência a transmissão da fissura por eventuais usos superficiais
ou entales decorrentes do transporte, manuseio e instalação bem
como elevada resistência a fadiga.
8
Tubo branco com faixa azul - Para adução e distribuição de água. A associação de alta resistência a tração e a tenacidade
(resistência a transmissão da fissura lenta ou rápida ) resulta em
Tubo branco com faixa ocre - Para esgoto pressurizado.

uma estrutura extremamente robusta.


Figura 1 – Linha Amanco Biax

PVC-O um tubo plástico com propriedades imbatíveis.


A linha Amanco Biax é composta por tubos ponta e bolsa de PVC
orientado (PVC-O), conforme as normas NBR15750/09, Norma
NTS 320 e EB USMA 363: Tubulações de PVC-O (Policloreto de
Vinila não plastificado orientado) para sistemas de transporte de
água ou esgoto sob pressão.

• Está disponível nos diâmetros nominais DN 100, 150, 200,


250, 300, 350 e 400.

• Junta Elástica Integrada (JEI) à bolsa, em borracha EPDM para Figura 2 - Direções dos principais esforços sobre o tubo: circunferenciais (devido à pressão

os tubos para água e NBR (nitrílica) para os tubos de esgoto. interna) e axiais (devido a flexões longitudinais)

• Os tubos Amanco Biax são intercambiáveis com os tubos de


ferro fundido (norma NBR 7675) e tubos de PVC Defofo (norma
NBR 7665). As conexões que compõem o sistema são de ferro
fundido (NBR 7675).

• A Amanco Wavin é fabricante exclusiva do sistema PVC-O no


Brasil.
Antes da orientação Após orientação bi-axial
Figura 3 - Orientação molecular bi-axial, nas direções dos principais esforços sobre o tubo.
A especificação do composto elastomérico consta no
anexo G e H da NBR 15750.
Manual Técnico

Linha Amanco Biax

02 9

Normas
02 NORMAS

2. Normas

Os tubos Amanco Biax são destinados à condução de água e esgoto pressurizado nas redes de infraestrutura, são normalizados
pela NBR15750 para aplicação em classe de pressão PN16 e PN12,5, NTS320 e EB USMA363 para aplicação em classe de pressão
PN12,5 e a NBR 9822 para transporte, manuseio e assentamento.
B I A X

Atendendo a essa Norma, os tubos Amanco Biax apresentam segurança e desempenho elevados, e estanqueidade garantida.
A M A N C O
T É C N I C O
M A N U A L

10
Manual Técnico

Linha Amanco Biax

03
Características 11

3.1. Sistema de vedação 12


3.2. Fabricação 13
3.3. Adequabilidade à aplicação 13
3.4. Dimensões 14
03 CARACTERÍSTICAS

3. Características Capacidade de vazão: devido à alta resistência do PVC-O,


os tubos Amanco Biax tem menor espessura de parede, e
O processo de orientação dos tubos Amanco Biax resulta em tubos de portanto maior área de vazão em comparação aos tubos de
alto desempenho, destacando-se as seguintes características: PVC, PE e mesmo a várias bitolas dos tubos de ferro fundido.
Esta característica, associada à superfície interna extremamente
Resistência: o material dos tubos Amanco Biax apresenta resistência lisa, confere aos tubos Amanco Biax excelente desempenho
muito superior aos demais materiais termoplásticos disponíveis no hidráulico.
mercado. O gráfico abaixo compara os valores de MRS (“minimum
B I A X

required strength”, ou seja, a resistência a longo prazo dos materiais -


Solução sustentável: os tubos Amanco Biax apresentam
50 anos à temperatura de 20°C):
economia considerável de energia na sua fabricação, em
comparação às soluções similares encontradas no mercado para
A M A N C O

MRS (MPa)
50
45 esta aplicação, minimizando os impactos ao meio ambiente.
40
35
30
25 Energia consumida pelos tubos
T É C N I C O

20 (matéria-prima + fabricação) (kWh)


15
10
5 450
0
PE 100 PVC PVC-O
Amanco Wavin Biax 400
M A N U A L

Figura 4 – Valores do MRS de alguns materiais


350
Leveza: em virtude da sua maior resistência e consequentemente menor
300
espessura de parede, proporciona um tubo com menor peso, o que
facilita o transporte, manuseio e instalação, dispensando equipamentos 250
pesados. Alinhado ao acoplamento simples (ponta e bolsa com junta
12 elástica) faz a diferença em termos de custo, desempenho e velocidade 200
de instalação em relação à tubulações feitas com outros materiais,
150
principalmente em relação aos tubos de ferro dúctil e polietileno.
100
Robustez: excelente resistência aos impactos decorrentes do
transporte, manuseio e assentamento. Maior resistência à pressão 50
interna do que materiais similares como PVC -U e PE.
0
PVC-O PEAD SOLUÇÕES
Grande ductilidade (capacidade de deformação plástica), grande METÁLICAS
tenacidade (resistência à propagação da fissura) decorrente da
constituição estrutural da parede, em camadas moleculares e grande Figura 5 – Gráfico comparativo do consumo de energia
resistência a tração. Esse conjunto de fatores incorpora excelente
robustez ao tubo. 3.1. Sistema de Vedação
Os tubos Amanco Biax possuem sistema de vedação do tipo
junta elástica, com anel integrado e removível. O anel é do tipo
bilabial o que permite excelente desempenho tanto na condição
de pressão hidrostática interna quanto a vácuo.

O anel bilabial integrado e removível possui duas funções na


Resistencia à fadiga: o fenômeno da fadiga devido às cargas execução da junta elástica. O lábio auxiliar é utilizado para limpar
cíclicas, está associado à formação e propagação de trincas nos a ponta do tubo que está sendo introduzida, eliminando qualquer
materiais. O PVC-O, com sua estrutura em camadas, dificulta resíduo que possa interferir na vedação.
a propagação de trincas na direção radial, apresentando, em
decorrência, elevada resistência à fadiga.

Flexibilidade longitudinal: devido ao processo de orientação bi-axial,


o tubo tem também ótima resistência no sentido axial, o que lhe confere
resistência a cargas devido a movimentos de acomodação do solo,
bem como a economia de curvas de 11° 15' em curvaturas de raio
longo.
03 CARACTERÍSTICAS

Na execução da junta elástica, quando o tubo é totalmente 3.2. Fabricação


introduzido, os lábios do anel se encontram e, pressionados,
fecham a seção, dando total estanqueidade ao sistema. A fabricação ocorre em linha, através de um processo automático
contínuo, que permite controle preciso dos seguintes fatores:

• Temperatura do composto de PVC ao longo de toda a linha.


• Espessura de parede e diâmetro externo do tubo.
• Grau de orientação circunferencial e longitudinal.

B I A X
A M A N C O
O anel de retenção fixa o anel de vedação na canaleta, impedindo
o seu deslocamento, tanto durante o transporte e instalação dos
tubos, quanto durante a sua operação.

T É C N I C O
esteiras esteiras

M A N U A L
extrusão resfriamento a vácuo unidade de orientação corte bolsadeira

Figura 6 – Linha de extrusão contínua do PVC-O

13
O processo inicia a partir da extrusão de um tubo de PVC de 3.3. Adequabilidade à Aplicação
menor diâmetro e grande espessura de parede, denominado
“preforma”.
Durante o transporte e manuseio dos tubos, poderá ocorrer
impacto, bem como poderão ocorrer cargas pontuais devido
ao assentamento dos tubos na vala. Além disso, ocorrem
normalmente sobrepressões devido à operação das estações de
bombeamento, válvulas e registros do sistema. Tais condições
exigem tubos com alta robustez, ou seja, resistência à pressão
interna, alta resistência ao impacto e alta tenacidade.

Os tubos Amanco Biax são ideais para este tipo de aplicação,


Figura 7 – Preforma
com uma pressão de serviço de até 1,6 MPa (PN16) a 25°C,
Em seguida, esta preforma é aquecida e tem seu diâmetro permitindo sobrepressões eventuais de até 1,5 vezes a pressão
interno expandido por um pino cônico, ao mesmo tempo em de serviço, ou seja, 2,4 MPa. Para temperaturas maiores, deve-
que é extendida axialmente, devido ao controle de velocidade se adotar um coeficiente de redução de pressão.
das esteiras 1 e 2. O tubo é então imediatamente resfriado, para
manter a orientação. Ver gráfico figura 10.

Os tubos Amanco Biax, devido à sua elevada resistencia à


fadiga, são indicados também para tubulações de bombeamento
de esgoto, uma vez que, além das condições já citadas, estão
também sujeitos a cargas cíclicas, devido às partidas frequentes
das bombas.

Figura 8 – Expansão da preforma

O tubo resultante, orientado bi-axialmente, tem maior diâmetro e


menor espessura de parede do que a preforma original, além de
excelente acabamento na superfície interna.

Finalmente, o tubo é cortado no tamanho desejado e tem sua bolsa


formada, preservando-se o mesmo nível de desempenho do tubo.
03 CARACTERÍSTICAS

3.4. Dimensões

D3 D1
B I A X

e
A M A N C O

B
A
L
T É C N I C O

PN 12,5

BITOLA D1 D3 e L A B
M A N U A L

100 119 118 2,9 5871 6000 129

150 171,2 170 4,2 5851 6000 148,4

200 223,4 222 5,4 5836 6000 164,6


14 250 275,8 274 6,7 5812 6000 188,4

300 328,2 326 8 5787 6000 213,5

350 380,9 378 9,2 5789 6000 211

400 432,3 429 10,5 5753 6016 262,5


* medidas aproximadas em milímetros (mm)

PN 16

BITOLA D1 D3 e L A B

100 119 118 3,3 5871 6000 129

150 171,2 170 4,7 5851 6000 148,4

200 223,4 222 6,2 5836 6000 164,6

250 275,8 274 7,6 5812 6000 188,4

300 328,2 326 9,0 5787 6000 213,5

350 380,9 378 10,5 5789 6000 211

400 432,3 429 11,9 5753 6016 262,5


* medidas aproximadas em milímetros (mm)
Manual Técnico

Linha Amanco Biax

04
Dimensionamento 15

4.1. Pressão Estática 16 4.6. Empuxo Hidrostático


4.2. Golpe de Aríete 17 e Hidrodinâmico 23

4.3. Resistência à Fadiga 18 4.7. Curvatura em Tubulações 25

4.4. Tubulações Enterradas 20 4.8. Dimensionamento


Hidráulico 26
4.5. Colapso devido ao Vácuo
Interno e/ou Pressão Externa 21
04 DIMENSIONAMENTO

4. Dimensionamento Para estabelecer a tensão admissível σ temos que utilizar a ISO


12162, que estabelece a classificação dos materiais termoplásticos
em forma de tubo e especifica a designação do material (MRS), que
4.1. Pressão Estática é o valor (σLPL), inferior da faixa do limite de confiança, conforme
O principal esforço que age sobre uma tubulação conduzindo tabela 1 da ISO 12162, ou seja, MRS = 45 MPa.
água ou esgoto sob pressão, é a pressão hidrostática interna.
Para materiais elásticos tradicionais o coeficiente de segurança
pode ser definido como relacionado à máxima tensão ou carga
permitida. O valor, no entanto, é valido para as condições iniciais.
Para material elástico tradicional é considerado que as condições
B I A X

iniciais não se alteram no curso do tempo e consequentemente


independente do tempo. Para tubos termoplásticos, o fator de
segurança é para ser definido em relação ao tempo. Portanto
A M A N C O

como previamente relatado, o coeficientes de segurança não tem


nenhum significado para materiais termoplásticos.

Foi explanado que para materiais termoplásticos, a abordagem


T É C N I C O

tradicional do coeficiente de segurança não é relevante.


Figura 9
Portanto o assim chamado coeficiente total de projeto
ou serviço (C) foi introduzido. Este fator cobre os efeitos
do manuseio, riscos, variação do material (tempo), etc.
Ela gera uma tensão circunferencial na parede do tubo, (veja na
Com valor maior do que 1.
M A N U A L

figura 9) que pode ser calculada pela seguinte expressão:

σ = p* (de – e) O fator C está relacionado a 50 anos de vida útil a 20°.


(2*e) O coeficiente total de projeto mínimo é determinado
Equação (1) em acordo com a EN ISO 12162 e NBR 15750. Para o
PVC-O C50= 1,6. Portanto o valor da tensão admissível (σ) é igual á 28 MPa.
16 onde:
σ = 45 = 28 MPa
σ = tensão circunferencial admissível na parede do tubo (MPa)
p = pressão hidrostática interna (MPa)
1,6
de = diâmetro externo médio do tubo (mm)
e = espessura de parede mínima (mm) Nota: Toda a metodologia acima para a obtenção da tensão
admissível descrita está baseada na ABNT NBR 15750.

Para que o tubo trabalhe adequadamente, a tensão CURVA DE REGRESSÃO


circunferencial atuando em sua parede, não deverá exceder a 80
resistência do material, ou seja, a sua tensão admissível (σ).

A resistência dos materiais plásticos depende do tempo e


da temperatura. Para os tubos que transportam água, a sua
resistência é determinada normalmente para um tempo de 60

ruptura estimado de 50 anos, na temperatura de 20°C.

A norma ISO 9080 descreve o método para estimar esta 50


Tensão (MPa)

resistência hidrostática há longo prazo de tubos de material


plástico por estrapolação estatística.
40
Esta resistência hidrostática estimada pela ISO 9080 é o σLPL, que
é obtido através do ajuste de uma reta em um gráfico log x log
de tensão e tempo (veja figura 9).

Esta reta é obtida através dos valores de tensão de ruptura em 30 LTHS 20°C 60°C
LPL 20°C 60°C
tempos previamente estabelecidos até 10.000 horas (1,14 anos), 20°C
60°C
e é extrapolada até 50 anos.

O σLPL é a quantidade em MPacom a dimensão de tensão, 10 100 1.000 10.000 100.000


representando 97,5% do limite de confiança inferior da resistência Figura 10 - Curva de regressão dos tubos Amanco Biax
hidrostática estimada na temperatura de 20°C, que para nosso
caso, σLPL = 46,46 MPa. logσ = - ,027 * logt + 1,80618
Equação (2)
04 DIMENSIONAMENTO

Usando-se a equação (1), poderemos calcular a relação de/e, que A celeridade, que é a velocidade de propagação da onda de
é uma relação constante para todos os diâmetros de tubos de uma pressão na tubulação, é dada por:
mesma classe de pressão para uma mesma tensão admissível. No
nosso caso para PN 16 Bar, teremos:
K
P
a=
de 1 + 2 * σs 2 * 28
= =1 + = 36 1+
K
*
en
-1
e p 1,6 E dn
Equação (3)
Equação (5)
Os plásticos, por serem materiais visco elásticos, apresentam resistência

B I A X
significativamente maior à carga de curto prazo como pode ser visto no K = módulo de elasticidade volumétrico do fluido (Pa).
gráfico da curva de regressão apresentada. Entretanto, e importante ρ = massa específica do fluido (kg/m3).
E = módulo de elasticidade do material do tubo (Pa).
notar que não ha um enfraquecimento do tubo ao longo do tempo, pois dn = diâmetro externo nominal do tubo (mm).

A M A N C O
um tubo, mesmo sujeito por um longo tempo a sua pressão nominal, en = espessura de parede nominal do tubo (mm).
ainda mantém sua resistência a pressões mais alta de curto prazo,
como se fosse um tubo novo, exemplo: Golpe de Aríete (Item 4.2.). Das equações (4) e (5), vemos que a celeridade, e portanto a
intensidade do golpe de aríete, depende do módulo de elasticidade

T É C N I C O
Deve-se observar que sendo a curva de regressão é um gráfico do material do tubo. Assim, tubos rígidos, como ferro fundido ou
log-log cuja linha tem pequena inclinação, o que significa que uma leve concreto, geram golpes de aríete muito mais intensos do que os
diminuição no valor da tensão, resultará em um aumento no tempo de tubos plásticos, pois estes, devido à sua flexibilidade, absorvem
ruptura estimado. melhor as ondas de pressão. Além disso, como a resistência a
curto prazo dos plásticos é bem superior à resistência à longo

M A N U A L
prazo, eles dispõem de uma segurança adicional para resistir aos
4.2. Golpe de Aríete
golpes de aríete.
São variações repentinas de pressão, que acontecem esporadicamente,
causadas por mudanças rápidas da velocidade do fluido na tubulação. Sabendo-se que:

K = 2150 x 106 Pa (água) 17


ρ = 1000 kg/m3 (água)
E = 4000 x 106 Pa (PVC-O) a 20°C
dn/en = 36 (tubos Amanco Biax)

Pode-se determinar, usando-se as equações (4) e (5), a


intensidade do golpe de aríete resultante de uma variação rápida
de velocidade de 1 m/s.
Figura 11: Golpe de Ariete em Tubulações
O cálculo é válido para qualquer bitola de tubo da linha Amanco
Tais variações são oscilações bruscas em torno da pressão de operação, Biax, já que depende da relação dn/en, que é constante.
podendo ocorrer vácuo na tubulação, caso a intensidade do golpe de
aríete seja elevada e a pressão de operação relativamente baixa. Δp = ± 33,58 mca = ± 0,33 MPa (para ΔV = 1 m/s)
Suas principais causas são: Equação (6)

•Entrada em operação e desligamento de bombas. Conhecendo-se a variação de velocidade que ocorre em uma
•Abertura e fechamento de válvulas. tubulação Amanco Biax, basta multiplicar pelo valor expresso em
•Movimentação do ar que se encontra na tubulação ou sua admissão (6) para obtermos a intensidade do golpe de aríete.
e expulsão através de ventosas.
O módulo de elasticidade do PVC-O diminui ligeiramente com
Para tubulações longas sujeitas a variações rápidas na velocidade do a temperatura, como pode ser visto na tabela abaixo, mas, na
fluido, a intensidade do golpe de aríete pode ser calculada pela seguinte prática, o valor calculado pela equação (6) é suficientemente
expressão: preciso na faixa de temperatura de 10 a 30°C.

a * ∆V
∆p = ± Temperatura (°C) 25 30 40
g
Equação (4)
Curto prazo 4000 3830 3705
Δp = intensidade do golpe de aríete (variação da pressão em torno da pressão de operação) (mca). Longo prazo (50 anos) 2000 1500 1000
a = celeridade (m/s).
ΔV = variação da velocidade do fluido na tubulação (m/s). Tabela 1 – Valores do módulo de elasticidade E (MPa) dos tubos Amanco Biax
g = aceleração da gravidade (m/s2).
04 DIMENSIONAMENTO

As equações (4), (5) e (6) aplicam-se a tubulações livres. No caso de tubulações enterradas, o solo de envolvimento atua como um
fator de incremento de rigidez do sistema. Recomenda-se, assim, para tubulações enterradas, considerar um aumento de 10% na
intensidade do golpe de aríete.

A pressão máxima de serviço admissível (pressão de serviço admissível mais o golpe de aríete) dos tubos Amanco Biax é de 1,5 vezes
a pressão nominal da tubulação, isto é, é de 2,4 MPa, para temperaturas de até 25°C. Para temperaturas superiores, o valor deverá
ser corrigido usando-se o coeficiente de correção do gráfico abaixo.

1,0
B I A X
A M A N C O

Coeficiente ft

0,8
T É C N I C O

0,6
M A N U A L

0,4
10 20 30 40 50
Temperatura (°C)
18 Os golpes de aríete devem sempre que possível ser minimizados, 4.3. Resistência à Fadiga
através da adoção das seguintes medidas:
Quando o golpe de aríete, em vez de ser esporádico, assume um
caráter repetitivo, com determinada frequência, temos o que se chama
•Utilização de tubulações de maior diâmetro, para que as velocidades de variação cíclica da pressão ou carregamento cíclico. Os materiais, de
sejam mais baixas para a mesma vazão; a NBR 12218 especifica
modo geral, tendem a romper com tensões mais baixas do que o seu
velocidade mínima de 0,6 m/s, para evitar deposição de sedimentos,
limite de resistência, quando submetidos a carregamentos deste tipo.
e máxima de 3,5 m/s, para evitar golpes de aríete exagerados.
Neste caso, faz-se necessário uma verificação da resistência à fadiga
da tubulação.
•Uso de volantes de inércia e de controles de partida e parada nos
motores, para partidas e paradas suaves das bombas.
Tais situações ocorrem em várias aplicações, como por exemplo em
irrigação e em bombeamento de esgoto.
•Abertura e fechamento de válvulas de forma lenta.
Aplicações em que ocorre acionamento e parada de bombas algumas
•Evitar a entrada de ar, através de um dimensionamento cuidadoso vezes por dia, também devem ser verificadas.
das entradas de sucção das bombas.
Normalmente as bombas dispõem de controles de partida e parada nos
•Evitar a entrada de ar nas tubulações, através de enchimento lento motores, de forma a minimizar as sobrepressões. Estas sobrepressões,
da tubulação, quando de sua entrada em operação. como são repetitivas, são consideradas no dimensionamento à fadiga
da tubulação. Entretanto, caso haja uma parada brusca das bombas
•Uso adequado de ventosas nas partes altas da tubulação, para devido à falta de energia, como se trata de evento isolado, sem
retirada do ar que poderá se acumular nestes pontos. característica repetitiva, a sobrepressão (que é normalmente maior do
que a de uma parada normal) deve ser considerada como golpe de
Golpes de aríete são fenômenos complexos, principalmente em aríete, sendo tratada como visto no ítem anterior.
redes de tubulações com inúmeras válvulas, bombas e ventosas,
dependendo das características destes elementos, bem como de As variações lentas de pressão que ocorrem normalmente ao longo do
outras variáveis como, por exemplo, a perda de carga, o tipo de solo dia nas redes de distribuição de água, não precisam ser consideradas.
de envolvimento e o seu grau de compactação.
O número de ciclos que uma tubulação pode resistir sob a ação de uma
As equações (4), (5) e (6) aplicam-se a situações mais simples, sendo pressão variável depende muito mais da variação da pressão (diferença
recomendável a colaboração de pessoal especializado quando se entre a pressão máxima e a pressão mínima) do que do valor médio da
tratar de sistemas complexos. pressão atuante.
04 DIMENSIONAMENTO

O número de ciclos que uma tubulação pode resistir é obtido através de testes práticos, sendo, para o caso dos tubos Amanco Biax,
expresso pelo gráfico abaixo:

Resistência à fadiga dos tubos Amanco Biax

10
Variação da pressão (MPa)

B I A X
1

A M A N C O
0,1

T É C N I C O
0,1 E+04 1,0 E+05 1,0 E+06 1,0 E+07 1,0 E+08
Número de ciclos
Figura 11 – Gráfico de resistencia à fadiga dos tubos Amanco Biax

M A N U A L
O diagrama representa o número mínimo de ciclos. Normalmente não é necessário o uso de coeficientes de segurança, já que os
valores médios são bem superiores.

A pressão máxima não deverá ultrapassar a 1,5 vezes a pressão nominal da tubulação, isto é, não deverá ultrapassar a 2,4 MPa, para
temperaturas de até 25°C. Para temperaturas superiores, o valor deverá ser corrigido usando-se o coeficiente de correção do gráfico
abaixo: 19

1,0
Coeficiente ft

0,8

0,6

0,4
10 20 30 40 50
Temperatura (°C)

A fadiga em tubulações pode ser minimizada através das seguintes medidas:

• Diminuindo a intensidade dos picos de pressão, seguindo-se as recomendações vistas anteriormente para minimizar os golpes de
aríete.

• Limitando o número de ciclos, através da utilização de poços de sucção e/ou reservatórios de maior tamanho, que resultam em
menor número de partidas das bombas.
04 DIMENSIONAMENTO

4.4. Tubulações Enterradas


As tubulações que trabalham sob pressão interna também sofrem esforços adicionais devido à sua condição enterrada. Tais esforços
são basicamente de compressão, devido à carga de terra sobre o tubo, e de flexão, devido à leve deformação do tubo em consequencia
de tal carga. O efeito destas cargas é sentido principalmente após o tubo ser enterrado, enquanto não é submetido à pressão interna.
Logo que a pressão interna é aplicada, ela atua no sentido de inibir estas cargas, causando um rearredondamento praticamente
completo do tubo.

O efeito das cargas externas sobre um tubo é muito pequeno quando comparado à ação da pressão interna, e na maioria dos casos
pode ser desprezado.
B I A X

Um amplo trabalho de pesquisa realizado na Europa com tubulações plásticas enterradas conduzindo esgoto, sem pressão, mostrou
que não é necessário um dimensionamento preciso para uma tubulação enterrada, desde que a tubulação tenha rigidez adequada e
A M A N C O

a instalação seja de boa qualidade.

O resultado deste trabalho é representado abaixo e mostra a deflexão diametral estimada de um tubo em função de sua rigidez
circunferencial, logo após a instalação.
T É C N I C O

A deflexão a longo prazo é obtida adicionando-se os seguintes fatores de deflexão:

• Para solos do tipo granular bem compactados: 1%.


• Para solos do tipo granular com compactação moderada: 2%.
M A N U A L

• Para solos do tipo granular sem compactação: 3%.


• Para solos coesivos: 4%.

16
20 Bom : solo do tipo granular com boa compactação (Proctor > 94%).
Moderado : solo do tipo granular com compactação moderada
14 (Proctor entre 87% e 94%).
Nenhum : solo do tipo granular, apenas despejado (sem compactação)
12 ou solo do tipo coesivo.
Deflexão do tubo [%]

10

6 Nenhum

2 Moderado

Bom
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Rigidez circunferencial [kPa]

Figura 12 – Deflexão diametral estimada para os tubos plásticos, logo após sua instalação

Esse gráfico aplica-se a tubulações plásticas enterradas sujeitas a carga de tráfego, com profundidade de instalação de 0,8 m a 6,0 m.
Caso não haja carga de tráfego, os tubos poderão ser instalados em profundidades menores.

A linha superior de cada região do gráfico indica a deflexão máxima estimada, enquanto a linha inferior indica a deflexão média esperada.
04 DIMENSIONAMENTO

Testes práticos mostram que os tubos plásticos, ao atingir A pressão crítica, em que o colapso é iminente, de uma tubulação
uma deflexão de cerca de 30%, invertem a curvatura e iniciam sem apoio externo (quando há apenas pressão hidrostática, como
o colapso. Assim, por segurança, normalmente restringe-se a por exemplo no caso de tubulações não enterradas, sujeitas a
deflexão máxima permissível de longo prazo a 7,5%, o que resulta vácuo interno ou travessia subaquática), é dada por
em um coeficiente de segurança de 4 em relação ao colapso. 2*E
Pcri =
dn
Os tubos Amanco Biax tem rigidez de aproximadamente 7 kN/m2, (1 – µ2) * -1 *3
e podemos obter a sua deflexão estimada logo após a instalação en
e, adicionando-se os fatores de deflexão, a sua deflexão estimada Equação (7)
longo prazo, para algumas situações de instalação, sem pressão
Pcri = pressão crítica de colapso do tubo, sem apoio lateral (MPa)

B I A X
interna: Pcride=elasticidade
E = módulo 2*E / [ (1do– tubo
μ2)*(dn
(MPa) / en – 1) 3]
μ = coeficiente de Poisson do material do tubo (0,45 para o PVC-O)
dn = diâmetro externo nominal do tubo (mm)
Deflexão

A M A N C O
Deflexão en = espessura de parede nominal do tubo (mm)
estimada,
Compacta- estimada
Tipo de solo logo após a
ção instalação a longo Como a relação dn/en é constante para toda a linha de tubos
prazo (%) Amanco Biax, todas as bitolas apresentam a mesma resistência
(%)
ao colapso.
granular boa 0 1

T É C N I C O
granular moderada 2,5 4,5 O valor do módulo de elasticidade do tubo dependerá do intervalo
granular despejado 6,2 9,2 de tempo durante o qual a pressão externa (ou vácuo interno)
age. Se a ação é de curto prazo, como no caso de um golpe de
coesivo boa 6,2 10,2
aríete, deverá ser usado o módulo de curto prazo; caso contrário,

M A N U A L
usa-se o módulo de longo prazo do material. O módulo também
Os tubos Amanco Biax normalmente não ficarão um longo tempo depende da temperatura, como pode ser visto na tabela abaixo:
sem pressão interna, e portanto interessam apenas os valores
de deflexão logo após a instalação, que resultaram inferiores ao Temperatura (°C) 20 30 40
limite de 7,5 %.
Curto prazo 4000 3830 3705
21
Entretanto, por segurança adicional, convém utilizar solos Longo prazo (50 anos) 2000 1500 1000
granulares no envolvimento dos tubos, com compactação pelo Tabela 2 – Valores do módulo de elasticidade E (MPa) dos tubos Amanco Biax
menos moderada, de forma a garantir uma melhor qualidade de
instalação, com excelente desempenho, mesmo sem pressão No caso de tubulação enterrada, o solo de envolvimento, embora
por um longo período. exerça uma pressão sobre a superfície externa da tubulação,
também funciona como apoio para a mesma, ajudando-a a
4.5. Colapso Devido ao Vácuo Interno e/ou resistir ao colapso. Neste caso, a pressão crítica de colapso pode
ser expressa por
Pressão Externa
Pscri = 1,15 * √ ( Pcri * E’ )
Uma tubulação poderá estar sujeita ao colapso quando sob
vácuo interno ou pressão externa, ou ambos simultaneamente. Equação (8)

pscri = pressão crítica de colapso do tubo, quando enterrado (MPa)


E’ = módulo reativo do solo de envolvimento (MPa)

Pcri = 2*E / [ (1 – μ2)*(dn / en – 1) 3]

Figura 12: Colapso provocado pelo Vácuo interno em Tubulações


04 DIMENSIONAMENTO

Os valores do módulo reativo do solo dependem do tipo de solo e do grau de compactação do mesmo, podendo ser obtidos das
tabelas abaixo, que constam da norma brasileira NBR 14486:

Sím-
Classe Tipo Nomes Típicos
bolo
Pedregulho e misturas de areia e pedregulho bem graduados com pouco ou
GW
Pedredulhos nenhum material fino
(50% ou mais Pedregulho limpo
Pedregulho e misturas de areia e pedregulho mal graduados com pouco ou
de fração GP
nenhum material fino
grossa não
passa na Pedregulho GM Pedregulho siltoso, misturas de pedregulho, areia e silte
B I A X

peneira n° 4) contendo material


Solos granulares fino GC Pedregulho argiloso, misturas de pedregulho, areia e argila
(menos de 50%
A M A N C O

passando na Areia e areia pedegrulhosa - bem graduadas com pouco ou nenhum material
SW
peneira n° 200) fino
Areias (mais de Areia limpa
50% de fração Areia e areia pedregulhosa - mal graduadas com pouco ou nenhum material
SP
grossa não pas- fino
sa na peneira
T É C N I C O

SM Areia siltoa, misturas de areia e silte


n°4) Areia contendo
material fino
SC Areia argilosa, misturas de areia e argila

ML Silte inorgânico. areia muito fina, areia fina siltosa ou argilosa


M A N U A L

Silte e argila Argila inorgânica de baixa e média plasticidade, argila pedregulhosa, arenosa
CL
(LL < 50) e siltosa, argila magra
Solos finos (50% ou mais passando
OL Silte orgânico, areias finas ou siltes micáceos ou diatomáceos, silte elástico
na peneira n° 200)
MH Silte inorgânico, areias finas ou siltes micáceos ou diatomáceos , silte elástico
Silte e argila
22 (LL > 50)
CH Argila inorgânica de alta plasticidade, argila gorda

OH Argila orgânica de média a alta plasticidade

Solos altamente orgânicos PT Turfa e outros solos altamente orgânicos

NOTA: LL é o limite de liquidez.


Tabela 3 – Classificação dos tipos de solo

Valor E (MPa), para vários graus de compactação


PROCTOR
Tipo de solo
Solo sem Baixo Moderado Alto
compactação (< 85%) (85% - 95%) (> 95%)

Cascalho 7 21 21 21

Solos granulares com pouco ou nenhum material fino: GW, GP, SW e SP 1,4 7 14 21

Solos granulares com material fino: GM, GC, SM, SC solos finos com média ou
0,7 2,8 7 14
nenhuma plasticidade (LL < 50): ML, CL, ML-CL com mais de 25% de material granular

Solos finos com média ou nenhuma plasticidade (LL < 50): ML, CL, ML-CL,
0,35 1,4 2,8 7
com menos de 25% de material granular

Solos finos com média ou alta plasticidade (LL > 50): MH, CH, CH-MH Não há dados seguros. Considera-se E = 0

NOTA - LL é o limite de liquidez


Tabela 4 – Valores de E’ em função do grau de compactação do solo
04 DIMENSIONAMENTO

As equações (7) e (8) consideram uma tubulação como sendo ou seja, os tubos Amanco Biax resistem 2,34 vezes mais à pior
perfeitamente cilíndrica. Para tubulações com certa ovalização, a condição teórica de subpressão, que seria vácuo total (0,1 MPa).
pressão crítica de colapso será menor, sendo necessário o uso Na prática, a subpressão não atinge o vácuo total, chegando no
de coeficientes de correção. máximo à pressão de vapor do líquido conduzido.

No caso da equação (7), tal correção foi desenvolvida por A norma européia EN 805 especifica que as tubulações de adução
Timoshenko. Os valores dos coeficientes de correção, para os tubos e distribuição de água devem ser projetadas para suportar uma
Amanco Biax, podem ser obtidos a partir da tabela abaixo: subpressão de 0,08 MPa.

Considerando-se o suporte do solo de envolvimento lateral


Deformação δdn
(por exemplo, o valor de E’ = 7 MPa, para solo granular com

B I A X
diametral C
relativa δdn/dn (%) material fino, com compactação moderada), e ovalização máxima
dn
permissível para o tubo (7,5%) obtemos a pressão crítica de
1 0,924

A M A N C O
colapso através da equação:
2 0,859

3 0,803 Figura 13 - Deformação diametral de Pscrio = Cs * Pscri = (1 - 3 * 0,075) * 1,15 * (0,234 * 7) = 1,14 MPa
um tubo ovalizado
4 0,755

T É C N I C O
5 0,712
ou seja, a pressão crítica de colapso, neste caso, é mais de 10
6 0,674 vezes superior ao vácuo total.
7 0,639

M A N U A L
4.6. Empuxo Hidrostático e Hidrodinâmico
8 0,609
Empuxo hidrostático é a resultante de forças desbalanceadas
9 0,581
atuantes sobre a tubulação, devido à pressão interna do fluido.
10 0,555 Ocorre sempre que há uma mudança de direção ou de bitola da
tubulação, como em curvas, tês e reduções, assim como em caps
Tabela 5 – Coeficientes de correção da pressão de colapso para tubos ovalizados
ou válvulas quando fechadas total ou parcialmente. O empuxo 23
hidrostático tende a deslocar os componentes da tubulação,
Pcrio = C * Pcri
devendo ser impedido através de juntas travadas ou de blocos
Equação (9)
de ancoragem, já que as juntas elásticas são deslizantes e não
Pcrio = pressão crítica de colapso para tubulação ovalizada, sem apoio externo. oferecem resistência a tal movimento.
C = coeficiente de correção da pressão crítica de colapso, aplicável a tubos ovalizados, sem
apoio externo.
Cs = (1 – 3 * δdn/dn)
A figura abaixo mostra as forças atuantes sobre alguns tipos de
No caso da equação (8), o coeficiente de correção, segundo
conexões e o empuxo hidrostático resultante:
Janson, pode ser obtido através da seguinte expressão:

1 - 3 * δdn Curvas
Cs =
dn d²
F=p*A=p*π*
Equação (10) 4
F F
θ
Pscrio = Cs * Pscri R = 2 * F * sen
2
Pcri = 2*E / [ (1 – μ2)*(dn / en – 1) 3]
Equação (11) θ

Pscrio = pressão crítica de colapso para tubulação ovalizada, enterrada.

Cs = coeficiente de correção da pressão crítica de colapso, aplicável a tubulações enterradas.


R

δdn/dn = deformação diametral relativa.

Os tubos Amanco Biax são bastante resistentes ao colapso. Tês e Tês de


F redução

Considerando-se a temperatura ambiente como sendo 20°C, pela F=p*A=p*π*
4
aplicação da equação (7), poderemos determinar a sua pressão (d1)²
1 - 3 * δdn R F1 = p * A1 = p * π *
crítica de colapso quando sujeitos a uma subpressãoCsdevido
= ao 4
Cs = (1 – 3 * δdn/dn) dn F1
golpe de aríete, desprezando o suporte fornecido pelo solo de R = F1
envolvimento lateral:

2 * 4000
Pcri = = 0,234 MPa F
[ (1 - 0,452) * (36 - 1) 3 ]

Pcri = 2*E / [ (1 – μ2)*(dn / en – 1) 3]


04 DIMENSIONAMENTO

Caps O solo que envolve a tubulação deverá oferecer resistencia ao


R empuxo, impedindo o movimento dos componentes do sistema.

F R=F=p*A=p*π*
4 Como estes componentes tem uma área de contato relativamente
restrita, a pressão sobre o solo seria elevada, podendo ultrapassar sua
capacidade de suporte. Assim, utilizam-se os blocos de ancoragem,
executados normalmente em concreto, que tem a função de melhorar
a transferencia do empuxo ao solo, através do aumento da área de
Reduções contato, e portanto da diminuição da pressão resultante sobre o solo,
(d1)² de modo que este possa suportar com segurança o empuxo. Em
F1 F1 = p * A1 = p * π *
F2 4 alguns casos é utilizado também o peso do bloco de concreto e a força
(d2)² de atrito entre o bloco e o solo, como fatores de resistencia ao empuxo.
B I A X

F2 = p * A2 = p * π *
R 4
F F
R = F1 – F2 R
R
A M A N C O

F F
F

F Junções
F
R d²
F=p*A=p*π* Curva 90° Curva 45° Tê 90° Cap
T É C N I C O

4
Figura 15 – Desenho esquemático dos blocos de ancoragem
(d1)²
F1 = p * A1 = p * π *
4 O dimensionamento da área de contato do bloco de ancoragem com
R = F1
o solo, dependerá do empuxo e da capacidade de suporte do solo.
F1
M A N U A L

F A capacidade de suporte do solo poderá ser estimada através da


tabela a a seguir, válida para empuxo horizontal em tubulações
enterradas a pelo menos 0,6 m de profundidade.
Figura 14 – Empuxo hidrostático atuante sobre alguns tipos de conexões
d, d1 e d2 são os diâmetro externo dos tubos. Capacidade de suporte
Tipo de solo
(kPa)
24 O empuxo hidrodinâmico é causado pela mudança da quantidade Solo orgânico, turfa, etc. 0
de movimento do fluido conduzido, ou seja, ocorre quando há
Argila mole 25
mudança de direção ou de velocidade do fluido.
Areia 50
A quantidade de movimento do fluido em em uma determinada
Areia com cascalho 75
seção da tubulação, é expressa por
Areia com cascalho e argila 100
M = m * V = ρ * Q * V = ρ * (Ai * V) * V = ρ * Ai *V2 Areia com cascalho, ligados com argila 200
Equação (12)
Solos duros 250
M = quantidade de movimento.
m = vazão em massa. Tabela 6 – Capacidade de suporte estimada para o solo, segundo Moser.
V = velocidade do fluido.
ρ = massa específica do fluido. R
Ai = área da seção transversal interna da tubulação. Ab =
(1000 * Cs)
Em todas as situações ilustradas, sempre que haja velocidade do
Equação (14)
fluxo, haverá também empuxo hidrodinâmico. A única exceção é
o cap, em que não há velocidade. Ab = área de contato do bloco de ancoragem com o solo, perpendicular à direção do empuxo (m2)
R = empuxo hidrostático (fig.14) (N)
Cs = capacidade de suporte do solo (tab.5) (kPa)
No caso de curvas, por exemplo, o empuxo hidrodinâmico é
calculado por:
Obs.:
θ
R = 2 * ρ * Ai * V2 * sen • Os blocos de ancoragem devem ser dimensionados para suportar o
2 empuxo máximo, que ocorre quando a tubulação está submetida à
(Equação 13) máxima pressão hidrostática interna. Esta poderá ser decorrente de
uma sobrepressão devido a um golpe de aríete previsto ou poderá ser
O empuxo hidrodinâmico, nas velocidades usualmente a pressão de teste da tubulação, antes de entrar em operação.
empregadas nas tubulações, é desprezível quando comparado
com o empuxo hidrostático, sendo normalmente desprezado. •O bloco de ancoragem deverá envolver apenas a conexão, e não o
tubo. Assim, as juntas elásticas da conexão fornecerão a flexibilidade
necessária para compensar eventuais recalques diferenciais devido
à pressão do bloco de ancoragem sobre o solo. As juntas, estando
livres, permitirão também a observação de eventual vazamento
durante o teste de estanqueidade da tubulação.
04 DIMENSIONAMENTO

4.7. Curvatura em Tubulações Não se deve utilizar a bolsa como apoio para se curvar os tubos.
Assim, o tubo terá as extremidades retas, sendo curvado apenas
Na instalação de tubulações de PVC-O, curvaturas de raio longo na parte intermediária.
podem ser conseguidas aproveitando-se a deflexão angular
permitida em cada junta elástica, assim como uma flexão Para se conseguir a curvatura, apoia-se o tubo em pontos
controlada do próprio tubo. próximos da extremidade, usando-se sacos de areia ou material
de reaterro para mante-lo na posição, exercendo-se então uma
Curvatura através da deflexão angular das juntas: força no meio do vão, para curvá-lo. A situação é equivalente
a uma viga bi-apoiada, com uma carga concentrada no meio
Cada junta poderá ser defletida de 1°, obtendo-se desta forma do vão. O tubo será curvado em forma de uma parábola suave,
uma poligonal de raio de curvatura suave para a tubulação. Deve- sendo o raio mínimo localizado no meio do vão.

B I A X
se notar que as juntas dos tubos Amanco Biax são testadas para
ter estanqueidade perfeita com deflexão mínima de 2°, de modo

A M A N C O
que a curvatura assim obtida é segura.

R
L
a/2 a

T É C N I C O
B
y
2

M A N U A L
a
b F

a Figura 17 – Curvatura através da flexão do tubo

Figura 16 - Curvatura da tubulação através da deflexão nas juntas dos tubos.


A força necessária, a flecha no meio do vão e o ângulo de 25
Da figura16, temos o raio resultante deflexão nas extremidades, são calculados pelas seguintes
L
expressões:

R=
2 4*E*I
a F=
tg
2
(R*L)
Equação (17)
Equação (15)

R = raio da linha de centro do tubo, resultante da deflexão angular das juntas dos tubos (m)
L = comprimento de cada tubo (m)
a = ângulo de deflexão em cada junta (°)
π
I= * [dn4 – (dn – 2 * en) 4]
O deslocamento lateral da extremidade de cada tubo, devido à
64
Equação (18)
deflexão de um ângulo “a” será:

b = L * sen(a) F * L3
Equação (16) y=
(48 * E * I)
Equação (19)
As equações (15) e (16), aplicadas aos tubos Amanco Biax
(L = 6 m e a = 1°), fornecem:

R = 343,77 ≈ 344 m 180


F * L2 *
a ≈ 0,105 m = 10,5 cm π
θ=
(16 * E * I)
Curvatura através da Flexão do Tubo Equação (20)

F = força necessária para curvar o tubo (N)


O raio de curvatura será limitado pela tensão axial máxima induzida E = módulo de elasticidade axial de curto prazo do material do tubo (3x109 Pa para o PVC-O)
pela flexão. Esta tensão ocorre na geratriz da superfície externa do I = momento de inércia da seção do tubo, em relação à linha neutra (m4)
R = raio da linha de centro do tubo, no meio do vão (m)
tubo e age juntamente com outras tensões axiais causadas por L = comprimento do tubo a ser curvado (distancia entre apoios) (m)
dn = diâmetro externo nominal do tubo (m)
acomodações do solo, contrações térmicas e pelo efeito Poisson. en = espessura de parede nominal do tubo (m)
y = flecha no meio do vão, decorrente da curvatura do tubo (m)
θ = ângulo de deflexão nas extremidades do tubo (°)
Seguimos as recomendações da norma ENV 1452-6, que
especifica o raio mínimo de curvatura como 300 vezes o diâmetro
externo do tubo.
04 DIMENSIONAMENTO

A tabela abaixo apresenta tais valores calculados para a linha O coeficiente f depende da rugosidade da superfície interna da
Amanco Biax, considerando-se um comprimento de curvatura de tubulação e do número de Reynolds, sendo este último expresso
5 m (deixando-se 0,5 m em cada extremidade do tubo, para que por:
as juntas não sejam forçadas) e um raio mínimo no meio do vão di
igual a 300.dn. O ângulo de 2.θ corresponde à deflexão total do Re = V *
tubo (θ em cada extremidade). y
Equação (22)

DN F y θ 2.θ B
Re = número de Reynolds
γ = viscosidade cinemática do fluido (≈10-6 m2/s para água a 20°C)
kgf cm ° ° cm
B I A X

100 14 5,9 2 4 17,7


O número de Reynolds indica o regime do escoamento, sendo
150 40 4,1 1,4 2,8 12,3 que para o escoamento de água em condutos relativamente lisos,
aplica-se:
A M A N C O

200 90 3,1 1,1 2,2 9,4

250 168 2,5 0,9 1,8 7,6 Re < 2000 : regime laminar.
300 282 2,1 0,7 1,4 6,4 2000 < Re < 4000 : regime de transição.
T É C N I C O

Re > 4000 : regime turbulento.


Tabela 7 – Fatores envolvidos na curvatura dos tubos Amanco Biax

O escoamento de água em tubulações, na prática, ocorre sempre


Da tabela apresentada, nota-se que a força necessária para o no regime turbulento. Nesta situação, o coeficiente de perda de
curvamento, aumenta significativamente com a bitola do tubo. carga f é calculado pela equação de Colebrooke-White:
M A N U A L

Assim, tubos de bitola superior a DN 200 exigem as devidas


precauções. 1 K 2,51
= 2 * log10 * 0,27 * +
(f) di [ Re * (f) ]
Não é recomendável o uso de colares de tomada
ou tês de serviço em tubos curvados. Caso seja Equação (23)

26 necessário ter derivação no trecho, recomenda-se


efetuar a curvatura da tubulação usando-se apenas a deflexão k = rugosidade uniforme equivalente das paredes do tubo (m).
angular das juntas.
O valor não é a rugosidade real do tubo, mas baseia-se
4.8. Dimensionamento Hidráulico no diâmetro de grãos de areia uniformes, utilizados como
revestimento superficial de tubos nas experiencias de Nikuradse,
O escoamento de um fluido em uma tubulação depende
que dariam a mesma perda de carga.
basicamente da energia disponível (que pode ser fornecida por
um desnível ou por meio de bombeamento), do diâmetro da
tubulação e das perdas de carga ao longo do comprimento. Nota-se, que a influencia da rugosidade na perda de carga do tubo
é mais significativa para maiores valores do número de Reynolds,
justamente onde ocorre a maioria das aplicações práticas.
As perdas de carga, ou de energia, são causadas pelo atrito
interno do fluido devido à sua viscosidade, bem como pelo atrito
do fluido com as paredes da tubulação. Podem ser distribuídas Os tubos Amanco Biax, devido ao seu processo de fabricação,
uniformemente ao longo da tubulação, bem como localizadas, tem o diâmetro interno extremamente liso, resultando em valores
nos pontos em que há válvulas, conexões ou outros dispositivos muito baixos para a rugosidade uniforme equivalente. Além
que interferem no fluxo. disso, como os tubos Amanco Biax são altamente resistentes à
corrosão e ao desgaste, não é necessário considerar o aumento
da rugosidade com o envelhecimento, como ocorre com alguns
Perdas de Carga Distribuídas
outros tipos de tubulação.

As perdas de carga distribuídas são calculadas pela fórmula de


Valores de k recomendados para a perda de carga distribuída nos
Darcy-Weisbach:
tubos Amanco Biax:
L V2
hf = f * * Para tubos conduzindo água: k = 0,003
di 2*g
Para tubos conduzindo esgoto: k = 0,06 mm
Equação (21)

hf = perda de carga distribuída (mca)


A influência da rugosidade pode ser avaliada tomando-se, por
f = coeficiente de perda de carga distribuída exemplo, duas tubulações DN 150, com o mesmo diâmetro
L = comprimento da tubulação (m)
interno e com a mesma velocidade de fluxo (2 m/s), mas com
di = diâmetro interno da tubulação (m)
V = velocidade média do fluido (m/s) rugosidades diferentes: 0,1 mm e 0,003 mm.
g = aceleração da gravidade (9,81 m/s2)
04 DIMENSIONAMENTO

O tubo com rugosidade 0,1 mm terá uma perda de carga de


Descrição Fator K
23,85 m/km, enquanto o tubo com rugosidade 0,003 mm terá
uma perda de carga de 18,38 m/km, ou seja, aproximadamente Curva 90 raio longo 0,4
30% menor.
Joelho 90 0,75
A tabela a seguir fornece os valores de velocidade, vazão e perda
de carga distribuída para a linha de tubos Amanco Biax: Curva 45 raio longo 0,2
Perdas de Carga Localizadas
Joelho 45 0,35
As perdas de carga localizadas, em regime turbulento, podem ser

B I A X
expressas como: Curva 22°30’ 0,1


hl = K *

A M A N C O
Tê passagem direta 0,4
2*g
Equação (24) Tê saída lateral 1

hl = perda de carga localizada (mca) Tê saída bilateral 1,8

T É C N I C O
K = coeficiente de perda de carga localizada
V = velocidade média do fluido (m/s)
g = aceleração da gravidade (9,81 m/s2) Junção 0,4

Os valores de K variam conforme o fabricante e também conforme Luva 0,04


a bitola das peças, já que o projeto das peças não se mantém

M A N U A L
exatamente similar para as várias bitolas. Entretanto, estas
Alargamento gradual 0,3
variações podem normalmente ser desprezadas em função do
valor total da perda de carga do sistema, de modo que podemos
Redução gradual 0,1
adotar valores aproximados:

Registro de gaveta aberto 0,17 27


Registro de esfera aberto 0,05

Registro globo aberto 6

Registro de ângulo aberto 2

Registro de diafragma aberto 2,3

Registro de borboleta aberto 0,5

Válvula de retenção de portinhola 2

Válvula de pé com crivo, com fechamento axial 6,5

Válvula de pé com crivo, tipo portinhola 2,5

Crivo 0,75

Saída de reservatório normal (cantos vivos) 0,5

Saída de reservatório com borda 0,8

Saída de reservatório (cantos arredondados) 0,2

Entrada de reservatório (livre) 1

Entrada de reservatório (afogada) 0,9

Tabela 8 – Valores dos coeficientes de perda de carga localizada


Manual Técnico

Linha Amanco Biax

05
Recomendações 29
05 RECOMENDAÇÕES

5. Recomendações Transporte e Manuseio


O carregamento dos caminhões e o transporte e manuseio dos
As recomendações para armazenamento, manuseio, transporte e tubos devem ser executados de tal forma que nenhum dano ou
instalação dos tubos Amanco Biax são baseadas principalmente deformação ocorra no produto, devendo para isso ser evitado:
na norma ABNT NBR 9822.
• Jogar o tubo ao solo.
Armazenamento • Arrastar o tubo sobre o solo.
• Sobrepor as bolsas.
• A área que recebe os tubos deve ser horizontal, nivelada e sem • Curvar os tubos.
pedras ou objetos pontiagudos.
• Permitir contato com extremidades pontiagudas.
• Permitir contato com combustíveis, tintas ou solventes.
• O solo deve ter uma camada de material macio ou estrados • Colocar materiais ou ferramentas sobre os tubos.
B I A X

de madeira para receber os tubos. Caso os tubos fiquem


sobre o solo, deverão ser cavados pequenos nichos para
• Andar sobre os tubos.
alojar as bolsas, o que permitirá que o tubo seja assentado
Instalação
A M A N C O

uniformemente ao longo de seu comprimento.


• Os tubos devem ser apoiados de forma alternada (a bolsa A execução da adutora ou rede de água com tubos Amanco
de um tubo para um lado e a bolsa do tubo seguinte para o Biax e conexões deve obedecer ao projeto executivo e demais
lado oposto), para que as bolsas, que tem maior diâmetro informações técnicas.
T É C N I C O

que os tubos, não fiquem tensionadas quando se proceder o


empilhamento. Veja a fig.18, abaixo. Preparo da Vala

A tubulação a ser assentada deve ter seu eixo demarcado a cada


1,5 m
20 m. Os pontos de instalação de conexões, registros, ventosas,
e cruzamentos em nível com outras tubulações ou elementos
M A N U A L

enterrados, também devem ser identificados.

30
6,0 m
20 m
20 m
Figura 18 – Disposição dos tubos na armazenagem (fonte: ABNT NBR 9822)

•Procurar locais sombreados, livres de ação direta de exposição


contínua ao sol.
•Quando for possível, proteger por lonas ou outro tipo de Figura 20 - Demarcação da tubulação (fonte: ABNT NBR 9822)

cobertura, colocada no mínimo a 30 cm acima dos tubos para


A largura da vala deverá ser suficiente para o trabalho dos
permitir a ventilação, e com índice percentual de pelo menos
operários e para que seja possível a compactação adequada do
80% de sombreamento.
solo de reaterro nas laterais do tubo. As dimensões deverão seguir
•As pilhas, escoradas lateralmente, devem ter no máximo a orientação da NBR 9822, para valas de até 2 m de profundidade.
1,50 m de altura. Os tubos devem ser empilhados um a um,
Para valas com profundidade entre 2 m e 4 m, a largura da parte
manualmente.
superior da vala deverá ser de no mínimo 80 cm.
• Se tubos de diferentes diâmetros forem armazenados juntos,
os de maior diâmetro devem ser colocados por baixo. Para valas com profundidade superior a 2 m, e sempre que as
condições do solo exigirem, recomenda-se o uso de escoramento
das paredes da vala.

Espaço para
ventilação
30 cm
1,50 m

60 cm
(mínimo)

25 cm DE 25 cm
(mín.) (mín.)

Figura 19 - Empilhamento dos tubos (fonte: ABNT NBR 9822)

Figura 21 - Largura da vala (fonte: ABNT NBR 9822)


05 RECOMENDAÇÕES

A profundidade mínima de instalação do tubo (distância da Assentamento da Tubulação


superfície do solo até a geratriz superior do tubo) deverá ser de
Preferencialmente, cada tubo assentado deve ter como
80 cm sob vias de tráfego e de 60 cm em condições sem tráfego
extremidade livre uma bolsa, na qual será acoplada a ponta do tubo
de veículos.
subseqüente. Isto permitirá uma montagem mais limpa, evitando-
se problemas de contaminação e estanqueidade.
Durante a escavação da vala, todo entulho resultante da quebra
do pavimento ou eventual base de revestimento do solo deve ser
É recomendável, mas não essencial, que o fluxo de água na
afastado da sua borda, para evitar o uso indevido no envolvimento
tubulação se dê da ponta de um tubo para a bolsa do tubo seguinte.
da tubulação.

Fundo da Vala Tubo


assentado
O fundo da vala deverá ser regularizado, de modo a prover suporte

B I A X
Figura 24 – Sequencia de montagem dos tubos (fonte: ABNT NBR 9822)
adequado para os tubos. Não deverá ter colos nem ressaltos, e
ser isento de pedras. Obs.:
No caso de transição entre o tubo Amanco Biax e o tubo de

A M A N C O
No caso de solo rochoso (rocha decomposta, pedras soltas e ferro fundido, recomenda-se sempre introduzir a ponta do tubo
rocha viva) é necessário executar um leito de areia, isento de Amanco Biax na bolsa do tubo de ferro fundido. As pontas dos
pedras, de no mínimo 15 cm sob os tubos. tubos de ferro fundido tem maiores variações dimensionais,
inadequadas ao projeto das bolsas dos tubos Amanco Biax.

T É C N I C O
Uma curvatura de raio longo da tubulação poderá ser obtida
mediante deflexão angular nas juntas ou então mediante
curvatura a frio dos tubos.

M A N U A L
Não é permitido o uso de aquecimento dos tubos para a
obtenção de curvas.

Execução da Junta Elástica


15 cm

Areia
Verificar se o anel de vedação encontra-se na posição correta.
O anel bilabial integrado dos tubos Amanco Biax é removível, 31
devendo ser removido e reinstalado, caso a sua posição na
Figura 22 – Leito em caso de solo rochoso (fonte: ABNT NBR 9822)
canaleta não esteja correta.

No caso de solo argiloso, tabatinga ou lodo, sem condições


mecânicas mínimas para assentamento dos tubos, deve-se
executar uma base de cascalho ou concreto convenientemente
estaqueada. A tubulação sobre tais bases deve ser assentada,
apoiada sobre berço de areia ou material escolhido, tomando-se
os cuidados necessários (uso de material bem graduado ou de
Figura 25 – Posição correta do anel na canaleta dos tubos Amanco Biax
manta geotextil) se houver possibilidade de migração do material
nativo para o berço. É também aconselhável que a largura da vala Utilizando estopa limpa, limpar a ponta do tubo e o interior da
seja um pouco maior, para que a pressão lateral transferida ao bolsa, com a devida atenção ao anel de vedação.
solo nativo seja mínima.
Recomenda-se a utilização de calços sob a ponta e a bolsa
dos tubos, para que os tubos, afastados do solo, permaneçam
limpos durante a execução da junta.
15 cm

Areia

Concreto
ou Cascalho

Figura 23 – Leito em caso de solo sem resistencia adequada (fonte: ABNT NBR 9822)

Figura 26 - Limpeza da ponta e da bolsa dos tubos (fonte: ABNT NBR 9822)
05 RECOMENDAÇÕES

Aplicar a Pasta Lubrificante Amanco na parte visível do anel de As conexões de ferro fundido tem normalmente a profundidade
vedação e na ponta do tubo, para facilitar a montagem. de bolsa menor que a dos tubos Amanco Biax. Assim, quando
se efetua a montagem de pontas de tubos em conexões de ferro
Obs.: não usar óleo ou graxa como lubrificante, pois podem fundido, a ponta deverá ser introduzida até o final da bolsa. Além
danificar o anel de vedação. disso, o chanfro utilizado na ponta dos tubos deverá ter o seu
comprimento reduzido, conforme a figura abaixo:

15°
B I A X
A M A N C O

Figura 27 - Aplicação da pasta lubrificante (fonte: ABNT NBR 9822)


Figura 31 – Chanfro de comprimento reduzido, recomendável para a montagem
dos tubos com conexões de ferro fundido
Introduzir a ponta do tubo na bolsa observando as marcações,
que indicam quanto a ponta deve ser introduzida na bolsa. Derivações
T É C N I C O

As derivações devem ser executadas com colares de tomada ou


tês de serviço de largura adequada, que abraçem o tubo em toda
a sua circunferencia e que tenham batentes que impeçam um
M A N U A L

aperto excessivo sobre o tubo.


Figura 28 - Marcação do comprimento de encaixe na ponta dos tubos (fonte: ABNT NBR 9822)

Não é recomendável efetuar derivações em tubos curvados. Caso


A montagem deve ser manual, ou, quando necessário, poderá seja necessário ter derivação no trecho, recomenda-se efetuar a
ser utilizada uma alavanca, protegendo-se a extremidade do tubo curvatura da tubulação usando-se apenas a deflexão angular das
em contato com a alavanca, com um calço de madeira. juntas.
32
Ancoragem

Em todos os pontos da tubulação em que existam curvas,


derivações, reduções, registros, entre outros, devem ser
executadas ancoragens.

Figura 29 – Montagem dos tubos com auxílio de alavanca (fonte: ABNT NBR 9822)

Obs.: a ponta do tubo Amanco Biax já é fornecida devidamente


chanfrada, para facilitar a montagem da junta elástica. Quando se
corta tubos na obra, deve-se efetuar o chanfro na ponta cortada,
com as seguintes dimensões aproximadas:

(1,8 a 2).e e

15°
e/2

Figura 32 - Ancoragem

Figura 30 – Chanfro recomendado para a ponta dos tubos cortados na obra


05 RECOMENDAÇÕES

Estanqueidade das Juntas Ao se colocar o material de reaterro, deve-se tomar o devido


cuidado para que não fiquem vazios junto à tubulação.
Antes do reaterro final da vala, todas as juntas executadas devem Quando a vala tiver escoramento, este deve ser retirado
ser verificadas quanto à sua estanqueidade. As verificações progressivamente à medida em que se efetua a compactação,
devem ser feitas de preferência entre derivações e no máximo a de modo que não ocorram vazios no solo, devido à retirada do
cada 500 m de tubulação. escoramento.

Após o assentamento dos tubos, seu envolvimento e ancoragem Não devem ser utilizadas rodas de máquinas na compactação
das conexões, mantendo-se todas as juntas inspecionáveis, a da vala.
tubulação deve ser pressurizada com água até que seja atingida
1,5 vez a pressão de serviço do tubo, no ponto de cota geométrica
mais baixa. Em nenhum ponto da linha a pressão hidrostática
interna de ensaio pode ser inferior a 0,2 MPa.

B I A X
Manter a pressurização estável na linha no mínimo durante 30 min.

A M A N C O
30 cm
Material pode
estar misturado 30 cm

T É C N I C O
30 cm
Material isento de 10 cm
pedras e entulhos 10 cm

Figura 34 – Reaterro dos tubos

M A N U A L
Envolvimentos Especiais
Figura 33 - Estanqueidade das juntas
Quando a profundidade de instalação do tubo for inferior a 80 cm,
Reaterro
ou quando a tubulação atravessar ruas com pesadas cargas de
A tubulação deve ser recoberta com material selecionado (isento de pedras tráfego, ferrovias, etc., devem ser tomadas medidas especiais de
e entulho), pelo menos até 30 cm acima da geratriz superior do tubo. proteção aos tubos Amanco Biax. Neste caso, sugere-se como 33
opções:
O reaterro deve ser feito em camadas de no máximo 10 cm, compactando-
se manualmente apenas nas laterais do tubo, até que se atinja uma altura Opção 1 - Execução de canaletas, com envolvimento do tubo
de 30 cm acima do tubo. A partir daí, o reaterro prossegue em camadas em material granular e uma tampa de concreto armado.
de no máximo 30 cm, compactando-se com equipamento apropriado em
toda a largura da vala, de modo a se obter o mesmo estado do terreno Opção 2 – Execução de laje de concreto armado.
lateral.

Laje de
Envolvimento concreto
de areia

Tubulação

Areia ou material compactado


Canaleta de concreto
isento de pedras

Figura 35 – Proteção dos tubos em situação de vala muito rasa ou cargas pesadas (fonte: ABNT NBR 9822)
05 RECOMENDAÇÕES

Não é recomendável o envolvimento direto dos tubos Amanco 1) Seja uma tubulação de recalque de esgoto, cuja operação se
Biax com concreto, pois este envolvimento, trabalhando como dará nas seguintes condições:
viga contínua debaixo do solo, pode sofrer ruptura ou trincas que
podem danificar o tubo. • Vazão: 70 L/s.
• Altura de recalque (desnível geométrico): 80 m.
Exemplos • Comprimento da tubulação: 4000 m.
• Número médio diário de partidas da bomba: 36.
Para facilitar o entendimento dos conceitos, algumas definições • Variação estimada da pressão, durante as partidas e paradas
fazem-se necessárias, para diferenciar as pressões a que estarão da bomba: ± 0,3 x (pressão de operação).
sujeitos os componentes do sistema, quando em operação • Conexões e dispositivos existentes na linha: 6 curvas longas
(características da aplicação), das pressões máximas que os de 90°, uma válvula de retenção de portinhola e um registro de
componentes podem resistir, nas mesmas condições de operação. gaveta.
• Saída da tubulação de recalque: livre.
B I A X

Do ponto de vista da aplicação, temos: • Tubulação enterrada a 60 cm de profundidade, sem carga de


tráfego, em solo constituído por areia, cascalho e argila.
Pressão de projeto (PP) - Máxima pressão hidrostática interna • Temperatura de trabalho: de 15°C a 30°C.
A M A N C O

de operação do sistema, excluindo os golpes de aríete. • Vida útil mínima desejada: 50 anos.
Pressão Máxima de Projeto (PMP) - Máxima pressão hidrostática Determinar o diâmetro necessário para a tubulação e verificar se
interna de operação do sistema, incluindo os golpes de aríete. as condições de operação são atendidas.
T É C N I C O

Pressão de teste do sistema (PTS) - Pressão hidrostática a) Verificação estrutural do tubo enterrado:
interna aplicada a uma tubulação recentemente assentada afim
de assegurar a sua integridade e estanqueidade. Sabendo que para solo de envolvimento granular com
compactação moderada, a deformação diametral máxima
M A N U A L

Do ponto de vista da resistência de cada componente do sistema esperada a longo prazo, se não houvesse pressão interna,
(tubos, conexões, registros, etc.), temos: seria de 2,5 + 2 = 4,5%, o que seria bastante seguro, já que
se permite uma deformação diametral máxima de 7,5%.
Pressão de serviço admissível (PSA) – Máxima pressão Aplica-se a tubulações sem pressão interna, enterradas em
hidrostática interna que um componente é capaz de resistir profundidades entre 0,8 e 6 m e sujeitas a carga de tráfego.
34 continuamente em serviço, excluindo os golpes de aríete, na
temperatura e tempo de vida útil previstos na aplicação. Neste caso as condições são bem menos severas, pois
haverá pressão interna (que tende a rearredondar os tubos), a
Pressão máxima de serviço admissível (PMS) – Máxima profundidade é de cerca de 0,6 m (que resulta em menor carga
pressão hidrostática interna que um componente é capaz de de terra e portanto menor deformação diametral dos tubos) e
resistir, por um breve período de tempo, incluindo os golpes de não há carga de tráfego. Assim, espera-se uma deformação
aríete, na temperatura prevista na aplicação. diametral dos tubos ainda menor do que os 4,5% indicados.

Pressão de teste admissível (PTA) – Máxima pressão b) Determinação do diâmetro da tubulação:


hidrostática interna que um novo componente instalado é capaz
de resistir por um período de curta duração, na temperatura O diâmetro da tubulação depende da vazão e da
prevista na aplicação, a fim de assegurar a integridade e a velocidade de fluxo.
estanqueidade da tubulação.
A velocidade deverá ser superior a 0,6 m/s, para não
Pressão nominal (PN) – No caso dos tubos Amanco Biax, é a haver deposição de sedimentos. Entretanto, como é
máxima pressão hidrostática interna que os tubos podem suportar uma operação sujeita a partidas constantes, e portanto
em uso contínuo durante 50 anos, sem golpes de aríete, na a golpes de aríete, a velocidade não deverá ser muito
temperatura de até 25°C. Nestas condições, PSA = PN = 1,6 MPa. elevada. Um valor razoável para a velocidade é de 1,5 m/s.

Considerando-se apenas as pressões, o dimensionamento será Para limitar a velocidade a este valor, da tabela de perda de
satisfatório se: carga dos tubos Amanco Biax, vemos que o diâmetro de tubo
necessário para fornecer a vazão de 70 l/s será o DN 250, que
PP ≤ PSA tem como diâmetro interno di = 258,8 mm.
PMP ≤ PMS
PTS ≤ PTA O valor real da velocidade será de:
70
Q 1000 0,07
V= = = = 1,33 m/s
A di ² (0,2588)2 ²
[πx ] [πx ]
4 4
05 RECOMENDAÇÕES

c) Perda de carga distribuída: f) Golpe de aríete:

Poderá ser obtida da tabela 7, para o tubo DN 250 conduzindo Um golpe de aríete acidental poderá ser causado por parada
esgoto (k = 0,06 mm) com velocidade de 1,33 m/s. repentina da bomba, devido à falta de energia elétrica. Neste
Interpolando-se entre os valores da tabela, a perda de carga caso, o cálculo aproximado da intensidade do golpe de aríete
resulta em 0,5669 m / 100 m. A perda de carga distribuída ao poderá ser efetuado pela equação (6):
longo de toda a tubulação será
Δp = ± 0,33 * 1,33 = ± 0,439 MPa
4000 * 0,5669 Considerando-se um incremento de 10% devido ao acréscimo
hf = = 22,676 mca
100 de rigidez proporcionado pelo solo de envolvimento, teremos:

d) Perdas de carga localizadas: Δp = ± 0,483 MPa

B I A X
Serão determinadas usando-se os coeficientes de perda de A pressão máxima de projeto (PMP), que inclui o golpe de
carga localizada que constam da tabela 8: aríete, será

A M A N C O
• Curva longa de 90°: K = 0,4 PMP = PP + Δp = 1,012 + 0,483 = 1,495 MPa
• Válvula de retenção de portinhola: K = 2
• Registro de gaveta aberto: K = 0,17 A pressão máxima de serviço admissível (PMS) dos tubos
• Saída da tubulação de recalque (livre): K = 1 Amanco Biax (incluindo golpes de aríete), em temperatura de

T É C N I C O
até 25°C, é de 2,4 MPa, como já vimos no ítem 8.2. Como a
Aplicando-se a equação (24), teremos: temperatura de trabalho poderá chegar a 30°C, a pressão máxima

de serviço (PMS) dos tubos Amanco Biax (incluindo golpes de
hl = (6 * 0,4 + 1 * 2 + 1 * 0,17 + 1 * 1) * = aríete), deverá ser corrigida, usando-se a, o que resulta em:
2*g

M A N U A L
(1,33)2 PMS = 0,9 x 2,4 = 2,16 MPa
5,57 * = 0,502 mca
(2 * 9,81)
que atende com bastante segurança à aplicação, pois PMP ≤
e) Pressão de projeto (PP): PMS.

É a pressão máxima de operação do sistema, sendo a soma do g) Dimensionamento à fadiga: 35


desnível geométrico com as perdas de carga, isto é
É estimado que a variação de pressão, durante as partidas e
PP = 80 + 22,676 + 0,502 = 103,178 mca = 1,012 MPa paradas normais, seja de:

A pressão nominal (PN) dos tubos Amanco Biax (para uso ± 0,3 * (pressão de operação) = ± 0,3 * PP = 0,3 * 1,012 = ±
contínuo durante 50 anos, em temperatura de até 25°C), 0,304 MPa.
é de 1,6 MPa. Como, nesta aplicação, a temperatura
de trabalho poderá chegar a 30°C, a pressão de serviço Assim, a variação de pressão (diferença entre a pressão máxima
admissível (PSA) dos tubos Amanco Biax será diferente de e a pressão mínima) será de: 2 * 0,304 = 0,608 MPa.
sua pressão nominal, devendo ser corrigida, o que resulta em:
O número médio diário de partidas e paradas é de 2 * 36 = 72.
PSA = 0,9 * 1,6 = 1,44 MPa
Durante a vida útil desejada de 50 anos, o número total de
que atende perfeitamente à aplicação, pois PP ≤ PSA. partidas e paradas será de: 72 * 365 * 50 = 1,3 * 106 ciclos.
Deve-se notar que os tubos podem resistir a esta pressão de
serviço continuamente, durante 50 anos, sob uma temperatura
constante de 30°C. Entretanto, na aplicação visada, além de Pelo gráfico da figura 11, vemos que, para uma variação de
a pressão de operação ser mais baixa (1,012 MPa), ela não é pressão de 0,608 MPa, o número mínimo de ciclos que o tubo
mantida continuamente, nem a temperatura é constantemente suporta é de aproximadamente 3x106, ou seja, mais do que o
de 30°C. Assim, os tubos, além do coeficiente de segurança dobro do necessário. Portanto, o tubo atende com segurança.
embutido em seu dimensionamento, ainda contam com a
segurança adicional decorrente da aplicação.
05 RECOMENDAÇÕES

h) Blocos de ancoragem: b) Determinação do diâmetro da tubulação:

A válvula de retenção e o registro de gaveta estarão localizados A perda de carga total (distribuída e localizada) será a própria
próximos da bomba, com suporte devidamente chumbado altura manométrica disponível, ou seja, 130 m.
no concreto. No caso das curvas longas de 90°, que estarão
enterradas, a área de contato do bloco de ancoragem com Como se trata de uma tubulação longa, as perdas de carga
o solo, perpendicular à direção do empuxo, será determinada localizadas são muito pequenas em comparação com a perda
pela equação (14). O empuxo hidrostático R é determinado de carga distribuída ao longo da tubulação, e poderiam ser
com o auxílio da figura 14, considerando-se a pressão máxima desprezadas. Desta forma, a tabela 7 poderia ser usada
atuante, que neste caso é a pressão de teste do sistema (PTS), diretamente para a determinação da vazão (e da velocidade).
que é dada por
Entretanto, caso desejarmos considerar as perdas de carga
PTS = 1,5 * PP = 1,5 * 1,012 = 1,52 MPa = 1,52 * 106 Pa. localizadas, a determinação da vazão (e da velocidade) será
B I A X

feita por aproximações sucessivas, utilizando também a tabela


O diâmetro externo do tubo DN 250 é de 274 mm. 7. É o que faremos, para ilustrar o processo.
A M A N C O

θ ( d² ) Considerando-se que o comprimento da tubulação é de 5 km,


R = 2 * F * sen = 2 x 1,52 x 106 * π * =
2 90° a perda de carga distribuída será um pouco menor do que
4 x sen
2
130 m 130 2,6 m
(0,274)2
hf = = =
T É C N I C O

2 * 1,52 * 106 x π x * sen(45°) = 126750 N 5000 m (50 x 100) 100 m


4
Da tabela 5 obtemos a capacidade de suporte estimada Na tabela 7, procuramos o diâmetro da tubulação Amanco
para o solo: Cs = 100 kPa Biax que atenda às condições:
M A N U A L

Aplicando-se a equação (14), poderemos determinar a área • k = 0,003 mm (água)


de contato do bloco de ancoragem com o solo, na direção • Perda de carga distribuída imediatamente inferior a 2,6
perpendicular ao empuxo: m/100 m

R 126750
• Vazão mínima de 90 L/s
Ab = = = 1,27 m² O diâmetro é o DN 200, com perda de carga distribuída de
36 (1000 * Cs) (1000 * 100) 2,4803 m / 100 m, vazão de 96,612 l/s e velocidade de 2,8
m/s. Com esta velocidade, usando-se a tabela 8, determinam-
2) Consideremos uma adutora de água bruta com 5 km de se as perdas de carga localizadas:
comprimento, que abastece por gravidade a estação de
tratamento de água de uma pequena cidade. O desnível entre • Entrada na tubulação com cantos vivos: K = 0,5
a superfície da água da captação e a saída da tubulação, na • Registro de gaveta aberto: K = 0,17
estação de tratamento, é de 130 m. Deseja-se determinar o • Saída da tubulação livre: K = 1
diâmetro da tubulação, para uma vazão mínima de 90 l/s. Aplicando-se a equação (24), teremos:

A linha tem um registro de gaveta no início e outro no final. A


entrada de água na captação tem cantos vivos, e a saída da hl = ( 1 * 0,5 + 2 * 0,17 + 1 * 1) *

=
1,84 * (2,8)2
= 0,735 mca
tubulação, na estação de tratamento, é livre. 2*g (2 * 9,81)

A instalação é enterrada, com envolvimento de solo granular


bem compactado, havendo travessia à profundidade de 0,9 m A perda de carga distribuída corrigida, será então de
sob estrada de rodagem.
(130 - 0,735)m 129,265 2,5853 m
A temperatura da água é de cerca de 20°C e a vida útil mínima hf = = =
5000 m (50 x 100) 100 m
esperada para a instalação é de 50 anos.

a) Verificação estrutural do tubo enterrado: Com este valor, por interpolação na tabela 7, obtemos uma
vazão de 98,807 l/s e uma velocidade de 2,86 m/s.
Pela figura 12, para instalação com envolvimento em solo
granular bem compactado, estima-se uma deformação A velocidade resultou muito próxima do valor inicial, de forma
diametral máxima a longo prazo de cerca de 0 + 1 = 1 %, para que esta primeira aproximação já é satisfatória.
uma tubulação sem pressão. Como a tubulação trabalhará
com pressão interna, a deformação diametral será ainda
menor. Portanto, os tubos atendem perfeitamente à instalação
pretendida.
05 RECOMENDAÇÕES

Obs.: se desprezássemos as perdas de carga localizadas, Anotações


teríamos apenas uma perda de carga distribuída de 130 m /
5000 m = 2,6 m / 100 m. _____________________________________________
_____________________________________________
Usando-se a tabela 7, poderíamos obter
diretamente, por interpolação, os valores de
____________________________________________
vazão e velocidade, que seriam respectivamente ____________________________________________
99,324 l/s e 2,88 m/s. _____________________________________________
_____________________________________________
Vemos que os valores são muito próximos dos encontrados, o _____________________________________________
que justificaria a simplificação. _____________________________________________
_____________________________________________
c) Pressão de projeto (PP): _____________________________________________

B I A X
_____________________________________________
A pressão máxima estática será de 130 mca (1,275 MPa),
_____________________________________________
quando o registro de gaveta junto à estação de tratamento

A M A N C O
de água estiver fechado. A pressão dinâmica (com o registro
_____________________________________________
aberto) será nula neste ponto, aumentando gradativamente _____________________________________________
até aproximadamente a altura da coluna de água no ponto de _____________________________________________
captação. Assim, a pressão dinâmica é muito menor do que a _____________________________________________

T É C N I C O
pressão estática em toda a tubulação, de forma que a máxima _____________________________________________
pressão hidrostática de operação do sistema (ou seja, sua _____________________________________________
pressão de projeto) será a pressão máxima estática: _____________________________________________
_____________________________________________
PP = 1,275 MPa _____________________________________________

M A N U A L
_____________________________________________
Os tubos Amanco Biax® atendem perfeitamente em qualquer
situação, pois sua pressão de serviço admissível (PSA) é de 1,6
_____________________________________________
MPa, para temperaturas de até 25°C e vida útil mínima de 50 _____________________________________________
anos. _____________________________________________
_____________________________________________ 37
d) Golpe de aríete: _____________________________________________
_____________________________________________
Como o sistema não tem bombeamento, a intensidade _____________________________________________
máxima de um golpe de aríete irá ocorrer apenas se o registro ____________________________________________
de gaveta junto à estação de tratamento de água for fechado _____________________________________________
rapidamente. Nesta situação crítica, a intensidade do golpe de
_____________________________________________
aríete será dada aproximadamente pela equação (6):
_____________________________________________
Δp = ± 0,33 * 2,86 = ± 0,944 MPa _____________________________________________
_____________________________________________
Considerando-se um incremento de 10% devido ao acréscimo _____________________________________________
de rigidez proporcionado pelo solo de envolvimento, teremos: _____________________________________________
_____________________________________________
Δp = ± 1,038 MPa _____________________________________________
_____________________________________________
A pressão máxima de projeto (PMP), que inclui o golpe de _____________________________________________
aríete, será
_____________________________________________
PMP = PP + Δp = 1,275 + 1,038 = 2,313 MPa
_____________________________________________
_____________________________________________
Vemos que, mesmo nesta situação extrema, os tubos Amanco _____________________________________________
Biax atendem, pois permitem uma pressão máxima de serviço _____________________________________________
admissível (PMS), incluindo golpes de aríete, de 2,4 MPa, para _____________________________________________
temperaturas de até 25°C, de forma que é atendida a condição _____________________________________________
_____________________________________________
PMP ≤ PMS. _____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
Manual Técnico

Linha Amanco Biax

06
Produtos 39
06 P R O D U T O S

6. Produtos

Tubo Amanco Código


Biax CCB Diâmetro Embalagem
(PVC-O) PN 12,5 20339 DN 100 1
20340 DN 150 1
20341 DN 200 1
20342 DN 250 1
20343 DN 300 1
22051 DN 350 1
22052 DN 400 1
Produto fornecido com anel montado.
Aplicado para Adução de Água
B I A X

Tubo Amanco Código


Biax CCB Diâmetro Embalagem
A M A N C O

(PVC-O) PN 16 19239 DN 100 1


19240 DN 150 1
19241 DN 200 1
19242 DN 250 1
19243 DN 300 1
T É C N I C O

22049 DN 350 1
22050 DN 400 1
Produto fornecido com anel montado.
Aplicado para Adução de Água
M A N U A L

Anel de Vedação Código


Tipo EPDM CCB Diâmetro Embalagem
Amanco Biax 94076 DN 100 1
94077 DN 150 1
40 94078 DN 200 1
94079 DN 250 1
94080 DN 300 1
95824 DN 350 1
95825 DN 400 1

Tubo Amanco Código


Biax CCB Diâmetro Embalagem
(PVC-O) PN12,5 22053 DN 100 1
22054 DN 150 1
22055 DN 200 1
22056 DN 250 1
22057 DN 300 1
22058 DN 350 1
22059 DN 400 1
Produto fornecido com anel montado.
Aplicado para Bombeamento de Esgotos.
06 P R O D U T O S

Código Tubo Amanco


CCB Diâmetro Embalagem Biax
22060 DN 100 1 (PVC-O) PN16
22061 DN 150 1
22062 DN 200 1
22063 DN 250 1
22064 DN 300 1
22065 DN 350 1
22066 DN 400 1
Produto fornecido com anel montado.
Aplicado para Bombeamento de Esgotos.

B I A X
Código Anel de Vedação
CCB Diâmetro Embalagem Tipo NBR

A M A N C O
94581 DN 100 1 Amanco Biax

94582 DN 150 1
94583 DN 200 1
94584 DN 250 1
94585 DN 300 1

T É C N I C O
95844 DN 350 1
95855 DN 400 1

M A N U A L
41
Sobre a Wavin
A Wavin fornece soluções inovadoras ao setor de construção
e infraestrutura em vários continentes. Com mais de 60 anos
de experiência, vamos enfrentar alguns dos maiores desafios
do mundo: abastecimento de água, saneamento, cidades
resilientes ao clima e melhor desempenho da construção civil.

Tem o objetivo de criar mudanças positivas no mundo, e a


nossa paixão é construir lugares onde as pessoas possam
morar com mais qualidade e bem-estar. Colaboramos e nos
engajamos com líderes de cidades, engenheiros, urbanistas e
instaladores para ajudar os municípios a se prepararem para
o futuro e tornar as construções mais confortáveis e eficientes
em termos de energia.

A Wavin faz parte da Orbia, uma comunidade de empresas


unidas por um objetivo comum: melhorar a vida ao redor do
mundo. Tem mais de 12 mil colaboradores em mais de 40
países em todo o mundo.

No Brasil, a Wavin tem atuação nos setores de construção e


infraestrutura, por meio da fabricação de tubos e conexões e
geotêxteis nãotecido. A empresa atua em prol de suas diretrizes
mundiais por meio das seguintes marcas comerciais: Amanco
Wavin (tubos e conexões) e Bidim (geotêxteis nãotecido). Ao
todo, conta com mais de 2 mil colaboradores e sete fábricas:
em Anápolis (GO), Joinville (SC – duas unidades), Ribeirão das
Neves (MG), São José dos Campos (SP), Suape (PE) e Sumaré
(SP). Sua sede administrativa está localizada em São Paulo,
capital.

Sobre a Amanco Wavin


A Amanco Wavin é uma das marcas comerciais da Wavin,
primeira empresa a criar tubulação de pressão de PVC do
mundo em 1955 em Zwolle, na Holanda. Hoje está presente
em mais de 40 países e é líder na fabricação e no fornecimento
de tubulações plásticas. Lançada em 2006 no Brasil, tem o
propósito de cooperar para o bem-estar das pessoas e para
o desenvolvimento sustentável da sociedade produzindo
produtos inovadores e com alto padrão de qualidade. A marca
atua nos mercados predial e de infraestrutura.
Manual Técnico

Linha Amanco
Novafort® GD

Índice

01 INTRODUÇÃO | pág. 07 06 COMPACTAÇÃO | pág. 27

02 CARACTERÍSTICAS E VANTAGENS | pág. 09 07 INSTRUÇÕES TÉCNICAS | pág. 31


7.1. Preparação da Vala 32
03 ESPECIFICAÇÕES E DIMENSÕES | pág. 11 7.2. Berço 32
7.3. Fundo da Vala 32
3.1. Especificações 12
7.4. Assentamento da Tubulação 33
3.2. Dimensões 13
7.5. Execução da Junta Elástica 33

04 RESISTÊNCIA QUÍMICA | pág. 15 08 RECOMENDAÇÕES | pág. 35


8.1. Transporte 36
05 CRITÉRIOS DE PROJETO | pág. 19 8.2. Armazenamento 36
5.1. Comportamento Hidráulico 20
5.2. Comportamento Estrutural 23 09 PRODUTOS | pág. 37
| S i s t e m a s d e Tu b o s e C o n e x õ e s A m a n c o N o v a f o r t ® G D |

Tubo Novafort GD
Soluções Amanco Wavin
Linha Amanco
Novafort® GD

01
Introdução
1 - Tubo Novafort GD
As imagens contidas neste catálogo são meramente ilustrativas.
Consulte sempre a disponibilidade do produto junto à equipe comercial Amanco Wavin. Revisão: Mar/2020
Manual Técnico

Linha Amanco
Novafort® GD

01 7

Introdução
01 INTRODUÇÃO

1. Introdução
A linha Amanco Novafort® GD é composta por tubulação estruturada em PVC composta de dupla parede interna lisa e externa
corrugada, com junta de ponta e bolsa e anel de vedação elastomérico de base nitrílica e são fabricados em acordo com a ABNT
G D

NBR-ISO 21138-3.
®
N O V A F O R T

Composta pelos diâmetros DN 300 até DN 1.000 - Novafort GD®.


A M A N C O
T É C N I C O
M A N U A L

8
Manual Técnico

Linha Amanco
Novafort® GD

02 9

Características
e Vantagens

Facilidade de Instalação e
Manutenção
CARACTERÍSTICAS E VANTAGENS

2. Características e Vantagens Vantagens

As principais características dos tubos NOVAFORT GD, que Devido às suas características, os tubos NOVAFORT GD
permitem seu uso de forma confiável, fácil, rápida e econômica, permitem:
são as seguintes:
G D

• Instalação rápida, devido à extensão dos tubos e seu projeto de


• Excelente comportamento mecânico graças a um projeto junção rápida.
N O V A F O R T ®

otimizado de parede dupla, permitindo alcançar um alto grau


de rigidez. • Manuseio e instalação do sistema sem equipamento mecânico.
Para diâmetros muito elevados que exijam menos uso de
• Sua superfície interna lisa permite uma maior capacidade máquinas quando comparados com tubulações tradicionais.
hidráulica maior do que em tubos de outros materiais, evitando
A M A N C O

o surgimento de incrustações e tubérculos. Seu coeficiente de • Menor volume de escavação, preenchimento e compactação.
rugosidade na fórmula de Manning é 0,009.

• Contar com sistemas de longa vida útil e baixo custo de


T É C N I C O

• Hermeticidade: o projeto do sistema de junção entre os trechos manutenção.


de tubulação, ou entre trechos e acessórios, evita infiltrações e
vazamentos, tornando hermético o sistema.
• Não contaminar aquíferos e evitar a penetração de raízes ou
M A N U A L

materiais estranhos no sistema.


• Alta resistência a impacto, permitindo que o tubo não seja
danificado durante transporte, armazenamento ou instalação.
• Otimizar os custos de transporte e armazenamento.

• Resistência ao ataque de substância químicas.


10
• Tubos resistentes à corrosão química e eletroquímica, já que são
feitos de material inerte e não condutor.

• A resistência à abrasão, a características do material e a


superfície lisa das paredes internas evitam desgastes gerados
por sólidos contidos nos fluídos transportados.

• Flexibilidade: graças à junção com vedação de borracha, o


sistema pode absorver diferentes assentamentos, deflexões
horizontais e verticais menores, movimentos de solo e contrações
ou dilatações por mudanças de temperatura.

• Menor peso, facilitando seu manuseio, transporte e


armazenamento quando comparado com outros tipos de tubos.

Descrição

• Matéria Prima: PVC-U


• Cor: Branco
• Dupla Parede: Formada por duas camadas de PVC rígido, a
interna lisa e a externa corrugada
• Diâmetros (DN): 300, 400, 500, 630, 800 e 1000 mm.
• Comprimento total (L): 6 m
• Junta elástica: Borracha NBR (nitrílica)
• Classe de Rigidez¹:
DN 300, DN 400 e DN 500: SN 8
DN 500 a DN 1000: SN 4
• Condutos livres dimensionados para trabalhar enterrados sob
pressão atmosférica (gravidade)
• Produto de acordo com a Norma ABNT NBR-ISO 21138-3

Classe de rigidez em acordo com a norma ISO 9969.


Manual Técnico

Linha Amanco
Novafort® GD

03
Especificações
11

e Dimensões
b B

d2 D2 D1 d1

h
A

3.1. Especificações 12
3.2. Dimensões 13
03 ESPECIFICAÇÕES E DIMENSÕES

3. Especificações e Dimensões Os acessórios são dotados de extremidade com engate externo.


Assim, o procedimento de junção é similar ao empregado na
junção de tubos.
3.1 Especificações
Os tubos NOVAFORT GD apresentam as seguintes especificações:

A matéria prima com que os tubos são produzidos atende as


especificações das normas ABNT NBR-ISO 21138-1 e 3.
G D
N O V A F O R T ®

As junções entre trechos de tubulação, assim como entre tubos


e conexões, atendem os requisitos das normas ABNT NBR-ISO
21138-1 e 3. A vedação de borracha usada na vedação entre
tubulações e entre tubos e conexões atende os requisitos das
normas EN 681-1, EN 681-2 e EN 681-4.
A M A N C O

JUNÇÃO COM ESTRUTURAS HIDRÁULICAS

As especificações de construção da vala para instalação da Devido à natureza dos sistemas de esgoto pluvial e sanitário, é
tubulação atende as normas NBR 12266, NBR 9814 e NBR 7367. necessário o uso de elementos de controle ou limpeza, como
T É C N I C O

poços de visita, câmaras de inspeção, escoadouros e outros


Os requisitos de dimensão, rigidez e resistência a impacto da feitos geralmente de concreto, alvenaria ou com outros materiais.
linha NOVAFORT GD atende as normas ISO 13967, ABNT NBR-
ISO 21138-3 e ISO 9969. A junção com esses elementos plásticos deve ser feita com a
M A N U A L

instalação de uma vedação emborrachada na parte de engate


SISTEMA DE UNIÃO externo do tubo, e quando a instalação for em estruturas de
concreto, a selagem deve ser direta no tubo, assegurando
Cada tubulação NOVAFORT GD é dotada de uma extremidade que o elemento fique dentro do muro ou parede da estrutura.
12 ponta e junta elástica, e outra extremidade de bolsa, permitindo Posteriormente é feita a selagem com argamassa, obtendo-se
uma junção rápida e fácil entre os tubos. uma junção hermética.

• Junção da tubulação NOVAFORT GD PV de Plástico

Nota: Aplique pasta lubrificante por dentro da bolsa e sobre o anel


de vedação. A aplicação pode ser feita com uma brocha, esponja,
mecha ou um pano. Não use lubrificantes derivados do petróleo.

Lembre-se de que os tubos que NOVAFORT GD atendem


integralmente a norma ABNT NBR-ISO 21138-3, e são produzidos PV de Concreto
pela série DN/DE (diâmetro nominal e diametro externo), e
por serem gabaritados pelo diametro externo, possuem a
caracteristica de intercambiabilidade. Ou seja, são padronizados
e compativeis com outros tubos de mesma característica.
03 ESPECIFICAÇÕES E DIMENSÕES

3.2 Dimensões
Dimensionais válidos para os tubos corrugados:

b B

G D
d2 D2 D1 d1

®
N O V A F O R T
h
A

A M A N C O
h

T É C N I C O
Figura 1

M A N U A L
Novafort GD®: Medidas (mm)

DN D1 D2 d1 d2 h A b B

300 317,8 291,2 326,7 315 10,6 6000 27,5 131,9

400 403,3 369 415,4 400 13,6 6000 33 213,9

500 504,5 454,7 515 499 22,2 6000 50,5 300


13
630 635 579 646 628 22,5 6000 57,8 320

800 805 738,4 821 798,5 30 6000 67,4 500

1000 1005 921 1025 999 38,5 6000 101,1 500


DN = diâmetro nominal

Tabela 1
Manual Técnico

Linha Amanco
Novafort® GD

04
Resistência Química
15
04 RESISTÊNCIA QUÍMICA

4. Resistência Química DESCRIÇÃO 23°C 60°C

Ácido Crômico 50% B NR

Ácido Diclocólico E E
O material em PVC tem uma resistência muito superior em relação
à corrosão ou perda de suas propriedades de deflexão através de Ácido Esteárico B B

reações químicas com solos de aterro, em especial o ataque do Ácido Fluorídrico 10% E NR
gás sulfídrico. Ácido Fluorídrico 50% E NR

Ácido Fórmico E NR
Para maiores informações sobre a resistência química do PVC em Ácido Fosfórico 25-85% E E
relação a produtos químicos e suas concentrações, consultar a
Ácido Gálico E E
ISO / TR 10358.
G D

Ácido Glicólico E E
N O V A F O R T ®

Ácido Hipocloroso E E
Testes de vida útil em sistemas fabricados de PVC indicam uma
vida útil superior a 50 anos. Ácido Lático 25% E E

Ácido Láurico E E

DESCRIÇÃO 23°C 60°C Ácido Linoleico E E


A M A N C O

Óleo de algodão E E Ácido Malêico E E

Óleo de mamona E E Ácido Málico E E

Óleo de linhaça E E Ácido Metilsulfônico E E


T É C N I C O

Óleos lubrificantes E E Ácido Nítrico 10% E NR

Óleos minerais E B Ácido Nítrico 68% NR NR

Óleos e Graxas E B Ácido Oleico E E

Acetaldeído NR NR Ácido Oxálico E E


M A N U A L

Acetato de Amila NR NR Ácido Palmítico 10% E E

Acetato de Butila NR NR Ácido Palmítico 70% NR NR

Acetato de Etila NR NR Ácido Peracético 40% NR NR

Acetato de Chumbo E E Ácido Perclórico 10% E E

16 Acetato de Sódio E E Ácido Perclórico 70% NR NR

Acetato de Vinila NR NR Ácido Pícrico NR NR

Acetileno I I Ácido Selênico I I

Acetona NR NR Ácido Silícico E E

Ácido Acético 80% B NR Ácido Sulfuretoso E E

Ácido Acético 20% E NR Ácido Sulfúrico 10% E E

Ácido Adípico E E Ácido Sulfúrico 75% E E

Ácido Antranquinonsulfônico I I Ácido Sulfúrico 90% NR NR

Ácido Arisulfônico R NR Ácido Sulfúrico 98% NR NR

Ácido Arsênico E B Ácido Tânico E E

Ácido Bencensulfônico E E Ácido Tartânico E E

Ácido Benzoico E E Ácidos Graxos E E

Ácido Bórico E E Acrilato de Etilo NR NR

Ácido Bromídrico 20% E E Água de Bromo R NR

Ácido Brômico E E Água de Mar E E

Ácido Butírico R NR Água Potável E E

Ácido Carbônico E E Água Régia R NR

Ácido Cianídrico E E Álcool Alílico 96% NR NR

Ácido Cítrico E E Álcool Amílico R NR

Ácido Clorídrico 20% I I Álcool Butílico B NR

Ácido Clorídrico 50% E E Álcool Etílico E E

Ácido Clorídrico 80% E E Álcool Metílico E E

Ácido Cloroacético 10% B R Álcool Propargílico I I

Ácido Clorosulfônico E I Álcool Propílico B NR

Ácido Crecílico 59% B NR Amoníaco E NR

Ácido Crômico 10% E E Anidrido Acético NR NR

Ácido Crômico 30% E NR Anilina NR NR


04 RESISTÊNCIA QUÍMICA

DESCRIÇÃO 23°C 60°C DESCRIÇÃO 23°C 60°C

Antraquinona E I Cloreto de Magnésio E E

Benzeno NR NR Cloreto de Metileno NR NR

Benzoato de Sódio B E Cloreto de Metila NR NR

Bicarbonato de Potássio E E Cloreto de Níquel E E

Bicarbonato de Sódio E E Cloreto de Potássio E E

Bicromato de Potássio E E Cloreto de Sódio E E

Bifuride de Harmônio E E Cloreto de Tionila NR NR

Bissulfato de Sódio I I Cloreto de Zinco E E

G D
Bissulfito de Cálcio E E Cloreto de Estanho E E

N O V A F O R T ®
Bissulfito de Sódio E E Cloreto Estanoso E E

Branqueador (12.5% C12Art.) B R Cloreto Férrico E E

Borato de Potássio E E Cloreto Ferroso E E

Borax E B Cloreto Láurico I I

A M A N C O
Bromato de Potássio E E Cloreto Mercúrico B B

Bromo (liq.) NR NR Cresol NR NR

Brometo de Etileno NR NR Crotonaldeído NR NR

T É C N I C O
Brometo de Potássio E E Dextrose E E

Brometo de Sódio I I Dicloreto de Etileno NR NR

Butadieno R NR Dicromato de Potássio E E

Butano I I Dicromato de Sódio B R

M A N U A L
Butanodiol I I Dióxido de Enxofre (Úmido) NR NR

Carbonato de Amônia E E Dióxido de Enxofre (Seco) E E

Carbonato de Bário E E Dióxido de Carbono E E

Carbonato de Cálcio E E Dimetila Amina NR NR

Carbonato de Magnésio E E Dissulfeto de Carbono NR NR 17


Carbonato de Potássio B B Éter Etílico NR NR

Carbonato de Sódio (S.Ash) E E Etileno Glicol E E

Celulose R NR Fenol NR NR

Cianeto de Cobre E E Ferricianeto de Potássio E E

Cianeto de Prata E E Ferricianeto de Sódio E I

Cianeto de Potássio E E Ferricianeto de Sódio E E

Cianeto de Sódio E E Ferricianeto de Potássio E E

Cianeto de Mercúrio B B Flúor (Gás Úmido) E E

Ciclohexano NR NR Fluoreto de Alumínio E E

Ciclohexanol NR NR Fluoreto de Amônia 25% NR NR

Cloreto de Cálcio E E Fluoreto de Cobre E E

Clorato de Sódio I I Fluoreto de Potássio E E

Cloro (Aquoso)z E NR Fluoreto de Sódio I I

Cloro (Úmido) E R Formaldeído E R

Cloro (Seco) E NR Fosfato Dissódico E E

Clorobenzeno NR NR Fosfato Trissódico E E

Clorofórmio NR NR Fosgeno (Gas) E E

Cloreto de Alila NR NR Fosfato (Líquido) NR NR

Cloreto de Alumínio E E Freon-12 I I

Cloreto de Amônia E E Fructose E E

Cloreto de Amila NR NR Frutas (sucos, polpas) E E

Cloreto de Bário E E Furfural NR NR

Cloreto de Cálcio E E Gás Natural E E

Cloreto de Cobre E E Gasolina NR NR

Cloreto de Etila NR NR Gelatina E E

Cloreto de Fenilidrazina R NR Glicerina ou Glicerol E E


04 RESISTÊNCIA QUÍMICA

DESCRIÇÃO 23°C 60°C DESCRIÇÃO 23°C 60°C

Glicol E E Persulfato de Amônia E E

Glucose E E Persulfato de Potássio E E

Heptano I I Petróleo Cru E E

Hexano NR I Potassa Cáustica E E

Hexanol (Terciário) R NR Propano E I

Hidrogênio E E Soluções Eletrolíticas E E

Hidroquinina E E Soluções Fotográficas E E

Hidróxido de Alumínio E E Soda Cáustica E E


G D

Hidróxido de Amônia E E Subcarbonato de Bismuto E E


N O V A F O R T ®

Hidróxido de Bário 10% E E Sulfato de Alumínio E E

Hidróxido de Cálcio E E Sulfato de Amônia E E

Hidróxido de Magnésio E E Sulfato de Bário E E

Hidróxido de Potássio E E Sulfato de Cálcio E E


A M A N C O

Hidróxido de Sódio E E Sulfato de Cobre E E

Hipoclorito de Cálcio E E Sulfato de Hidroxilamina E E

Hipoclorito de Sódio E E Sulfato de Magnésio E E


T É C N I C O

Querosene E E Sulfato de Metila E R

Metil-Etil-cetona NR NR Sulfato de Níquel E E

Monóxido de Carbono E E Sulfato de Potássio E E

Meta Fosfato de Amônia E E Sulfato de Sódio E E


M A N U A L

Leite E E Sulfato de Zinco E E

Licor Branco E E Sulfato Férrico E E

Licor Negro E E Sulfato Ferroso E E

Licor lanning E E Sulfito de Sódio E E

18 Melaço E E Sulfureto de Bário E R

Mercúrio B B Sulfureto de Hidrogênio E R

Nafta E NR Sulfureto de Sódio E R

Nicotina I I Tetracloreto de Carbono NR NR

Nitrato de Alumínio E E Tetracloreto de Titana B NR

Nitrato de Amônia E E Tetra Etilo de Chumbo I I

Nitrato de Cálcio E E Tiocianato de Amônia E E

Nitrato de Cobre E E Tissulfato de Sódio E E

Nitrato de Magnésio E E Tolueno NR NR

Nitrato de Níquel E E Fosfato de tributilo NR NR

Nitrato de Potássio E E Tricloreto de Fósforo NR NR

Nitrato de Sódio E E Trietanol Amina B NR

Nitrato de Zinco E E Trietanol Propano B NR

Nitrato Férrico E E Trióxido de Enxofre B E

Nitrato Mercuroso B B Ureia E E

Nitrobenzeno NR NR Vinagre E NR

Nitrito de Sódio E E Vinhos E E

Ocenol I I Whisky E E

Oleum NR NR Xileno NR NR

Oxicloreto de Alumínio E E

Óxido Nitroso E E Legenda:


Oxígênio E E E: Excelente | B: Boa | R: Regular | NR: Não recomendado
Pentóxido de Fósforo I I I: Informação não comprovada
Perborato de Potássio E E

Perclorato de Potássio E E
Os dados dessa tabela não devem ser considerados definitivos,
sendo apenas para uma ideia aproximada: havendo dúvida, será
Permanganato de Potássio 10 B B
preciso fazer um teste, pondo-se em contato uma amostra da
Peróxido de Hidrogênio 30 E I
tubulação com o líquido a ser manejado.
Manual Técnico

Linha Amanco
Novafort® GD

05
Critérios de Projeto
19

Parede Interna Lisa

5.1. Comportamento Hidráulico 20


5.2. Comportamento Estrutural 23
05 CRITÉRIOS DE PROJETO

5. Critérios de Projeto A equação de Manning para vazões de superfície livre é a seguinte:


A parede interna lisa dos sistemas de tubos para redes de esgoto
e drenagem pluvial Novafort® GD, tem uma baixa rugosidade AR2/3 S 1/2
Q=
resultando em: n

Onde:
• Maior capacidade hidráulica, coeficiente n de Manning Q = vazão, m3 / s
recomendado é de 0,009 A = área hidráulica da tubulação, m2
R = raio hidráulico; R = Di/4 para dutos circulares trabalhando com seção cheia e em meia
• Menores declividades, ou seja, menor custo de escavação seção.
• Redução do diâmetro interno n = coeficiente de rugosidade de Manning, n = 0,009 para tubos NOVAFORT GD
s = inclinação hidráulica, m/m
• Menor probabilidade de obstrução Di = diâmetro do interior do tubo, m;

A inclinação hidráulica (s) é obtida pela divisão da diferença de


G D

altura entre dois pontos pela distância horizontal ou separação


Parede Interna Lisa
entre eles. Ou seja:
®
N O V A F O R T

H1 - H2
S=
L
Figura 2
Onde:
H1 = elevação a montante, m H2 = elevação a jusante, m
A M A N C O

Coeficientes de Rugosidade
C = 150 (hazenwilliams) L = longitude horizontal entre pontos, m
n = 0,009 (Manning)

5.1.1 Coeficiente de Rugosidade


5.1. Comportamento Hidráulico
T É C N I C O

O valor (n) foi determinado experimentalmente para os materiais


A análise e investigação das características do fluído hidráulico mais comuns usados em sistemas de esgoto. Seu valor pode ser
permitem que sistemas de esgoto construídos com tubulações tão baixo quanto 0,007 em testes de laboratório para tubulações
plásticas possam ser projetados de forma conservadora, com plásticas com água limpa ou tão elevados quanto 0,025 para
M A N U A L

base na equação de Manning. tubulações de aço corrugado em condições menos favoráveis.

A concentração relativamente pequena de sólidos (600 ppm) A Figura 3 apresenta os resultados obtidos pelo eng. Fadi Z.
normalmente presentes em águas servidas e de chuva não é Kamand, membro da Associação Americana de Engenheiros
suficiente para fazer com que seu comportamento hidráulico seja Civis ASCE, referente à variação de (n) Manning no que tange à
20 diferente daquele da água limpa, desde que velocidade mínimas velocidade da vazão e ao diâmetro da tubulação de PVC. O valor
de autolimpeza sejam mantidas. recomendado para tubos NOVAFORT GD é de n = 0,009.

Geralmente, a fim de simplificar o projeto de sistemas de esgoto,


presume-se condições constantes de vazão ainda que a maioria
dos sistemas de escoamento de esgoto funcionem com vazões
com alto grau de variação. Quando o projeto permite que a altura
da vazão no duto varie, considera-se a vazão como sendo de
superfície livre.
0,011

0,010

1000 mm
(n) Manning

0,009
800
500
400
300
200
0,008
100

75

25

0,007
0,3 0,75 1,25 1,75 2,25 2,75 3,25 3,75 4,25
VELOCIDADE DE VAZÃO (m/seg)

Figura 3 - Variação de (n) Manning nos tubos de PVC


05 CRITÉRIOS DE PROJETO

5.1.2 Velocidades Recomendadas 5.1.3 Determinação da Vazão


A velocidade mínima de vazão recomendada para linhas de esgoto Para determinar vazões e velocidades com seção cheia, foi usada
é de 0,50 m/s, a fim de proporcionar uma ação de autolimpeza, a equação de Manning, descrita anteriormente na Tabela A.2 do
ou seja, capacidade de arrastar partículas. Em casos especiais, Anexo.
pode-se empregar velocidades de 0,40 m/s nos trechos iniciais e
com baixa vazão. No caso de tubulações em “y” fluindo parcialmente cheias, onde
a profundidade da vazão não seja igual à vazão da seção cheia
A velocidade máxima recomendada é de 5,0 m/s. Velocidades (Di) ou da seção média (Di/2), utilizamos a Figura 4, que relaciona
maiores devem considerar fatores especiais de dissipação parâmetros de vazão (Q) e velocidade (v) com a altura de vazão
de energia, a fim de evitar a erosão dos poços de visita ou de (y), com base em dados obtidos para a seção cheia.
qualquer estrutura de concreto. Entretanto, os tubos NOVAFORT
GD podem transportar líquidos em velocidades maiores do que
7,00 m/s.

G D
®
N O V A F O R T
No caso de esgoto pluvial nessas condições, será preciso instalar
grades ou estruturas que evitem a entrada de materiais rochosos
de grandes dimensões cujo impacto possa avariar a tubulação.

A M A N C O
A Tabela A.2 do Anexo mostra as velocidades e vazões em função
da inclinação hidráulica da tubulação.

T É C N I C O
CURVA DAS RELAÇÕES HIDRÁULICAS PARA SEÇÕES CIRCULARES

M A N U A L
1

0.95

0.9

0.85

0.8 21
0.75

0.7

0.65

0.6
RELAÇÃO Y/D

q/Q
0.55
v/V
0.5 a/A
pm/Pm
0.45
rh/Rh
0.4

0.35

0.3

0.25

0.2

0.15

0.1

0.05

0
00 05 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 00 05 10 15 20 25 30
0, 0, 0, 0, 0, 0, 0, 0, 0, 0, 0, 0, 0, 0, 0, 0, 0, 0, 0, 0, 1, 1, 1, 1, 1, 1, 1,
RELAÇÕES HIDRÁULICAS

Figura 4 - Curva dos elementos hidráulicos.


05 CRITÉRIOS DE PROJETO

5.1.4 Vantagens do NOVAFORT GD para Esgoto c) Abra o agulheiro com uma serra, seguindo a borda externa da marca.
ou Drenagem
• Nas conexões sanitárias domiciliares, a NOVAFORT GD não
emprega selas tradicionais, apenas Ys ou Ts de PVC.
• Facilidade de instalação com emprego de juntas de conexão rápida.
• É possível fazer conexões domiciliares tanto em 90º quanto em 45º.

Figura 9
G D

d) Remova a rebarba da tubulação até que a superfície fique lisa.


N O V A F O R T ®

Figura 5 - Conexão domiciliar a 45º, de 100 a 200 mm (4” a 8”) em Y reduzido.


A M A N C O
T É C N I C O

Figura 10

e) Aplique o adesivo NOVAFORT GD em nos vales da tubulação.


M A N U A L

Figura 6 - Conexão domiciliar em 90º, de 100 a 200 mm (4” a 8”), em Y reduzido e cotovelo de
45º

Nota: A marca branca impressa na vedação de borracha deve


22 ficar na frente do acessório.

5.1.5 Instalação da Sela


Figura 11

a) Coloque a sela sobre a tubulação. Trace o contorno do


agulheiro e o contorno da sela com um marcador. f) Distribua o adesivo com uma espátula até cobrir as cristas.

Figura 12
Figura 7

g) Sobre o adesivo já espalhado, aplique um fio de adesivo com


b) Perfure a tubulação com uma verruma ou furadeira. 1 cm de espessura, seguindo a borda do orifício.

Figura 8
Figura 13
05 CRITÉRIOS DE PROJETO

h) Ponha a sela sobre a tubulação seguindo as marcas e faça Esse parâmetro de projeto assegura o bom funcionamento
pressão sobre a sela. do sistema e sua vida útil. É preciso destacar a diferença nas
características de funcionamento (e projeto) entre tubulações
flexíveis e tubulações rígidas. Enquanto as tubulações rígidas
(concreto, argila, etc.) apresentam alta capacidade de carga
e mínima capacidade de deformação, as tubulações flexíveis
apresentam capacidade muito elevada de deformação sem sofrer
nenhum dano (ver a figura 17), mas com capacidade de carga
limitada.

Por isso, enquanto o projeto estrutural de sistemas de tubulações


Figura 14
rígidas é definido pelas cargas permitidas, o projeto estrutural
NOVAFORT GD e de outras tubulações flexíveis leva em conta
i) Amarre firmemente as extremidades da sela com arame

G D
as deflexões permitidas, as quais, logicamente, podem ser
galvanizado para ajustar.
associadas a cargas máximas e alturas máximas de preenchimento

N O V A F O R T ®
permitidas. Como dito antes, um valor normalmente aceito
no longo prazo é de 8% de deflexão vertical (% em relação ao
diâmetro externo).

A M A N C O
T É C N I C O
Figura 15

j) Ponha o tubo de derivação e espere uma hora antes de iniciar o

M A N U A L
preenchimento da vala. Duas horas depois de ter feito o recheio,
Figura 17 - Prova de carga em tubulação flexível
ponha o sistema em operação.

5.2.1 Princípios de Flexibilidade


23
A capacidade de carga dos tubos flexíveis como os NOVAFORT
GD vem de sua flexibilidade: ao receberem cargas verticais, esses
tubos defletem e geram apoio passivo ao solo circundante.
Essa deflexão livra a tubulação de grande parte da carga
vertical, transmitindo-a ao solo através do mecanismo de arco
estrutural. Esse mecanismo desenvolve uma reação horizontal
Figura 16
que transforma o solo em elemento de apoio.

5.2. Comportamento Estrutural A grandeza da deflexão transversal que ocorre em um tubo flexível
Como as tubulações NOVAFORT GD podem receber deflexões submetido a cargas externas depende de três fatores:
transversais em resposta a cargas externas sem sofrer avarias,
cria-se uma condição excelente do ponto de vista estrutural. A • Rigidez do tubo (PS ou R).
instalação em condições controladas e predefinidas gera uma • Módulo de reação do solo E’, y.
interação muito eficiente entre vedação e tubo. • Carga sobre o tubo (viva e/ou morta).

Como em todas as tubulações de PVC, é possível uma falha por No início do século, Marston concluiu que esses fatores se
colapso (curva inversa) em caso de deflexão transversal maior do relacionam da seguinte forma:
que 30% do diâmetro externo. O critério geral emprega um fator
de segurança 3. Sendo assim, os tubos NOVAFORT GD aceitam
Deflexão vertical = Carga (morta + viva)
uma deflexão transversal no longo prazo até de 10% sem redução
Rigidez do tubo + Módulo de reação do solo
da capacidade hidráulica, nem efeitos na estabilidade estrutural.

A seguir, explicaremos como cada um dos termos do lado


direito dessa expressão influem no comportamento estrutural da
tubulação.
05 CRITÉRIOS DE PROJETO

RIGIDEZ DO TUBO MÓDULO DE REAÇÃO DO SOLO E’

Rigidez do tubo (PS ou R) é a relação existente entre uma força Entende-se por solo o material de recheio ao redor do tubo, cuja
vertical aplicada F e a deflexão horizontal Δe produzida, quando função estrutural é de proporcionar confinamento e apoio lateral. O
essa deflexão é de 8% (ABNT NBR-ISO 21138-1); ou seja: módulo de reação do solo (E’) é definido como a resposta passiva
do solo à força horizontal que a tubulação exerce lateralmente em
F uma deflexão, como produto da deflexão vertical Δy. Do ponto de
PS =
∆y vista estrutural, é a variável mais importante para o controle das
deflexões verticais da tubulação.
A rigidez da tubulação NOVAFORT GD é de 4 ou 8 kg/cm2, ou 57
psi. Esses valores atendem os requisitos de tubulação. O módulo de reação do solo (E’) não pode ser determinado em
campo. Deve ser obtido com o uso da Tabela 2 (Howard), que
relaciona o tipo de material de recheio, o grau de compactação e
G D

DETERMINAÇÃO DO VALOR DE PS EM TUBULAÇÕES a densidade relativa.


®
N O V A F O R T

F
A M A N C O

Y
T É C N I C O

Figura 18
M A N U A L

(E’) para diferentes graus de compactação do recobrimento kg/cm2 (psi)


Tipo de solo para
camadas Compactação ligeira, Compactação moderada,
Compactação alta,
(Sistema Unificado de Material lançado sem <85% Proctor, Densidade 85- 95% Proctor,
>95% Proctor,
24 Classificação) compactar relativa Densidade relativa de 40
Densidade relativa >70%
<40% a 70%

-Solos de grão fino (LL>50)


b
-Solos com plasticidade de SEM DADOS DISPONÍVEIS, USAR E’ = 0
média a alta CH,MH,CH-
MH

-Solos de grão fino (LL>50)


b
-Solos com plasticidade
3,5 14,0 28,0 70,0
de média a nenhuma
(50) (200) (400) (1000)
CL,ML,CL-ML, com menos
de 25% de partículas de
grão grosso

-Solos de grão fino (LL>50)


b
-Solos com plasticidade
de média a nenhuma
CL,ML,CL-ML, com mais 7,0 28,0 70,0 140,0
de 25% de partículas de (100) (400) (1000) (2000)
grão grosso
-Solos de grão grosso com
finos, GM,GC,SM,SC com
mais de 12% finos

-Solos de grão grosso sem


14,0 70,0 140,0 210,0
finos, GW,GP,SW,SP com
(200) (1000) (2000) (3000)
menos de 12% finos

70,0 210,0 210,0 210,0


Pedra Quebrada
(1000) (3000) (3000) (3000)

Exatidão em termos de
±2 ±2 ±1 ± 0,5
porcentagem de deflexão
Tabela 2 - Módulo de reação do solo E’ (para deflexão inicial de tubulação flexível
05 CRITÉRIOS DE PROJETO

CARGAS SOBRE O TUBO Sendo:


Di = Diâmetro interno do tubo
O cálculo das cargas aplicadas a tubulações enterradas é feito DL = fator de deflexão no longo prazo = 1,0 (Aterro) ou 1,5 (Vala)
conforme métodos convencionais de engenharia, sejam vivas e/ P = prisma de carga (pressão do solo) - wH / 10,000 em kg/cm2
ou mortas, conforme as recomendações das normas ABNT NBR
w = peso específico do solo, kgf / cm2
ISO 21138 e ISO 9969 e a teoria de Marston, respectivamente.
H = altura de recheio sobre a coroa do tubo, m2
Conservadoramente, é usado como carga morta o valor P = wH
(prisma de carga). W’ = carga viva, kgf/cm2
E = módulo de elasticidade do material da tubulação, kg/cm2,
(E = 28,150 kgf/cm2 para NOVAFORT GD)
5.2.2 Deflexões
E’ = módulo de reação do solo kgf/cm2
PS = rigidez da tubulação, kgf/cm2
O cálculo de deflexão transversal para tubulações flexíveis tem
por base as teorias de Marston e Spangler. A Equação de lowa

G D
Modificada, descrita a seguir, pode determinar seu valor em

®
termos de porcentagem em relação ao diâmetro exterior (D).

N O V A F O R T
% ∆y (DLKP + KW) 100
-
Di 0,149PS + 0,061E'

A M A N C O
T É C N I C O
Deflexões da tubulação Novafort GD

M A N U A L
8
SIMBOLOGIA
7 Com carga H2O
Sem carga 14,06 kgf/cm² 25
6

5
Deflexão (%)

28,12 kgf/cm²
4

3
70,31 kgf/cm²
2
140,61 kgf/cm²
1

0
0,60 1,20 1,80 2,40 3,00 3,60 4,20 4,80 5,40 6,00

ALTURA DE RECOBRIMENTO SOBRE GERATRIZ SUPERIOR (m)

Figura 19 - Deflexão de tubulação NOVAFORT GD


Manual Técnico

Linha Amanco
Novafort® GD

06
Compactação
27
06 COMPACTAÇÃO

6. Compactação PRÁTICAS DE INSTALAÇÃO

O procedimento de compactação fornece ao solo melhorias Boa


em suas propriedades através da redução dos seus vazios pela O solo granular é colocado na base da vala e compactado,
aplicação de pressão, impacto ou vibração. É muito importante seguido pela colocação do solo granular em camadas de no
o engenheiro responsável garantir através da mão de obra que o máximo 30 cm, compactadas com cuidado. Uma camada de 15
processo correto de compactação ocorra após a instalação do cm de solo envolve o tubo antes do recobrimento da vala com
produto. qualquer tipo de solo compactado. Neste caso, os valores do
Proctor padrão estão acima de 94%.
Os tubos de plástico quando instalados, interagem com o
solo envolvente. A deflexão diametral de um tubo de plástico
enterrado é influenciada por vários fatores, tais como: tipos de
solo, qualidade da instalação, altura de recobrimento, nível do
lençol freático, rigidez do tubo, cargas móveis, etc.
G D
N O V A F O R T ®
A M A N C O

Figura 22

Moderada
O solo granular da base é colocado em camadas com no máximo
T É C N I C O

50 cm de profundidade e compactada cuidadosamente.


Em seguida, uma camada de 15 cm de solo deve envolver o
tubo antes do recobrimento da vala com qualquer tipo de solo
compactado. Neste caso, os valores do Proctor padrão estão na
M A N U A L

faixa de 87% a 94%.


Figura 20 - Carga externa atuando no sistema solo-tubo.

Em 1996, a Associação Europeia de Tubos e Conexões Plásticas,


TEPPFA (The European Plastics Pipe and Fittings Association)
28 estudaram com diversos peritos independentes, o desempenho
de tubos plásticos sob várias condições de instalação. A TEPPFA
trabalhou focada em um único parâmetro – a deflexão do tubo.

No estudo de pesquisa foram identificados efeito dos parâmetros


na deflexão e as práticas de instalação a seguir:

EFEITO DOS PARÂMETROS NA DEFLEXÃO


Figura 23

100

Muito Nenhuma compactação


Importante
80
O solo granular da base é colocado sem compactação.
Contribuição [%]

60

Aumentando a
40 profundidade - > deflexão
diminui

20

0
Instalação Prof. Rig. tubo mat. tubo

Parâmetro

Figura 21

Figura 24
06 COMPACTAÇÃO

Recomenda-se utilizar a qualidade de assentamento “boa” a A linha superior de cada região do gráfico indica a deflexão
“moderada”. máxima estimada, enquanto a linha inferior indica a deflexão
A figura abaixo mostra que independente da rigidez do tubo o média esperada.
rebaixamento do solo acontecerá e afetará o sistema no caso
desta compactação não estar adequada. Testes práticos mostram que os tubos plásticos, ao atingir
uma deflexão de cerca de 30%, invertem a curvatura e iniciam
o colapso. Assim, por segurança, normalmente restringe-se a
deflexão máxima permissível de longo prazo a 10%, o que resulta
em um coeficiente de segurança de 3 em relação ao colapso.

Para análise da previsão da deflexão em longo prazo é obtida


adicionando-se os seguintes fatores de deflexão:

• Para solos do tipo granular bem compactados: 1%


• Para solos do tipo granular com compactação moderada: 2%

G D
• Para solos do tipo granular sem compactação: 3%

N O V A F O R T ®
• Para solos coesivos: 4%

Figura 25
16

A M A N C O
O resultado do trabalho desenvolvido pela TEPPFA é representado 14
abaixo e mostra a deflexão diametral estimada de um tubo em 12
função do tipo de assentamento, logo após a instalação.
10
Deflexão do tubo [%]

T É C N I C O
Nenhum

8
16
6
Bom : solo do tipo granular com boa compactação (Proctor > 94%).

14 Moderado : solo do tipo granular com compactação moderada

M A N U A L
(Proctor entre 87% e 94%).
Moderado
Nenhum : solo do tipo granular, apenas despejado (sem compactação) 4
12 ou solo do tipo coesivo.

2
10
Bom
Deflexão do tubo [%]

0
8
0 2 4 6 8 10 12 14 16
6 Rigidez circunferencial [kPa] 29
Nenhum

4 Figura 27

2 Moderado
Outras informações sobre o projeto TEPPFA estão disponíveis em
0
Bom
seu site www.teppfa.com
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Rigidez circunferencial [kPa]

Figura 26 - Deflexão diametral estimada para os tubos plásticos, logo após sua instalação

Esse gráfico aplica-se a tubulações plásticas enterradas sujeitas


a carga de tráfego, com profundidade de instalação de 0,8 m a
6,0 m. Caso não haja carga de tráfego, os tubos poderão ser
instalados em profundidades menores.
06 COMPACTAÇÃO

Os valores do módulo reativo do solo dependem do tipo de solo e do grau de compactação do mesmo, podendo ser obtidos das
tabelas abaixo, que constam da norma brasileira NBR 14486:

Classe Tipo Simbolo Nomes Típicos

Pedregulho e misturas de areia e pedregulho bem graduados com pouco ou nenhum


GW
Pedregulho material fino160
Pedregulhos
limpo Pedregulho e misturas de areia e pedregulho bem graduados com pouco ou nenhum
(50% ou mais GP
de fração material fino160
grossa não
passa na Pedregulho GM Pedregulho siltoso, misturas de pedregulho, areia e silte
Solos
peneira n°4) contendo
granulares
(menos material fino GC Pedregulho argiloso, misturas de pedregulho, areia e argila
G D

de 50%
passando
®

SW Areia e areia pedregulhosa - bem graduadas com pouco ou nenhum material fino
N O V A F O R T

na peneira
n° 200) Areia limpa
Areias (mais
de 50% de SP Areia e areia pedregulhosa - bem graduadas com pouco ou nenhum material fino
fração grossa
não passa na SM Areia siltoa, misturas de areia e silte
Areia
peneira n° 4)
contendo
A M A N C O

material fino SC Areia argilosa, misturas de areia e argila

ML Silte inorgânico, areia muito fina siltosa ou argilosa

Silte e argila Argila inorgânica de baixa e média plasticidade, argila pedregulhosa, arenosa e siltosa,
T É C N I C O

CL
(LL < 50) argila magra

Solos finos (50% ou mais CL Silte orgânico, areias finas ou siltes micáceos ou diatomáceos, silte elástico
passando na peneira n°
200) MH Silte inorgânico, areias finas ou siltes micáceos ou diatomáceos, silte elástico
M A N U A L

Silte e argila
CH Argila inorgânica de alta plasticidade, argila gorda
(LL < 50)

OH Argila orgânica de média e alta plasticidade

30 Solos altamente orgânicos PT Turfa e outros solos altamente orgânicos

Nota: LL é o limite de liquidez.


Tabela 3 – Classificação dos tipos de solo

Valor E (MPa), para vários graus de compactação


PROCTOR
Tipo de solo
Solo sem Baixo Moderado Alto
compactação (<85%) (85% - 95%) (>95%)

Cascalho 7 21 21 21

Solos granulares com pouco ou nenhum material fino: GW, GP, SW e SP 1,4 7 14 21

Solos granulares com material fino: GM. GC, SM, SC solos finos com média ou
nenhuma plasticidade (LL < 50): ML, CL, ML-CL com mais de 25% de material 0,7 2,8 7 14
granular

Solos finos com média ou nenhuma plasticidade (LL < 50): ML, CL, ML-CL, com
0,35 1,4 2,8 7
menos de 25% de material granular

Solos finos com média ou alta plasticidade (LL > 50): MH, CH, CH-MH Não há dados seguros. Considera-se E = 0

Nota: LL é o limite de liquidez.

Tabela 4 – Valores de E’ em função do grau de compactação do solo


Manual Técnico

Linha Amanco
Novafort® GD

07
Instruções Técnicas
de Instalação
31

7.1. Preparo da Vala 32


7.2. Berço 32
7.3. Fundo da Vala 32
7.4. Assentamento da Tubulação 33
7.5. Execução da Junta Elástica 33
07 INSTRUÇÕES TÉCNICAS DE INSTALAÇÃO

7. Compactação 7.2. Berço

A execução do sistema de rede de esgoto ou drenagem deve O berço da vala deve ser nivelado para garantir a inclinação de
obedecer ao projeto executivo e demais informações técnicas. projeto e para que a tubulação fique apoiada em toda a sua
extensão. Rochas e materiais pontiagudos que possam transferir
cargas pontuais devem ser removidos.
7.1. Preparo da Vala
A acomodação deve ser preparada para as pontas e/ou bolsas
Um procedimento de instalação adequado, assim como a
para facilitar a montagem, e a tubulação também deve receber
preparação da vala é essencial para obter um comportamento
apoio adequado. Um berço com 0,15m de altura é suficiente.
bem sucedido da Tubulação Novafort® GD.

O engenheiro responsável deve garantir que a largura da vala


7.3. Fundo da Vala
deverá ser suficiente para o trabalho dos operários e para que
seja possível a compactação adequada do solo de reaterro nas O fundo da vala deverá ser regularizado, de modo a prover suporte
laterais do tubo. Para valas com profundidade entre 2 m e 4 m, a adequado para os tubos. Não deverá ter colos nem ressaltos, e
largura da parte superior da vala deverá ser de no mínimo 80 cm. ser isento de pedras.
Para consultar demais valores, é recomendado consultar a norma
G D

ANBT NBR 12266. No caso de solo rochoso (rocha decomposta, pedras soltas e
N O V A F O R T ®

rocha viva), é necessário executar o berço de areia.


Para valas com profundidade superior a 2 m, e sempre que as
condições do solo exigirem recomenda-se o uso de escoramento
das paredes da vala.
A M A N C O

A profundidade mínima de instalação do tubo (distância da


superfície do solo até a geratriz superior do tubo) deverá ser de
0,80 metros sob vias de tráfego e solo com boa compactação
naturalmente granular e de 0,40 metros em condições sem
T É C N I C O

tráfego de veículos para todos os casos.


15 cm

Areia
O limite máximo de profundidade para todos os casos é de 6,00
m.
M A N U A L

Figura 29
No início da escavação da vala, todo o entulho resultante da
quebra do pavimento ou eventual base de revestimento do solo
Quando o fundo da vala for constituído de argila saturada ou lodo,
deve ser afastado da sua borda para evitar o uso indevido no
sem condições mecânicas mínimas para o assentamento dos
envolvimento da tubulação.
tubos, deve ser executada uma fundação com cascalho, camada
32
de brita, concreto ou fundação adequada a fim se evitar eventuais
recalques. A tubulação sobre a fundação deve ser apoiada sobre
o berço.

Profundidade

Recobrimento
Mín. = 0,15m Preenchimento final

Linha média do tubo


15 cm

Areia
Preenchimento lateral Preenchimento inicial
Berço de apoio Concreto
Base ou Cascalho
Mín. = 0,15m

Figura 30
Figura 28

A tubulação deve ser colocada em um local próximo da vala


A proteção necessária nas paredes da vala (escoramento) e a
escavada, no lado oposto ao do material escavado.
estabilização do fundo serão definidas a critério da obra, porém, a
localização do escoramento deverá ser prevista de forma a permitir
o berço e o preenchimento adequado na área da tubulação.

O escoramento não deve se retirado após a compactação da vala.


07 INSTRUÇÕES TÉCNICAS DE INSTALAÇÃO

7.4. Assentamento da Tubulação a) Utilizando estopa comum limpa, limpar a ponta do tubo a ser
encaixado e a bolsa do tubo de encaixe.
Preferencialmente cada tubo assentado deve ter como
extremidade livre uma bolsa, na qual será acoplada a ponta do
próximo tubo.

Obs.: Não é permitido o aquecimento dos tubos com a finalidade


de obter curvas, execução de bolsas ou furos.

7.5. Execução da Junta Elástica


Figura 33
Os tubos coletores corrugados até DN 400, possuem sistema de
vedação do tipo junta elástica, com anel aplicado pelo lado externo b) Realizar um calço nos tubos para evitar a entrada de corpos
na ponta do tubo. Os anéis são produzidos em borracha do tipo estranhos nas bolsas e nas pontas durante a execução da
NBR (nitrílica), matéria-prima resistente às ações agressivas e junta.
químicas do esgoto, óleos e graxas. A junta elástica garante total
estanqueidade e excelente desempenho, unindo versatilidade de

G D
um sistema removível para as diversas necessidades dos projetos
de infraestrutura.

N O V A F O R T ®
ACOPLAMENTO DE JUNTA ELÁSTICA

A M A N C O
2 Canaleta Anel
do tubo Novafort
Novafort

Figura 34

T É C N I C O
c) Aplicar a Amanco Pasta Lubrificante na parte visível do anel de
vedação, a fim de facilitar o deslizamento de encaixe.
Figura 31

M A N U A L
Obs.: Não usar óleos ou graxas como lubrificantes, pois podem
ATUAÇÃO DA JUNTA ELÁSTICA danificar o anel de vedação.

d) Após o posicionamento correto da ponta de um tubo junto à


Os tubos Novafort GD®,DN 500 á DN 1000, saem com os anéis
bolsa do tubo já assentado, realizar o encaixe, utilizando uma
montados de fábrica e são fabricados a base de borracha NBR
(nitrílica), resistente ao ataque químico.
alavanca junto à bolsa do tubo a ser encaixado, colocando 33
uma tábua entre a bolsa e a alavanca, para evitar danificar os
tubos.
Na execução da junta elástica, o anel instalado na ponta do Tubo
e) Após execução da junta elástica, procede-se o alinhamento
Amanco Novafort GD® é comprimido pela bolsa de outro tubo
da tubulação.
corrugado, promovendo a vedação do sistema. A Figura abaixo
apresenta um esquema de atuação do anel na execução da junta
elástica.

Anel de
Vedação

Bolsa
Ponta do Tubo
Figura 35
do Tubo

Figura 32 • Posicionamento de tubos paralelos


Para a instalação de múltiplos tubos em uma mesma vala,
recomenda-se:

DN(mm) Espaçamento (mm)

Até 600 300

> 600 DN / 2
07 INSTRUÇÕES TÉCNICAS DE INSTALAÇÃO

ENVOLVIMENTOS ESPECIAIS 1 - Para fixação aérea na posição vertical, pode-se adotar o


espaçamento apontado na tabela (DN’s 100 à 400mm);
Quando a tubulação estiver sujeita a deformações, cuidados
especiais devem ser considerados no momento do seu 2 - Para fixação aérea na posição horizontal, pode-se adotar
envolvimento. os seguintes espaçamentos de no mínimo:

Opção 1 - Nos trechos em que o recobrimento da tubulação for a - 4 apoios nos diâmetros de 100 à 200mm;
inferior a 1,0 metro ou quando a tubulação for assentada em ruas b - 3 apoios nos diâmetros de 250 à 400mm.
com pesadas cargas móveis, deve-se embutir os tubos coletores
dentro de tubos com diâmetros superiores e apropriados para Importante: Todos uniformemente distribuídos, tendo como
receber as cargas móveis, ou realizar a construção de lajes. ponto de partida o apoio fixo posicionado sob a bolsa e/ou
Nestes casos, o tubo deve ser envolvido em material granular havendo conexões derivantes ou mudança de direção (ex: Tês,
ou pó de pedra, permanecendo desvinculado dos elementos de Selas, Curvas e etc.).
proteção.
3 - No caso de fixação aérea de Tubos com diâmetros acima de
400mm, adotar-se-á:

a - posição vertical, o mínimo de 3 apoios por tubo


G D

(distribuídos uniformemente);
b - posição horizontal, apoio em base contínua.
N O V A F O R T ®

Figura 36

Opção 2 - Nos trechos em que a tubulação for assentada em


A M A N C O

valas muito profundas, em condições tais que a carga de terra


provocaria deformações diametrais relativas superiores a 7,5%
das condições de assentamento normal, deve-se envolver a
tubulação em material granular, como pó de pedra e cascalho.
T É C N I C O

Opção 3 - Nos trechos aéreos inevitáveis, assentar a tubulação


em uma viga com seção U com dimensões tais que permitam
M A N U A L

envolvê-la em material granular. Quando a tubulação tiver que ser


apoiada por abraçadeiras, o espaçamento entre esses apoios
deve atender a tabela a seguir:

DN Espaçamento máximo (m)


34
100 1,8

150 2,3

200 2,7

250 3,2

300 3,7

350 4,0

400 4,4

500 4,8

630 5,3

800 5,9

1000 6,6
Tabela 5
Manual Técnico

Linha Amanco
Novafort® GD

08
Recomendações

35

8.1. Transporte 36
8.2. Armazenamento 36
08 RECOMENDAÇÕES

8. Recomendações 8.2. Armazenamento

8.1. Transporte O armazenamento dos tubos Amanco no canteiro da obra ou


almoxarifado, por longos períodos, deve prever local sombreado,
livre de ação direta ou exposição contínua ao sol, evitando
O carregamento dos caminhões deve ser executado de maneira
possíveis deformações pelo aquecimento excessivo.
que nenhum dano ou deformação ocorra no produto durante o
transporte. Desta maneira, não se recomenda:
Obs.: Quando os tubos ficarem ao longo da vala, devem
permanecer pelo menor tempo possível, a fim de evitar acidentes
• Sobrepor às bolsas e/ou curvar os tubos
e deformações.
• Balançar e manusear bruscamente
• Permitir contato com extremidades pontiagudas
Para manter a qualidade dos tubos Amanco, recomenda-se:
• Colocar materiais ou ferramentas sobre o tubo
• Andar sobre os tubos
• Armazenar os tubos horizontalmente em uma área plana,
• Não coloque cargas sobre as Tubulações nos veículos de isolada do terreno através de apoios espaçados de 2m em 2m
transporte
• Empilhamento máximo de duas fileiras, e a tubulação mais
• Amarrar os tubos com elementos metálicos pesada deve ser colocada por baixo
• As bolsas devem ficar livres e ser intercaladas com as pontas
G D
N O V A F O R T ®
A M A N C O

Figura 37 - Novafort GD® Figura 39 - Novafort GD®

A prática ideal é utilizar veículos com estrados, livre de pregos ou • A proteção da junta elástica deve ser retirada apenas quando
parafusos salientes para evitar danos. a tubulação for instalada e se for mantida em armazenamento
T É C N I C O

por longos períodos de tempo, seu estado deve ser conferido


Quando diâmetros diferentes forem transportados na mesma • Devem ser providenciadas escoras verticais, espaçadas a cada
viagem, os maiores devem ser colocados na parte inferior da metro para apoio lateral das camadas de tubos
plataforma do caminhão.
M A N U A L

TRANSPORTE ATÉ A VALA

Os tubos devem ser encaminhados até a vala com os mesmos


36 cuidados observados no carregamento e descarregamento.

Figura 40 - Novafort GD®

Figura 38 - Novafort GD®

DESCIDA NA VALA

Para os diâmetros de 500 mm até 1000 mm, os tubos devem ser


colocados na vala através de equipamentos e cintas de nylon.

O uso de qualquer material metálico, não é recomendável, pois


podem comprometer a integridade do tubo.

Obs.: Os tubos Amanco não devem ser arrastados,


independentemente da superfície de apoio.
Manual Técnico

Linha Amanco
Novafort® GD

09
Produtos

37
09 PRODUTOS

Tubo Novafort GD ® Código Código


Comprimento CCB - SN4 CCB - SN8 Diâmetro Embalagem
6 metros 21674 DN 300 1
6 metros 21675 DN 400 1
6 metros 19229 20749 DN 500 1
6 metros 19230 DN 630 1
6 metros 19231 DN 800 1
6 metros 19232 DN 1000 1
Produto fornecido com os anéis de vedação montados nos tubos para as bitolas DN500 à DN1000.
Para as bitolas DN300 e DN400 os anéis de vedação são vendidos separadamente.

Anel de Vedação Código


Amanco Novafort® CCB Diâmetro Embalagem
94075 DN 150 1
94086 DN 200 1
94087 DN 250 1
94088 DN 300 1
G D

94089 DN 350 1
N O V A F O R T ®

94090 DN 400 1
98853 DN 500 1
98854 DN 630 1
98855 DN 800 1
98856 DN 1000 1
A M A N C O

Coletor corrugado e Novafort GD®


T É C N I C O
M A N U A L

38
09 ANEXOS

TABELA A2 - CAPACIDADE DOS TUBOS NOVAFORT COM SEÇÃO 85% CHEIA DIÂMETROS DE 300 MM A 1000 MM

DIÂMETRO 300 mm 400 mm 500 mm 630 mm 800 mm 1000 mm

INCLINAÇÃO
V (m/s) Q (l/s) V (m/s) Q (l/s) V (m/s) Q (l/s) V (m/s) Q (l/s) V (m/s) Q (l/s) V (m/s) Q (l/s)
%

0,10 0,70 42 0,82 79 0,94 138 1,11 268 1,30 503 1,50 909

0,20 0,99 59 1,16 112 1,33 195 1,57 379 1,83 711 2,12 1285

0,30 1,21 73 1,41 138 1,62 239 1,92 464 2,24 871 2,60 1574

0,40 1,39 84 1,63 159 1,88 276 2,21 535 2,59 1005 3,00 1817

0,50 1,56 94 1,83 178 2,10 308 2,47 599 2,90 1124 3,36 2032

0,60 1,71 103 2,00 194 2,30 338 2,71 656 3,17 1231 3,68 2226

0,70 1,84 111 2,16 210 2,48 365 2,93 708 3,43 1330 3,97 2404

0,80 1,97 119 2,31 225 2,65 390 3,13 757 3,66 1422 4,25 2570

0,90 2,09 126 2,45 238 2,81 414 3,32 803 3,89 1508 4,51 2726

1,0 2,20 133 2,58 251 2,97 436 3,50 846 4,10 1589 4,75 2874

1,5 2,70 163 3,16 307 3,63 534 4,29 1037 5,02 1947 5,82 3519

G D
2,0 3,12 188 3,65 355 4,19 617 4,95 1197 5,79 2248 6,72 4064

N O V A F O R T ®
2,5 3,48 210 4,08 397 4,69 690 5,53 1338 6,48 2513 * -
3,0 3,82 230 4,47 435 5,14 756 6,06 1466 - - - -
3,5 4,12 249 4,83 470 5,55 816 6,55 1584

A M A N C O
4,0 4,41 266 5,17 502 5,93 872

4,5 4,67 282 5,48 533 6,29 925

T É C N I C O
5,0 4,93 297 5,78 561 6,63 975

5,5 5,17 312 6,06 589 6,95 1023

6,0 5,40 326 6,33 615

M A N U A L
6,5 5,62 339 6,58 640

7,0 5,83 352 6,83 664

7,5 6,03 364


39
8,0 6,23 376

8,5 6,42 388

9,0 6,61 399

9,5 6,79 410

10,0 6,97 420

Manning: 0,009 - y/d = 0,85 ou 85%


09 ANEXOS

TABELA A4 - CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


O tipo de solo ao redor da tubulação, conforme suas propriedades e qualidades, absorverá certa quantidade da carga transmitida
pelo tubo. Assim, o tipo de solo a ser empregado nas camadas, no apoio lateral e no recheio é fundamental para o comportamento
da tubulação. A tabela a seguir mostra as características granulométricas dos diferentes tipos de solos e sua classificação conforme
seu comportamento nesse tipo de aplicação.

"Tipo de solo
Nomes Típicos
(Símbolo)

GW "Cascalhos bem graduados e misturas de cascalho e areia com pouca ou nenhuma presença de finos."

GP "Cascalhos mal graduados e misturas de cascalho e areia com pouca ou nenhuma presença de finos."

GM Cascalhos limosos, misturas de cascalho, areia e limo.

GC Cascalhos argilosos, misturas de cascalho, areia e argila.

SW "Areias bem graduadas, areias com cascalho com pouca ou nenhuma presença de finos."

SP "Areias mal graduadas, areias com cascalho com pouca ou nenhuma presença de finos."

SM Areias limosas, misturas de cascalho, areia e limo.

SC Areias argilosas, misturas de areia e argila.

ML "Limos inorgânicos, areias muito finas, pós de rocha, limos argilosos ou arenosos ligeiramente plásticos."

CL "Argilas inorgânicas de baixa ou média plasticidade, argilas com cascalho, argilas arenosas, argilas limosas, argilas pobres."

OL Limos orgânicos e argilas limosas orgânicas de baixa plasticidade.

MH Limos inorgânicos, limos micáceos e dicotomáceos, limos elásticos.

CH Argila inorgânica de média a alta plasticidade, argilas francas.


G D

OH Argilas orgânicas de média a alta plasticidade.


®
N O V A F O R T

PT Turfa e outros solos altamente orgânicos

TABELA DE CLASSIFICAÇÃO
Classe I "Matéria granular de 1/4” a 3/4” de diâmetro (triturado) e até 1 1/2“ se é canto enrolado"
A M A N C O

Classe II Solos Tipo GW, GP, SW e SP.

Classe III Solos Tipo GM, GVC, SM e SC.

Classe IV Solos Tipo ML, CL, MH e CH.


T É C N I C O

Classe V Solos Tipo OL, OH e PT.


M A N U A L

40
09 ANEXOS

Anotações

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G D
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N O V A F O R T ®
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A M A N C O
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T É C N I C O
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M A N U A L
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___________________________________________________________________________________________ 41
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