Você está na página 1de 134

JANILDA DE MORAES NERI

Os segredos do
deserto
Descubra as chaves para sair aprovado
JANILDA DE MORAES NERI

Os segredos do deserto

1ª edição

João Pessoa - PB

2019
SUMÁRIO
Agradecimentos

Palavra Profética

Introdução

Capítulo 1 – Os segredos do deserto

Capítulo 2 – Conduzidos por Deus ao deserto

Capítulo 3 – Um lugar de passagem

Capítulo 4 – Um lugar de treinamento

Capítulo 5 – Um lugar de habitação

Capítulo 6 – Um lugar de transformação

Capítulo 7 – As chaves para alcançar a aprovação, Parte I


1. Uma geração reprovada no deserto

Capítulo 8 – As chaves para alcançar a aprovação, Parte II


2. No deserto o que o Senhor espera de você para te aprovar?
3. Primeira chave: TEMER AO SENHOR
4. Segunda chave: ANDE EM SEUS CAMINHOS
5. Terceira chave: AME-O

Capítulo 9 – As chaves para alcançar a aprovação, Parte III


6. Quarta chave: SIRVA AO SENHOR DE TODO O TEU CORAÇÃO E DE
TODA A TUA ALMA
7. Adoração
8. Oração
9.No deserto não acumule pecados não confessados
Capítulo 10 – As chaves para alcançar a aprovação, Parte IV
10. Jejum
11. Os efeitos da prática de jejum
12. Minhas experiências com a prática do jejum
13. Quinta chave: MEDITAÇÃO DA PALAVRA

Conclusão
Oração

Notas
AGRADECIMENTOS

Sou extremamente grata ao meu amigo


Espírito Santo que me presenteou com verdadeiros
tesouros escondidos – revelações poderosas, que removeram
do meu interior qualquer temor que existia quanto
aos desertos da vida.
Minha alma respira livre do medo e desfruta de
um novo nível de confiança nEle.
“Acredito que hoje 80% da igreja de Cristo no
mundo está vagando pelo deserto, longe da
cruz do calvário e da terra prometida.”

Dwight Lyman Moody


“Traze sempre viva em tua memória a maneira como Yahweh,
teu Deus, te conduziu por todo o caminho no deserto, durante
esses quarenta anos, para te tornar humilde e provar-te, a fim
de que exteriorizasses todas as intenções do teu coração: se
estavas decidido a obedecer a seus mandamentos ou não.
Ele te humilhou, fez que sentisses fome e te alimentou com o
maná que nem tu e nem teus pais conhecíeis, para te mostrar
que o ser humano não vive apenas de pão, mas de toda a
Palavra que procede da boca do Senhor.
As vestes que usavas não se envelheceram, tão pouco teus pés
incharam durante esses quarenta anos de caminhada. Sendo
assim, reconhece no teu mais íntimo que Yahweh, teu Deus, te
educava, como um pai instrui e disciplina seu filho amado.”
Deuteronômio 8:2-5
“Também no deserto observastes como Yahweh vosso Deus vos
levou, como um homem conduz seu filho amado, por todo o
caminho que percorrestes até que chegássemos a este lugar!
Apesar disso, ninguém dentre vós confiava no Senhor vosso
Deus, que vos precedia no caminho, procurando um lugar para
o vosso acampamento: de noite por meio do sinal do fogo, para
que pudésseis enxergar o caminho que percorríeis, e durante o
dia, por meio de uma grande nuvem.”
Deuteronômio 1:31-33
INTRODUÇÃO

O deserto mata desobedientes e promove obedientes!

A maioria das pessoas treme diante dessa palavra “deserto”. Elas se


assustam ao ouvirem pregações sobre esse ambiente ou até mesmo palavras
proféticas direcionadas a elas. Eu mesma fui uma dessas pessoas que o
coração acelerava ao receber profecias pessoais onde Deus dizia que me
levaria a desertos e olha que não foram poucas as vezes que Deus me
informou. Cheguei até a confessar que nem mesmo tinha saído de um, já teria
que entrar em outro. As minhas reações diante dessas profecias sobre idas ao
deserto realçavam a minha falta de conhecimento do que realmente esse
ambiente promove.

Não são poucas as pessoas que agora mesmo estão passando por
desertos em suas jornadas de vidas. Fato é que enfrentaremos desertos até a
volta de Cristo. “Eu vos preveni sobre esses acontecimentos para que em mim
tenhais paz. Neste mundo sofrerei tribulações; mas tende fé e coragem! Eu
venci o mundo. (João 16:33).”

Em Tiago 1:2-4 vemos o irmão mais velho de Jesus Cristo e o líder da


Igreja em Jerusalém (Mateus 13:55; Atos 15:13) dizer tais palavras:

“Meus amados irmãos, considerai motivo de júbilo o fato


de passardes por diversas provações. Porquanto sabeis que a
prova da vossa fé produz ainda mais perseverança. E a
perseverança deve ter plena ação, a fim de que sejais
aperfeiçoados e completos, sem que vos falte virtude alguma.”

Acredito que todos nós por dezenas de vezes já nos deparemos com
esse versículo ao lermos nossas bíblias ou até mesmo ouvindo em pregações,
mas para mim a partir do que Deus me trouxe de mensagem sobre o deserto,
ganhou uma significância muito maior, porque agora compreendi no meu
espírito o que de fato Deus realiza, utilizando-se dos momentos difíceis e duros
que nos sobrevêm.

Se pegarmos o discurso de homens após saírem de seus desertos, nós


teremos diante de nós a visualização do impacto que esse ambiente provoca
por dentro e por fora de cada um que entrou nele.

O sonhador José, filho de Jacó, ao atravessar todo seu deserto e


alcançar a promoção divina – de escravo a governador, disse: “o mal que
tínheis a intenção de fazer-me, o desígnio de Deus o mudou em bem, a fim de
cumprir o que se realiza hoje diante de nossos olhos: salvar a vida de um povo
numeroso! (Gênesis 50:20)”. O maior empresário do seu tempo – Jó (Jó 1:2),
homem bom, honesto e justo, que amava respeitosamente a Deus e evitava
praticar o mal (Jó 1:1), ao entrar num deserto que poucas pessoas, na história,
vivenciaram o tipo de dor e sofrimento ao qual ele foi submetido, ao concluir a
travessia por seu deserto, disse: “de fato, meus ouvidos já tinham ouvido a Teu
respeito; contudo, agora meus olhos te contemplaram! (Jó 42:5)”. O apóstolo
Paulo, o servo de Cristo, após enfrentar cárceres muitas vezes, açoites
severos, espancamentos, apedrejamentos, naufrágios, passado fome, frio e
nudez, suas palavras eram: “por este motivo, por amor de Cristo, posso ser
feliz nas fraquezas, nas ofensas, nas necessidades, nas perseguições, nas
angústias. Porquanto, quando estou enfraquecido é que sou forte! (2 Coríntios
11:23; 12:10). E minhas palavras ao passar pelos desertos que passei e ainda
passo: se pelo amor ao evangelho e para cooperar para o seu avanço eu tenha
que viver em desertos ou passar por eles, então direi: vale a pena viver tal
experiência.

Esses homens suportaram os longos e difíceis desertos da vida e


assim como a palmeira sofre para crescer e desenvolver-se: suas raízes foram
castigadas pelas caravanas de camelos e pelas feras; seus caules e suas
folhas foram surradas por rajadas dos ventos quentes do deserto e seus frutos
suculentos foram amadurecidos sob o calor implacável, imposto pelo sol
causticante; esse ambiente seco e árido provocou neles crescimento espiritual;
transformou-os em uma benção na sociedade na qual viveram; os converteram
em fontes de alimento para quem teve acesso a eles e não somente para quem
teve acesso, mas para gerações que conheceram suas histórias de vida;
tiveram suas raízes aprofundadas a ponto de suportarem qualquer vento forte e
os transformaram em lugar de abrigo e refrigério para quem necessitava. Os
ambientes secos e áridos que eles enfrentaram os aperfeiçoaram para serem
homens das quais o mundo não foi digno! (Hebreus 11:38).

Uma compreensão importante que devemos ter é que o deserto é um


contínuo fluxo de entrada e saída de pessoas. Existem pessoas que passarão
pelo deserto apenas como uma rota divina para seu destino profético; outras
passarão pelo deserto para adquirirem habilidades e ferramentas para
tornarem-se os resgatadores que Deus precisará enviar quando houver
pessoas na travessia, correndo risco de morrerem lá por não O conhecerem o
suficiente para O ouvirem e receber diretamente as chaves que abrirão as
portas do deserto para a saída e outras que terão seus ministérios no deserto,
tendo seu endereço fixado neste ambiente como oficio em alimentar quem está
chegando – estes carregam a unção que floresce no deserto e o transforma em
jardim com flores.

No deserto:

Há pessoas que irão passar como rota.

Há pessoas que vão ser os resgatadores de quem está correndo


risco de morrer e não consegue seguir a nuvem da Presença para sair
aprovado.

E há pessoas que serão as fontes de alimento para quem está


entrando no deserto.

O deserto é o lugar que você entra ou por atos de desobediência ou


porque Deus tem grandes pensamentos ao teu respeito e vai utilizar-se do
deserto como um casulo para formar em você as asas que precisa para os
voos que Ele está preparando para você alçar. Nunca esqueça: não são
demônios que te jogam no deserto e muito menos pessoas.

Esse ambiente é totalmente propício para revelar os ídolos que


estamos carregando que precisam ser destronados do nosso coração; para
revelar os níveis da nossa fé; para revelar nossa disponibilidade em obedecer a
Deus em tudo; para revelar nosso grau de comprometimento ao Eterno e para
revelar se de fato O amamos de todo o nosso coração.

A leitura desse livro formará em você a compreensão que é impossível


sair do deserto se não aprender a ouvir a voz de Deus, assim como Moisés
aprendeu a seguir a nuvem que lhes dava senso de direção durante toda a
caminhada. Lembre-se que no deserto, não existe placas de sinalização
indicando a rota – ou você aprende ouvir Deus e recebe revelação para sair ou
vai ficar andando em círculos por um bom tempo.

Eu acredito piamente que esse livro é uma grande manifestação da


bondade e do amor de Deus para todos aqueles que estão circulando os
desertos da vida por anos e estão morrendo em sua falta de compreensão
sobre o assunto, bem como para aqueles que ainda entrarão em fases difíceis
de suas histórias de vida.

ORANDO POR VOCÊ!

Oro para que Deus abra os olhos do seu entendimento e você


compreenda profundamente o real significado das estações difíceis que você já
enfrentou ou enfrenta.

Oro para que sua fé cresça e sua confiança em Deus seja inabalável.

Oro para que seu amor a Deus não desfaleça nos desertos longos e
difíceis.

Oro para que você não abandone Deus durante a travessia pelo
deserto.
Oro para que você saia aprovado desfrutando da transformação que os
processos provocam.

Oro para que você não aborte os processos.

Oro para que você tenha um coração fiel e obediente durante toda a
jornada e que desfrute das promoções divinas ao sair aprovado.

Do coração de Deus para você!

“Eu te levo para o deserto para te provar e para saber o que está no teu
coração (Deuteronômio 8:2-3). Eu provo o justo e examino o que está no
coração do homem (Salmos 11:5; Provérbio 17:3)

Levo-te para o deserto para destronar os ídolos que você insiste em carregar
no teu coração.

Você muitas vezes carrega pessoas, carrega lugares, carrega coisas, carrega
funções ministeriais e até mesmo promessas que te fiz no lugar que é
destinado somente a Mim.

Facilmente você divide teu coração comigo e com outros e te levo para o
deserto para que teu amor seja somente para mim, para que teu
comprometimento comigo seja genuíno (Êxodo 15:25; Deuteronômio 13:3) e
para que teu amor não se esfrie e você me abandone (Apocalipse 2:4).

O deserto é o lugar em que por meio dos desconfortos e dores: Eu te curo, te


faço crescer, florescer e ficar mais parecido comigo (Romanos 5:4; Tiago 1:4; 1
Pedro 1:7).

O deserto é o lugar que levo você para te treinar e te levar para teu destino que
Eu mesmo criei (Salmos 66:8-12, A Mensagem).

No deserto me revelo a você como em nenhum outro lugar e te marco com


uma mensagem que carregarás para transformar muitas vidas.
Enquanto passas por desertos, confia em mim, não importa o tempo que essa
travessia dure – seja curta ou demorada, sempre terá um desfecho onde o
peso maior da minha Glória se manifestará na sua história (2 Coríntios 4.17).

Na travessia, minhas palavras virão a ti para que tenha compreensão das


minhas convocações para você. Eu não te deixo no deserto sem as minhas
revelações. No deserto Eu rompo o silêncio e falo contigo. Minhas revelações
desviam-se dos que seriam prováveis em recebê-las e as faço repousar sobre
a quem conduzi ao deserto – os improváveis que estão num lugar improvável
(Lucas 3.2).

Quando durante a passagem: as injustiças, as perseguições, as rejeições, os


abandonos vierem a ti como cascatas que se derramam sobre você, não
aumente a sua defesa, aumente a sua obediência e fidelidade a mim – este é o
grande sinal para que Eu torne todo mal em bem (Gênesis 50:20).

Não tenha medo, Eu crio caminhos nesse deserto (Isaías 43.19). Nesse lugar
solitário e hostil, imenso e perigoso, te mostrarei onde existem oásis – lugares
de fontes de águas e palmeiras para servirem de provisão durante a sua
estadia (Êxodo 15:27). A fome que te deixo passar é de não satisfazer desejos
e demandas da sua carne, mas jamais deixarei de prover para as suas
necessidades fundamentais (Deuteronômio 8:3).

Nunca abandono quem muito amei (Isaías 43:4). Lembra-te do que fiz a
Sadraque, Mesaque e Abede-Nego quando lançados na fornalha de fogo – as
chamas não puderam ferir qualquer parte de seus corpos (Daniel 3:27) e
também ao que fiz a Daniel quando lançado na cova dos leões, Eu enviei anjos
para fechar suas bocas para que não o ferissem porque ele confiou em mim
(Daniel 6:22).

Eu te criei para minha Glória e alegria (Isaías 43:7), portanto confia em mim
quando o deserto tiver que atravessar, pois se te achares fiel e obediente a
mim, darei grandes desfechos – porque tão somente esperaste e confiaste em
mim.”
– Capítulo 1 –

Os segredos do deserto

“[...] Fontes de água irromperão no deserto, torrentes na


terra ressequida. Areias ardentes serão como o oásis, a terra
sedenta será uma fonte que não para de jorrar. Até os chacais
terão água para beber, e os pastos ressecados se tornarão
verdejantes.”

Isaías 35:5-7 (A mensagem)

Os desertos aquecem crentes mornos e frios,


retornando-os para a temperatura espiritual
que nunca deveriam ter perdido.

Neste livro não abordo o deserto como um lugar geográfico em si, mas
como uma estação na jornada da vida que chega de repente, sem esperarmos.
Podemos entrar nele conduzidos por Deus - pelo seu Espírito, para sermos
testados nos nossos limites e levados pelo caminho que Ele usa para purificar
as motivações e as intenções do coração.
O Senhor nos conduz por esse caminho não para nos destruir ou punir,
mas nos conduz com expectativa de nos aprovar e ao sairmos dele estarmos
alinhados com o Seu coração.

Nessa estação chamada deserto vivemos em um ambiente externo de


provas que afloram diante de todos o quanto de fato amamos ou não ao
Senhor e o quanto estamos comprometidos com Ele.

No deserto estamos completamente expostos diante de uma plateia:


terra, céu e inferno. Os olhares voltam-se para nossa jornada nesse tempo
seco e árido das nossas vidas. E então nos vemos no lugar onde o nível de
obediência eleva-se e até pequenos atos de desobediência provocam a
liberação de juízo sobre nós.
No deserto a obediência nunca será opcional, mas será requisito
absoluto para que saíamos aprovados. Nesse lugar ou aprendemos a ter a
obediência como estilo de vida ou a desobediência nos matará, por isso todo
aquele que sai do deserto sabe muito bem a importância de um andar em
obediência total ao Senhor.

Desobediência no deserto prolonga os dias de travessia e se


insistirmos em nossos pecados, morreremos nele.

O deserto é lugar de juízo para desobedientes e ambiente de


milagres para quem decide obedecer.

Segundo o dicionário Vine, deserto vem da palavra grega eremia,


primariamente “solidão, lugar despovoado”. Com o mesmo significado de
eremia, temos eremos que denota: referência a pessoas – “abandonado,
desolado, privado de amigos e parentes”. E a palavra provar vem da palavra
grega dokimazō que traz o sentido de “testar, provar”, com expectativa de
aprovar.1

Em Deuteronômio 13:3, Juízes 2:22 e em tantas outras passagens


bíblicas temos o entendimento que o Senhor nos submete a provas para que
por meio delas manifestemos o quanto de fato estamos comprometidos com
Ele.

Portanto, o Senhor nos põe a prova, nos levando a esse lugar solitário,
privados de amigos e de pessoas que tanto amamos para testar todos os
nossos limites de resistência, nos esticando por dentro para alargar nossa
capacidade de receber mais dEle. Apenas no deserto, Deus pode nos ter por
completo porque em nenhum outro lugar é possível perder todo o controle para
Ele. Somente nesse lugar podemos aprender na prática sobre a dependência
total a Deus.
Muitos cristãos ouvem sobre dependência total de Deus, acham até
maravilhosas as histórias de grandes homens que dependeram do Eterno, mas
se não forem conduzidos ao deserto pelo Espírito Santo nunca saberão o real
significado dessa experiência e nunca terão autoridade para manifestar um
testemunho de poder que servirá de inspiração para transformações de vidas.

Mensagens que transformam são carregadas apenas por homens


que passaram pelo deserto.

O Senhor não nos levará ao deserto para nos matar, para nos ver
sofrer, para nos abandonar. O Seu propósito é conduzir-nos até esse lugar
para nos encher de ferramentas que ainda não possuímos que são
fundamentais para tocar pessoas que Ele mesmo trará até nós. E ao conduzir-
nos a essas estações, Ele está com expectativa em nos aprovar.

O Eterno nos conduz ao deserto para invadir o território do diabo, sim


do diabo, do nosso inimigo e fazer-nos vencer no próprio território do
adversário só porque aposta tanto em nós e por desejar esfregar na cara do
diabo a nossa credencial de filhos vencedores.

A proposta de Deus em levar seus escolhidos


para o deserto é mostrar que quem é filho
vence até mesmo no território do seu inimigo.

Vencer em território inimigo é humanamente impossível porque todo


habitante conhece bem o território em que habita e apenas aquele que entra
nesse território com um espírito diferente – fiel, obediente e cheio de
convicções pode triunfar num território que desconhece.

Os desertos já testaram e confirmaram a fé e a obediência de muitos,


inclusive a de Jesus. Antes de iniciar seu ministério, o Salvador foi levado ao
deserto para ser provado – “E logo o Espírito o impeliu para o deserto, onde
permaneceu quarenta dias, sendo tentado - provado [...] (Marcos 1:12-13)”.
Depois, Ele mesmo tornou irrefutável a existência das provações na vida do
cristão (Lucas 8:13).2

Essas terras desérticas da vida são lugares de desafios à nossa vida


pessoal e espiritual. Manifesta temperaturas extremas – calor escaldante
durante o dia que podem ser comparadas ao intenso calor das aflições que
passamos em tempos de provações. Também, o frio intenso característico das
noites se compara com a frieza espiritual que tenta nos abater em meio as
tribulações. A angustiante solidão vivenciada pelas pessoas que transitam os
desertos naturais se assemelha a sensação vivenciada por nós quando
passamos pelas estações desérticas.3

Esse ambiente também testará nosso vigor. Os viajantes que


atravessam desertos naturais ficam debilitados, sendo testados em seu vigor
físico. Assim também, o calor das aflições, próprio dos tempos de provações
testam o vigor da nossa fé na Palavra de Deus.4

No deserto – nos tempos de provações estamos à mercê de


saqueadores, assim como as pessoas que se perdem nos desertos naturais,
mas aqui esses saqueadores são os demônios, ladrões espirituais que tem a
intenção de roubar nossa fé, nossas convicções na Palavra e destruir todas as
chances de usufruirmos de uma vida plena em Deus. Além do risco que
corremos diante dos perigos das feras peçonhentas típicas do deserto, que
nesse ambiente que atravessamos na vida podem simbolizar a revolta, a
autopiedade, a mágoa, o medo e tantas outras coisas venenosas a nossa
alma.5

No deserto, Deus nos dá o pão de cada dia e não uma abundância de


coisas – é um tempo em que recebemos o que necessitamos física e
materialmente e não o que queremos.6

Durante a travessia por essa estação nosso alvo deve ser o coração de
Deus e não a sua provisão. Então, quando vierem os tempos de abundância,
relembraremos que foi o Senhor quem nos deu abundância para firmar sua
aliança (Deuteronômio 8:18).7

Em Deuteronômio 8:3 diz: “Ele te humilhou, fez que sentisses fome e te


alimentou com o maná que nem tu e nem teus pais conhecíeis, para te mostrar
que o ser humano não vive apenas de pão, mas de toda a Palavra que procede
da boca do SENHOR!” O Senhor não deu as coisas que a carne do povo
queria. Ele apenas deu o que a carne deles precisava.

O que Deus estava fazendo? Ele criou uma fome, removendo tudo o
que pudesse satisfazer os desejos e demandas da carne, ao mesmo tempo em
que provia para suas necessidades fundamentais. Ele criou aquela fome para
prová-los. Deus queria ver se desejariam mais a Ele do que às coisas que
tinham deixado para trás; se o buscariam ou iriam atrás das coisas que a carne
desejava; se teriam fome e sede de justiça ou de conforto ou prazer!8

Deus me conduziu a um lugar de prova específico – me levando a um


lugar que tinha que conviver, mas que não era reconhecida e nem honrada. Eu
tinha escutado a Sua Voz e decidi obedecê-lo, ainda que permanecer neste
local não era nada confortável. A sensação era que as pessoas não me
queriam por perto. Enquanto isso, em todos os outros lugares que ia, nunca
havia experimentado tanta honra, tanto reconhecimento e manifestação de
apoio.

E então os saqueadores espirituais que não perdem tempo começaram


a tentar. Por muito tempo fiquei resistindo o que vinha na mente e o que
provocava nas minhas emoções - a vontade era de não estar mais ali, mas eu
tinha certeza que era a Vontade de Deus permanecer ali.

Esta estação durou mais de um ano e por último comecei a orar


dizendo para Deus que ainda que não fosse confortável, eu aumentaria meu
nível de obediência e não me moveria sem Sua direção.

Até que numa manhã, ao acordar, ecoava no meu espírito: perdoe


quem é indiferente, perdoe quem não reconhece o que fiz em você, perdoe
quem não discerne o que você carrega em mim. Então, a sensação era de que
algo estava acontecendo dentro de mim e senti uma liberdade interior como
nunca havia sentido. Percebi uma atmosfera nova sendo estabelecida e uma
nova estação chegando.

No dia posterior, as coisas começaram a mudar. O ambiente começou


a não ficar mais desconfortável. O comportamento de pessoas mudou. E não
tive dúvida de que realmente fui testada, quando Deus me disse: Permiti que
não fosse vista, nem reconhecida e nem honrada no lugar que quero que
estejas, e permiti que em muitos lugares recebesse honras, elogios,
reconhecimento e apoio, porque estava checando em você se amaria mais as
honras e reconhecimento do que a minha Vontade. Respirei fundo ao ouvir
isso. E fiquei profundamente grata por ter compreendido a Vontade de Deus e
ter tido a graça disponível para não desobedecer.

Tenhamos profunda certeza que o Senhor nos leva para desertos, mas
não nos abandona nele. Seja uma passagem curta ou demorada, Ele sempre
estará conosco para nos guiar durante toda a jornada.

Nunca presuma que Deus não se importa. Nunca interprete o amor de


Deus à luz das circunstâncias que você enfrenta. O próprio Jesus entendia a
realidade que coisas ruins podem acontecer mesmo quando estamos tentando
fazer uma coisa boa.9

Uma fé excelente é o produto de grandes batalhas.


Grandes testemunhos são o resultado de grandes testes.
Grandes triunfos só podem vir de grandes provações.10

Jesus prometeu três coisas aos seus discípulos: que eles fossem
completamente corajosos, absurdamente felizes e
que estariam em constantes apuros.11
Propósitos do deserto

Enquanto o ouro derrete, as impurezas entranhadas nele começam a


separar do precioso metal. Assim, também ocorre conosco durante os nossos
desertos de provações. A altivez, a arrogância, a prepotência, a ganância e
outras impurezas, começam a se separar da nossa alma, tornando-nos
humildes, mansos e compassivos; ficando, enfim, mais semelhantes à pessoa
de Jesus Cristo – o homem, o servo, o filho perfeito de Deus.12

E Deus nos conduz ao deserto, para:

1) Por à prova o nosso comprometimento em obedecê-lo


(Deuteronômio 8:2);
2) Humilhar-nos, produzindo a morte do “eu”, pois nos lugares altos
que Ele tem expectativa em nos levar só poderemos chegar se Ele
conseguir nos matar por dentro e conquistar toda a nossa vontade,
desejos e pensamentos aprisionando-os na Sua Vontade
(Deuteronômio 8:2);
3) Retirar das nossas mãos todo o controle, pois em nenhum outro
lugar é possível perder todo o controle para Ele. Apenas no deserto
Deus pode de fato nos ter por completo (Deuteronômio 8:3);
4) Manifestar a Glória pesada dEle sobre cada área da nossa vida.
Durante os quarenta anos o povo de Israel experimentou as
manifestações inusuais da Glória sobre eles: roupas não se
desgastaram e nem os pés incharam (Deuteronômio 8:4);
5) Manifestar a revelação da Paternidade divina que por amar tanto,
precisa corrigir para nos fazer crescer, florescer e frutificar na terra
onde somos estrangeiros e peregrinos (Deuteronômio 8:5);
6) Revelar-nos o poder da obediência (Deuteronômio 8:6). O deserto é
o lugar que, uma vez que entramos nele, devemos andar com um
estilo de vida agradável ao Senhor. Em nenhum outro lugar se
exige tanto obediência como no deserto.
No deserto aprendemos na prática que se desobedecermos, o juízo
vêm.
E como identificamos o juízo? Quando o deserto que era para ser
atravessado em dias começa a se estender por anos.
Todo deserto prolongado revela a nossa falta de obediência na
travessia. Os desertos não são criados para serem demorados
(Deuteronômio 1:2);
7) Promover os que são fiéis e obedientes. O deserto é o lugar que
estamos sendo preparados para sermos promovidos por Ele.
O salmo 66:12, escrito por alguém após uma grande vitória em
batalha descreve:
“Engrandeçam o nosso Deus, ò Povos! Deem a Ele uma
saudação ensudercedora! Não nos pôs Ele no caminho para a
vida? Não nos impediu de escorregar? Ele nos treinou primeiro,
passou-nos como prata pelo fogo refinador: trouxe-nos para
uma terra ingrata e nos levou ao limite. Testou nossos
caminhos por completo, fizeste-nos sofrer, mas nos deste
alívio. Mas, ao final, o Senhor nos trouxe até este lugar de
muita água.”

Ao acompanharmos a trajetória de pessoas grandemente usadas pelo


Altíssimo, vemos que todas elas receberam aprendizados, tanto através da
Palavra de Deus, quanto através das provações. Deus trabalhou por 25 anos
na vida de Abraão; por 30 anos, na vida de José; por 40 anos na vida de
Moisés; por 22 anos, na vida de Davi, antes de cumprir os propósitos que tinha
determinado para eles. Portanto, devemos chegar a conclusão que antes de
Deus trabalhar através de nós, Ele trabalha em nós. E muitas vezes fará isso
levando-nos ao deserto.13

Uma coisa é certa:

Existem pessoas que passarão pelo deserto apenas como uma rota
divina para chegar ao seu destino profético. Outras passarão pelo deserto para
adquirirem habilidades e ferramentas para tirar pessoas desse ambiente e
outras terão seus ministérios no deserto, tendo seu endereço fixado nele
porque alimentarão quem entrar nesse lugar.
Seja você está indo ao deserto apenas como passagem, ou para ser
treinado para retirar outros ou habitar nessa atmosfera difícil para alimentar
quem chega a esse ambiente lembre-se que pelo amor ao evangelho e para
cooperar para o seu avanço vale a pena viver tal experiência.
– Capítulo 2 –

Conduzidos por Deus ao deserto

“Por este motivo Eu os livrei das terras do Egito e os


trouxe para o deserto.”

Ezequiel 20:10

“Jesus foi então conduzido pelo Espírito, ao deserto, para


ser tentado pelo diabo.”

Mateus 4:1

Deserto não é rejeição de Deus, mas um tempo de preparo.1

Se você perguntar para qualquer escolhido de


onde ele veio, certamente ele irá te responder
que veio do deserto.

Toda vez que Deus deseja levantar um


homem como modelo para uma geração,
Ele conduzirá alguém ao deserto.

A temporada no deserto não é um tempo negativo para aqueles que


obedecem a Deus. Seu propósito é muito positivo: nos treinar e preparar para
um novo mover do seu Espírito.2
O Propósito de Deus em conduzir seu povo ao deserto era de testar,
treinar e prepará-los para serem guerreiros santos.3

A entrada no deserto é de repente, mas a saída leva o tempo


necessário para ficarmos prontos, pois para o que precisamos viver em Deus é
necessário passar por essa rota e então experimentaremos crescimento
espiritual e pessoal.

Antes de cada novo mover do Espírito sempre fui conduzida ao


deserto:

Para me treinar na oração fui conduzida ao primeiro deserto, ainda


bem jovem na minha fé: minha mãe foi diagnosticada com um câncer. Neste
deserto, mergulhei profundo na oração buscando a cura e vimos dentro de um
ano a resposta chegar e como foi maravilhoso celebrar a manifestação da
resposta daquilo que tanto buscamos. Então me foi revelado: Pedi, e vos será
concedido; buscai e encontrareis, e a porta será aberta para vós. Pois todo o
que pede recebe; o que busca encontra; e a quem bate, se lhe abrirá (Mateus
7:7-8).

Para me treinar na fé e na dependência total, Deus me conduziu a um


deserto que manifestou uma mudança grandiosa – sair da minha terra natal
(Acre) para outra terra, distante do meu ninho confortável - Paraíba, deixando
para trás as melhores oportunidades de emprego e toda uma família na qual
tinha o maior apego. Ninguém entendeu. Lembro-me da primeira profecia
pessoal que recebi ao chegar na Paraíba: “Te tirei da terra da aflição; muitos
não entenderam a sua vinda, mas fui Eu mesmo que te trouxe. Te
estabelecerei, verás muitos milagres neste lugar. Crescerás. Portas serão
abertas e as promoções chegarão”.

Eu não tinha a menor noção da dimensão do que estava acontecendo


– só queria voltar para a minha vida normal, para minha terra natal, para minha
casa, para minha família.

A cada ano que passava a jornada ficava mais difícil. Pressões em


cima de pressões deixavam a estação escaldante. Neste deserto vivi
desemprego; humilhação; traição; rejeição; desprezos e abandonos. Minha fé
foi provada, testada no fogo e em meio a essas provações fui treinada para ter
habilidades que não existiam em mim.

Para me treinar no perdão fui levada a um deserto onde situações


injustas ocorreram – fui medida espiritualmente e ministerialmente por um líder
que o considerava como meu pai espiritual – suas palavras foram muito
pesadas que descredibilizava: a unção que carrego; as tarefas que Deus me
entregou para fazer; as experiências com Deus que tinha vivido até aquele
momento, além de me desencorajar a entrar profundo em Deus para não
provocar ataques do diabo contra mim e contra minha família. Passei por
grandes decepções com amigos que achava que tinham um coração voltado
para Deus, mas viviam suas vidas ministeriais baseadas na aparência e um dia
Deus traz a tona suas práticas ocultas: mentiras, ganâncias, queriam promoção
pessoal através do meu nome; e o que considero mais forte foi ter sido vítima
de uma mentira que perdurou por 10 anos, onde meu próprio pai cria um
cenário para me manter longe de toda a minha família e essa mentira que
durou tanto tempo me jogou em crises depressivas, de ansiedade e de pânico
que desestabilizaram minha vida emocional.

A sensação vivida era de estar vivendo uma sequência de idas ao


deserto. Meu coração já nem sabia mais o que sentia diante de pancadas tão
fortes.

Antes deste ciclo iniciar, Deus havia falado comigo: “Você não falará do
que não vive. Terás autoridade para falar. Conduzo-te a um deserto e nele
haverá testes de decepções e quando fores encontrada aprovada, derramarei
mais da minha glória e do meu poder e serás usada por Mim”. A jornada
continuou e realmente fui testada em tudo; tinha tudo para ter abortado o
processo, mas Deus de fato me aprisionou na sua Vontade.

Atravessei esses desertos, aprendi a orar, comecei a desfrutar de um


nível de fé maior e o melhor de tudo foi ter manifestado o perdão para as
pessoas que esses desertos carregaram.

Eu tive que manifestar perdão para um líder amargurado, injusto,


indiferente e sem discernimento; um pai que mentiu e amigos no ministério que
não manifestavam temor a Deus e que premeditaram estar na minha sombra
para crescerem. Não foi fácil, mas produziu maior peso de glória!

Os desertos que Deus nos conduz a entrar provocam em nós maior


autoridade; nos entrega ferramentas específicas que somente quem atravessa
adquire e nos faz carregar uma mensagem, não somente dita em púlpito, mas
vista por todos em prática.

Se as nossas dores e sofrimentos manifestam maior glória a Deus,


vale a pena caminhar por desertos na vida.

Se Cristo é glorificado nas injustiças que sofremos, somos


privilegiados em passarmos por tais experiências (1 Pedro 1:6-7).

Nós sempre seremos testados para avaliação da


autenticidade da nossa fé.

Somente quem passa pelo deserto carrega revelações específicas


que se manifestam durante a passagem.

Somente quem passa pelo deserto tem habilidades de alimentar


quem está entrando e sabedoria para habilitar quem já está pronto para
sair.

Todo escolhido é conduzido ao deserto para saber como se mover


dentro dele, receber as chaves secretas que vão levá-lo a saída e que se
tornarão chaves que contribuirão para ajudar quem está passando por essa
jornada a encontrar a saída.

Deus nos envia ao deserto quando estamos


vazios para sairmos cheios e também nos
conduz quando estamos cheios para
resgatar quem precisa sair.
Deus sempre nos conduzirá ao deserto – a este lugar desconhecido
para perdermos o controle total e aprendamos o que de fato é depender dEle.
O desconhecido sempre será assustador, porque revela nossas fraquezas,
fragilidades e limites e isso é extremamente desconfortável. Não gostamos do
desconforto do deserto e queremos apressadamente sair desse lugar
(Números 14:1, NVI) e chegamos até a planejar a fuga.

Os escolhidos que não forem conduzidos ao deserto não terão


profundidade por não conseguirem alcançar a visão que é adquirida somente
nesse lugar de dor e obstáculos.

O deserto não mata, promove!

Ao sair de alguns desertos, me vi completamente diferente: perdoando


quem foi injusto, quem foi indiferente, quem mentiu; além de ter adquirido
ferramentas poderosas para retirar dos desertos, quem já está pronto para sair.

O Espírito Santo me conduziu ao deserto para destronar do meu


coração um pai que criei em minhas expectativas – que não era real; para
aprender a perdoar, para aprender a depender dEle em tudo; para aprender o
caminho da obediência e rendição total; para ter a fé refinada como ouro e se
tornar genuína; para aprender a provocar os céus e ver a liberação de
revelações trazendo compreensões e entendimento espiritual que me levariam
a entrar nos lugares profundos em Deus.

Enquanto atravessava os desertos vi milagres se manifestarem de


forma inesperada. O Senhor enviou provisões, proteção, revelações, até que
experiências tão profundas começaram a ocorrer.

Os testes passaram, aprendi lições poderosas e como recompensa


Deus me entregou a mensagem deste livro que você está lendo. Se não
tivesse passado pelos desertos jamais teria habilidade de descrever para você
a mensagem que este livro carrega.
Nenhum deserto será fácil: haverá extremos de temperatura – quente
de dia, frio à noite; animais peçonhentos; escassez de água por falta de chuva,
mas Deus não nos abandona em nenhum deserto, nós é que poderemos
abandoná-lo e se o abandonarmos enquanto atravessamos o deserto,
certamente morreremos; mas se nos aproximamos para mais perto dEle,
dando tudo para Ele: o nosso coração, certamente sairemos aprovados e
seremos promovidos para um novo lugar nEle.

Quando é Deus que nos conduz ao deserto teremos refrigério para as


grandes pressões do dia e aquecimento para as noites frias e solitárias, como o
povo de Israel desfrutou da nuvem que os protegia do calor escaldante e da
coluna de fogo que os aquecia nas noites geladas do deserto (Êxodo 13:20-
22); experimentaremos a Presença de Deus em manifestação (Êxodo 33:14-
17); desfrutaremos da Voz de Deus traduzida e entendida (Êxodo 19:18-19) –
não nos faltará direção e seremos conduzidos a oásis (Êxodo 15:27). Mas,
quando somos nós mesmos que entramos nos desertos da vida por causa de
nossa rebeldia e desobediência para com Deus e não nos arrependemos dos
nossos pecados, ficamos em desespero porque a Presença não habita em
meio ao pecado não confessado e ao coração que não se arrepende (ver a
história do rei Saul, 1 Samuel 28:5-7) – o rei Saul entrou em desertos da vida
por conta própria e nesses desertos experimentou o afastamento de Deus e o
Seu silêncio.

Pare para refletir:

Se você está vivendo um deserto e a sensação é que Deus está a


quilômetros de distância, níveis de tormentos e opressões, falta de paz e
silêncio dEle é bom checar se há pecados não confessados, desobediências e
rebelião ao plano divino para a sua vida. Nunca se rebele ao plano divino, não
é uma boa escolha lutar contra a Vontade do Eterno.

O pecado provoca o silêncio de Deus e o distanciamento da Presença:

“No entanto, são as vossas maldades que fazem


separação entre vós e o vosso Deus. Os vossos pecados
nublaram e esconderam de vós a face do Senhor, e por isso
Ele não lhes dará ouvidos! Em verdade, as vossas mãos
manchadas de sangue e os vossos dedos, de iniquidade e
culpa; os vossos lábios falam mentiras e a vossa língua
murmura palavras ímpias.”

Isaías 59:2-3

Os desertos são para nos deixar mais pertos de Deus e não para nos
distanciar dEle, caso tenha sido Ele que nos conduziu.

A qualquer momento você poderá ser conduzido pelo Espírito ao


deserto – marcado na agenda divina, para que você fique pronto para os
lugares altos que Ele tem expectativa em levar-te.
– Capítulo 3 –

Um lugar de passagem

“Afirmou Rúben: Não derramareis sangue humano!


Lançai-o neste poço, aqui no deserto, mas não ponhais a mão
sobre ele para o ferir! [...].”

Gênesis 37:22

“Depois sentaram-se para comer. Entretanto, ao


erguerem os olhos, eis que viram uma caravana de ismaelitas
que vinha de Gileade. Seus camelos vinham carregados de
especiarias, bálsamo e mirra, que estavam transportando para
o Egito.”

Gênesis 37:25

“Enviou à frente deles um homem, José, vendido como


escravo. Prenderam-lhe os pés em grilhões, e seu pescoço
rendeu-se aos ferros, até que se cumprisse sua predição e a
Palavra do Senhor confirmasse o que profetizara.”

Salmos 105:17-19

Todo escolhido está indo em direção ao destino que Deus preparou.


Seus dias foram todos escritos no livro celestial antes mesmo que algum deles
existisse (Salmos 139:16, NTLH).

Ao nascermos começamos a nossa jornada em trilhar essa rota até


chegarmos à manifestação deste destino divino. Esta rota divina é difícil de
entender; contêm curvas acentuadas; travessias de desertos; ventos
impetuosos que batem forte e surpresas desagradáveis que batem a nossa
porta.
Um dia o deserto chegou para um jovem chamado José – um jovem
sonhador, filho predileto do seu pai (Gênesis 37:3), e vivia confortavelmente em
sua vida rotineiramente normal (Gênesis 37:13-14). Seu nome significa: “ele
acrescenta”.1

Esse jovem vivia num contexto familiar conflituoso – ele e seus irmãos
foram produto de um cenário familiar de disputas entre suas mães: Lia e
Raquel pelo amor de seu pai, Jacó (Gênesis 29:31-35; 30:1-24).

A bíblia descreve que Deus deu a José sonhos: “José lhes havia dito:
ouvi o sonho que tive! Pareceu-me que estávamos atando feixes nos campos,
e eis que meu feixe se levantou e ficou em pé, e vossos feixes o rodearam e se
prostraram diante do meu feixe (Gênesis 37:6-7). “Depois José teve ainda um
outro sonho e o contou deste modo a seus irmãos: tive ainda outro sonho,
desta vez o sol, a lua e onze estrelas se curvavam diante de mim!”

O Senhor revelou a primeira porção do que ele precisava saber. Os


sonhos eram sinalizações do que seria seu destino profético, mas não trazia
todos os detalhes de como seria o caminho até esse destino. Provavelmente se
Deus tivesse revelado todo o percurso teria tido problemas com a vontade e os
desejos de José.

Deus revelará porções sobre o nosso destino profético, mas não


revelará os detalhes da rota para não ter problemas com a nossa vontade
e desejos.

José mal sabia que aquele pedido de seu pai seria sua entrada no
deserto para uma promoção no futuro. “E prosseguiu Jacó: vai, então, ver
como estão teus irmãos e os rebanhos, e traze-me notícias! Ele o enviou
quando estava no vale de Hebrom. Mas José se perdeu quando estava
próximo de Siquém (Gênesis 37:14).

O jovem sonhador vai ao encontro de seus irmãos que estavam


pastoreando seus rebanhos perto de Siquém. Quando José chegou, soube que
seus irmãos haviam ido a Dotã, que estava situada junto à rota comercial que
levava ao Egito. Ali, os invejosos irmãos venderam José como escravo a um
grupo de mercadores ismaelitas que passavam, a caminho do Egito.2

Os irmãos invejosos estavam exatamente no lugar certo onde a


caravana ismaelita iria passar e José estava chegando precisamente no
lugar que o conduziria ao caminho que o promoveria.

Embora os irmãos de José não o matassem, não esperavam que ele


sobrevivesse muito tempo como escravo. Eles estavam dispostos a permitir
que os cruéis mercadores de escravos fizessem por eles o trabalho sujo. José
enfrentou uma jornada de 30 dias pelo deserto, provavelmente acorrentado a
pé. Ele foi tratado como bagagem e, uma vez no Egito, seria vendido como
mercadoria.3

Os sonhos de José revelaram seu destino profético, mas para chegar


lá havia uma passagem pelo deserto (Gênesis 37:28); uma injustiça que o
levaria a prisão (Gênesis 39:20), envolvendo o seu senhor que confiou nele em
administrar sua casa (Gênesis 39:5-6) – Potifar e sua esposa mentirosa
(Gênesis 39:11-18) e um copeiro ingrato que não fez nada para recompensá-lo
imediatamente e o deixou lá esquecido (Gênesis 40.23) por mais dois anos até
que manifestassem os sonhos de Faraó ao qual José lhe daria a interpretação
(Gênesis 41:1).

Deus precisava lidar e tratar a excessiva confiança que José exalava


pela sua imaturidade juvenil e por causa do favoritismo paterno que recebia. O
Senhor examinou o coração de José e prescreveu a rota que arrancaria de
dentro de José essas características para que o destino profético preparado
não fosse comprometido. Seu orgulho juvenil precisava ser removido e seu “eu”
morto para que ele se tornasse o José em que Deus confiaria o lugar de
governador do Egito.
Se José chegasse ao lugar profetizado sem passar pelo deserto, ao
invés de salvar pessoas por ter um coração cheio de compaixão, ele usaria de
autoridade para oprimir e afligir quem estivesse ao seu alcance e facilmente
teria se vingado dos seus irmãos pela crueldade realizada com ele ao
venderem como escravo para a primeira caravana que estava passando. Em
(Provérbios 17:3, A Mensagem): “como prata e o ouro são provados pelo fogo,
assim a nossa vida é examinada pelo Eterno”.

O Eterno tem um destino profético para cada escolhido, mas para


chegarmos nele, alguns desertos serão prescritos por Deus ao nos
examinar e diagnosticar a condição do nosso coração.

Hoje mesmo podemos estar sendo examinados pelo Senhor e Ele com
seu olhar preciso pode estar autorizando alguns desertos que precisamos
entrar para ter um coração confiável em que Ele possa conduzir aos lugares
que já determinou.

Logo que meu primeiro livro: Identidade de Filho Amado ficou pronto,
eu estava num lugar completamente inusitado para receber uma profecia, mas
Deus decidiu falar comigo, Ele tomou uma senhora bem simpática que estava
no local e me disse: “Tenho dado muito a muitos, mas eles se ensoberbecem e
envaidecem-se. Eu te darei muito mais, mas permaneça humilde. Os livros que
darei a ti nascerão quando desceres em oração. Uns nascerão nas
madrugadas, quando estiveres comigo. Estes livros irão para lugares que você
não imagina – lugares distantes. Sou Eu mesmo que abro as portas e dou-te
acesso”.

O Senhor estava vacinando meu coração naquele dia contra o orgulho


e vaidade espiritual que poderiam me adoecer espiritualmente como adoece a
muitos e os fazem funcionar longe da Presença. Até estão nos púlpitos, até
falam belas palavras, mas estão com seus corações contaminados e
corrompidos pelo sistema religioso e o Senhor já não é mais com eles, e eles
nem se deram conta disso pelo orgulho enraizado como um câncer silencioso
que não manifesta sinais de que está crescendo por dentro.

Sempre trago a memória essas palavras: permanecer humilde, não se


ensoberbecer, não se envaidecer com tudo que Ele confia em minhas mãos. A
Glória é dEle e sou apenas alguém que O ouve e executa as suas tarefas. Em
Romanos 12:3 o apóstolo Paulo destaca: “Porque pela graça que me é dada,
digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convêm;
antes pense com moderação, conforme medida de fé que Deus repartiu a cada
um”.

O nosso coração é o maior sinalizador de que deserto Deus precisará


prescrever para nos levar. Quanto maior for o nosso destino e chamado, mais
entraremos em desertos para que morra dentro de nós o que precisa morrer e
nasça habilidades e ferramentas necessárias para que a vida de muitos sejam
conservados (Gênesis 50:20).

O jovem José foi surpreendido com desertos que não


compreendia, mas que eram necessários.

Até o que parece ruim, nos leva ao nosso destino em Deus.

O sonhador José entrou no deserto como escravo, mas saiu como


governador.

Nenhum escolhido será isento de passar por desertos – lugares que


exigirão maior nível de obediência durante a passagem e o teste final para a
saída sempre será o teste do perdão.

Todo deserto que passamos carregará pessoas que precisaremos


perdoar na saída dele.
O deserto de José carregou seus irmãos cruéis; um Potifar injusto e
sua esposa mentirosa e um copeiro esquecido. Você só sairá do deserto se
perdoar.

A promoção na saída do deserto vem quando


manifestamos perdão.

Não se preocupe: nós não estamos vendo, mas durante a passagem


pelo deserto, Deus está quebrantando nosso coração e teremos total
habilidade – graça, poder para executar – para perdoar quem precisaremos
perdoar.

“Por isso, mandaram um recado a José nestes termos:


antes de morrer, teu pai nos ordenou que lhe revelássemos
este seu desejo: Assim falareis a José: perdoa a teus irmãos
seu crime e pecado, todo o mal que te fizeram! Agora, pois,
queiras tu perdoar os erros e os pecados dos servos do Deus
de teu pai! E José muito se comoveu e chorou diante das
palavras que seus irmãos lhe enviaram. Logo em seguida
chegaram seus próprios irmãos e, lançando-se a seus pés,
suplicaram: “Eis-nos aqui como teus escravos! No entanto,
José lhes assegurou: não tenhais qualquer receio! Acaso estou
eu no lugar de Deus? O mal que tínheis a intenção de fazer-
me, o desígnio de Deus o mudou em bem, a fim de cumprir o
que se realiza hoje diante de nossos olhos: salvar a vida de um
povo numeroso! Agora, pois, não temais: eis que eu vos
sustentarei, bem como a vossos filhos! E assim ele os
tranquilizou e lhe encorajou com palavras carinhosas.

Gênesis 50:16-21
A atitude de José é nobre e digna de quem compreende qual foi à
prescrição de Deus para a sua vida. Ele debaixo da compreensão espiritual do
que viveu agora manifesta a habilidade do perdão de forma nobre – os
tranquiliza e os encoraja com palavras carinhosas. O deserto imprimiu em José
um coração cheio de entendimento espiritual, quebrantado e um “eu” morto.

Ao passar pelos desertos, eleve seu nível de obediência às


direções do Eterno e principalmente perdoe quem teus desertos
carregaram para que você perdoasse no fim deles.

Lembre-se:

Você tem um destino profético, determinado antes de nascer, mas para


entrar nesse destino, primeiro será necessário entrar em desertos que serão
rotas de passagem, que você trilhará, para ficar pronto para entrar no
respectivo destino.

Não tenha medo de passar pelos desertos,


se Deus te conduziu a eles é porque está com expectativa em te
aprovar e promover.
– Capítulo 4 –

Um lugar de treinamento

“[...] Ele nos treinou primeiro, passou-nos como prata pelo


fogo refinador: trouxe-nos para uma terra ingrata, e nos levou
ao limite. Testou nossos caminhos por completo, fizeste-nos
sofrer, mas nos deste alívio. Mas, ao final, Ele nos trouxe até
este lugar de muita água.”

Salmos 66:8-12 (A Mensagem)

O sofrimento pode trazer uma qualidade dinâmica à vida. Da mesma


maneira como a seca orienta as raízes de uma árvore para que se aprofundem
para encontrar água, também o sofrimento pode nos levar além da aceitação
superficial da verdade à dependência de Deus, para a esperança e a vida.1

Os melhores consoladores são aqueles que têm alguma


experiência em sofrimento pessoal.2

Ninguém melhor que Moisés, uma das pessoas mais importantes da


bíblia descreve tão bem em sua história o que é o deserto como um lugar de
treinamento.

Moisés foi alguém que desde seu nascimento experimentou a proteção


divina do Todo-Poderoso. Em Atos 7.20 lemos que Moisés era um menino
extraordinário aos olhos de Deus. Ele foi adotado pela filha de Faraó (Êxodo
2.9-10) quando encontrado num cesto flutuando no rio Nilo, colocado lá por sua
mãe na tentativa de livrá-lo de ser assassinado pelos egípcios (Êxodo 2.3),
quando foi ordenado que se matassem todos os meninos que nascessem
(Êxodo 1.15-22), porque o povo tinha tornado-se muito numeroso e o rei temeu
o poder dos hebreus (Êxodo 1.7;8-9).

Esse homem foi educado em toda sabedoria dos egípcios e era


homem poderoso em palavras e obras (Atos 7.22). Sua vida foi marcada pelo
forte relacionamento com Deus. A sua jornada teve três fases distintas de 40
anos cada uma.

No fim da sua primeira fase, em seus 40 anos de idade envolveu-se no


assassinato de um egípcio e isso culminou na sua fuga para o deserto (Êxodo
2.11-12).

Moisés foi precipitado. Achou que já era o tempo de ser o libertador do


povo hebreu. Tentou libertar o povo na sua própria força – fora do tempo de
Deus. Seu coração ainda não tinha o formato do libertador que Deus queria.
Moisés ainda tinha muito dele dentro de si.

O libertador que Moisés se tornaria seria forjado no deserto e não


no palácio. Ainda teria uma fase chamada “deserto” para ser vivida, antes
que o seu ministério iniciasse.

Na sua segunda fase, viveu mais 40 anos no deserto, fora de todo o


conforto e comodismo do palácio real. O deserto é um lugar perigoso, cheio de
serpentes e escorpiões mortais, terra seca e árida, hostil, solitária
(Deuteronômio 8.15) – experiência que poucos sobrevivem, mas quem sai dela
está pronto para tornar-se àquele que está habilitado a mostrar o caminho de
saída para outros que estão nele.

Cumprido o tempo de passagem pelo deserto, Moisés tem um encontro


pessoal poderoso com Yahweh, o Senhor, que o envia em missão. Deus
levanta Moisés em resposta ao clamor aflito do seu povo, quando oprimidos
amargamente sob jugo das mãos dos egípcios (Êxodo 3.10). Devido à missão,
Moisés retorna ao Egito e então inicia-se seu ministério de libertação (Êxodo
4.18;29) – enfrentando Faraó até a total liberação do povo, após a
manifestação do juízo divino por meio das pragas e depois liderando o povo
durante toda a travessia pelo deserto rumo à terra prometida, Canaã (Êxodo
13, em diante).

Moisés após 40 anos no deserto tinha adquirido resistência física,


emocional e espiritual para lidar com o clima quente e escaldante de dia e frio
de noite – ele havia aprendido as leis de sobrevivência do deserto.

Quem atravessa os desertos, adquire resistência para lidar com as


pressões intensas do dia aflorando as dúvidas e medos - testando as
convicções que carrega e as noites geladas e solitárias que sufocam a
esperança e as certezas das promessas.

Aquele que faz a travessia sabe ouvir as direções do Eterno e quem O


ouve sabe criar uma rota de saída que aqueles que não O ouvem jamais
seriam capazes de traçar.

Todo mundo entra nos desertos, mas nem todos conseguem sair.

Todos serão conduzidos durante a jornada da vida aos desertos,


mas nem todos serão promovidos.

Para experimentar a manifestação da promoção divina é


necessário ter comunhão com Aquele que nos conduziu para esse lugar e
por causa da intimidade – as chaves que nos retiram nos são reveladas.

Moisés foi primeiro ao deserto – quarenta anos antes do povo ser


conduzido a este lugar, para sair e ir ao Egito buscar o povo e entrar
novamente. Agora treinado pelo Eterno vai ao deserto não mais sozinho, mas
conduzindo uma multidão numa travessia que ele mesmo já havia feito e saído
com êxito.

Após grandes manifestações do juízo divino sobre o povo egípcio – as


dez pragas (Êxodo 7:14-25; 8:1-15; 8:16-32; 9:1-7; 9:8-12; 9:13-35; 10:1-20;
10:21-29; 11:1-10), Deus através de Moisés retira o povo do Egito, da casa da
escravidão com mão poderosa (Êxodo 13:3). Mas Deus nem sempre trabalha
de maneira como nos parece melhor. Em vez de guiar os israelitas pelo
caminho direto, do Egito à terra prometida, Ele os levou por um caminho mais
longo, para evitar lutas contra os filisteus (Êxodo 13:17-18).

Se Deus não guiar você pelo caminho mais curto, não se queixe, nem
resista. Siga-o de bom grado, e confie que Ele conduzirá você em segurança,
desviando dos obstáculos invisíveis. Ele consegue ver o fim da sua jornada,
desde o princípio, e Ele conhece o caminho melhor e mais seguro.3

O povo de Israel entrou por vários territórios desérticos até chegar à


terra prometida. Em Êxodo 13:20: “Assim, partiram de Sucote e acamparam em
Etã, à entrada do deserto”. O Senhor os conduziu por uma rota mais longa,
pelo caminho do deserto para poupar de obstáculos que eles nem mesmo
sabiam – “[...] Deus não os guiou pela rota dos filisteus, embora esse fosse o
caminho mais curto (Êxodo 13:17)”. Deus os poupou de guerras
desnecessárias, mas para que isso ocorresse à rota seria prolongada.

Após o milagre da abertura do mar vermelho, onde eles veem seus


inimigos destruídos diante dos seus olhos pelo Deus que os estava conduzindo
– O Senhor os levou pelo deserto de Sur: “Mais tarde, Moisés conduziu os
filhos de Israel desde o mar vermelho até o deserto de Sur. Durante três dias
caminharam para dentro do deserto sem encontrar água (Êxodo 15:22)”.

Deus sempre nos levará aos nossos limites


para nos treinar. Ele nos faz atravessar desertos,
mas na travessia vai nos mostrar oásis.

“Fontes de águas romperão no deserto, torrentes na terrra


ressequida. Areias ardentes serão como oásis, a terra sedenta
será uma fonte que não para de jorrar. Até os chacais terão
água para beber, e os pastos ressecados se tornarão
verdejantes.”

Isaías 35:5-7, A Mensagem


Moisés e o povo são colocados à prova pelo Senhor na região de
Mara. O povo reclama (Êxodo 15:24); mas Moisés clama (Êxodo 15:25) e por
causa do clamor, Deus revelou para Moisés o que fazer: jogar um pedaço de
madeira nas águas que eram amargas e quando a madeira entrou em contato
com a água, elas ficaram boas para consumo (Êxodo 15:25).

Todo homem que aprende buscar a Deus


no deserto carrega revelações que garantem
a sua sobrevivência e a de muitos.

Nesse cenário a revelação veio por causa do clamor – foi simples e


essencial para os manterem vivos. A revelação que Deus liberou sobre Moisés
por causa da oração que ele fez transformou não somente as águas amargas
em boas para consumo como também trouxe a consciência do que a
obediência causava em suas vidas: eles teriam livramentos sobre todas as
enfermidades. O Senhor se revelou para eles naquele dia – no deserto, como o
Senhor que sara – Jeová Rapha (Êxodo 15:26).

Naquele dia, um momento crucial, que sem uma intervenção divina as


vidas deles teriam sido interrompidas, pois sem água é impossível sobreviver,
ainda mais no deserto! Uma multidão reclama, mas um homem clama e Deus
se revela, mata a sede de todos e os leva para o território onde haviam doze
fontes de águas e setenta palmeiras e os faz acampar junto das águas (Êxodo
15:27).

No meio do deserto tem oásis para quem ora!

É interessante observar que eles vieram de Elim, e havia doze fontes


de água e setenta palmeiras. Deus os conduziu ao lugar no deserto que tinha
fontes e árvores – um oásis.
Um deserto normalmente é um lugar sem população (Números 14:33;
Deuteronômio 32:10) e é morada de animais selvagens: jumentos monteses
(Jó 24:5), chacais (Malaquias 1:3), e avestruzes (Lamentações 4:3). Mas foi
exatamente neste lugar que Deus forneceu, milagrosamente, alimento e água.
No deserto de Sim, Ele forneceu o maná (Êxodo 16). Em Refidim, Ele extraiu
água da pedra (Êxodo 17:1-7). E ao pé do monte Sinai lhes revelou o seu
coração – suas sagradas leis.5

No deserto os israelitas receberam todas as revelações sobre as leis e


desfrutaram da Presença derramada de Deus. Eles tornaram-se um povo que
tinha a visão mais clara de Deus do que qualquer um povo que viveu antes
deles.6

Somente quem passa pelo deserto conhece quem é Deus e a


identidade que carrega.

Ainda que tivessem se tornado o povo com a maior revelação sobre


seu Deus, o povo constantemente desobedecia e o deserto é o lugar de maior
nível de obediência. No deserto desobediência praticada é igual a juízo
liberado.

“Que nenhum dos que viram minha glória e os sinais


milagrosos que realizei no Egito e no deserto, e me puseram à
prova e me desobedeceram dez vezes – nenhum deles
chegará a ver a terra que prometi com juramento aos seus
antepassados.”

Números 14:22-23, NVI

Deus não estava exagerando quando disse que os israelitas o


“tentaram estas dez vezes”. Aqui está uma lista das falhas do povo de Israel: 1)
Falta de confiança por ocasião da travessia do mar vermelho (Êxodo 14:11-12);
2) murmuração sobre as águas amargas em Mara (Êxodo 15:24); 3)
Murmuração no deserto de Zim (Êxodo 16:3); 4) desobediência em recolher
mais maná do que a cota diária recomendada (Êxodo 16:20); 5) desobediência
em tentar recolher maná no sábado (Êxodo 16:27-29); 6) murmuração sobre
falta de água em Refidim (Êxodo 17:2-3); 7) Envolver-se em idolatria, adorando
o bezerro de ouro (Êxodo 32:7-10); 8) murmuração em Taberá (Números 11:1-
2); 9) murmuração pela falta de alimentos deliciosos (Números 11:4); 10) Não
confiar em Deus e assim não entrar na terra prometida (Números 14:1-4).6

Devemos caminhar em obediência a Deus em qualquer estação da


nossa vida, seja quando as promessas estão em cumprimento ou no deserto,
mas redobre a atenção se estiver no deserto, pois no deserto pequenos atos
de desobediência provocam juízos divinos sobre nossas circunstâncias. Até
mesmo Moisés foi alvo do juízo divino liberado sobre ele quando desobedeceu
e por ter desobedecido só viu a terra prometida, mas não entrou (Números
20:12; Deuteronômio 34:4-5).

Portanto, é essencial que você compreenda que se Deus te conduziu a


desertos, e não foi você mesmo que entrou por atos de transgressões,
iniquidades e desobediências, provavelmente Deus tenha um povo que terá
que atravessar - de desertos até a terra prometida, mas que precisará levantar
alguém que tenha todo treinamento de sobrevivência nas terras áridas para
conduzi-lo com destreza.

Se pelo avanço do evangelho, Deus te conduzir aos desertos como fez


com Moisés, te levando na frente primeiro porque existe um povo que entrará
nesses mesmos desertos, mas que precisará de alguém habilitado e treinado –
que conhece bem esses lugares, para conduzi-los - vale a pena viver tal
experiência nas travessias em terras desérticas durante a jornada da vida.
– Capítulo 5 –

Um lugar de habitação

“Há uma voz que clama: em meio à terra desértica preparai o


caminho para Yahweh; na estepe, aplanai uma vereda para o nosso
Deus.”

Isaías 40:3

“E o menino crescia e se robustecia em espírito; e viveu no


deserto até o dia em que havia de revelar-se publicamente a Israel.”

Lucas 1:80

“Naqueles dias surgiu João Batista, pregando no deserto da


Judeia [...].”

Mateus 3:1

“Anás e Caifás exerciam o ofício de sumos sacerdotes. Foi


nesse mesmo ano que João, filho de Zacarias, recebeu uma palavra
convocatória do Senhor, no deserto.”

Lucas 3:1

“A ele vinha gente de Jerusalém, de toda a Judeia e de toda a


província adjacente ao Jordão.”

Mateus 3:5
Em meio a um cenário de crise instalada na política, na religião e na
vida de um casal chamado Zacarias e Isabel -, onde esta era estéril e seu
marido já avançado em dias, Deus decide liberar sua intervenção divina.

Este casal sofria a dor de não ter tido filhos, e, na cultura judaica, isso
era considerado como não ter a benção de Deus. Eles já tinham idade
avançada, e nunca haviam deixado de pedir a Deus um filho. Zacarias e Isabel
não se limitavam a seguir automaticamente as leis de Deus, eles respaldavam
sua obediência exterior através da obediência interior.1

Tinham-se passado mais de 400 anos desde que as palavras


proféticas finais de Malaquias apontaram a vinda de Elias, o profeta (Malaquias
4:5). Elias, ou uma pessoa similar a ele, viria e anunciaria a chegada do
Messias (Malaquias 3:1).2

Havia aproximadamente vinte mil sacerdotes, por toda a nação – um


número grande demais, para servir no templo ao mesmo tempo. Por isso, os
sacerdotes foram divididos em vinte e quatro grupos, de aproximadamente mil
sacerdotes cada, segundo as instruções de Davi (1 Crônicas 24:3-19).3

O sacerdote Zacarias era membro da ordem de Abias, que estava em


serviço nessa semana particular. Todas as manhãs, um sacerdote entrava no
santuário para queimar incenso. Os sacerdotes lançavam sortes, para decidir
quem entraria no santuário interior, e, certo dia, a sorte coube a Zacarias. Mas
não seria por acaso que Zacarias estava trabalhando, e que foi escolhido,
naquele dia, para entrar no santuário – Deus estava controlando os eventos da
história, para preparar o caminho para que Jesus viesse à terra. Este velho
sacerdote judeu foi o primeiro a ser informado de que Deus estava colocando
em ação sua própria visita à terra.4

O Senhor atendeu as orações desse casal à sua maneira e no seu


próprio tempo. Ele trabalhou em uma situação “impossível” – a idade e a
esterilidade de Isabel – para possibilitar o cumprimento de todas as profecias a
respeito do Messias.5

O sacerdote Zacarias, executando suas funções sacerdotais, é pego de


surpresa e terror, um anjo apareceu, e lhe prometeu um filho. Como deve ter
parecido estranho que o anjo dissesse que sua oração seria atendida, e que,
em breve, eles teriam um filho. Enfim, o maior desejo de seus corações se
tornaria realidade e ao mesmo tempo, a resposta à oração da nação, pedindo
um Messias, também se tornaria realidade. O precursor do Messias estava
chegando – quando crescesse se tornaria o anunciador, preparando o caminho
para o Messias.6

O precursor do Messias nasce e seu nascimento traz tamanha alegria


entre seus vizinhos e parentes por ouvirem como Deus tinha sido tão bom para
com aquele casal (Lucas 1:57). Então a bíblia destaca em Lucas 1.80: “E o
menino crescia, e se robustecia em espírito; e viveu no deserto até o dia em
que havia de revelar-se publicamente a Israel.

João viveu no deserto. Usava pele de camelo, uma vestimenta muito


parecida com a de Elias (2 Reis 1:8), e comia gafanhoto e mel selvagem
(Mateus 3:4). Ele apareceu perto do rio Jordão e começou a pregar dois
sermões principais: O Messias prometido estava para chegar e seus ouvintes
deveriam se arrepender.7

Deus decidiu que os dias de João na terra seriam vividos no deserto. O


Senhor usa o isolamento do deserto para aumentar o crescimento espiritual e
para concentrar sua mensagem nEle.8 No deserto, o Senhor manteria João
Batista, o precursor do seu Filho, livre de contaminar-se com a corrupção dos
poderes econômicos e políticos corrompidos e dos líderes religiosos hipócritas.
Deus o preservava para ser diferente. Deus estava levantando João para ser
padrão de referência para sua geração.

Em Lucas 3:1-2, Deus desvia-se dos cinco líderes políticos e dos dois
líderes religiosos da época e faz sua Palavra convocatória repousar sobre João
Batista que estava no deserto.

As revelações divinas estão desviando-se dos que são prováveis


em recebê-las e estão repousando sobre os improváveis que estão
atravessando os desertos da vida.
O Senhor encheu João Batista no deserto de revelações sobre Jesus
(João 1:29-34; João 1:35-37). Este arauto do reino vindouro de Deus foi
profetizado pelo profeta Isaías como a voz que clama no deserto (Isaías 40:3).
João proclamava o conhecimento da salvação, mediante o perdão dos seus
pecados. Ele não tinha medo de ninguém, nem mesmo dos líderes religiosos.
João era franco e confrontador.9

Ele entra em cena aos trinta anos de idade. Não há registros do que
aconteceu durante esse período a não ser em Lucas 1:80 que descreve seu
crescimento físico e espiritual e onde habitava – no deserto.

Deus o torna público: “A ele vinha gente de Jerusalém, de toda a


Judeia e de toda a Província adjacente ao Jordão. Confessando seus pecados,
eram batizados por João no rio Jordão (Mateus 3:5-6).

O deserto começou a ser fluxo de entrada de pessoas – vinham


pobres, desonestos, publicanos (Lucas 3:12), soldados (Lucas 3:14), até
mesmos os religiosos – muitos dos fariseus e saduceus vinham ao seu
batismo, e a eles dizia: “Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira
vindoura? Produzi, sim, frutos que mostrem vosso arrependimento! (Mateus
3:7-8).

Neste lugar desértico, habitat de João, vinha todo tipo de gente:


aqueles que se arrependiam e também aqueles que permaneciam com seus
corações endurecidos.

O Senhor o tornou público, sem tirá-lo do deserto.

A missão divina para a vida terrena de João era ser a voz que clamava
no deserto (Isaías 40:3). Ele estava lá, habitando nesse lugar difícil com a
missão de alimentar que entrava em seus escaldantes desertos – perdidos,
ignorantes, sem direção para suas vidas.
João Batista sabia exatamente o porquê de ter vindo a terra cumprir
seus dias: alimentar multidões que passariam pelo deserto com as convicções
que carregava sobre o Messias e sobre o plano de salvação. Adolf Pohl
declarou que João Batista era o mestre-de-obras da construção de estradas
espirituais.

Ele se declara que era o enviado adiante do Messias (João 3:28). João
Batista se afirma ser o amigo dEle, seu servo que o ouve e se alegra com Sua
voz (João 3:27); e que era necessário que o Cristo crescesse e que ele
diminuísse (João 3:30).

Em uma geração avarenta e egoísta – preocupados em conquistar o


louvor das pessoas, João aparece declarando o que era necessário: dar louvor
apenas a Deus.

Mas um dia, ao denunciar o pecado de Herodes Antipas, filho de


Herodes, o Grande, por casar-se com a esposa de seu irmão e por outros
pecados, João é levado à prisão, pois Herodes temia a popularidade dele. 10

João Batista morava no deserto, mas o deserto não era deserto para
ele. Ele sabia que Deus o havia comissionado a passar seus dias cumprindo
sua missão divina em lugares áridos, difíceis e cheios de dificuldades. Para
João o deserto não o incomodava, pois ele não vivia para seus desejos e
vontades; ele não vivia para seus sonhos e promoções pessoais – mas vivia
para cumprir o propósito divino sem se importar com o lugar que seria
necessário viver. Ele não vivia para si, mas para proclamar o Messias.

A prisão foi o seu real deserto. Foi na prisão que suas convicções
foram testadas. O deserto é o lugar onde somos levados para longos e difíceis
períodos de testes.11 Deus o conduziu a prisão porque Herodes de Antipas
precisava ouvir as palavras de vida (Marcos 6:20).

É imprescindível certificarmo-nos ao enfrentarmos dificuldades que não


fomos nós mesmos que provocamos as situações por meio de pecados ou de
escolhas tolas. Se não encontrarmos nenhum pecado a confessar ou nenhum
comportamento a mudar, precisamos pedir a Deus que nos fortaleça para os
testes e termos o cuidado de seguir fielmente as direções que o Senhor nos
revelar.

João Batista foi levado à prisão para ter suas convicções expostas a
essa situação de pressão para que ganhassem mais força dentro dele. No
deserto que já era natural que vivesse, ele alimentava as multidões com as
convicções que carregava, mas na prisão, ele mesmo precisou alimentar-se de
suas convicções.

Quando estamos no deserto para alimentar quem está entrando nele,


somos fontes de alimento para tal, nutrindo-o com as convicções que
carregamos; mas quando estamos no deserto para sermos testados, nós é que
precisamos recorrer às fontes das nossas convicções para atravessarmos a
estação desértica e sairmos de pé, mais fortes do que quando entramos.

“Assim que, no cárcere, João ouviu falar sobre o que


Cristo estava realizando, enviou dois dos seus discípulos para
lhe perguntarem: és Tu Aquele que haveria de vir ou devemos
aguardar outro?” Jesus, respondendo, disse-lhes: Ide e contai
a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos enxergam, os
mancos caminham, os leprosos são purificados, os surdos
ouvem, os mortos são ressuscitados, e as Boas Novas estão
sendo pregadas aos pobres (Mateus 11:2-5).

O mestre nutriu as convicções que já havia em João. É importante


destacar que Jesus não o julgou por seu questionamento, mas de forma
maravilhosa lembrou a João o que ele conhecia sobre o Messias, ou seja,
alimentou as convicções de João.

Os discípulos de João viram Jesus curando muitas pessoas de suas


doenças e citando Isaías 35:5-6, uma passagem que descrevia o ministério do
Messias profetizado. Os mensageiros retornaram a João e compartilharam com
ele essa prova positiva de que Jesus era mesmo o Messias prometido no
Antigo Testamento.12

E o mais lindo de tudo é o que Jesus vai falar a multidões sobre João:
“Enquanto saíam os discípulos de João, começou Jesus a
falar às multidões a respeito de João: o que fostes ver no
deserto? Um caniço agitado pelo vento? E então? O que fostes
ver no deserto? Um homem vestido com roupas finas? De fato,
os que usam roupas finas estão nos palácios reais. Mas, afinal,
o que fostes ver? Um profeta? Sim, Eu vos afirmo. E mais do
que um profeta! Este é aquele a respeito de quem está escrito:
eis que Eu enviarei o meu mensageiro à frente da tua face, o
qual preparará o caminho diante de Ti. Com toda a certeza vos
afirmo: entre nascidos de mulher não se levantou ninguém
maior do que João, o Batista; entretanto, o menor no Reino dos
céus é maior do que ele.”

Mateus 11:7-11

Talvez João nunca tenha tomado conhecimento do que Jesus disse


sobre ele à multidão enquanto estava preso. Quem sabe nós não temos ideia
do que está sendo dito ao nosso respeito nas regiões celestiais enquanto
estamos atravessando nossos desertos aqui na terra.

No deserto, Jesus alimenta as nossas convicções para que elas


sejam consideradas fortes por terem resistido em meio às situações de
pressão e ao mesmo tempo está fazendo declarações sobre nós à plateia
celestial que está nos assistindo.

Sempre seremos conduzidos a ambientes (situações) que colocarão à


prova o que estamos declarando que cremos. João no deserto alimentava
multidões com suas convicções, mas na prisão – úmida e insalubre,
provavelmente sabendo que não sairia de lá com vida, foi conduzido aos
abalos de sua fé nutrida por anos nos desertos da vida.
Nós nunca estaremos imunes a passar por circunstâncias difíceis, mas
precisamos buscar forças e confiarmos em Deus ainda que o inesperado
chegue.

Naturalmente era o fim de João, mas partiu desta terra carregando o


reconhecimento de Cristo sobre sua vida e sobre seu ministério.

João Batista faz parte do que o autor do livro de Hebreus escreve


sobre os heróis da fé:

“[...] Uns foram martirizados e não negociaram seu


livramento, a fim de poderem conquistar uma ressurreição
ainda mais excelente, muitos enfrentaram zombarias e torturas,
outros ainda foram acorrentados e jogados aos cárceres;
apedrejados, serrados ao meio, tentados, mortos a fio da
espada. Andaram sem rumo, vestidos de pele de ovelhas e de
cabras, necessitados, angustiados e maltratados. Caminharam
como refugiados, vagando pelos desertos e montes, pelas
cavernas e buracos na terra. Pessoas das quais o mundo não
foi digno!

Hebreus 11:38

João Bastita na terra recebeu como galardão ter o reconhecimento do


próprio Cristo que ecoa por gerações e gerações e na eternidade recebeu seus
galardões eternos.

Naturalmente uma morte trágica, mas para a eternidade uma morte


heroica em defesa das batidas do coração do Eterno pela humanidade.

João foi marcado pelo Eterno para ser a voz do que clama no
deserto. Ele habitou sua vida inteira no deserto.
Será que se Deus nos escolhesse para na nossa geração proclamar o
seu reino em apenas lugares desérticos nos obedeceríamos? Ou nos
rebelaríamos ao plano divino.

Alguns anos atrás Deus falou comigo: “Te chamei, você compreendeu
a minha chamada e te trouxe para o deserto para que fosse testada em tudo.
Hoje estou derramando sobre ti uma unção nova para que passe com
facilidade pelos testes”.

Passado um tempo, Deus falou comigo novamente: “Não usarei mais


profetas para você, pois quero te treinar para me ouvir. Você já compreende a
minha voz, mas para os lugares que te levarei será tão seco e árido que é
necessário aperfeiçoamento em me ouvir”. Na época não tinha maturidade
para compreender o que isso significava.

E recentemente Deus falou comigo: “A unção que você carrega


floresce até no deserto; ela faz os desertos que você entra tornarem-se jardim
com flores. Muitos ficarão maravilhados com a sabedoria que manifesto em ti e
alimentarás muitas vidas”.

Há dez anos passo por desertos; a percepção é de entrar em desertos


novos sem sair dos antigos, mas ao olhar para minha vida espiritual nunca
estive tão perto de Deus e nunca alimentei tanta gente como agora. Ainda que
para benefício do evangelho eu tenha que morar nos desertos – embora tendo
que passar fome: Deus não me dando o que minha carne deseja, eu oro ao
Senhor para que Ele ache em mim disposição e comprometimento em
cooperar e andar com Ele. Que a Vontade dEle sempre vença a minha.

Uma coisa é certa: precisamos buscar a face de Deus, ter habilidade


de traduzir o que está no Seu coração para vivermos e independente de termos
sido escolhidos por Ele para viver nos desertos a fim de alimentar quem entra
neles ou apenas passarmos para sermos testados e purificados, onde o
deserto é apenas passagem, estejamos rendidos e comprometidos a proclamar
o plano redentivo, tenho compreensão do que o apóstolo Paulo disse:

“Fui crucificado juntamente com Cristo. E, desse modo, já


não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. E essa nova
vida que agora vivo no corpo, vivo exclusivamente pela fé no
Filho de Deus, que me amou e se sacrificou por mim.”

Gálatas 2:20

ORANDO POR VOCÊ!

Oro para que as próximas gerações ouçam o eco de quem você se


tornou por atravessar desertos ou mesmo por ter habitado neles.

Oro para que você viva exclusivamente para satisfazer as batidas do


coração de Deus pelas gerações.

Oro para que você saia dos desertos como padrão de referência para
que quem olhar para sua vida veja o caráter aprovado que foi formado pelos
extremos de temperatura dos lugares desérticos que Deus te conduziu.
– Capítulo 6 –

Um lugar de transformação

“O negócio de Deus é consertar as coisas: seu prazer é


endireitar linhas tortas – É nos endireitar. E, uma vez em pé,
poderemos olhar para Ele – olho no olho.”

Salmos 11:7 ( A Mensagem)

Deus por meio do deserto molda as características que já temos


para adequá-las aos Seus propósitos.

O deserto é um casulo que Deus usa para levar um escolhido ao


processo de transformação e por meio do efeito provocado ganhar as asas
necessárias para voar em direção ao destino profético.

Se não houver processos, não haverá asas e consequentemente o


escolhido permanecerá no chão – níveis muito inferiores aos níveis que Deus o
levaria.

Todo escolhido que não foi conduzido ao deserto não apresenta


profundidade porque não criou as asas necessárias que são formadas nos
processos que os levaria as alturas em Deus – desse lugar alto em Deus
adquirimos o campo de visão de cima para baixo; mas se não chegarmos a
este lugar ficaremos somente no campo de visão de baixo para cima – uma
visão limitada que só vê obstáculos e problemas agigantados. A visão de baixo
para cima nunca conseguirá alcançar a dimensão visual que a visão de cima
para baixo proporciona.

Imagina comigo que você está aos pés de uma montanha. A visão que
se tem no pé da montanha só permite enxergar o quanto ela é alta e o quanto
ela é difícil de ser escalada e vencida; mas a visão do topo da montanha
proporciona a visualização a longo alcance de tudo o que está disponível ao
redor dela e até um pouco mais distante.

Todo cristão que tem revelação do que os desertos manifestam em


suas vidas não reclamam, mas obedecem porque sabem que sairá desse lugar
outra pessoa.

Todo escolhido que sai aprovado do deserto: entrou uma pessoa e saiu
outra, pois é impossível uma lagarta entrar num casulo, cumprir o tempo nele e
não sair uma borboleta – pode até entrar rastejando, mas se cumprir o todo o
processo é certo que sairá voando.

O deserto é o lugar de entrar rastejando e sair voando.

O deserto faz o justo florescer como a Palmeira

“Os bons prosperarão como palmeiras, crescerão como


os cedros do Líbano; transplantados para o quintal do Eterno;
crescerão na Presença de Deus, flexíveis e verdejantes, viris
ainda na velhice.”

Salmos 92:12, A Mensagem

A Bíblia está cheia de metáforas. São figuras e imagens que nos


apresentam lições morais e espirituais. Vemos em salmos 92:12 que o justo é
comparado com a palmeira. O salmista está falando da tamareira, pois é a
árvore mais conhecida na região e uma das primeiras fontes de renda na
agricultura.

A palmeira é bela, poderosa, frutífera e útil; ela fica firme nos lugares
mais difíceis, onde há mais necessidade dela.1
As palmeiras são conhecidas por sua longa vida. Florescer como
Palmeiras quer dizer erguer-se até grande altura e viver muito tempo. Ao
comparar o justo com a Palmeira o autor via os cristãos como fortes e
inabaláveis pelos ventos das circunstâncias.2

Apenas os cristãos que são submetidos aos processos e não abortam


ao tentarem atalhos ou ao retirarem-se dos cenários antes do tempo que
levaria para os forjarem e aperfeiçoarem, são o que desfrutarão da
transformação que os desertos promovem: crescimento espiritual, ser uma
benção na sociedade em que vive, torna-se fonte de alimento para quem tem
acesso, ter raízes aprofundadas a ponto de suportar qualquer vento forte e
transformar-se em lugar de abrigo e refrigério para quem necessita.

Uma característica que me chama muito atenção na palmeira é o fato


dela trazer senso de direção para os que caminham sem rumo no deserto. Os
viajantes cansados, pelos desertos áridos, ao vislumbrarem uma tamareira,
sabem que ali existe um oásis, lugar de abrigo e refrigério. A Palmeira é um
ponto de referência no meio do deserto. Assim é o justo. Ele é plantado junto à
fonte e sua vida aponta para Deus, o verdadeiro manancial da vida. Aqueles
que andam errantes pelos desertos da vida, olham para ele, e podem encontrar
a fonte da vida, um lugar de abrigo sob as asas do Onipotente Deus. 3

O Senhor somente nos transforma em fontes se passarmos pelas


terras desérticas porque nos desertos somos instigados a investir tempo
cavando para achar refrigério para nossa alma. Apenas torna-se fonte
quem passa tempo cavando.

As nossas raízes só alcançam grandes


profundidades ao serem instigadas e isso ocorre
quando depararem-se com desertos.

Nunca ninguém conhecerá a Deus profundamente sem passar pelos


desertos que Ele agendou. Jó em seu deserto disse: “de fato, meus ouvidos já
tinham ouvido a teu respeito; contudo, agora meus olhos te contemplaram! (Jó
42:5)”.

Em 1 Tessalonicenses 1:6 destaca que todos aqueles que passaram


por muito sofrimento, mas mesmo assim receberam a Palavra com alegria,
tornaram-se modelo de fé; portanto, todos aqueles que adquirem a
característica da palmeira: de suportarem os longos e difíceis desertos - suas
raízes são castigadas pelas caravanas de camelos e pelas feras; seu caule e
suas folhas são surradas por rajadas dos ventos quentes do deserto e seus
frutos suculentos são amadurecidos sob o calor implacável, imposto pelo sol
causticante, mas recebem a Palavra, deixam suas raízes aprofundarem-se e
saem aprovados por Deus desses processos a qual foram submetidos, tornam-
se cristãos que trazem senso de direção para os que estão em fluxo em seus
desertos.

Todo libertador irá passar pelos desertos,


pois somente quem adquire habilidade de sair do
deserto tem ferramentas necessárias para
direcionar quem Deus está pretendendo enviar para lá.

Existirão pessoas que irão apenas passar pelo deserto, mas existirão
pessoas que Deus levantará para entrar e sair dos desertos como ofício de
resgatadores por carregarem as ferramentas e chaves essenciais. Suas tarefas
serão de auxiliar quem está perambulando em seus desertos sem encontrar a
saída.

Quem está passando pelo deserto e não conseguiu


aprofundar as raízes, pelo risco que está correndo,
Deus pode precisar dos resgatadores que Ele
formou no deserto para voltar lá e ajudá-los a saírem.
Se você passou por desertos e saiu aprovado você é um forte
candidato a Deus ter que contar com você para te
enviar ao deserto para ir buscar quem está
correndo risco de morrer.

O que você responderia para Deus mediante a esse chamado?

A sua resposta dirá muito sobre o quanto você morreu nos desertos
que passou.

Com certeza, se você não concluiu o processo – fugindo do cenário ou


procurou atalhos e abortou o processo, o deserto não te matou suficientemente
a ponto de você dizer sim ao Senhor.
– Capítulo 7 –

As chaves para alcançar a aprovação

PARTE I

“Feliz é aquele que nas aflições continua fiel! Porque,


depois de sair aprovado dessas aflições, receberá como
prêmio a vida que Deus promete aos que o amam.”

Tiago 1:12 (NTLH)

O deserto é um lugar que ninguém sai dele pela inteligência que


possui, pela posição social ou ministerial que ocupa, pela conta bancária
recheada ou pela indicação de alguém que se bajula. Nada e nem ninguém
pode nos tirar dos desertos da vida a não ser a nossa submissão à rota
proposta pelo Todo-Poderoso. Se não quisermos seguir essa rota divina
proposta, nunca sairemos dessa estação desértica.

Se no deserto o Senhor não encontrar em nós um coração que o


agrade, estamos condenados a viver nossas vidas em círculos, sem nunca
entrarmos na terra prometida. “Se o Senhor se agradar de nós, então, nos porá
nesta terra e no-la dará, terra que mana leite e mel” (Números 14:8, ARC). “Se
Yahweh nos é propício, Ele nos fará entrar nessa terra e pessoalmente a dará
a nós. É, de fato, uma terra da qual mana leite e mel” (Números 14:8, KJA).

Somente quem adquire entendimento espiritual encontra a saída do


deserto. Esse entendimento é dado apenas pelo Espírito Santo, pois para a
mente natural e visão natural o deserto é um verdadeiro labirinto que não se
acha a saída.

Quanto mais rápido se adquire entendimento espiritual, mais curta se


torna a estadia nesse ambiente seco e árido da vida. Fato é que sempre
seremos conduzidos a desertos até a volta de Cristo.
Nos primeiros desertos que entramos a estadia é mais demorada pelo
fato de que não temos conhecimento espiritual suficiente para acharmos a
saída, mas à medida que adquirimos habilidades de sobrevivência nesse lugar
e compreendemos a quem temos que nos achegar e agradar o coração – ao
Grande Eu Sou, a duração torna-se mais curta porque já carregamos sabedoria
e habilidade para entrarmos no coração do Senhor e capturar a mensagem que
Ele quer que carreguemos ao passar pelo respectivo deserto.

Todo deserto acrescenta em nós uma mensagem para


carregarmos, por isso todo homem que carrega uma mensagem tem
cheiro de deserto.

Deus leva homens e mulheres para o deserto para que eles saiam
desse ambiente carregando uma mensagem que transformará
sociedades, cidades e nações.

Quem nunca entra em desertos por fugir sempre ou até entra, mas
aborta o processo, não carregará uma mensagem que transforma.

Apenas quem vem dos desertos tem autoridade para mostrar o


caminho de saída.

Uma geração reprovada no deserto

A primeira geração dos israelitas – a que saiu do Egito, ao se


aproximar pela primeira vez da terra prometida se depara com testes divinos
que seriam decisivos para sua saída do deserto e consequente entrada no
ambiente da promessa manifesta ou a sua permanência no deserto e
consequente morte (Números 10:11-36).

“E assim os filhos de Israel partiram do Sinai, o monte


de Yahweh, o Senhor, e caminharam durante três dias. A arca
da aliança de Deus foi à frente deles durante aqueles três dias
de marca, a fim de indicar o lugar de descanso.”
Números 10:33

Todas às vezes que estivermos seguindo a Presença, buscando-a,


tendo a obediência como estilo de vida, ainda que a estação seja desértica, a
Presença sempre nos conduzirá ao lugar de descanso interno.

No ambiente seco e árido da vida: as nossas reações, condutas e


comportamentos serão decisivos para nos tirar do deserto ou nos manter nele.
As murmurações, queixas e reclamações dos israelitas da primeira geração os
reprovaram e os fizeram morrer no deserto.

“Portanto, irmãos, não quero que ignoreis que os nossos


antepassados estiveram todos debaixo da nuvem e todos
passaram pelo mar. Em Moisés, todos eles foram batizados na
nuvem e no mar. Todos comeram do mesmo alimento
espiritual, e todos beberam da mesma bebida espiritual, porque
tinham a sede saciada pela rocha espiritual que os
acompanhava, e essa rocha era Cristo. Entretanto, Deus não
se agradou deles; e, por isso, seus corpos ficaram espalhados
pelo chão do deserto. Esses fatos ocorreram como exemplo
para nós, a fim de que não cobicemos o que é ruim, como eles
fizeram. Não vos torneis idólatras, como alguns deles foram,
conforme está escrito: “o povo se assentou para comer e
beber, e levantou-se para se entregar a orgia. Não nos
entreguemos à imoralidade, como alguns deles assim agiram –
e num só dia morreram cerca de vinte e três mil. Não devemos
pôr à prova a paciência de Cristo, como alguns deles fizeram, e
por isso foram mortos pelas serpentes. E não vos entregueis a
murmurações, como alguns deles resmungaram e foram
mortos pelo destruidor. Tudo isso lhes aconteceu como
exemplo, e foi escrito como advertência para nós sobre quem o
final dos tempos já chegou!”

1 Coríntios 10:1-11
Na estação desértica é muito importante termos cuidado para onde
estamos olhando. O foco do nosso olhar faz toda a diferença. Se estivermos
olhando para o cenário desértico – circunstâncias impossíveis, situações que
não vemos saída reagiremos com medo, desespero, incredulidade, queixas e
murmurações; mas se estivermos olhando para a nuvem da Presença,
estaremos reagindo de acordo com convicções de que estamos sendo guiados
pela rota que nos levará ao lugar de descanso, ao lugar de oásis e é certo que
a rota proposta pela nuvem divina que carrega a voz dAquele que nos guia
estará nos levando para a terra da promessa.

No deserto o nosso foco será decisivo para determinar nossas reações


e se as nossas reações agradarem o Todo-Poderoso é certo que sairemos do
deserto com um grande desfecho.

Nessa estação, quando cobiçamos ou queremos a todo custo os


nossos desejos – desejos da nossa carne, murmurando e nos queixando
porque achamos que Deus propositalmente está nos negando, Deus como Pai
que nos ensina, pode até permitir que tenhamos, para nos mostrar que toda
desobediência provoca liberação de juízo e o fato de não nos dar é
simplesmente atos protetores da sua paternidade. Os israelitas reclamaram e
se queixaram que estavam enjoados do maná e queriam carne (Números 11:4-
6; Salmos 78:27).

“Eles, porém, continuaram a pecar contra Ele (Deus),


rebelando-se contra o Altíssimo na estepe. Em seu coração
tentaram a Deus, exigindo alimento mais apetitoso ao seu
paladar. Exclamaram contra o Senhor questionando: “Será
Deus capaz de servir-nos à mesa no deserto? É verdade, Ele
bateu na rocha, e eis que brotou água e jorraram torrentes;
mas poderá também fornecer pão e prover de carne seu povo?
Portanto, ao ouvir tais queixas do povo, enfureceu-se e com
fogo atacou a Jacó, e sua ira se levantou contra Israel, pois
eles não creram em Deus nem confiaram no seu poder
salvador. Deu ordem às nuvens do alto e abriu as comportas
do céu: fez chover maná sobre o povo para que se
alimentasse, deu-lhes trigo do céu! Cada pessoa se alimentou
do pão dos anjos; enviou-lhes comida à vontade Mandou do
céu vento oriental, e por meio do seu poder fez avançar o vento
sul. Então, fez chover carne sobre eles como grãos de areia,
bandos de aves como a areia da praia. Levou-as a cair dentro
do acampamento, ao redor de suas tendas. Comeram até se
fartarem, e assim Ele satisfez o desejo do coração deles.
Contudo, antes de saciarem o apetite, quando ainda
mastigavam a comida que lhes restava na boca, desencadeou-
se a ira de Deus contra aquele povo, semeando a morte entre
os mais valentes, abatendo os jovens de Israel. Apesar disso,
continuaram pecando; não creram nos seus milagres. Por isso,
Ele encerrou os dias deles como um sopro, e os anos deles em
repentino pavor.”

Salmos 78:17-33

A carne que eles queriam comer era apenas apetite de seus desejos
carnais e não o que o espírito deles necessitava. Deus não se compromete em
alimentar os nossos desejos carnais, mas está totalmente comprometido em
manter nosso espírito alimentado e suprido. Eles desprezaram aquilo que o céu
estava enviando. Nunca devemos olhar com desprezo para aquilo que o céu
nos envia.

Quando desprezamos as coisas espirituais e valorizamos mais o que é


terreno, acendemos a ira de Deus e corremos o grande risco de experimentar a
liberação de juízos divinos nas áreas de nossas vidas.

Não trate as coisas do céu com desprezo!

Os israelitas aprenderam na pele o que é tratar com desprezo aquilo


que o céu envia: “Quando a carne estava entre os seus dentes, antes que
fosse mastigada, se acendeu a ira do Senhor contra todo o povo, e feriu o
Senhor o povo com uma praga muito grande” (Números 11:33).

Nunca despreze o que seu espírito precisa por desejar mais o que
a sua carne quer.

As queixas e reclamações dos israelitas continuavam, e nesse teste


divino que foram submetidos houve a reprovação definitiva que os fizeram ficar
de fora da terra prometida e apenas a geração de seus filhos entraram na terra:

Ao chegar bem mais perto da terra prometida, Moisés enviou líderes


para espirar a terra e o povo que nela habitava. Mas os espias voltaram com
um relatório desanimador: “Fomos à terra a que nos enviaste; e,
verdadeiramente mana leite e mel [...] (Números 13:27).” “O povo, porém que
habita nesta terra é poderoso [...] (Números 13:28).” “Não poderemos subir
contra aquele povo (Números 13:31).” Com esse relatório apresentado o povo
ficou amedrontado e começou a se rebelar contra Deus (Números 14:1-4).

Um relatório causou um alvoroço entre o povo e suas reações os


reprovaram no teste. O teste revelou um povo que apesar de ter vivido grandes
manifestações de Deus não aprendeu a confiar de todo o coração nEle
(Salmos 78:22).

Os israelitas não haviam ainda aprendido que se obedecessem ao


Todo-Poderoso sairiam do deserto e entrariam na promessa e nenhum inimigo
prevaleceria contra eles (Números 14:8).

Nenhum demônio prevalece e nada é impossível para quem faz da


obediência ao Eterno seu estilo de vida.
A primeira geração foi reprovada no teste que seria definitivo para
saírem do deserto:

“Entretanto – eis que Eu vivo! – a glória do Senhor, o


Eterno enche toda a terra! Todos esses homens que
presenciaram a minha glória e contemplaram os sinais
miraculosos que fiz no Egito e no deserto, todas essas pessoas
que já me puseram à prova e me desobedeceram, deixando de
ouvir a minha voz dez vezes, não chegarão a ver a terra que
prometi com juramento a seus antepassados. Nenhum
daqueles que me ultrajaram a contemplará.”

Números 14:21-23

“Assim, os vossos cadáveres tombarão no deserto, todos


vós os recenseados, todos os listados desde a idade de vinte
anos para cima, vós que tendes reclamado contra mim.
Nenhum de vós entrará na terra que, com mão erguida, como
ato de juramento, prometi dar-lhes para vossa habitação,
exceto Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num. Mas,
quanto aos vossos filhos, dos quais dizíeis que seriam levados
como presa, serão eles que farei entrar e que conhecerão a
terra que desprezastes. Quanto a vós, os vossos corpos
mortos cairão sobre este deserto, e vossos filhos sobreviverão
como pastores, caminhando errantes com seus rebanhos,
nesta ermidão, durante quarenta anos; carregando o peso da
vossa infidelidade, até que vossos cadáveres se transformem
em pó sobre este deserto. Observaste a terra durante quarenta
dias. A cada dia corresponde um ano de castigo: por quarenta
anos sofrereis as consequências dos vossos pecados e
experimentareis as implicações do fato de me abandonardes.
Eu, o Senhor, falei e certamente farei cumprir minhas
determinações em relação a toda a congregação desobediente
e má, que teve petulância de se revoltar contra a minha
pessoa. Portanto, encontrarão seu fim neste deserto; aqui
mesmo perecerão! Os homens enviados por Moisés em missão
de reconhecimento daquela terra retornaram e mobilizaram
toda a comunidade de Israel a murmurarem contra ele, ao
espalharem um relatório amedrontador, desacreditando a
posse da terra; tais homens, responsáveis por desencorajar a
entrada do povo na terra, morreram subitamente de praga
perante Yahweh. De todos os missionários incumbidos de
observar a terra, somente Josué, filho de Num, e Calebe, filho
de Jefoné, permaneceram vivos.

Números 14:29-37

O teste implicava em revelar que tipo de reação os israelitas


manifestariam diante do que viram e diante do que ouviram no deserto. Nessa
estação desértica devemos ser seletivos naquilo que estamos ouvindo e vendo
(Números 13:32-33; Números 14:1-4).

A reprovação neste teste trouxe quarenta anos de atraso (Números


14:34), filhos sofrendo por causa da desobediência dos pais (Números 14:33) e
morte da primeira geração (Números 32:13). Devemos estar muito cuidadosos
e atentos aos testes que nos sobrevêm quando estamos nos desertos da vida.

A velha geração morreu (Números 32:13); a irmã de Moisés – a


profetiza e líder de mulheres, Miriã morreu em Cades (Números 20:1); o seu
irmão que foi seu porta-voz no início do seu ministério (Êxodo 4.16) e o
primeiro sumo sacerdote levantado (Êxodo 28.1-2;3;12;29) – Arão morreu no
monte Hor, pouco antes de entrar na terra prometida como punição pelo seu
pecado de rebelião (Êxodo 32; Números 12:1-9; Números 20:22-29) e Moisés
morre após ter visto a terra prometida também como punição de sua
desobediência no episódio nas águas de Meribá (Números 27:14;
Deuteronômio 32:48-52).
E a partir do capítulo 28 de Números, Deus começa a dar à nova
geração instruções adicionais a respeito do que deveria ser obedecido ao
entrarem na terra prometida.

O Senhor os alerta através de Moisés: “Se vós vos apartardes do


Senhor, Ele aumentará ainda mais a vossa permanência no deserto e
causareis a ruína de todo este povo! (Números 32:15)”.

Quem abandona o Senhor no deserto jamais sairá dele.

O Senhor por meio de Moisés lembra a nova geração ao se aproximar


da saída do deserto e entrada na terra prometida do que Ele havia feito por
eles desde o Egito até toda a peregrinação pelo deserto (Números 33:1-56).

Nunca deixe de trazer a memória tudo o que Deus fez por você
enquanto atravessava os desertos da vida – isso abastece o seu tanque
espiritual com novos níveis de fé e te deixa preparado para longas
jornadas.

“Também no deserto observastes como Yahweh vosso


Deus vos levou, como um homem conduz seu filho amado, por
todo o caminho que percorrestes até que chegássemos a este
lugar! Apesar disso, ninguém dentre vós confiava no Senhor
vosso Deus, que vos precedia no caminho, procurando um
lugar para o vosso acampamento: de noite por meio do sinal do
fogo, para que pudésseis enxergar o caminho que percorríeis,
e durante o dia, por meio de uma grande nuvem.”

Deuteronômio 1:31-33
– Capítulo 8 –

As chaves para alcançar a aprovação

PARTE II

No deserto o que o Senhor espera de você para te aprovar?

“Agora, pois, ó Israel, que é o que o Senhor, teu Deus,


pede de ti, senão que temas o Senhor, teu Deus, e que andes
em todos os seus caminhos, e o ames, e sirvas ao Senhor, teu
Deus, com todo o teu coração e com toda a tua alma, para
guardares os mandamentos do Senhor e os seus estatutos,
que hoje te ordeno, para teu bem?

Deuteronômio 10:12, ARC

“Contudo, tende cuidado, somente, de pôr em prática


diligentemente o mandamento e a lei que Moisés, servo de
Yahweh, o Senhor, vos decretou: amar a Yahweh vosso Deus,
seguir sempre os seus caminhos, observar os seus
mandamentos, apegando-vos a Ele e servindo-o de todo vosso
coração e de toda a vossa alma!”

Josué 22:5

O deserto é o ambiente em que somos introduzidos por Deus para um


grande treinamento. É o lugar das maiores provas e também das maiores
vitórias. É impossível não entrar nele sem ser afetado pelo que a atmosfera
desse ambiente carrega: testes que trazem a tona as nossas convicções,
nossas dúvidas, nosso caráter, nossas reações, nossos comportamentos,
nossas fraquezas e fragilidades. Todo o nosso interior será exposto ao
entrarmos nessa estação desértica.
Em Deuteronômio 10:12 encontramos cinco chaves que abrem as
portas dos desertos e nos deixam livres para a próxima estação: temer ao
Senhor, andar em todos os seus caminhos, amá-Lo, servi-Lo com todo coração
e alma e guardar a Sua Palavra.

Primeira chave: TEMER ao Senhor

“Mas escolhe do meio do povo homens capazes,


tementes a Deus, que sejam dignos de confiança e inimigos do
ganho desonesto. Estabelece-os como chefes de mil, chefes
de cem, chefes de cinquenta e chefes de dez.”

Êxodo 18:21

“Aqueles que temem ao Senhor aprenderão com Ele o


caminho que devem seguir. Eles sempre terão sucesso, e a
terra prometida será dos seus filhos.”

Salmos 25:12-13, NTLH

“A intimidade do Senhor é para os que o temem, aos


quais Ele revelará os segredos da sua aliança.”

Salmos 25:14

“O anjo do Senhor fica em volta daqueles que O temem e


os protege do perigo. Procure descobrir, por você mesmo,
como o Senhor Deus é bom. Feliz aquele que encontra
segurança nEle! Que todos os que se dedicam a Deus O
temam, pois aqueles que O temem não têm falta de nada!”
Salmos 34:7-9, NTLH

“Provê o sustento dos que o temem; porquanto, tem


sempre presente a lembrança da sua aliança.”

Salmos 111:5

“Como é feliz o homem que teme o Senhor e tem grande


prazer em seus mandamentos! Seus descendentes serão
poderosos na terra, serão uma geração abençoada, de homens
íntegros. Grande riqueza há em sua casa, e a sua justiça dura
para sempre.”

Salmos 112:1-3, NVI

“[...] Mas aprendi, com certeza, que tudo vai melhor para
os que temem a Deus, para todos aqueles que amam
reverentemente a Ele.”

Eclesiastes 8:12

As pessoas que temiam ao Senhor eram consideradas fiéis e


confiáveis, pois o temor as levava a crer e agir segundo princípios morais
(Êxodo 18:21).

O dicionário VINE define a palavra Temor da seguinte forma:

Não se trata de simples medo, mas de reverência, por meio da qual o


individuo reconhece o poder e a posição reverenciada e lhes presta respeito
formal.1
Temer não significa ter medo, mas é respeitar o bastante a ponto de
obedecer em qualquer circunstância.2 Temer não denota ter medo do Senhor,
mas ter consciência de que Deus é único, soberano, criador, absoluto. 3 Temer
a Deus implica confiança absoluta em Deus e no Seu infinito amor (Provérbios
14:26) e odiar as mesmas coisas que Ele odeia: o mal, a soberba, a
arrogância, o mau caminho e a boca perversa (Provérbios 8:13).4

Aquele que teme ao Senhor é cercado pelo favor e proteção do Eterno:

“O justo jamais será grandemente abalado; para sempre


suscitará boas recordações. Não viverá temeroso, esperando
más notícias: confiando plenamente no Senhor, seu coração
está sempre firme. Seu coração está seguro e nada temerá.
Certamente, no final, testemunhará o fracasso dos seus
inimigos.”

Salmos 112:6-8

“O seu coração, bem firmado, não teme (não tem medo),


até ver cumprido, nos seus adversários, o seu desejo.”

Salmos 112:8, JFA

Não é vantagem ser inimigo de quem teme a Deus. Não é um negócio


muito bom fazer inimizades com aqueles que temem ao Senhor. Sabe porquê?
Porque o justo verá o seu desejo cumprido sobre os seus adversários.5

Aquele que teme ao Senhor é bem-sucedido, cresce em todas as


áreas, é tomado de imensa paz e não tem uma alegria superficial baseada nas
circunstâncias, mas ele é alegre porque sua alegria está nAquele em que teme
– O Todo-Poderoso.

Tema ao Senhor e desfrute de todos os benefícios de um coração


temente ao Eterno: ser encontrado confiável diante dEle; ter sucesso por ser
instruído diretamente por Ele; ter acesso aos seus segredos por se tornar
íntimo dEle; não ter falta de nada e ser protegido de todo mal – sendo
guardados por anjos ordenados por Ele para cercá-lo o tempo todo; e ter uma
descendência poderosa, composta de homens íntegros que formarão uma
geração abençoada.

Orando por você!

Oro para que o Espírito do temor ao Senhor caia sobre a sua vida e
você tema ao Senhor de todo o coração.

Oro para que você respeite a Deus a ponto de obedecê-lo em qualquer


circunstância.

Segunda chave: ANDE EM SEUS CAMINHOS

“Agora, portanto, se me vês com agrado, mostra-me o teu


caminho, a fim de que eu te conheça ainda mais e continue
sendo agraciado com tua misericórdia. Lembra-te de que esta
nação é o teu povo!

Êxodo 33:13

“Ele revelou seus caminhos a Moisés e, aos israelitas,


seus feitos maravilhosos.”

Salmos 103:7

Moisés tinha um coração desejoso em andar nos caminhos de Deus.


Esses caminhos denotam: revelação dos seus propósitos e conhecimentos dos
planos do Eterno. E o Senhor respondeu a esse anseio do coração de Moisés
respondendo seu desejo – revelando seus caminhos. É interessante que em
Salmos 103:7 destaca que para Moisés Deus revelou seus propósitos, mas
para a nação revelou apenas os feitos.

O Senhor não revela seus caminhos para quem não é íntimo, para
quem não é amigo. Quem está distante vai apenas ver os milagres, mas não
vai saber provocá-los. Deus só anda junto de quem obedece – o desobediente
não O conhecerá de perto.

O Senhor diz em Salmos 81.13-16:

“Ah! Se meu povo me escutasse! Se Israel andasse pelos


meus caminhos, prontamente, Eu mesmo venceria seus
inimigos, voltaria a minha mão contra todos os seus
adversários; os que odeiam o Senhor se renderiam diante dele,
e receberiam uma punição perpétua. Então, Eu sustentaria
Israel com o melhor do trigo e, com mel retirado da rocha, Eu,
pessoalmente, o satisfaria.”

Para Salomão o Senhor aconselhou, 1 Reis 3.14:

“E mais: se andares nos meus caminhos, obedecendo os


meus estatutos e aos meus mandamentos, como procedia
Davi, teu pai, Eu prolongarei os teus dias sobre a terra!”

O salmista no salmo 128.1-3, escreve:

“Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e busca


andar em seus caminhos! Comerás do fruto do seu trabalho,
serás feliz e próspero. Tua esposa será como videira frutífera
em tua casa; teus filhos serão como brotos de oliveira ao redor
da tua mesa.”
O Senhor não abre mão da obediência de ninguém. Não existe
exceção.5 Ela é requisito indispensável para quem deseja ter o favor do Eterno
sobre a sua história de vida e viver um grande desfecho.

Um exemplo de que a obediência é indispensável é o caso de Moisés


que era um homem muito íntimo de Deus. Ele decidiu andar perto de Deus:
construiu altares ao Senhor (Êxodo 17.15; 24.4); subiu ao monte várias vezes
para estar na companhia do Eterno (Êxodo 19.3; 19.20; 24.9;15; 34.4;
Deuteronômio 9.9; 10.1;3;10; 34.1; Números 27.12); entrou inúmeras vezes na
Tenda do Encontro para ter encontros com o Todo-Poderoso (Êxodo 33.9;
Números 20.6; 12.4; Deuteronômio 31.14). Ele ficava tanto com Deus que sua
face começou a brilhar de forma tão resplandecente, que as pessoas
começaram a ficar com medo de chegar perto dele, a ponto dele ter que cobrir-
se com um véu (Êxodo 34.29-30;33-35). Ele viveu a manifestação da Presença
durante a sua jornada, mas em certo momento – em Meribá, Moisés
desobedece ao Senhor. Foi algo simples o que Moisés fez: por estar
aborrecido com o povo, tem uma atitude impetuosa e não faz o que o Senhor
lhe ordenou. Essa atitude o deixou fora da terra prometida:

“Naquele lugar não se encontrava água potável para a


comunidade; por esse motivo o povo se reuniu e começou a
reclamar contra Moisés e Arão.”

Números 20:2

“Então o Senhor ordenou a Moisés: Toma teu cajado e


reúne a comunidade toda, tu e teu irmão Arão. Em seguida e
sob os olhos deles, dize a este rochedo que faça fluir suas
águas. Farás, pois, jorrar água da rocha, e darás de beber ao
povo e também aos animais!” Então Moisés pegou seu cajado
que estava diante do Senhor, como este lhe havia instruído.
Moisés e Arão reuniram toda a congregação diante do rochedo,
e em seguida Moisés exclamou: ouvi, agora, rebeldes! Será
que teremos de fazer jorrar água desta rocha para vos saciar a
sede? Em seguida, Moisés ergueu o braço e bateu na rocha
duas vezes com seu cajado. Imediatamente jorrou água
potável, e saciou a sede de todo o povo e de seus rebanhos.
Contudo, disse Yahweh, o Senhor, a Moisés e a Arão: visto
que não confiastes suficientemente na minha pessoa, de modo
a honrar a minha santidade e Palavra à vista dos filhos de
Israel, não fareis entrar esta comunidade na terra que lhe dei!”

Números 20:7-12

“Então Yahweh falou a Moisés: sobe a este monte da


serra Abarim e contempla a terra que dei aos filhos de Israel. E
tendo-o contemplado, serás reunido aos teus, como Arão teu
irmão. Pois quando toda a comunidade de Israel se rebelou
nas águas do deserto de Zim, fostes, os dois, desobedientes à
minha ordem para honrar a minha santidade perante o povo!”
Esse fato ocorreu nas águas de Meribá, em Cades, no deserto
de Zim.”

Números 27:12-14

“Então, vindo Moisés das planícies de Moabe subiu o


monte Nebo, ao topo de Pisga, em frente de Jericó. Dali do alto
o Senhor Deus lhe mostrou toda a terra de Canaã: de Gileade
até a cidade de Dã, no Norte; e toda a região de Naftali, o
território de Efraim e Manassés, toda a terra de Judá até o mar
do Oeste, o Mediterrâneo; o Neguebe, as terras do Sul, e toda
a região que vai do vale de Jericó, a cidade das Palmeiras, até
Zoar. E falou Yahweh, o Senhor, a Moisés: Esta é a terra que
prometi sob juramento a Abraão, a Isaque e a Jacó, quando
lhes afirmei: à tua descendência darei a esta terra. Portanto,
eis que te faço vê-la com teus próprios olhos; contudo, não
atravessarás o rio, não poderás adentrá-la! Sendo assim,
Moisés, o servo do Senhor, morreu ali, em Moabe, como o
Senhor ordenara.”

Deuteronômio 34:1-5

Esta história nos traz a consciência à realidade que mesmo que


sejamos pessoas muito compromissadas e voltadas para Deus, isso não nos
dá o direito de desobedecer à Palavra do Senhor, pelo contrário, quanto mais
aprendemos de Deus, mas obediência Ele vai requerer de nós.7

“Contudo, Samuel declarou: Agrada-se mais a Yahweh, o


Senhor, com holocaustos e sacrifícios do que com sincera
obediência à sua Palavra? De modo algum, a obediência é
melhor do que sacrifício, e a submissão do coração mais do
que a gordura de carneiros.”

1 Samuel 15:20

“Aquele servo que conhece a Vontade de seu Senhor e


não prepara o que Ele deseja, nem age para agradá-lo, será
castigado com extrema severidade.”

Lucas 12:47

A obediência é a qualidade que Deus mais aprecia no homem. O


prazer dEle é que o obedeçamos. Podemos subir uma escada de joelhos,
martirizar o nosso corpo, mas só agradaremos o coração dEle quando
obedecemos. Quando entendemos a maneira do Senhor agir, não
precisaremos fazer sacrifícios ou penitências, simplesmente nos
empenharemos em obedecer a Sua Palavra, e essa atitude atrairá a atenção
dEle mais do que qualquer sacrifício. O que muitos ainda não entendem é que
o que mais Deus deseja é que todos ouçam a Sua Palavra e a pratiquem. 8

Tudo o que Deus nos manda fazer é uma ordem e quando seguimos a
essas ordens somos premiados por Ele. As bênçãos chegam nas nossas vidas
como um sinal de que estamos agradando o coração dEle. 9

É importante ressaltar que obedecer nem sempre será fácil. Às vezes o


que Senhor nos pede vai contra a nossa razão, contra nossos sonhos, desejos
e vontades.

A bíblia está repleta de exemplos de como foi doloroso para alguns


homens e mulheres obedecerem ao que Deus os ordenou a fazer:

“Muitos enfrentaram zombarias e torturas, outros ainda


foram acorrentados e jogados aos cárceres; apedrejados,
serrados ao meio, tentados, mortos ao fio da espada. Andaram
sem rumo, vestidos de pele de ovelhas e de cabras,
necessitados, angustiados e maltratados. Caminharam como
refugiados, vagando pelos desertos e montes, pelas cavernas
e buracos na terra. Pessoas das quais o mundo não foi digno!
Ora, todos esses, apesar de terem sido aprovados por Deus
por meio da fé [...].”

Hebreus 11:36-39

Vemos o quanto o jovem sonhador – José, filho de Jacó – amava ao


Senhor e obedecia ao Senhor em qualquer circunstância. Quando tentado,
decidiu não pecar quando a mulher de seu senhor Potifar o agarrou pelo manto
e quis deitar-se com ele (Gênesis 39:12). Quando teve a oportunidade de
vingar-se e por amar a Deus, decidiu perdoar os irmãos que foram tão cruéis
ao venderem-no como escravo para o Egito (Gênesis 50:17-21).

Outra história fantástica de obediência a Deus é daquele que a bíblia


registra como amigo de Deus, Abraão (2 Crônicas 20:7; Isaías 41:8; Tiago
2:23):
Quando ele tinha 75 anos deixou a sua terra, o seu povo e sua família
para obedecer a um chamado do Eterno. O Senhor disse-lhe para que
deixasse tudo e fosse para uma nova terra que Ele mesmo iria mostrar. Ele
pegou sua esposa, Sarai, seu sobrinho Ló e sua esposa, todas as suas posses
e servos e partiu, sem saber para onde Deus estava o levando – Abraão tem
“cheiro de fé”. Não questionou, não murmurou – obedeceu (Gênesis 12.1-4).
Nesse convite do Eterno, Abraão estava sendo forjado por Deus. A
condição do seu coração estava sendo provada para a visualização da
disponibilidade existente nele em deixar o lugar seguro, confortável e cômodo e
obedecer.

Obedecer nunca será fácil, mas sempre será possível.

Quando Ele nos pede algo é porque está desejoso em nos


promover.

Todo ato de obediência que Deus requer de nós carrega uma


promoção divina.

O que o Senhor tem pedido a você? Você já obedeceu? Ou está


lutando contra a ordem dada.

O apóstolo Paulo entendeu que não é vantajoso lutar contra o Senhor:


E, caindo todos nós por terra, ouvi uma voz que me falava em língua hebraica:
Saulo, Saulo, porque me persegues? Dura coisa é recalcitrares contra os
aguilhões (Atos 26:14). Em outras palavras: “não vale a pena resistir; senão
sofrerá”.

Existe uma diferença entre obedecer e desobedecer e ela está no


momento em que pagamos o preço. Na obediência o preço é pago antecipado
e o pagamento traz consigo uma recompensa posterior. Já na desobediência o
preço é pago depois e a depender do tamanho da desobediência o preço pode
tornar-se por toda a vida e até mesmo pela eternidade.10
O que o Senhor quer que façamos tem que ser obedecido o mais
rápido possível, porque assim Deus poderá realizar nas nossas vidas o que Ele
tem de melhor, mais rápido.11

A obediência nos momentos finais do deserto é decisiva: ou você


obedece e é promovido, saindo do deserto e ficando como quem sonha ao ver
Deus restaurando a sua sorte (Salmos 126) ou desobedece e permanece no
deserto por longas temporadas até que aprenda o caminho da obediência,
ande nele e o Senhor agrade-se de você e te retire, te promovendo.

Tudo aquilo que o Senhor te dê como Palavra, guarde.


Tudo aquilo que o Senhor te ensinar, aprenda.
Tudo aquilo que o Senhor te pedir, obedeça.12

Terceira chave: AME-O

“Portanto, empenhai-vos em guardar a vossa alma, para


amardes o Senhor, vosso Deus.”

Josué 23:11

“Assim, ò Senhor, pereçam todos os teus inimigos! Porém


os que te amam brilham como sol.”

Juízes 5:31

“Amai o Senhor, vós todos os seus fiéis. O Senhor


defende os leais, mas aos arrogantes retribui com largueza.”

Salmos 31:23
“Eu amo todos os que me amam, e quem me busca me
encontra! Em minhas mãos está toda a riqueza, honra,
prosperidade e justiça perenes. Meu fruto é melhor que o ouro;
sim, que o ouro mais puro; o lucro que vos ofereço é superior
ao metal mais valioso! Ando pelo caminho da retidão, em meio
às veredas da justiça, outorgando riquezas aos que me amam;
oferecendo a estes prosperidade sem fim!.”

Provérbios 8:17-21

“Amarás, portanto, o Senhor, teu Deus, de todo o teu


coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de
toda a tua força.”

Marcos 12:30

“Aquele que tem os meus mandamentos e obedece a


eles, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado
do meu Pai, e Eu também o amarei e me revelarei a ele.”

João 14:21

“No entanto, como está escrito: olho algum jamais viu,


ouvido algum nunca ouviu e mente nenhuma imaginou o que
Deus predispôs para aqueles que o amam.”

1 Coríntios 2:9

“Todavia, quem ama a Deus, este é conhecido por Deus.”

1 Coríntios 8:3

Amar vêm da palavra āhab ou āheb que tem o significado de amar,


gostar. Basicamente este verbo é equivalente a “amar” no sentido de ter um
forte afeto emocional e desejo de possuir ou de estar na presença do alvo. 13

O amor é a essência de Deus (1 João 4:8-16). Ele manifesta todas as


características do amor, tais como paciência e bondade. Ele nunca manifesta
atitudes que são contrárias ao amor, tais como inveja, a ostentação, o orgulho,
a grosseria e o egoísmo. O amor de Deus vai além da nossa compreensão e
razão humanas, porque é sobrenatural, incondicional e ilimitado.14

Nós O amamos porque Ele nos amou primeiro (1 João 4:19). O nosso
amor sempre será revelado através das nossas atitudes e comportamentos e
não somente pelo muito que falamos.

À medida que vamos desfrutando desse amor e nossa alma começa a


tornar-se livre, o nosso coração salta de afeto e apego ao Eterno. Ao passo
que fui experimentando mais profundidade no relacionamento com Ele, a
sensação que minha alma percebia era de estar agarrada nas suas pernas
como um filho agarra-se nas pernas de seu pai e não quer soltar por nada.

É completamente possível amarmos a Deus de todo o nosso coração e


isso acontece quando decidimos amá-lo e receber o amor que Ele derramou
em nossos corações por meio do Seu Espírito (Romanos 5:5).

Quando O amamos, nosso maior desejo na vida é experimentar a


manifestação de Sua Presença e ficamos como Davi – expressado em Salmos
63: Ó Eterno, Tu és o meu Deus e a Ti eu busco dia e noite; a minha alma tem
sede de Ti! Todo o meu ser anela pelo refrigério da Tua Presença numa terra
árida, exausta e sem água. O salmista em salmos 42.1-2: “Como a corça
suspira pelas águas correntes, assim, por ti, ó Deus, anseia minha alma. A
minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando poderei entrar para
apresentar-me a Deus?”

Quanto mais O amamos, mais temos o desejo de agradá-lo em cada


aspecto da nossa vida – incluindo nossos pensamentos, nossas palavras e
nossos atos. Semelhantemente ficamos entristecidos quando O ofendemos. O
amor sempre quer agradar seu amado.15

Não podemos dizer que o amamos e depois sermos desobedientes ao


que Ele espera de nós. Apenas quando O amamos genuinamente passaremos
toda a nossa vida no propósito de honrar ao Eterno e cumprir a Sua Vontade.
Em Lucas 7:36-48, vemos uma grande manifestação de um coração
que queimava de amor por Jesus porque conhecia Àquele que tinha
transformado a sua vida:

“Tendo sido convidado por um dos fariseus para jantar,


Jesus foi à casa dele e reclinou-se, como era de costume, junto
à mesa. Assim que tomou conhecimento que Jesus estava na
reunido à mesa, na casa do fariseu, certa mulher daquela
cidade, uma pecadora, trouxe um frasco de alabastro cheio de
perfume. E, posicionando-se atrás de Jesus, prostrou-se a
seus pés e começou a chorar. Suas lágrimas molharam os pés
de Jesus, mas ela, em seguida os enxugou com os próprios
cabelos, beijou-os e os ungiu com perfume. Diante de tal cena,
o fariseu que o havia convidado falou consigo mesmo: se este
homem fora de fato profeta, bem saberia quem nele está
tocando e que espécie de mulher ela é: pecadora! Então,
voltou-se Jesus para o fariseu e lhe propôs: Simão, tenho algo
a dizer-te. Ao que ele aquiesceu: sim, mestre, dize-me. Dois
homens deviam a certo credor. Um lhe devia quinhentos
denários e outro, cinquenta. Nenhum dos dois tinha com que
pagar, por isso o credor decidiu perdoar a dívida de ambos.
Qual deles o amará mais? Replicou-lhe Simão: imagino que
aquele a quem foi perdoada a dívida maior. Ao que Jesus o
congratulou: julgaste acertadamente! Então, virou-se em
direção à mulher e declarou a Simão: vês esta mulher? Entrei
na tua casa, e não me trouxeste água para lavar os pés, como
é o costume. Esta, porém, molhou os meus pés com suas
lágrimas e os enxugou com os próprios cabelos. Da mesma
maneira, tu não me saudaste com um beijo na face, como é
tradicional; ela, todavia, desde que cheguei não cessa de me
beijar os pés. E mais, tu não me ungiste a cabeça com óleo,
como era de se esperar, mas esta mulher, com puro bálsamo,
ungiu meus pés. Por tudo isso, te asseguro: o grande amor por
ela demonstrado prova que seus muitos pecados já foram
todos perdoados. Mas onde há necessidade de pouco perdão,
pouco amor é revelado. Em seguida, Jesus afirmou à mulher:
perdoados estão todos os teus pecados!

Embora a mulher não fosse convidada, ainda assim entrou na casa, e


se ajoelhou atrás de Jesus, aos seus pés.16 Para os judeus, uma refeição era
um convite de alto valor social, representava um selo de amizade e
reconhecimento entre os convidados. Como as mesas eram baixas, e ao redor
havia uma série de divãs e almofadas, os convidados se reclinavam sobre eles,
com os pés para trás, a fim de degustarem as iguarias que eram trazidas por
escravos ou empregados. Estes, além de servirem à mesa, cuidavam da
recepção dos convidados, que incluía ungir com óleos e perfumes, lavar e
enxugar os pés, especialmente os mestres da lei. Alguns senhores ou patrões,
dispensavam seus criados em cerimônias de recepção e a realizavam eles
próprios, numa atitude de elevada estima e consideração por seus amigos.
Assim, a sala da refeição ficava, em geral, repleta de pessoas.17

É neste contexto que uma mulher desejosa de abandonar sua vida de


prostituição e encontrar a paz, entra na sala em busca do Senhor, trazendo o
melhor que possuía: amor no coração, fé no filho de Deus, arrependimento,
desejo de mudar e adoração (um frasco caríssimo de óleos aromáticos). Jesus
estava reclinado, com os pés estendidos e distantes da mesa central. A mulher
não querendo se interpor entre Jesus e o fariseu anfitrião, preferiu
humildemente, ungir os pés de Jesus à sua maneira, mas com especial e
genuína devoção.18

O anfitrião – fariseu Simão cometeu vários erros na recepção a Jesus.


Negligenciou o ato de lavar os pés de Jesus (uma cortesia prestada aos
convidados, porque as sandálias deixavam os pés muito sujos); além de
negligenciar o ungir a cabeça de Jesus com azeite e oferecer-lhe um beijo de
saudação. O contraste foi gritante: a pecadora derramou lágrimas, perfume
caro e beijos sobre o salvador. Nesse contexto, a mulher imoral manifestou um
coração apaixonado – queimando de amor por Jesus, enquanto que o líder
religioso negligenciou atos de amor ao Senhor.19
Quando amamos Ele genuinamente não damos desculpas: Ah! Como é
difícil perdoar! Ah! Como é difícil orar pelos inimigos e pelos que me
perseguem! Ah! Como é difícil devolver os dízimos e ofertar! Ah! Como é difícil
obedecer isso, obedecer aquilo!

Quem ama de todo o coração não mede esforços para obedecê-lo em


tudo, ainda que tenha que morrer para si mesmo e não desfrutar de
recompensas imediatamente após obedecer.

Essa mulher que a bíblia nem diz o nome – uma anônima, faz tudo o
que não se era esperado para ela fazer, mas seu coração queimando de amor
não se importou com que os outros iam pensar ou dizer: ela só queria
demonstrar seu amor pelo Mestre – por Àquele que tinha tocado a sua alma
com o perdão divino e com amor que ela nunca havia conhecido.

A sua demonstração de amor extravagante ficou marcada para


gerações. Milhares e milhares de pessoas conheceram sua história ao
saberem que uma mulher demonstrou de forma extravagante o amor genuíno
que carregava em seu coração por Àquele que salvou a sua vida e a amou de
forma incondicional.

O quanto você ama Jesus? Pare para pensar neste momento. Você é
capaz de ter atos extravagantes de demonstração de amor por Ele? Será que
você está disposto a obedecê-lo em tudo, ainda que algumas ações de
obediência firam a sua reputação diante do que as pessoas pensam e acham?

O seu amor sobrevive ainda que as tempestades soprem forte?

O seu amor sobrevive ainda que Ele não te dê o que você tanto quer?

O seu amor sobrevive aos desertos difíceis e prolongados?

O maior sinal de que realmente amamos a Deus de


todo o coração é que esse amor resiste ao mais longo
e difícil deserto.
– Capítulo 9 –

As chaves para alcançar a aprovação

PARTE III

Quarta chave: Sirva ao Senhor de todo o teu coração e de


toda a tua alma

“Havia uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da


tribo de Aser, avançada em dias, que vivera com seu marido
sete anos desde que se casara e que era viúva de oitenta e
quatro anos. Esta não deixava o templo, mas adorava noite e
dia em jejuns e orações.”

Lucas 2:36-37

“E era viúva, de quase oitenta e quatro anos, e não se


afastava do templo, servindo a Deus em jejuns e orações, de
noite e de dia.”

Lucas 2:37, ARC

“Enquanto serviam, adoravam e jejuavam ao Senhor [...]”

Atos 13:2

O nosso maior chamado não é o serviço que conhecemos: o trabalho


voluntário nos templos de nossas igrejas locais seja: pregando, profetizando,
evangelizando, cantando nos púlpitos, mas o nosso maior chamado é para
estar com o Senhor, desenvolvendo uma vida íntima com Ele, aumentando o
relacionamento com o mestre para O conhecermos tanto a ponto de amar o
que Ele ama – as vidas. Devemos priorizar a dedicação em estar com Ele e
como resultado dessa vida íntima apresentarmos uma vida de serviço ao
Senhor.

A profetiza Ana que Lucas 2:36-37 destaca, servia ao Senhor


adorando, jejuando e orando. A grande maioria dos cristãos acredita que o
serviço ao Senhor refere-se exclusivamente ao seu trabalho na igreja, mas
antes de qualquer trabalho na igreja local, a vida privada deverá vir primeiro. É
preciso morrer num lugar secreto para que não venhamos a morrer em público.
Nada será feito por Deus em público que Ele não tenha feito em nós no
secreto.1

Somente homens que investem tempo com Deus sabem traduzir o


que o coração dEle está carregando.

Somos chamados primeiro a servir com nossa adoração, jejuns e


orações. Na adoração você será transformado pela Presença dEle; no jejum
você desenvolverá mais fome e sede pelo Eterno e nas orações você crescerá
no relacionamento que o fará ter a habilidade de traduzir o que está no coração
dEle e então você estará cavando poços que vão saciar gerações futuras.

Eu sempre fui ensinada que a forma de servir ao Senhor era somente


trabalhando voluntariamente na igreja local. Então eu era intensa, todo o
convite para servir nos ministérios que aparecesse eu os aceitava, porque
pensava quanto mais trabalho na igreja, mais agrado ao Senhor. E um dia o
Senhor me pegou. Ele me disse: “largue tudo o que você está fazendo e fique
comigo por um tempo, porque vou liberar sobre você uma unção rara, que não
dou para muitos”. A exigência era largar tudo, minha razão deu um nó, porque
a princípio não compreendia o fato de Deus está me pedindo para deixar de
fazer o que eu tinha aprendido que era necessário fazer para agradá-lo.

Apesar de minha razão não compreender decidi obedecer. Esse ato de


obediência me custaria ser incompreendida pelas lideranças – como de fato fui;
custaria-me abandonar o que sempre havia acreditado: que quanto mais
atividades na igreja, mais estaria agradando o Senhor. Mas ao obedecê-lo,
compreendi a verdade mais preciosa: eu estava servindo a Ele na essência do
que é o serviço que Ele espera: servindo a Deus em jejuns e orações, de noite
e de dia e isto teria uma recompensa muito maior do que todo o trabalho que
executava.

O serviço que Ele me pediu – ficar a sós com Ele produziu em mim
raízes e asas. Meus fundamentos ficaram muito mais firmes e minhas
convicções ficaram muito mais fortes; deste serviço brotou unções que jamais
imaginei que um dia viessem sobre mim; nasceram livros que marcaram e
marcam a vida de pessoas que as leem e pela unção que eles carregam tocam
e transformam de uma forma tão poderosa e os frutos são incontáveis –
Primeiro livro: IDENTIDADE DE FILHO AMADO, o segundo livro: UM
CONVITE AO LUGAR SECRETO e nesta estação o terceiro: OS SEGREDOS
DO DESERTO. E a partir desse serviço em secreto, onde ninguém está vendo,
posso liberar publicamente o que nasce.

Deus nos chamou para pegar fogo em secreto e ao pegar fogo


liberar incêndios divinos em público.

Atualmente observo muitas pessoas que são extremamente ativistas


em suas igrejas, mas não são poderosos em Deus: até pregam, oram
publicamente, cantam, mas não carregam a unção que faz ter o peso de Deus
nas suas palavras, orações e canções. Até profetizam, mas as “profecias” que
falam não carregam o peso de Deus – profetizam coisas terrenas e naturais
que não transmite a sabedoria divina. Até testemunham, mas o conteúdo de
seus testemunhos são meramente coisas da terra.

Mas aqueles que aprenderam a servir ao Senhor primeiramente com


jejuns, orações e adoração como estilo de vida, ao servir ao Eterno em suas
igrejas locais como resultado de conhecer o amor de Deus pelas vidas e pelo
conhecimento do que o coração de Deus carrega, Ah! Estes carregam algo
diferente: carregam o peso de Deus em tudo o que fazem e seus testemunhos
deixam qualquer um de queixo caído.
A não ser que o nosso serviço seja fruto da adoração,
dos jejuns e orações – relacionamento com o Senhor,
faremos apenas mecanicamente, e não serão
caracterizados pela Presença e pelo Poder de Deus.

ADORAÇÃO

“Bendirei o Senhor em toda circunstância, seu louvor


estará sempre em meus lábios.”

Salmos 34:1

“Louvo-te, sete vezes ao dia, por tuas justas ordenanças.”

Salmos 119:164

“[...] Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a Ele servirás.”

Mateus 4:10

Deus criou o homem com um propósito definido: povo que formei para
mim, para que proclamasse a minha adoração (Isaías 43:21). O Senhor espera
que sejamos um povo que adota um estilo de vida diferenciado que através do
caráter e mediante a influência do Espírito, O adore.2

A verdadeira adoração flui de adoradores autênticos, cuja vida e


testemunho significam mais que suas palavras.3 A marca do adorador é o
coração repleto de amor pelo seu Deus.

Adoração é a linguagem do céu que transporta o


homem para o mundo de Deus, fazendo com que
ele tenha uma vida vitoriosa a cada dia.4
A adoração genuína é fruto da comunhão, intimidade e, sobretudo, de
uma aliança de amor contínua com o Pai, na qual Ele se dá a conhecer a cada
dia para aqueles que O amam e buscam de verdade. 5 É importante destacar
que as atitudes indiferentes da grande maioria dos cristãos nos momentos de
louvor e adoração de suas igrejas tem por raízes o fato de que não possuem
relacionamento com Deus – não O conhecem, portanto, não tem o coração
repleto de amor por Ele a ponto de ser extravagante nos momentos de
adoração, estes ficam atentos a toda movimentação que ocorre: quem entra e
quem sai da igreja; a roupa do irmão ou da irmã; faz selfie; filma quem está
cantando no púlpito – são tantas distrações e no fim a mensagem que passam
para Deus através de suas atitudes é exatamente essa: não desejo a Sua
Presença! O Senhor não é importante para mim a ponto de ter toda a minha
atenção! Esses tipos de comportamentos expressam que não são verdadeiros
adoradores e suas vidas não carregam a genuína adoração fora de suas
igrejas.

Verdadeiros adoradores na nossa geração é uma classe quase em


extinção. Deus está à procura! (João 4:23). Se Ele está procurando, isso é
indicativo que não há muitos na terra.

Será que Ele pode te achar com um


coração genuinamente adorador?

A adoração é um transbordar de um coração grato, impulsionado pelo


sentimento do favor divino. Fundamentalmente, adoração pode ser definida
como “a resposta” de celebração a tudo que Deus tem feito, está fazendo e
promete fazer. Adorar significa render-se.6

A adoração requer uma reverente preocupação


com o que agrada a Deus.7

A adoração nunca pode ser uma questão de comparecer a um edifício


certo, na hora certa, para um ritual certo. Ela é para ser simples, direta, sem
ritual elaborado, destituída de formas complexas, liberta de um calendário e
ciclos naturais, podendo ser usufruída em qualquer lugar, a qualquer hora, seja
qual for a situação.8
Nós adoramos quando oferecemos tudo a Deus: nossos
relacionamentos, nossos sonhos, nosso serviço, nosso próprio ser. Muitos
heróis da fé deram absoluta adoração a Deus com suas vidas. 9
O propósito final da adoração não é só sair das reuniões sentido-se
bem com si próprio e com a Presença de Deus em nossa vida. Temos que
escutá-lo, sentir o que Ele sente, sermos transformados e declarar seu poder e
Presença em meio ao nosso mundo, tanto com palavras como em ações. 10

Adorar muda tudo, inclusive o árido deserto se


converte em um lugar de doce comunhão com Deus.11

Eu aprendi a ser adoradora nos meus mais longos e difíceis desertos.


Quando a única pessoa que eu tinha por perto era Ele – incompreendida por
amigos, rejeitada por familiares, ignorada por alguns líderes que não
conseguiam discernir minhas estações; foi exatamente neste tempo que fui
intensa a buscá-lo. Ao me achegar a Ele, o Espírito começou a me levar adorar
nos meus momentos de oração. Não pedia nada, meu único interesse era
exclusivamente ficar adorando e Sua Presença me tocava: chorava e minha
alma era refrigerada e fui percebendo que meses se passavam e nos
momentos de oração não conseguia fazer outra coisa a não ser adorar, mal
sabia eu que Ele estava me inspirando a adorá-lo, preparando uma atmosfera
que liberaria a cura dos sentimentos, pensamentos e comportamentos de
depressão que assolavam minha alma.

Ah! Comecei a perceber que minha entrega no momento da adoração


nos cultos da minha igreja ia ficando cada vez maior – estava perdendo a
consciência do meu estado circunstancial e ficando mais consciente da
Presença. O que cantava saía das minhas entranhas, de um coração repleto
de gratidão pelo refrigério sentido na Sua Presença.
Desde então, cada dia que passa, entrego-me a adorá-lo no meu
quarto de oração e mais Ele se deixa conhecer. À medida que vou
experimentando mais da Sua Presença, mais das suas revelações, mais da
Sua Palavra, mais das Palavras Proféticas, mais do nosso relacionamento,
mais fico consciente de quem Ele é e mais sou intensa em adorá-lo:
expressando-me com canções e com minhas expressões corporais enquanto O
adoro. Não me importo com quem está perto ou se tem alguém me julgando a
me ver adorando-O, o que mais importa é que estou cantando para o meu Pai,
para Àquele que tirou a minha alma da orfandade paterna, para Àquele que me
arrancou das garras da depressão, das crises de pânico, das crises de
ansiedade, das crises de medo do futuro, das garras da tristeza, das rejeições,
dos abandonos e das dores da solidão.

A atmosfera criada pela vida de adoração no meu quarto de oração


começou a provocar milagres incríveis. Em 2015, quando estava entregue a
um propósito de buscá-lo por dias no meu quarto de oração – dedicando um
tempo bem maior por estar de férias do meu trabalho, enquanto ria e chorava
na Sua Presença, senti uma visitação que marcou para sempre a minha vida:
Ele se revelou como meu Pai e tudo mudou. A experiência foi tão forte que
escrevi meu primeiro livro com a mensagem viva que subiu ao meu interior. O
Senhor me fez lembrar de todas as profecias que Ele havia me enviado, o que
já havia se cumprido e renovou minhas convicções para as que ainda iriam se
cumprir. Após essa experiência nunca mais fui à mesma: já não sei mais o que
é ter crise de medo do futuro e crise de ansiedade – dentro de mim o que Ele
me falou é certo o cumprimento.

As experiências começaram a aumentar. Percebi um crescimento


espiritual muito rápido. Observei mudanças no que pensava e no que sentia
atingindo meus comportamentos. Já não me reconhecia – as pessoas também
começaram a notar e comentar a mudança. Meu entendimento da Palavra ficou
mais profundo, minha fé agigantou-se, até que Ele me disse: “Eu te dei a
revelação de quem Eu Sou. Você a carrega. Eu te escolhi para restaurar meus
ministros que estão feridos por pastores amargurados”. Alguns meses se
passaram e Ele fala novamente comigo por meio de profecia: “Porque você tem
desejado e buscado, estou confiando mais coisas para sua vida. Você não
deixa o medo te parar. Haverá dias que você se achará em Espírito vendo
situações, percebendo coisas sobre pessoas e pelo meu Espírito você vai
realizar orações perfeitas que irão solucionar e colocar todas as coisas no
lugar, e em questão de minutos e horas as respostas virão, porque meus
ouvidos estão abertos ao clamor daqueles que oram a Mim com fervor, firmeza
e convicções”.

Continuei carregando a atmosfera com a minha permanência no lugar


secreto, adorando-o e mais livros começaram a nascer. Chegou o segundo
livro que provocou mudanças tão poderosas dentro de mim, e após quatro
meses de tê-lo escrito, ainda produzindo-o, sem nem tê-lo lançado, o Senhor
me presenteia com o terceiro livro: este livro que você está lendo. Ao escrever
este livro, percebo-me tão diferente, a Presença do Senhor tão mais forte
dentro de mim, uma compreensão tão profunda de que tudo o que vivi foi o
amor de Deus me aperfeiçoando e me treinando para um destino tão poderoso
e grandioso que fico a esperar em fé, com o coração cheio de certezas de que
se eu agradá-lo desfrutarei do cumprimento, além de estar pavimentando o
caminho para minha descendência ser poderosa na terra, sendo formada de
homens e mulheres íntegras e tementes a Ele que marcarão a geração que
vão viver.

Quanto mais carrego a atmosfera com minha adoração no secreto –


como estilo de vida, mais Ele continua falando comigo, Ele me disse por meio
de profecia há alguns dias atrás: “Eu te vejo, meu olhar está sobre você. Sou
forte guerreiro para lutar suas guerras. Eu vou à frente e endireito todos os
caminhos. Vou fazer uma trombeta tocar e a mensagem que essa trombeta
tocar irá fazer o inferno saber quem você é em Mim.”

Quando você mantém a sua vida carregada de adoração ao


Senhor, a atmosfera que você carrega provoca a manifestação da Voz
dEle: seja pela Palavra escrita, por uma pregação, pela percepção interior,
por sonhos e visões, ou por Palavras enviadas (profecias).
Ele não fica em silêncio para quem tem adoração
como estilo de vida.
Adore-O independente do que você está vivendo e você criará um
ambiente de milagres. Muitas coisas virão sem que você nem peça só porque
você está vivendo uma vida de adoração. Não perca mais tempo e mergulhe
numa vida de adoração ao Rei dos Reis e sua vida nunca mais será a mesma!

ORAÇÃO

“Se Eu fechar o céu para que não derrame chuva, ou


ainda se ordenar gafanhotos que devorem a terra, ou mesmo
enviar a praga sobre a minha própria gente; e se meu povo,
que se chama pelo meu Nome, se humilhar, orar e buscar a
minha face, perdoarei o seu pecado e seus erros e curarei a
sua terra.”

2 Crônicas 7:14

O deserto é um lugar de levantar altar de oração. Abraão sabia muito


bem a relevância da oração nas jornadas desérticas de sua vida. Ele foi um
homem de experiências profundas com Deus e sempre ele marcava a ocasião
erguendo altares ao Senhor – ele mantinha o lugar secreto ocupado (Gênesis
12.7; 12.8; 13.4; 13.18; 21.33; 22.9). A vida de oração dele tinha ritmo mantido.
A vida de oração que Abraão mantinha fazia com que Deus nunca
ficasse em silêncio com ele. Deus continuamente estava falando, o instruindo
em toda a sua jornada (Gênesis 12.1-3; Gênesis 12.7; Gênesis 13.14-17;
Gênesis 15.1; Gênesis 15.5; Gênesis 15.7; Gênesis 15.13-16; 18-21; Gênesis
17.1-7;15-17; Gênesis 22.15-18).

Deus não silenciava com Abraão,


Deus não silencia para quem vive no secreto.
A vida de oração de um homem é essencial em todo tempo, mas nas
suas jornadas pelos desertos da vida ela é crucial – porque por meio dela
criamos uma atmosfera para que recebamos todas as direções e instruções de
como atravessar os desertos e sairmos aprovados.

Nunca abandone seu quarto de oração


ao entrar em desertos, pois o
seu abandono da oração provocará
sua permanência neles.

O Senhor é bem claro em 2 crônicas 7:14 que nos desertos da vida,


quando houver situações difíceis ou impossíveis de serem resolvidas pela mão
humana, se houver humilhação, oração, busca e arrependimento haverá uma
manifestação divina em resposta.

Em todas as estações da nossa vida devemos viver o que Mateus 6:6


diz: tu, porém, quando orares, vai para teu quarto e, após ter fechado a tua
porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te
recompensará plenamente.

Nós não encontraremos em nenhuma passagem da Bíblia a orientação


de corrermos para o telefone para consultarmos um familiar, um amigo; ou
irmos apressadamente para o gabinete do nosso pastor para ouvir o que ele
acha; ou corrermos para aquele intercessor que vai orar e achamos que de
forma mágica fará desaparecer toda situação que está gerando incômodo; ou
corrermos para um profeta para receber aquela profecia que achamos que no
outro dia provocará o desfecho que nós queremos, segundo a nossa própria
vontade e desejos – sair do que é desconfortável. E ao confiarmos nisso, não
pararmos para ficar a sós com o Senhor, rever nossas áreas de desobediência
e passar tempo suficiente para que o Espírito nos mostre onde estamos
abandonando a prática da Palavra.

De forma nenhuma sou contra essas atitudes, precisamos sim ter apoio
e ajuda de pessoas maduras e sábias, mas que isso não tome o lugar do que é
prioridade: correr primeiro para o trono e ouvir o que o céu está dizendo
diretamente ao nosso coração. A primazia é ouvir e tomar conhecimento do
que o coração de Deus está carregando sobre a nossa situação e obedecer a
cada instrução.

O Senhor me ensinou essa verdade há muitos anos atrás ao entrar


pelos desertos e fazer exatamente isso que descrevi no parágrafo acima, corria
de um lado para o outro em busca de uma saída. Procurava os mais ungidos,
os que dariam comandos para os demônios que estavam causando opressões
- incomodava pessoas que não tinham o poder de solucionar o que eu
precisava, na verdade eu precisava incomodar o céu. Eu aprendi a duras
penas: quando procurava pessoas pelo telefone, os telefones só chamavam;
quando ia para ambientes que tinha profetas, eles não eram usados para mim;
quando procurava líderes, eles não tinham discernimento – Deus não permitia
que eles tivessem a compreensão precisa da minha situação.

Nos desertos aprendi para onde deveria correr primeiro: para o trono.
Aprendi a fechar a porta do meu quarto e ficar com o Pai que estava lá me
esperando para me anunciar coisas grandes e ocultas que eu não sabia.

Se você entrou em desertos, corra primeiro para o trono,


pois os céus te anunciarão tudo o que você
precisa saber para sair dele.

No deserto não acumule pecados não confessados

“Todos esses homens que presenciaram a minha glória e


contemplaram os sinais miraculosos que fiz no Egito e no
deserto, todas essas pessoas que já me puseram à prova e me
desobedeceram, deixando de ouvir a minha voz dez vezes, não
chegarão a ver a terra que prometi com juramento a seus
antepassados. Nenhum daqueles que me ultrajaram a
contemplará.”

Números 14:22-23
“Eu, o Senhor, falei e certamente farei cumprir minhas
determinações em relação a toda essa congregação
desobediente e má, que teve petulância de se revoltar contra a
minha pessoa. Portanto, encontrarão seu fim neste deserto;
aqui mesmo perecerão.”

Números 14:35

“Pois quando toda comunidade de Israel se rebelou nas


águas do deserto de Zim, fostes, os dois desobedientes à
minha ordem para honrar minha santidade perante o povo!
Esse fato ocorreu nas águas de Meribá, em Cades, no deserto
de Zim.”

Números 27:14

“Enquanto mantive meus pecados inconfessos, meus


ossos se definhavam e minha alma se agitava em angústia.
Pois dia e noite a tua mão pesava sobre mim e minhas forças
se desvaneceram como a seiva em tempo de seca. Confessei-
te o meu pecado, reconhecendo minha iniquidade, e não
encobri as minhas culpas. Então declarei: confessarei minhas
transgressões para o Senhor, e tu perdoaste a culpa dos meus
pecados.”

Salmos 32:3-5

“No entanto, são as vossas maldades que fazem


separação entre vós e o vosso Deus. Os vossos pecados
nublaram e esconderam de vós a face do Senhor, e por isso
ele não lhes dará ouvidos!”

Isaías 59:2

Em nenhuma estação da nossa vida é interessante que acumulemos


pecados não confessados e no deserto principalmente. Acumular pecados não
é uma atitude inteligente, devemos nos arrepender todas as vezes que tivemos
consciência de que fizemos algo errado, assim Deus não precisará contar os
nossos pecados, e sim, as nossas bênçãos.12

As pessoas que vivem em desobediência vivem debaixo da tolerância


de Deus. Não é pelo fato de alguém ser bem sucedido no que faz que ela está
agradando a Deus, ela pode está debaixo de uma tolerância, que já está se
esgotando e o logo o Senhor tomará uma providência se essa pessoa não vier
a arrepender-se dos seus erros e corrigir-se, ela estará enchendo o cálice da
iniquidade.13

Todo pecado deve morrer no mesmo dia que nasce.14

O diabo nunca conseguirá fazer Deus mudar, por isso tentará fazer
com que nós deixemos de seguir as instruções do Senhor. O tempo todo ele
nos tentará a desobedecer, e essa tentação se torna maior ainda em períodos
em que enfrentamos dificuldades – nos períodos em que as tempestades se
levantam contra nós.

É durante as lutas da vida que o diabo intensifica


seus ataques a nossa mente com pensamentos.15

Nós seremos tentados a nos rebelar contra Deus principalmente


quando o tempo se prolonga e ainda não alcançamos aquilo que almejamos.
Algumas vezes não entendemos o porquê de certas coisas estarem
acontecendo conosco, visto que estamos sendo fiéis a Deus – são nesses
momentos da vida que muitas pessoas fracassam por acreditarem nas
mentiras do tentador.16
Permaneça firme, tenha postura de fé, pois tais posturas na
jornada dos desertos pregam as mensagens mais poderosas do que
qualquer mensagem que você poderia dar no púlpito da sua igreja.

Sugiro a você que se dedique a investir um tempo para revisar todas as


áreas de sua vida. Cheque todas, ore pedindo ao Espírito que lhe mostre as
áreas que você está andando em desobediência e à medida que Ele for lhe
mostrando, confesse-as, peça perdão e o sangue de Jesus te purificará de
qualquer injustiça (1 João 1:9). E, assim, todo o direito legal do diabo em lhe
oprimir e lhe causar angústia será removido – toda a base de operação será
neutralizada, tornada sem efeito e você está em posição de justiça por meio de
Cristo Jesus diante de Deus.

“Estabelecerei a paz na terra e dormireis sem que


ninguém vos perturbe. Farei desaparecer da terra os animais
nocivos. A espada não passará pela vossa terra. Perseguireis
os vossos inimigos, que cairão à espada diante de vós. Cinco
de vós perseguirão cem, e cem dos vossos perseguirão dez
mil, e os vossos inimigos cairão à espada diante de vós.”

Levítico 26:6-8

Para que o diabo não tenha base legal de operação sobre a sua vida,
faça essa oração:

Pai, te peço perdão pelos pecados que cometi com minha mente, com
minhas mãos, com meu coração, com meu corpo. Arrependo-me diante de Ti
com todo o meu coração. Limpa-me com Teu sangue, Jesus e sou justificado e
santificado.

Declaro o sangue de Jesus sobre minha mente, meu espírito, minha alma
e meu corpo. Declaro o sangue de Jesus sobre minha casa, minha família,
minhas finanças, meu ministério.
E agora removo qualquer direito legal que o diabo estava tendo sobre as
áreas da minha vida. Eu ordeno agora que todo espírito maligno seja proíbo de
operar na minha mente, no meu corpo, na minha alma, nas minhas finanças,
na minha família, nos meus amigos.

Ordeno que saia imediatamente, na autoridade do nome de Jesus.

Declaro sobre minha vida, família, finanças, ministério, trabalho - a


Shekinah e Kabod. Declaro a manifestação da Glória pesada de Deus sobre
tudo que me diz respeito. Declaro mais da Presença de Deus e manifestação
divina sobre cada área da minha vida, em nome de Jesus, amém!

Sempre tenha hábito de checar sua vida e se arrepender das áreas em


desobediência e então certamente você não será acumulador de pecados no
deserto que experimenta os juízos divinos sobre si, mas será um acumulador
de proteção, provisões e manifestações divinas enquanto passa pelo deserto e
será um forte candidato a sair aprovado desse lugar e cantar que só o Senhor
é Deus, declarando que hoje os seus olhos O veem.
– Capítulo 10 –

As chaves para alcançar a aprovação,

PARTE IV

Quarta chave: Sirva ao Senhor de todo o teu coração e de


toda a tua alma.

JEJUM

“Quando jejuardes, não vos mostreis com aspecto


sombrio como os hipócritas; pois desfiguram o rosto com a
intenção de mostrar às pessoas que estão jejuando. Tu, porém,
quando jejuares, unge a tua cabeça e lava o rosto. Pois, assim,
não parecerá aos outros que jejuas; e, sim, ao teu Pai em
secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.”

Mateus 6:16-18

“Façam isso, e as luzes se acenderão, e sua vida será


mudada na hora. Sua justiça irá pavimentar seu caminho. O
Eterno de glória vai garantir sua passagem. Então, quando
vocês orarem, o Eterno responderá. Vocês clamarão por ajuda,
e Eu direi: aqui Estou!”

Isaías 58:8-9, A Mensagem

Jejuar é a chave secreta que abre a porta do céu e fecha os


portões do inferno.1
De forma bem simples e clara, o jejum bíblico é abster-se de
alimentação com um propósito espiritual – que nos leva a buscar a Presença
de Deus e aprofundar nosso relacionamento com Ele.

A bíblia relata vários tipos de jejum. Os grandes homens de Deus


jejuaram. Daniel jejuou parcialmente por vinte e um dias (Daniel 10:2-3); o
apóstolo Paulo era um homem que tinha o jejum como um estilo de vida (Atos
13:2; II Co.6:5; 11:27); e, é claro, sabemos que Jesus jejuou por quarenta dias
no deserto (Mt.4:2; Lc.4:2).

O jejum em si é uma oração contínua diante de Deus.2

O Jejum é uma forma de adoração, porque quando sacrificamos nossa


ingesta normal de alimentos colocamos nossa carne ou natureza caída debaixo
de submissão. Assim evitamos que usurpe a autoridade sobre nosso espírito.
Isto nos permite colocar a Deus em primeiro lugar nas nossas vidas.3

Quando deixamos de comer com o propósito de adorar e honrar ao


Senhor, buscando primeiro Seu Reino, Deus não toma esse sacrifício
levianamente (Mateus 6:18).4

Minha intenção aqui não é descrever as várias maneiras como você


pode jejuar, mas enfocar os efeitos que o jejum provoca em você para
despertar em você o desejo de fazer dessa prática espiritual um estilo de vida.

Para que você saiba mais sobre as formas práticas de jejuar quero
sugerir a leitura do livro de Jentezen Franklin: Jejum - A disciplina particular
que gera recompensas públicas, da Editora Luz às Nações. Ele aborda de
forma bem clara as várias maneiras de fazer jejum de forma bíblica, à luz da
Palavra.
Os efeitos da prática de jejum

Inúmeros são os benefícios dessa prática que provocam efeitos


poderosos em nós.

A maioria dos cristãos, incluindo líderes, encontra-se longe dessa


prática tão poderosa e o resultado disso tem sido cristãos fracos, sem
discernimento espiritual ativo, poucos se movendo e fluindo com o Espírito
Santo nos dons e unção.

O escritor Jentezen Franklin5, destaca quatorze benefícios dessa


prática:

1) O jejum nos mantém sensível ao Espírito de Deus,


permitindo-nos que vivamos de uma maneira
santa.
2) O jejum prepara o caminho para que Deus nos dê
revelação nova, uma visão nova e um propósito
definido.
3) O jejum nos prepara para uma nova unção.
4) O jejum libera o poder de Deus.
5) O jejum é um meio constante de renovação espiritual
em nós.
6) O jejum nos coloca dentro do plano central das
prioridades de Deus.
7) O jejum permite que o Espírito Santo nos cave por
dentro e retire coisas que precisam sair do nosso
espírito.
8) O jejum fará com que as crostras de sujeira sejam
removidas, limpando nosso interior e
consequentemente fazendo com que o nosso
exterior fique limpo.
9) O jejum nos ajuda a distinguir entre aquilo que
queremos daquilo que realmente precisamos.
10) O jejum aliado à oração afia a lâmina que é a
Palavra de Deus em nós e então nos tornamos
mais afinados na Palavra e Deus começa a nos
mostrar verdades mais profundas.
11) O jejum estabelece fundamentos espirituais que
afetam não somente a nossa vida, mas também
afeta as gerações que virão depois de nós. Esse
fundamento que levantamos dá a Deus condição
de construir, porque encontra base para trabalhar
na família.
12) O jejum põe fim aos ataques demoníacos sobre
nossas famílias.
13) O jejum nos tira da margem e nos coloca na esfera
dos milagres.
14) O jejum levará você ao seu destino porque o alinha
com o plano de Deus para sua vida.

O autor do livro Jejum de Rompimento, Guillermo Maldonado6


evidencia nove efeitos dessa prática espiritual:

1) O jejum ativa dons e chamados espirituais.


2) O jejum prepara uma atmosfera para que o Espírito
nos fale e nos guie.
3) O jejum nos enche de poder de Deus, prepara o
caminho para que nossos familiares sejam salvos e
que recebam libertação em suas mentes e emoções.
4) O jejum acelera a morte da natureza pecaminosa.
5) O jejum alinha nosso espírito com a vida de Deus e a
atividade do céu.
6) O jejum acelera a nossa capacidade para ouvir o que
Deus está nos comunicando. O que antes não estava
claro e confuso ficará claro à medida que nossas
almas vão sendo purificadas e vamos nos
acostumando a ver e sentir na dimensão espiritual.
7) O jejum também pode permitir-nos perceber as raízes
dos problemas.
8) O jejum potencializa as nossas orações, pois ao
aumentar nossa sensibilidade espiritual, podemos orar
o que recebemos de Deus e então nossas orações
ficam mais precisas e efetivas.
9) Por meio da prática do jejum, Deus começa a revelar a
si mesmo e nos mostra seus caminhos.

Minhas experiências com a prática do jejum

Particularmente não tinha hábito de jejuar até que ao ouvir uma


pregação sobre jejum e seus efeitos fui despertada para essa prática. Decidi
que faria do jejum uma prática semanal.

O Senhor provocou em mim um forte desejo e então comecei. Devido a


minhas debilidades físicas não posso fazer por um dia inteiro, por exemplo,
mas consigo fazer retirando refeições por metade de um dia. Inicialmente fazia
uma vez por semana, mas já estou conseguindo fazer duas vezes por semana.

Após a prática do jejum minha vida nunca mais foi à mesma. O jejum
potencializou minhas orações – havia orações que eu estava fazendo há dez
anos e que não tinha resposta e após alguns meses apenas jejuando recebi a
resposta de forma extraordinária. Além de respostas de orações, minha
sensibilidade espiritual aumentou de forma assustadora e dons que eu não
tinha começaram a se manifestar.

Meu entendimento da Palavra começou a ficar tão profundo, minha


compreensão sobre a vida, sobre as situações, sobre as pessoas começou a
mudar de forma assustadora. Percebi ficando mais ousada, mais corajosa e
cheia de certezas sobre meu futuro a ponto de meus amigos dizerem que eu
não estava “normal” por causa das minhas afirmações sobre meu futuro e
certezas sobre o que Deus havia me dito. Minha fé cresceu assombrosamente.

A cada semana que passa que pratico o jejum me sinto mudando,


percebo-me com sentimentos diferentes: muita paz, muitas certezas, alegria
que antes não havia. Percebo-me mais cheia da Presença do Espírito.

Minhas ministrações atingiram níveis muito maiores de profundidade na


Palavra e a unção para o ensino está cada vez mais forte. E uma consciência
cada vez maior de quem eu sou em Deus e do que carrego dEle em mim.
Agora, já não preciso de afirmações de ninguém sobre minha chamada, sobre
o que Deus tem comigo – eu sei o que carrego dEle em mim, e quem quiser
receber por meio da minha instrumentalidade receberá e quem ignorar deixará
de desfrutar, mas não afetará a minha identidade nEle de forma alguma.

Através do jejum me tornei em alguém que a cada dia está mais


faminta e sedenta pela Presença, sou uma eterna inconformada – quero
sempre muito mais dEle e de tudo que Jesus conquistou por meio da cruz.
Quero viver todos os propósitos dEle para mim. Desejo cooperar com Ele em
executar cada tarefa que me dê para fazer sem me importar o quanto vou ter
que morrer para mim mesma para realizar.

A prática do jejum trouxe a Presença de Deus para cada área da minha


vida, para cada situação que vivencio e como tenho visto Deus trabalhar
aceleradamente em cada uma delas.

Faça do jejum um estilo de vida, pratique-o no


mínimo uma vez por semana e tenho certeza que
você nunca mais será o mesmo por dentro e por fora.
Quinta chave: Meditação da Palavra

“Tão-somente sê de fato firme e corajoso, para teres o


zelo de agir de acordo com todos os mandamentos, que Te
ordenou Moisés, meu servo. Não te apartes dela, nem para a
direita, nem para a esquerda, para que tenhas sucesso em
todas as tuas realizações. Que o livro da Lei, esteja sempre
nos teus lábios: medita nele dia e noite, para que tenhas o
cuidado de agir em conformidade com tudo que nele está
escrito. Deste modo serás vitorioso em todas as tuas
empreitadas e alcançarás bom êxito!”

Josué 1:7-8

“Ao contrário: sua plena satisfação está na lei do Senhor,


e na sua lei medita, dia e noite! Ele é como árvore plantada à
margem de águas correntes: dá fruto no tempo apropriado e
suas folhas não murcham; tudo quanto realiza prospera!”

Salmos 1:1-2

“Quando a tua Palavra foi encontrada, eu comi cada frase


e as digeri em meu íntimo; elas me nutrem dia após dia, são
minha satisfação e júbilo maior; porquanto teu Nome foi
invocado sobre mim, isto é, pertenço a ti!”

Jeremias 15:16
“Quanto amo a tua lei! Sobre ela reflito o dia inteiro! Os
teus mandamentos me fizeram mais sábio que meus
adversários, porquanto estão sempre comigo.”

Salmos 119:97

“A tua Palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e


luz que clareia o meu caminho!”

Salmos 119:105

“A exposição das tuas Palavras ilumina e dá


entendimento aos inexperientes! Abro a boca e suspiro,
ansiando por teus ensinamentos.”

Salmos 119:130-131

“Ele, porém, afirmou: antes disso, mais felizes são todos


aqueles que ouvem a Palavra de Deus e lhe obedecem.”

Lucas 11:28

“Agora, pois, eu vos dedico aos cuidados especiais de


Deus e à Palavra da sua graça, que tem o poder para vos
edificar e dar herança entre todos os que são santificados.”

Atos 20:32
“De fato, vos tornastes nossos discípulos e do Senhor,
pois, apesar de muito sofrimento, recebestes a Palavra com a
alegria que vem do Espírito Santo. Dessa forma, vos tornastes
o padrão de fé para todos os crentes que estão na Macedônia
e na Acaia.”

1 Tessalonicenses 1:6-7

Meditar, no sentido bíblico, significa passar tempo lendo, estudando, e


pensando nas verdades da Palavra de Deus – incluindo as palavras proféticas
escritas na Bíblia e aquelas dadas a nós pelo Espírito Santo como
conhecimento e sabedoria revelados, refletindo sobre como aplicá-las à nossa
vida, com o propósito de encher nossa mente e coração com a revelação de
Deus.7

Eu sou alguém que tem um eterno relacionamento com a Palavra de


Deus. Como sou grata ao Senhor por um dia ter me revelado a Sua Palavra.
Lembro-me quando comecei a lê-la com meus quinze anos de idade, recém-
convertida - não compreendia nada, mas como meu coração ardia por
compreender.

O tempo foi passando, fui batizada com o Espírito Santo e aos poucos
a Palavra começou a ficar um pouco mais clara. Até que em 2011 fui
despertada tão fortemente pelo Espírito ao fazer o Centro de Treinamento
Bíblico Rhema Brasil. Por dois anos o Senhor fez depósitos da Palavra tão
poderosos no meu Espírito. Lembro-me que até comentários surgiram sobre o
quanto eu estava mudando, de fato sentia-me muito mais alegre a cada aula e
levava esse enchimento da Palavra para o meu dia-a-dia. Eu estava
conhecendo a verdade e ela estava me libertando (João 8:32).

Em dois anos me expondo a Palavra recebi libertações tão poderosas


que em fizeram crescer espiritualmente de forma assustadora. Os dons
começaram a serem ativados. Comecei a ter a manifestação de uma
compreensão espiritual maior e frases começavam a brotar no meu espírito ao
ler e ficar meditando na Palavra.
Ao término desses dois anos referidos acima, Deus me instruiu a enviar
SMS para os celulares das pessoas. Lembro-me que a primeira pessoa que
Deus me guiou a fazer foi a diretora da instituição na qual trabalho na época:
passei uma semana enviando as frases e Deus falou tanto com ela que
começou a me passar números dos amigos dela que ela queria que eu
enviasse e começou a divulgar para as pessoas e no fim de duas semanas eu
já estava enviando para mais de cem pessoas e o mover foi alcançando cada
vez mais pessoas a ponto de chegar a mais de mil pessoas. Era totalmente
incrível os testemunhos que chegavam. Deus dava direções poderosas para
cada vida que recebia.

Após atingir essa quantidade de pessoas, Deus me instruiu a fazer as


postagens nas redes sociais. Todas as frases que Ele me inspirava eu postava.
E quanto mais crescia em me alimentar da Palavra, mais rápido as frases
brotavam no meu espírito e mais fortes no entendimento elas estavam.

À medida que obedeci, Deus foi me confiando mais tarefas. Em 2015,


Ele me confiou à revelação da Sua Paternidade. Essa mensagem me curou tão
profundamente que nunca mais me reconheci – tornei-me outra Janilda.
Pensamentos e sentimentos mudaram radicalmente. O Senhor anos antes
dessa experiência havia me dado essa palavra: “a Janilda de agora vai
desaparecer e surgirá uma nova Janilda que será usada por mim com muito
poder e autoridade”. No momento que Ele falou assim comigo, eu não
compreendi, não tinha a menor ideia de como uma mudança tão radical seria
possível – até achei que fosse uma “falsa profecia”. Mas, hoje ao me olhar por
dentro e por fora vejo literalmente essa palavra cumprida – não sou mais a
mesma: a maneira de falar mudou; a maneira de ver coisas, pessoas e
circunstâncias completamente mudadas; habilidades e capacidades que não
existiam manifestando-se. Quanta mudança! Não somente notada por mim,
mas notada por todos que convivem diretamente comigo e por quem conviveu
anteriormente. A Palavra mudou tudo dentro de mim. Ela me deu vida nova.
Ela me libertou. Ela é meu tesouro escondido em que me agarro diariamente.

A Palavra de Deus nos dá uma nova mentalidade que prepara o


caminho para mudanças em nossa estrutura. Nossa mentalidade guia a cada
ato que realizamos. Uma mudança de mentalidade, portanto, transforma nossa
estrutura, a maneira como conduzimos nossa vida, e que objetivos acreditamos
serem possíveis.8

Se não tirarmos tempo para meditar na Palavra de Deus assiduamente,


nossa mente poderá ser dominada pelo pensamento temporal e carnal. Por
exemplo, se permitirmos que pensamentos de medo permaneçam na nossa
mente por um longo período de tempo, uma mentalidade amedrontada pode se
estabelecer em nós. Contudo, se meditarmos nas verdades bíblicas que nos
asseguram da fidelidade, da confiabilidade e da promessa de ajuda em
momentos de necessidade, nós vamos sentir paz. “Tu conservarás em paz
aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em Ti (Isaías 26:3)”. 9

Lembre-se:

Jesus quando estava no deserto colocou o diabo para


correr porque estava cheio da Palavra e um coração cheio
fala daquilo que está cheio (Mateus 4:1-11; 12:34).

“Assim, o diabo o deixou; e eis que vieram


anjos e o serviram (Mateus 4:11).”

O deserto não é lugar de dar mole para que o diabo


sequestre sua mente.
Seja cheio da Palavra e seja rápido em
manifestar a Palavra de Deus que você
continuamente se enche.

O deserto é o lugar de ser vazio de si mesmo


e cheio da Palavra de Deus.

Se o diabo conseguir sequestrar sua mente no deserto,


ele consegue te manter nesse lugar de sequidão.
Quanto mais negligentes formos quanto a nos
encher da Palavra quando estamos no
deserto, mais tempo e oportunidades oferecemos
para que o diabo possa nos tentar
e nos fazer fracassar.
Conclusão

Chegamos ao fim e o anseio mais profundo do meu coração é que


você tenha compreendido no seu espírito e não somente na sua razão a
mensagem que esse livro carrega.

Este livro de fato foi um grande presente de Deus para mim e que me
revelou a grandeza da Sua imensa Bondade e Amor fazendo-me compreender
os processos pelos quais Ele me submeteu, ainda me submete e me
submeterá até a volta de Cristo.

Meu coração está com o sentimento de missão cumprida em ter


capturado o que estava no coração dEle sobre o deserto e traduzido as chaves
que de fato abrirão as portas do deserto e nos farão entrar na terra prometida –
no cumprimento de nossas promessas.

Diante dessas verdades tão preciosas e poderosas, tesouros que


garimpei dos mergulhos profundos dados no meu lugar secreto, confesso a
você que não sou a mesma depois que estive exposta à mensagem que esse
livro carrega.

Peço ao Pai que responda todas as orações que fiz por você neste livro
e que seu entendimento e compreensão sobre as estações dolorosas e difíceis
da sua vida nunca mais sejam a mesma de antes e que essa mensagem
promova descanso na sua alma de que tudo cooperará para o seu bem.

Se você, assim como eu, ficou maravilhado (a) diante desse tesouro
que Deus descortinou para você, recomende esse livro, dê de presente a
alguém e tenho certeza que quem ler estas páginas, praticando essas
verdades, com certeza sairá aprovado de seus desertos e desfrutará das
promoções divinas que estão lhe aguardando.
Nunca mais se esqueça:

O deserto não tem a finalidade de te punir ou te matar, mas tem a


expectativa de Deus em te aprovar.
ORAÇÃO POR UM RELACIONAMENTO PESSOAL COM O DEUS PAI

Deus quer se tornar seu Pai agora mesmo.

Jesus é o caminho que te leva a entrar para família de Deus, pois


através do teu convite a Ele para ser Senhor e Salvador da tua vida, Ele vem
na pessoa no Espírito Santo habitar dentro de você e começar um trabalho de
transformação no seu interior, ajudando-te a carregar os fardos, estará
navegando junto com você na jornada da vida, diante das tempestades que
você tiver que enfrentar e o seu barco não irá naufragar. Ele estará levando
todos os cuidados deste mundo, que já não serão mais seus a partir desta
confissão, realizando assim o propósito que Ele mesmo criou para sua vida.

Se você nunca convidou Jesus para ser seu Senhor e Salvador, eu te


convido a fazer isso agora. Faça a seguinte oração, e se você fizer com
sinceridade de coração, você se tornará um filho de Deus:

Pai, Tu me amaste de tal maneira que deste Teu filho unigênito para
morrer pelos meus pecados para que todo aquele que crê Nele não pereça,
mas tenha a vida eterna. Obrigado por me amar dessa forma. Obrigado pelo
presente da salvação, pois somos salvos pela graça, mediante a fé no Teu
precioso Filho.

Creio e confesso com minha boca que Jesus Cristo é Teu filho, o meu
redentor. Creio que Ele morreu na Cruz por mim e levou todos os meus
pecados. Creio que Jesus ressuscitou dentre os mortos.

Eu Te peço que perdoe os meus pecados. Confesso Jesus como meu


Senhor. Obrigado, Pai, porque agora o Senhor é meu Pai, posso ter comunhão
com você. Obrigado pelo precioso Espírito Santo que, a partir de agora, habita
dentro de mim e te convido a ser bem vindo em todas as áreas da minha vida
para me transformar em testemunha de Cristo. Obrigado Pai, em nome de
Jesus, amém!

NOTAS
CAPÍTULO 1
1.Dicionário Vine (acrescentar a referencia completa)

2.Cavalcante, Rosane. Porque somos levados aos desertos e provações?


Série colocados à prova. Ebook.

3. Cavalcante, Rosane. Porque somos levados aos desertos e provações?


Série colocados à prova. Ebook.

4. Cavalcante, Rosane. Porque somos levados aos desertos e provações?


Série colocados à prova. Ebook.

5. Cavalcante, Rosane. Porque somos levados aos desertos e provações?


Série colocados à prova. Ebook.

6. Bevere, John. Vitória no deserto: como se fortalecer em tempos de sequidão.


[Tradução Maysa Montes]. – 1.ed. – Rio de Janeiro: Luz às Nações, 2016.

7. Bevere, John. Vitória no deserto: como se fortalecer em tempos de sequidão.


[Tradução Maysa Montes]. – 1.ed. – Rio de Janeiro: Luz às Nações, 2016.

8. Bevere, John. Vitória no deserto: como se fortalecer em tempos de sequidão.


[Tradução Maysa Montes]. – 1.ed. – Rio de Janeiro: Luz às Nações, 2016.

9. Cooke, Tonny. Atravessando as tempestades: o socorro que vem do céu


quando o inferno se levanta. Editora Rhema: Campina Grande, 2016.

10. Cooke, Tonny. Atravessando as tempestades: o socorro que vem do céu


quando o inferno se levanta. Editora Rhema: Campina Grande, 2016.

11. Cooke, Tonny. Atravessando as tempestades: o socorro que vem do céu


quando o inferno se levanta. Editora Rhema: Campina Grande, 2016.

12. Cavalcante, Rosane. Porque somos levados aos desertos e provações?


Série colocados à prova. Ebook.

13. Cavalcante, Rosane. Porque somos levados aos desertos e provações?


Série colocados à prova. Ebook.

CAPÍTULO 2
1.Bevere, John. Vitória no deserto: como se fortalecer em tempos de sequidão.
[Tradução Maysa Montes]. – 1.ed. – Rio de Janeiro: Luz às Nações, 2016.

2. Bevere, John. Vitória no deserto: como se fortalecer em tempos de sequidão.


[Tradução Maysa Montes]. – 1.ed. – Rio de Janeiro: Luz às Nações, 2016.

3. Bevere, John. Vitória no deserto: como se fortalecer em tempos de sequidão.


[Tradução Maysa Montes]. – 1.ed. – Rio de Janeiro: Luz às Nações, 2016.

CAPÍTULO 3
1. George, Jim. De Adão a Jesus – O perfil de 50 personagens que mudaram a
história. Traduzido por Maria de Lourdes Vaz Sppezapria. Graça Editorial: Rio
de Janeiro, 2012.

2. Bíblia de Estudo Cronológica: Aplicação Pessoal. Tradução Degmar Ribas


Júnior. – Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

3. Bíblia de Estudo Cronológica: Aplicação Pessoal. Tradução Degmar Ribas


Júnior. – Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

CAPÍTULO 4

1. Bíblia de Estudo Cronológica: Aplicação Pessoal. Tradução Degmar Ribas


Júnior. – Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

2. Bíblia de Estudo Cronológica: Aplicação Pessoal. Tradução Degmar Ribas


Júnior. – Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

3. Bíblia de Estudo Cronológica: Aplicação Pessoal. Tradução Degmar Ribas


Júnior. – Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

4.www.hernandesdiaslopes.com.br/o-que-podemos-aprender-com-a-palmeira-
o-simbolo-do-justo/ Mensagens pastorais. Publicado 27 de dezembro de 2016.
Acessado em 27 de fevereiro de 2019.

5. Bíblia de Estudo Cronológica: Aplicação Pessoal. Tradução Degmar Ribas


Júnior. – Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

6. Bíblia de Estudo Cronológica: Aplicação Pessoal. Tradução Degmar Ribas


Júnior. – Rio de Janeiro: CPAD, 2015.
CAPÍTULO 6
1. Bíblia de Estudo Shedd. 2. Ed. rev. E atual. no Brasil – São Paulo: Vida
Nova; Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1997.

2. Bíblia de Estudo Cronológica: Aplicação Pessoal. Tradução Degmar Ribas


Júnior. – Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

3.www.hernandesdiaslopes.com.br/o-que-podemos-aprender-com-a-palmeira-
o-simbolo-do-justo/ Mensagens pastorais. Publicado 27 de dezembro de 2016.
Acessado em 27 de fevereiro de 2019.

CAPÍTULO 8

1. Dicionário Vine (acrescentar a referencia completa)

2. Araújo, Reni. Obediência: o caminho para a benção. Ebook.

3. Malafaia, Silas. Temor a Deus: a base de uma vida vitoriosa. Editora Central
Gospel: Rio de Janeiro, 2007.

4. Malafaia, Silas. Temor a Deus: a base de uma vida vitoriosa. Editora Central
Gospel: Rio de Janeiro, 2007.

5. Malafaia, Silas. Temor a Deus: a base de uma vida vitoriosa. Editora Central
Gospel: Rio de Janeiro, 2007.

6. Araújo, Reni. Obediência: o caminho para a benção. Ebook.

7. Araújo, Reni. Obediência: o caminho para a benção. Ebook.

8. Araújo, Reni. Obediência: o caminho para a benção. Ebook.

9. Araújo, Reni. Obediência: o caminho para a benção. Ebook.

10. Araújo, Reni. Obediência: o caminho para a benção. Ebook.

11. Monteiro, Débora. Obedecendo em todo tempo: agindo em favor das


bênçãos. Ebook.

12. Monteiro, Débora. Obedecendo em todo tempo: agindo em favor das


bênçãos. Ebook.
13. Bíblia de Estudo Palavras Chave: Hebraico - Grego. Rio de Janeiro: CPAD,
2011.

14. Maldonado, Guillermo. Transformação Sobrenatural: troque o seu coração


pelo coração de Deus. Editora Central Gospel: Rio de Janeiro, 2015.

15. Maldonado, Guillermo. Transformação Sobrenatural: troque o seu coração


pelo coração de Deus. Editora Central Gospel: Rio de Janeiro, 2015.

16. Bíblia de Estudo Cronológica: Aplicação Pessoal. Tradução Degmar Ribas


Júnior. – Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

17. Bíblia de Estudo King James Atualizada. Sociedade Bíblica Ibero-


Americana. São Paulo: Abba Press, 2012.

18. Bíblia de Estudo King James Atualizada. Sociedade Bíblica Ibero-


Americana. São Paulo: Abba Press, 2012.

19. Bíblia de Estudo Cronológica: Aplicação Pessoal. Tradução Degmar Ribas


Júnior. – Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

CAPÍTULO 9

1. Hermínio, Luiz. Sacerdócio, Igreja e Reino. Itajaí: Vinde, 2018.

2. Campos, Adhemar. Adoração: um estilo de vida. São Paulo: Editora Fôlego,


2005.

3. Campos, Adhemar. Adoração: um estilo de vida. São Paulo: Editora Fôlego,


2005.

4. Campos, Adhemar. Adoração: um estilo de vida. São Paulo: Editora Fôlego,


2005.

5. Campos, Adhemar. Adoração: um estilo de vida. São Paulo: Editora Fôlego,


2005.

6. Shedd, Russel. Adoração Bíblica: os fundamentos da verdadeira adoração.


São Paulo: Vida Nova, 2007.

7. Shedd, Russel. Adoração Bíblica: os fundamentos da verdadeira adoração.


São Paulo: Vida Nova, 2007.
8.Johnson, Jerry. Adoração Reformada: a adoração é de acordo com as
escrituras. Junho de 2001.

9. Zschech, Darlene. Adorar Transforma Tudo: experimente a Presença de


Deus em cada momento da sua vida. Casa Criação: Flórida, 2016.

10. Zschech, Darlene. Adorar Transforma Tudo: experimente a Presença de


Deus em cada momento da sua vida. Casa Criação: Flórida, 2016.

11. Zschech, Darlene. Adorar Transforma Tudo: experimente a Presença de


Deus em cada momento da sua vida. Casa Criação: Flórida, 2016.

12. Araújo, Reni. Obediência: o caminho para a benção. Ebook.

13. Araújo, Reni. Obediência: o caminho para a benção. Ebook.

14. Araújo, Reni. Obediência: o caminho para a benção. Ebook.

15. Araújo, Reni. Obediência: o caminho para a benção. Ebook.

16. Araújo, Reni. Obediência: o caminho para a benção. Ebook.

CAPÍTULO 10
1. Franklin, Jentezen. Jejum: a disciplina particular que gera recompensas
públicas. Rio de Janeiro: Luz das Nações, 2015.

2. Franklin, Jentezen. Jejum: a disciplina particular que gera recompensas


públicas. Rio de Janeiro: Luz das Nações, 2015.

3. Maldonado, Guillermo. Ayuno de Rompimiento: accediendo al poder de


Dios. ERJ Publicaciones: Miami, 2018.

4. Maldonado, Guillermo. Ayuno de Rompimiento: accediendo al poder de


Dios. ERJ Publicaciones: Miami, 2018.

5. Franklin, Jentezen. Jejum: a disciplina particular que gera recompensas


públicas. Rio de Janeiro: Luz das Nações, 2015.

6. Maldonado, Guillermo. Ayuno de Rompimiento: accediendo al poder de


Dios. ERJ Publicaciones: Miami, 2018.

7. Maldonado, Guillermo. Transformação Sobrenatural: troque o seu


coração pelo coração de Deus. Editora Central Gospel: Rio de Janeiro,
2015.
8. Maldonado, Guillermo. Transformação Sobrenatural: troque o seu
coração pelo coração de Deus. Editora Central Gospel: Rio de Janeiro,
2015.

9. Maldonado, Guillermo. Transformação Sobrenatural: troque o seu


coração pelo coração de Deus. Editora Central Gospel: Rio de Janeiro,
2015.
DEPOIMENTOS SOBRE O LIVRO IDENTIDADE DE FILHO AMADO

“O livro Identidade de Filho Amado me fez experimentar


coisas incríveis – a voz de Deus tornou-se real para mim. No
período que o li, tive um sonho e nesse sonho eu estava muito
assustada em uma tempestade e era exatamente a situação real
que eu estava vivendo. Sou mãe de um casal de gêmeos que
nasceram muito prematuros e tiveram que ir para a unidade
neonatal. Nesse sonho, a voz de Deus foi muito real: “Filha sua
tempestade logo vai passar e você será muito feliz”. Cada página
que eu lia, tinha novas experiências. Teve uma página que chorei
tanto que não conseguia mais ler e tive uma forte impressão de
que Deus estava pegando minha mão. Foi muito real Deus
falando comigo durante toda a leitura.”

Ednalva Elpídio
João Pessoa / Paraíba

“Esse livro é extraordinário e tremendo. Proporciona para


quem o lê a revelação da Paternidade de Deus, arrancando da
orfandade espiritual. Eu, como ministro da Palavra de Deus por
mais de 15 anos me vi profundamente em cada página dessa
magnífica obra inspirada pelo Espírito Santo. Fui levado a refletir
e lembrar do relacionamento que não tive com meu pai natural e
também do relacionamento íntimo que não conseguia ter com
Deus Pai. Porém, a partir da leitura desse livro tudo está sendo
diferente.”

Pr. Porfírio Silva


Igreja de Cristo no Brasil
João Pessoa / Paraíba
“Há algum tempo eu recebi uma palavra profética, na qual
Deus me comunicou que O conheceria como Pai e eu teria a
certeza da minha identidade de filha dEle. O tempo passou e o
livro Identidade de Filho Amado chegou nas minhas mãos e
após iniciar a leitura fui tomada por uma fome intensa pela
Palavra e comecei a entender coisas que não entendia e minhas
dúvidas deixaram de existir. Já o li várias vezes e me identifico
muito com o que a escritora viveu; parece que é a minha história
escrita. Estou faminta pela Palavra e minha vida de oração deixou
de ser orações cheias de incredulidade para serem orações
enriquecidas pela Palavra. Não sou mais órfão, sou filha!”

Susana Cunha
Zurique/ Suíça

“Quando eu ganhei o livro Identidade de Filho Amado eu


estava numa situação muito difícil. Eu tive um bebê prematuro e
ele ficou todo entubado e eu não tinha ideia de quando meu bebê
iria receber alta. Quando vi o título do livro me perguntei se eu era
filha amada. Ao começar a leitura parecia que o livro tinha sido
escrito para mim. Cada página me dava mais força para lutar. Em
cada dificuldade que se apresentava eu aprendi a confiar em
Deus. O livro falava comigo de uma forma que me acalmava e eu
entendia que tinha que confiar em Deus. Posso dizer que tenho
um tesouro em palavras e quando alguém me pergunta por que
esse livro é tão especial para mim eu apenas respondo que
depois de ter lido eu pude ter a certeza de que sou uma filha
amada de Deus.”

Larissa Eduarda
João Pessoa / Paraíba
“Ao ler o livro Identidade de Filho Amado entendi porque
Deus é chamado de Deus do impossível. Enquanto o lia, Deus me
mostrou quais caminhos seguir e me ajudou a enterrar muitas
tristezas do passado. Depois da leitura fiquei faminta para ler a
bíblia e eu nunca pensei que pudesse sentir isso. Agora estou
entendendo mais sobre o poder do Espírito Santo e estou faminta
para ter mais intimidade com a Palavra de Deus. Ler esse livro
abriu muito a minha mente e o meu coração para ter
relacionamento com a Palavra. Minha mente está livre e meu
coração está cheio de paz e sei que Deus tem muito mais para
mim e vou conseguir desfrutar de tudo que Ele tem para minha
vida.”

Érica Priulli
Palmas / Tocantins

“Esse livro chegou numa hora muito oportuna. Ao iniciar a


leitura, comecei a ficar impactada e a ser impulsionada a estar
mais perto de Deus. Fez-me refletir o fato de estar a tanto tempo
na igreja e ainda continuar a mesma pessoa e decidi fazer as
mudanças e ajustes necessários para experimentar mais de
Deus. A leitura é apaixonante e abriu a minha mente, produzindo
mudanças na minha forma de pensar. Meu alvo tornou-se a
mudança das minhas atitudes e o desfrutar de uma vida
diferente.”

Janaína Maria
Natuba / Paraíba
“Em meio a cativeiros, lutando com inseguranças, medos e
incertezas, fui presenteada com o livro Identidade de Filho
Amado. Ao começar a leitura me deparei com a verdade de que
deveríamos pedir ao Espírito Santo para revelar Deus como Pai e
com a verdade de que quanto mais desejarmos conhecer a Deus
como Pai, mais tangível é a sensação da Sua companhia. Uau!
Pensei: então é só pedir. Coloquei-me em oração e então ouvi no
meu espírito: comerás o melhor desta terra, sendo árvore
plantada ao ribeiro de águas e dará seu fruto ao seu tempo. Uau!
Por meio desse livro pude chamar Deus de Pai e com a revelação
do Espírito Santo agora vejo Deus como meu Pai.”

Lucília Alves da Cunha


Pimenta Bueno / Rondônia
DEPOIMENTOS SOBRE O LIVRO UM CONVITE AO LUGAR SECRETO

“Quando penso na obra redentora de Jesus Cristo, o


preço que foi pago, o sacrifício que lhe foi exigido, vejo o
quanto o nosso Pai almeja a comunhão com os filhos. E
percebo que vivemos num tempo que o amor e o desejo
pelo Pai não têm sido a primazia na vida da maioria dos
cristãos. Aprendi que mais importante do que falar que amo
a Deus é a forma como tenho demonstrado esse amor na
minha forma de viver. Neste fantástico e poderoso livro,
Deus inspirou a escritora a mostrar, nas escrituras, o
resultado na vida daqueles que o priorizaram e viveram um
relacionamento com Ele, não apenas do que eles
realizaram. A medida que caminhamos em intimidade com
o Pai será a medida com a qual Ele se revelará a nós.
Minha oração é que, à medida que você leia esse livro, não
apenas uma consciência venha sobre você acerca da
importância de termos tempo com o Pai, mas uma profunda
revelação que irá penetrar teu coração ao ponto de te
impulsionar para o secreto. O secreto! Lugar onde tudo
acontece, o lugar onde você mais irá desejar estar, o lugar
sem o qual você não viverá!”

Giácome Travassos
Ministro ordenado pelo
Ministério Verbo da Vida.
Supervisor do Ministério Verbo
da Vida na região metropolitana
de João Pessoa/ PB.
Professor do Centro de Treinamento
Bíblico Rhema Brasil.

“Ao ler este livro eu fiquei impactada, entusiasmada


e empolgada com tantas verdades contidas nele. Uma
leitura que nos desperta a estar no lugar secreto, sabendo
que lá teremos uma comunhão tremenda com o nosso
Pai, respostas que tanto queremos ouvir, direções que
precisamos tomar. Não tem como continuarmos com a
mesma vida de oração ao nos deliciarmos com a
inspiração que a autora recebeu e transmitiu neste livro. O
meu desejo é que essas verdades possam chegar às
mãos de todos os cristãos e que todos possam ter
experiências próprias com Deus.”

Patrícia Travassos
Ministra ordenada pelo
Ministério Verbo da Vida.
Supervisora do Ministério Verbo
da Vida na região metropolitana
de João Pessoa/ PB.
Professora do Centro de Treinamento
Bíblico Rhema Brasil.

“Este livro nos revela as chaves que reacendem o


desejo de buscarmos a Deus. O nosso espírito e a nossa
alma respondem a essa certeza com uma profunda
conexão. Existe um lugar secreto onde Deus está pronto
para nos ouvir e ver o nosso coração. Compreendi que é
nesse lugar que nos tornamos frutíferos para o reino
verdadeiro. A autora imprimiu neste livro, de forma
talentosa e inspiradora, os segredos do lugar secreto - o
lugar de encontro com nosso amado Pai. Um livro de fácil
compreensão e altamente desafiador, nos influenciando a
melhorar cada vez mais o nosso momento secreto com
Deus. O livro me fez compreender que, quando entramos
no lugar secreto, entregamos nossos medos, anseios e
necessidades ao Senhor. Ele está no controle de nossas
vidas.”
Missionária Aurilia Abrantes Q. Pereira
Dirigente do Círculo de Oração
do Betel Brasileiro no Geisiel.
João Pessoa / Paraíba.
“Este livro proporciona ao leitor a vontade de
aprofundar-se no secreto com Deus, pois suas palavras
são vivas a ponto de penetrar dentro da alma,
transformando de dentro para fora.
Esse lugar é somente frequentado por filhos apaixonados
que compreenderam a necessidade de depender do
Espírito Santo.”

Pastora Fabiana Gomes Machado


Igreja Bíblica Restaurando Vidas.
João Pessoa/ Paraíba

“A escritora nos faz entender, com clareza e muita


unção, o quanto somos dependentes desse lugar, nos
mostra através de exemplos dos grandes líderes bíblicos
como eles mantiveram esse lugar ocupado. Nesse lugar
somos tratados, curados e direcionados.
Manter vazio o lugar secreto ou o quarto de oração é não
ter intimidade com Deus e deixar de ouvi-lo significa
perder a comunhão.
É um livro de suma importância para o momento atual, no
qual as distrações e as preocupações têm nos envolvido
de forma tal a ponto de não termos tempo para estar a
sós com Deus. Desejo que cada leitor seja impactado de
forma grandiosa, que suas vidas de oração nunca mais
sejam as mesmas.”

Missionária Helena Evangelista


Igreja Batista Nacional em Miramar
João Pessoa/Paraíba
“A escritora presenteou-nos com a mais rica
experiência de como filhos de Deus termos acesso a esse
lugar que nos disponibiliza ferramentas - verdadeiros
tesouros que nos enraízam para termos uma jornada de
vida secular e ministerial firmes.
O inimigo da nossa alma fará de tudo para nos distrair e
nos ocupar para manter esse lugar vazio, pois o secreto é
o lugar que, quando frequentado, provoca em nós
mudanças que nos tornam valentes e frutíferos para o
reino de Deus.
Estar nesse lugar pode, inicialmente, parecer doloroso
para nossa alma, mas ao permanecermos, se tornará
prazeroso. Desfrute dessa obra e viva o prazer de
experimentar o melhor de Deus para sua vida, ainda que
as circunstâncias mostrem o contrário a você.
Invista tempo nesse lugar! Você e Deus é maioria.”

Eliane Dantas
Membro da Igreja Batista
Nacional em Miramar
João Pessoa/ Paraíba

“Quando me deparo com a dispensação de


conhecimentos revelados de tamanha profundidade, me
sinto fortemente alegre por testemunhar ferramentas
celestiais sendo distribuídas liberalmente pelo PAI aos
seus filhos e, esta obra é exatamente um exemplar de tais
ferramentas. Uma obra incrivelmente alinhada com o
momento profético da igreja de CRISTO, nos fazendo
sentir o sabor de desfrutar da Presença do ALTÍSSIMO de
forma plena. Senti-me como um mergulhador recebendo
equipamentos de alta tecnologia para ir ainda mais
profundo, ir a níveis onde não é possível ser alcançado
pelo barulho, nem exista outra frequência senão a da voz
de DEUS! Leitura muito prazerosa, capaz de nos conduzir
a um crescimento instantaneamente. Esta obra é
carregada de unção que facilmente nos traz à percepção
os rompimentos da nossa musculatura espiritual, nos
tornando maiores e mais cheios do ESPÍRITO
SANTO! Deus nos presenteou através da escritora e nos
chama a uma sintonia ainda mais fundamentada, firme e
poderosa!”
Diego Barbosa Lopes
Membro da Igreja Batista Buscai e Vivei
João Pessoa/ Paraíba

“Este livro é riquíssimo em clareza, poderoso em


palavras e é nítida a intimidade que desenvolvemos
quando nos dispomos a estar nesse lugar.
Ele é um instrumento impulsionador para uma vida com
Deus. De forma clara e objetiva, a escritora descreve suas
experiências com Deus, relata o que Ele fez e anda
fazendo em sua vida.
Este livro traz chaves poderosíssimas para um
crescimento, tanto na vida secular como ministerial.
Deus nos convidou para estarmos com ele no LUGAR
SECRETO.”

Henrique Guedes
Membro da Igreja Verbo da Vida
João Pessoa/ Paraíba

“Este livro me fez mergulhar em águas profundas e


desse mergulho não quero voltar mais, quero mais e
mais. Sou agradecida à escritora por nos proporcionar
esse conhecimento tão profundo que o Espírito Santo a
presenteou. Diante do que li não sou mais a mesma.”

Sandra Márcia C. Guedes


Membro Igreja Verbo da Vida
João Pessoa/ Paraíba

“Este livro é extraordinário e através da leitura


decidi refazer minha estrada e me lançar neste lugar
chamado secreto.
A profundidade do conteúdo desse livro revela uma
grande unção e o quanto a escritora é agraciada por
Deus.”

Dra. Fátima Oliveira


Membro da Primeira Igreja Batista
João Pessoa/PB
“Como cristã, sempre me dediquei para me
enquadrar no perfil das virgens prudentes que mantinham
suas lâmpadas acesas.
Confesso que há momentos em que o vento sopra tão
forte que o pavio só fumega, mas a partir da leitura desse
livro estou esperando o noivo cheia de confiança, mesmo
sem saber o dia e a hora, com minha lâmpada abastecida
de azeite.
É assim que me sinto após a leitura deste livro: minha
lâmpada está abastecida e o noivo vem.”

Graça Felisberto
Membro da Igreja Evangélica
Batista de Jaguaribe
João Pessoa/ Paraíba

“Este livro me levou a águas mais profundas e a um


nível de intimidade maior com Espírito Santo. Meu desejo
é que todos os pastores e líderes tenham acesso a essas
poderosas verdades e que elas fiquem impregnadas
dentro deles porque a vitalidade do nosso ministério
depende exclusivamente da nossa presença nesse lugar.
Creio que esse livro nasceu no coração de Deus para um
grande despertar na nossa nação.”

Pr. Emerson Tavares


Igreja Fogo para as Nações
Ipatinga/ Minas Gerais

Você também pode gostar