Você está na página 1de 7

TIPOS DE VASOS

E SUAS UTILIDADES

Por: Geisiel Santos

II Coríntios 4.7

"Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de
Deus, e não de nós."

INTRODUÇÃO

O vaso é um recipiente normalmente côncavo que pode ser fabricado de diversos materiais e
ser utilizado para conter líquidos ou sólidos. O vaso é de grande valia para o uso doméstico, ou
comercial para o carregamento, ou armazenamento de produtos a ser posteriormente
utilizados.

Na Bíblia, o vaso acabou ganhando também um segundo significado. Ao falar de vasos


(especialmente no Novo Testamento), a Bíblia refere-se muitas vezes aos crentes em Cristo
Jesus que estão à sua disposição para serem usados na obra de Deus.
Somos vasos escolhidos para diferentes obras, e portanto, vasos diferentes entre si, no
entanto, todos dependentes do único dono que nos leva para onde quer e nos enche dos
ingredientes que ele quer.

“E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e
outros para pastores e doutores,” (Efésios 4. 11)

DIVERSIDADE DE VASOS

Observe o que Paulo escreveu para Timóteo em II Timóteo 2.20: “Ora, numa grande casa não
somente há vasos de ouro e de prata, mas também de pau e de barro; uns para honra,
outros, porém, para desonra.”

Neste texto Paulo nos chama a atenção para a diversidade de vasos que existem em uma casa,
assim como o uso diferenciado de cada um deles.

O que diferencia um vaso de honra de um vaso de desonra não é o seu material primário, o
fator de ser de ouro, ou de pau, não faz diferença na honra do vaso e sim, a forma como ele é
utilizado.

Existem mansões em que o vaso sanitário é detalhado com ouro e prata, mas que na sala de
visitas, ou na varanda principal, tem vasos de barro e de madeira para serem admirados pela
sua forma artesanal.

Neste caso, qual dos dois é o vaso de honra, e qual é o de desonra? O de barro, ou o de ouro?

Na obra de Deus não é diferente, tem mais valor aquele que se deixa usar melhor.
CADA VASO, UM TRATAMENTO

“Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e
outro para desonra? E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu
poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a perdição, para que
também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que para
glória já dantes preparou,”

(Romanos 9.21,22,23)

No versículo 21, temos a essência do evangelho. Apesar das diferentes formas de uso, somos
todos de uma mesma massa, ou seja, ninguém é melhor do que o seu próximo.

No versículo 22 vemos a paciência de Deus demonstrada ao suportar os “vasos de ira”, os


filhos da perdição, vasos que dedicaram a sua existência ao pecado e a profanação da obra de
Deus. Paulo diz que Deus suportou com paciência para que através disso, outros conhecessem
o seu poder.

No versículo 23, Paulo escreve dizendo que a paciência de Deus para com os vasos de ira, foi
porque o seu alvo era mostrar as riquezas da sua glória e misericórdia, para com os vasos de
misericórdia, ou seja, Deus tem um cuidado especial para que os vasos obedientes,
misericordiosos e fieis conheçam as riquezas da glória de Deus.

É impressionante a forma diferenciada com que Deus trata com cada vaso, isso não se trata de
acepção de pessoas, cada um de nós recebe de acordo com o nosso trabalho e necessidade
sendo acrescentadas as infinitas misericórdias de Deus, pois se não fosse por elas, os vasos de
ira já não existiriam mais.
VASO ESCOLHIDO

Em Atos 9.15, Paulo foi chamado por Jesus de “Vaso Escolhido”.

A escolha de um vaso se dá quando a obra está necessitada de um serviço e nenhum dos vasos
presentes se dispõe a fazê-lo. Ao ser assento aos céus, Jesus deixou a ordem para que seus
discípulos pregassem até os confins da terra, porém, isso não aconteceu, ficaram concentrados
em Jerusalém e esqueceram as demais nações.

Permitido por Deus, Paulo desencadeou uma perseguição que espalhou os discípulos levando-
os a viajarem e pregarem em cidades distantes, sendo assim, Deus escolheu fazer melhor uso
daquele vaso de ira e transformá-lo em um vaso de misericórdia.

Paulo foi aonde o discípulo não quiseram ir, e pregou em nações em que os discípulos não
quiseram entrar, portanto, foi um vaso especialmente escolhido para a obra missionária.

LIMPANDO O VASO ESCOLHIDO

“Tira da prata as escórias, e sairá vaso para o fundidor;” (Pv. 25.4)


Em Jeremias 18 do 1 ao 6, o povo de Deus é comparado a vasos na mão do oleiro, o oleiro
projeta, forma, seca e limpa para que o vaso esteja pronto para ser utilizado.

No caso de Paulo, temos a reforma de um vaso, ele foi feito por Deus, mas desviou-se para o
pecado manchando-se com as marcas do mundo. Neste caso, o oleiro o pega novamente, tira
as escórias (sujeiras que grudam no corpo do vaso) e o limpa novamente para que ele esteja
pronto para uso.

Em Isaías 66.20, o Senhor faz alusão aos vasos limpos em que os filhos de Israel traziam as
suas ofertas, ou seja, qualquer vaso para ser levado e utilizado no templo deveria primeiro
passar por um processo de purificação.

Esse processo se repete ainda hoje, não nos templos humanos em que congregamos, mas no
templo celestial, Deus primeiro purifica o vaso, o santifica e só então, ele estará pronto para
entrar nos céus, lavado e remido no sangue de Jesus.

O TIPO DE VASO QUE DEUS USA

“Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de
Deus, e não de nós.” (II Coríntios 4.7)

Nos tempos antigos, era costume guardar as melhores jóias e riquezas em vasos simples de
barro. A idéia era a seguinte: uma vez que um ladrão entrasse na casa, ele olharia primeiro
para os vasos de ouro, prata e pedras preciosas, pela beleza dos vasos, eles com certeza
seriam os escolhidos para serem roubados, enquanto isso, todo o dinheiro e jóias
permaneciam seguros em vasos sem aparência.
Da mesma forma, quando o anfitrião queria mostrar as suas jóias aos convidados, eles ficavam
atentos apenas na beleza das jóias e não perdiam tempo admirando o vaso em que elas
estavam guardadas, já que eram vasos de barro comum e, portanto, sem beleza externa.
Sendo assim, a admiração e os elogios ficavam exclusivamente para o conteúdo do vaso e não
para o seu exterior.

Deus está a procura de vasos de barro, pessoas simples que possam carregar dentro de si os
dons de Deus sem querer chamar a atenção. Todos querem ser de ouro e prata para ganhar
elogios, tomar a glória de Deus e ser estimado pelos admiradores, mas este não é o plano de
Deus.

Deus não tem interesse em levantar super-homens, não é plano de Deus nos encher de fama e
fazer com que as pessoas corram para se encontrarem conosco, o Senhor quer vasos de barro,
vasos sem aparência (não falo de ser feio e descuidado, e sim de ser humilde) para que apenas
o seu conteúdo seja admirado.

Que a sua chamada seja admirada, mas você não, que a sua adoração seja admirada, mas você
não, que os dons que há em ti sejam admirados, mas você não. A glória que é de Deus fica
para Deus, o louvor, a honra e os elogios, deixe apenas para Deus, eu e você somos só
pequenos vasos, apenas vasos.

CONCLUSÃO

Que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra; (I Ts. 4.4)

Diante do que aprendemos neste estudo, devemos procurar ser um vaso de valor, não o valor
do mundo, mas o valor de Deus, que é a mansidão e humildade.
Tendo esses dois ingredientes básicos, estaremos se encaminhando para que Deus tire de nós
toda a escória e nos escolha para guardar as suas jóias de valor. Não precisa ser um vaso de
ouro ou de prata, basta ser um vaso de honra, pronto para fazer a vontade do nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo.

“Antes, santificai ao SENHOR Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para
responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em
vós;”

(I Pedro 3. 15)

“De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e
idôneo para uso do Senhor, e preparado para toda a boa obra. Foge também das paixões da
mocidade e segue a justiça, a fé, o amor, e a paz com os que, com um coração puro, invocam
o Senhor e rejeita as questões loucas, e sem instrução, sabendo que produzem contendas. Ao
servo do Senhor não convém contender, mas sim, ser manso para com todos, apto para
ensinar, sofredor, Instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura Deus lhes
dará arrependimento para conhecerem a verdade, e tornarem a despertar, desprendendo-se
dos laços do diabo, em que à vontade dele estão presos.”

(II Timóteo 2. 21 ao 26)

Você também pode gostar