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RELATO nº1: Espírito Imperfeito

Este Espírito apresenta-se espontaneamente ao médium, reclamando preces.

1. Que vos leva a pedir preces? — R. Estou farto de vagar sem objetivo. 2 — Estais há muito em
tal situação? — R. Faz cento e oitenta anos mais ou menos. 3 — Que fizestes na Terra? — R.
Nada de bom.
2. Qual a vossa posição entre os Espíritos? — R. Estou entre os entediados. 2 — Mas isso não
forma categoria… — R. Entre nós, tudo forma categoria. Cada sensação encontra suas
semelhantes, ou suas simpatias que se reúnem.

RELATO nº2: Espírito Bom

1. (Depois da evocação.) Estais presente? — R. Sim. No dia da minha morte vos persegui com a
minha presença, e resististes às tentativas que fiz para escreverdes. 2 As palavras, que a meu
respeito dissestes, deram ocasião a que vos reconhecesse, e daí o desejo de me entreter
convosco para vosso benefício.
2. Bom como éreis, por que sofrestes tanto? — R. Porque ao Senhor aprouve fazer-me sentir
duplamente por esse meio o preço da minha libertação, querendo ao mesmo tempo que na Terra
progredisse o mais possível.
3. A ideia da morte causou-vos terror? — R. Tinha bastante fé em Deus para que tal não
sucedesse.
4. O desprendimento foi doloroso? — R. Não. Isso que denominais últimos momentos, nada é. Eu
apenas senti um rápido abalo, para encontrar-me logo feliz, inteiramente desembaraçado da
mísera carcaça.

RELATO Nº3

2. Descrevei-nos agora a transição, o despertar e as primeiras impressões que aí recebestes.


R. Eu sofri, mas o Espírito sobrepujou o sofrimento material que o desprendimento em si lhe
acordava. 2 Depois do último alento, encontrei-me como que em desmaio, sem consciência do
meu estado, não pensando em coisa alguma, numa vaga sonolência que não era bem o sono
do corpo nem o despertar da alma. 3 Nesse estado fiquei longo tempo, e depois, como se
saísse de prolongada síncope, lentamente despertei no meio de irmãos que não conhecia. Eles
prodigalizavam-me cuidados e carícias, ao mesmo tempo que me mostravam no Espaço um
ponto algo semelhante a uma estrela, dizendo: “É para ali que vais conosco, pois já não
pertences mais à Terra.” 4 Então, recordei-me; e, apoiada sobre eles, formando um grupo
gracioso que se lança para as Esferas desconhecidas, mas na certeza de aí achar a felicidade,
subimos, subimos, à proporção que a estrela se engrandecia… 5 Era um mundo feliz, um
centro superior no qual a vossa amiga vai repousar. Quando digo repouso, quero referir-me às
fadigas corporais que amarguei, às contingências da vida terrestre, não à indolência do
Espírito, pois que este tem na atividade uma fonte de gozos.

RELATO Nº4

Rezam as tradições do mundo espiritual que na direção de todos os fenômenos, do nosso


sistema, existe uma Comunidade de Espíritos, em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras
da vida de todas as coletividades planetárias.
Essa Comunidade de seres da qual é Jesus um dos membros divinos, ao que nos foi dado
saber, apenas já se reuniu, nas proximidades da Terra, para a solução de problemas decisivos da
organização e da direção do nosso planeta, por duas vezes no curso dos milênios conhecidos.
RELATO Nº5

“Por enquanto apenas consegui desprender-me e dificilmente vos posso falar. A queda que me
ocasionou a morte do corpo perturbou profundamente o meu Espírito. Inquieta-me esta incerteza
cruel do meu futuro. O doloroso sofrimento corporal experimentado nada é comparativamente a
esta perturbação. Orai para que Deus me perdoe. Oh! que dor! Oh! graças, meu Deus! que dor!
Adeus.

Por que sofrer ainda, quando o corpo não mais sofre? Por que existir sempre esta dor horrenda,
esta angústia terrível? Orai, oh! orai para que Deus me conceda repouso… Oh! que cruel
incerteza!” 

RELATO Nº6: Espírito Bom

 “Encerrada a sessão daquela terça-feira, Miguel saiu, sendo na rua abordado por um homem,
cabelos em desalinho, cansado e aflito, a dizer-lhe:
      “ – Miguel, estou sem emprego, com a mulher e dois filhos doentes e famintos. E eu mesmo,
como vê, estou sem alimento e febril...
       “Miguel, apiedado, verificou se tinha algum dinheiro para dar. Mas não encontrou nada, além
da passagem do bonde. Levantou então os olhos em prece silenciosa, pedindo inspiração divina.
Depois, virando-se para o irmão, disse comovido:
       “ – Meu filho, você tem fé em Nossa Senhora? Sim, a Mãe do Divino Mestre Jesus?”
      “- Tenho, sim, e muita, Miguel!
      “ – Pois então, meu filho, em nome da Virgem Santa, receba este abraço”.
      “E abraçou o desesperado irmão, envolvente e demoradamente.
       “ E, despedindo-se dele,  disse o Miguel: - Vá, meu filho, na Paz de Jesus e sob a proteção
de Maria, Mãe de Deus. E, ao chegar em casa, faça o mesmo com seus familiares, abraçando-os
e afagando-os com ternura. E confie n’Ela, sim, no Amor de Maria, que seu caso será resolvido.

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