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Natasha Giarola Fragoso de Oliveira

INDICADORES PARA AVALIAR PRÁTICAS DE


SUSTENTABILIDADE NAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE
ENSINO SUPERIOR BRASILEIRAS

Tese apresentada ao Programa de


Doutorado em Administração da
Universidade Federal de Santa Catarina
– PPGA/UFSC
Orientador: Prof. Dr. Hans Michael
Van Bellen
Coorientadora: Profa. Dra. Clerilei
Aparecida Bier

Florianópolis, SC
2018
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pela determinação e perseverança em


concretizar meus objetivos.
À minha família, pelo apoio às minhas decisões, em especial
minha mãe, Marli Giarola Fragoso de Oliveira, meu pai, José Fragoso
de Oliveira, meu irmão, João Pedro Fragoso de Oliveira, minha irmã,
Paula Giarola Fragoso de Oliveira e meu cunhado Orlando Martins.
À Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), ao
Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA/UFSC), pela
estrutura física, acadêmica como também aos participantes da pesquisa
da UFSC e do Instituto Federal Catarinense (IFC), Instituto Federal de
Santa Catarina (IFSC), Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)
pela possibilidade da realização desse estudo.
Aos professores do Doutorado, em especial ao meu orientador
professor Dr. Hans Michael Van Bellen pela disponibilidade e
orientação nesse processo. A minha coorientadora e amiga,
professora Dra. Clerilei Aparecida Bier, pela dedicação e cumplicidade
para a conclusão desse projeto.
Aos professores doutores, Daniel Moraes Pinheiro, Irineu
Manoel de Souza e Sulivan Desirée Fischer pela disponibilidade em
participar como membros da banca examinadora deste trabalho e pelas
preciosas contribuições.
À Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), ao
Aroldo Schambeck e Maurício Santos Küster, pela compreensão que
viabilizaram a conclusão desse trabalho.
À turma de Doutorado de 2015, colegas que partilharam comigo
esse processo de descobrimento e conhecimento, demonstrando amizade
e cumplicidade, em especial à Ilane Frank e Eduardo Sigaúque Morgan.
Ao Observatório da Sustentabilidade e Governança da UFSC,
em especial à Maira Mieko Botomé, Mônica Beppler Kist, Diego Fiel
Santos e Gilberto Sales pela amizade e apoio acadêmico, elementos
fundamentais nesse processo.
Aos meus amigos, sempre presentes na minha vida, em especial
à Carla Cristina Silveira Trilha, Manoela de Oliveira Muller, Aichely
Rodrigues, Fabiana Teixeira da Rosa, Luana Rosskamp, Willian Tadeu
Melcher Jankovski Leite, Cláudio João Fernandes e Rogério Simões
pelo incentivo e apoio nesse período.
Ao Marcus Vinícius Israel, pelo incentivo e cuidado ao longo
de toda a trajetória e de tantas outras.
A todos, a minha profunda gratidão.
“Nascer, morrer, renascer ainda e progredir
sempre, tal é a lei.”

(Allan Kardec, 1870)


RESUMO

O presente estudo teve como objetivo propor indicadores de


sustentabilidade adaptados à realidade das instituições federais de
ensino superior IFES brasileiras, considerando os contextos normativo,
administrativo, político-cultural e socioeconômico. O estudo
fundamentou-se em uma pesquisa sistemática na qual levantou-se um
universo de aproximadamente 2.000 artigos na qual foi possível
observar uma evolução das ferramentas de sustentabilidade ao longo de
23 anos. As ferramentas de maior incidência dentre os anos de 2016 e
2017 foram: Sustainability Tracking, Assessment and Rating System
(STARS), Sustainability Assessment Questionnaire (SAQ) e Assessment
Instrument for Sustainability in Higher Education (AISHE). Dentre eles,
o STARS foi escolhido como eixo principal deste estudo, em função de
sua amplitude conceitual e objetividade metodológica. A partir das áreas
de atuação institucional analisadas, a de operações foi selecionada como
principal, a fim de atender critérios de objetividade quanto às
possibilidades de verificação e de implementação de tais práticas. Os
indicadores selecionados foram qualificados e validados por meio de
questionário junto a especialistas da área, servidores atuantes na área
técnica e professores que estivessem envolvidos com ações de
sustentabilidade nas instituições, com horizonte de aplicação nas
Instituições no curto prazo (1 a 4 anos). Considerando a necessidade de
representar diferentes realidades institucionais no estudo, optou-se por
organizações participantes do Fórum de Gestão Integrada das
Instituições Federais de Ensino de Santa Catarina (FORGIFESC), que
compreendem as Instituições de Ensino Superior Federais de Santa
Catarina - Instituto Federal Catarinense (IFC), Instituto Federal de Santa
Catarina (IFSC), Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Como resultado foi
possível, por meio da análise por triangulação e validação junto aos
especialistas, propor 19 indicadores de sustentabilidade distribuídos nos
seguintes critérios: Ar e Clima, Edificações, Energia, Alimentos e
Serviços de Refeição, Solo, Compras, Transporte, Desperdício e Água.
Esta pesquisa possibilitou aprofundar a compreensão teórica e a reflexão
científica sobre o fenômeno estudado, bem como oferecer uma
ferramenta de gestão da sustentabilidade aplicável às IFES brasileiras.

Palavras-chave: Indicadores, Sustentabilidade, Universidade,


Avaliação, Ferramenta, Administração Pública Brasileira.
ABSTRACT

The present study aims to propose sustainability indicators adapted to


the reality of the federal institutions of higher education in Brazil,
considering the normative, administrative, political-cultural and
socioeconomic contexts. The study was based on a systematic research
in which a universe of approximately 2,000 articles was raised, in which
it was possible to observe an evolution of the tools of sustainability over
23 years. The tools of greatest incidence between the years 2016 and
2017 were Sustainability Tracking, Assessment and Rating System
(STARS), Sustainability Assessment Questionnaire (SAQ) and
Assessment Instrument for Sustainability in Higher Education (AISHE).
Among them, the STARS was chosen as the main axis of this study, due
to its conceptual breadth and methodological objectivity. From the areas
of institutional performance analyzed, was selected “operations” as the
main one, in order to meet criteria of objectivity regarding the
possibilities of verification and implementation of such practices. The
selected indicators were qualified and validated by means of a
questionnaire with specialists in the area, employees working in the
technical area and teachers who were involved in sustainability actions
in the institutions, with a horizon of application in the Institutions in the
short term (1 to 4 years). The Forum of Integrated Management of the
Federal Institutions of Education of Santa Catarina (FORGIFESC),
which includes the Federal Higher Education Institutions of Santa
Catarina - Federal Institute of Santa Catarina (IFC), Federal Institute of
Santa Catarina (IFSC), Federal University of Southern Border (UFFS)
and Federal University of Santa Catarina (UFSC), was chosen as sample
space for the study, because it contains different typologies and
Brazilian institutional realities. As a result, it was possible, through the
analysis by triangulation and validation to the specialists, to propose 19
sustainability indicators distributed in the following criteria: Air and
Climate, Buildings, Energy, Food and Meals, Soil, Procurement,
Transport, Waste and Water. This research made it possible to deepen
the theoretical understanding and the scientific reflection on the studied
phenomenon, as well as to offer a sustainability management tool
applicable to the Brazilian IFES.

Keywords: Indicators, University, Assessment, Tools, Brazilian Public


Administration.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

3Ps - People, Planet, Profit


AASHE - Associação para o Avanço da Sustentabilidade no Ensino
Superior
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
ABNT NBR ISO 14020 - Norma para o desenvolvimento e uso de
rótulos e declarações ambientais
ACUPCC - Compromisso de Carbono da Second Nature
AISHE - Assessment Instrument for Sustainability in Higher Education
AP - Administração Pública
APP - Área de preservação Permanente
AUA - Alternative Universal Appraisal
BPOA - Conferência do Programa de Ação de Barbados
BREEAM - Método de Avaliação Ambiental do Building Research
Establishment (BRE)
C - Currículo
CA - Características Acadêmicas
CASAN - Companhia Catarinense de Água e Saneamento
CASBEE - Comprehensive Assessment System for Built Environment
Efficiency
CCA - Arseniato de cobre cromatado
CDB - Convenção sobre Diversidade Biológica
CEBDS - Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento
Sustentável
CEPSH - Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos
CF - Constituição Federal
CFC - Clorofluorocarboneto
CGH Protocol - Centralized genetic-based clustering protocol for
wireless sensor networks
CGIEE - Comitê Gestor de Indicadores e Níveis de Eficiência
Energética
CGRL - Coordenação-Geral de Recursos Logísticos
CGU - Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União
CI - Características Institucionais
CIB - Conselho Internacional da Construção
CIM - Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima
CIR - Comitê de Investidores
CISAP - Comissão Interministerial de Sustentabilidade na
Administração Pública
CITE-AMB - Red de Ciencia, Tecnología, Innovación y Educación
Ambiental en Iberoamérica
CMMAD - Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento
CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente
CRLE - Centro de Respeito à Vida e Meio Ambiente
CRUE - Conference of Rectors of Spanish Universities
CSAD core - Campus Sustainability Assessment Framework Core
CSAF - Campus Sustainability Assessment Framework
CSARP - Campus Sustainability Assessment Review Project
DASP - Departamento Administrativo do Serviço Público
DELOG/SLTI - Departamento de Logística da Secretaria de Logística e
Tecnologia da Informação
DHO - Fundação Holandesa para o Ensino Superior Sustentável
DR - Desenvolvimento e Recompensa a Professores e Funcionários
DUK - German Commission for UNESCO
EBSCOhost - Information Service of provider of research databases
EFQM - Fundação Europeia para a Gestão da Qualidade
EMS - Environmental Management System Self- Assessment
EN - Engajamento
ENCE - Etiqueta Nacional de Conservação de Energia
EPEAT - Electronic Product Environmental Assessment Tool
EPEAT Gold rótulo - sistema global de avaliação para equipamentos
eletrônicos ecologicamente amigáveis
ES - Extensão e Serviço
EUA - Estados Unidos da América
FML - Fundo Multilateral para a Implementação do Protocolo de
Montreal
FORGIFESC - Fórum de Gestão Integrada das Instituições Federais de
Ensino de Santa Catarina
FSC - Forest Stewardship Council
FTE - Full Time Equivalent
GBC Brasil - Green Building Council Brasil
GEE - Gases de Efeito Estufa
GEN - Global Ecolabelling Network
GESPÚBLICA - Programa Nacional de Gestão Pública e
Desburocratização
GM - Green Metric
GMID - Graz Model for Integrative Development
GP - Green Plan
GRI - Global Reporting Initiative Modified for Universities
GVces - Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio
Vargas
HCFC - Hidrofluorocarboneto
HE - Higher Education
HE 21 - Higher Education 21’s Sustainability Indicators
HEPS - Higher Education Partnership for Sustainability
HESI - Iniciativa de Sustentabilidade do Ensino Superior
HIV/AIDS - Síndrome causada pelo vírus da imunodeficiência humana
ID - Indicadores de Desempenho
IES - Instituições de Ensino Superior
IFC - Instituto Federal Catarinense
IFES - Instituições federais de ensino superior
IFSC - Instituto Federal de Santa Catarina
IISD - International Institute for Sustainable Development
IN - Instrução Normativa
INK - Instituto Holandês de Gestão da Qualidade
IL - Inovação & Liderança
IPCC - Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas
IPI - Imposto sobre produtos Industrializados
ISCN-GULF - The International Sustainable Campus Network
IPVA - Imposto sobre a propriedade de veículos automotores
IUE - intensidade de uso de energia
LCCA - Análise de Custo do Ciclo de Vida
LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional do Brasil
LEED - Leadership in Energy and Environmental Design
MBRE - Mercado Brasileiro de Reduções de Emissões
ME - Módulo Educação
MI - Módulo Identidade
MIE - Missão Institucional, Estrutura e Planejamento
MIP - Manejo Integrado de Pragas
MMA - Ministério do Meio Ambiente
MME - Ministério de Minas e Energia
MO - Módulo Operações
MP - Módulo Pesquisa
MPOG - Ministério de Planejamento Orçamento e Gestão
MS - Módulo Sociedade
MSI - Conferência da Estratégia de Implementação da Maurícia
NWF - National Wildlife Federation’s State of the Campus Environment
OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico
ODS - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
OE - Oportunidades Estudantis
OECD - Organization for Economic Co-operation and Development
ODMs - Objetivos de Desenvolvimento do Milênio
ONGs - Organizações não Governamentais
ONU - Organização das Nações Unidas
OP - Operações
PA - Planejamento e Administração
PB - Pesquisa e Bolsa de Estudo
PBE - Programa Brasileiro de Etiquetagem
PBE - V - Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular);
PDCA - Plan, Do, Check, Act
P&P - People & Planet
PLS - Plano de Logística Sustentável
PNEF - Programa Nacional de Eficiência Energética
PNLT - Plano Nacional de Logística e Transportes
PNMC - Política Nacional sobre Mudança do Clima
PNUMA - Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
PP - Política Pública
PPs - Políticas Públicas
PROCONVE - Programa de Controle de Emissões Veiculares
PROINFA - Programa de Incentivo às Fontes Alternativas
PRONAR - Programa Nacional de Controle de Qualidade do Ar
PronaSolos - Programa Nacional de Levantamento e Interpretação de
Solos do Brasil
PVC - Policloreto de vinila
SAQ - Sustainability Assessment Questionnaire
SciELO - Scientific Electronic Library Online
Scopus - Banco de dados de resumos e citações da literatura
SDOs - Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio
SISG - Sistema de Administração de Serviços Gerais
SPELL - Scientific Periodicals Electronic Library
STARS - Sustainability Tracking, Assessment and Rating System
TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
TON - Toneladas
TCU - Tribunal de Contas da União
TD - Declaração de Talloires
TI - Tecnologia da Informação
UC - Unidade de Conservação
UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina
UFFS - Universidade Federal da Fronteira Sul
UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina
UL Ecologo - Rotulagem Ambiental do Tipo I baseada na norma ISO
14024
ULSF - University Leaders for a Sustainable Future
UNB - Universidade de Brasília
UNEP - Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas
USP - Universidade de São Paulo
WBSCD - World Business Council for Sustainable Development
WRI - World Resources Institute
WWF - World Wildlife Fund for Nature
LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Áreas de relevância para o estudo da Sustentabilidade.......... 41


Figura 2: Etapas da pesquisa ............................................................... 113
Figura 3: Procedimentos para elaboração do instrumento................... 126
Figura 4: Principais ferramentas de sustentabilidade para IES ........... 128
Figura 5: Área operações das principais ferramentas de sustentabilidade
para IES ............................................................................................... 129
Figura 6: Categorias de análise de contexto ........................................ 129
Figura 7: Validação dos indicadores junto a especialistas da área da
sustentabilidade das IES ...................................................................... 132
Figura 8: Elaboração do Instrumento de Avaliação de Sustentabilidade
no contexto brasileiro .......................................................................... 134
Figura 9: Estrutura detalhada do AISHE ............................................. 171
Figura 10: Análise comparativa dos instrumentos de pesquisa ........... 208
Figura 11: Consumo de SDOs no Brasil ............................................. 224
Figura 12: Redução de desperdício e otimização dos processos ......... 234
Figura 13: Marcos regulatórios - Critério Energia .............................. 242
Figura 14: Localização das IFES pesquisadas..................................... 281
Figura 15: Mensuração do desperdício de alimentos em uma IFES ... 301
Figura 16: Iniciativa de novas fontes de energia no critério transporte
............................................................................................................. 317
Figura 17: Coleta seletiva de lixo e seus obstáculos ........................... 323
LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Principais tendências socioeconômicas e suas consequências


ambientais ............................................................................................. 44
Quadro 2: Conferências e marcos para a sustentabilidade .................... 49
Quadro 3: Requisitos para a sustentabilidade........................................ 55
Quadro 4: Critérios de sustentabilidade ................................................ 58
Quadro 5: Conceito de Desenvolvimento Sustentável e Sustentabilidade
............................................................................................................... 61
Quadro 6: Teoria da burocracia sob a análise da sociedade e autoridade
............................................................................................................... 66
Quadro 7: Princípios-chave para o Novo Serviço Público .................... 68
Quadro 8: Síntese dos modelos de Administração Pública ................... 70
Quadro 9: Ciclo conceitual de Políticas Públicas de Heidemann .......... 73
Quadro 10: Ciclo de Políticas Públicas e a resolução aplicada de
problemas públicos de Howlett e Ramesh ............................................ 73
Quadro 11: Modelos de instituições universitárias ............................... 76
Quadro 12: Princípios orientadores para a reforma universitária .......... 78
Quadro 13: Habilidades desejáveis aos administradores universitários 80
Quadro 14: Três Prismas da gestão universitária .................................. 81
Quadro 15: Características desejáveis de Indicadores de Desempenho ID
............................................................................................................... 87
Quadro 16: Principais critérios de seleção de indicadores .................... 89
Quadro 17: Princípios de Bellagio para análise do progresso em prol do
desenvolvimento sustentável ................................................................. 90
Quadro 18: Reformulação dos Princípios de Bellagio em prol do
desenvolvimento sustentável ................................................................. 93
Quadro 19: Comparação entre as abordagens de avaliação para uma
universidade sustentável ........................................................................ 98
Quadro 20: Proposta de avaliação para um campus sustentável por
Alghamdi, Heijer e Jonge ...................................................................... 99
Quadro 21: Proposta de avaliação para um campus sustentável por
Alshuwaikhat e Abubakar ................................................................... 100
Quadro 22: Aspectos relevantes das ferramentas de sustentabilidade na
formação da universidade sustentável ................................................. 102
Quadro 23: Aspectos essenciais às ferramentas de sustentabilidade ... 105
Quadro 24: Categorias essenciais aos indicadores de sustentabilidade106
Quadro 25: Ferramentas de sustentabilidade e suas diferentes finalidades
de monitoramento ................................................................................ 108
Quadro 26: Critérios e indicadores essenciais à universidade sustentável
............................................................................................................. 109
Quadro 27: Pesquisa sistemática por palavras chave do estudo.......... 117
Quadro 28: Instrumentos para avaliar a sustentabilidade em
universidades proposta por Shriberg ................................................... 117
Quadro 29: Instrumentos para avaliar a sustentabilidade em
universidades proposta por Yarime e Tanaka .................................... 119
Quadro 30: Instrumentos para avaliar a sustentabilidade em
universidades proposta por Fischer, Jenssen e Tappeser ................... 121
Quadro 31: Etapas para realização da pesquisa sistemática ................ 122
Quadro 32: Incidência de instrumentos nos artigos selecionados entre os
anos de 2016 e 2017 ............................................................................ 123
Quadro 33: Instrumentos com maior incidência entre os anos de 2016 e
2017 .................................................................................................... 124
Quadro 34: Atributos necessários aos perfis de especialistas da área de
sustentabilidade em IES ...................................................................... 131
Quadro 35: Síntese dos Procedimentos Metodológicos da pesquisa .. 135
Quadro 36: Custo para adesão ao STARS .......................................... 139
Quadro 37: Etapas para definição de cada crédito no STARS ............ 140
Quadro 38: Documento proposto STARS........................................... 164
Quadro 39: Características de Desenvolvimento Sustentável para o
AISHE................................................................................................. 169
Quadro 40: Cinco Estágios de Desenvolvimento para cada critério
estabelecido pelo AISHE .................................................................... 172
Quadro 41: Cinco Estágios de Desenvolvimento para o critério Visão e
política estabelecido pelo AISHE ....................................................... 174
Quadro 42: Documento proposto AISHE ........................................... 182
Quadro 43: Plano de dez ações da Declaração de Talloires................ 184
Quadro 44: Documento proposto SAQ ............................................... 195
Quadro 45: Análise comparativa das ferramentas da pesquisa ........... 203
Quadro 46: Conceitos relevantes de indicadores para a pesquisa ....... 209
Quadro 47: Estrutura da área de operações e seus desdobramentos ... 210
Quadro 48: Categorias de análise para a proposição dos indicadores . 213
Quadro 49: Normativas evidenciadas para a prática de sustentabilidade
para às instituições públicas ............................................................... 217
Quadro 50: Compromissos relativos ao Critério Ar e Clima .............. 224
Quadro 51: Definições Lei n.º 12.187/2009........................................ 225
Quadro 52: Desdobramentos e ações previstos na Lei n.º 12.187 de 2009
............................................................................................................ 226
Quadro 53: Indicadores do critério Ar e Clima com base nos
instrumentos estudados ....................................................................... 229
Quadro 54: Proposta de indicadores do critério Ar e Clima para IFES
brasileiras ............................................................................................ 230
Quadro 55: Orientações de boas práticas para construções sustentáveis
............................................................................................................. 232
Quadro 56: Indicadores do critério Edificações com base nos
instrumentos estudados ....................................................................... 239
Quadro 57: Proposta de indicadores do critério Edificações para IFES
brasileiras ............................................................................................ 240
Quadro 58: Indicadores do critério Energia com base nos instrumentos
estudados ............................................................................................ 244
Quadro 59: Proposta de indicadores do critério Energia para IFES
brasileiras ............................................................................................ 245
Quadro 60: Diretrizes da agricultura orgânica ................................... 246
Quadro 61: Indicadores do critério Alimentos e Serviços de Refeição
com base nos instrumentos estudados ................................................. 249
Quadro 62: Proposta de indicadores do critério Alimentos e Serviços de
Refeição para IFES brasileiras ............................................................ 251
Quadro 63: Objetivos Lei n.º 12.805/2013 .......................................... 253
Quadro 64: Indicadores do critério Solo com base nos instrumentos
estudados ............................................................................................. 255
Quadro 65: Proposta de indicadores do critério Solo para IFES
brasileiras ............................................................................................ 256
Quadro 66: Práticas sustentáveis nas compras públicas ...................... 258
Quadro 67: Indicadores do critério Compras com base nos instrumentos
estudados ............................................................................................ 259
Quadro 68: Proposta de indicadores do critério Compras para IFES
brasileiras ............................................................................................ 260
Quadro 69: Propostas de solução energética para o Transporte .......... 262
Quadro 70: Indicadores do critério Transporte com base nos
instrumentos ....................................................................................... 263
Quadro 71: Proposta de indicadores do critério Transporte para IFES
brasileiras ........................................................................................... 266
Quadro 72: Objetivos da Lei de Resíduos Sólidos ............................. 267
Quadro 73: Indicadores do critério Desperdício com base nos
instrumentos estudados ....................................................................... 269
Quadro 74: Indicadores do critério Desperdício para IFES brasileiras 270
Quadro 75: Indicadores do critério Água com base nos instrumentos
estudados ............................................................................................. 273
Quadro 76: Proposta de indicadores do critério Água para IFES
brasileiras ............................................................................................ 274
Quadro 77: Proposta inicial de indicadores de sustentabilidade
adaptados para IFES brasileiras ......................................................... 278
Quadro 78: Dados institucionais das Instituições Federais de Ensino
Superior de Santa Catarina.................................................................. 282
Quadro 79: Proposta de indicadores de sustentabilidade para a realidade
das IFES brasileiras pós validação ..................................................... 330
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Perfil dos especialistas por instituição e área de atuação ... 283
Gráfico 2: Aplicabilidade dos indicadores referentes ao critério Ar e
Clima ................................................................................................... 284
Gráfico 3: Aplicabilidade dos indicadores referentes ao critério Ar e
Clima por IFES SC.............................................................................. 285
Gráfico 4: Aplicabilidade do indicador referente ao critério Edificações
............................................................................................................. 288
Gráfico 5: Aplicabilidade do indicador referente ao critério Edificações
por IFES SC ........................................................................................ 289
Gráfico 6: Aplicabilidade dos indicadores referentes ao critério Energia
............................................................................................................. 291
Gráfico 7: Aplicabilidade dos indicadores referentes ao critério Energia
por IFES SC ........................................................................................ 293
Gráfico 8: Aplicabilidade dos indicadores referentes ao critério
Alimentos e Serviços de Refeição ....................................................... 296
Gráfico 9: Aplicabilidade dos indicadores referentes ao critério
Alimentos e Serviços de Refeição por IFES SC ................................. 298
Gráfico 10: Aplicabilidade dos indicadores referentes ao critério Solo
............................................................................................................. 302
Gráfico 11: Aplicabilidade dos indicadores referentes ao critério Solo
por IFES SC ........................................................................................ 304
Gráfico 12: Aplicabilidade dos indicadores referentes ao critério
Compras .............................................................................................. 307
Gráfico 13: Aplicabilidade dos indicadores referentes ao critério
Compras por IFES SC ......................................................................... 308
Gráfico 14: Aplicabilidade dos indicadores referentes ao critério
Transporte ........................................................................................... 311
Gráfico 15: Aplicabilidade dos indicadores referentes ao critério
Transporte por IFES SC ...................................................................... 313
Gráfico 16: Aplicabilidade dos indicadores referentes ao Critério
Desperdício ......................................................................................... 319
Gráfico 17: Aplicabilidade dos indicadores referentes ao critério
Desperdício por IFES SC .................................................................... 320
Gráfico 18: Aplicabilidade dos indicadores referentes ao critério Água
............................................................................................................. 324
Gráfico 19: Aplicabilidade dos indicadores referentes ao critério Água
por IFES SC ........................................................................................ 326
6.1 INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DE
SANTA CATARINA .......................................................................... 281
6.2 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ....................... 282
6.2.1 Análise e resultados Critério 01 - Ar e Clima ........................ 283
6.2.2 Análise e Resultados Critério 02 - Edificações....................... 288
6.2.3 Análise e Resultados Critério 03 - Energia ............................ 291
6.2.4 Análise e Resultados Critério 04 - Alimentos e Serviços de
Refeição....... ....................................................................................... 295
6.2.5 Análise e Resultados Critério 05 - Solo................................... 302
6.2.6 Análise e Resultados Critério 06 - Compras .......................... 307
6.2.7 Análise e Resultados Critério 07 - Transporte....................... 310
6.2.8 Análise e Resultados Critério 08 - Desperdício ...................... 318
6.2.9 Análise e Resultados Critério 09 - Água ................................. 324
6.2.10 Proposta de Indicadores para as IFES Brasileiras .............. 330
7 CONCLUSÃO ................................................................................ 333
REFERÊNCIAS ................................................................................ 341
APÊNDICE A - NOTAS EXPLICATIVAS STARS ...................... 367
APÊNDICE B - ETAPA INTERMEDIÁRIA E TRANSPOSIÇÃO
DOS INDICADORES ....................................................................... 449
APÊNDICE C - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO ............................................................................... 475
APÊNDICE D - CARTA APRESENTAÇÃO AOS
ESPECIALISTAS ............................................................................. 477
APÊNDICE E - QUESTIONÁRIO.................................................. 479
ANEXO A - PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA
ENVOLVENDO SERES HUMANOS ............................................. 493
31

1 INTRODUÇÃO

A percepção dos problemas ambientais no planeta produziu uma


mobilização mundial nas últimas décadas, com a discussão dos impactos
provocados pelo modo de produção industrial e suas consequências.
Desastres ambientais e dramas humanos, frutos da excessiva utilização
dos recursos naturais, impulsionaram intensas discussões e a realização
de diversos estudos por instituições, organizações e movimentos
ativistas internacionais. Esse movimento gerou novas leituras e novos
conceitos, ampliou o entendimento e abrangência da complexa relação
da sociedade humana com o ambiente e estimulou politicamente o
comprometimento dos estados nacionais com relação a essas questões.
Nesse movimento em escala global, entre as décadas de 70 e 80,
dois conceitos surgiram fortemente: o de sustentabilidade e o de
desenvolvimento sustentável. Ambas as expressões passaram a ser
utilizadas como “palavras-chave” em diferentes épocas, abarcando
diversas conotações e dando origem a distintas correntes político-
ideológicas que consagraram, cada qual, uma significação adequada a
seus contextos.
Contudo, em termos práticos, há uma dificuldade em extrair o
que de fato o termo significa. Para Van Bellen (2002), definições mais
difundidas e aceitas são constantes no Relatório de Brundtland
(CMMAD, 1991) e na Agenda 21, que consideram como um dos
princípios do desenvolvimento sustentável a “questão das gerações
futuras e suas possibilidades”. Em muitas outras questões não há um
consenso. Por essa razão, há a necessidade de operacionalização do
conceito de sustentabilidade em contextos normativos, administrativos,
socioeconômicos, político e culturais situados - este é o propósito
principal desta pesquisa.
A fim de adotar práticas sustentáveis1 e incorporá-las às
organizações formais, busca-se estratégias de gestão que vinculem
responsabilidades éticas e transparentes junto aos atores de sua relação
para a construção dos caminhos para o que se denomina de
desenvolvimento sustentável. Incorporar essas ações ao processo de
gestão pública tornou-se, gradativamente, uma tarefa prioritária para que
governos cumpram suas metas junto a compromissos locais, nacionais e
internacionais. A operacionalização de ações propostas pelo Estado,

1
Para os fins deste estudo, o termo sustentável será usado para adjetivar ações
que contribuam efetivamente para a mudança de estado de determinados
processos, possibilitando sua operacionalização e mensuração.
32

com possibilidade de resultados efetivos, se dá por meio das


ramificações governamentais e suas estruturas, a fim de materializar e
sistematizar condutas que serão seguidas pela sociedade.
A degradação ambiental passou a ser considerada um dos
problemas públicos que mais envolveu as nações mundiais e os
organismos internacionais em debates e proposições. Em função das
divergências econômicas e visões de crescimento, segundo Sousa Santos
(2010), surgiram também diferentes formas de conceber possíveis
concessões acerca da preservação do meio em detrimento do
crescimento econômico. Tendo em vista a realidade multidisciplinar e
complexa, na qual o Estado está inserido com relação a este tema,
segundo Schommer (2008) houve um evidente amadurecimento da
gestão pública em diferentes modelos de gestão, influenciando ações,
normatizações e suas políticas, em especial, as de cunho sustentável.
Dentre as perspectivas de uma política pública direcionada a esta
questão, segundo Silva e Souza-Lima (2010), devem ser considerados
aspectos que minimizem os distanciamentos sociais e econômicos entre
as pessoas ou que reduzam os impactos de degradação do ambiente
natural, sempre vislumbrando uma maior qualidade de vida. Um
exemplo disso, em contexto brasileiro, é a Lei n.º 12.796/2013, art. 26
que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, na qual se
preconiza que, já na educação infantil, traços regionais, culturais e
econômicos devam ser considerados nas bases curriculares e abranger
obrigatoriamente em “o conhecimento do mundo físico e natural e da
realidade social e política, especialmente do Brasil” (BRASIL, 2013a).
Conforme será discutido mais adiante, diz a teoria que políticas
públicas devem ser pensadas a partir da avaliação de um problema em
uma realidade específica, a fim de alcançar a efetividade das questões
demandadas2. O marco legal brasileiro parece ter caminhado nessa
direção: atendendo a este princípio, o art. 3º da Instrução Normativa n.º
10/2012 do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG)
que estabelece os Planos de Logística Sustentável como instrumentos de
planejamento e gestão que possuem “objetivos e responsabilidades
definidas, ações, metas, prazos de execução e mecanismos de
monitoramento e avaliação, que permite ao órgão ou entidade

2
Para Lasswell e Lerner uma delimitação mais definida para a área de estudos
em PP teria de cumprir três requisitos: (1) uma abordagem multidisciplinar, (2)
especial atenção nos problemas e nos contextos sociais e (3) priorizar a
resolução destes problemas (LASSWELL, In: LERNER, 1951).
33

estabelecer práticas de sustentabilidade e racionalização de gastos e


processos na Administração Pública” (BRASIL, 2012c).
Dentre as entidades públicas mais relevantes para o
desenvolvimento desta política, encontram-se as Instituições de Ensino
Superior - IES3, pois, em tese, são capazes de impactar de forma
determinante a sustentabilidade, com a difusão de conceitos e valores na
sociedade na qual está inserida e que potencialmente pode acompanhar
suas ações.
A representatividade de organizações públicas, em especial as de
ensino superior, são essenciais no processo de gestão organizacional, e
tem se mostrado sensível à questão complexa e desafiadora da
sustentabilidade no âmbito mundial (CORTESE, 2003). As
universidades, segundo Lozano (2006), são entes multiplicadores de
ações e são capazes de promover o progresso e integrar práticas de
gestão. O comprometimento efetivo com a sustentabilidade torna as
universidades capazes de promover avanços sob aspectos de ordem
social, ambiental e econômica.
O conceito de sustentabilidade nas instituições de ensino surge
inicialmente em escala mundial em 1975, com o Programa Internacional
de Educação Ambiental (PNUMA), em parceria com a Organização das
Nações Unidas (ONU) para a Educação e com o Programa das Nações
Unidas para o Meio Ambiente (UNEP). Após sucessivos acordos na
esfera internacional, segundo Yarime e Tanaka (2012), passaram-se a
valorizar de forma crescente a adoção de práticas em prol da
sustentabilidade, por meio do compromisso da comunidade acadêmica.
A partir desses compromissos, segundo Wright (2002, 2004)
ampliaram-se discussões e eventos na área da sustentabilidade, assim
como o exercício de operações sustentáveis, conscientização ecológica e
expansão interdisciplinar dos currículos, envolvendo governos,
indústrias e organizações não governamentais (ONGs), resgatando o
dever moral da comunidade universitária. Tais condutas ratificaram a
importância de que sejam desenvolvidos e implementados instrumentos
de observação e avaliação nas operações das universidades, capazes de
serem incorporados às atividades de ensino, pesquisa e extensão.

3
Instituição de Ensino Superior é uma instituição que promove educação em
nível superior, regulamentados pela Lei nº 9.394/1996, que são classificadas
como: universidade, que pode ser formada por faculdades, escolas ou institutos
de ensino superior; centro universitário; faculdade. São tratadas, nesse estudo,
de forma semelhante às universidades quando se trata do papel social e
obrigações legais na promoção e monitoramento de práticas sustentáveis.
34

Neste contexto, surgiu o conceito de “universidade sustentável”,


que segundo Tumbas, Matkovic e Pavlicevic (2015), consiste na
internalização da sustentabilidade na missão de integração, de forma a
contribuir para o estabelecimento de uma sociedade mais justa, por meio
de metodologias de educação, que caminhem por diferentes vertentes do
desenvolvimento sustentável. A relação entre universidade e a
sustentabilidade está atrelada a uma realidade dinâmica, que requer
consciência pública, de formação cidadã, compondo perspectivas,
valores e habilidades.
Há relativo consenso global de que o almejado desenvolvimento
sustentável deve harmonizar as mútuas influências, entre natureza e
sociedade, e assim orientar ações para seus desafios. No caso das
Universidades, essas devem buscar uma modificação de suas missões e
estrutura, priorizando a reformulação de seus cursos, pesquisa,
operações e a relação com a comunidade. Devem, portanto, preparar
gestores de decisões munidos de habilidades frente à realidade
complexa, dinâmica e incerta (GLASSER et al., 2005).
As universidades podem ser consideradas como “pequenas
cidades”, devido às grandes dimensões (de algumas), população e
atividades, que influenciam a economia, a sociedade e o meio ambiente
(ALSHUWAIKHAT e ABUBAKAR, 2008). Quanto ao último aspecto,
diversas universidades já indicam compromisso de sustentabilidade ao
assinar declarações ambientais ou a criação de escritórios de
sustentabilidade, ajudando a impulsionar um aumento global na
consciência de sustentabilidade no ensino superior (CORTESE, 2003;
WRIGHT, 2002).
A implementação da sustentabilidade no campus e sua
comunicação, segundo Krizek et al. (2012) é mais difícil, comparada
com a implementação de ações dentro de um ambiente corporativo,
devido à pressão política adicional. Os funcionários, alunos, professores
e ex-alunos têm, por vezes, prioridades concorrentes em termos de
sustentabilidade, concentração de poder, em vários níveis, e a tendência
a permanecer reticentes a outras melhorias. De acordo com Lozano
(2006), a falta de orientação específica do setor tem sido a barreira
principal para a aplicação efetiva, bem como a forma de avaliar e
comunicar a sustentabilidade entre as instituições de ensino superior. As
diferenças substanciais em relatar conteúdos e princípios de relatórios de
sustentabilidade atuais das universidades, demonstram a necessidade de
um instrumento projetado especificamente para instituições de ensino
superior (SHRIBERG, 2002; FONSECA et al., 2011; LOZANO, 2011).
35

A fim de assumir sua função social de forma plena, incentivando


comportamentos, auxiliando no processo de criação de cultura e
impactando seus princípios na sociedade na qual está inserida, é
importante que a universidade avalie suas ações e os impactos das
mesmas. Dessa maneira, ações e políticas de cunho sustentável podem
ser avaliadas e seu progresso medido por meio de indicadores de
sustentabilidade. Muitos deles, todavia, são intangíveis, assim,
operacionalizá-los e monitorá-los, a partir de indicadores de
sustentabilidade, é um grande desafio (BURFORD et al. 2013).
Há alguns desafios relacionados aos indicadores de
sustentabilidade, no que compete a efetivação do desenvolvimento
sustentável. Bell e Morse (2003) salientam atributos pertinentes à área
da sustentabilidade, quais sejam: devem ser específicos; inter-
relacionados claramente com os resultados; mensuráveis (assumir
natureza quantitativa); úteis e práticos; sensíveis, (sofrendo alterações
sempre que houver alteração do contexto); disponíveis (facilitando a
coleta de dados necessários); e, finalmente, ter uma satisfatória relação
custo-benefício.
As ferramentas de avaliação de sustentabilidade assumem
posição estratégica nas decisões e ações das universidades. Tais
ferramentas orientam de forma sistemática e holística, atuando como
catalisadores na promoção de mudanças e cultura, como também na
criação de padrões implícitos quanto às ações que as universidades
sustentáveis devem desenvolver, por estar entre as suas competências
(FISCHER, JENSSEN e TAPPESER, 2015). A utilização de
instrumentos de análise, com vistas à observação de critérios
sustentáveis nas instituições de ensino superior, segundo Yarime e
Tanaka (2012), possibilita a avaliação de forma quantitativa e
qualitativa da metodologia utilizada, bem como favorece a identificação
de problemas atuais, articulando soluções para futuras melhorias. Dentre
as áreas correlacionadas aos impactos ambientais, destacam-se as
operações da universidade, a governança e as atividades de ensino,
pesquisa e extensão.
Além das peculiaridades inerentes aos indicadores de
sustentabilidade, há variáveis determinantes no processo de criação,
implementação e monitoramento por meio de ferramentas em
instituições federais (IFES) brasileiras que devem ser consideradas. As
categorias eleitas para serem consideradas neste estudo são: normativa,
administrativa, socioeconômica e político-cultural.
Dessa forma, a problemática contextualizada nesse estudo pode
ser objetivada na seguinte pergunta de pesquisa: Qual o conjunto de
36

indicadores que permite avaliar práticas de sustentabilidade em


instituições de ensino superior brasileiras?

1.1 OBJETIVO GERAL

Esta pesquisa tem como objetivo geral propor indicadores para


avaliar a aplicabilidade de práticas de sustentabilidade em instituições
de ensino superior no contexto brasileiro.
Para atingir o objetivo geral, foram definidos quatro objetivos
específicos:

1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a) Caracterizar instrumentos de sustentabilidade desenvolvidos


para instituições de ensino superior.
b) Identificar os instrumentos de sustentabilidade, e seus
indicadores, para instituições de ensino superior aplicados nos
últimos dois anos.
c) Propor indicadores de sustentabilidade para a realidade das
instituições de ensino superior brasileiras, por meio de
dimensões e critérios específicos, que priorizem sua
efetividade.
d) Validar o conjunto dos indicadores propostos com especialistas
da área.

1.3 JUSTIFICATIVA

O presente estudo justifica-se tanto pela sua contribuição teórica,


quanto empírica. Em termos teóricos, cabe ressaltar os seguintes
aspectos: a) fragilidade teórica do tema em contexto universitário
brasileiro; e b) subjetividade conceitual e carência de objetividade dos
instrumentos. Em termos empíricos: c) papel social da instituição de
nível superior; e d) fragilidade de estudos empíricos direcionados às
práticas nas universidades no contexto brasileiro.
a) Há uma produção limitada no campo de discussão da
sustentabilidade na gestão universitária em nível nacional,
principalmente com relação a teorizar a partir de reflexões e
discussões de casos empíricos com foco nos seus resultados.
Sustentando esse movimento, há um conjunto de
documentos e normas gerais, em níveis internacionais e
nacionais, que apontam nessa direção - a exemplo da
37

publicação dos Princípios de Bellagio; Agenda 21; Agenda


2030 para o Desenvolvimento Sustentável; Lei nacional de
proteção ao ar e clima, que considera acordos internacionais,
como o de Montreal para sua execução; Lei do Plano de
Logística Sustentável, que abordam os princípios e diretrizes
da sustentabilidade, considerando um patamar ideal de
conduta. Não há, no entanto, uma produção científica
consistente que se preocupe em estabelecer ou pesquisar a
respeito de uma adequação desses princípios à realidade
nacional, considerando as limitações e peculiaridades
estruturais e culturais brasileiras. Em recente pesquisa com
objetivo semelhante ao deste estudo, Silva Júnior et al.
(2018) propuseram indicadores classificando seus princípios
em uma categoria acadêmica com quatro subcategorias -
institucionais; gestão universitária; financeira; e
responsabilidade social e ambiental.
Seguindo essa mesma tendência formalista, na escala da
gestão pública nacional, também há um conjunto de normas
e planos direcionados à adoção dos conceitos de
sustentabilidade, mesmo assim, é evidente a forte limitação
no sentido de operacionalizar essas ações no contexto das
entidades de ensino universitário.
No âmbito dessas entidades, verifica-se discussões e análises
acerca de instrumentos aplicados em âmbito mundial, sem,
no entanto, haver uma discussão teórica robusta sobre eles, a
ponto de serem difundidos e adotados por instituições
brasileiras na atualidade.
Como se observa na esfera internacional, existem algumas
ferramentas já consolidadas como por exemplo: Assessment
Instrument for Sustainability in Higher Education (AISHE),
Green Metric (GM), Sustainability Assessment
Questionnaire (SAQ), Green Plan (GP), Sustainability
Tracking, Assessment and Rating System (EUA), que
representam dispositivos de avaliação de práticas de
sustentabilidade no âmbito universitário, porém consideram
a realidade de países como Holanda, Indonésia, França e
EUA. Em outras palavras, o mimetismo político, que se
realiza reproduzindo esquemas internacionais sem uma
reflexão prévia quanto à sua aplicabilidade em contexto
brasileiro, parece ser acompanhado do mimetismo
científico, que fica atrelado à produção internacional, via de
38

regra, investigando se e em que medida os esquemas


desenvolvidos fora do país são encontrados na realidade
nacional (em geral concluem que não há essa aplicação, ou
ela é insuficiente, o que nos frustra muito por não sermos
capazes ou por estarmos “atrasados” quando comparados a
nações centrais). Com relação a este aspecto, Frey (2000, p.
215) defende a tese de que

as peculiaridades socioeconômicas e políticas das


sociedades em desenvolvimento não podem ser
tratadas apenas como fatores específicos de
‘polity’ e ‘politics’, mas que é preciso uma
adaptação do conjunto de instrumentos da análise
de políticas públicas às condições peculiares das
sociedades em desenvolvimento.

b) Há diferentes abordagens quanto ao conceito trazido nos


estudos em sustentabilidade, pois tratam de diferentes
variáveis, incluindo economia, desenvolvimento, meio
natural, capacidade de carga sob diferentes perspectivas,
como verificados em pelos autores Sachs, Hopwood, Hák,
Moldan e Dahl, Leis, Harper entre outros. Apesar de
compreender que a temática da sustentabilidade não é
estritamente objetiva, pois admite algum grau de
subjetividade e variáveis qualitativas em sua construção,
supõe-se que seus efeitos sejam capazes de ser medidos e
monitorados de algumas maneiras, a partir de instrumentos
adequados a este fim.
A constatação de questões adversas quando da
avaliação por meio de indicadores, originam-se não somente
na medição, mas, segundo Jesinghaus (1999), ocorre
também na etapa de interpretação dos dados das mais
diferentes variáveis e na forma que o pesquisador emitirá
sua avaliação de significância para o sistema total. Ainda
que haja diferentes percepções na criação e utilização de
indicadores, sendo eles quantitativos ou qualitativos, para
efeito deste estudo, acredita-se que há espaço para a
construção mais objetiva deste tipo de instrumento.
c) A contribuição empírica deste estudo se acentua por conta
de ser a universidade, especialmente a pública, um espaço
privilegiado para induzir a modificação cultural. Segundo
39

Cortese (1999) a universidade é capaz de mobilizar atores de


diferentes naturezas, carregando em sua essência, a
predisposição de ser um agente de mudança social, promotor
de novos conceitos e de cidadãos mais preparados. Há,
portanto, um poder simbólico relevante em investigar a
respeito da capacidade de que, nesses espaços, os preceitos
de sustentabilidade sejam considerados e experimentados;
mais que isso, que possa haver um movimento de difusão
dessas possibilidades para outros setores da administração
pública.
d) Há uma fragilidade de estudos experimentais direcionados
às práticas de sustentabilidade nas universidades no contexto
brasileiro. Muitas experiências relatadas na literatura
acadêmica, com a aplicação de ferramentas voltadas à
sustentabilidade em IES, não raras vezes, o fizeram de forma
tal qual o instrumento se apresenta pela lente da realidade
internacional. Persiste a carência de discussão e adequação
de ferramentas capazes de compreender e contribuir com
gestores públicos e organizações na realidade universitária
brasileira. Para assim, contarem com uma abordagem que
possibilite aprimorar seus planos e tornar mais precisa a
avaliação e condução de suas práticas (FREY, 2000).
Cabe ressaltar que a pesquisadora passou a atuar
profissionalmente no ambiente universitário a partir de 2010, o que
inspira a necessidade de melhor compreender o contexto e seus
encadeamentos, a dinâmica de trabalho e ampliação das ações
individuais para uma política institucional. Entende que os atores
imersos nesse ambiente contribuem por meio de diferentes lentes para a
instauração prática de uma política voltada à sustentabilidade.
Há o crescimento de ações voltadas à promoção da
sustentabilidade, tanto no âmbito mundial quanto nacional.
Considerando-se o Estado um ente fomentador de políticas públicas, que
visam desenvolvimento nacional de maneira integralizadora, almejando
a defesa do interesse público, bastante coerente é a adoção de práticas de
sustentabilidade na gestão das universidades.
Por meio de tais práticas, as Instituições de Ensino Superior
cumprem sua função legal quanto às garantias de desenvolvimento de
uma sociedade justa, com preservação do meio ambiente. Passa a
atender aos princípios administrativos de conduta, que contribuem para
se avançar na aplicação dos princípios de sustentabilidade no ambiente
40

universitário. Haja vista o crescimento de demandas das IES em


decorrência da própria ampliação de suas estruturas, pela criação de
novos cursos e modalidades, o que ressalta a necessidade de tornar mais
efetiva a aplicação da temática da sustentabilidade neste contexto.
Em suma, a importância desta pesquisa é sua contribuição efetiva
ao campo científico dedicado a desenvolver e aprimorar práticas de
sustentabilidade adequadas à realidade nacional e, ao mesmo tempo,
pela possibilidade concreta de ser levada em conta pelas estruturas de
administração pública nos processos de gestão universitária aplicados a
esta realidade.

1.4 ESTRUTURA DA TESE

O trabalho está estruturado em sete capítulos. No primeiro


capítulo, é apresentada a contextualização do estudo em termos
conceituais, o problema de pesquisa; na sequência, os objetivos do
estudo, a justificativa teórica e empírica, seguida deste item que resume
a estrutura do trabalho. São apresentados marcos históricos quanto aos
desastres ambientais em âmbito mundial, que motivou uma série de
reuniões, encontros e conferências de chefes de Estado, a fim de discutir
a degradação ambiental, os padrões de consumo e a produção e os
métodos adotados pelas economias mundiais.
A seguir, no segundo capítulo estão arrolados os principais
eventos formais e compromissos mundiais de órgãos mediadores que
impulsionaram tais posturas. A partir desses compromissos é ressaltada
a importância do Estado para a efetivação dessas ações, por meio de
políticas junto à sociedade.
Em prosseguimento, há um levantamento histórico com vistas a
melhor compreender como atuam os governos e de que maneira foram
modificando o processo de gestão. Também são abordados aspectos e
ações sustentáveis que têm se tornado cada dia mais recorrentes e
urgentes na sociedade, com a necessidade de avaliar suas práticas, por
meio da criação de um conjunto de diretrizes capazes de abarcar as mais
diferentes áreas de atuação e influência dentro da universidade.
Apresenta os fundamentos conceituais do estudo, explorando como
principais temas, a sustentabilidade, gestão pública, políticas públicas,
gestão universitária e indicadores de sustentabilidade, conforme
representado na figura 1.
41

Figura 1: Áreas de relevância para o estudo da Sustentabilidade

Fonte: Elaborada pela autora (2017).

No terceiro capítulo, são definidos os Procedimentos


Metodológicos utilizados para que os objetivos do estudo fossem
alcançados, pela análise desses instrumentos de sustentabilidade; de que
forma se realizou um estudo em profundidade dos principais
instrumentos e a construção e validação dos indicadores adaptados ao
contexto das Instituições de Ensino Superior.
No quarto capítulo, será apresentada a pesquisa, por meio do
estudo dos instrumentos STARS, AISHE e SAQ, a fim de verificar o
modo como esses instrumentos avaliam as ações universitárias.
No quinto capítulo, será demonstrada a forma de seleção dos
indicadores, por meio de uma adaptação entre as áreas normativa,
administrativa, socioeconômica e político-cultural, a fim de construir
um instrumento aproximado à realidade nacional.
No sexto capítulo, será descrito o processo de validação dos
indicadores junto aos especialistas da área da sustentabilidade. Também
são discutidos os resultados e análises dos questionários, por meio de
triangulação, com o resgate aos fundamentos conceituais e de análise
que conduziram cada passo do estudo.
No sétimo capítulo, serão apresentadas algumas conclusões
acerca dos achados do estudo e sugestão para futuras pesquisas.
42
44

fordista. Contudo, a partir desse novo modelo de trabalho, com grande


produção, modificaram-se também laços interpessoais e valores
culturais, como o aumento do consumo que, ao passo que os vínculos de
trabalho, passaram a ser o centro das relações sociais. (LIPIETZ, 1991).
Numa outra leitura, Leis (2004) ressalta que é perceptível a
relação de causa e efeito sobre as tendências socioeconômicas
marcantes, tais como: o aumento da população, urbanização, mudanças
no aproveitamento e uso da terra e seus recursos, globalização da
economia, tecnologia de transporte e comunicação, gerando
consequências nocivas e não planejadas, como a pobreza, a escassez de
recursos naturais, as mudanças climáticas globais, o desflorestamento, a
desertificação, a perda da biodiversidade, a perda da diversidade
cultural, e, por fim, a contaminação e degradação de ar, água potável,
terras e mares, conforme quadro 1.

Quadro 1: Principais tendências socioeconômicas e suas consequências


ambientais
Principais Tendências Socioeconômicas Principais Consequências

Pobreza
1 Aumento da população Escassez de recursos naturais
Mudanças climática globais
2 Urbanização e industrialização Desflorestamento
Mudanças no aproveitamento e uso Desertificação
3 da terra e seus recursos Perda de biodiversidade
Perda de diversidade cultural
Globalização da economia, a
4 tecnologia e as comunicações Contaminação e/ou degradação de ar,
água potável, terras e mares
Fonte: Adaptado de Leis (2004).

Em função da impossibilidade de absorção de rejeitos decorrentes


de atividades industriais e da exaustão dos recursos ambientais acima da
capacidade de carga5, alterações notáveis no clima, recursos hídricos e
eliminação de espécies passaram a ser percebidas (PORTILHO, 2010).
A evolução deste contexto não ocorreu de forma linear, bem como os
avanços científicos não evoluíram juntamente com mecanismos que
minimizassem as diferenças entre as nações e pessoas. Aspectos

5
Capacidade de regeneração do ambiente. Quando se ultrapassa esse limiar
significa que o meio não consegue se recuperar em sua plenitude.
45

econômicos, sociais e ambientais se mantiveram descolados ao longo da


história (BUARQUE, 2006). Consideradas essas três dimensões, nesse
modelo caberia à dimensão ambiental suportar e digerir, em termos
biofísicos, os efeitos das duas primeiras.
Alguns dos acidentes ambientais ocorridos no século XX tiveram
importante papel de alertar e mobilizar a sociedade global para a questão
ambiental. Dentre os mais emblemáticos em nível internacional, são:
a) Envenenamento da Baía de Minamata, após 20 anos de
lançamento de mercúrio, usado como catalizador pelo
Complexo Chisso, Japão, 1930;
b) Vazamento de 40 toneladas de gases tóxicos de uma
indústria de pesticida americana, por falha na segurança, em
Bhopal, Índia, em 1984, considerado o maior acidente
industrial químico já ocorrido até então;
c) Explosão e incêndio na Usina Nuclear, Chernobyl, União
Soviética, 1986, partículas radioativas foram lançadas e se
espalharam pela Europa Ocidental, considerado o pior
desastre nuclear da história;
d) Vazamento causado pelo navio petroleiro Exxon Valdez em
1989, Alasca, América do Norte. Esses acidentes,
provocaram, além de prejuízos financeiros, danos à saúde
dos seres humanos, impactos incalculáveis a inúmeras
espécies de animais e plantas e, consequentemente, aos
ecossistemas e ao meio ambiente, o que despertou a
mobilização social acerca dos problemas ecológicos
crescentes e decorrentes de uma história baseada na
exploração de recursos (VAN BELLEN, 2004).
Em nível nacional, destacam-se outros casos, não menos
importantes, em termos de impacto ambiental:
a) Vazamento de 700 mil litros de gasolina dos dutos da
Petrobrás, deixando 93 mortos na Vila Socó/SP, em 1984;
b) Contaminação radioativa de Césio 137 do ar, água e solo,
deixando 4 mortos e centenas de doentes, em Goiânia/GO,
em 1987.
c) Vazamento de 1,3 milhão de óleo na Baía de Guanabara/RJ
em 2000.
d) Vazamento de 4 milhões de litros de óleo em Araucária/PR.
e) Rompimento da barragem em Cataguases (MG) em 2003,
Miarí/MG em 2007.
f) Vazamento de óleo na Bacia de Campos/RJ, em 2011.
46

g) Mais recentemente, o rompimento da Barragem do Fundão


em Mariana/MG, em novembro de 2015, causado por
mineradoras, considerada a maior catástrofe ambiental
causada pela grande mineração no mundo (EBC, 2015).
A consequência política dessas catástrofes foi acionar
mecanismos de superação dos desafios globais e essas questões
passaram a ser discutidos com mais prioridade no âmbito da política
internacional (DISTERHEFT et al.,2013).
A fim de amparar a percepção do processo histórico de evolução
das questões ambientais, como também as nuances do conceito de
desenvolvimento sustentável, é importante mencionar alguns
compromissos ambientais assumidos pelas nações e suas repercussões.
Entre as décadas de 40 e 50 destaca-se a criação da Organização
das Nações Unidas (ONU), em 1945. Essa organização nasce com o
propósito de intermediar e discutir questões como os direitos humanos,
equidade no desenvolvimento e questões ambientais. Em 1949, realiza-
se a Conferência Científica das Nações Unidas sobre a Conservação e
Utilização de Recursos - vista como primeiro marco do ambientalismo
mundial.
Surgem na década de 60 diversas organizações não
governamentais (ONGs), organizações internacionais e movimentos
ambientalistas, dentre os quais destacam-se os de preocupação com
abrangência mundial, são eles: o Clube de Roma em 1960 e Fundo para
a Vida Selvagem, hoje World Wildlife Fund for Nature (WWF) em
1961.
O ambientalismo ganha status de questão pública com a
celebração do Dia da Terra, em 1970, e ainda nesse mesmo ano, surgem
os primeiros selos ecológicos e da criação da organização Greenpeace.
Em 1971, realiza-se o Painel Técnico sobre Desenvolvimento e Meio
Ambiente em Founeux (Suíça), incluindo o meio ambiente nas
estratégias de desenvolvimento.
Os debates internacionais intensificam-se, e em 1972 realiza-se a
Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, ou Conferência
de Estocolmo, em que se discutiu aspectos, que gerou o livro Os Limites
do Crescimento, de autoria do Clube de Roma, representado por
pesquisadores políticos e empresários. Nessa visão, Meadows (1972) e
Froehlich (2014) afirmam que a configuração de crescimento, definida
pela economia capitalista, estabeleceu-se de forma nociva ao meio
ambiente, culminando na criação do Programa das Nações Unidas para
o Meio Ambiente (PNUMA).
47

Em 1974, é divulgada a Declaração de Cocoyok, a qual


demonstrou índices preocupantes acerca do consumo, e no ano seguinte
1975, o Relatório da Fundação Dag-Hammarskjöld denunciou os
excessos no uso de poder e os agravantes pela deterioração do ambiente
natural.
A década de 80 é marcada pela intensificação dos estudos quanto
às questões ambientais, bem como pela normatização acerca da
atividade industrial e seus efeitos. Houve a publicação do World
Conservation Strategy - Estratégia Mundial para a Conservação, um dos
primeiros documentos a usar o termo desenvolvimento sustentável, que
se preocupa com as necessidades humanas, reorganização das estruturas
socioeconômicas e distribuição que trata da conservação da natureza,
atrelada à minimização da pobreza e miséria (IUCN et al, 1980).
Ainda como movimento relevante da década de 80, surgiu a
Comissão de Brundtland, chamada formalmente de Comissão Mundial
sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento – Nosso Futuro Comum
(CMMAD)6. Este documento trouxe um novo panorama sobre
problemas ambientais e desenvolvimento do planeta e propôs
alternativas com fins de solucioná-los.
Em 1992, ocorreu no Rio de Janeiro o evento mais emblemático
para o ambientalismo mundial, a Conferência das Nações Unidas sobre
o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, também conhecida como Eco-
92, Cúpula da Terra, Conferência do Rio de Janeiro e Rio 92.
O resultado dessa conferência foi um compromisso global e
formal publicado - a Agenda 21. Este documento é composto de 40
capítulos que abordam métodos de proteção ambiental, justiça social e
eficiência econômica pelo máxima de “pensar globalmente, agir
localmente” aprovada na Sessão Especial da Assembléia Geral para
Revisão e Avaliação da Implementação da Agenda 21. Também foi
fruto dessa Conferência a Convenção sobre Diversidade Biológica
(CDB) - promulgada no Brasil pelo Decreto nº 2.519/1998.
Em 1994, a Conferência do Programa de Ação de Barbados
(BPOA) reafirmou princípios incorporados na Agenda 21. Em 1997,
Sessão Especial da Assembléia Geral para Revisar e Avaliar a
Implementação da Agenda 21. Em 1999, ocorre a BPOA + 5 (1999) -
Revisão quinquenal do Programa de Ação de Barbados.
Passados dez anos da Rio 92, em 2002, ocorreu em
Johanesburgo, a Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável,

6
CMMDA - Comissão Mundial Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento,
1991.
48

Rio +10, quando foi lançada a Carta da Terra e os Objetivos do Milênio


(ODM). Destaca-se também o Tratado de Kyoto, que entrou em vigor
em 2005 após a entrada da Rússia, completando o quantitativo de 55
países assinando o tratado, que em conjunto produzem 55% das
emissões globais.
Em 2005, ocorreu a Conferência da Estratégia de Implementação
da Maurícia (MSI), que significou a revisão de dez anos da BPOA,
estabelecendo ações e estratégias em 19 áreas de prioridade, sendo que
14 dessas áreas são originárias da BPOA. As novas áreas de abordagem
consistem na melhoria do estado dos países menos desenvolvidos -
comércio, produção sustentável e consumo, saúde, gerenciamento de
conhecimento e cultura, com vistas à obtenção de acordos
internacionais, com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio
(ODMs).
Em 2010 ocorreu a MSI +5 - Revisão quinquenal da Estratégia de
Implementação da Maurícia, abordando relatórios de avaliação
nacionais, reuniões de revisão regional, uma reunião de revisão Inter-
regional e reunião do comitê preparatório, para a Implementação do
Plano de Ação de Barbados para o Desenvolvimento Sustentável de
Pequenos Estados Insulares, durante a 65ª Sessão da Assembleia Geral.
Em 2012, ocorreu a 15ª Conferência da ONU sobre Mudanças
Climáticas em Copenhagen e a Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável, Rio + 20, resultando em documento com
medidas objetivas e práticas para implementação do desenvolvimento
sustentável. Estados Membros, no Rio de Janeiro, decidiram elaborar
em conjunto os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Em 2014, realizou-se a Terceira Conferência Internacional sobre
Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento reforçando às
preocupações mundiais a um grupo de países que permanecem sendo
um caso especial para o desenvolvimento sustentável, considerando suas
vulnerabilidades únicas e particulares.
Em 2015, ocorreu na sede da ONU, em Nova York, a Cúpula de
Desenvolvimento Sustentável, em que foram estabelecidos os novos
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que vislumbram
finalizar os Objetivos do Milênio, construindo uma nova agenda de
desenvolvimento sustentável - agenda de desenvolvimento pós-2015.
Finalmente, com metas ainda não alcançadas, esperanças
renovadas e compromissos postergados e estabelecidos para 2030, há a
construção da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável,
considerando a pobreza extrema como o maior desafio global e como
49

requisito indispensável para o alcance efetivo do desenvolvimento


sustentável (ONU, 2015).
Afim de sintetizar os marcos relevantes e seus resultados acerca
da Sustentabilidade, estabelecidos pela ONU e organismos vinculados,
segue quadro 2:

Quadro 2: Conferências e marcos para a sustentabilidade (continua)

Ano Conferência Resultado

Marco de viragem no desenvolvimento da


política ambiental internacional (busca por
Conferência das Nações
equilíbrio entre desenvolvimento econômico e
Unidas sobre o Meio
redução da degradação ambiental). Trata-se do
1972 Ambiente, ou
primeiro documento do direito internacional a
Conferência de
reconhecer o direito humano a um meio
Estocolmo
ambiente de qualidade, que é aquele que
permite ao homem viver com dignidade.
Relatório da Comissão Mundial sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento: nosso futuro
comum ou Relatório de Brundtland. Propõe
Comissão Mundial sobre
cooperação internacional, a orientar políticas e
Meio Ambiente e
ações no sentido de fazer as mudanças
1983 Desenvolvimento
necessárias, e dar a indivíduos; organizações
(CMMAD), ou Comissão
voluntárias; empresas; institutos e governos uma
de Brundtland
maior compreensão dos problemas existentes,
auxiliando-os e incentivando-os a uma atuação
mais firme.
Agenda 21 consiste em um plano de ação para
Conferência das Nações
alcançar o desenvolvimento sustentável no
Unidas sobre Meio
século XXI. Ações a serem tomadas globalmente,
Ambiente e
1992 nacional e localmente por organizações do
Desenvolvimento
Sistema das Nações Unidas, Governos e Grupos
(UNCED), Cúpula da
representantes de diversas áreas em que houver
Terra, Rio 92 ou Eco 92
impacto humano sobre o meio ambiente.
50

Quadro 2: Conferências e marcos para a sustentabilidade (continua)

Ano Conferência Resultado

Relatório da Conferência Global sobre o


Desenvolvimento Sustentável dos Pequenos Estados
Insulares em Desenvolvimento. Recomenda plena
atenção à igualdade de gênero, ao papel e à
Programa de Ação de importante contribuição das mulheres; às crianças,
1994
Barbados (BPOA) jovens e populações indígenas, o reconhecimento
do papel especial das ONG’s; a importância de uma
parceria entre o governo, organizações e instituições
intergovernamentais, associações e outros grupos
importantes na aplicação da Agenda 21.
Reafirmar compromissos constantes na Agenda 21 e
propor novas ações. Criada ainda a Comissão da
Sessão Especial da Carta da Terra, que recomendou a adoção de metas
Assembleia Geral juridicamente vinculativas para reduzir as emissões
1997 para Revisar e Avaliar de gases de efeito estufa, que geram as mudanças
a Implementação da climáticas; uma maior movimentação dos padrões
Agenda 21, Rio +5 sustentáveis de distribuição de energia, produção e
uso; e o foco na erradicação da pobreza como pré-
requisito para o desenvolvimento sustentável.
Revisão e avaliação abrangentes da implementação
da BPOA. A Sessão Especial adotou o "Estado de
Progresso e Iniciativas para a Implementação futura
do Programa de Ação para o Desenvolvimento
BPOA + 5 (1999) - Sustentável dos SIDS . Destacou 6 áreas de
Revisão quinquenal emergência: mudança climática, desastres naturais e
1999
do Programa de Ação ambientais e variabilidade climática, recursos de
de Barbados água doce: evitando o agravamento da escassez,
proteção aos recursos costeiros e marinhos,
desenvolvimento de energia solar e renovável,
crescimento do turismo para proteger o meio
ambiente e a integridade cultural.
51

Quadro 2: Conferências e marcos para a sustentabilidade (continua)

Ano Conferência Resultado

O documento consolidou várias metas


estabelecidas nas conferências mundiais ocorridas
na década de 90, propondo objetivos para a
erradicação da pobreza no mundo. Oito objetivos
gerais foram identificados: erradicar a extrema
pobreza e a fome; atingir o ensino básico universal;
Declaração do
2000 promover a igualdade de gênero e a autonomia das
Milênio
mulheres; reduzir a mortalidade infantil; melhorar a
saúde materna; combater a síndrome causada pelo
vírus da imunodeficiência humana (HIV/AIDS), a
malária e outras doenças; garantir a
sustentabilidade ambiental e estabelecer uma
parceria mundial para o desenvolvimento.
Cúpula Mundial sobre
Reafirmar os compromissos da Rio 92 e Rio+5,
2002 o Desenvolvimento
revisar e implementar a Agenda 21.
Sustentável, Rio +10
Objetivo de estabelecer ações e estratégias em 19
áreas de prioridade, sendo que 14 dessas áreas são
Conferência da originárias da BPOA. As novas áreas de abordagem
Estratégia de consistem na melhoria do estado dos países menos
2005 Implementação da desenvolvidos - comércio, produção sustentável e
Maurícia (MSI), BPOA consumo saúde, gerenciamento de conhecimento e
+10 cultura com vistas a obtenção de acordos
internacionais, como os Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio (ODMs).
Abordou relatórios de avaliação nacionais, reuniões
de revisão Regional e uma reunião de revisão Inter-
Revisão quinquenal
regional e reunião do comitê preparatório, para a
da Estratégia de
2010 Implementação do Plano de Ação de Barbados para
Implementação da
o Desenvolvimento Sustentável de Pequenos
Maurícia, MSI +5
Estados Insulares, durante a 65ª Sessão da
Assembleia Geral.
Documento com medidas objetivas e práticas para
Conferência das implementação do desenvolvimento sustentável.
Nações Unidas sobre Estados Membros decidiram elaborar, em conjunto
2012
Desenvolvimento os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Sustentável, Rio +20 (ODS), que será a base para os Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio.
52

Quadro 2: Conferências e marcos para a sustentabilidade (conclusão)

Ano Conferência Resultado

Terceira Conferência
Voltaram as preocupações mundiais a um grupo de
Internacional sobre
países que permanecem sendo um caso especial
2014 Pequenos Estados
para o desenvolvimento sustentável, considerando
Insulares em
suas vulnerabilidades únicas e particulares.
Desenvolvimento
Estabelecidos os Novos Objetivos de
Desenvolvimentos Sustentável (ODS), que
vislumbram finalizar os Objetivos do Milênio,
construindo uma nova agenda de desenvolvimento
Cúpula de sustentável - agenda de desenvolvimento pós-
2015 Desenvolvimento 2015; com prazo estabelecido para 2030. Há a
Sustentável construção da Agenda 2030 para o
Desenvolvimento Sustentável, considerando a
pobreza extrema como o maior desafio global e
como requisito indispensável para o alcance
efetivo do desenvolvimento sustentável.
Fonte: Elaborado pela autora, com base em ONU (2018).

Fatos históricos relevantes pós revolução industrial deixaram


marcas na sociedade e no meio ambiente; e muitas delas ainda exercem
seus impactos. Danos ambientais incalculáveis, muitos deles
permanentes, impulsionaram a mobilização das nações em prol de um
maior compromisso formal, com a ideia de que é necessário algum tipo
de monitoramento de suas ações com relação aos impactos sociais e
ambientais. A observação do ambiente em sociedade tornou-se uma
variável de ponderação coletiva, com foco em aspectos e fenômenos de
alcance global. O crescimento do consumo mundial, os distanciamentos
sociais e econômicos e a sensação de superação da capacidade de carga
do ambiente, passaram a permear discussões em âmbito mundial. Nesse
campo, vão surgindo distintos grupos de interesse, e com eles um
conjunto expressivo de novas expressões e conceitos, na tentativa de
proporcionar maior compreensão dessas relações, sendo útil tanto como
armas nas lutas, como para mediá-las e monitorá-las, conforme está
abordado a seguir.
54

alternativo em relação ao sistema capitalista, assumindo orientação


fortemente ética e normativa. Nessa visão, são considerados os setores
radicais do ambientalismo denominados ecologistas, associando seu
desenvolvimento político aos partidos verdes. A terceira abordagem é
caracterizada como movimento histórico, concebendo a sociedade atual
como insustentável no médio e longo prazo. Leis (2004, p. 36)
“Considera insustentável o modelo de desenvolvimento econômico, mas
também as instituições e valores predominantes”.
Em contraponto a essa visão cética de Leis (2004) e outros
autores menos otimistas8, outras posições foram surgindo. Para
Hopwood et al. (2005), o modelo de desenvolvimento sustentável é
composto por três anéis separados, porém, interconectados: meio
ambiente, sociedade e economia, sendo que cada setor é, em parte,
independente dos outros. O foco principal das ações em conjunto com o
governo, deve ser o de levantar as questões, mobilizar a mídia para
construir coalizões que unam pesquisadores, protesto popular e ação
direta.
O resultado, em termos de evolução conceitual, foi o surgimento
de novas abordagens que pudessem harmonizar essa questão. Ao
desenvolvimento, que era visto inicialmente como sinônimo de
crescimento econômico e industrial, foram incorporadas outras
dimensões, como por exemplo, a social. Nessa mesma linha
conciliatória entre desenvolvimento e meio ambiente, segundo Sachs
(2004), tais variáveis caminham para uma noção de ecodesenvolvimento
e, num segundo momento, para a concepção de desenvolvimento
sustentável.
O termo ecodesenvolvimento foi utilizado inicialmente em 1973,
surgindo como uma alternativa para o desenvolvimento clássico vigente.
Foi articulado em muitos aspectos por Sachs (2009), que abordou áreas
como a educação, superação da pobreza, planejamento local e
participativo e preservação de recursos naturais aliada às necessidades
básicas. O conceito de ecodesenvolvimento, segundo Camargo (2010)
representou um avanço no que compete a percepção do problema
ambiental global na sua relação direta do desenvolvimento clássico com
o meio ambiente.
A concepção de ecodesenvolvimento se apresenta de forma a
apaziguar a polêmica entre os adeptos do “crescimento selvagem” e os
defensores do “crescimento zero”. Para tanto, define
ecodesenvolvimento como sendo “o desenvolvimento socialmente

8
A exemplo de Neomalthusianos com posicionamento mais radical.
55

desejável, economicamente viável e ecologicamente prudente”


(SACHS, 1986, p.113).
Numa perspectiva mais divergente frente às posições anteriores,
Harper (2001) apresenta argumentos de que o mundo já ultrapassou a
capacidade de carga finita de exploração. Orienta que é preciso inverter
drasticamente as tendências históricas dos últimos 200 anos ou
inevitavelmente o mundo irá sofrer um colapso da civilização humana,
em decorrência do colapso anterior da base de recursos de que o mundo
depende. Tal argumento baseia-se no último relatório “Além dos
Limites”, argumentando que a humanidade já ultrapassou a capacidade
de suporte da Terra; investimentos de capital já não podem manter-se
com as necessidades de crescimento atuais; os avanços tecnológicos
apenas podem adiar o inevitável, uma vez que os padrões culturais
dominantes e instituições permanecem os mesmos, e se autoderrotarão a
longo prazo. Sugere requisitos essenciais com vistas à sustentabilidade,
conforme quadro 3:

Quadro 3: Requisitos para a sustentabilidade


Diminuir o crescimento da população e estabilizar seu tamanho.
1 População Alcançar uma população estável implica que as pessoas tenham
acesso à contracepção e de saúde da família.
Conservar e restaurar sua base biológica, incluindo o solo,
pastagem, pesca, florestas e reservas de água doce. Respeitar e
Base
2 preservar os ecossistemas selvagens, significativos para razões
Biológica
éticas/estéticas e os serviços ecossistêmicos que estes
proporcionam.
3 Energia Minimizar ou eliminar o uso de combustíveis fósseis.
Trabalhar para se tornar economicamente eficiente em todos
Eficiência sentidos. Assim, em uma economia verdadeiramente
4
Econômica sustentável, a principal fonte de materiais seria a reciclagem de
mercadorias.
Formas Empreendedorismo de pequena escala e redes iriam florescer
5
Sociais juntamente com grandes organizações e vida urbana.
Exigir uma cultura de crenças, valores e paradigmas sociais que
6 Cultura definam e legitimem essas características naturais, econômicas e
sociais.
Tolerância da diversidade, justiça social e democracia política
Ordem seriam avaliadas para obter a capacidade de resposta necessária,
7
Mundial cooperação e coordenação das pessoas tanto dentro como entre
sociedades.
Fonte: Elaborado pela autora, com base em Harper (2001).
56

A percepção acerca dos problemas ecológicos e ambientais são


reflexos da própria estrutura de desenvolvimento, sendo um
desenvolvimento desigual às sociedades e danoso aos sistemas naturais
(GUIMARÃES, 1997). Segundo a discussão estabelecida pela Comissão
Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, o conceito de
desenvolvimento sustentável encontra-se atrelado a muitas variáveis e
condições, dentre elas, afirma que:

(...) é preciso que todos tenham atendidas as suas


necessidades básicas e lhes sejam proporcionadas
oportunidades de concretizar suas aspirações a
uma vida melhor. (...) As necessidades são
determinadas social e culturalmente, e o
desenvolvimento sustentável requer a promoção
de valores que mantenham os padrões de consumo
dentro do limite das possibilidades ecológicas a
que todos podem, de modo razoável, aspirar. (...),
portanto, o desenvolvimento sustentável só pode
ser buscado se a evolução demográfica se
harmonizar com o potencial produtivo cambiante
do ecossistema (CMMAD, 1991, p. 46-47).

No conceito de desenvolvimento sustentável, pode ser analisado


o termo - sustentável, que significa que o processo de mudança ou
atividade possa ser mantida sem exaustão ou colapso; e
desenvolvimento significa que a mudança e melhoria possa ocorrer
como um processo dinâmico, o que não significa a utilização excessiva
do mundo natural sem levar em conta o futuro, tampouco implica uma
condição estática (HARPER, 2001).
Em termos mais idealizados por esses teóricos, uma sociedade
sustentável é aquela que “satisfaz as necessidades do presente sem
comprometer a capacidade das gerações futuras satisfazerem as suas
próprias necessidades” (CMMAD, 1991, p. 46). Sustentabilidade é
frequentemente mencionada em termos dos três “Es” - Economia,
Ecologia e Equidade (social). O conceito preconiza uma visão de bem-
estar humano que leva em consideração tanto inter, bem como a
equidade intrageracional.
Para Pronk e Ul Haq (1992), desenvolvimento sustentável é
estabelecido no momento em que o crescimento econômico proporciona
oportunidade e justiça a todos os seres humanos, sem privilégio de
espécies sobre outras, sem destruir os recursos naturais finitos e sem
ultrapassar a capacidade de carga do sistema.
57

Nesse contexto complexo em termos conceituais, surge com John


Elkington o triple bottom line, ou 3Ps (People, Planet, Profit), capital
humano, capital natural e o lucro, objetivando que as empresas sejam
responsáveis por criar mais do que apenas valor econômico
(ELKINGTON, 1998). O tripé da sustentabilidade, como ficou
conhecido, segundo Barbieri (2011), vem como uma ferramenta a fim
de medir o desempenho empresarial e preconiza a eficiência econômica,
igualdade social e respeito ao meio ambiente. Quando trabalhados em
conjunto, busca atender aos objetivos empresariais quanto à geração de
riqueza, conservando o capital natural e suscitando melhorias sociais, a
fim de promover mais equidade na sociedade.
A vertente normativa do desenvolvimento sustentável prevê
quatro objetivos básicos de uma boa sociedade: a prosperidade
econômica; inclusão e coesão social; sustentabilidade ambiental; e
gestão que envolva os principais atores sociais, incluindo os governos e
negócios. O efeito de bem-estar provocado está atrelado às grandes
corporações, no que tange o cumprimento da lei, respeito ao ambiente
natural, e ajuda às comunidades em que atuam, especialmente no que
compete à erradicação da pobreza extrema. As empresas multinacionais
são muitas vezes os agentes de corrupção pública, suborno de
funcionários para dobrar regulamentações ou políticas fiscais, em seu
favor, e se engajar em evasão fiscal, lavagem de dinheiro e danos
ambientais imprudentes, afastando-se da essência preconizada pelo
desenvolvimento sustentável (SACHS, 2015).
Nas nuances do desenvolvimento sustentável, há uma divisão
conceitual considerada por Wackernagel e Rees (1996), que consiste nos
adeptos do status quo; reforma; e visão de transformação do
desenvolvimento sustentável. A abordagem status quo vislumbra a
mudança das estruturas de decisão por meio da gestão, top down e
incremental. Reconhece a necessidade de transformações, mas não vê o
meio ambiente nem a sociedade em posição de enfrentamento diante de
problemas insuperáveis.
Os adeptos do desenvolvimento, por meio da transformação,
veem os problemas crescentes no ambiente e/ou sociedade como
enraizados em características fundamentais da sociedade atual, bem
como o homem interage e relaciona-se com o meio ambiente. Eles
argumentam, segundo Hopwood et al. (2005) que uma transformação da
sociedade e/ou das relações humanas com o ambiente é necessária com
vistas a evitar uma crise crescente, e até mesmo, um possível colapso no
futuro. A reforma não é suficiente, pois muitos dos problemas são vistos
como sendo localizados dentro das estruturas econômicas e de poder da
58

sociedade, porque eles não se preocupam com o bem-estar do ser


humano, tampouco com a sustentabilidade ambiental.
Seguindo aspectos que circundam a formação conceitual de
sustentabilidade, Sachs (2009) verificou um alcance ampliado em
relação aos parâmetros social, ambiental e econômico, levantados pela
visão empresarial do tripé da sustentabilidade. Incluiu os critérios
geográfico e o cultural, a fim de complementar e promover a reflexão
acerca de um conceito mais amplo e inter-relacionado na seara da
sustentabilidade. O aspecto geográfico aborda uma melhor distribuição
econômica e urbana com vistas à preservação da biodiversidade, ao
passo que a importância do aspecto cultural consiste no fato de que
quanto mais avança o desenvolvimento econômico, há a tendência
natural de enfraquecerem-se os laços concernentes à cultura.
Sachs (2009) expande tais critérios estabelecidos na busca por um
aperfeiçoamento conceitual e amplificado para a sustentabilidade. Dessa
forma, segue o quadro 4, a fim de demonstrar os oito critérios de análise
por meio dos aspectos social, cultural, ecológico, ambiental, territorial,
econômico e políticas nacional e internacional.

Quadro 4: Critérios de sustentabilidade (continua)

Critérios Aspectos de Abordagem

Alcance de condições aceitáveis de homogeneidade social


Justa distribuição de renda
1 Social
Emprego que garanta condições decentes de vida
Equidade no acesso aos recursos e serviços sociais
Equilíbrio entre respeito à inovação e à tradição
Autonomia para desenvolvimento de projeto nacional
2 Cultural
integrado e endógeno
Autoconfiança aliada à abertura para o mundo
Conservação da natureza e sua capacidade de produção de
3 Ecológico recursos renováveis
Moderação na utilização de recursos não renováveis
Respeito e preservação da capacidade de purificação do
4 Ambiental
ecossistema
Planificação de vias urbanas
Minimização das divergências inter-regionais
5 Territorial Conservação da biodiversidade por meio de
ecodesenvolvimento
Melhoria do ambiente
59

Quadro 4: Critérios de sustentabilidade (conclusão)

Critérios Aspectos de Abordagem

Autonomia na área científica e tecnológica


Modernização dos meios de produção
6 Econômico
Equilíbrio no desenvolvimento intersetorial
Aderência arrojada na economia mundial
Instituição democrática baseada nos direitos humanos
Política
7 Estabelecimento de parcerias
Nacional
Coesão social
Prevenção de guerras
Integração norte-sul de desenvolvimento em favor do mais
vulnerável
Política Controle financeiro internacional de negócios
8
Internacional Princípio de precaução na gestão de recursos naturais
Prevenção de mudanças globais negativas
Gestão do patrimônio comum da humanidade
Cooperação científica e tecnológica
Fonte: Elaborado pela autora, com base em Sachs (2009).

Há um avanço acerca da abrangência do conceito de


sustentabilidade, no que compete a inclusão de padrões de naturezas
distintas, envolvendo ações e propondo soluções para os problemas
atuais, considerando as realidades globais. No entanto, “é bom lembrar
que não parece existir, contudo, a mesma clareza a respeito de quais são
os fatores e atores que nesse contexto poderiam impulsionar um
autêntico progresso da humanidade” (LEIS, 2004, p. 11).
Provavelmente não será possível; ou mesmo, desejável, se chegar
a uma definição estática de sustentabilidade. Tal conceito dinâmico deve
evoluir e ser refinado com a experiência e compreensão do ser humano
(HÁK, MOLDAN e DAHL, 2007). Os autores consideram a resiliência
um aspecto relevante a ser salientado, pois é útil para a sustentabilidade
no que compete a definição de vulnerabilidade, adaptabilidade,
capacidade de resposta e a sensibilidade. Dessa forma, permite uma
maior compreensão do comportamento do sistema de integração entre as
diferentes características econômicas, sociais e culturais, identificando
mudanças irreversíveis no meio, buscando compensações e abordagens
de precaução.
É notório o uso da expressão desenvolvimento sustentável como
uma palavra-chave desta época, repetidamente acionado pela teoria e o
ativismo, cada vez mais abarcando diversos conceitos e correntes para
60

definições adequadas a distintas visões e significados. Contudo, há uma


dificuldade em extrair o que de fato o termo significa. Para Van Bellen
(2002), definições mais difundidas e aceitas são constantes no Relatório
de Brundtland (CMMAD, 1991) e na Agenda 21. Considera o
desenvolvimento sustentável na “questão das gerações futuras e suas
possibilidades”. Esse conceito contém dois pontos de destaque quanto à
necessidade e limitação, o primeiro: “referindo-se particularmente às
necessidades dos países mais subdesenvolvidos, e a ideia de limitação,
imposta pelo estado da tecnologia e de organização social para atender
às necessidades do presente e do futuro” (VAN BELLEN, 2002, p. 11).
O desenvolvimento sustentável, por conta de suas contradições
intrínsecas e polissemia de significados, é, talvez, o conceito de política
mais desafiador já desenvolvido. Numa de suas interpretações, Hák,
Moldan e Dahl (2007) compreendem que o desenvolvimento de um
sistema humano, social e econômico é capaz de manter-se
indefinidamente em harmonia com os sistemas biofísicos do planeta. O
objetivo incide sobre um tipo de imperativo ético - proporcionando a
todos, em todos os lugares, e em qualquer momento, a oportunidade de
uma vida digna em sua respectiva sociedade.
De maneira geral, todos9 os proponentes do desenvolvimento
sustentável concordam que a sociedade necessita de mudanças, embora
existam grandes debates sobre a natureza do desenvolvimento
sustentável, das mudanças necessárias, das ferramentas e atores mais ou
menos beneficiados por estas mudanças. Não existe tal conceito como
uma única filosofia unificada de desenvolvimento sustentável; não há
desenvolvimento “ismo" sustentável. Na maioria dos casos, as pessoas
trazem para os debates, sobre desenvolvimento sustentável, perspectivas
políticas e filosóficas já existentes que expressam interesses divergentes
(HOPWOOD et al., 2005, p. 28).
Essas questões relevantes não envolvem apenas um, mas a
interação complexa de diversos sistemas e variáveis. Trata-se de uma
economia global que agora se estende por todas as partes do mundo, isto
é, se concentra em interações sociais de confiança, ética, desigualdade e
redes de apoio social em comunidades. Analisa as mudanças nos

9
All proponents of sustainable development agree that society needs to change,
though there are major debates as to the nature of sustainable development, the
changes necessary and the tools and actors for these changes. There is no such
thing as a single unified philosophy of sustainable development; there is no
sustainable developmentism. In most cases people bring to the debates on
sustainable development already existing political and philosophical outlooks.
61

complexos sistemas da Terra como o clima e os ecossistemas; e estuda


os problemas da gestão, incluindo o desempenho de governos e
empresas.
Com foco nas contradições desse modelo de desenvolvimento,
segundo Sachs (2015), este tipo de desenvolvimento trata-se de um
fenômeno complexo, com a pobreza no meio da abundância, há muitas
causas que desafiam um único diagnóstico ou prescrição, apenas como
nos casos de males ou comunidades ambientais, destroçadas pela
desconfiança e violência.
“O desenvolvimento sustentável é um conceito central para a
nossa era. É ao mesmo tempo uma maneira de compreender o mundo e
um método para resolver problemas globais” (SACHS, 2015, p. 85). A
batalha contra à pobreza e desigualdade, segundo Freyre (2006) está
relacionada diretamente com a sociedade sustentável, sendo essencial a
difusão de informações capazes de englobar os países a serviço do meio
ambiente. Para tanto, devem ser instituídos sistemas de financiamento
que proporcionem a erradicação da miséria, a fim de que países em
desenvolvimento, detentores de largas fontes naturais, possam
desenvolver suas potencialidades respeitando o meio ambiente.
A fim de facilitar a compreensão de tais conceitos, ainda que não
sejam eles engessados e estáticos, como já mencionado, tornou-se
relevante a elaboração do quadro 5, abarcando os conceitos de
desenvolvimento sustentável e sustentabilidade, numa diferenciação que
pode ser útil para a realização deste estudo.

Quadro 5: Conceito de Desenvolvimento Sustentável e Sustentabilidade


Conceito que remete à visão de ações que buscam equalizar
as dimensões econômica, social e ambiental, em prol da
Desenvolvimento manutenção e crescimento do desenvolvimento econômico
Sustentável de povos e nações, ao passo que garanta a conservação do
ambiente e seus recursos naturais às atuais e futuras
gerações.
Conceito que remete à visão de sistema, cujos mecanismos
se harmonizam no longo prazo, com respeito à capacidade de
carga e resiliência do ambiente, que contemple aspectos
Sustentabilidade
éticos e democráticos de respeito às individualidades e
diferenças entre os seres humanos, com vistas à diminuição
dos distanciamentos existentes entre povos e nações.
Fonte: Elaborado pela autora (2018).

Conforme observado, ao longo das últimas décadas, conceitos e


expressões surgem mediante estudos econômicos, sociais, ambientais e
63

proteção dos direitos individuais, pessoas e propriedades, e à execução


de contratos privados voluntariamente negociados (CHANG, 1999).
A ideia de Estado mínimo nunca foi uma unanimidade,
principalmente na América Latina. Os dois paradigmas de
desenvolvimento mais difundidos na região (o Cepalino e o Consenso
de Washington) são analisados por Iglesias (2010). O autor afirma que
esses prevaleceram na segunda metade do século XX, com diferentes
visões no papel atribuído ao Estado. O Cepalino considera o Estado
como principal vetor de promoção do desenvolvimento, enquanto o
Consenso de Washington atribui ao mercado o papel protagonista no
desenvolvimento.
Diante dos dois paradigmas, a análise comparativa do
desenvolvimento e da teoria econômica moderna constitui um
contraponto frente aos dogmatismos e ideologias que opõem às
concepções intervencionistas à visão liberal. Segundo Odaka e Teranishi
(1998), nenhuma estratégia pura, seja ela baseada no “só Estado” ou no
“só mercado” teve êxito, e a teoria confirma os limites inerentes a um
regime econômico baseado em um só destes dois mecanismos de
coordenação.
O Estado, segundo Chang (1999), continua tendo um papel
importante na economia, tanto como fomentador de projetos de
desenvolvimento, que estimulem o investimento do setor privado, como
elemento equilibrador entre os interesses dos agentes privados. Os
modelos de Washington, aplicados na América Latina, tiveram um
impacto na definição e estruturação do papel do Estado, limitando a sua
ação na concepção de projetos de desenvolvimento a longo prazo, e no
fortalecimento dos mercados competitivos nacionais.
Há um aumento da participação do Estado na economia, apesar
de conceitualmente haver uma desestatização incutida nas ideias
neoliberais. Na realidade brasileira, as ideias neoliberais foram
rapidamente propagadas em decorrência de dois fatores: cenário
econômico marcado por uma hiperinflação e um intenso processo
político de democratização pós-regime militar (SILVA e SOUZA-
LIMA, 2010).
No contexto brasileiro, existem duas correntes propostas para a
estratégia de desenvolvimento capitalista depois da crise do
neoliberalismo: o desenvolvimentismo exportador do setor privado
(novo-desenvolvimentismo) e o desenvolvimentismo distributivo
orientado pelo Estado (social-desenvolvimentismo). Ambos evidenciam
o papel do Estado na orientação do modelo de desenvolvimento, mas
com diferentes posturas frente ao mercado (BASTOS, 2012).
64

A corrente do novo desenvolvimentismo, segundo Bresser-


Pereira (2006) caracteriza-se como uma estratégia de desenvolvimento
nacional, cuja instituição é fundamental para o desenvolvimento
econômico. A soma de valores, objetivos, políticas, leis e,
principalmente entendimentos e compromissos, criam boas
oportunidades de investimento e melhoram o padrão de vida da
população, fruto de uma coalizão de classes ou um pacto político-
desenvolvimentista.
A estratégia social-desenvolvimentista compreende quatro eixos
distintos e necessariamente complementares, mas que vêm sendo
implementados com diferentes graus de prioridade e maturação: a
melhoria da distribuição da renda, visando a ampliação do consumo de
massas; a ampliação da infraestrutura econômica e social, visando a
dinamização do investimento autônomo; a reindustrialização via
adensamento de cadeias, visando ao aumento das exportações e a
expansão do setor industrial; e a expansão do setor baseado em recursos
naturais e de suas cadeias produtivas, que no caso brasileiro são
competitivos, visando atenuar a restrição externa por meio de superávits
do ponto de vista de divisas (CARNEIRO, 2012).
No Brasil, houve grande influência do Estado no
desenvolvimento da sociedade por volta de 1980, culminando na
Constituição de 1988, que acentuou o papel do Estado como promotor
de bem-estar social e prosperidade econômica do país. Nos anos
seguintes, mudanças ocorreram no contexto político com a incorporação
de políticas neoliberais, com o então presidente Fernando Henrique
Cardoso. Em 1998, foi aprovada a Emenda Constitucional n. 19, que
estabeleceu a presença de institutos para uma reforma administrativa no
Brasil, com vistas à privatizações e abertura do mercado nacional.
Posteriormente, adota-se a corrente desenvolvimentista pelos
governos do Partido dos Trabalhadores. Algumas das consequências
dessas diferentes visões políticas de desenvolvimento, Estado, mercado
e suas relações com a sociedade, foram traduzidas em diferentes
modelos de Administração Pública no Brasil. Nesse estudo, foram
contextualizados os modelos de Administração Pública Patrimonialista,
Burocrático, Gerencialista, Coprodução e o reflexo da coexistência
desses modelos ao processo de gestão.
Até 1930 no Brasil, o modelo de Administração Pública
predominante foi o Patrimonialista, em que o Estado se portava como
uma extensão do poder soberano e os servidores e auxiliares assumem
status de nobreza real. O marcante traço dessa forma de governo é o de
que a res publica não se diferencia da res privada, ou seja, há confusão
65

entre o patrimônio público e privado. Segundo Bresser-Pereira (2001),


tal característica, bem como a privatização do Estado, definia as
sociedades pré-capitalistas.
A forma de Administração Patrimonialista assume diversas
características disfuncionais, conforme sintetiza Paludo (2013):
confusão entre propriedade privada e pública; impermeabilidade à
participação social-privada; corrupção e nepotismo; arbitrariedade e
caráter discricionário nas decisões; divinização do soberano; ausência de
carreiras administrativas; desordem do Estado e da Administração;
cargos público denominados de prebendas e sinecuras, despreocupação
com o cidadão e com as demandas sociais; poder advindo da tradição e
da hereditariedade.

Esse tipo de administração revelar-se-á


incompatível com o capitalismo industrial e as
democracias parlamentares, que surgem no século
XIX. É essencial para o capitalismo a clara
separação entre o Estado e o mercado; a
democracia só pode existir quando a sociedade
civil, formada por cidadãos, distingue-se do
Estado ao mesmo tempo que o controla. Tornou-
se assim necessário desenvolver um tipo de
administração que partisse não apenas da clara
distinção entre o público e o privado, mas também
da separação entre o político e o administrador
público. Surge assim a administração burocrática
moderna, racional-legal (BRESSER-PEREIRA,
1996, p. 10).

Por volta da segunda metade do século XIX, já no Estado


liberal, surge a Administração Pública Burocrática, incluindo
mecanismos que em tese reduziriam espaços para corrupção e
nepotismo, típicos do modelo de Administração Patrimonialista. Iniciou-
se a partir da ideia de administração racional-legal, defendida por Max
Weber que busca entender a natureza das organizações e identificar
diferenças significativas entre elas (MAXIMIANO, 2012).
Na burocracia, quaisquer organizações que se valem de regras
racionais para sobreviver, baseiam-se em formalidade, impessoalidade e
profissionalismo para execução de suas atividades. Dessa forma, Weber
(1978) estabelece a divisão da sociedade em três grupos de
características: a sociedade tradicional, carismática e legal; racional ou
66

burocrática; e três tipos puros de autoridade ou de dominação legítima: a


dominação carismática, tradicional e racional, representada no quadro 6.

Quadro 6: Teoria da burocracia sob a análise da sociedade e autoridade


Categoria Tipos Características
Predominância de estrutura patriarcal e patrimonialista,
Tradicional
tais como a família e a sociedade medieval.
Predominância de estrutura mística, personalista, tais
Sociedade

Carismática
como em grupos revolucionários e em partidos políticos.
Predominância de normativas impessoais e racionalidade
Legal,
no processo de escolha dos meios e dos fins, tais como em
racional ou
grandes corporações, em estados modernos e em
burocrática
exércitos.
Obediência centrada na "devoção" dos subordinados ao
líder. A autoridade é inerente à pessoa que desempenha a
Carismática
dominação, o poder não pode ser delegado, tais como nas
lideranças políticas.
Autoridade

Obediência segue a crença tradicional que passa de


geração em geração. Compreende a figura da pessoa
Tradicional
eleita pela tradição e costumes, tais como a figura de
autoridade em uma família tipicamente patriarcal.
Obediência atrelada a normas aceitas pelos subordinados
e está relacionada a um limite de autoridade estabelecido
Racional
pelo cargo ou bureau, tais como acontece em todas as
organizações formais.
Fonte: Elaborado pela autora, com base em Weber (1978) e Maximiano (2012).

A burocracia, como forma de Administração Pública Brasileira,


surge de forma mais evidente no governo Vargas, com a reforma
impulsionada pela criação do Departamento Administrativo do Serviço
Público - DASP (1938) e Estado Novo (1937-1945). Segue princípios
que visam o desenvolvimento, capacitação e especialização das pessoas,
que passam a receber salários em vez de favores, na concepção da
carreira pública; hierarquia funcional; mérito e a impessoalidade
também coexistem nesse modelo de administração. O formalismo
conduz a forma de regulação das atividades públicas, por meio de regras
e normas estabelecidas formalmente.
Surgem as disfunções da burocracia, que segundo Merton (1952),
ocorrem pelo excesso de controle, associando o modelo à morosidade
nos processos e formalidades na internalização das regras e apego aos
regulamentos; resistência às mudanças; despersonalização do
67

relacionamento; superconformidade às rotinas e aos procedimentos;


dificuldade no atendimento a clientes e conflitos com o público externo.
Apesar das consequências, a administração burocrática foi um avanço
no processo de gestão em relação ao patrimonialismo.

Foi um grande progresso o surgimento, no século


XIX, de uma administração pública burocrática
em substituição às formas patrimonialistas de
administrar o Estado. Weber (1992), o principal
analista desse processo, destacou com muita
ênfase a superioridade racional-legal sobre o
poder patrimonialista. Apesar disso, quando, no
século XX, o Estado ampliou seu papel social e
econômico, a estratégia básica adotada e
formalista dos procedimentos – provou ser
inadequada. Essa estratégia podia talvez evitar a
corrupção e o nepotismo, mas era lenta, cara e
ineficiente (BRESSER-PEREIRA, 2005, p. 22).

Com o aumento da máquina estatal e o consequente


endividamento público, cresce a necessidade de arrecadação fiscal. De
uma reforma que objetiva um Estado mínimo essencial, surge o modelo
de Administração Pública Gerencial (Nova Administração Pública). O
Gerencialismo foi fundamentado em valores econômicos na busca pela
eficiência. Nesse modelo defendido por Denhardt (2012), os cidadãos
são apontados como consumidores e os problemas são encarados por
meio de incentivos, ao passo que dos servidores públicos espera-se um
perfil empreendedor. O foco nos resultados e na criação de parcerias
com o setor privado e a sociedade civil visa a redução do tamanho do
governo (DENHARDT, 2012).
O dever atribuído à sociedade civil foi fortalecido por efeito da
Constituição de 88 e tornou-se cada vez mais importante como
alternativa de implementação de ações e programas de interesse público.
Surge também a ideia da “coprodução do bem público” (Novo Serviço
Público), como representação do interesse em prol de valores
democráticos, por parte de uma liderança e gestão dos órgãos públicos,
de maneira menos centralizada. Para Frederikson (1997), neste modelo
os administradores públicos têm o compromisso de estruturar a relação
entre as organizações e o público. Suscita uma certa progressão do
conceito de bem comum. Como contraponto ao Patrimonialismo e
Gerencialismo, o Novo Serviço Público pretende dar ênfase à dignidade
e o valor da gestão pública, e, segundo DENHARDT e DENHARDT
68

(2003), essa forma de administrar, mais transparente e participativa,


reafirma valores democráticos de cidadania e do interesse público,
conforme quadro 7.

Quadro 7: Princípios-chave para o Novo Serviço Público


1) Servir a cidadãos, não a consumidores
O serviço público é visto como uma extensão da cidadania. Assim sendo, governo e
cidadãos devem abrir mão de interesses de curto prazo, trabalhando em conjunto
na construção de uma sociedade civil.
2) Visar o interesse público
O administrador no Novo Serviço Público não é o árbitro do interesse público, ao
contrário, é visto como ator-chave dentro de um sistema mais amplo de
governança que inclui cidadãos e outras instituições, cabendo a ele a promoção da
cidadania a serviço do interesse público - valores compartilhados pela sociedade.
3) Dar prioridade à cidadania e ao serviço público do que ao
empreendedorismo
Os administradores públicos devem trabalhar e envolver cidadãos na construção da
política pública, o que informa a política e a capacidade de formar a cidadania. Para
uma melhor prestação de serviços, a cidadania e relação entre - cidadão e o seu
governo são fundamentais.
4) Pensar estrategicamente, agir democraticamente
As organizações públicas devem ser administradas de modo a promover o
engajamento dos cidadãos em todos os aspectos e estágios da formulação e
implementação de políticas. Por meio desse processo, cidadãos se envolverão na
governança buscando satisfazer além das necessidades de curto prazo.
5) Reconhecer que a accountability não é simples
A accountability no serviço público é complexa, envolve o equilíbrio entre normas e
responsabilidades, com pressupostos morais, profissionais e de interesse público.
Assim sendo, os administradores públicos devem corresponder a todas as normas,
valores e preferências do complexo sistema de governança.
6) Servir em vez de dirigir
A liderança, no Novo Serviço Público, é baseada em valores compartilhados com a
organização e a comunidade. Os administradores públicos devem usar uma
liderança baseada em valores para ajudar os cidadãos a articular e satisfazer seus
interesses compartilhados. Devem compartilhar poder e liderar com compromisso,
integridade, respeitando e conferindo poder à cidadania.
7) Dar valor às pessoas, não apenas à produtividade
As organizações públicas têm maior chance de serem bem-sucedidas, a longo
prazo, se operarem por meio de processos de colaboração e liderança
compartilhada, que tenham por base o respeito a todas as pessoas.
Fonte: Denhardt e Denhardt (2003).
69

A Administração Pública, vista como um fenômeno social


complexo e multifacetado, tem de atuar por diversas propostas de
condução e de administração, que, segundo Salm e Menegasso (2009b),
devem ser aplicadas a diferentes contextos e grupos sociais. A
viabilidade desse ideal vincula o ente público à participação da
sociedade, de empresas politicamente articuladas e organizações do
terceiro setor. A promoção e gestão do serviço público vislumbra a
partilha de responsabilidades entre agentes públicos, privados e
cidadãos.
Na visão de responsabilidade compartilhada, a gestão pública é
composta por diversos atores, agindo de forma articulada, criando
mecanismos capazes de ascendê-los. Segundo Schommer (2008) e Valle
(2009), é necessário que essas perspectivas convergentes sejam advindas
de diferentes agentes. A ação cidadã dá-se em diferentes momentos, por
meio da cooperação, perante os programas de governo, e na interação
com agentes públicos, quando da busca por um refino nas propostas e
expectativas (WHITAKER, 1980). “Se não houver um comportamento
ético, ou seja, uma predisposição individual e institucional de buscar o
bem comum, o que conseguiremos será a nossa destruição” (DOWBOR,
2001, p. 43).
O fenômeno da coprodução, segundo Neto, Salm e Souza (2014)
é capaz de ser identificado na realidade, por ser possível, ainda que de
forma empírica, a presença de organizações do terceiro setor,
comunidades e cidadãos que, relacionados ao Estado, produzem
serviços públicos.

É importante ressaltar que a coprodução dos


serviços públicos, nesse momento, tem o corolário
de suas premissas ancorado nas demandas da
sociedade por mais transparência, eficiência,
participação e controle social sobre o aparato
burocrático do Estado. Passa a ser imperativo,
portanto, que a administração pública estude mais
esse fenômeno, identificando as características
dos modos de gestão que se aplicam aos modelos
de coprodução dos serviços públicos,
principalmente daqueles em que ocorre elevado
grau de participação do cidadão (NETO, SALM e
SOUZA, 2014, p. 165).

O Novo Serviço Público, segundo Denhardt (2012), deve atender


aos interesses públicos, a serviço dos cidadãos, e trabalhando de forma
70

conjunta com os mesmos, a fim de construir o bem maior. Para


sistematizar essas ideias, segue uma síntese dos modelos observados na
administração pública brasileira, conforme quadro 8:

Quadro 8: Síntese dos modelos de Administração Pública (continua)


Velha Nova
Novo Serviço
Administração Administração
Dimensões Público
Pública Pública
(Coprodução)
(Patrimonialista) (Gerencialista)
Teoria Teoria democrática,
Teoria política, econômica, abordagens
Principal teoria e comentário social e diálogo mais variadas de
fundamentos político aumentado sofisticado conhecimento,
epistemológicos pela ciência social baseado na incluindo positiva,
ingênua ciência social interpretativa e
positivista crítica
Racionalidade
Racionalidade
Racionalidade técnica e
formal ou
predominante e econômica,
Racionalidade estratégica,
modelos ho e
si pti a, ho e múltiplos testes de
associados de e o i o , ou o
ad i ist ativo racionalidade
comportamento interesse próprio
(política, econômica
humano do tomador de
e organizacional)
decisão
Interesse público Interesse público é
Interesse público é
representa a o resultado de um
Conceito de definido
agregação de diálogo sobre
interesse público politicamente e
interesses valores
expresso em lei
individuais compartilhados
A quem os
servidores
Clientes e eleitores Consumidores Cidadãos
públicos
respondem
Construir Servir (negociando
Dirigir (agindo
(desenhando e e intermediando
como um
implementando interesses entre
catalisador para
Papel do governo políticas, focando cidadãos e grupos
desencadear as
um único objetivo comunitários,
forças de
politicamente criando valores
mercado)
definido) compartilhados)
71

Quadro 8: Síntese dos modelos de Administração Pública (conclusão)


Criando Construindo
mecanismos e coalizões de
Administrando
estruturas de agências públicas,
programas, por
Mecanismos para incentivos para privadas e sem fins
meio de
alcançar objetivos atingir objetivos lucrativos para
instituições
de política políticos, por meio atingir
governamentais
de agências necessidades
existentes
privadas e sem fins mutuamente
lucrativos definidas
Dirigida pelo Multifacetada - os
mercado - a servidores públicos
Hierárquica - acumulação de devem obedecer à
administradores interesses próprios lei, aos valores
Abordagem à são responsáveis produzirá os comunitários, às
accountability por líderes políticos resultados normas políticas,
democraticamente desejados por aos padrões
eleitos amplos grupos de profissionais e
cidadãos (ou interesses dos
consumidores) cidadãos
Ampla
Discricionariedade Discricionariedade
discricionariedade
Discricionariedade limitada, garantida necessária, mas
para atingir
administrativa a servidores restrita e
objetivos
administrativos accountable
empreendedores
Fonte: Adaptado de Denhardt e Denhardt (2003).

As diferentes influências dos modelos apresentados na


configuração da Administração Pública Brasileira intercalaram-se com o
tempo e trouxeram como resultado uma realidade complexa e
anacrônica, pois nenhuma das propostas foi implementada de forma
plena. O resultado teria sido uma hibridização de tendências e modelos
que foram intercalando-se a partir da formação do Estado nacional
(ZWICK et al., 2012). Por essa razão, não puderam, cada qual, ser
praticado na sua totalidade. Uma das razões dessa dificuldade pode ser
entendida por conta das normas não se moverem com a mesma
velocidade das teorias, como exemplo, estimular a autonomia e
profissionalismo de gestores públicos preconizadas no gerencialismo,
sem mudar a lógica das normas de controle hierárquico das estruturas
burocráticas. Outra razão para a implementação fragmentada desses
modelos decorre da inexistência de categorias idealizadas pelos teóricos,
por exemplo, a pressuposição dos idealizadores do Novo Serviço
72

Público é a existência de uma sociedade esclarecida e participativa, ativa


para a coparticipação na gestão pública, o que nem sempre se encontra
na realidade.
Independentemente dos modelos e de suas potencialidades e
disfunções, a administração pública é o principal arranjo institucional
pelo qual se implementam políticas públicas. Não há um consenso para
a definição de política pública por conta de algumas divergências acerca
dos atores que devem elaborá-las, estatais ou não estatais; referem-se à
omissão ou negligência da gestão; aos níveis de decisão e criação estar
no estratégico ou no nível operacional (SECCHI, 2013)11.
De forma geral, as mudanças de modelos ou estratégias para se
implementar Políticas Públicas (PPs) podem ser mais centralizadas ou
mais participativas, a depender dos arranjos institucionais existentes em
cada caso. Nessa perspectiva, a teoria da política pública assume a ideia
de que tanto atores individuais quanto institucionais influenciam no seu
resultado. Se considerada a dinâmica de surgimento de novas políticas,
como é o caso das dedicadas à sustentabilidade, é esperado que novas
demandas surjam e que a administração pública dê conta de
implementá-las.
Uma PP não surge concomitantemente com a edição de uma
norma. Elas são decorrentes de movimentos de percepção coletiva dos
problemas públicos que demandam resolução. As PPs ambientais são
um exemplo, com um evidente processo de evolução de etapas de
consolidação paulatina dos compromissos de sustentabilidade, que
acabam por demandar cada vez mais ação e efetividade da
administração pública.
Uma das contribuições dos precursores dos estudos de PP, como
Laswell nos anos 5012, foi a proposição de categorias de análise em
etapas ou fases, que viam as PPs como processo cíclico. Grande parte do
desenvolvimento teórico em PPs aceita uma lógica sequencial que
classifica em etapas sucessivas distintas, o que se denomina ciclos das
políticas públicas. Na sua visão simplificada uma PP pode ser
classificada em 03 fases: formulação, implementação e avaliação
(FREY, 2000; MULLER e SUREL, 2002).

11
O autor levanta algumas questões teórico-conceituais chave, propondo uma
visão em três nós conceituais descritos e comentados (SECCHI, 2013).
12
LASSWELL, H. D. The policy orientation. In: LERNER, Daniel e Harold D.
LASSWELL. The policy sciences: recent developments in scope and method.
Stanford, CA: Stanford University Press, 1951. p. 3-15.
73

A partir desse modelo sintético, muitas outras interpretações e


classificações, com caráter evolutivo, surgiram. Numa das distintas
visões, Heidemann (2014) ressalta quatro etapas essenciais no ciclo de
uma PP: decisão política, implementação, prestação de contas e
avaliação, representadas no quadro 9.

Quadro 9: Ciclo conceitual de Políticas Públicas de Heidemann

Estágios Definição e embasamento teórico para fins de elucidação

Decisão, ação adequada à estratégia organizacional


(instrumento a serviço da sociedade) baseadas em modelos,
1 Decisão Política
abordagem institucional, racional, incremental, ou inspirações
com base em processos, elites.
Esforço para obter cooperação entre as pessoas encarregadas
2 Implementação na promoção da política pública, mais que um desafio
gerencial.
Verificação, junto aos atores interessados, se houve o
atendimento de suas demandas por parte da política. Trata-se
Prestação de
3 de verificar o impacto do projeto ou política em questão sobre
Contas
os stakeholders - credores de satisfação ou de prestação de
contas.
Necessidade de avaliação por parte dos tomadores de decisão
acerca da continuidade, aperfeiçoamento, reformulação ou,
4 Avaliação simplesmente, a descontinuidade. Há nesse processo, a
correlação entre a tomada de decisão e os sistemas de
avaliação.
Fonte: Elaborado pela autora, com base em Heidemann (2014).

Outra forma de planejar a implementação de uma PP é


fundamentá-la nos problemas públicos, estratégia defendida por Howlett
e Ramesh (2003). Essa abordagem, segundo os autores, é uma das
maneiras de aprimorar os resultados das políticas públicas. Esse modelo
prevê cinco estágios no ciclo de PPs e a relação com a solução aplicada
de problemas, conforme quadro 10.

Quadro 10: Ciclo de Políticas Públicas e a resolução aplicada de problemas


públicos de Howlett e Ramesh (continua)
Resolução aplicada de problemas Estágios do ciclo da política

1 Reconhecimento do problema Montagem da agenda


75

(...) instituições pluridisciplinares de formação dos


quadros profissionais de nível superior, de
pesquisa, de extensão e de domínio e cultivo do
saber humano, que se caracterizam por: I –
produção intelectual institucionalizada mediante o
estudo sistemático dos temas e problemas mais
relevantes, tanto do ponto de vista científico e
cultural, quanto regional e nacional; II – um terço
do corpo docente, pelo menos, com titulação
acadêmica de mestrado ou doutorado; III – um
terço do corpo docente em regime de tempo
integral (BRASIL, 1996).

A organização dos sistemas de ensino, segundo a Constituição de


1988, é de responsabilidade dos Municípios, Estados, União e do
Distrito Federal, por meio de um regime de colaboração, cabendo à
união a regulamentação da política nacional de educação. Essas
instituições podem ser classificadas em públicas - mantidas,
administradas, incorporadas pelo poder público; ou privadas - mantidas
e administradas por pessoas físicas ou jurídicas, de direito privado.
Nessa classificação, as universidades públicas podem ser federais,
estaduais e municipais, ao passo que as privadas são categorizadas como
particulares, comunitárias, confessionais ou filantrópicas (SOUZA,
2009, p. 37). Para fins de enquadramento acadêmico e de organização,
segundo o Decreto 5.773 de 2006, em seu art. 12, as Instituições de
Educação Superior (IES) são classificadas em: faculdades, centros
universitários ou universidades (BRASIL, 2006).
A educação superior assume determinadas finalidades e
compromissos capazes de retratar sua importância para a modificação
do seu campo de atuação, conforme art. 43 da Lei n.º 9.394, de 20 de
dezembro de 1996.

I) estimular a criação cultural e o


desenvolvimento do espírito científico e do
pensamento reflexivo; II) formar diplomados nas
diferentes áreas do conhecimento, aptos para a
inserção em setores profissionais e para a
participação no desenvolvimento da sociedade
brasileira, e colaborar na sua formação contínua.
III) incentivar o trabalho de pesquisa e
investigação científica, visando o
desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da
criação e difusão da cultura, e, desse modo
76

desenvolver o entendimento do homem e do meio


em que vive; IV) promover a divulgação de
conhecimentos culturais, científicos e técnicos que
constituem patrimônio da humanidade e
comunicar o saber através do ensino, de
publicações ou de outras formas de comunicação;
V) suscitar o desejo permanente de
aperfeiçoamento cultural e profissional e
possibilitar a correspondente concretização,
integrando os conhecimentos que vão sendo
adquiridos numa estrutura intelectual
sistematizadora do conhecimento de cada geração;
VI) estimular o conhecimento dos problemas do
mundo presente, em particular os nacionais e
regionais, prestar serviços especializados à
comunidade e estabelecer com esta uma relação
de reciprocidade; VII) promover a extensão,
aberta à participação da população, visando à
difusão das conquistas e benefícios resultantes da
criação cultural e da pesquisa científica geradas na
instituição (BRASIL, 1996).

O compromisso das universidades, no que compete a criar,


conservar, integrar, propagar e aplicar o conhecimento, se equivale nas
mais diversas instituições de ensino, o que varia é a maneira de
consolidar tais funções. Diante disso, Meyer Jr. (2003), apresenta três
modelos de instituições universitárias capazes de representar
características distintas nesse contexto, conforme o quadro 11.

Quadro 11: Modelos de instituições universitárias


Representado pelas funções do tripé: ensino, pesquisa e extensão,
Modelo
com vistas a prestação de serviço à comunidade. Prevalência pela
1 Tradicional
área do ensino, ficando precarizada a área de pesquisa e extensão,
Acadêmico
muitas vezes. Presente no Brasil a partir da reforma universitária.
Objetiva o lucro de forma explícita, missão clara de vender serviços
educacionais diferenciados e de qualidade no mercado competitivo.
Modelo
2 Estrutura eficiente, busca atingir resultados esperados pelos
Empresarial
clientes. Presente em novas universidades corporativas dos EUA e
Europa.
Novas formas de prestação de serviços educacionais. Baseia-se na
Modelo transmissão do conhecimento por meio da tecnologia da
3
Tecnológico comunicação. Presente em universidades virtuais e programas de
ensino à distância.
Fonte: Elaborado pela autora, com base em Meyer Jr. (2003).
77

A universidade pública é considerada uma instituição social


complexa, quando verificado que nesse espaço é possível a coexistência
de diferentes atores sociais, com aspirações e objetivos distintos, bem
como advindos de diferentes culturas. Assim sendo, gerir este espaço
torna-se um grande desafio aos gestores públicos, considerando sua
íntima relação com Estado e sociedade (BÚRIGO e PERARDT, 2016).
Reforçando o pensamento sobre a complexidade da universidade,
Chauí (2003) a define como uma instituição social e, dessa forma,
manifesta os mecanismos de funcionamento da sociedade em seus mais
variados aspectos. Assume, por meio de sua concepção conceitual, as
divergências de pensamentos e opiniões, ações e projetos que divergem
e conflitam muitas vezes, tal qual ocorrem em uma sociedade; a
coexistência de contradições. A relação que há entre universidade e
sociedade é o que justifica sua representação como uma instituição
social

(...) a universidade pública sempre foi uma


instituição social, isto é, uma ação social, uma
prática social fundada no reconhecimento público
de sua legitimidade e de suas atribuições, num
princípio de diferenciação, que lhe confere
autonomia perante outras instituições sociais, e
estruturada por ordenamentos, regras, normas e
valores de reconhecimento e legitimidade internos
a ela (CHAUÍ, 2003, p. 05).

A nova concepção de educação, para Chauí (2003), consiste na


educação como ferramenta estratégica pedagógica essencial para que
seja possível adaptação às mudanças. Dessa forma, afirma que o Estado
deve tomar a universidade como um investimento social e político e não
como um gasto público, e para tal deve considerar a educação como
direito e não como um serviço ou privilégio. Afirma ainda, que é pela
aplicação de fundos públicos aos direitos sociais que se regula a
democratização do Estado e, consequentemente, da democratização da
própria universidade.
A educação de forma institucionalizada, segundo Mészáros
(2015), contribui para o fomento da modificação social, embora não
possa sozinha atingir tal finalidade. O autor defende que a educação
atende a lógica do capital e que o ser humano deve assumir o papel de
sujeito de mudança social da sociedade, rompendo tais prerrogativas e
78

suas influências, assumindo a consciência da responsabilidade social


para com a comunidade.

A educação institucionalizada, especialmente nos


últimos cento e cinquenta anos, serviu – no seu
todo – o propósito de não só fornecer os
conhecimentos e o pessoal necessário à
maquinaria produtiva em expansão do sistema
capitalista mas também o de gerar e transmitir um
quadro de valores que legitima os interesses
dominantes, como se não pudesse haver nenhum
tipo de alternativa à gestão da sociedade [...]
(MÉSZÁROS, 2015, p. 7).

O sistema de ensino superior vigente passa por modificações no


sistema de ensino, que Sousa Santos (2005) acredita serem três crises
com as quais a universidade tem confrontado, quais sejam: crise de
hegemonia, de legitimidade e institucional, para tanto, defende uma
reforma emancipatória e democrática, especialmente na universidade
pública.
A universidade é um bem público e, segundo Sousa Santos
(2005), visa amenizar esse contexto de crise por meio da reforma da
universidade, que deve posicionar a própria universidade, o Estado e os
cidadãos organizados como protagonistas desse processo, e ainda, o
capital nacional que atuará com vistas à legitimidade da reforma,
conforme quadro 12.

Quadro 12: Princípios orientadores para a reforma universitária (continua)


Promoção de alternativas de pesquisa, de formação,
Enfrentar o novo extensão e de organização, que visem a democratização
1
com o novo do bem público universitário, com vistas a formulação e a
solução de problemas sociais, nacionais e globais.
Constatação da perda hegemônica para focar na
legitimidade, ocasionada por: crise financeira, rigidez
Lutar pela institucional, restrição de novos perfis capazes de lidar
2
definição da crise com a transformação, baixa articulação entre interação
presencial e à distância, cultura de não valorização de
mudança.
Só há universidade quando há formação graduada e pós-
Lutar pela graduada, pesquisa e extensão. Deste modo, em muitas
3 definição de realidades, universidades privadas não atendem a esses
universidade requisitos, pois há a ausência da pesquisa ou da pós-
graduação.
79

Quadro 12: Princípios orientadores para a reforma universitária (conclusão)


Legitimidade se reconquista por meio da ação direta nas
áreas de ação: acesso, extensão, pesquisa-ação, ecologia
Reconquistar a
4 dos saberes, universidade e escola pública, universidade e
legitimidade
indústria, reforço da responsabilidade social da
universidade.
Reconstruir uma nova institucionalidade para a
Criar uma nova emancipação da universidade pública, por meio da rede
5
institucionalidade nacional de universidades públicas, democracia interna e
externa, e avaliação participativa.
Princípios que norteiam a universidade devem ser
Regular o setor complementados pela regulamentação da universidade
6 universitário privada e da relação do Estado e a transnacionalização do
privado mercado da educação superior, de forma global solidária e
cooperativa da universidade.
Fonte: Elaborado pela autora, com base em Sousa Santos (2005).

As instituições de ensino superior têm sofrido críticas acerca de


seus objetivos, pois para Meyer Jr. (2003, p.173) apresentam “rigidez da
estrutura burocrática, ineficiência no uso dos recursos escassos, baixa
qualidade do ensino ministrado e pouca pertinência social dos serviços
educacionais prestados.” As universidades, por meio da instabilidade e
dinamismo provocados com a globalização de informações e
tecnologias, em comparação com sua estrutura mais estática, ainda são
tratadas na literatura como uma administração com caráter burocrático,
o que consiste em um desafio à gestão universitária (FERRARESI,
2012).
Outra questão envolvida nesse debate é o fato de que a gestão
dessas instituições, em geral é realizada por docentes, que não raras
vezes não se sentem ou agem como ocupantes dos cargos
administrativos de direção para os quais foram designados (MEYER
JR., 2003). Isso acaba por refletir, segundo o mesmo autor, na
morosidade dos processos, ineficiência na utilização dos recursos, num
desempenho aquém do esperado de uma gestão acadêmica e
administrativa, sob responsabilidade de reitores, pró-reitores, diretores
de centro, entre outros.
Ao mesmo tempo, o envolvimento docente em diversas
atividades relacionadas à gestão da universidade, atuando como
administradores, segundo Teixeira et al (2012) é tido como de grande
relevância, pois considera tal envolvimento fator essencial ao alcance e
manutenção da autonomia universitária. A participação de professores
80

no processo de gestão das universidades, na concepção de gestão mais


participativa e próxima à comunidade, consiste, segundo Vanderley e
Ximenes (2008), no envolvimento do docente em atividades de gestão e
de planejamento institucional, além das práticas de ensino, pesquisa e
extensão.
Apesar de muitos docentes não possuírem formação adequada
para a gestão, segundo Ferraresi (2012), pelo fato de terem sido
formados para áreas específicas do conhecimento, detém conceitos
múltiplos e diversificados, auxiliando no processo de mudança e
renovação. Algumas habilidades deveriam compor uma administração
universitária competente, com vistas a facilitar o acesso aos serviços
educacionais, reduzir custos operacionais, melhorar a qualidade de
trabalhos acadêmicos, entre outros, conforme quadro 13.

Quadro 13: Habilidades desejáveis aos administradores universitários


Visão clara e compartilhada do futuro a ser construído. Pensar
Visão de futuro
globalmente e agir institucionalmente.
Antecipação às mudanças, identificação do que deve ser
Disposição para modificado e a importância estratégica da mudança para a
mudança universidade - estrutura, processos, comportamento, cultura e
produtos organizacionais.
Domínio e uso da Conhecimento das novas tecnologias em prol de desempenho
tecnologia acadêmico e administrativo e da própria universidade.
Alinhamento das oportunidades externas à capacidade interna,
Visão estratégica considerando as competências essenciais da universidade.
Avaliar a eficácia das estratégias ao longo do tempo.
A partir do complexo sistema decisório da universidade -
Capacidade de
comitê, colegiado, entre outros, buscar reduzir os níveis e
decisão
número de pessoas envolvidas.
Delegação de competências e capacidade de decisão e ação.
Empowerment Transferir poder e responsabilidade no desenvolvimento das
atividades.
Coragem de assumir riscos e desafios. Anseio por pessoas mais
Empreendedorismo qualificadas e serviços educacionais de qualidade, ideias e
conhecimento.
Gerenciar Monitoramento de fatores externos e internos à universidade,
informações que sejam relevantes ao seu funcionamento.
Participação direta dos envolvidos no processo - responsáveis
Participação pelas ações da universidade. Comprometimento das pessoas
com os problemas e com as soluções.
Fonte: Elaborado pela autora, com base em Meyer Jr. (2003).
81

Interesses secundários dos membros da organização, assim como


as forças presentes nas sociedades, contribuem para o condicionamento
das organizações, além do ambiente na qual está inserida. A
universidade, vista como uma organização, representa um fenômeno
cultural que se altera conforme o nível de desenvolvimento da sociedade
(MORGAN, 1996). A pluralidade de conhecimentos profissionais
abarcados na gestão de uma organização complexa como a universitária,
segundo Ferraresi (2012), é o que viabiliza o funcionamento das ações,
contribuindo como instrumento de mudança e renovação.
Para demonstrar a complexidade da universidade e as
perspectivas de uma atuação mais efetiva, cabe apresentar uma síntese
das diferentes formas de gestão, considerando três prismas de análise
principais: pilares que sustentam a universidade: ensino, pesquisa e
extensão; divisão da gestão universitária em gestão acadêmica e gestão
administrativa; níveis de tomada de decisão: estratégico, tático e
operacional, conforme quadro 14.

Quadro 14: Três Prismas da gestão universitária (continua)


As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de
gestão, e obedecerão ao princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa
e extensão. Art. 207 da Constituição 1988.
A indissociabilidade entre ensino-pesquisa-extensão possibilita novas formas
1) Gestão pelo tripé: Ensino, Pesquisa e Extensão

pedagógicas de reprodução, produção e socialização de conhecimentos,


efetivando a interdisciplinaridade. Ela oportuniza, também, superar a
dicotomia entre teoria/prática, sujeito/objeto, empiria/razão, constituindo
outro fundamento epistêmico (PUHL e DRESCH, 2016).
Ensino universitário tem como finalidade: elevar o nível da cultura geral;
estimular a investigação científica, em quaisquer domínios dos conhecimentos
humanos; habilitar ao exercício de atividades que requerem preparo técnico e
científico superior; concorrer pela educação do indivíduo e da coletividade,
pela harmonia de objetivos entre professores e estudantes e pelo
aproveitamento das atividades universitárias, para a grandeza da Nação e
para o aperfeiçoamento da Humanidade. Art. 1º, Decreto 19.351 de 1931.
Pesquisa científica universitária, no Estatuto, é prevista a presença da
investigação científica nos três cursos profissionais – que caracterizam a
universidade – com a realização da tese de doutorado; a formação
profissional é justaposta à investigação científica, pois ela é apenas prevista
na fase posterior à formação profissional (ROTHEN, 2006).
Extensão universitária destina-se à difusão de conhecimentos filosóficos,
artísticos, literários e científicos, em benefício do aperfeiçoamento individual
e coletivo. Art. 109, Decreto 19.351 de 1931.
82

Quadro 14: Três Prismas da gestão universitária (conclusão)


Os gestores universitários devem conciliar seus objetivos próprios com os da
2) Gestão Acadêmica e Administrativa

instituição universitária em que trabalham. O apoio a ideias que podem dispor


em seu ambiente universitário é um dos fatores determinantes para o sucesso
da gestão acadêmica e administrativa universitária empreendedora (PEREIRA
et. al., 2011, p. 01).
Administração geral engloba a efetividade do funcionamento dos órgãos
colegiados; relações entre a entidade mantenedora e a instituição de ensino;
eficiência das atividades-meio em relação aos objetivos finalísticos (OLIVEIRA,
2004).
Administração acadêmica consiste na adequação dos currículos de graduação
e da gestão da sua execução; adequação do controle do atendimento às
exigências regimentais de execução do currículo; adequação dos critérios e
procedimentos de avaliação do rendimento escolar. Decreto 2.026 de 1996.
Organização foi dividida em três níveis administrativos: estratégico, tático e
operacional. Dessa forma, os planos organizacionais passaram também a ser
categorizados em níveis de abrangência da organização (ANDRADE e AMBONI,
3) Gestão pelos Níveis: Estratégico, Tático e Operacional

2009).
O planejamento estratégico representa a ferramenta essencial na gestão das
organizações diante de incertezas, por meio de técnicas e processos
administrativos que permitam o planejamento do futuro, a elaboração de
objetivos, as estratégias, os métodos e ações para seu alcance (ANSOFF e
McDONNELL, 1983).
Planejamento estratégico é o começo da administração estratégica de uma
organização, em seus mais variados tipos, características e tamanhos. Tem o
objetivo de assumir decisões determinantes e seus resultados, por meio de
uma gestão pró ativa da organização (MINTZBERG, 1994).
Planejamento estratégico é um processo permanente e contínuo;
racionalidade da tomada de decisão e alocação de recursos de forma
eficiente; estratégias com foco no longo prazo; visão holística da organização,
gera mudança e inovação. Decisão do proprietário, presidente e diretoria,
entre outros; O Planejamento Tático operacionaliza objetivos institucionais
em departamentais, transforma a estratégia em ações concretas. Projetado
por gerentes, a médio prazo, incluindo cada unidade da organização; O
Planejamento operacional é formalização dos procedimentos, execução das
ações estabelecidas no nível tático. Decisão dos supervisores, a curto prazo,
ligado a área técnica para a execução das ações (OLIVEIRA, 2004).
Fonte: Elaborado pela autora (2017).

A relação existente no processo de tomada de decisão, bem como


as áreas envolvidas nesse contexto, retrata a complexidade inerente ao
ambiente universitário. Uma atuação para o sucesso da gestão, conforme
83

observado, percorre os mais diversos níveis hierárquicos da própria


organização e suas áreas de influência, a fim de unir esforços e
concentrá-los para o resultado esperado. Esses resultados das ações
universitárias são considerados como os maiores impactos provocados
na sociedade, quando comparado a qualquer outro setor da sociedade,
pois as universidades proporcionam educação à próxima geração de
decisores, influenciadores e líderes (CORTESE, 1999). As IES são
multiplicadoras de diversas áreas de preocupação, como a da
sustentabilidade e o princípio ético em integrá-las de forma sistemática
em suas ações (LOZANO, 2006).
Uma instituição de ensino superior comprometida com a
sustentabilidade, segundo Tumbas, Matkovic e Pavlicevic (2015), é
aquela capaz de promover progresso e integração nos mais variados
aspectos de justiça social e que não prejudique o meio na qual está
inserida. Segue com a propagação de conceitos, princípios e métodos, e
educação para o desenvolvimento sustentável. Dentre as temáticas
abordadas, destacam-se: pesquisa na área da sustentabilidade, operações
físicas sustentáveis, alfabetização ecológica, expansão e
desenvolvimento de currículo interdisciplinar, associação com governos,
indústrias e organizações não governamentais (ONGs), cooperação
interuniversitária e obrigação moral das universidades com a área
(WRIGHT, 2002, 2004).
O primeiro acordo oficial realizado entre universidades com o
apoio de Presidentes e Chanceleres, segundo Shriberg (2002), foi a
Declaração de Talloires, firmada em 1990, na França, representada por
50 países e 440 líderes universitários. O compromisso consistiu em um
plano de dez ações, a fim de incorporar a sustentabilidade nas áreas de
ensino, pesquisa e em operações de universidades, a partir do ano de
2012.
Considerando a atmosfera de incorporação de ações e discussão
internacional, reestruturar as instituições de ensino superior (IES), em
prol da sustentabilidade, cabe trazer algumas definições para sua
construção conceitual. Uma concepção de universidade sustentável é
aquela que atua para a sustentabilidade e traduz a missão de integração
para contribuir e estabelecer uma sociedade mais justa, desenvolvimento
econômico que não agrave o meio, por meio de conceitos, princípios,
valores e métodos de educação (TUMBAS, MATKOVIC e
PAVLICEVIC, 2015).
O encadeamento entre desenvolvimento sustentável e a
universidade, segundo Yarime e Tanaka (2012), propõe uma realidade
dinâmica que se vale da consciência cidadã para compreender melhor o
85

expressivos e perceptíveis, que envolva a variação de quantidades,


volume, custos, entre outros parâmetros objetivos (HOLLING, 1978).
Indicadores são instrumentos hábeis que sumarizam ou
simplificam informações substanciais, transparecendo os fenômenos de
interesse na quantificação, mensuração e comunicação de tais
informações. Os indicadores devem embasar as tomadas de decisão por
parte dos gestores, a partir da descrição da realidade observada e por
meio de comparações da mesma variável em um período de tempo,
avaliando seu desempenho em relação a metas previamente
estabelecidas. Para tanto, indicadores são definidos como um conjunto
mínimo capaz de simbolizar fenômenos de interesse de uma maneira
abrangente e passível de tomada de decisão (GALLOPÍN, 1996).
Características qualitativa ou quantitativa de um indicador, com
vistas à captação de informações, facilitam a compreensão e
delineamento do fenômeno analisado. É considerado um recurso
metodológico para verificação da evolução de um determinado objeto
ou fenômeno. Indicador é um recurso que segundo, Cassiolato e
Gueresi (2010, p. 27), “é uma construção que possibilita a averiguação
do sentido e da intensidade do movimento de uma dada variável (ou
conjunto de variáveis) relevantes para o enfrentamento do problema”.
Sob o viés da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE), indicadores podem ser compreendidos como “(...)
uma ferramenta de avaliação entre outras; para captar-se todo o seu
sentido, devem ser interpretados de maneira científica e política”
(OCDE, 2002, p. 204). Devem ainda, ser complementados com
informações qualitativas, a fim de interpretar as causas de modificação
do valor de um parâmetro/indicador que orientará a avaliação de tal
mudança.
Os indicadores são definidos como padrões que podem ser
tratados de forma isolada ou combinada, sendo essenciais para reflexão
de determinadas condições de sistemas em observação, tais como
médias aritméticas simples, medianas, entre outras. Um indicador
adequado deve ser capaz de alertar sobre problemas e antecipá-los antes
que evoluam, indicando soluções para resolvê-los (VAN BELLEN,
2004). A autora salienta que, para o processo de decisões políticas, são
comumente utilizados indicadores sociais e econômicos. No entanto,
para monitorar e avaliar alterações e impactos no ambiente, são
necessários indicadores comparativos, pois um indicador econômico não
considera efeitos sociais ou ambientais, ao passo que os ambientais não
retratam impactos sociais ou econômicos, ou os indicadores sociais não
trabalham com os efeitos ambientais ou econômicos.
86

Todavia, os indicadores são definidos, ainda, como variáveis


relacionadas a outras variáveis. Quaisquer variáveis, segundo Gallopín
(1996) representam um atributo que não é um atributo real de um objeto
real. Quanto mais precisa for a relação da variável em refletir o atributo
determinado, e a relevância desse para o processo de decisão, revela a
perspicácia e sagacidade do pesquisador e os objetivos e limitações da
investigação.
Qualquer variável e, portanto, qualquer indicador (seja ele
normativo ou descritivo) é dotado de significado que vai além do valor
nominal obtido por meio das observações. O significado desse
indicador, ou dos valores que assume, são decorrentes da interpretação
construída sobre eles, que consequentemente atribui significado às
variáveis (GALLOPÍN, 1996).
Indicadores são essenciais para a administração das organizações
públicas, pois atribuem valor a objetivos específicos e fatos, por meio de
regras, que serão aplicadas à critérios de avaliação, tais como eficácia,
efetividade e eficiência. Dentre as funções requeridas dos indicadores,
destacam-se: medir resultados e gerenciar o desempenho; embasar
pareceres críticos perante resultados obtidos e do processo decisório;
contribuir para melhoria contínua dos processos da organização;
descomplicar o planejamento e controle de desempenho; e viabilizar
avaliação comparativa da organização e benchmark em ambientes
semelhantes. Diante disso, o Programa Nacional de Gestão Pública e
Desburocratização (GESPÚBLICA) construiu um conceito capaz de
representar essa necessidade:

Os indicadores são instrumentos de gestão


essenciais nas atividades de monitoramento e
avaliação das organizações, assim como seus
projetos, programas e políticas, pois permitem
acompanhar o alcance das metas, identificar
avanços, melhorias de qualidade, correção de
problemas, necessidades de mudança.
(GESPÚBLICA, 2010, p. 13).

Estabelecer um processo de avaliação e monitoramento dos


processos públicos, por meio de auditorias, está relacionado à aplicação
de indicadores. A avaliação de desempenho na gestão pública é
orientada para economicidade, eficácia, eficiência e efetividade. O
Tribunal de Contas da União (TCU), traz o conceito de indicadores e
outras características:
87

Um indicador de desempenho é um número,


percentagem ou razão que mede um aspecto do
desempenho, com o objetivo de comparar esta
medida com metas preestabelecidas.
Deve-se ressaltar que os indicadores de
desempenho podem fornecer uma boa visão
acerca do desempenho que se deseja medir, mas
são aproximações do que realmente está
ocorrendo, necessitando, sempre, de interpretação
no contexto em que estão inseridos.
Informações sobre desempenho são
essencialmente comparativas. Um conjunto de
dados isolado mostrando os resultados alcançados
por uma instituição não diz nada a respeito de seu
desempenho, a menos que seja confrontado com
metas ou padrões preestabelecidos, outras
organizações do mesmo ramo de atividade, ou
realizada uma comparação com os resultados
alcançados em períodos anteriores, obtendo-se
assim uma série histórica para análise (TCU,
2011, p. 08).

Os critérios e indicadores são os elementos sobre os quais os


potenciais resultados das alternativas de políticas públicas serão
avaliados e ranqueados. Nesse sentido, critérios e indicadores não
avaliam as alternativas em si, os futuros cenários é que são derivados da
aplicação da alternativa (BARDACH, 2009).
Indicadores são considerados como a operacionalização dos
critérios e são utilizados para simplificar, objetivar e mensurar o
potencial desempenho de uma política pública (SECCHI, 2016).
Características essenciais aos indicadores foram elaboradas pelo
Tribunal de Contas da União, a fim de evitar os possíveis reducionismos
e aprimoramento na avaliação das variáveis analisadas, conforme
quadro 15.

Quadro 15: Características desejáveis de Indicadores de Desempenho ID


(continua)
Grau segundo o qual o indicador reflete o fenômeno que está sendo
medido. O ID deve ser a expressão dos produtos essenciais de um
Validade processo e enfoque deve ser nos produtos e nos resultados. Assim, o ID
deve medir aquilo que é produzido, seja produto intermediário ou final,
além dos resultados (outcomes).
88

Quadro 15: Características desejáveis de Indicadores de Desempenho ID


(conclusão)
Propriedade de possibilitar comparações ao longo do tempo e entre
Comparabilidade
diferentes objetos de auditoria.
As variáveis componentes do indicador devem ter estabilidade
conceitual, sua forma de cálculo não deve variar no tempo, bem como,
Estabilidade devem ser estáveis os procedimentos de coleta de dados para sua
apuração. Essas são as condições necessárias ao emprego de
indicadores para avaliar o desempenho ao longo do tempo.
Na construção de indicadores devem ser consideradas apenas variáveis
homogêneas. Por exemplo, ao estabelecer o custo médio por auditoria,
Homogeneidade
devem-se identificar os diversos tipos de auditoria, já que para cada
tipo tem-se uma composição de custo diversa.
Garantia de que o indicador realmente é útil para o monitoramento e a
Praticidade tomada de decisões. Para tanto, deve ser testado, modificado ou
excluído quando não atender a essa condição.
O indicador deve medir os resultados atribuíveis às ações que se quer
Independência monitorar, devendo ser evitados indicadores que possam ser
influenciados por fatores externos.
A fonte de dados utilizada para o cálculo do indicador deve ser
Confiabilidade confiável, de tal forma que diferentes avaliadores possam chegar aos
mesmos resultados.
Deve-se estabelecer um número equilibrado de indicadores que
Seletividade
enfoquem os aspectos essenciais do que se quer medir.
O indicador deve ser de fácil compreensão e não envolver dificuldades
de cálculo ou de uso. Indicadores que medem mais de uma variável e
Compreensão
apresentam métricas não intuitivas podem ser usados, e às vezes
devem sê-lo, quando têm aceitação e validade.
Os indicadores devem representar adequadamente a amplitude e a
Completude diversidade de características do fenômeno monitorado, resguardado o
princípio da seletividade e da simplicidade.
As informações necessárias ao cálculo do indicador devem ser
Economicidade coletadas e atualizadas a um custo razoável, quando comparado com a
utilidade gerencial da informação que ele fornece.
Deve haver facilidade de acesso às informações primárias bem como
Acessibilidade
de registro e manutenção para o cálculo dos indicadores.
A apuração do indicador deve estar disponível quando necessária, em
Tempestividade
tempo para a tomada de decisão.
O indicador deve ser inequívoco sobre o que está sendo medido e
quais dados estão sendo usados em sua apuração. A objetividade inclui
Objetividade clareza sobre a definição do indicador, de forma a evitar disputa sobre
seu significado, especialmente no caso de indicadores
multidimensionais.
Fonte: TCU (2011).
89

Os indicadores, dentre eles os de sustentabilidade, não produzem


resultados definitivos e não são um produto final para ajudar a
implementação de uma definição positiva e normativa do
desenvolvimento sustentável. Assumem o papel de catalisador de
mudanças, um elemento para auxiliar pessoas no controle sobre suas
vidas e assegurar um futuro mais saudável para as próximas gerações
(BELL e MORSE, 2003).
Por uma visão integrada, indicadores de sustentabilidade refletem
as dimensões do desenvolvimento sustentável, seja inter-relacionando às
áreas social, ambiental e econômica, seja pela perspectiva de Sachs e
suas oito dimensões - social, cultural, ecológica, ambiental, territorial,
econômica, política (nacional e internacional), que representam uma
síntese de análise de dados primários. A partir da obtenção desses dados
primários, ocorre a análise em consonância com objetivos previamente
estabelecidos. Assim, segue os principais critérios dos indicadores de
sustentabilidade no quadro 16.

Quadro 16: Principais critérios de seleção de indicadores


Critério Questões

Envolvimento da Foram desenvolvidos e aceitos pelas partes


1
comunidade interessadas?
Vinculam questões sociais, econômicas e
2 Ligação/Elo
ambientais?
3 Validade Medem algo que é relevante?
Disponibilidade e
4 Os dados estão disponíveis em uma base regular?
conveniência
Estabilidade e
5 São compilados utilizando um método sistemático?
confiabilidade
São simples o suficiente para serem entendidos por
6 Compreensibilidade
leigos?
Respondem rapidamente e de forma mensurável a
7 Responsividade
mudar?
8 Relevância política São relevantes para a política?
9 Representatividade Cobrem as dimensões importantes da área?

10 Flexibilidade Os dados estarão disponíveis no futuro?


Agem como um aviso ao invés de medir algo já
11 Proatividade
existente?
Fonte: Guy e Kibert (1998).
90

Indicadores são representações simbólicas, números, símbolos ou


gráficos, a fim de comunicar uma propriedade ou tendência de um
sistema complexo ou entidade. Desses indicadores, os de vieses
sustentáveis precisam ser desenvolvidos para fornecer bases sólidas para
a tomada de decisões em todos os níveis, e contribuir para a
sustentabilidade de auto regulação do ambiente integrado e sistemas de
desenvolvimento (HÁK, MOLDAN e DAHL, 2007).
Há alguns desafios aos indicadores de sustentabilidade no que
compete à efetivação do desenvolvimento sustentável. Segundo Bell e
Morse (2003), são atributos de grande relevância pertinentes à área da
sustentabilidade: devem ser específicos, inter-relacionado claramente
com os resultados; ser mensuráveis, assumindo natureza quantitativa;
ser úteis e práticos; sensíveis, sofrendo alterações sempre que houver
alteração do contexto; disponíveis e possuir uma fácil coleta de dados
necessários; e, finalmente, devem ter uma satisfatória relação custo-
benefício, ou seja, o acesso aos dados necessários não deve ser custoso.
A escolha dos indicadores está relacionada ao paradigma vigente
e sua concepção de desenvolvimento, disponibilidade de dados e as
diferentes perspectivas e prioridades. Os indicadores com níveis ou
metas sustentáveis, para Hák, Moldan e Dahl (2007), expressam
diferenças culturais atreladas às necessidades sociais como a liberdade,
aceitação, respeito, equidade, participação e questões de gênero. Nesta
perspectiva, há a necessidade de distinguir os componentes objetivos e
normativos de indicadores e desenvolver indicadores para dimensões
tais como a equidade e participação. O esforço para se mover em
direção à sustentabilidade envolve a identificação e redução de
problemas como a poluição, especialmente pequenas e médias
empresas, responsáveis pela maior parte da atividade empresarial.
A fim de facilitar o processo de avaliação, a escolha de
indicadores e sua criação, interpretação e comunicação de resultados,
foram estabelecidos princípios essenciais, que abordam aspectos de
avaliação do progresso em prol do desenvolvimento sustentável,
conforme quadro 17.

Quadro 17: Princípios de Bellagio para análise do progresso em prol do


desenvolvimento sustentável (continua)
Visão
Ser guiada por uma visão clara do que seja desenvolvimento
1 orientadora e sustentável e das metas que definam essa visão.
metas
91

Quadro 17: Princípios de Bellagio para análise do progresso em prol do


desenvolvimento sustentável (continua)
Incluir a revisão do sistema e também de suas partes.
Considerar o bem-estar dos subsistemas sociais, ecológicos,
Perspectiva econômicos, seu estado atual, sua direção e taxa de mudança de
2 Holística seus elementos constituintes e a interação entre suas partes.
Considerar as consequências positivas e negativas de sistemas
humanos e ecológicos, em termos monetários e não monetários.
Considerar a equidade e a disparidade dentro da população atual
e entre gerações presentes e futuras, lidar com tais
preocupações como o uso de recursos, excesso de consumo e
pobreza, direitos humanos e acesso a
Elementos
3 Essenciais
serviços.
Considerar as condições ecológicas das quais a vida depende.
Considerar o desenvolvimento econômico e outras atividades
não mercantis que contribuem para o bem-estar humano/social.
Adotar um horizonte temporal suficiente que abarque tanto
escalas de tempo humana como dos ecossistemas, a fim de
atender as necessidades das gerações futuras, bem como da
geração presente, com vistas ao processo de tomada de decisão
Escopo de curto prazo.
4
Adequado Definir o espaço de estudo capaz de abranger, não apenas
impactos locais, mas também impactos de longa distância sobre
pessoas e ecossistemas.
Basear-se em condições históricas e atuais para antecipar
condições futuras.
Basear-se em categorias ou sistema organizacional que relaciona
visões e metas aos indicadores e critérios de avaliação.
Basear-se em um número limitado de problemas-chave por
análise.
Basear-se em um número limitado de indicadores ou
Enfoque
5 combinações de indicadores para fornecer uma evidência clara
Prático
de progresso.
Padronizar as medidas, quando possível, para possibilitar
comparações.
Comparar valores de indicadores a metas, valores de referência,
limites, direções de tendências, entre outros.
Tornar os métodos, dados e indicadores utilizados, acessíveis a
todos.
6 Abertura
Tornar explícitos todos os julgamentos, suposições e incertezas
nos dados e interpretações.
92

Quadro 17: Princípios de Bellagio para análise do progresso em prol do


desenvolvimento sustentável (conclusão)
Ser projetado para atender às necessidades do público e do
grupo de usuários.
Comunicação Fazer os indicadores e ferramentas de uma forma que estimulem
7
Efetiva os tomadores de decisão.
Objetivar uma estrutura simples e o uso de uma linguagem
simples e clara.
Obter ampla participação do público diversificado para garantir o
Ampla reconhecimento de valores diversos e dinâmicos.
8
Participação Garantir a participação de tomadores de decisão para obter uma
ligação segura às políticas adotadas e ações resultantes.
Repetir medidas para determinar tendências.
Ser interativo, adaptativo e sensível a mudanças e incertezas pois
os sistemas são complexos e mudam com frequência.
Avaliação
9 Ajustar objetivos, estruturas e indicadores, conforme novos
Contínua
insights são adquiridos.
Promover o desenvolvimento de aprendizado coletivo e feedback
para tomadores de decisão.
Delegar de forma clara as responsabilidades e apoio/suporte
constante no processo de tomada de decisão.
Capacidade Fornecer capacidade institucional para a coleta de dados, sua
10
Institucional manutenção e documentação.
Desenvolver e dar suporte ao desenvolvimento da capacidade de
avaliação local.
Fonte: Elaborado pela autora, com base em Hardi e Zdan (1997).

Tais princípios, desenvolvidos por especialistas, tornaram-se


referência mundial para a medir o desenvolvimento sustentável. No
entanto, segundo Pintér et al., (2012), considerando novas perspectivas e
atuações na área política, sociedade, ciência e tecnologia, foi divulgada
uma releitura dos princípios, sendo reagrupados em oito novos
princípios, quais sejam: visão de guiamento; considerações essenciais;
margem adequada; estrutura e indicadores; transparência; efetiva
comunicação; ampla participação e continuidade; e capacidade.
93

Os “Princípios de Bellagio”13 (IISD, 2000) tornaram-se um ponto


de referência amplamente citado para medir o desenvolvimento
sustentável, porém, os novos desenvolvimentos na política, ciência,
sociedade civil e tecnologia fizeram a sua atualização necessária. A
reforma é mais do que selecionar novos indicadores e revisões técnicas
para a coleta de dados estatísticos e relatórios. A proposta de
harmonização, segundo Pintér et al. (2012), não foi simplesmente uma
questão de seleção de estruturas comuns e indicadores, mas de seguir
uma abordagem comum de desenvolvimento, usando sistemas de
medição como parte integrante das instituições em função da sociedade,
conforme quadro 18.

Quadro 18: Reformulação dos Princípios de Bellagio em prol do


desenvolvimento sustentável (continua)
Visão Ser guiado pelo objetivo de proporcionar bem-estar dentro da
1
Guiadora capacidade da biosfera para sustentá-la às gerações futuras.
Considerar o sistema social, econômico e ambiental como um
todo, e as interações entre seus componentes, incluindo
questões relacionadas com a governança;
Considerar a dinâmica e interação entre as tendências atuais e
Elementos
2 os condutores da mudança;
Essenciais
Considerar os riscos, incertezas e atividades que podem ter
impacto além dos limites;
Considerar implicações para a tomada de decisões, incluindo
compromissos e sinergias.
Adotar um horizonte de tempo apropriado para capturar os
Escopo efeitos de curto e longo prazos de decisões políticas e
3
Adequado atividades humanas;
Adotar um escopo geográfico adequado.
Basear-se em uma estrutura conceitual que identifique os
domínios, dentro dos quais, devem ser identificados indicadores
centrais para avaliar o progresso;
Estrutura e
4 Basear-se em métodos de medição padronizados sempre que
Indicadores
possível, a fim de realizar comparações;
Comparar valores de indicadores com metas, sempre que
possível.

13
IISD - International Institute for Sustainable Development. Bellagio
Principles, Winnipeg, IISDnet, 2000. Disponível em:
<http://www.iisd.org/measure/principles/progress/bellagio.asp>.
94

Quadro 18: Reformulação dos Princípios de Bellagio em prol do


desenvolvimento sustentável (conclusão)
Garantir que os dados, indicadores e resultados da avaliação
sejam acessíveis ao público;
Explicitar as escolhas, suposições e incertezas determinantes
dos resultados da avaliação;
Revelar fontes de dados e métodos;
5 Transparência
Revelar todas as fontes de financiamentos e potenciais conflitos
de interesses;
É relevante que o público tenha segurança de que os resultados
das avaliações sejam confiáveis e submetidos a rigor científico e
técnico.
Utilizar linguagem clara e simples;
Apresentar a informação de uma maneira objetiva, que ajude a
construir confiabilidade;
Comunicação
6 Usar ferramentas visuais inovadoras para auxiliar na
Efetiva
interpretação;
Disponibilizar dados detalhadamente para que sejam confiáveis
e práticos.
Encontrar maneiras apropriadas para refletir as visões do
Participação público, enquanto provê liderança ativa;
7 Ampla Iniciar com os utilizadores da avaliação, de modo a melhor
satisfazer suas necessidades.
Repetir medidas;
Continuidade Ser responsiva às mudanças;
8 e Capacidade Investir para desenvolver e manter uma capacidade adequada;
Promover a aprendizagem contínua e o aprimoramento.
Fonte: Elaborado pela autora, com base em Pintér et al. (2012).

Com relação à importância dos indicadores como meios para a


avaliação e mensuração da sustentabilidade, fica evidente, segundo Van
Bellen (2002) o papel deste tipo de ferramenta para auxiliar a sociedade
a ajustar seus rumos, de modo a equilibrar sua relação com o meio
ambiente e garantir determinados padrões ambientais no futuro.
Ratificando esse pensamento, Meadows (1998, p. 45) afirma que “a
sociedade mede o que ela valoriza e aprende a valorizar aquilo que ela
mede”.
Dentre as principais funções dos indicadores, Tunstall (1994)
destaca a capacidade de avaliação e tendências, comparação entre
lugares e situações, avaliação de condições e tendências em relação às
metas e objetivos pré-estabelecidos, prover informações de advertência
e antecipar futuras condições e tendências. Uma questão interessante é o
95

fato de que, ao analisar uma realidade por meio de indicadores, é


necessário que haja um recorte, pois segundo Van Bellen (2005) não é
possível analisá-la como um todo no processo de decisão, o fato que,
simplificar a realidade, atuando como limitador do indicador, é também
uma virtude.
Limitações levantadas consistem na possibilidade de perda de
informações vitais no processo de observação, no fato dos sistemas
atuais não disporem de um arcabouço-conceitual do sistema total, na
seleção de indicadores, interpretação, significância, disponibilidade de
dados, comparabilidade, limitação de recursos, entre outras (VAN
BELLEN, 2005). Problemáticas enfrentadas nas avaliações nascem não
somente na medição, mas segundo Jesinghaus (1999), ocorre também no
processo de interpretação dos dados das mais diferentes variáveis e na
forma que o pesquisador emitirá sua avaliação de significância para o
sistema total. Outra questão levantada é a agregação de variáveis em um
único indicador, segundo Bossel (1999), ao passo que se agrega mais
um indicador, torna-se mais viável enfrentar dificuldades na construção
de estratégias de ações frente aos problemas-alvo, e consequentemente,
mais distante do problema poderá se localizar o indicador.
Nesse contexto, apesar de algumas possíveis inconsistências e
imprecisões, Hák, Moldan e Dahl (2007) salientam que a demanda por
indicadores como status e medida de desempenho, pertinente às metas
das políticas e às metas de uma forma global, tende a aumentar. Os
autores acreditam que, especialmente para os indicadores de
sustentabilidade, deva haver a implementação de uma intervenção mais
estratégica e de orientação para o processo de avaliação. Cada
instituição, na visão dos autores, deve selecionar indicadores e
abordagens compatíveis com suas necessidades, prioridades e meios,
valendo-se dos mesmos para orientação de políticas e ações para o
desenvolvimento sustentável.
Indicadores representam um comprometimento, e apesar de
apresentarem inexatidão ou incerteza, participam e auxiliam para a
evolução nas relações entre humanos e o meio dentro do campo
complexo do desenvolvimento em prol da sustentabilidade. Van Bellen
(2002, p. 48) salienta que “(...) os indicadores de sustentabilidade são
instrumentos imperfeitos e não universalmente aplicáveis, sendo que
cada vez se torna mais necessário conhecer as particularidades dos
diferentes sistemas, suas características e aplicações”.
Quanto a utilização desse recurso, Yarime e Tanaka (2012)
alertam para um olhar mais atento e crescente sobre os indicadores e
questões agregadas às ferramentas de avaliação para sustentabilidade.
97

de universidades que têm se dedicado em integrar e institucionalizar


critérios de sustentabilidade nas áreas de pesquisa, operações,
comunicação e avaliação e divulgação, além da incorporação de
disciplinas nos currículos das universidades.
Evidenciadas como principais promotoras das mudanças
essenciais na criação de cultura sustentável na sociedade na qual estão
inseridas, as universidades são como modelos/promessas para o
desenvolvimento. Dessa forma, avaliar esse processo de incorporação de
sustentabilidade por essas instituições de ensino é crucial para seu
impacto no desenvolvimento sustentável da sociedade, principalmente
em áreas de pertinência que devem ser observadas, como: ensino e
currículo, pesquisa e bolsa, operações do campus, gestão e comunidade
e gestão financeira (ALSHUWAIKHAT et al., 2017). Dessas avaliações
das práticas universitárias, surgem relatórios de sustentabilidade que
impulsionam o estabelecimento de políticas ambientais e/ou efetivação
das mesmas. Segundo Walton (1997), esses documentos operam na
comunicação de informações de diversas naturezas, oportunizando a
comparabilidade entre instituições similares e possibilitando a avaliação
do desempenho de políticas como da própria gestão universitária.
Há diferentes formas de medir e analisar a sustentabilidade nas
universidades. Dalal-Clayton e Bass (2002) categorizaram três
principais abordagens: contas, avaliação narrativa e avaliação baseada
em indicadores. As Contas envolvem dados brutos/concretos
convertidos em unidade comum, como o dinheiro, a energia e a área
física. Essa abordagem contempla importantes aspectos da gestão, no
entanto, as contas possuem uma visão limitada quanto aos aspectos
essenciais para uma instituição universitária sustentável. A segunda
abordagem, por meio da avaliação narrativa, consiste na associação de
diferentes elementos como mapas, textos, gráficos e dados tabulares.
Esses recursos podem utilizar indicadores, todavia não são construídos
por meio deles. Valem-se de flexibilidade e familiaridade, assim sendo
não são construídos de forma sistemática, podendo ocultar lacunas
importantes no processo de avaliação. Como há uma certa fragilidade na
consistência e transparência, sua utilização torna-se reduzida para a
tomada de decisão quanto ao desenvolvimento e monitoramento de
estratégias.
A terceira abordagem, segundo Dalal-Clayton e Bass (2002),
baseada na avaliação por meio de indicadores, é a mais adequada para
medir sustentabilidade. Tal avaliação também pode valer-se de textos,
gráficos e tabelas, porém, sua construção é realizada por meio de
indicadores. Pelo fato de os indicadores serem de fácil comparação e
98

mensuração, é possível disseminar valores de forma sintética e ser um


instrumento de grande valia aos gestores das universidades. Ratificam a
utilização de indicadores de sustentabilidade a partir dos aspectos
abordados como a transparência, consistência, participação e utilização
para o processo de tomada de decisão, conforme quadro 19.

Quadro 19: Comparação entre as abordagens de avaliação para uma


universidade sustentável
Abordagem Avaliação Avaliação por
Contas
Potencial Narrativa Indicadores

Transparência Baixo Médio Alto

Consistência Alto Baixo Alto

Participação Baixo Alto Médio

Utilidade para tomada


Médio Médio Alto
de decisão
Fonte: Adaptado de Dalal-Clayton e Bass (2002).

As ferramentas de avaliação de sustentabilidade assumem


posição estratégica nas decisões e ações das universidades. Tais
ferramentas, orientam de forma sistemática e holística, atuando como
catalizadores na promoção de mudanças e cultura, além da criação de
padrões implícitos quanto às ações que as universidades sustentáveis
devam desenvolver, por estar dentre as suas competências (FISCHER,
JENSSEN e TAPPESER, 2015). A utilização de instrumentos voltados à
observação de critérios sustentáveis nas instituições de nível superior,
possibilitam a avaliação de forma quantitativa e qualitativa à
metodologia utilizada, bem como identifica e favorece a antecipação de
problemas atuais, articulando soluções para futuras melhorias.
Por meio do estudo de metodologias de avaliação de
sustentabilidade em instituições de nível superior, Alghamdi, Heijer e
Jonge (2017) verificam a existência de aspectos recorrentes abordados
nesse processo de avaliação, tais como: aspectos de gestão da
universidade, a academia, meio ambiente, engajamento e a inovação. Os
autores acreditam que tais critérios sejam a base para que outras
universidades possam seguir e adaptar a sua realidade, e auxiliando na
99

criação de um instrumento respeitado e adaptado aos desafios


particulares de cada universidade, conforme quadro 20.

Quadro 20: Proposta de avaliação para um campus sustentável por Alghamdi,


Heijer e Jonge
Comprometimento, visão, missão, declaração, estratégias,
Gestão políticas, liderança, planejamento, administração, governança,
investimento, bem-estar, equipe especial, página da web.

Educação formal e informal existente, currículo, pesquisa,


Academia
bolsas de estudo.

Infraestrutura, uso da terra, transporte, planejamento,


Meio Ambiente
construções e design, energia, lixo, água, materiais.

Engajamento com o público, responsabilidade social, relação


Engajamento
com a comunidade do campus, divulgação.

Soluções inovadoras para os desafios de sustentabilidade que


Inovação mostrem a liderança em sustentabilidade, de maneira que não
sejam capturados por qualquer indicador.
Fonte: Adaptado de Alghamdi, Heijer e Jonge (2017).

Seguindo o entendimento de que uma organização sustentável


deva assumir compromissos com a conservação de recursos naturais,
minimização da pobreza, contemplando as áreas social e cultural, entre
outros, Alshuwaikhat e Abubakar (2008) apontam que todos os aspectos
da sustentabilidade podem influenciar a gestão da universidade a partir
das salas de aula, habitação, transporte e demais serviços prestados pelo
campus e entorno, portanto, devem ser observados e avaliados.
Acreditam que uma abordagem integrada é essencial para que se
consiga a implementação da sustentabilidade em uma universidade. Por
essa razão, é necessário que haja uma estruturação organizacional
(departamento ou comissão) apropriada. Os autores sugerem uma
abordagem composta por três estratégias: implementação de sistema de
gestão ambiental; participação pública e responsabilidade social;
promoção da sustentabilidade no ensino e pesquisa. O quadro 21
sintetiza as estratégias supracitadas.
100

Quadro 21: Proposta de avaliação para um campus sustentável por


Alshuwaikhat e Abubakar
Minimizar impactos negativos
de operações; prevenção da
Melhoria da Gestão poluição; eficiência energética;
Sistema de Gestão Ambiental conservação de recursos;
Ambiental melhoria ambiental, redução do
lixo; reciclagem.
Construções verdes; transportes
Campus Verde
verdes; preservação do campus.
Participação Pública e Comunidade do campus; ex-
Parceria alunos; parceria.
Participação Pública Palestras públicas e
e Responsabilidade Serviços Comunitários conscientização; projetos
Social comunitários.
Equidade; atenção aos
Justiça Social
deficientes.
Conferências; seminários;
Eventos Acadêmicos
oficinas.
Sustentabilidade; saúde e
Sustentabilidade no Cursos e Currículo segurança; assentamentos
Ensino e Pesquisa habitáveis.
Pesquisa e Energia renovável; proteção
Desenvolvimento ambiental; mudança climática.
Fonte: Adaptado de Alshuwaikhat e Abubakar (2008).

A sustentabilidade no campus universitário está atrelada ao


planejamento da gestão das IES, a fim de que suas políticas não venham
a prejudicar o ambiente natural nem a comunidade na qual está inserida.
A escolha de ferramentas, capazes de melhorar o desempenho de suas
ações em uma direção sustentável, é fundamental para os gestores de
universidades. Dessa forma, é possível monitorar o desempenho de
áreas críticas e concentrar esforços na melhoria das mesmas, associando
instituição e comunidade na busca da racionalização e sistematização de
atividades e serviços, garantindo benefícios que irão repercutir dentro e
fora da universidade (ALSHUWAIKHAT e ABUBAKAR, 2008).
Avaliar e comparar os impactos decorrentes das atividades das
IES, bem como nortear o comportamento dos que estão correlacionados
a elas, é um desafio e um compromisso inerente às instituições
universitárias. Segundo Bullock e Wilder (2016), muitas vezes futuros
acadêmicos e comunidade veem-se muito distantes (espaço e tempo) dos
101

impactos que uma universidade tem sobre os seus. Daí surge a


necessidade de que haja a construção conjunta de um sistema de
classificação da sustentabilidade a fim de possibilitar a mensuração e
avaliação de tais variáveis.
Há a proliferação de iniciativas para avaliação do desempenho
universitário quanto a sustentabilidade, sendo que tais iniciativas
envolvem a presença de pesquisadores acadêmicos, ativistas da área
ambiental, empresários, entre outros atores. Há comparações sobre o
grau de abrangência de cada programa que propõe avaliar o desempenho
sustentável. As diversas carências na comparação de instrumentos
existentes, de uma forma geral, quanto a critérios específicos, quando da
utilização da água e energia, também relacionados aos direitos humanos
e práticas trabalhistas, ou ainda critérios relacionados a conformidade
legal, políticas públicas (BULLOCK e WILDER, 2016).
A gestão universitária deve tratar a sustentabilidade como aspecto
essencial do seu planejamento estratégico, de forma ética e proativa, e,
assim, buscar a transformação da cultura organizacional. Internalizar os
objetivos e metas institucionais, como as do próprio gestor universitário,
é um grande desafio. A adoção de ferramenta para atingir a
sustentabilidade universitária, por meio de indicadores específicos,
enfrenta, por vezes, resistência à mudança nesse ambiente, bem como a
falta de comprometimento e coerência para o avanço em direção à
sustentabilidade (HENRÍQUEZ e LÓPES, 2016).
A literatura não aponta uma ferramenta pedagógica notadamente
eficaz no processo de condução e avaliação da sustentabilidade em
universidades. No entanto, Bacon et al. (2011) salienta que algumas
práticas de inclusão de uma aprendizagem experimental junto aos
alunos, possibilita a aprendizagem do conceito, e tem-se mostrado
eficaz, pois a educação para a sustentabilidade é um dos critérios ainda
deficientes na academia. A gestão do campus para a construção de
políticas, assim como a integração da sustentabilidade nos currículos,
amplia a exposição e contato da sustentabilidade com estudantes,
provocando um efeito a longo prazo, proporcionando um bem-estar
quanto ao equilíbrio ecológico e preservação cultural (CHIONG,
MOHAMAD e AZIZ, 2017).
Considerando o movimento para inserção e acompanhamento da
sustentabilidade no campus universitário, os autores Chiong, Mohamad
e Aziz (2017) defendem que indicadores auxiliam sobremaneira nesse
processo. Assim, identificaram oito critérios facilitadores para a
incorporação da sustentabilidade em IES, possíveis de serem avaliados e
controlados: integração nos currículos; gestão do campus; pesquisa;
102

provisão; oportunidades; disponibilidade de capital social; nível de


atenção; e sensibilização da comunidade. Cada fator se inter-relaciona
com os demais, de forma a promover esforços por meio da construção
de capacidade e mudança de comportamento, para a integração da
sustentabilidade.
Por meio da análise de indicadores de sustentabilidade, as IES
divulgam relatórios de sustentabilidade e não devem evitar a
experimentação. Dentre as metodologias que abordam a
sustentabilidade, Dagilien e Mykolaitien (2016) apontam em sua
análise que a dimensão ambiental, econômica e social das instituições de
ensino são contempladas pelas universidades. A eficiência
administrativa é introduzida como um novo indicador social, e passa a
ser de grande valia na observação das ações da universidade. No
entanto, percebe-se que os relatórios de divulgação se encontram em
estágio inicial e muitas vezes, enviesados com vistas a demonstrar
melhores resultados institucionais.
Muitas ferramentas de avaliação de sustentabilidade não são
suficientes para as universidades, porque carecem de currículo, pesquisa
e avaliação de serviços (LOZANO, 2006). O grande desafio para a
avaliar e medir a sustentabilidade, segundo Ramos e Pires (2013),
consiste em se tratar de um conceito multidisciplinar e para tal, necessita
de indicadores que integrem suas diferentes dimensões, incluindo os
intangíveis, dentre eles, crenças e percepções que contemplem
diferentes públicos. A relevância da utilização de ferramentas que
avaliem a sustentabilidade no ensino superior perpassa diversos
aspectos, conforme descrito no quadro 22.

Quadro 22: Aspectos relevantes das ferramentas de sustentabilidade na


formação da universidade sustentável (continua)
Avaliar e relatar sustentabilidade juntamente com classificação entre elas,
1
com base em seu avanço em sustentabilidade.

Utilizar como guia amplo e como método para definir e atingir objetivos de
2
sustentabilidade.
Oferecer uma base para o planejamento estratégico, destacando dimensões-
3
chave da sustentabilidade.
Comparar e contrastar os esforços da universidade para a sustentabilidade.
Além disso, ele pode ser usado para comparar internamente faculdades e
4
departamentos da universidade e externamente com outras universidades
nacionais e internacionais.
103

Quadro 22: Aspectos relevantes das ferramentas de sustentabilidade na


formação da universidade sustentável (conclusão)
Alertar para não concentrar apenas em atender o desafio de ecoeficiência
operacional, ao passo que a teoria e a prática apontam para a necessidade de
5
uma abordagem integrada para a sustentabilidade em todas as áreas
funcionais.
Amparar a universidade para reorientar-se para um futuro sustentável e
6 ajudar a universidade a reconhecer explicitamente as áreas a serem
reconhecidas, dirigidas e, consequentemente, melhoradas.
Oferecer uma plataforma, através da qual, as universidades de todo o mundo
7
podem compartilhar desafios e potenciais soluções.
Assessorar o melhoramento de outras ferramentas, seguindo os mesmos
8 processos usados e, portanto, tornando os critérios e subcritérios muito mais
tangíveis e compreensíveis.
Observar critérios que podem ser realizados dentro ou fora do campus (como
educação, pesquisa, extensão, parcerias). Outros critérios, no entanto, só
9 podem ser implementados no campus (principalmente as práticas
operacionais, tais como a eficiência energética, a eficiência da água, gestão
de resíduos).
Perceber que embora existam muitas ferramentas de avaliação e tenha
10
havido um progresso notável, este progresso não é claramente mensurável.
Desenvolver mais ferramentas, critérios e subcritérios com detalhamento e
11 operacionalização do núcleo dessas ferramentas - os indicadores.
Desenvolver indicadores mais tangíveis e mensuráveis.
Impactar sobre o público de forma direta e indiretamente, por meio não só
da educação e investigação, mas também a operação do campus e
12 engajamento com a comunidade interna (estudantes, faculdades e apoio aos
funcionários) e com as comunidades externas (diferentes stakeholders)
fortalecendo a cultura de sustentabilidade nas universidades e na sociedade.
Fonte: Adaptado de Alghamdi, Heijer e Jonge (2017).

Para Shriberg (2002), as ferramentas de avaliação podem auxiliar


na identificação das melhores práticas de sustentabilidade,
possibilitando a dedicação e empenho em prol da melhoria contínua do
campus. Dentre as áreas correlacionadas aos impactos ambientais,
destacam-se as operações da universidade e governança, além das
atividades de ensino, pesquisa e extensão (YARIME e TANAKA,
2012).
Conforme têm se mostrado na literatura, as ferramentas de
avaliação de sustentabilidade no ensino superior abarcam diversas áreas
de pertinência e avaliação, que vão ao encontro do conceito de
universidade sustentável. No entanto, Fischer, Jenssen e Tappeser
(2015) salientam que há lacunas nesse ínterim acerca do entendimento
104

efetivo das competências e responsabilidades no processo de gestão das


universidades. Afirmam que diversas áreas e critérios já são abordados e
discutidos entre gestores e pesquisadores no contexto da
sustentabilidade. Todavia, importantes questões ainda se encontram
marginalizadas pelas diferentes abordagens de avaliação concebidas
para tal finalidade.
A fim de identificar imprescindíveis especificidades e selecionar
as mais expressivas para a realização do presente estudo, fez-se
necessário um levantamento acerca das principais metodologias de
indicadores de sustentabilidade existentes aplicadas às universidades,
por meio do seu processo de gestão. Por meio dessa revisão sistemática,
foi possível observar um estudo em profundidade realizado ao longo de
23 anos, subdivididos em três períodos de análise.
Num primeiro momento, Michael Shriberg, em 2002, analisou
ferramentas em um lapso temporal de aproximadamente 10 anos e
selecionou um total de 11 instrumentos de avaliação relevantes, com
vistas a compará-los de forma interinstitucional, fundamentado por uma
abordagem qualitativa, com vistas à sustentabilidade em universidades
(SHRIBERG, 2002).
Passados 10 anos, os pesquisadores Masaru Yarime e Yuko
Tanaka, que consideraram para suas pesquisas um período de 20 anos,
analisaram tendências e características de diferentes metodologias,
incluindo os instrumentos já avaliados por Shriberg (2002) e os mais
recentes até aquele momento. A partir dessa análise, integralizou-se um
arcabouço de 16 instrumentos de avaliação de sustentabilidade voltados
ao âmbito universitário, no qual utilizaram, para tal análise, uma
abordagem predominantemente qualitativa. A não utilização de uma
abordagem quantitativa em determinados aspectos, dificultou a
realização de comparações precisas entre as universidades e a predição
de tendências cronológicas (YARIME e TANAKA, 2012).
Partindo desse contexto, no ano de 2012, Daniel Fischer, Silke
Jenssen e Valentin Tappeser lançam seu estudo com uma atualização e
extensão dos dois estudos anteriormente citados. Disto, resultou a
seleção de 12 instrumentos de sustentabilidade, valorizando menos a
evolução histórica e conferindo maior ponderação aos instrumentos com
maior utilização no período, a fim de melhor avaliar a sustentabilidade
no contexto universitário (FISCHER, JENSSEN e TAPPESER, 2015).
Para uma maior compreensão, portanto, serão abordados critérios
de avaliação de sustentabilidade em instituições de nível superior,
resultantes dos estudos propostos pelos pesquisadores Shriberg (2002),
Tanaka e Yarime (2012), e Fischer, Jenssen e Tappeser (2015).
105

O estudo proposto por Shriberg (2002), buscou alcançar impactos


de longo alcance na comunidade do ensino superior, sendo as
ferramentas de avaliação construídas e implementadas em diferentes
instituições de ensino. Vislumbrou como benefícios desse processo de
avaliação a identificação de benchmarking, melhores práticas,
comunicação de objetivos, experiências e metodologias comuns, a fim
de impulsionar um direcionamento para um “campus verde”. Para tanto,
considerou os seguintes aspectos demonstrados no quadro 23.

Quadro 23: Aspectos essenciais às ferramentas de sustentabilidade


Abordar contextualmente questões apropriadas de grande
Identificar Questõesimportância para o campus ambiental, social e econômico;
Relevantes identificar problemas e possibilidades de medição específica;
devem priorizar questões relacionadas à sustentabilidade.
Ferramentas exclusivamente quantitativas possuem baixa
capacidade de expressar o progresso em direção à
sustentabilidade do campus; Dados qualitativos devem ser
Calcular e Comparar recolhidos e analisados de forma a permitirem comparações
entre os campi; Método ideal deve ser flexível o suficiente
para capturar complexidades organizacionais e ainda
especificidades para serem calculáveis e comparáveis.
Indicadores de ecoeficiência salientam utilização do material,
desempenho ambiental e conformidade regulatória,
enquanto os indicadores de sustentabilidade salientam
questões no nexo do meio ambiente, sociedade e economia
Ir além da
com o objetivo de minimizar impactos negativos. Exemplo:
Ecoeficiência
um indicador de energia de ecoeficiência mediria a
conservação de energia, enquanto um indicador de
sustentabilidade iria medir as emissões totais de gases de
efeito estufa contra uma meta zero.
Para identificar alavancas de mudança organizacional, as
fe a e tas de avaliação deve pe gu ta po u e
Medir Processos e
o o o campus deve us a a suste ta ilidade, al de o
Motivações
ue eles estão faze do atual e te. "A suste ta ilidade
um processo, não um destino".
Devem não só retratar o estado das universidades (evolução
da sustentabilidade), mas também integrar motivações,
processos e resultados em uma estrutura comparável,
Compreensibilidade compreensível, e calculável, que se move além da
ecoeficiência. Tais ferramentas devem decifrar sentidos e
processos, salientando oportunidades prioritárias para
mudança.
Fonte: Adaptado de Shriberg (2002).
106

A partir dos aspectos considerados, há ênfase nos atributos de


sustentabilidade com vistas a diminuição no uso e consumo de energia,
água e insumos. Considera o progresso incremental e sistêmico,
educação para a sustentabilidade como uma função essencial, que
devem ser incorporados ao ensino, pesquisa, operações, serviços e nas
ações interinstitucionais (Shriberg, 2002).
Os instrumentos selecionados por Shriberg (2002) são: National
Wildlife Federation’s State of the Campus Environment; Sustainability
Assessment Questionnaire; Auditing Instrument for Sustainability in
Higher Education; Higher Education 21’s Sustainability Indicators;
Environmental Workbook and Report; Greening Campuses; Campus
Ecology; Environmental Performance Survey; Indicators
Snapshot/Guide; Grey Pinstripes with Green Ties; Environmental
Management System Self- Assessment.
Na sequência, será apresentado o resultado do estudo
desenvolvido por Yarime e Tanaka (2012), que concentraram seus
esforços considerando que, cada vez mais, as ferramentas de avaliação
com foco para a sustentabilidade têm sido desenvolvidas e suas questões
e metodologias requerem um exame minucioso.
Neste estudo, os indicadores de sustentabilidade foram analisados
e agrupados por meio de cinco categorias – governança; operação;
educação; pesquisa e extensão. Estas categorias foram mencionadas por
Yarime e Tanaka (2012) como elementos essenciais à sustentabilidade
nas instituições de ensino, conforme quadro 24.

Quadro 24: Categorias essenciais aos indicadores de sustentabilidade (continua)


Perguntas e indicadores relativos à estrutura e políticas
administrativas de uma instituição de ensino superior. Esta
categoria é uma base para promover a sustentabilidade na
1 Governança
instituição, incluindo visões e políticas impostas a toda a
instituição no que diz respeito às condições de trabalho, como o
emprego e pagamento.
Operações do campus e desempenho ambiental, tais como
consumo de energia e água, gestão de resíduos e materiais
perigosos. Inclui as políticas e diretrizes de financiamento
2 Operação
implementados em uma parte específica de desempenho
ambientalmente consciente, tais como políticas de compras
ambientais e investimento em energia renovável.
107

Quadro 24: Categorias essenciais aos indicadores de sustentabilidade


(conclusão)
Questões relacionadas ao desenvolvimento curricular, o ensino e
a capacidade oferecida para alunos da instituição. Outras
oportunidades de aprendizagem para os professores e
3 Educação
funcionários são classificadas na seção governança e
oportunidades de aprendizagem para as comunidades são
classificados na seção de extensão.
Esforços da instituição e compromisso para promover atividades
4 Pesquisa de pesquisa em relação à sustentabilidade e estabelecer as
condições necessárias para executá-las.
Transformações que a instituição tem sofrido para alcançar metas
de sustentabilidade, como o trabalho em rede com as partes
5 Extensão
interessadas fora da instituição, bem como o envolvimento
regional, nacional e internacional.
Fonte: Adaptado de Yarime e Tanaka (2012).

Enumera-se, portanto, na sequência a delimitação dos


instrumentos tidos como relevantes para Yarime e Tanaka (2012),
Campus Ecology; Higher Education Funding Council for England's
environmental report and workbook (Environmental Workbook);
Sustainability Assessment Questionnaire for Colleges and Universities;
Environmental Management System Self-assessment Checklist; Auditing
Instrument for Sustainability in Higher Education; National Wildlife
Federation’s State of the Campus Environment; Campus Sustainability
Selected Indicators Snapshot; Campus Sustainability Assessment
Review Project; Campus Sustainability Assessment Framework; Higher
Education Partnership for Sustainability; Good Company's Sustainable
Pathways Toolkit; Global Reporting Initiative Modified for Universities;
Sustainability Tracking, Assessment and Rating System - for Colleges
and Universities Version 4.0; Campus Sustainability Assessment
Framework Core; College Sustainability Report Card.
O estudo posterior, realizado por Fischer, Jenssen e Tappeser
(2015), significou uma atualização e sequência dos estudos anteriores. A
análise de indicadores e critérios, bem como de documentos de apoio,
auxiliarão no processo de construção do estudo proposto por meio dos
instrumentos selecionados. Há um número crescente de instrumentos e
metodologias, segundo Fischer (2011), criados por instituições de forma
individual com fins diversificados, tais como garantir o cumprimento de
padrões predeterminados, diagnosticar o estado dos processos internos,
a fim de ressaltar dados para uma avaliação da universidade e
possibilitar comparações. Diante da variedade de conceitos de
108

sustentabilidade e a pluralidade de áreas de atuação em âmbito


universitário, é possível elencar diferentes categorias de ferramentas de
avaliação com diferentes finalidades de avaliação, conforme quadro 25.

Quadro 25: Ferramentas de sustentabilidade e suas diferentes finalidades de


monitoramento
Origem na tradição de sistemas de gerenciamento ambiental que
1
envolvem auditorias externas e mecanismos de certificação.
Apresenta catálogos bastante abertos e não padronizados de critérios e
2 perguntas para informar os processos de autoavaliação para o
desenvolvimento organizacional e aprendizado.
Visa gerar dados comparativos que podem ser agregados em uma
3
classificação de desempenho global para fins de avaliação comparativa.
Permite uma avaliação integrativa da sustentabilidade, tal como a
terceira ferramenta, evita comparações sistemáticas a favor da
4
certificação para neutralizar concorrência excessiva sobre os indicadores
e facilitar a reputação das instituições participantes.
Fonte: Adaptado de Fischer, Jenssen e Tappeser (2015).

Um aspecto evidente recai sobre o papel das universidades, que é


agir como facilitadora da promoção da sustentabilidade, pois é nelas que
se formarão futuros líderes que devem portar conhecimentos e
competências, para o enfrentamento de desafios globais, por meio de
soluções viáveis. A questão relevante é desempenhar a conscientização
e promoção de aceitação, motivação e conhecimento dentro da
sociedade em geral, por um lado, e fomentar a alta qualidade de
pesquisa que melhora a base de conhecimento e leva a inovações
necessárias para o desenvolvimento sustentável (FISCHER, JENSSEN e
TAPPESER, 2015).
Os indicadores analisados, portanto, seguem critérios relativos às
quatro funções universitárias, quais sejam: campo de operações;
educação; pesquisa; e engajamento comunitário e seus desdobramentos.
Assim sendo, foram levantadas por Fischer, Jenssen e Tappeser (2015)
áreas prioritárias em toda a sustentabilidade, considerando as
instituições públicas e sua respectiva responsabilidade na construção de
comunidades saudáveis, conforme quadro 26.
109

Quadro 26: Critérios e indicadores essenciais à universidade sustentável


(continua)
Desenvolvimento pessoal e políticas sociais
1 Recursos Humanos - formação, promoção e gestão da
diversidade.
Gestão ambiental - energia, mobilidade e
2 Recursos Físicos transporte, alimentos, terreno e
instalações.

3 Recursos Financeiros Investimento e dotação.

4 Aquisição Políticas e práticas de compras.

Educação Programas de estudo, cursos, educação e


5
formal/curricular treinamento em serviço.
Programas ao ar livre, excursões,
Educação
6 campanhas, ofertas e atividades
Informal/extracurricular
educacionais.
Aconselhamento de Domínio do aconselhamento e promoção
7
carreira estudantil de carreira dos alunos.

Sustentabilidade são projetadas e baseadas


8 Abordagens de ensino
em pesquisa ou aprendizado experiencial.

9 Serviços comunitários Programas de trabalho voluntariado.

Rede comunitária e
10 Redes e parcerias que estabelece.
parcerias
Envolvimento ativo, com participação em
Envolvimento da processos de políticas, com partes
11
política comunitária interessadas não-universitárias, no âmbito
mais amplo da comunidade.
Atividades de pesquisa Projetos, publicações e pesquisa liderada
12
e estratégia por estudantes.

Esquemas de promoção Fundos atribuído à pesquisa sobre


13
da pesquisa desenvolvimento sustentável.
Participação da instituição em redes (inter)
Redes de pesquisa e
14 nacionais e colaborações de pesquisa sobre
colaborações
desenvolvimento sustentável.
110

Quadro 26: Critérios e indicadores essenciais à universidade sustentável


(conclusão)
Indicadores e critérios que se referem aos
esforços para fornecer informações, estabelecer
15 Comunicação sistemas de feedback e explicar a transparência
para os seus stakeholders internos e externos -
eventos e sites.
Estratégias gerais de governança e políticas, ações,
particularmente aquelas que visam integrar a
16 Institucionalização sustentabilidade no institucional, estruturas -
escritório de sustentabilidade e declaração de
missão.
Conecta indicadores e critérios que lidam com a
questão de quão longe a participação é
17 Participação
incentivada e habilitada - apoio às iniciativas dos
alunos e consulta das partes interessadas.
Fonte: Adaptado de Fischer, Jenssen e Tappeser (2015).

Os autores expressam a dificuldade de abordagem de algumas


áreas, bem como trazem à tona o gap existente nas diferentes
perspectivas quanto à responsabilidade e competências de uma
universidade sustentável. Buscam, no entanto, contribuir para ampliar a
capacidade de um envolvimento reflexivo com diferentes abordagens de
avaliação para aferir a sustentabilidade na gestão universitária.
De acordo com o estudo, percebeu-se a existência de um conjunto
de ferramentas de avaliação, proposto em diferentes países, capazes de
avaliar o progresso da sustentabilidade de instituições universitárias,
quais sejam: Assessment Instrument for Sustainability in Higher
Education (AISHE); Alternative Universal Appraisal (AUA); Red de
Ciencia, Tecnología, Innovación y Educación Ambiental en
Iberoamérica (CITE-AMB); Conference of Rectors of Spanish
Universities (CRUE); Campus Sustainability Assessment Framework
(CSAF); German Commission for UNESCO (DUK); Green Metric
(GM); Graz Model for Integrative Development (GMID); Green Plan
(GP); People & Planet (P&P); Sustainability Assessment Questionnaire
(SAQ) e Sustainability Tracking, Assessment and Rating System
(STARS).
Esse estudo contempla uma vasta revisão sistemática, conduzida
para fornecer uma compreensão clara sobre os instrumentos de
avaliação de sustentabilidade no ensino superior.
Considerando a qualidade e a credibilidade das pesquisas
mencionadas, essa revisão sistemática foi utilizada como fonte base de
111

informações para auxiliar na definição do universo da pesquisa. Partindo


dos resultados desse estudo, a pesquisadora realizou uma revisão
sistemática específica sobre os 12 instrumentos destacados na pesquisa
realizada por Fischer, Jenssen e Tappeser (2015).
Para a realização da pesquisa, foram consideradas as mesmas
bases de dados utilizadas na primeira pesquisa, na qual se verificou esse
estudo em profundidade. No entanto, para essa verificação, foram
considerados os anos de 2016 e 2017, para levantar quais dessas 12
ferramentas foram as mais citadas nesse contexto. Mediante a utilização
deste critério e a partir desta revisão, a pesquisadora selecionou 03
instrumentos - Sustainability Tracking, Assessment and Rating System
(STARS), Sustainability Assessment Questionnaire (SAQ) e Assessment
Instrument for Sustainability in Higher Education (AISHE) - como base
informativa para a elaboração da proposta do conjunto de indicadores
que seguirá os procedimentos metodológicos apresentados no capítulo
seguinte.
112
113

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Pesquisa científica é o procedimento no qual o pesquisador age,


por meio de uma prática teórica de busca constante, e estabelece um
processo em formação contínua. Segundo Minayo (2004), esse processo
proporciona aproximações com a realidade e, por sua vez, é tomado de
carga histórica, refletindo em posicionamentos diante da realidade. Uma
pesquisa científica é apreciada mediante a qualidade do trabalho e a
correspondência adequada entre o método utilizado e o objeto de
observação. Dentre os atributos avaliados, rigor, cientificidade,
sagacidade e objetividade do pesquisador, associados a métodos e
instrumentos adequados, proporcionam a criação de conhecimento
(CERVO e BERVIAN, 2007).
Serão apresentados nesta seção os procedimentos metodológicos
utilizados para a consecução da pesquisa, a fim de tornar efetivo o
alcance dos objetivos propostos. A sequência de etapas para realização
do estudo foi: Etapas da pesquisa; Caracterização da pesquisa; Técnicas
de coleta de dados; Delimitação do estudo e Técnica de análise de
dados, que evidenciou o universo e seus respectivos sujeitos.

3.1 ETAPAS DA PESQUISA

Nessa seção, foram delineadas as etapas referentes à organização


do estudo, bem como sua estruturação, a partir das abordagens dos
conceitos levantados e os métodos de coleta de dados. A fim de
conduzir a um maior entendimento do estudo que foi realizado,
subdividiu-se em etapas de desenvolvimento, conforme demonstrado na
figura 2.
Figura 2: Etapas da pesquisa

Fonte: Elaborada pela autora (2018).


114

Para fins de organização e fluência do estudo, cada etapa da


pesquisa foi detalhada nas seções subsequentes.
a) Coleta de dados: levantamento bibliográfico, documental
para identificação dos 3 principais instrumentos.
b) Delimitação do estudo: evidenciando os procedimentos
realizados até se chegar à seleção de instrumentos utilizados
para a pesquisa.
c) Análise dos Dados: para a proposição do Instrumento:
análise de contexto categorial: 1º Critério - identificação dos
instrumentos mais aplicados nos últimos 2 anos; 2º Critério -
por meio das 3 formas de gestão universitária mencionadas,
foi selecionada a área de Operações com uma categoria de
análise; 3º Critério - análise contextual das variáveis que
interferem na gestão - 4 categorias: contexto normativo,
administrativo, socioeconômico, político-cultural.
1. Validação: elaboração do questionário on-line na
plataforma Google; escolha das Instituições pela
natureza semelhante (Federais), diversidade,
acessibilidade; escolha de especialistas pela técnica
de Bola de Neve; recebimento dos questionários; e
2. Triangulação: Confronto das respostas dos
questionários com o arcabouço teórico; elaboração
dos indicadores - proposta definitiva.

3.2 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

Quanto ao seu objeto, a pesquisa, assume característica


exploratória, que considera a complexidade da realidade estudada e
busca investigá-la no âmbito universitário, por meio das áreas de
sustentabilidade, gestão pública, sua evolução e políticas, até chegar à
incorporação de indicadores de sustentabilidade no processo de gestão.
A fim de levantar os principais conceitos de sustentabilidade e seus
indicadores, bem como compreender a realidade das IES, Vasconcelos
(2002) ratifica a utilização da pesquisa exploratória para investigações
de realidades complexas, que permite diversas possibilidades de
interpretação, com a incorporação de critérios de sustentabilidade nas
mais diferentes áreas de atuação deste tipo de instituição pública.
Quanto à natureza da pesquisa, segundo Marconi e Lakatos
(2010), configura-se como aplicada, pois, de fato, detém em seu escopo
a aplicabilidade na realidade estudada, por meio dos resultados obtidos a
115

partir da construção do conjunto de indicadores de sustentabilidade


propostos para a gestão universitária.
A abordagem que caracteriza esse estudo foi de pesquisa
predominantemente qualitativa. Segundo Minayo (2004), na pesquisa
qualitativa há a preocupação no universo das ciências sociais por meio
de significados, aspirações, crenças, valores e atitudes, como se verifica
no estudo em questão, que busca compreender critérios e dimensões
pertinentes aos processos acadêmicos e administrativos das
universidades brasileiras.
Numa visão complementar, Triviños (2007) afirma que em
pesquisas com características qualitativas, a interpretação dos resultados
emerge como a totalidade de uma especulação, que parte da percepção
de um fenômeno inserido em um contexto. Uma análise direta das
perspectivas adotadas no processo de interrelação das áreas de
sustentabilidade e gestão universitária, auxiliou no processo de
elucidação, interpretação e refinamento dos resultados obtidos nesse
estudo.

3.3 TÉCNICA DE COLETA DE DADOS

Quanto aos procedimentos técnicos utilizados para a coleta de


dados dessa pesquisa, partiu-se da combinação de diferentes técnicas,
com o objetivo de viabilizar e legitimar o processo de pesquisa. São
elas:
a) Levantamento bibliográfico (livros, artigos acadêmicos e
de divulgação, dissertações, teses, etc.), elaborado por
meio da revisão narrativa e sistemática;
b) Levantamento documental (relatórios, pareceres,
legislação, termos, entre outros);
c) Aplicação de questionários pela pesquisadora, junto a
especialistas da área de sustentabilidade, que foram
selecionados pela técnica Bola de Neve, a partir das IFES
participantes do último Fórum de Gestão Integrada das
Instituições Federais de Ensino de Santa Catarina
(FORGIFESC), realizado em 2017, para obtenção da
validação do instrumento proposto no estudo.
A pesquisa bibliográfica narrativa, realizada neste estudo,
consistiu em uma revisão da literatura, buscando o estado da arte nas
temáticas de sustentabilidade, desenvolvimento sustentável,
administração pública e suas políticas, bem como gestão de
116

universidades e indicadores de mensuração. Nessa etapa, analisaram-se


livros, manuais e artigos científicos que tratassem desses assuntos.
Em relação ao tema central do estudo - indicadores de
sustentabilidade aplicáveis às IES, fez-se necessário, também, a
realização de uma revisão bibliográfica sistemática, que consistiu em
procedimentos específicos e sequenciais com vistas a identificação de
estudos que utilizassem instrumentos de avaliação da sustentabilidade
em instituições de nível superior. Delimitaram-se os instrumentos que
foram utilizados para o desenvolvimento do estudo. Foi realizado um
levantamento dos indicadores de sustentabilidade existentes que fossem
utilizados por universidades, no processo de gestão, a fim de verificar
suas especificidades, selecionando os mais relevantes para a realização
dessa pesquisa.
A realização dessa pesquisa sistemática ocorreu em 13/04/2017,
junto a bases de dados de relevância e acesso para a pesquisa, dentre
elas, EBSCOhost, SciELO, Scopus, SPELL e Web of Science. Após um
refinamento das palavras chave, foi possível a realização da pesquisa
por três grupos de palavras: Indicators AND university AND
sustainability (indicadores e sustentabilidade e universidade);
Sustainability AND tool AND university (ferramenta e sustentabilidade e
universidade); Assessment AND tools AND Sustainability AND
university (avaliação e ferramentas e universidade).
Em cada grupo de palavras utilizado na busca sistemática, foi
realizada a combinação das palavras, a fim de verificar se ocorreria
alguma alteração dos resultados de títulos obtidos, o que não ocorreu.
Logo, as palavras foram colocadas de forma individualizada nos campos
de busca em cada base de dados estudada. Foram pesquisadas, ainda, a
presença das mesmas no título, palavra-chave ou resumo.
Outro ponto relevante foi o corte temporal utilizado, não havendo
variação significativa no resultado das buscas a partir dos anos de 1990,
período em que se iniciaram mais fortemente a discussão sobre a
sustentabilidade e a necessidade de atenção para a temática em todo o
mundo, em especial pelas universidades.
Utilizou-se o software EndNote, gerenciador de bibliografias, que
auxiliou no processo de importação das referências, bem como sua
organização e refino. Assim sendo, a organização dos títulos deu-se por
meio da divisão em grupos, de acordo com cada base de dados.
Obtiveram-se os seguintes resultados demonstrados no quadro 27.
117

Quadro 27: Pesquisa sistemática por palavras chave do estudo


Assessment and
Palavras Indicators and
Sustainability and tools and
Chave Bases University and Total
Tool and University Sustainability
de Dados Sustainability
and University
EBSCOhost 587 264 139 990

SciELO 8 9 1 18

Scopus 909 456 290 1655

SPELL 1 1 0 2
Web of
460 185 151 796
Science
Total 1965 915 581 3461
Fonte: Elaborado pela autora (2017).

Na sequência, foi criada uma pasta contendo a totalidade dos


títulos selecionados e a partir daí, eliminados os títulos em duplicidade,
restando 1893 para verificação pelo título e resumo. Ao final da triagem,
por meio da análise dos títulos e resumos, estabeleceu-se um universo
de 154 documentos científicos categorizados por grau de aderência com
o tema em estudo. A partir desse universo, foram verificados quanto ao
número de citações em materiais acadêmicos.
Dessa forma, seguem os instrumentos de avaliação de
sustentabilidade interinstitucional, variando em finalidade, escopo,
função e estado de desenvolvimento, conforme o quadro 28.

Quadro 28: Instrumentos para avaliar a sustentabilidade em universidades


proposta por Shriberg (continua)
Sustainability Assessment Ferramentas de Avaliação
Sigla Origem
Tools de Sustentabilidade

Natio al Wildlife Fede atio ’s Federação Nacional de


1 NWF State of the Campus Vida Selvagem - Estado do EUA
Environment ambiente do campus
Questionário de
Sustainability Assessment
2 SAQ Avaliação da EUA
Questionnaire
Sustentabilidade
118

Quadro 28: Instrumentos para avaliar a sustentabilidade em universidades


proposta por Shriberg (conclusão)
Sustainability Assessment Ferramentas de Avaliação
Sigla Origem
Tools de Sustentabilidade

Auditing Instrument for Instrumento de auditoria


3 AISHE Sustainability in Higher para a Sustentabilidade Holanda
Education no Ensino Superior
Indicadores de
Highe Edu atio ’s Reino
4 HE 21 Sustentabilidade do
Sustainability Indicators Unido
Ensino Superior 21
Environmental Workbook and Relatório e Livro de
5 - Inglaterra
Report Trabalho Ambiental
Esverdeamento do
6 - Greening Campuses Canadá
Campus

7 - Campus Ecology Campus Ecológico EUA

Environmental Performance Pesquisa de Desempenho Canadá e


8 -
Survey Ambiental EUA

Indicadores
9 - Indicators Snapshot/Guide EUA
Snapshot/Guia

Riscas cinza com gravatas


10 - Grey Pinstripes with Green Ties EUA
verdes

Sistema de Gestão
Environmental Management
11 EMS Ambiental de EUA
System Self- Assessment
Autoavaliação
Fonte: Adaptado de Shriberg (2002).

Devido ao foco do estudo sobre a forma como uma universidade


sustentável é enquadrada e compreendida, Yarime e Tanaka (2012)
selecionaram instrumentos de avaliação de sustentabilidade, que
proporcionaram análise comparativa global de 16 ferramentas,
representadas pelo quadro 29.
119

Quadro 29: Instrumentos para avaliar a sustentabilidade em universidades


proposta por Yarime e Tanaka (continua)
Sustainability
Ferramentas de Avaliação de
Sigla Assessment Origem
Sustentabilidade
Tools

1 - Campus Ecology Campus Ecológico EUA

Higher Education Funding Relatório e Livro de Trabalho


Council for England's Ambiental do Conselho de
Reino
2 - environmental report and Financiamento do Ensino
Unido
workbook (Environmental Superior (Livro de Trabalho
Workbook) Ambiental)
Sustainability Assessment Questionário de Avaliação da
3 SAQ Questionnaire for Sustentabilidade para Faculdades EUA
Colleges and Universities e Universidades

Environmental
Sistema de Gestão Ambiental de
4 EMS Management System Self- EUA
Autoavaliação
assessment Checklist

Penn State Indicator Relatório de Indicadores do


5 - EUA
Report Estado da Pensilvânia

Auditing Instrument for Instrumento de auditoria para a


6 AISHE Sustainability in Higher Sustentabilidade no Ensino Holanda
Education Superior

National Wildlife Federação Nacional de Vida


7 NWF Fede atio ’s “tate of the Selvagem - Estado do ambiente EUA
Campus Environment do campus

Campus Sustainability Indicadores Snapshot


8 - Selected Indicators selecionados para um Campus EUA
Snapshot Sustentável

Campus Sustainability Projeto de Revisão para a


9 CSARP Assessment Review Avaliação da Sustentabilidade no EUA
Project Campus

Campus Sustainability
Estrutura de Avaliação da
10 CSAF Assessment Canadá
Sustentabilidade do Campus
Framework
120

Quadro 29: Instrumentos para avaliar a sustentabilidade em universidades


proposta por Yarime e Tanaka (conclusão)
Sustainability
Ferramentas de Avaliação de
Sigla Assessment Origem
Sustentabilidade
Tools

Higher Education
Parceria para Sustentabilidade
11 HEPS Partnership for EUA
no Ensino Superior
Sustainability

Good Company's Kit de Ferramentas para


12 - Sustainable Pathways Caminhos Sustentáveis de uma EUA
Toolkit Boa Companhia

Global Reporting Initiative Iniciativa Global de Informação


13 GRI EUA
Modified for Universities Modificado para Universidades

Sustainability Tracking, Sistema de Avaliação,


Assessment Classificação e Acompanhamento
14 STARS
and Rating System - for de Sustentabilidade - para
EUA
Colleges and Universities Faculdades e Universidades

Campus Sustainability
CSAD Estrutura de Avaliação da
15
core
Assessment Framework
Sustentabilidade do Campus
Canadá
Core

College Sustainability Relatório de Sustentabilidade da


16 -
Report Card Faculdade
EUA

Fonte: Adaptado de Yarime e Tanaka (2012).

Por fim, segue o estudo proposto por Fischer, Jenssen e Tappeser


(2015), que representou um refinamento e sequenciamento dos estudos
anteriores.
A percepção e seleção de indicadores e critérios, bem como
análise documental de apoio, auxiliaram no processo de análise e
comparação das 12 ferramentas de avaliação de sustentabilidade
propostas, conforme quadro 30.
121

Quadro 30: Instrumentos para avaliar a sustentabilidade em universidades


proposta por Fischer, Jenssen e Tappeser
Ferramentas de
Sustainability Assessment
Sigla Avaliação de Origem
Tools
Sustentabilidade
Instrumento de
Assessment Instrument for Avaliação para
1 AISHE Holanda
Sustainability in Higher Education Sustentabilidade no
Ensino Superior
Alternativa Universal
2 AUA Alternative Universal Appraisal Ásia
Avaliação
Rede de Ciência,
Red de Ciencia, Tecnología, Tecnologia,
CITE-
3 Innovación y Educación Ambiental Inovação e Educação Colômbia
AMB
en Iberoamérica Ambiental na Ibero
américa
Conferência de Reitores
Conference of Rectors of Spanish
4 CRUE de Universidades Espanha
Universities
Espanholas
Estrutura de Avaliação
Campus Sustainability Assessment
5 CSAF da Sustentabilidade do Canadá
Framework
Campus
Comissão Alemã para a
6 DUK German Commission for UNESCO Alemanha
UNESCO

7 GM Green Metric Métrica verde Indonésia


Modelo Graz para
Graz Model for Integrative
8 GMID integração e Áustria
Development
Desenvolvimento
9 GP Green Plan Plano Verde França
Reino
10 P&P People & Planet Pessoas e Planeta
Unido
Questionário de
Sustainability Assessment
11 SAQ Avaliação de Global
Questionnaire
Sustentabilidade
Sistema de Avaliação,
Sustainability Tracking,
Classificação e
12 STARS Assessment EUA
Acompanhamento de
and Rating System
Sustentabilidade
Fonte: Adaptado de Fischer, Jenssen e Tappeser (2015).
122

Como mencionado anteriormente, a partir dessa aplicação foi


possível a obtenção de um corpo expressivo de artigos, possibilitando a
identificação de diversas metodologias e estudo em profundidade nessa
área de pesquisa, o que fundamentou a seleção das ferramentas para a
execução desse estudo. Para realização dessa pesquisa, seguiu-se uma
sistemática de procedimentos, conforme segue a metodologia
apresentada no quadro 31.

Quadro 31: Etapas para realização da pesquisa sistemática


Localizar artigos científicos publicados em revistas
Busca
1 acadêmicas, com textos integrais disponíveis para acesso,
Bases de Dados
previamente analisados por especialistas.
Verificação dos títulos, resumos e introdução dos artigos
2 Seleção obtidos na etapa anterior, selecionando os que têm
aderência ao tema, para construção do conhecimento.
Análise da relevância das obras selecionadas quanto à
3 Avaliação contribuição para a pesquisa. Nessa etapa as obras são
lidas na íntegra e avaliadas.
Levantamento de características do objeto de estudo nos
artigos avaliados e recorte de evidências presentes nessas
4 Identificação
obras, auxiliando na composição das categorias de análise
utilizadas para vincular a teoria com evidências empíricas.
Fonte: Adaptado de Botelho, Cunha e Macedo (2011).

Quanto a utilização da pesquisa documental, localizaram-se


outros materiais, os quais não obtiveram tratamento analítico, tais como
materiais eletrônicos de sites, a fim de investigar os instrumentos de
sustentabilidade diretamente nas universidades os quais foram
aplicados, possibilitando dessa forma, a análise com base em variadas
fontes de dados (Yin, 2005). A utilização da pesquisa documental para a
realização de estudos dessa natureza, segundo Mazzotti e
Gewandsznajder (1999), Creswell (2010) e Lakatos e Marconi (2005),
permite a utilização de documentos como leis, instruções normativas,
documentos institucionais, possíveis de auxiliar de forma relevante a
construção do estudo. Neste contexto ainda, realizou-se a análise de
documentos e legislações a respeito das metodologias estudadas,
especialmente voltadas à sustentabilidade no contexto universitário.
123

3.4 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO

Para a delimitação do universo da pesquisa, foi verificado dentre


os instrumentos selecionados pelos pesquisadores Fischer, Jenssen e
Tappeser (2015), os que tiveram maior incidência nas pesquisas em
universidades com vistas à sustentabilidade, entre os anos posteriores à
realização desse estudo. Dentre os documentos bibliográficos levantados
na pesquisa sistemática, realizada em 13/04/2017, foi realizado um
filtro, tendo como resultado o universo de 30 artigos científicos. Nessa
etapa de delimitação da pesquisa, foi realizado o cruzamento para
verificação de incidência de cada instrumento e a respectiva presença
em cada artigo selecionado, entre os anos de 2016 e 2017, conforme
quadro 32.

Quadro 32: Incidência de instrumentos nos artigos selecionados entre os anos de


2016 e 2017 (continua)
Autor Instrumento Ano
1 WARING et al. STARS 2016
2 TURAN, CETINKAYA e USTUN - 2016
3 SONETTI, LOMBARDI e CHELLERI AISHE, GM, P&P, SAQ, STARS 2016
4 SESANA et al. - 2016
SADRYKIA, MEDGHALCHI e
5 - 2016
MAHDAVINEJAD
6 RIBEIRO et al. STARS, AISHE, GP, AUA 2016
7 PODGER et al. - 2016
8 PALMERO e PERALES - 2016
9 HENRÍQUEZ e LÓPEZ - 2016
CSAF, CRUE, GM, SAQ,
10 LARRÁN 2016
STARS
11 JONES e JOHNSTONE - 2016
12 HOQUE, CLARKE e SULTANA CSAF, GM, STARS, 2016
13 GÓES e MAGRINI AISHE, AUA, CSAF, P&P, SAQ 2016
14 DAL MOLIN GM, STARS 2016
15 FILHO, SHIEL e PAÇO - 2016
16 DISTERHEFT et al. AISHE, STARS 2016
17 DEUS, BATTISTELLE e SILVA AISHE, SAQ 2016
18 ANDRADE et al. - 2016
19 DAGILIENĖ e MYKOLAITIENĖ - 2016
20 CARPENTER et al. STARS 2016
124

Quadro 32: Incidência de instrumentos nos artigos selecionados entre os anos de


2016 e 2017 (conclusão)
Autor Instrumento Ano
21 BULLOCK e WILDER STARS, SAQ, AISHE, 2016
22 BARNARD e MERWE - 2016
23 GAMAGE e SCIULLI AISHE, CSAF, GP, SAQ 2017
24 TASSONE et al. - 2017
25 HAMÓN et al. - 2017
26 HAJRASOULIHA - 2017
27 CHIONG, MOHAMAD e AZIZ - 2017
28 BAKER-SHELLEY, ROZEMA e MARTENS AISHE, STARS 2017
29 ALSHUWAIKHAT et al. SAQ, STARS, CSAF, 2017
AISHE, AUA GP, GM, SAQ,
30 ALGHAMDI et al. 2017
STARS
Fonte: Elaborado pela autora (2017).

Na sequência, após verificada a incidência dos instrumentos,


optou-se por estudar em profundidade as ferramentas de maior
relevância e que foram considerados para um estudo em profundidade, a
fim de auxiliar a pesquisadora na execução do estudo. Para tanto,
destacam-se os principais instrumentos que, de forma direta,
participaram do estudo em questão, quais sejam: Sustainability
Tracking, Assessment and Rating System (STARS), Sustainability
Assessment Questionnaire (SAQ) e Assessment Instrument for
Sustainability in Higher Education (AISHE). Dito isso, segue o
detalhamento das informações, conforme demonstrado no quadro 33.

Quadro 33: Instrumentos com maior incidência entre os anos de 2016 e 2017
(continua)

Instrumentos Período de Análise 2016 2017 Total

Assessment Instrument for


1 AISHE 07 02 09
Sustainability in Higher Education

2 AUA Alternative Universal Appraisal 02 01 03

CITE- Red de Ciencia, Tecnología, Innovación y


3 - - -
AMB Educación Ambiental en Iberoamérica
125

Quadro 33: Instrumentos com maior incidência entre os anos de 2016 e 2017
(conclusão)

Instrumentos Período de Análise 2016 2017 Total

Conference of Rectors of Spanish


4 CRUE 01 - 01
Universities

Campus Sustainability Assessment


5 CSAF 04 - 04
Framework

6 DUK German Commission for UNESCO - - -

7 GM Green Metric 03 02 05

8 GMID Graz Model for Integrative Development - - -

9 GP Green Plan 02 01 03

10 P&P People & Planet 02 - 02

11 SAQ Sustainability Assessment Questionnaire 07 01 08

Sustainability Tracking, Assessment


12 STARS 10 4 12
and Rating System
Fonte: Elaborado pela autora (2017).

Para melhor representar os procedimentos mencionados nessa


seção, segue a relação de complementariedade dos instrumentos de
sustentabilidade universitária entre os anos de 2002 a 2015. Com o olhar
sobre a pesquisa mais recente, foram compreendidos os princípios,
dimensões, critérios e indicadores dos instrumentos de maior relevância.
Em paralelo, os três prismas da gestão universitária foram identificados
e selecionados para, enfim, suscitar a análise e elaboração dos
instrumentos de sustentabilidade para as universidades brasileiras,
conforme figura 3.
126

Figura 3: Procedimentos para elaboração do instrumento

Fonte: Elaborada pela autora (2017).

3.5 TÉCNICA DE ANÁLISE DE DADOS

Além da identificação e descrição dos dados coletados e da


análise documental e bibliográfica, foi utilizado o recurso de análise de
contexto categorial. Nessa etapa foi apresentada a análise dos dados
coletados, a partir de critérios bem definidos:
a) 1º Critério: Identificação dos instrumentos mais aplicáveis
nos últimos 2 anos - STARS, AISHE, SAQ.
b) 2º Critério: 3 formas de gestão universitária - ensino,
pesquisa, extensão, estratégica, operacional. Dessas áreas
foi selecionada a área de Operações como uma categoria
de análise;
127

c) 3º Critério: análise contextual das variáveis que interferem


na gestão - 4 categorias: contexto normativo,
administrativo, socioeconômico, político-cultural.
A análise de conteúdo representa um conjunto de técnicas de
análise das comunicações que visam a obter, por procedimentos
sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens,
indicadores que permitam a inferência de conhecimentos relativos às
condições de produção e recepção dessas mensagens (BARDIN, 2004).
Esta técnica foi escolhida de forma adaptada, sendo denominada de
análise contextual categorial, uma vez que o objetivo desta pesquisa foi
construir um entendimento analisando o contexto e as variáveis que
influenciam no objeto estudado.
A técnica de análise de contexto compreendeu três etapas básicas:
pré-análise; exploração do material; e tratamento dos dados e
interpretação, como sugere Bardin (2004). O procedimento da análise de
contexto deu-se por meio da análise categorial, ou seja, definição de
categorias pertinentes aos propósitos da pesquisa, que foram analisadas
sob a ótica de procedimentos interpretativos. Em seguida os resultados
obtidos foram confrontados com as teorias que serviram de referencial à
pesquisa e com as metodologias/instrumentos de indicadores de
mensuração de sustentabilidade aplicados às universidades.
O primeiro critério de referência foi obtido por meio da análise
das metodologias de avaliação de sustentabilidade no ensino superior,
donde foram extraídas as principais dimensões e critérios para se avaliar
a aplicação da sustentabilidade. No estudo, foi identificada uma
evolução das ferramentas de sustentabilidade para IES, havendo maior
incidência dentre os anos de 2016 e 2017: Sustainability Tracking,
Assessment and Rating System (STARS), Sustainability Assessment
Questionnaire (SAQ) e Assessment Instrument for Sustainability in
Higher Education (AISHE). Dentre essas ferramentas, o STARS foi
escolhido como eixo principal deste estudo em função de sua amplitude
e especificidade, conforme ilustra a figura 4.
128

Figura 4: Principais ferramentas de sustentabilidade para IES

Fonte: Elaborada pela autora (2018).

O segundo critério de referência consistiu nas maneiras de se


administrar a gestão universitária, por meio dos 3 prismas de avaliação -
Gestão pelo tripé Ensino, Pesquisa e Extensão; Gestão Acadêmica e
Administrativa; e Gestão pelos Níveis Estratégico, Tático e Operacional.
Para esse estudo, dentre as áreas de ensino, pesquisa, extensão e
operações, optou-se por estudar a aplicação de indicadores na área de
operações das IES como área prioritária, por atender critérios de
objetividade quanto às reais possibilidades de se medir a realização de
ações que possam fazer a diferença em termos de sustentabilidade.
Outra razão para escolha da área de operações consiste no fato de
que a disposição de seus indicadores se encontra definidos e
organizados de tal maneira que possibilitam a percepção da adesão e
evolução da adoção das práticas propostas, conforme ilustrado na figura
5.
129

Figura 5: Área operações das principais ferramentas de sustentabilidade para


IES

Elaborada pela autora (2018).

O terceiro critério de referência foi constituído pela aderência e


capacidade de incorporação de tais critérios na realidade das IES. Essa
categoria considerou o contexto na qual as IFES estão inseridas por
meio dos seguintes parâmetros: normativo, administrativo, financeiro,
cultural, social e econômico.
Fatores determinantes que influenciam a capacidade de adoção de
práticas de quaisquer naturezas por uma Instituição Federal de Ensino
Superior, conforme figura 6.

Figura 6: Categorias de análise de contexto

Elaborada pela autora (2018).


131

Para a realização desse procedimento de coleta de dados, foram


estabelecidos dois perfis de especialista para que possuíssem os
atributos necessários para o intento apresentado. Segue, portanto, para
maior elucidação o quadro 34.

Quadro 34: Atributos necessários aos perfis de especialistas da área de


sustentabilidade em IES
Gestor em universidades
Conhecimento da legislação específica acerca da
sustentabilidade em universidades
Gestor
1 Atuante na área de sustentabilidade em universidades
Público15
Visão holística da universidade e suas relações hierárquicas
e intersetoriais
Compreender as limitações do processo de gestão

Pesquisador da área de sustentabilidade em universidades


Conhecimento da legislação específica acerca da
sustentabilidade em universidades
2 Pesquisador16 Atuante na área de sustentabilidade em universidades
Visão holística da universidade e suas relações hierárquicas
e intersetoriais
Compreender as limitações do processo de gestão
Fonte: Elaborado pela autora (2017).

No contexto trabalhado, foram selecionadas as instituições que


fazem parte do Fórum de Gestão Integrada das Instituições Federais de
Ensino Superior de Santa Catarina (FORGIFESC) considerados os
especialistas (técnicos e docentes) das Instituições Federais de Ensino
Superior de Santa Catarina: Instituto Federal Catarinense (IFC), Instituto
Federal de Santa Catarina (IFSC), Universidade Federal da Fronteira Sul
(UFFS) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Essa escolha
deu-se, pois, essas instituições vivenciam diferentes realidades e estão

15
Gestor Público: nesse perfil, foram considerados os servidores que atuam na
área técnica das IFES, incluindo técnicos universitários, podendo ou não estar
em cargo de coordenação ou direção.
16
Pesquisador: nesse perfil foram considerados os servidores docentes que
realizam pesquisas na área da sustentabilidade, podendo ou não estar em função
de coordenação ou direção.
133

combinou diferentes fontes de dados, articulando-as, para integrar


diferentes perspectivas sobre o estudo.
Denzin e Lincoln (2006) entendem que a triangulação é um
caminho seguro para a validação da pesquisa, pois o uso de múltiplos
métodos reflete a tentativa de assegurar uma compreensão em
profundidade do fenômeno em questão, garantindo rigor, riqueza e
complexidade ao trabalho.
A triangulação foi feita a partir dos dados obtidos no
levantamento bibliográfico e documental com os dados obtidos dos
questionários aplicados aos especialistas, cuja análise foi realizada de
forma quantitativa dos dados e análise interpretativa das respostas
resultantes da aplicação do questionário, e por meio das categorias de
análise selecionadas a partir dos indicadores de sustentabilidade
aplicável às IFES. Comparando-se os resultados obtidos das diferentes
fontes, foi possível identificar divergências e limitações, bem como um
potencial para seguir nesse campo de estudo, o que contribuiu para o
desenvolvimento de novas perspectivas para o objeto em estudo.
A fim de proporcionar uma maior compreensão da pesquisa como
um todo, que acarretará na construção do instrumento objeto desse
estudo, a lógica de cada processo está representada na figura 8.
134

Figura 8: Elaboração do Instrumento de Avaliação de Sustentabilidade no


contexto brasileiro

Fonte: Elaborada pela autora (2018).

A relação entre cada objetivo específico e a forma de execução,


conforme já relatado nesse capítulo, pode proporcionar uma maior
compreensão acerca do delineamento e execução da pesquisa. Por essa
razão, segue quadro 35 que é uma síntese dos procedimentos
metodológicos nesse estudo, que evidencia as categorias, fatores e
sujeitos e os instrumentos de coleta e análise de dados.
Quadro 35: Síntese dos Procedimentos Metodológicos da pesquisa

Instrumentos de Coleta e
Objetivos Categorias Fatores Sujeitos
Análise de Dados

Pesquisa bibliográfica por


Caracterizar instrumentos de Caracterização Princípios, dimensões e
revisão sistemática e
1 sustentabilidade desenvolvidos para de cada critérios que cada Não se aplica
documental;
instituições de ensino superior. instrumento instrumento avalia
Análise interpretativa
Identificar o conjunto de instrumentos e Estudo em profundidade dos
seus indicadores para instituições de Aderência à instrumentos e identificação Pesquisa bibliográfica e
2 ensino superior, no âmbito mundial, que realidade das dimensões e indicadores Não se aplica documental;
tenham sido aplicados nos dois últimos estudada à gestão universitária Análise de contexto
anos. brasileira
Propor indicadores de sustentabilidade
Indicadores propostos a Pesquisa bibliográfica e
para a realidade das universidades
Proposição de partir da aplicabilidade à documental;
3 brasileiras, por meio de dimensões e Não se aplica
Indicadores área de operações da gestão Análise de contexto
critérios específicos que priorizem sua
universitária categorial
efetividade.
Técnica Bola de Neve;
Questionário on-line com
Validação do instrumento
Validar o conjunto dos indicadores questões abertas e de
proposto por meio da Especialistas
4 propostos na percepção de especialistas Validação múltipla escolha;
avaliação de cada dimensão, da área
da área estudada. Análise quali-quantitativa
critério e indicador proposto
dos dados; Análise
interpretativa e triangulação
Fonte: Elaborado pela autora (2018)

135
136
137

4 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS INSTRUMENTOS DE


AVALIAÇÃO DE SUSTENTABILIDADE NO ENSINO
SUPERIOR

Nesta seção foram analisados os instrumentos de


sustentabilidade de maior relevância no âmbito universitário e
estabelecidas as categorias de análise com base na realidade
universitária brasileira, a fim de subsidiar a construção do instrumento
de sustentabilidade.

4.1 STARS - SUSTAINABILITY TRACKING, ASSESSMENT AND


RATING SYSTEM

O STARS18 (Sistema de Avaliação, Classificação e


Acompanhamento de Sustentabilidade) é uma estrutura de autoavaliação
e transparência para universidades, com a finalidade de medir o
desempenho para a sustentabilidade. Essa ferramenta é projetada pela
Associação para o Avanço da Sustentabilidade no Ensino Superior -
AASHE e construída com a colaboração de muitos alunos, funcionários,
professores e administradores, extraídas de uma ampla gama de
instituições e visa atender os seguintes propósitos: fornecer uma
estrutura para compreensão da sustentabilidade em todos os setores do
ensino superior; permitir comparações significativas entre instituições,
utilizando um conjunto comum de medidas desenvolvidas com ampla
participação da comunidade internacional de sustentabilidade do
campus; criar incentivos para melhoria contínua em direção à
sustentabilidade; facilitar o compartilhamento de informações sobre
práticas e desempenho de sustentabilidade da educação superior e
construir uma comunidade de sustentabilidade mais forte e diversificada
no campus.
Adeptos dessa ferramenta compartilham a ideia de que, por meio
da utilização do STARS, é possível a obtenção de um reconhecimento
internacional pelos esforços despendidos em prol da sustentabilidade,
considerando que em seu histórico há 420 instituições de ensino
superior que obtiveram uma das classificações estabelecidas pelo
instrumento ou alcançaram reconhecimento das práticas por meio do
Relatório STARS. Esse instrumento é considerado como relevante na

18
O estudo do STARS, apresentado nessa seção, foi realizado com base no
Manual Técnico, versão 2.1.3 atualizado em 2017, disponível em: <
https://stars.aashe.org/>.
138

geração de novas ideias por possibilitar identificação de melhores ações


possíveis de serem implementadas localmente, independentemente do
estágio que a universidade estiver em relação a sustentabilidade.
Segundo seus idealizadores, essa ferramenta, em sua versão atualizada,
possui a capacidade de envolver a comunidade – estudantes,
funcionários, corpo docente e administradores, no intuito de criar uma
cultura de sustentabilidade no campus, além de estabelecer uma linha de
base para a melhoria contínua, tanto da avaliação por meio do progresso
interno, como em comparação com outras universidades que utilizam o
sistema.
O STARS pode servir como uma estrutura para integrar a
sustentabilidade nos esforços de planejamento e desenvolvimento de sua
instituição, inclusive na sua programação curricular, na qual o avanço
pedagógico é disseminado por meio de estudos e nos cursos oferecidos.
A ferramenta é estruturada com o objetivo de impulsionar mudanças em
direção à sustentabilidade. É adotada por aproximadamente 900
instituições, em 37 países, que têm utilizado o STARS para medir seu
desempenho em direção à sustentabilidade, tornando-a um padrão
amplamente reconhecido para a implementação de estratégias de
sustentabilidade no ensino superior.
Há duas formas de participação nesse sistema, que se dá por meio
de uma assinatura com acesso básico ou completo. O primeiro inclui um
cadastro gratuito, no qual são requisitadas informações institucionais,
bem como um contato do responsável e da autoridade máxima da
instituição, em geral o Reitor. Em seguida há o compartilhamento de
dados com outras instituições. Dessa maneira, há o reconhecimento por
meio do “Relatório STARS” que torna pública a participação. A
segunda forma inclui um acesso completo para monitoração e pontuação
da instituição. Há um sistema de classificação para a participação, que
varia de bronze (pontuação mínima de 25 pontos), prata (45 pontos),
ouro (65 pontos) e platina (85 pontos), além de somar até 4 pontos de
bônus para novas práticas e performances que não são contempladas por
outros créditos do STARS, ou que excedam o pioneiro maior critério de
crédito STARS atual. Cada ponto ganho em Inovação e Liderança
aumenta a pontuação geral de uma instituição em 1 ponto. Essa
classificação possui validade de 3 anos, havendo o apoio da equipe de
gerenciamento, a fim de garantir a precisão das informações. A partir
daí, há a divulgação do “Índice de Campus Sustentável” - publicação
anual que destaca os melhores desempenhos e impactos das melhores
iniciativas.
139

O custo da assinatura para o acesso completo varia de acordo


com o desenvolvimento econômico dos países, dividindo-os naqueles
pertencentes a OECD - Organisation for Economic Co-operation and
Development (OCDE - Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico), outros que integram a AASHE –
Association for the Advancement of Sustainability in Higher Education
(AASHE – Associação para o Avanço da Sustentabilidade no Ensino
Superior), conforme quadro 36.

Quadro 36: Custo para adesão ao STARS


Acesso Completo Acesso Completo
Acesso
Localização da Instituição
Membros da AASHE Não-membros Básico

País da OCDE US $ 900 US $ 1400


Sem
País não OCDE* US $ 450 US $ 700
custo
País menos desenvolvidos* US $ 225 US $ 350
Fonte: STARS (2017).
* As instituições localizadas nos países menos desenvolvidos devem aplicar o
código promocional GLOBAL75 ao adquirir uma assinatura de acesso total.
Instituições localizadas em outros países não membros da OCDE devem aplicar
o código promocional GLOBAL50.

A relação da instituição de ensino com o STARS é realizada por


meio de um representante, que recebe as notificações críticas do
processo de relatórios. Os participantes do programa devem inserir as
informações em um Sistema de gerenciamento seguro on-line para
armazenar e compartilhar dados da sustentabilidade da instituição.
Dessa forma, após o envio das informações, essas são divulgadas na
forma do relatório STARS e publicado no site do instrumento,
consequentemente, a referida instituição poderá ganhar uma
classificação do STARS.
O STARS é organizado em quatro grandes áreas: Acadêmicas;
Engajamento; Operações; Planejamento & Administração; e, uma quinta
categoria opcional: Inovação e Liderança. Cada área destacada é
dividida em subcategorias, que por sua vez apresentam créditos, cuja
função é medir o nível de sustentabilidade adotado pela universidade.
Há um grande esforço coletivo para garantir que cada crédito seja
objetivo, mensurável e acionável. O STARS é projetado para incorporar
todo o espectro de ações de sustentabilidade. Os níveis superiores de
140

realização representam metas ambiciosas e de longo prazo. Portanto,


existem alguns créditos para os quais poucas instituições são capazes de
atingir pontuação completa. Por conta da diversidade das instituições de
ensino superior existente, cada crédito STARS deve ser apropriado para
a maioria das instituições de ensino.
O instrumento STARS considera como central o conceito de
desenvolvimento sustentável trazido pelo Relatório de Brundtland,
principalmente quanto a um tipo de desenvolvimento que satisfaça as
necessidades presentes sem, no entanto, comprometer a capacidade de
satisfação das gerações futuras. Somado a isso, considera o triple bottom
line ou 3Ps e sua subdivisão em dimensões econômica, social/cultural e
ambiental. A partir de 2015 incorporou compromissos da Agenda 2030
da ONU.
Segundo seus idealizadores, o STARS busca traduzir essa visão
ampla e abrangente da sustentabilidade para objetivos mensuráveis no
nível do campus, buscando não finalizar o processo de discussão em
como medir a sustentabilidade no ensino superior. Para isso, estabelece
créditos referentes ao desempenho ambiental e social de uma instituição.
A seguir constam as etapas para a elaboração de cada crédito que
compõe o STARS, conforme quadro 37.

Quadro 37: Etapas para definição de cada crédito no STARS (continua)


Justificativa de Antecedentes sobre a intenção e importância do crédito no
1
Crédito contexto da sustentabilidade.
Requisitos mínimos para uma instituição somar pontos para o
2 Critério
crédito.

Indica que dezenas de instituições e classificações serão


3 Aplicabilidade afetadas pelas respostas dadas ao crédito, alguns créditos não
se aplicam a instituições que não possuem tal estrutura).

4 Pontuação Explica como os pontos serão alocados ao crédito.

Campos de Lista os campos que se encontram presentes na ferramenta de


5
Relatório relatórios on-line para cada crédito.
141

Quadro 37: Etapas para definição de cada crédito no STARS (conclusão)


Prazo: período a partir do qual os dados devem ser desenhados.
Para créditos que se referem a presença de política ou prática, o
prazo é o atual, já para créditos quantitativos devem ser
observados no seu desempenho histórico, no período de 1 ano
ou 3 anos.
6 Medição
Amostragem e Padrões de dados: orientações sobre quando as
instituições podem utilizar uma amostra significativa para medir
um desempenho ou não, bem como orientações acerca da
qualidade dos dados, exclusões permitidas e conversões de
unidades.
Padrões e Listas e definições sobre terminologias relevantes que são
7
Termos referenciadas em critérios de crédito e pontuação.
1) Para cada crédito, as instituições podem fornecer as fontes de
dados utilizadas para completar cada crédito e/ou um
responsável da instituição pode fornecer uma declaração de que
as informações apresentadas são precisas. O nome de cada
parte responsável é listado com cada crédito no relatório
público STARS.
2) Cada inscrição deve ser acompanhada de uma carta do
dirigente máximo, que afirma que a submissão da instituição foi
verificada quanto à precisão. A carta também pode incluir uma
descrição do compromisso da instituição com a
sustentabilidade, fundo sobre a instituição, principais
realizações ou destaques da submissão STARS e metas para
futuras apresentações.
3) A equipe da AASHE revê uma parte de cada relatório STARS e
Responsabilidade
envolve os participantes em uma revisão colaborativa de
8 e Precisão dos
processos para resolver quaisquer inconsistências identificadas,
Dados
antes de uma avaliação ser concedida e o relatório publicado.
4) Todas as informações aplicáveis são disponibilizadas ao
público no site do STARS. Se uma organização acredita que
dados errados foram submetidos, o uso do formulário de
consulta de dados do STARS trará a potencial inconsistência
naquela instituição. O envio de consultas individuais tem a
opção de permanecer anônimo à instituição que recebe a
consulta.
5) Cada instituição pode enviar um pedido de revisão de dados
para corrigir inconsistências e dados errôneos em seu STARS,
depois de ter sido tornado público. Indivíduos da instituição com
acesso de administrador podem apresentar pedidos de revisão.
O processo para fazer revisões permanece o mesmo, ainda que
as alterações resultem em um novo nível de classificação STARS.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2017).
142

Os créditos elaborados e definidos pelo STARS foram revistos


com o tempo, com base nos feedbacks de centenas de especialistas da
área e stakeholders, havendo uma atualização de seus créditos em
diferentes versões da ferramenta. As pontuações atribuídas aos créditos
consideraram as seguintes questões:
a) Até que ponto a realização do crédito garantirá que as
pessoas (alunos, funcionários e/ou membros da
comunidade local) adquiram os conhecimentos,
habilidades e disposições para enfrentar os desafios de
sustentabilidade?
b) Até que ponto a realização do crédito contribui para os
impactos ambientais, econômicos e sociais positivos?
c) Até que ponto a realização do crédito contribui para a
saúde humana e ecológica a fim de mitigar os impactos
ambientais negativos?
d) Até que ponto a realização do crédito contribui para
garantir meios de subsistência, uma economia sustentável
e outros impactos financeiros positivos?
e) Até que ponto a realização do crédito contribui para a
justiça social, equidade, diversidade, cooperação,
democracia e outros impactos sociais positivos?
f) Até que ponto os impactos positivos associados à obtenção
do crédito não são capturados em outros créditos STARS?
Cabe esclarecer que essas perguntas indicam que o foco na
alocação de pontos concentrou-se no impacto e não na dificuldade de
ganhar crédito. Algumas iniciativas de sustentabilidade podem ser muito
difíceis de implementar, e produzem impactos insignificantes. Por outro
lado, alguns projetos geralmente mais fáceis de implantar produzem
impactos significativos. Atribuir pontos com base na dificuldade de
ganhar um crédito criaria um incentivo perverso para as instituições se
concentrarem nos projetos ou iniciativas difíceis, que poderiam não ter o
impacto mais significativo para o objetivo desejado. Dessa forma, a fim
de minimizar essa diversidade, alguns créditos do STARS não incluem
especificações detalhadas, mas são flexíveis ou abertos. Em outros
casos, os créditos incluem um critério de aplicabilidade, de modo que se
aplicam apenas a certos tipos de instituição.
Seguindo esta lógica, as instituições não são penalizadas
quando não ganham créditos que não poderiam receber devido às suas
circunstâncias. Portanto, pensando em objetivos de longo prazo, há
145

e profissionais, instituições de ensino superior estão numa posição única


para prepara-los para compreender desafios da sustentabilidade.
Instituições que oferecem cursos que abrangem questões de
sustentabilidade ajudam a equipar os seus alunos para conduzir a
sociedade para um futuro sustentável.
a) CA - 01 Cursos acadêmicos: este crédito reconhece
instituições que oferecem cursos de sustentabilidade e que
incluem sustentabilidade em cursos em todo o currículo.
Instituições que integram os conceitos de sustentabilidade
em todo o currículo, se supõe, preparariam os alunos a
aplicar os princípios de sustentabilidade em seus campos
profissionais. A realização de um inventário de ofertas
acadêmicas fornece uma base importante para o avanço
curricular da sustentabilidade. Uma lista e descrição dos
cursos de sustentabilidade, e outros cursos que incluem a
sustentabilidade, auxilia os alunos futuros e atuais a
organizarem seus estudos acadêmicos.
b) CA - 02 Resultados de aprendizagem: este crédito
reconhece instituições com resultados de aprendizagem de
sustentabilidade associadas com graus e/ou cursos do
programa. Os resultados da aprendizagem ajudam os
alunos a desenvolver conhecimentos e habilidades acerca
da sustentabilidade e fornecem às instituições normas de
referência para avaliar a aprendizagem do aluno.
Considera o nível de instituição - se atende todos os
alunos; nível de divisão – se atende uma ou mais
faculdades dentro da instituição; nível do programa –
atende a totalidade de formandos de um programa.
c) CA - 03 Programa de graduação: este crédito reconhece
instituições que têm cursos formais de graduação com foco
na sustentabilidade. O desenvolvimento de tais programas
sinaliza o compromisso da instituição com a
sustentabilidade. Esses programas também oferecem um
caminho para os alunos a estudar temas de sustentabilidade
em profundidade, para enfrentar os desafios.
d) CA - 04 Programa de pós-graduação: esse crédito
reconhece instituições que possuem programas formais de
pós-graduação acadêmica focados em sustentabilidade.
Desenvolver esses programas sinaliza o compromisso de
uma instituição com a sustentabilidade. Programas
146

acadêmicos focados em sustentabilidade fornecem um


caminho para os alunos estudarem tópicos de
sustentabilidade em profundidade.
e) AC - 05 Experiência imersiva: este crédito reconhece
instituições que oferecem programas de experiência de
imersão focada na sustentabilidade, tais como estágios de
base comunitária e programas de estudo no exterior,
proporcionando aos alunos a oportunidade de vivenciar e
aprender, em profundidade, sobre os desafios e soluções de
sustentabilidade.
f) CA - 06 Avaliação da alfabetização em
sustentabilidade: este crédito reconhece instituições que
estão avaliando a alfabetização em sustentabilidade dos
seus alunos. Tal avaliação ajuda as instituições a avaliar o
sucesso de suas iniciativas de educação de sustentabilidade
e desenvolver uma visão sobre como essas iniciativas
podem ser melhoradas.
g) CA - 07 Incentivos para o desenvolvimento de cursos:
este crédito reconhece instituições que oferecem incentivos
a professores na expansão de cursos de sustentabilidade.
Fornecer tempo de liberação, financiamento para o
desenvolvimento profissional, treinamentos e outros
incentivos que auxiliem a instituição a ampliar e
aprofundar o currículo de sustentabilidade.
h) CA - 08 Campus como um laboratório vivo: este crédito
reconhece instituições que utilizam a sua infraestrutura e
operações como ambientes para a aprendizagem
multidisciplinar e de investigação. Os alunos que
participam ativamente em fazer seus campi mais
sustentáveis, poderão continuar esse trabalho em suas
carreiras e comunidades após a graduação.
O critério PESQUISA visa reconhecer instituições que estão
conduzindo pesquisas sobre temas de sustentabilidade. Ao pesquisar as
questões, teorias e conceitos de sustentabilidade, instituições de ensino
superior auxiliam o mundo a compreender os desafios da
sustentabilidade e desenvolver novas tecnologias, estratégias e
abordagens para enfrentá-los.
a) CA - 09 Pesquisa e bolsa de estudos: este crédito
reconhece instituições onde professores e funcionários
estão realizando pesquisas e há bolsas de estudos para
148

entendimentos dos princípios de sustentabilidade. Além disso, esta


subcategoria reconhece instituições que apoiam programas de
desenvolvimento do corpo docente e funcionários, engajamento pessoal
e treinamento na sustentabilidade.
a) EN - 01 Programa de educadores estudantis: este
crédito reconhece instituições com programas que
envolvam os alunos para servir como educadores na
divulgação da sustentabilidade. Tais iniciativas,
conhecidas como “representantes ecológicos”, auxiliam na
disseminação de conceitos de sustentabilidade e na ética de
sustentabilidade em toda a comunidade do campus. Além
disso, servir como um educador é uma valiosa experiência
de aprendizado para os alunos que podem aprofundar a sua
compreensão da sustentabilidade ao desenvolver suas
habilidades de proximidade e educação.
b) EN - 02 Orientação estudantil: esse crédito reconhece
instituições que incluem sustentabilidade em atividades de
orientação e planejamento, demonstrando que a
sustentabilidade é uma meta institucional e incentiva os
alunos a adotarem hábitos sustentáveis em seus novos
ambientes escolares.
c) EN - 03 Vida de estudante: esse crédito reconhece
instituições que têm programas e iniciativas
extracurriculares que contribuem para os alunos
aprenderem sobre sustentabilidade fora da sala de aula.
Esses programas e iniciativas envolvem os alunos
integrando a sustentabilidade em suas vidas, experiências
de aprendizagem e cultura do campus.
d) EN - 04 Materiais de divulgação e publicações: esse
crédito reconhece instituições que produzem materiais de
divulgação e publicações que melhoram o aprendizado
sobre sustentabilidade fora da sala de aula.
e) EN - 05 Campanha de divulgação: esse crédito
reconhece instituições que mantêm campanhas de
sustentabilidade que produzem resultados mensuráveis e
positivos. Resulta no avanço do desempenho de
sustentabilidade da instituição (por exemplo, uma redução
na energia ou no consumo de água). Campanhas que
envolvem a comunidade do campus, em torno de questões
de sustentabilidade, podem auxiliar no aumento da
149

conscientização de estudantes e funcionários sobre


sustentabilidade. Além disso, as campanhas incentivam os
alunos e funcionários a adotarem práticas e estilos de vida
sustentáveis.
f) EN - 06 Avaliando a cultura de sustentabilidade: esse
crédito reconhece instituições que avaliam a cultura de
sustentabilidade da comunidade do campus. Tais
avaliações, ajudam as instituições a medir o sucesso de
suas iniciativas de sustentabilidade e educação e a
desenvolver insights sobre como essas iniciativas
poderiam ser melhoradas.
g) EN - 07 Programa de educadores de empregados: esse
crédito reconhece instituições que coordenam programas
em que professores e funcionários mobilizam e educam
seus pares em torno de iniciativas e programas de
sustentabilidade.
h) EN - 08 Orientação do funcionário: esse crédito
reconhece instituições que abordam questões de
sustentabilidade durante a orientação de novos
funcionários como uma prioridade institucional e a cultura
do campus. Fornecer informações e ferramentas sobre os
programas e opções de sustentabilidade da instituição no
momento em que um funcionário está se familiarizando
com seu novo empregador e desenvolvendo um novo
trabalho rotinas e hábitos podem ajudar a incentivar a
adoção de hábitos ambientais nas rotinas e escolhas.
i) EN - 09 Desenvolvimento profissional da equipe: esse
crédito reconhece instituições que garantem que
funcionários tenham a oportunidade de participar do
desenvolvimento profissional e oportunidades de
treinamento em sustentabilidade. Assim, a instituição
ajuda a equipar seus profissionais na implementação de
práticas e sistemas sustentáveis, modelando
comportamentos sustentáveis para estudantes e o restante
da comunidade do campus.
O critério ENGAJAMENTO PÚBLICO procura reconhecer
instituições que ajudam a catalisar comunidades sustentáveis por meio
do engajamento, parcerias e serviços comunitários. Engajamento na
solução de problemas na comunidade é fundamental para a
sustentabilidade. Por meio do envolvimento com membros e
organizações da comunidade no governo, sem fins lucrativos e com fins
150

lucrativos, as instituições podem ajudar a resolver os desafios da


sustentabilidade.
O envolvimento da comunidade pode ajudar os alunos a
desenvolverem habilidades de liderança, ao mesmo tempo em que
aprofundam sua compreensão de problemas práticos e reais e o processo
de criação de soluções. As instituições podem contribuir para as suas
comunidades, aproveitando seus recursos acadêmicos para atender às
necessidades da comunidade e envolver os membros da comunidade em
decisões que os afetam. Além disso, as instituições podem contribuir
amplamente para a sustentabilidade por meio da colaboração,
envolvimento com redes e organizações externas e defesa de políticas
públicas.
a) EN - 10 Parcerias com a comunidade: esse crédito
reconhece instituições que desenvolveram parcerias
campus-comunidade para avançar em direção à
sustentabilidade. Como membros e líderes da comunidade,
as universidades podem ser poderosos catalisadores,
estabelecendo parcerias com visão, planejamento e atuação
para criar um futuro sustentável na região e seu entorno.
b) EN - 11 Colaboração Inter campus: esse crédito
reconhece instituições que colaboram com outras
universidades para ajudar a construir a sustentabilidade no
campus. As instituições podem fazer contribuições
significativas para a sustentabilidade, compartilhando suas
experiências e conhecimentos com outras universidades.
Compartilhar as melhores práticas e lições aprendidas pode
ajudar outras instituições a perceber eficiências que
aceleram o movimento para a sustentabilidade.
c) EN - 12 Educação continuada: esse crédito reconhece
instituições que oferecem cursos e programas de educação
continuada em sustentabilidade para a comunidade. Esses
cursos treinam membros da comunidade em áreas da
sustentabilidade e ajudam a construir conhecimento sobre
o tema. Elas também podem fornecer o treinamento de que
as pessoas precisam para obter e executar “trabalhos
verdes”. Os programas certificados oferecem
reconhecimento profissional para o treinamento em
sustentabilidade e são ferramentas importantes para
auxiliar os alunos a alcançar, executar e avançar sua
posição em “empregos verdes”.
152

instituições que adotam medidas para reduzir as suas emissões de


poluentes atmosféricos impactam positivamente na saúde da
comunidade do campus, bem como a saúde de suas comunidades e
regiões locais.
a) OP - 01 Emissão de gases de efeito estufa: esse crédito
reconhece instituições que inventariaram suas emissões de
gases de efeito estufa (GEE) e que reduziram suas
emissões de Escopo 1 e 2. O inventário também pode ser
verificado por um terceiro externo independente e/ou
validado internamente por profissionais do campus,
independente do processo de contabilidade e relatório de
GEE.

As fontes de emissão identificadas, de acordo com


a metodologia do limite operacional, devem ser
classificadas como diretas ou indiretas, permitindo
que a empresa gerencie de forma mais eficiente as
suas emissões. Para isso, foram criados os
conceitos dos escopos 1, 2 e 3, a saber:
a) Escopo 1: São as emissões de GEE oriundas de
fontes pertencentes (em caso do uso da
abordagem de participação societária) ou
controladas (sob a abordagem de controle) pela
empresa. A quantificação das emissões de Escopo
1 é considerada obrigatória pelo GHG Protocol.
b) Escopo 2: São as emissões de GEE oriundas da
compra de energia elétrica da rede ou vapor.
Como a empresa inventariada não detém controle
operacional sobre a geração dessa energia, tais
emissões, alocadas sob o escopo 2, são
consideradas indiretas. A quantificação das
emissões de Escopo 2 também é considerada
obrigatória pelo GHG Protocol.
c) Escopo 3: São as outras emissões indiretas que
ocorrem ao longo da cadeia de valor. Mais
especificamente, são as emissões proveniente da
extração e produção de matérias-primas,
transporte de funcionários, emissões relativas ao
uso final dos produtos, viagens de funcionários,
transporte de combustíveis adquiridos etc.
Visando minimizar as discrepâncias entre a
abrangência dos inventários corporativos, o GHG
Protocol lançou, em outubro de 2011, dois novos
153

documentos voltados para a padronização dos


cálculos das emissões da cadeia de valores das
empresas. Um desses documentos é o Corporate
Value Chain (Scope 3) Accounting and Reporting
Standard 5, que além de permitir que as empresas
entendam as emissões de sua cadeia de valores e
identifiquem a melhor forma de reduzi-las,
estabelece critérios para inclusão ou exclusão de
determinadas fontes (GHG PROTOCOL, 2017,
p.02).

b) OP - 02 Qualidade do ar exterior: esse crédito reconhece


as instituições que estão trabalhando para proteger os
ecossistemas, a saúde humana (minimizando a poluição
atmosférica) e proteger a qualidade do ar exterior. A
realização de um inventário de emissões atmosféricas é útil
para determinar o cumprimento de convenções
internacionais e regulamentos nacionais, identificando as
emissões e agir para minimizá-las.
O critério EDIFICAÇÕES busca reconhecer as instituições que
estão tomando medidas para melhorar o desempenho de sustentabilidade
dos seus edifícios, que são geralmente os maiores consumidores de
energia e as maiores fontes de emissão de gás de efeito estufa nos
campi. Além de usarem quantidades significativas de água potável. As
instituições podem projetar, construir e manter os edifícios de forma a
proporcionar um ambiente interno seguro e saudável para os habitantes,
reduzindo simultaneamente o impacto do edifício no ambiente externo.
a) OP - 03 Operações de construção e manutenção: esse
crédito reconhece instituições que operam e mantêm seus
edifícios de forma a proteger a saúde de seus ocupantes e
do ambiente. Edifícios já existentes em uma instituição são
normalmente a maior fonte de consumo de energia no
campus e emissões de gases de efeito estufa. As
instituições podem conservar energia e água, minimizar os
impactos locais, reduzindo o desperdício e o consumo de
água, promovendo a qualidade ambiental interna,
proporcionando trabalho saudável e produtivo. Enquanto
outros créditos também capturam muitos dos impactos dos
edifícios verdes (a exemplo do consumo de água e
consumo), este crédito reconhece especificamente as
instituições que possuem operações sustentáveis e
154

programas de manutenção, que buscam certificação de


terceiros para esses programas.
b) OP - 04 Projeto e construção de edifícios: esse crédito
reconhece instituições que incorporaram características
ambientais em seus projetos de construção. Decisões
tomadas durante a fase de projeto, tais como onde localizar
o edifício, pode gerar economias significativas de energia e
reduzir impactos no local. Ao projetar e construir para
melhor qualidade ambiental interna, as instituições podem
garantir que seus edifícios proporcionem segurança, saúde
e espaços produtivos para a comunidade do campus. Esse
crédito reconhece as instituições de programas abrangentes
de construção e renovação ecológica e que visam a
certificação de terceiros de novos edifícios do campus.
O critério ENERGIA busca reconhecer as instituições que estão
reduzindo seu consumo de energia, conservação e eficiência, mudando
para fontes de energia mais limpas e renováveis, como a solar e eólica.
Para a maioria das instituições, o consumo de energia é a maior fonte de
emissões de gases de efeito estufa, pois além de causar mudanças
climáticas, a geração de energia, a partir de combustíveis fósseis, produz
poluentes que contribuem para a chuva ácida, bem como doenças
cardíacas, respiratórias e câncer. A mineração, perfuração de petróleo e
hidrelétricas também são atividades que agravam esse contexto.
A energia renovável pode ser gerada localmente e permite aos
campi apoiar o desenvolvimento econômico local, além de ajudar a
moldar os mercados, criando demanda por fontes de energia mais limpas
e renováveis.
a) OP - 05 Consumo de energia do edifício: esse crédito
reconhece instituições que reduziram o uso de energia em
edifícios.
b) OP - 06 Energia limpa e renovável: esse crédito
reconhece as instituições que apoiam o desenvolvimento e
uso de energia de fontes limpas e renováveis.
O critério ALIMENTOS E SERVIÇOS DE REFEIÇÃO
procura reconhecer instituições que estão apoiando um sistema
alimentar sustentável. Pesticidas e fertilizantes utilizados na agricultura
contaminam águas subterrâneas e superficiais e o solo, além dos danos à
vida. Os trabalhadores agrícolas são expostos a pesticidas, a condições
155

de trabalho severas e salários abaixo do padrão. As instituições podem


usar seu poder de compra para exigir transparência de seus
distribuidores, fiscalizando a procedência dos alimentos, a forma de
produção e as condições de transporte. Podem também usar compras de
alimentos para apoiar economias locais, encorajar métodos agrícolas
seguros, ajudar a eliminar condições inseguras de trabalho e aliviar a
pobreza dos agricultores. Os serviços de refeições também podem
apoiar sistemas alimentares sustentáveis, evitando o desperdício de
alimentos, disponibilizando opções de refeições de baixo impacto e
educando os seus clientes sobre opções e práticas mais sustentáveis.
a) OP - 07 Compras de alimentos e bebidas: esse crédito
reconhece instituições que apoiam sistemas alimentares
sustentáveis, por meio da compra de alimentos e bebidas.
Essas ações reduzem os impactos sociais e ambientais da
produção de alimentos e ajudam a promover economias
locais robustas e comida segura; melhores condições para
os trabalhadores agrícolas; animais, solos e cursos de água
mais saudáveis e meio seguro de subsistência para os
agricultores.
b) OP - 08 Alimentação sustentável: esse crédito reconhece
instituições que apoiam sistemas alimentares sustentáveis e
minimizam os impactos de suas operações de serviços de
refeição. Uma instituição pode operar seus serviços de
refeições de forma sustentável, por meio de políticas e
decisões que evitam o desperdício de alimentos e
educando clientes sobre opções e práticas.
O critério SOLO busca reconhecer instituições que planejam e
mantêm seus fundamentos com sustentabilidade. Os solos do campus
podem ser planejados, plantados e mantidos em qualquer região,
enquanto minimizam o uso de produtos químicos tóxicos, protegendo o
habitat da vida selvagem e conservando os recursos.
a) OP - 09 Gestão da paisagem: esse crédito reconhece
instituições que administram seus solos de forma
sustentável, com a gestão sustentável da paisagem,
considerações econômicas, sociais e ecológicas para
atender às necessidades humanas, conservando
ecossistemas.
b) OP - 10 Biodiversidade: esse crédito reconhece
instituições que possuem uma estratégia de gestão de
156

biodiversidade projetada para identificar ecossistemas e


espécies no campus e é capaz de prevenir, gerenciar e/ou
minimizar os danos aos habitats naturais e áreas sensíveis.
Identificar e proteger a integridade dos ecossistemas
naturais pode melhorar o ambiente e a qualidade de vida
no campus e na comunidade.
O critério COMPRAS procura reconhecer as instituições que
estão usando seu poder de compra para ajudar a construir uma economia
sustentável. Coletivamente, as instituições gastam muitos recursos
financeiros em bens e serviços anualmente.
a) OP - 11 Compras sustentáveis: esse crédito reconhece
instituições que aplicam critérios de sustentabilidade ao
tomar decisões sobre aquisições. Cada decisão de compra
que uma instituição faz representa uma oportunidade de
escolher produtos ambiental e socialmente responsáveis,
para apoiar empresas com fortes compromissos com a
sustentabilidade e apoiar economias locais justas e
resilientes.
b) OP - 12 Compras de eletrônicos: esse crédito reconhece
as instituições que estão apoiando os mercados de
computadores e ambientalmente responsáveis, além de
outros produtos eletrônicos.
c) OP - 13 Compras de limpeza e zeladoria: esse crédito
reconhece instituições que compram produtos de limpeza e
zeladoria “verdes”. Ao mudar para produtos de limpeza
não tóxico, as instituições reduzem os impactos de
exposição para todos os ocupantes do edifício e para o
ambiente, promovendo assim espaços de trabalho, de vida
e de aprendizagem limpos e saudáveis.
d) OP - 14 Compras de papel de escritório: esse crédito
reconhece instituições que compram papel reciclado e
papel de escritório certificados por terceiros. Apoiando
mercados de papel ambientalmente responsáveis, as
instituições contribuem para a conservação da água,
energia e floresta virgem.
O critério TRANSPORTE procura reconhecer as instituições
que estão se movendo em direção a sistemas de transporte sustentáveis.
O transporte é uma importante fonte de emissões de gases de efeito
estufa. Ao mesmo tempo, os campi podem se beneficiar da modelagem
de sistemas de transporte sustentáveis: bicicleta e caminhadas
157

proporcionam benefícios à saúde humana e minimizam a necessidade de


grandes áreas de superfície pavimentada, o que auxilia no
gerenciamento das águas pluviais. Instituições podem realizar
economias de custo ao ajudar a apoiar economias locais reduzindo sua
dependência de combustíveis derivados do petróleo para o transporte.
a) OP - 15 Frota do campus: esse crédito reconhece
instituições que usam combustíveis mais limpos e veículos
com consumo eficiente de combustível. Instituições podem
ajudar a moldar mercados, criando demanda e aumentando
a visibilidade de veículos mais eficientes, reduzindo as
emissões de gases com efeito de estufa.
b) OP - 16 Intermodalidade no transporte de estudantes:
esse crédito reconhece as instituições em que os estudantes
usam os meios de transporte alternativos para viajar para a
instituição. O uso de modos alternativos de transporte
ajuda a reduzir as emissões e poluição do ar local. Andar a
pé e de bicicleta oferecem benefícios para a saúde também.
c) OP - 17 Intermodalidade no transporte de empregados:
esse crédito reconhece as instituições em que funcionários
usam os modos de transporte alternativos para viajar para a
instituição. O uso de modos alternativos de transporte
ajuda a reduzir as emissões e poluição do ar local. Andar a
pé e de bicicleta oferecem benefícios para a saúde também.
d) OP - 18 Suporte para transporte sustentável: esse
crédito reconhece instituições que apoiam alternativas
ativas de transporte e deslocamento para alunos e
funcionários. Incentivar modos de transporte mais
sustentáveis e oferecer programas para reduzir o
deslocamento ajuda a diminuir a poluição do ar local e as
emissões de gases de efeito estufa.
O critério DESPERDÍCIO procura reconhecer as instituições
que estão se movendo em direção ao desperdício zero, reduzindo,
reutilizando, reciclagem e compostagem. Essas ações minimizam a
necessidade de extrair materiais virgens da terra, como árvores e metais.
Reduzir a geração de resíduos também reduz o fluxo de resíduos para
incineradores e aterros, que produzem emissões de gases com efeito.
Além disso, as campanhas de redução de resíduos podem envolver toda
a comunidade do campus contribuindo para uma meta tangível de
sustentabilidade.
158

a) OP - 19 Minimização e desvio de resíduos: esse crédito


reconhece instituições que estão minimizando sua
produção de resíduos, desviando materiais de aterros
sanitários e incineradores, com a conservação de recursos
por meio da reciclagem e compostagem.
b) OP - 20 Desvio de resíduos de construção e demolição:
esse crédito reconhece instituições que desviaram resíduos
de construção e demolição. Construção e a demolição são
fontes significativas de resíduos que estão fora do fluxo de
resíduos padrão de uma instituição e podem ser
manuseados por um contratante ou por um caminhão
transportador de resíduos.
c) OP - 21 Gestão de resíduos perigosos: esse crédito
reconhece instituições que buscam minimizar e descartar
com segurança todos os perigos. Os resíduos perigosos
normalmente contêm componentes tóxicos, como chumbo
e mercúrio, que podem contaminar o solo e águas
subterrâneas e ter impactos prejudiciais à saúde humana se
manuseados indevidamente. Ao mesmo tempo, o lixo
eletrônico contém componentes que podem ser reciclados.
O critério ÁGUA busca reconhecer as instituições que estão
conservando a água, fazendo esforços para proteger a sua qualidade e
tratar a água como um recurso, em vez de um resíduo. Bombear,
entregar e tratar a água é um dos principais impulsionadores do
consumo de energia, de modo que as instituições podem ajudar a reduzir
o uso de energia e as emissões dos gases de efeito estufa, associadas à
geração de energia pela conservação de água. Da mesma forma,
conservação, reciclagem de água e reutilização, e práticas eficazes de
gestão de águas pluviais são importantes para manter e proteger o
abastecimento de águas subterrâneas. A conservação da água e a gestão
eficaz das águas pluviais também reduzem a necessidade de descarga de
efluentes em abastecimento de água superficial, o que ajuda a melhorar
a saúde dos ecossistemas aquáticos locais.
a) OP - 22 Uso da água: esse crédito reconhece instituições
que reduziram o uso da água. Ao reduzir as retiradas de
água no campus, as instituições podem reduzir as pressões
sobre os aquíferos, riachos, rios, lagos e animais aquáticos
locais.
b) OP - 23 Gestão de águas pluviais: esse crédito reconhece
instituições que implementam políticas e programas para
160

elevado o plano estratégico da instituição e outros


documentos orientadores, também sinalizam o
compromisso de uma instituição sustentável e pode ajudar
a infundir uma ética de responsabilidade ambiental, fiscal e
social em toda a comunidade do campus.
c) PA - 03 Governança participativa: esse crédito
reconhece instituições que envolvem alunos, funcionários,
professores e membros da comunidade local na
governança contínua da universidade. A governança inclui
uma variedade de funções organizacionais e processos de
tomada de decisão, desde a supervisão financeira e gestão
de pessoal até a definição de metas e planejamento. A
sustentabilidade exige processos e estruturas participativas,
que capacitem os grupos para unirem-se e trabalharem de
forma colaborativa para enfrentar os desafios da
sustentabilidade, por meio do acesso e envolvimento na
governança institucional. Sem estruturas de governança
transformadas, muitos ganhos de sustentabilidade não
podem ser percebidos.
O critério DIVERSIDADE E ACESSIBILIDADE procura
reconhecer as instituições que estão trabalhando para promover a
diversidade do campus. Para construir uma sociedade sustentável,
diversos grupos precisam se unir e trabalhar colaborativamente para
enfrentar os desafios da sustentabilidade. Membros de grupos
minoritários raciais e étnicos e comunidades de imigrantes, indígenas e
de baixa renda, tendem a sofrer exposição desproporcional à problemas.
Esta injustiça ambiental acontece como resultado de comunidades
desiguais e segregadas ou isoladas. Para alcançar a justiça ambiental e
social, a sociedade deve trabalhar para combater a discriminação e
promover a igualdade. O ensino superior pode auxiliar, por meio de
programas acessíveis a todos, independentemente de raça, sexo, religião,
status sócio-econômico e outras diferenças.
a) PA - 04 Coordenação diversidade e equidade: esse
crédito reconhece as instituições com comitês, escritórios
ou diretores ativos cobrados pela administração ou órgão
regulador, para coordenar a diversidade, equidade,
inclusão e trabalho de direitos humanos no campus. A
coordenação de diversidade e equidade aumenta a
capacidade de uma instituição para lidar de forma mais
eficaz com essas questões.
161

b) PA - 05 Avaliando diversidade e equidade: esse crédito


reconhece instituições que avaliam sistematicamente a
diversidade e a equidade no campus. Fomentar uma cultura
inclusiva e acolhedora no campus é importante para
garantir o sucesso acadêmico e social da universidade aos
demais membros da comunidade. Para fomentar tal
cultura, é útil envolver uma avaliação estruturada sobre a
identificação de áreas que requerem melhorias em termos
de clima do campus, diversidade e equidade de
funcionários.
c) PA - 06 Suporte para grupos sub-representados: esse
crédito reconhece instituições que possuem programas
para apoiar grupos sub-representados e promovem um
campus mais diversificado e inclusivo. Podem ajudar a
criar e manter um corpo estudantil diversificado e ajudar a
construir a diversidade dentro das instituições acadêmicas,
por meio de disciplinas do ensino superior em geral,
oferecendo programas de apoio para ajudar os indivíduos
em grupos sub-representados a prosperarem acadêmica e
socialmente.
d) PA - 07 Acessibilidade e acesso: esse crédito reconhece
instituições que estão implementando estratégias para
melhorar acessibilidade e acesso. Conseguir um diploma
universitário é uma ferramenta valiosa para lidar com a
desigualdade, mas para educação da sociedade avançar em
direção a uma maior equidade, as escolas devem ser
acessíveis a populações de baixa renda e alunos não
tradicionais.
O critério INVESTIMENTOS E FINANÇAS busca reconhecer
instituições que tomam decisões de investimento que promovem a
sustentabilidade. Coletivamente, as universidades investem bilhões de
recursos financeiros. Instituições com transparência e que possuem
processos de investimento democrático promovem a responsabilidade e
o envolvimento do campus e da comunidade. Utilizando ferramentas de
investimento sustentável, as instituições podem incentivar um melhor
comportamento corporativo, apoiar a inovação em produtos e serviços
sustentáveis e ajudar a construir um sistema financeiro mais justo e
sustentável. Em tese, este subcritério, o termo “investimento
sustentável” é inclusivo, com responsabilidade social, investimento
ambientalmente responsável, ético, de impacto e relacionado à missão.
162

a) PA - 08 Comitê de responsabilidade do investidor: esse


crédito reconhece as instituições com um comitê
estabelecido e ativo de responsabilidade dos investidores
na representação de diversos stakeholders. A criação de
um comitê de responsabilidade do investidor fornece uma
estrutura para fomentar o diálogo sobre decisões de
investimentos e pode ajudar os campi a tomar decisões de
investimentos responsáveis que promovam a
sustentabilidade. Além disso, um comitê de múltiplas
partes interessadas é consistente com o princípio da
sustentabilidade e da governança compartilhada.
b) PA - 09 Investimento sustentável: esse crédito reconhece
instituições que usam seu poder de investimento para
promover a sustentabilidade. Há uma variedade de
abordagens que uma instituição pode adotar para
investimentos sustentáveis, incluindo investimentos
positivos que promovam a sustentabilidade e se envolvam
com empresas nas quais já possuem investimentos. O
envolvimento de investidores ativos pode ajudar a alinhar
os investimentos de uma instituição aos seus valores,
proteger a instituição contra as consequências financeiras
de multas, ações judiciais, e danos a reputação da empresa,
que pode resultar de comportamento corporativo
insustentável e melhorar a sustentabilidade no desempenho
dos negócios nos quais investe. Ambos os tipos de
atividades contribuem para um sistema financeiro
sustentável.
c) PA - 10 Divulgação de investimento: esse crédito
reconhece instituições que regularmente disponibilizam
publicamente suas participações em investimentos,
transparência garantida pela divulgação pública, que
funciona como um importante mecanismo de
responsabilização e como uma ferramenta de
aprendizagem para estudantes e outras partes interessadas.
O critério BEM-ESTAR E TRABALHO busca reconhecer as
instituições que incorporaram a sustentabilidade em seus programas e
políticas de recursos humanos. Uma instituição pode fortalecer sua
comunidade, oferecendo benefícios, salários e outras formas de
assistência, que servem para compensar respeitosa e eticamente
trabalhadores com intuito de proteger e afetar positivamente a saúde,
segurança e bem-estar da comunidade do campus.
164

Quadro 38: Documento proposto STARS (continua)


Dimensões Critérios Créditos Pontos

CI - 01 Fronteira institucional
CARACTERÍSTICAS
INSTITUCIONAIS

Características CI - 02 Características operacionais


(CI)

Institucionais

CI - 03 Características acadêmicas e demográficas

CA - 01 Cursos acadêmicos 14
CA - 02 Resultados de aprendizagem 8
CA - 03 Programa de graduação 3
CA - 04 Programa de pós-graduação 3
CARACTERÍSTICAS

Currículo
CA - 05 Experiência imersiva 2
ACADÊMICAS

(40 Pontos)
Avaliação da alfabetização em
(CA)

CA - 06 4
sustentabilidade
CA - 07 Incentivos para o desenvolvimento de cursos 2
CA - 08 Campus como um laboratório vivo 4
AC - 09 Pesquisa e bolsa de estudos 12
Pesquisa
AC - 10 Apoio à pesquisa 4
(18 Pontos)
AC - 11 Acesso aberto à pesquisa 2
EN - 01 Programa de educadores estudantis 4
EN - 02 Orientação estudantil 2
EN - 03 Vida de estudante 2
Engajamento EN - 04 Materiais de divulgação e publicações 2
com o EN - 05 Campanha divulgação 4
Campus
EN - 06 Avaliando a cultura de sustentabilidade 1
(21 Pontos)
ENGAJAMENTO

EN - 07 Programa de educadores de empregados 3


(EN)

EN - 08 Orientação do funcionário 1
EN - 09 Desenvolvimento profissional da equipe 2
EN - 10 Parcerias com a comunidade 3
EN - 11 Colaboração Inter campus 3
Engajamento
EN - 12 Educação continuada 5
Público
(20 Pontos) EN - 13 Serviço comunitário 5
EN - 14 Participação na política pública 2
EN - 15 Licenciamento de marcas 2
165

Quadro 38: Documento proposto STARS (continua)


Dimensões Critérios Créditos Pontos

Ar e Clima OP - 01 Emissão de gases de efeito estufa 10


(11 Pontos) OP - 02 Qualidade do ar exterior 1
Edificações OP - 03 Operações de construção e manutenção 5
(08 Pontos) OP - 04 Projeto e construção de edifícios 3
Energia OP - 05 Consumo de energia do edifício 6
(10 Pontos) OP - 06 Energia limpa e renovável 4
Alimentos e OP - 07 Compras de alimentos e bebidas 6
Serviços de
Refeição OP - 08 Alimentação 2
(08 Pontos)
Solo OP - 09 Gestão da paisagem 2
(03-04 Pontos) OP - 10 Biodiversidade 1-2
OP - 11 Compras 3
OPERAÇÕES

OP - 12 Compras de eletrônicos 1
(OP)

Compras
(06 Pontos) OP - 13 Compras de limpeza e zeladoria 1
OP - 14 Compras de papel de escritório 1
OP - 15 Frota do campus 1
Intermodalidade no transporte de
OP - 16 2
Transporte estudantes
(07 Pontos) Intermodalidade no transporte de
OP - 17 2
empregados
OP - 18 Suporte para transporte sustentável 2
OP - 19 Minimização e desvio de resíduos 8
Desperdício Desvio de resíduos e construção e
OP - 20 1
(10 Pontos) demolição
OP - 21 Gestão de resíduos perigosos 1
Água OP - 22 Uso da água 4-6
(06 - 08
Pontos) OP - 23 Gestão de águas pluviais 2
166

Quadro 38: Documento proposto STARS (conclusão)


Dimensões Critérios Créditos Pontos

Coordenação e PA - 01 Coordenação de sustentabilidade 1


Planejamento
(08 Pontos) PA - 02 Planejamento de sustentabilidade 4
PA - 03 Governança participativa 3
PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO

PA - 04 Coordenação diversidade e equidade 2


Diversidade e PA - 05 Avaliando diversidade e equidade 1
Acessibilidade
(10 Pontos) PA - 06 Suporte para grupos sub-representados 3
(PA)

PA - 07 Acessibilidade e acesso 4
Comitê de responsabilidade do
Investimento e PA - 08 2
investidor
Finanças PA - 09 Investimento sustentável 4
(07 Pontos)
PA - 10 Divulgação de investimento 1
PA - 11 Compensação de empregado 3
Bem-estar e PA - 12 Avaliando satisfação dos empregados 1
Trabalho
(07 Pontos) PA - 13 Programa de bem-estar 1
PA - 14 Saúde e segurança no trabalho 2
Prática
exemplar
(04 Pontos bônus)

0,5
INOVAÇÃO &

Catálogo de
LIDERANÇA

cada
Créditos
(IL)

disponíveis
Inovação
(04 Créditos 1 cada
disponíveis)
Fonte: STARS (2017).

A partir da descrição realizada, percebe-se a existência de


indicadores de diferentes naturezas, qualitativa e quantitativa. Os
indicadores de natureza quantitativa podem ser binários e há os que
fornecem um maior grau de mensuração quando se trata de avaliação da
evolução do indicador ao longo do tempo. Destacar essas características
é importante no processo de seleção para o desenvolvimento do
instrumento, pois indicadores binários podem ser adaptados para o
interesse do estudo, desde que preservados o conceitos-chave e os
critérios inerentes a cada um dos indicadores.
167

4.2 AISHE - ASSESSMENT INSTRUMENT FOR SUSTAINABILITY IN


HIGHER EDUCATION

O AISHE20 (Instrumento de Avaliação para a Sustentabilidade no


Ensino Superior) foi desenvolvido e validado nos Países Baixos em
2000-2001 pela Fundação Holandesa para o Ensino Superior
Sustentável - DHO. A primeira versão do instrumento AISHE 1.0
apresentava-se de forma mais restrita ao papel educativo das
universidades e consequentemente, havia uma aplicação mais limitada
que as versões subsequentes. Nos últimos anos, uma nova versão
AISHE 2.0, foi desenvolvida por um grupo internacional de
universidades e instituições de 15 países, entre eles: Holanda, Suécia,
Áustria e Espanha, apresentando uma estrutura modular. Os cinco
módulos utilizados como esquema geral para este instrumento são:
Identidade, Educação, Pesquisa, Operações e Alcance Societal, havendo,
portanto, uma abrangência e escala amplificadas, podendo ser aplicada
em um prédio, um campus, ou para toda a universidade. Para tanto, a
utilização da sigla AISHE nesse trabalho é com relação à versão
atualizada da ferramenta 2.0.
A característica marcante do AISHE, enquanto ferramenta de
avaliação de sustentabilidade no ensino superior, segundo seus
idealizadores, é entendida como a capacidade de envolver um grupo de
pessoas representativas para a gerência, incluindo o pessoal educador e
não-educador, os estudantes e o campo profissional. Juntos, eles
buscariam consenso sobre o estado atual da universidade em relação à
sustentabilidade e sobre os desenvolvimentos desejados nos próximos
anos. A ideia central é que o resultado seja alcançado de natureza
intersubjetiva. Isto implica que o AISHE não é apenas um instrumento
de avaliação, mas principalmente um instrumento de estratégia e
política, ou seja, de ação, representando assim, mais um processo que
um estado.
Com a utilização do AISHE, as universidades ou seus
departamentos podem receber o Certificado de Educação Superior
Sustentável, que é um sistema de pontuação, permitindo que as
universidades adquiram de 1 a 5 estrelas. O instrumento pode ser
utilizado como ferramenta de autoavaliação ou visar o público externo,
20
O estudo do AISHE, apresentado nessa seção, foi realizado com base no
Manual Técnico, versão 2.0 atualizado em 2009, disponível em:
<http://www.eauc.org.uk/theplatform/assessment_instrument_for_sustainability
_in_hig>.
168

por meio de certificação ou benchmarking. No primeiro caso, a


utilização é gratuita e os materiais podem ser baixados da internet, ou
aplicados de forma on-line. Tais procedimentos de avaliação podem ser
seguidos tal qual orienta o documento ou redesenhados para a
instituição em questão.
Quando da avaliação externa, o AISHE é presidido por um
avaliador externo certificado e os procedimentos são obrigatórios. Isso
pode levar ao reconhecimento do Certificado Internacional de
Desenvolvimento Sustentável no Ensino Superior. Dessa maneira,
segundo seus proponentes, a aquisição de um certificado tem provado
ser um forte incentivo para o desenvolvimento contínuo da organização.
A avaliação é realizada por um grupo de 15 pessoas, em média,
variando com o tamanho da instituição, e tem a duração de 5 horas,
variando com a quantidade de módulos que a instituição deseja avaliar.
Um representante realiza anotações e ao final da avaliação há um
relatório com as considerações. Tal avaliação envolve também o
pagamento de uma taxa ao certificador externo.
Para criação do AISHE, foram considerados aspectos presentes
nos diferentes conceitos de desenvolvimento sustentável e incorporados
à ideia de educação para o desenvolvimento sustentável, tanto na
educação como também na pesquisa universitária, operações e
interações sociais.
A seguir, há alguns princípios, características e detalhamentos do
conceito de Desenvolvimento Sustentável considerados pelos
idealizadores do instrumento, conforme quadro 39.
169

Quadro 39: Características de Desenvolvimento Sustentável para o AISHE


(continua)
Princípios Características Detalhamentos

Conectando peças, subsistemas ou sistemas de


Sistemas de aspectos. Conectando uma abordagem analítica
pensamento com uma abordagem holística; o pequeno com
o grande; e o local com o global.
Conectando disciplinas e stakeholders.
Multi, inter ou
Equilibrado em relação a Triple botton line ou
transdisciplinar
Conectividade e

3Ps; equilibrada com aspectos disciplinares.


Complexidade

Conectando fases no ciclo de vida, em relação a


Abordagem do ciclo
pessoas, produtos, empresas, habitats, culturas,
de vida
desenhos, paradigmas, entre outros.
Conectando pessoas, (sub) culturas, regiões,
Intercultural e
nações. A abertura para os valores e
internacional
perspectivas dos outros.
Conectando o passado, o presente e o futuro.
Orientação para o Preocupa-se com metas de longo e curto
futuro prazos, baseadas em visões de
desenvolvimentos futuros sustentáveis.
Abertura a condições Flexibilidade da mente e capacidade de lidar
de mudança com incertezas.
Abertura a novas Criatividade; não-linearidade; pensar fora da
Inovabilidade

soluções caixa; a aceitação do inesperado.


Estimular o pensamento criativo e os processos
de design, diminuindo a evidência de produtos
Orientação da função ou serviços reais para funções ou necessidades
subjacentes, visando encontrar alternativas e
formas de atendê-las.
Aquisição e aplicação de conhecimentos,
Aplicação do sequencial ou simultaneamente (aprender
conhecimento fazendo), com o objetivo de encontrar soluções
úteis para problemas reais.
Aprendizagem da ação,
aprendizado social

Palestras just-in-time, arte, debates, teatro,


Multi-métodos
jogos, entre outros.
Contexto incorporado na aprendizagem, quer
Situações da vida
em situações simuladas ou realmente
real
existentes.
Pessoalmente empenhado para objetivos de
Comprometimento
desenvolvimento sustentável.
Trabalho em equipe dentre grupos de
Cooperação estudantes; cooperação com especialistas e
profissionais.
170

Quadro 39: Características de Desenvolvimento Sustentável para o AISHE


(conclusão)
Princípios Características Detalhamentos

Reflexão sobre processo de aprendizagem


Aprendendo a aprender próprio, visando a melhoria contínua.
Aprendizagem ao longo da vida.
Responsabilidade para o processo da
própria aprendizagem e para a definição de
metas de aprendizagem (até um
Responsabilidade
determinado nível). Responsabilidade por
Reflexividade

resultados de atividades profissionais


(abordagem das partes interessadas).
Consciente da relevância e da relatividade
Impulsionado pelo valor
dos valores e opiniões incorporadas.
Atitude crítica em relação a perguntas,
Pensamento crítico tarefas, métodos, respostas e o próprio
funcionamento.
A consciência de nível de certeza do
conhecimento, dados, conclusões: subjetiva,
Robustez da informação
intersubjetiva, objetiva (opiniões, teorias,
fatos).
Fonte: Adaptado de AISHE (2009).

Neste esquema de combinação de categorias, as universidades


podem ser observadas sob diferentes perspectivas, segundo os papéis
que assumem. Na lógica do AISHE, há o pressuposto que as principais
atividades desempenhadas pela universidade são as de educação e
pesquisa. Para cumprir seu papel constituído como uma organização,
essa instituição desempenha operações das mais diversas naturezas,
portando-se, ora como empregadora e ora como consumidora de bens e
serviços. Ainda sob a quarta perspectiva, as instituições de ensino
desempenham um importante papel na sociedade, como membro
pertencente representativo. Idealmente, todas essas quatro funções são
baseadas em um fundamento comum, uma visão compartilhada sobre a
identidade e o caráter da universidade, normalmente expressa em uma
declaração de missão. Isso se justifica no instrumento estudado, o
módulo “identidade” recebe destaque no AISHE 2.0, com relação às
versões anteriores.
O funcionamento do AISHE baseia-se em um modelo de gestão
da qualidade, desenvolvido pela Fundação Europeia para a Gestão da
Qualidade (EFQM, 1991). A partir desse modelo EFQM, a estrutura do
AISHE segue o conceito de melhoria contínua, descrito como Ciclo de
171

Deming ou Ciclo PDCA. Esse ciclo é constituído por 4 etapas: Plan


(planejar), Do (fazer), Check (verificar) e Act (agir). Planejar - consiste
no planejamento das ações, na definição dos objetivos, quais processos
serão utilizados, e se há o conhecimento necessário, ferramentas e
recursos adequados para essa etapa. Fazer - consiste na execução das
atividades planejadas. Verificar - consiste na verificação dos resultados
dessas atividades. Agir - consiste na comparação dos resultados do
check com os objetivos do plan e a decisão sobre as ações para corrigir
as diferenças. A ideia de utilização desse ciclo é que ao seu final, um
novo se inicie de forma contínua e indefinida. No AISHE,
especificamente são utilizadas as etapas planejar, fazer e verificar do
ciclo PDCA.
Em termos de sua estrutura lógica, cada um dos cinco módulos
AISHE é composto por seis critérios. Para cada módulo, o primeiro
critério define o aspecto “planejar”, os próximos quatro critérios juntos
definem os aspectos fazer, enquanto o sexto e último critério define o
aspecto verificar, conforme ilustrado na figura 9.

Figura 9: Estrutura detalhada do AISHE

Fonte: AISHE (2009).

Cada critério que compõe o modelo AISHE é definido com base


no modelo EFQM de Excelência, conforme mencionado, e são avaliados
172

por meio da aplicação do Modelo de Cinco Estágios, desenvolvido pelo


INK - Instituto Holandês de Gestão da Qualidade, que define e avalia
em cinco estágios o desenvolvimento de cada critério. A opção de
adoção do modelo EFQM-INK segue a perspectiva de que as
organizações possam encontrar-se em um dos vários estágios de
desenvolvimento em relação a vários critérios.
Esse modelo foi originalmente desenvolvido para ser utilizado na
indústria. Um estudo adicional foi realizado por um grupo de
Universidades Holandesas de Ciências Aplicadas, o que o tornou
adequado para sua utilização no Ensino Superior (KEMENADE e
VERMEULEN, 2004). Esse modelo adaptado para o ensino superior é
conhecido como EFQM-HE (Higher Education), que foi selecionado
como base para o AISHE. A seguir, os cinco estágios de
desenvolvimento estão descritos no quadro 40.

Quadro 40: Cinco Estágios de Desenvolvimento para cada critério estabelecido


pelo AISHE (continua)

Objetivos são orientados por assunto.


Atividade orientada
Estágio 1

Os processos são baseados em ações


de membros individuais da equipe.

As decisões geralmente são feitas ad


hoc (para finalidade específica).

As metas estão relacionadas aos


Processo orientado

processos.
Estágio 2

As decisões são tomadas por grupos


de profissionais e apoiadas pela
gerência.

Os objetivos são orientados pelas


partes interessadas, em vez de
Sistema orientado

orientados internamente.
Estágio 3

Existe uma política organizacional


relacionada a metas de (médio) longo
prazo.
As metas são formuladas
explicitamente e são medidas e
avaliadas. Há feedback dos resultados.
173

Quadro 40: Cinco Estágios de Desenvolvimento para cada critério estabelecido


pelo AISHE (conclusão)
Os processos internos são vistos como
parte de uma cadeia.
Cadeia orientada
Existe uma rede permanente de
Estágio 4

contatos com partes interessadas


diretas. As ações são vistas como
parte de uma cadeia.
As atividades e processos são
baseados em metas externas
formuladas.
Existe uma estratégia de longo prazo.
A política visa a melhoria constante.
Sociedade orientada

Os contatos são mantidos, não apenas


Estágio 5

com stakeholders diretos, mas


também com outros stakeholders, em
toda a sociedade.

A organização cumpre um papel


proeminente na sociedade.

Fonte: Elaborado pela autora com base em AISHE (2009).

Os estágios apresentados são sequenciais e devem ser


cumulativos, isto é, as demandas formuladas no estágio anterior são
também demandas dos estágios seguintes, ainda que não sejam
mencionadas novamente. Dessa forma, o caráter cumulativo implica que
só é possível inferir que as exigências de determinado estágio foram
atendidas, se todas as demandas dos estágios inferiores tiverem sido
também.
Diversas dimensões são consideradas no processo de avaliação
dos estágios em que cada critério se encontra no Modelo de cinco
estágios, a exemplo da escala, preocupação, política, perspectiva de
tempo, qualidade e avaliação de resultados. Tais dimensões de análise
são pensadas na perspectiva de um estado atual até um estado ideal
futuro, mantendo o foco no processo como se verificou esse movimento.
Na sequência, são descritos os módulos (identidade, operações,
ensino, pesquisa e sociedade) e seus respectivos critérios (indicadores)
definidos e analisados pelo AISHE. Cabe ressaltar que cada critério é
definido no instrumento em seu estágio ideal de aplicação e a partir de
tal descrição.
174

4.2.1 Módulo Identidade (MI)

Esse módulo descreve uma série de características fundamentais


para a organização, que delineiam sua natureza e essência. Algumas
questões permeiam a análise do módulo identidade, tais como: quem
somos nós; como podemos fazer as coisas que fazemos; como podemos
fazer uma diferença real no desenvolvimento sustentável e se seria
correto descrever-nos como uma organização sustentável.
a) MI - 01 Visão e política: a organização tem uma visão
sobre desenvolvimento sustentável e sobre
responsabilidade social corporativa em geral, sobre
aspectos dentro dos próprios campos de atuação e sobre
suas consequências para a política da organização. A visão
é expressa na política, que traduz a visão em planos
concretos de ação. As metas são formuladas e as atividades
são projetadas com o objetivo de atingi-las. Segue para
fins de representação o quadro 41, demonstrando o sistema
de avaliação do primeiro critério apresentado no módulo
Identidade do AISHE, seguindo a lógica para os demais
critérios adotados.

Quadro 41: Cinco Estágios de Desenvolvimento para o critério Visão e política


estabelecido pelo AISHE
A gestão tem uma visão sobre desenvolvimento sustentável e
responsabilidade social corporativa relacionada às atividades da
organização.
orientada
Atividade
Estágio 1

A política em relação ao desenvolvimento sustentável é desenvolvida


principalmente de cima para baixo, pela administração.

Esta visão e política são formuladas implicitamente.

Os principais elementos da visão são os valores básicos e a ética da


organização.
A equipe está ativamente envolvida no contínuo desenvolvimento e
orientado
Estágio 2

Processo

aprimoramento da visão e da política de desenvolvimento sustentável.


A visão e a política de desenvolvimento sustentável foram formuladas
em documentos.
A administração oferece facilidades para elaborar a visão e a política
com ações concretas, concentrando-se principalmente em
desenvolvimentos de curto prazo.
175

Quadro 41: Cinco Estágios de Desenvolvimento para o critério Visão e política


estabelecido pelo AISHE (conclusão)
A organização se vê como um ator-chave para o desenvolvimento
sustentável, pelo menos no nível de adaptações e melhorias.
Os estudantes estão ativamente envolvidos no contínuo
orientado desenvolvimento e aprimoramento da visão e política de
Estágio 3

desenvolvimento sustentável. A organização pode ser caracterizada


Sistema

como uma organização de aprendizagem.


A visão foi expressa na declaração de missão e foi elaborada em uma
política que contém metas avaliadas, que são avaliadas e ajustadas
regularmente.
A política de sustentabilidade concentra-se principalmente em
desenvolvimentos de médio prazo a longo prazo.
A organização é reconhecida por suas partes interessadas diretas
como um ator fundamental para o desenvolvimento sustentável,
atuando em uma cooperação intensiva com essas partes interessadas
orientada
Estágio 4

Cadeia

diretas, no nível de desenvolvimentos de longo prazo e inovações


sustentáveis.
Essa cooperação é a base para a melhoria contínua da visão e da
política de desenvolvimento sustentável, tanto da organização como
de seus stakeholders diretos.
Dentro da sociedade em geral, a organização é reconhecida como um
dos principais protagonistas do desenvolvimento sustentável, agindo
proativamente no nível de mudança sistêmica.
Sociedade
orientada
Estágio 5

A sociedade está ativamente envolvida no contínuo desenvolvimento


e aprimoramento da visão e da política de desenvolvimento
sustentável.
A visão é integrada sobre o desenvolvimento a longo prazo da
sociedade e o papel nela da organização.
Fonte: Adaptado de AISHE (2009).

b) MI - 02 Liderança: a gestão não é apenas formalmente


responsável pela integração do desenvolvimento
sustentável na visão e nas atividades da organização. Ela
também assume a liderança para isso, ou seja, mostra
envolvimento pessoal. Ela inspira a equipe, os alunos e,
possivelmente, as outras partes interessadas. Ela os ouve
ativamente, conhece e usa suas ideias e opiniões, e pede
feedback sobre seu funcionamento. Assim, usa sua
autoridade de maneira genuinamente participativa.
c) MI - 03 Comunicação: a comunicação sobre o
desenvolvimento sustentável em relação à organização
ocorre tanto dentro da organização quanto com o mundo
176

exterior. A comunicação é usada para fortalecer a visão da


organização sobre o desenvolvimento sustentável, para
desenvolver novas iniciativas e para informar e obter
feedback de todas as partes interessadas, a exemplo de
funcionários, de estudantes, do mercado profissional,
outros atores diretos e a sociedade em geral.
d) MI - 04 Expertise: a expertise disponível para a
organização sobre o desenvolvimento sustentável é
mantida atualizada e é suficiente para permitir o trabalho
ativo na integração e melhoria do desenvolvimento
sustentável na visão e nas atividades da organização. Em
parte, essa experiência está disponível dentro da equipe da
organização. Além disso, há uma rede externa funcionando
para utilizar os conhecimentos disponíveis no mundo
exterior.
e) MI - 05 Coerência: uma universidade pode contribuir
para o desenvolvimento sustentável em uma variedade de
papéis: por meio de sua educação, sua pesquisa, suas
próprias operações e sua contribuição direta para a
sociedade. Esses vários papéis podem se fortalecer
mutuamente se houver cooperação entre eles. Por exemplo,
o campus pode ser usado como uma ferramenta para a
educação, a pesquisa ou as interações sociais. Os alunos
podem contribuir para a pesquisa de sustentabilidade ou
para o desenvolvimento da comunidade. A coerência entre
os papéis permite que a instituição aja de acordo com seus
próprios padrões (“pratique o que prega”).
f) MI - 06 Transparência e prestação de contas: a
instituição relata aos seus stakeholders suas atividades e
resultados em relação ao desenvolvimento sustentável de
forma transparente, e assim presta contas a esses
stakeholders, incluindo a sociedade como um todo.

4.2.2 Módulo Operações (MO)

O Módulo de Operações descreve várias características práticas


da organização. A preocupação da universidade (ou parte dela) com esse
módulo não é fundamentalmente diferente de qualquer outra
organização, ela lida com assuntos comparáveis, como: aquisição,
gestão ambiental, infraestrutura, edifícios, recursos financeiros, recursos
humanos, condições de trabalho, respeito humano. Algumas questões
177

permeiam a análise do módulo operações, a exemplo de “como fazemos


as coisas que fazemos e como podemos verificar se fazemos certo”.
a) MO - 01 Metas: a organização estabelece metas para
seu desempenho operacional, a fim de atender às
demandas do desenvolvimento sustentável ou mesmo
contribuir positivamente para o desenvolvimento
sustentável.
b) MO - 02 Estrutura física: os elementos físicos grandes
e duradouros da organização, como os edifícios, a
infraestrutura e o habitat natural, funcionam bem do ponto
de vista da sustentabilidade, porque são mantidos de forma
sustentável ou até mesmo concebidos dessa forma.
c) MO - 03 Economia: nas situações em que assuntos
econômicos ou financeiros são relevantes, as demandas
baseadas no desenvolvimento sustentável são consideradas
como um aspecto: para a estratégia ou desenvolvimento de
políticas, decisões operacionais e atividades, para
comunicação e elaboração de relatórios sobre finanças.
d) MO - 04 Ecologia: a organização, havendo minimizado
seu impacto negativo no ambiente natural ou, em alguns
aspectos, ainda tem uma contribuição positiva para ele.
e) MO - 05 Humanidade: a organização cuida para que as
condições de trabalho e de vida de seus funcionários e
alunos sejam seguras, justas e saudáveis.
f) MO - 06 Avaliação da qualidade: o desempenho
operacional é otimizado em relação ao desenvolvimento
sustentável, por meio de um sistema de medições de
resultados, avaliações e melhorias contínuas.

4.2.3 Módulo Educação (ME)

Idealmente, a integração do desenvolvimento sustentável está


enraizada firmemente no perfil de graduação do programa de educação,
ou seja, suas competências profissionais, seu perfil acadêmico ou
qualquer outra filosofia de educação é usada. Em tese, existe forte
conexão entre a visão da universidade sobre o desenvolvimento
sustentável, o perfil de graduação e a integração de desenvolvimento
sustentável no currículo. Esta conexão é de grande importância para a
construção do Módulo Educação. Faz-se ainda uma analogia entre as
partes de uma árvore e os seis critérios descritos nesse módulo, qual
seja: raízes – metas; bioquímica e fisiologia – metodologia; tronco -
178

conceitos básicos e sensibilização, ramos – integração temática, floresta


e ecossistema – integração interdisciplinar, frutas – avaliação de saída.
a) ME - 01 Metas: o perfil da pós-graduação determina os
objetivos finais da educação, ou seja, a caracterização do
profissional que deixa o programa educacional e entra no
mercado profissional. Vários termos são usados para o
perfil de pós-graduação, por exemplo: "metas do programa
educacional"; "perfil profissional"; “qualificações
acadêmicas”; ou “competências profissionais”.
b) ME - 02 Metodologia: algumas metodologias
educacionais são mais adequadas do que outras para
adquirir uma variedade de habilidades, conhecimentos e
atitudes em relação ao desenvolvimento sustentável. Como
exemplo, pode-se aumentar ou fortalecer a
responsabilidade pessoal dos futuros profissionais, o que
não será fácil, quando a atividade do aluno se limita a
ouvir passivamente os professores durante as palestras.
Idealmente, o currículo consiste em uma variedade de
metodologias educacionais, combinando as características
do perfil de pós-graduação.
c) ME - 03 Conscientização e noções básicas: uma
introdução ao desenvolvimento sustentável é oferecida no
início do currículo. Os conceitos básicos de
sustentabilidade são tratados, assim como suas inter-
relações. Pode tomar a forma de um curso de base, tratado
em alguns dias ou semanas. Alternativamente, ele pode ser
distribuído por um período mais longo
(longitudinalmente), seja como um assunto separado ou
integrado em um ou mais assuntos existentes. Essa
inserção não é apenas ou parcialmente limitada à disciplina
específica.
d) ME - 04 Integração temática: em todo o currículo,
assuntos relacionados ao desenvolvimento sustentável são
tratados. A maioria deles terá uma forte relação com a
disciplina, embora outros assuntos possam estar presentes
também.
e) ME - 05 Integração interdisciplinar: as várias
disciplinas relacionadas à sustentabilidade no currículo
estão relacionadas entre si de várias maneiras:
intradisciplinar (dentro da própria disciplina),
179

multidisciplinar (combinando um número de disciplinas


por um ou mais alunos de uma disciplina), interdisciplinar
(em cooperação real entre profissionais ou estudantes de
várias disciplinas), ou mesmo transdisciplinar (também em
cooperação com as partes interessadas além das
disciplinas).
f) ME - 06 Avaliação de saída: a integração do
desenvolvimento sustentável no currículo resulta em teses
de graduação nas quais o desenvolvimento sustentável
pode ser distinguido, provando assim que o resultado do
programa está contribuindo evidentemente para o
desenvolvimento sustentável.

4.2.4 Módulo Pesquisa (MP)

As interações entre a investigação científica ou aplicada e


desenvolvimento sustentável pode ter várias formas. Por um lado, há a
pesquisa que é feita especificamente, a fim de contribuir para um ou
mais aspectos ou temas do desenvolvimento sustentável. Por outro lado,
todo o tipo de pesquisa, visando ou não o desenvolvimento sustentável,
tem um impacto sobre ele, seja positivo ou negativo (ou ambos). A
exemplo de materiais e a energia utilizados; o uso de materiais ou
processos perigosos; e a utilização de animais em testes.
Para a maioria dos critérios do Módulo Pesquisa, os estágios mais
baixos tendem a lidar com a pesquisas em geral. Quanto maior o
estágio, maior o número de demandas serão relacionadas a contribuição
positiva para o desenvolvimento sustentável, e assim, os estágios mais
elevados geralmente lidam com as pesquisas específicas para o
desenvolvimento sustentável. O estágio três é típico para
desenvolvimentos sustentáveis a nível de adaptações menores e
melhorias. O Estágio 4 visa desenvolvimentos inovadores reais,
enquanto no quinto, relaciona-se com alterações sistêmicas e transições
de grande escala. Assim como no Módulo Educação, faz-se aqui
também a mesma analogia entre as partes de uma árvore e os seis
critérios descritos.
a) MP - 01 Metas: em seus objetivos, estratégia e política,
a organização presta atenção ao desenvolvimento
sustentável. Nos estágios mais baixos, essa atenção é
apenas um entre outros focos de atenção. Em estágios mais
elevados, o desenvolvimento sustentável é o foco principal
(ou pelo menos um dos focos principais) da pesquisa, já
180

que a pesquisa é projetada com o propósito explícito de


contribuir para o desenvolvimento sustentável.
b) MP - 02 Metodologia: a metodologia científica é
concebida de tal forma a permitir ou fortalecer as
contribuições para a ciência da sustentabilidade.
c) MP - 03 Conscientização e noções básicas: a
organização e seus pesquisadores têm uma clara
consciência da relevância do desenvolvimento sustentável,
tanto em relação à sociedade e natureza, quanto em relação
à própria pesquisa. Os pesquisadores possuem um
conhecimento claro e discernimento nos conceitos básicos
de desenvolvimento sustentável, e têm a capacidade de
relacioná-los ao seu próprio trabalho.
d) MP - 04 Integração temática: temas e questões do
desenvolvimento sustentável estão integrados à pesquisa.
e) MP - 05 Integração interdisciplinar: os vários temas e
aspectos de sustentabilidade são integrados à pesquisa em
sua plena complexidade de relações e interações mútuas. A
integração também é alcançada por meio da cooperação
com outros institutos de pesquisa e com organizações
sociais.
f) MP - 06 Avaliação de saída: a integração do
desenvolvimento sustentável na pesquisa resulta em
relatórios científicos e apresentações em que o
desenvolvimento sustentável pode ser distinguido,
provando assim que a pesquisa está contribuindo
evidentemente para o desenvolvimento sustentável.

4.2.5 Módulo Sociedade (MS)

Na sociedade, ocorrem inúmeras interações de diferentes


tipologias. Uma maneira de fazer uma lista delas é analisar os métodos.
A explicação do critério metodologia menciona várias possibilidades,
tais como: oficinas, seminários, apresentações, cursos de formação,
discussões, serviço social, assistência, treinamento, projetos de
estudantes e estágios.
Uma segunda maneira de distinguir as interações da sociedade é
examinar os temas e as questões envolvidos. A explicação do critério
metas oferece uma lista: temas gerais, a exemplo da humanidade
(pessoas), da ecologia (lucro) e da economia (lucro ou prosperidade), a
dimensão do lugar ou do espaço ou ainda questões mais específicas
181

como direitos humanos, democracia, paz, participação, empoderamento,


saúde, mudanças climáticas, desmatamento, conservação da natureza,
trabalho infantil, renda justa e investimentos sustentáveis. Uma terceira
maneira de distinguir as interações da sociedade é uma visão geral dos
possíveis parceiros entre os entes da sociedade.
a) MS - 01 Metas: a organização pretende envolver-se em
uma série de atividades sociais e, assim, apoiar a atenção,
o conhecimento e as atividades relativas ao
desenvolvimento sustentável em toda a sociedade.
b) MS - 02 Metodologia: uma seleção cuidadosa é feita
dos métodos que são usados para as interações com os
parceiros da sociedade.
c) MS - 03 Sensibilização e aprendizagem: as interações
sociais são usadas para aumentar a conscientização sobre
assuntos de sustentabilidade, tanto com as equipes de
trabalho e alunos, quanto com indivíduos, grupos e
instituições dentro da sociedade. Assim, as interações são
uma base para a aprendizagem social e para projetar novas
visões sobre o desenvolvimento sustentável.
d) MS - 04 Envolvimento temático: em uma variedade de
temas atuais e questões relativas ao desenvolvimento
sustentável, a organização participa ativamente de
discussões públicas e outras atividades públicas.
e) MS - 05 Conexão: um objetivo básico das interações
sociais é conectar pessoas, instituições e temas entre si,
com o objetivo de fortalecer a participação social de
indivíduos e grupos sociais e de poder contribuir
efetivamente para questões complexas de desenvolvimento
sustentável.
f) MS - 06 Avaliação do impacto: as organizações e seus
parceiros sociais investigam o impacto de suas interações,
não apenas sobre si mesmos, mas também sobre o resto da
sociedade e o ambiente natural.
A fim de melhor compreender a disposição de módulos e
critérios acerca do instrumento, segue quadro 42.
182

Quadro 42: Documento proposto AISHE


Módulo Critérios Pontos Observações

I – 01 Visão e política 0/? a 5


I – 02 0/? a 5
IDENTIDADE (MI)

Liderança
MÓDULO

I – 03 Comunicação 0/? a 5
I – 04 Expertise 0/? a 5
I – 05 Coerência 0/? a 5
Transparência e prestação de 0/? a 5
I – 06
contas
O – 01 Metas 0/? a 5
OPERAÇÕES (MO)

O – 02 Estrutura física 0/? a 5


MÓDULO

O – 03 Economia 0/? a 5
O – 04 Ecologia 0/? a 5
O – 05 Humanidade 0/? a 5
O – 06 Avaliação da qualidade 0/? a 5
E – 01 Metas 0/? a 5
EDUCAÇÃO (ME)

E – 02 Metodologia 0/? a 5
MÓDULO

E – 03 Conscientização e noções básicas 0/? a 5


E – 04 Integração temática 0/? a 5
E – 05 Integração Interdisciplinar 0/? a 5
E – 06 Avaliação de saída 0/? a 5
P – 01 Metas 0/? a 5
P – 02 0/? a 5
PESQUISA (MP)

Metodologia
MÓDULO

P – 03 Conscientização e noções básicas 0/? a 5


P – 04 Integração temática 0/? a 5
P – 05 Integração Interdisciplinar 0/? a 5
P – 06 Avaliação de saída 0/? a 5
S – 01 Metas 0/? a 5
SOCIEDADE (MS)

S – 02 Metodologia 0/? a 5
MÓDULO

S – 03 Sensibilização e aprendizagem 0/? a 5


S – 04 Envolvimento temático 0/? a 5
S – 05 Conexão 0/? a 5
S – 06 Avaliação do impacto 0/? a 5
Fonte: AISHE (2009).
183

É importante destacar que o AISHE se trata de uma forma de


análise que utiliza como base o planejamento estratégico. Logo, os
indicadores que irão auxiliar na avaliação das práticas de
sustentabilidade da universidade são propostos em conjunto com o
certificador do AISHE.

4.3 SAQ - SUSTAINABILITY ASSESSMENT QUESTIONNAIRE

O SAQ21 (Questionário de Avaliação de Sustentabilidade) é um


instrumento qualitativo, projetado para auxiliar no processo de avaliação
da medida em que a universidade é sustentável. Pensado e desenvolvido
pela Associação de Líderes Universitários para um Futuro Sustentável
(University Leaders for a Sustainable Future – ULSF), o SAQ é uma
ferramenta que foi construída com base nos princípios da Declaração de
Talloires. Essa declaração representa um documento histórico criado em
1990 em uma conferência internacional sobre "O Papel das
Universidades em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável",
realizada em Talloires, França, no Centro Europeu da Universidade
Tufts.
A ULSF foi fundada em 1992, como resultado direto da
Declaração e é uma associação que atua como uma secretaria de
signatários da Declaração de Talloires, apoia seus signatários de todo o
mundo e promove a sustentabilidade como um foco crítico de ensino,
pesquisa, operações e divulgação na educação superior por meio de
publicações, pesquisa e avaliação.
Em 1997, a ULSF transferiu sua sede para Washington a fim de
integrar o programa de ensino superior do Centro de Respeito à Vida e
Meio Ambiente (CRLE). Ainda com o vínculo de secretaria da
declaração, expandiu seus programas e serviços de avaliação de
sustentabilidade, pesquisa de modelos teóricos e estudos acerca de
iniciativas de sustentabilidade no ensino superior, avaliação formativa
de iniciativas de sustentabilidade e formação de novas organizações
internacionais. Em 2007, a ULSF desvinculou-se da CRLE para se
tornar uma organização virtual, mantendo sua posição como secretaria
dos signatários da Declaração de Talloires.
A Declaração de Talloires é um marco para a sustentabilidade em
âmbito universitário, pois foi o primeiro acordo oficial assumido por

21
O estudo do SAQ, apresentado nessa seção, foi realizado com base no Manual
Técnico, atualizado em 2009, disponível em: < http://ulsf.org/sustainability-
assessment-questionnaire/>.
184

gestores de universidades sobre o compromisso com a sustentabilidade


no ensino superior. Ela tem como ideia central um alerta para a
necessidade de uma liderança do ensino superior na área da
sustentabilidade e apresenta um plano composto por dez ações para a
incorporação de uma alfabetização ambiental e a sustentabilidade no
ensino e na prática universitária. Assim sendo, para uma maior
compreensão do SAQ, cabe detalhar tais ações, no quadro 43.

Quadro 43: Plano de dez ações da Declaração de Talloires (continua)


Usar todas as oportunidades para
Aumentar a conscientização conscientizar o público, o governo, a indústria,
1 sobre o desenvolvimento a fundação e a universidade, abordando
ambientalmente sustentável abertamente a necessidade urgente para um
futuro ambientalmente sustentável.
Incentivar todas as universidades a se
envolverem em educação, pesquisa, formação
Criar uma cultura institucional de políticas e intercâmbio de informações
2
de sustentabilidade sobre população, meio ambiente e
desenvolvimento para avançar em direção à
sustentabilidade global.
Estabelecer programas para produzir
expertise em gestão ambiental,
desenvolvimento econômico sustentável,
Educar para a cidadania população e áreas afins para garantir que
3
ambientalmente responsável todos os estudantes universitários sejam
ambientalmente alfabetizados e tenham
consciência e compreensão para serem
cidadãos ecologicamente responsáveis.
Criar programas para desenvolver a
capacidade do corpo docente da universidade
Promover a alfabetização
4 de ensinar alfabetização ambiental a todos os
ambiental para todos
alunos de graduação, pós-graduação e
estudantes profissionais.
Definir um exemplo de responsabilidade
ambiental por meio do estabelecimento de
Ecologia como prática
5 políticas e práticas de conservação de
institucional
recursos, reciclagem, redução de resíduos e as
operações ambientalmente saudáveis.
185

Quadro 43: Plano de dez ações da Declaração de Talloires (conclusão)


Incentivar o envolvimento do governo,
fundações e da indústria em apoio a
investigação interdisciplinar, a educação, a
formação de políticas e troca de informações
6 Envolver todos stakeholders no desenvolvimento ambientalmente
sustentável. Expandir o trabalho com
organizações comunitárias e não-
governamentais para ajudar a encontrar
soluções para os problemas ambientais.
Convocar professores universitários e
administradores com profissionais ambientais
para desenvolver abordagens
Colaborar para abordagens
7 interdisciplinares para currículos, iniciativas
interdisciplinares
de pesquisa, operações e atividades de
extensão que suportam um futuro
ambientalmente sustentável.
Estabelecer parcerias com escolas primárias e
Melhorar a capacidade de secundárias para ajudar a desenvolver a
8 escolas primárias e capacidade para o ensino interdisciplinar
secundárias sobre população, meio ambiente e
desenvolvimento sustentável.
Trabalhar com organizações nacionais e
Ampliar o serviço e alcance internacionais para promover um esforço
9
nacional e internacional universitário mundial em direção a um futuro
sustentável.
Estabelecer uma secretaria e um comitê
diretivo para dar continuidade a esse impulso
10 Manter o movimento
e para informar e apoiar os esforços de cada
um na realização desta declaração.
Fonte: USFL (2009).

A responsabilidade de desenvolver um instrumento abrangente,


confiável, válido e admirável deve ser fundamentado no princípio de
que os indicadores precisam ser constantemente monitorados, avaliados
e aprimorados. Assim, seus idealizadores acreditam que o SAQ deva ser
usado como base para pesquisa e colaboração contínua, pois é projetado
para avaliar a extensão em que sua faculdade ou universidade é
sustentável nas suas áreas de ensino, pesquisa, operações e divulgação.
Para este instrumento, o conceito de Sustentabilidade implica que
as principais atividades em seu campus são ecologicamente corretas,
186

socialmente justas, economicamente viáveis e humanas, e que elas


deverão continuar assim para as gerações futuras. Instituições
acadêmicas variam consideravelmente em como abordam a
sustentabilidade. Algumas se concentram em minimizar seu impacto
ecológico por meio de mudanças nas operações, outras enfatizam
sustentabilidade no currículo.
Por ser uma ferramenta de ensino, o SAQ busca a instrução de
seus usuários acerca da sustentabilidade no ensino superior. Objetiva
também promover o diálogo e o debate dentro das instituições e que
suas ações caminhem ao encontro da sustentabilidade. Procurou
incorporar uma definição de sustentabilidade que inclua as dimensões
sociais e econômicas, bem como ambientais. Ao traçar um perfil geral
de universidades totalmente comprometidas com a sustentabilidade,
verifica-se que determinadas dimensões essenciais continuaram
recorrentes nos diferentes testes de aplicações do instrumento com seus
representantes.
A ferramenta visa estimular a discussão contínua e uma avaliação
mais aprofundada por representantes do campus que, em tese, detêm e
estão cientes de suas responsabilidades. Para orientar o processo, é
sugerido o seguinte: a) Escolher 10 a 15 representantes de campi
críticos, incluindo alunos, professores, funcionários e administração; b)
Revisar o propósito e objetivos do exercício, a natureza da
sustentabilidade no ensino superior, entre outros; c) Tomar cerca de 30
minutos para cada pessoa preencher o questionário individual ou para
pequenos grupos trabalharem em seções especificadas; d) Facilitar uma
discussão em que todo o grupo revê cada seção questionário e reúne
suas impressões; e) Realizar brainstorm dos possíveis próximos passos
para o fortalecimento da sustentabilidade em seu campus. O exercício
pode levar de 2 a 3 horas ou mais, e pode ser melhor realizado ao longo
de duas sessões.
Na aplicação dessa ferramenta, é importante reconhecer que a
maioria das instituições não vai alcançar “pontuação alta.” São raras as
instituições que incorporam a sustentabilidade em todas estas
dimensões. Sustentabilidade ainda não é um grande foco das disciplinas
acadêmicas, assim, é difícil para qualquer faculdade ou universidade
alcançar estágios muito avançados na implementação de
sustentabilidade.
Por meio do processo de consulta e projeto, é possível explorar
versões curtas e longas do instrumento com diferentes combinações de
medidas quantitativas e qualitativas. Para manter o questionário
predominantemente qualitativo, captando a impressão do respondente,
193

eventos públicos no campus, como palestras, conferências, celebrações


do Dia da Terra, entre outros.
a) MIE - 01 Declaração formal: até que ponto as
declarações escritas formais descrevem os propósitos e
objetivos das unidades (instituição como um todo,
faculdade ou divisão, unidade/departamento, outras
unidades dentro da instituição) e refletem um compromisso
com a sustentabilidade. Tais declarações incluem políticas
e documentos de planejamento, relatórios anuais, cadernos
e catálogos.
b) MIE - 02 Comissão e a sustentabilidade: instituições
comprometidas com a sustentabilidade criam certas
posições e comitês, assim como envolver-se em certas
práticas que reforçam esse compromisso. Como exemplo,
conselho ambiental ou força tarefa, coordenador ambiental
- cargo ocupado por estudante e/ou funcionário, decano de
programas ambientais ou diretor de programas de
sustentabilidade (um oficial de alto nível responsável por
essas atividades), oficial de Energia, coordenador de
compras verdes, declaração institucional de compromisso
com a sustentabilidade/responsabilidade ambiental,
programas de orientação sobre sustentabilidade para
docentes e funcionários, práticas e políticas de
investimento socialmente responsáveis, auditorias
ambientais conduzidas regularmente.
c) MIE - 03 Compromisso: preocupação e o compromisso
com a sustentabilidade, dada a ampla visibilidade do
campus (por exemplo: com oradores convidados,
conferências, celebrações do Dia da Terra, entre outros.
d) MIE - 04 Ponto forte e fraco: reconhecimento dos pontos
fortes e fracos da instituição em termos de
sustentabilidade.
e) MIE - 05 Avanço: principais fatores que apoiam o avanço
das questões ambientais e de sustentabilidade no campus e
principais fatores responsáveis pela resistência ou falta de
capacidade de resposta a estas preocupações.
f) MIE - 06 Resistência: próximas ações planejadas na
universidade para fortalecer o compromisso com a
sustentabilidade (como uma iniciativa de conservação de
energia, um programa, uma exigência de curso sobre
sustentabilidade, ou um novo plano estratégico de
194

sustentabilidade) e quais as ações consideradas relevantes


a serem implantadas na universidade.
Na sequência, apresenta-se o instrumento SAQ na sua forma
estruturada a fim de proporcionar maior compreensão acerca de suas
áreas críticas e seus indicadores, conforme quadro 44.
Quadro 44: Documento proposto SAQ (continua)
Dimensão Indicador Pontuação Observação
Indicar a extensão em que a instituição oferece cursos que
abordam temas relacionados à sustentabilidade. Esses temas
poderiam incluir a globalização e desenvolvimento sustentável; a
Liste todos os cursos que você esteja
política ambiental e gestão; filosofia ambiental, a natureza 0 - não sei 2 - um pouco
1 4 - muito ciente de que tais tópicos são
escrita, ética terra e agricultura sustentável; ecologia urbana e 1 - nenhum 3 - bastante
ensinados.
justiça social; população, mulheres e desenvolvimento; produção
e consumo sustentáveis; entre outros. Favor, circule o número
adequado no presente e as seguintes perguntas.
Que cursos você considera como essenciais e que não são
2 - -
ministrados?
Indicar a extensão em que a sustentabilidade é foco na educação
CURRÍCULO (C)

0 - não sei 2 - um pouco


3 tradicional disciplinar na ciência, matemática, literatura, história, 4 - muito Comente sobre como isso é feito.
1 - nenhum 3 - bastante
artes, entre outros?
Os alunos de graduação são obrigados a fazer um curso sobre
4 ( ) Não ( ) Sim Se sim, por favor descreva.
questões relacionadas ao meio ambiente ou sustentabilidade?
A mudança para a sustentabilidade exige pensamento crítico
sobre o papel da instituição em seus sistemas sociais e
ecológicos. Circule qual dos seguintes a sua instituição (por meio
do indivíduo, grupo ou esforços departamentais) tenta ensinar
seus alunos.
5 - Comentários.
a - Como funciona o campus no ecossistema, suas fontes de
alimento, água, energia, como bem como o ponto final de
resíduos e lixo?
b - Um senso de lugar: as características naturais, biota, história
e cultura da região.

195
196

Quadro 44: Documento proposto SAQ (continua)


Dimensão Indicador Pontuação Observação
c- A contribuição da instituição para uma economia sustentável e
comunidades locais sustentáveis.
CURRÍCULO (C)

d - Como a instituição vê e trata seus funcionários (como pessoal


5 e envolvimento do corpo docente na tomada de decisões, o seu - Comentários.
status e benefícios).
e - Os valores de base e os pressupostos fundamentais que
moldam o conteúdo e métodos das disciplinas acadêmicas.
a) Estimar a quantidade de pesquisas da universidade ou bolsas
de estudo existentes nas várias disciplinas na área de
Liste qualquer pesquisa acadêmica ou
sustentabilidade. Exemplo: energia renovável, design de 0 - não sei 2 - um pouco
4 - muito atividades acadêmicas que você esteja
PESQUISA E BOLSAS DE ESTUDO (PB)

construção sustentável, economia ecológica, a sabedoria 1 - nenhum 3 - bastante


ciente relacionado à sustentabilidade.
1 indígena e tecnologias, população e desenvolvimento, gestão da
qualidade total do meio ambiente, entre outros.
b) Estimar a quantidade de pesquisas ou bolsas de estudo de Liste qualquer pesquisa acadêmica ou
0 - não sei 2 - um pouco
estudantes existentes nas várias disciplinas na área de 4 - muito atividades acadêmicas que você esteja
1 - nenhum 3 - bastante
sustentabilidade. ciente relacionado à sustentabilidade.
a) Qual a porcentagem de docentes que ensina ou faz pesquisas
__% -
sobre questões de sustentabilidade?
2 b) Qual a porcentagem de docentes você estima que estaria
interessada em ensino e pesquisa sobre questões de __% -
sustentabilidade?
A instituição criou estruturas multidisciplinares e
interdisciplinares (como um instituto ou centro) de investigação,
3 ( ) Não ( ) Sim Se sim, descreva.
educação e desenvolvimento de políticas sobre questões de
sustentabilidade?
Quadro 44: Documento proposto SAQ (continua)
Dimensão Indicador Pontuação Observação
A tabela abaixo lista algumas das práticas operacionais
0 - não sei 2 - um pouco
1 enfatizados pelas instituições movendo em direção à 4 - muito
1 - nenhum 3 - bastante
sustentabilidade.
Por favor, preencha as próximas questões, adicionando a
Necessita Por favor, comente e
verificação √ para áreas de projeto de pri eira li ha e para Taxa
Área do projeto "prime" mais acrescente
mais informações, indicando a medida em que a instituição 0-4
Informações informações
implementou essas práticas, utilizando a seguinte escala:
Construção de edifício e renovação com base em princípios de
design verde (LEED, entre outros).
Práticas para conservação de energia, incluindo a iluminação,
aquecimento, refrigeração, ventilação, janelas, entre outros.
OPERAÇÕES (OP)

Práticas para minimizar resíduos, tais como comunicações


virtuais, pias e dupla fa e, p og a a de al oço se
esíduos , e t e out os.
Práticas

Reciclagem de resíduos sólidos, incluindo de papel, de plástico,


de metal, e lixo, entre outros.
Programa alimentar sustentável, como o local, alimentos
orgânicos e/ou comércio justo).
Práticas de conservação da água, incluindo banheiros eficientes,
irrigação mínima, recolhimento da água da chuva, entre outros.
Paisagismo sustentável, enfatizando práticas de gerenciamento
integrado de pragas, plantas nativas, biodiversidade,
minimizando a utilização de gramados, entre outros.
Programa de transporte sustentável, incluindo sistemas de
bicicleta/pedestres, piscinas carros, programas de passe de
ônibus, projetos de biodiesel, entre outros.

197
198

Quadro 44: Documento proposto SAQ (continua)


Dimensão Indicador Pontuação Observação

Compras de empresas ambiental e socialmente responsáveis,


produtos que sejam atóxicos, conservem água e energia.
Práticas

Redução de materiais tóxicos e dos resíduos radioativos.


OPERAÇÕES (OP)

Avaliações ambientais ou de sustentabilidade/auditorias.


Outros, por favor especifique.
O que você vê quando anda pelo campus que diz ser uma
2
instituição comprometida com a sustentabilidade?
Até que ponto as suas práticas de operações estão integradas ao 0 - não sei 2 - um pouco Por favor, forneça exemplos desta
3 4 - muito
ensino educacional e acadêmico das atividades da universidade? 1 - nenhum 3 - bastante integração.
a) Até que ponto os critérios de contratação reconhecem as
0 - não sei 2 - um pouco Descreva como tais considerações
DESENV. E RECOMPENSAS A PROF. E

contribuições dos docentes para a sustentabilidade (em bolsas 4 - muito


1 - nenhum 3 - bastante são ponderadas nessas decisões.
de estudo, ensino ou atividades no campus e na comunidade)?
1
b) Até que ponto os critérios para a posse e promoção
FUNCIONÁRIOS (DR)

0 - não sei 2 - um pouco Descreva como tais considerações


reconhecem as contribuições dos membros do corpo docente 4 - muito
1 - nenhum 3 - bastante são ponderadas nessas decisões.
para a sustentabilidade?
Até que ponto os critérios para a contratação e promoção
reconhecem as contribuições dos membros da equipe para 0 - não sei 2 - um pouco Descreva como tais considerações
2 4 - muito
sustentabilidade (em responsabilidades regulares e atividades do 1 - nenhum 3 - bastante são ponderadas nessas decisões.
campus e da comunidade)?
Até que ponto a sua universidade fornece a professores e
Descreva as oportunidades recentes
funcionários significativas oportunidades de desenvolvimento 0 - não sei 2 - um pouco
3 4 - muito de desenvolvimento de professores
para melhorar a compreensão, ensino e pesquisa em 1 - nenhum 3 - bastante
ou funcionários nestas áreas.
sustentabilidade?
Quadro 44: Documento proposto SAQ (continua)
Dimensão Indicador Pontuação Observação

A instituição sustentável apoia o desenvolvimento sustentável da


comunidade em sua área local e na região de entorno, por meio
de projetos e parcerias com escolas primárias e secundárias,
EXTENSÃO E SERVIÇO (ES)

governos e empresas locais. Pode também buscar a cooperação


internacional na solução de desafios da justiça ambiental global e 0 - não sei 2 - um pouco
1 4 - muito Por favor, descreva.
sustentabilidade por meio de conferências, intercâmbio de 1 - nenhum 3 - bastante
estudantes/professores, entre outros. Até que ponto a
instituição está envolvida no trabalho de desenvolvimento
sustentável por meio de parcerias ou relações formais em níveis
regionais, nacionais ou internacionais?
Quais serviços comunitários relacionados à sustentabilidade
2 local, serviços de aprendizagem e/ou estágios existem nos - -
programas da instituição?
__ Grupo (s) de alunos com
OPORTUNIDADES ESTUDANTIS

__ Centro Ambiental do Estudante;


Instituições comprometidas com a sustentabilidade
__ Casa da Ecologia ou Dormitório enfoque ambiental ou de
proporcionam aos alunos configurações e oportunidades
1 Sustentável; sustentabilidade;
específicas. Por favor, ve ifi ue √ ual das segui tes estão
__ Programa (s) de orientação sobre __ Outros:
presentes em seu campus:
sustentabilidade para estudantes;
(OE)

Como a universidade incentiva os alunos a considerar questões __Feiras de emprego e aconselhamento __ Juramento de responsabilidade
2 de sustentabilidade ao escolher uma carreira? Por favor, de carreira focados em trabalho em social e ambiental;
ve ifi ue √ o de apli ável. empreendimentos sustentáveis; __ Outros:
Até que ponto os grupos de estudantes no campus estão 0 - não sei 2 - um pouco Descreva quais grupos estão mais
3 4 - muito
diretamente envolvidos em iniciativas de sustentabilidade? 1 - nenhum 3 - bastante envolvidos e como.

199
200

Quadro 44: Documento proposto SAQ (conclusão)


Dimensão Indicador Pontuação Observação
Até que ponto as declarações escritas formais descrevem os 0 - não sei 2 - um pouco
4 - muito Comentários.
propósitos e objetivos das unidades listadas e refletem um 1 - nenhum 3 - bastante
1 compromisso com a sustentabilidade? (Incluem políticas e __ sua unidade/departamento;
__ a instituição como um todo;
documentos de planejamento, relatórios anuais, cadernos, __ outras unidades dentro da
MISSÃO INSTITUCIONAL, ESTRUTURA E PLANEJAMENTO (MIE)

__ sua faculdade ou divisão;


catálogos) Por favor, avalie usando a seguinte escala: instituição.
__Conselho Ambiental ou Força Tarefa;
__Programas de orientação sobre
__Coordenador Ambiental
sustentabilidade para docentes e
Instituições comprometidas com a sustentabilidade criam certas __Decano de Programas Ambientais ou
funcionários;
posições e comitês, assim como envolver-se em certas práticas, Diretor de Programas de Sustentabilidade;
2 __ Práticas e políticas de invest.
que reforçam esse compromisso. Por favo , ve ifi ue √ ual dos __Oficial de Energia;
socialmente responsáveis;
seguintes estão presentes em seu campus: __Coordenador de Compras Verdes;
__ Auditorias ambientais conduzidas
__Declaração Institucional de
regularmente; outros:
Compromisso com a Resp. Ambiental;
Como é a preocupação e o compromisso com a sustentabilidade, Por favor descreva os principais
3 dada a ampla visibilidade do campus, exemplo, com oradores - eventos que aconteceram no ano
convidados, conferências, celebrações do Dia da Terra? passado:
a) Descreva pontos fortes da IES em termos de sustentabilidade. - -
4
b) Descreva pontos fracos da IES em termos de sustentabilidade. - -
a) Descreva os principais fatores que apoiam o avanço das -
-
questões ambientais e de sustentabilidade no campus.
5
b) Que fatores você considera responsáveis pela resistência ou -
-
falta de capacidade de resposta a estas preocupações?
- Como iniciativa de conservação de
a) Quais os p xi os passos pla ejados a u ive sidade pa a
energia, programa, exigência de curso
fortalecer seu compromisso com a sustentabilidade?
6 ou plano estratégico sustentável.
Quais os p xi os passos vo a ha que devem ser
Adicione comentários adicionais.
tomados?
Fonte: SAQ (2009).
201

4.4 ANÁLISE COMPARATIVA DOS INSTRUMENTOS STARS,


AISHE E SAQ

Uma análise comparativa preliminar dessas ferramentas


possibilita reconhecer alguns aspectos de convergentes. Um ponto de
partida comum é o marco conceitual. Embora a base conceitual do que
seja “sustentabilidade” possa parecer comum, cada um dos instrumentos
varia ao se inspirar em determinados marcos conceituais e desdobrar
essa ideia geral em dimensões e subdividi-las em determinadas
categorias e critérios, até definir os indicadores que são utilizados para
avaliar o grau de implementação deste conceito nas instituições.
Os instrumentos buscam, em tese, o mesmo objetivo, que é
avaliar a sustentabilidade nas universidades, porém, de formas e
caminhos diferentes ao escolher quantas e quais dimensões são as mais
relevantes e, principalmente, no momento de caracterizar cada uma
delas por distintas categorias, sob critérios específicos. Esses critérios,
se supõe, devem ser objetivos, a ponto de serem percebidos pelos
participantes e mensuráveis por alguma base de parâmetros, que permita
compará-los entre si e, sempre que possível, valorá-los a ponto de
permitir uma verificação razoável e perceptível ao longo do tempo.
Este processo de definição da estrutura de cada uma das
ferramentas ressalta o caráter mais qualitativo, portanto, com maior teor
de subjetividade incorporado em cada um dos instrumentos. Sua
combinação, expressa a percepção de seus idealizadores e o nível de
complexidade que pressupõem existir na realidade a ser avaliada. Uma
análise inicial deste aspecto indica que deve haver um “balanço”, um
certo equilíbrio entre a complexidade e a objetividade de cada
ferramenta. Neste sentido, é importante considerar que “mais complexo”
não deve ser sinônimo de “melhor”, de maior qualidade da ferramenta,
uma vez que tanto as questões muito gerais, num extremo, quanto as
perguntas mais subdivididas, mais fragmentadas, no outro extremo,
podem mascarar um grau excessivo de subjetividade, o que deve ser
evitado neste tipo de ferramenta, tendo em vista sua possível
aplicabilidade numa realidade distinta de suas origens: as universidades
públicas brasileiras.
Outros pontos que diferenciam as ferramentas são as formas e
intensidade da participação no processo de avaliação, o grau de
detalhamento dos processos de verificação (os protocolos) e as
estratégias de divulgação e validação dos resultados. Para tanto, segue
no quadro 45 uma análise comparativa contendo base conceitual,
princípios, dimensões, critérios, indicadores, aplicação e certificação de
202

cada ferramenta estudada, que serão mais exploradas na análise


comparativa realizada a seguir.
Quadro 45: Análise comparativa das ferramentas da pesquisa (continua)
Categoria /
STARS AISHE SAQ
Instrumento
Modelo de gestão da qualidade
EFQM;
Conceito da melhoria contínua
PDCA;
Relatório de Brundtland;
Princípios/Base Modelo de cinco estágios do Declaração Talloires.
Triple bottom line ou 3Ps;
Conceitual Instituto Holandês da Qualidade
Agenda 2030.
(INK); Planejamento estratégico
e
Princípios do DS.

1) Características Institucionais (CI); 1) Módulo Identidade (MI); 1) Currículo (C);


2) Pesquisas e Bolsas de Estudo
2) Características Acadêmicas (CA); 2) Módulo Operações (MO);
(PB);
3) Engajamento (EN); 3) Módulo Educação (ME); 3) Operações (OP);
4) Desenvolvimento e
4) Operações (OP); 4) Módulo Pesquisa (MP); Recompensas a Professores e
Dimensões Funcionários (DR);
5) Planejamento e Administração (PA); 5) Módulo Sociedade (MS). 5) Extensão e Serviços (ES);
6) Oportunidades Estudantis
6) Inovação e Liderança (IL). -
(OE);
7) Missão Institucional,
- - Estrutura e Planejamento
(MIE).

203
204

Quadro 45: Análise comparativa das ferramentas da pesquisa (continua)


Categoria /
STARS AISHE SAQ
Instrumento
1) Visão e política; Liderança;
1) Características Institucionais. Comunicação; Expertise; -
Coerência; Transparência e
prestação de contas.
2) Metas; Estrutura física;
2) Currículo; Pesquisa. Economia; Ecologia; -
Humanidade; Avaliação da
qualidade.
3) Metas; Metodologia;
Conscientização e noções
3) Engajamento com o campus; Engajamento Público. básicas; Integração temática; -
Critérios Integração Interdisciplinar;
Avaliação de saída.
4) Metas; Metodologia;
4) Ar e Clima; Edificações; Energia; Alimentos e Serviços de Conscientização e Noções
básicas; Integração temática; -
Refeição; Solo; Compras; Transporte; Desperdício; Água.
Integração Interdisciplinar;
Avaliação de saída.
5) Metas; Metodologia;
5) Coordenação e Planejamento; Diversidade e Acessibilidade; Sensibilização e aprendizagem;
-
Investimento e Finanças; Bem-estar e trabalho. Envolvimento temático;
Conexão; Avaliação do impacto.
6) Prática exemplar; Inovação. - -
Quadro 45: Análise comparativa das ferramentas da pesquisa (continua)
Categoria /
STARS AISHE SAQ
Instrumento
1) Tema; Curso ministrado;
1) Fronteira institucional; Características operacionais;
- Educação Tradicional; Curso
Características acadêmicas e demográficas.
relacionado; Esforço Institucional.
2) Cursos acadêmicos; Resultados de aprendizagem; Programa de
graduação; Programa de pós-graduação; Experiência imersiva; 2) Pesquisa e bolsa de estudo;
Avaliação da alfabetização em sustentabilidade; Incentivos para - Pesquisa e a sustentabilidade;
desenvolvimento de cursos; Campus como um laboratório vivo; Multi e interdisciplinaridade.
Pesquisa e bolsa de estudos; Apoio e cesso aberto à pesquisa.
3) Programa de educadores estudantis; Orientação estudantil; Vida
3) Prática operacional -
de estudante; Materiais de divulgação e publicações; Campanha
Construção; Energia; Resíduo;
divulgação; Avaliando a cultura de sustentabilidade; Programa de
Reciclagem; Alimentação; Água;
educadores de empregados; Orientação do funcionário;
- Paisagismo; Transporte; Compra
Desenvolvimento profissional da equipe; Parcerias com a
verde; Material tóxico; Auditoria;
Crédito comunidade; Colaboração Inter campus; Educação continuada;
Comprometimento institucional;
Serviço comunitário; Participação na política pública;
Prática integrada.
Licenciamento de marcas.
4) Emissão de gases de efeito estufa; Qualidade do ar exterior; 4) Critério contratação docente;
Operações de construção e manutenção; Projeto e construção de Critério contratação e promoção
edifícios; Consumo de energia do edifício; Energia limpa e equipe; Oportunidade docente e
renovável; Compras de alimentos e bebidas; Alimentação funcionário.
sustentável; Gestão da paisagem; Biodiversidade; Compras
sustentáveis; Compras de eletrônicos, de limpeza e zeladoria; -
Compras de papel de escritório; Frota do campus; Intermodalidade
5) Parceria; Serviço Comunitário.
no transporte de estudantes e empregados; Suporte para
transporte sustentável; Minimização e desvio de resíduos; Desvio
de resíduos e construção e demolição; Gestão de resíduos
perigosos; Uso da água, Gestão de águas pluviais.

205
206

Quadro 45: Análise comparativa das ferramentas da pesquisa (conclusão)


Categoria /
STARS AISHE SAQ
Instrumento
5) Coordenação de sustentabilidade; Planejamento de 6) Oportunidade específica;
sustentabilidade; Governança participativa; Coordenação Carreira e a sustentabilidade;
Diversidade e Equidade; Avaliando diversidade e Equidade; Grupo estudantil.
Suporte para grupos sub-representados; Acessibilidade e
Crédito acesso; Comitê de responsabilidade do investidor; -
Investimento sustentável; Divulgação de investimento; 7) Declaração formal; Comissão
Compensação de empregado; Avaliando Satisfação dos e a sustentabilidade.
empregados; Programa de bem-estar, saúde e segurança no
trabalho.
Os indicadores são construídos Indicadores de natureza
Indicadores de natureza qualitativa e quantitativa (binária e em conjunto com a universidade qualitativa e quantitativa
Indicador
mensurável). com o aplicador certificado do (binária e traços de indicadores
AISHE. mensuráveis).
Gratuita on-line e remunerada
Aplicação Gratuita on-line e remunerada on-line. com a presença de um avaliador Gratuita e presencial.
externo.
Não adoção de um sistema de
classificação. tornaria o
Certificado Internacional de
Índice de Campus Sustentável - publicação anual que destaca instrumento prematuramente
Certificação Desenvolvimento Sustentável no
os melhores desempenhos e impactos das melhores iniciativas. quantitativo e difícil para a
Ensino Superior.
maioria concluir sem extensa
pesquisa.
Fonte: Elaborado pela autora (2018).
207

A descrição dos instrumentos selecionados desta forma permite


reconhecer o esforço de objetivação para avaliar as práticas de
sustentabilidade em universidades de maneira sistemática. Por
utilizarem diferentes lógicas para essa finalidade, ficou claro que o
AISHE se diferencia estruturalmente dos outros dois porque usa a lógica
de um programa de implantação de planejamento estratégico, que
trabalha pelos conceitos da melhoria contínua e qualidade total. No
entanto, a proposição de indicadores para a realidade brasileira, proposta
desse estudo, é possível detectar que os indicadores são criados com a
presença de um certificador em conjunto com a universidade. No
entanto, a sistemática adotada com relação às metas de curto, médio e
longo prazos fizeram parte da análise, pois apontam para o conceito de
indicadores qualitativos, podendo ser utilizados como fonte de
inspiração para a proposta objeto desta pesquisa.
O SAQ, conforme a estrutura de questionário demonstrou,
apresenta as áreas de currículo; pesquisa e bolsa de estudo; operações;
desenvolvimento e recompensa a professores e funcionários; extensão e
serviço; oportunidades estudantis; missão institucional; estrutura e
planejamento. Essas características ressaltam que este instrumento é
direcionado sobremaneira às áreas de ensino da instituição.
O STARS apresenta-se dividido nas dimensões: características
institucionais; características acadêmicas; engajamento; operações;
planejamento e administração; inovação e liderança e seus respectivos
créditos e indicadores. Dentre os indicadores verificados no STARS, o
instrumento aborda indicadores de diferentes naturezas, de maneira bem
detalhada e diversificada, o que aumenta consideravelmente sua
complexidade e, certamente, demanda custos mais elevados para etapas
de verificação. A seguir, figura 10 demonstra o universo dos
instrumentos identificados e a relação entre os três de maior relevância
para o estudo, a representação de sua grandeza e a centralização na área
de operações, selecionada para o estudo.
208

Figura 10: Análise comparativa dos instrumentos de pesquisa

Fonte: Elaborada pela autora (2018).

A fim de ampliar o alcance dos resultados deste estudo, foram


selecionados os indicadores que assumem, de maneira mais clara, a
característica de ser mensurável, a fim de proporcionar a comparação
das áreas e práticas das universidades no decorrer do tempo, se
prestando a detectar como e em que medida as variáveis escolhidas se
comportam, evoluem ou regridem, conforme quadro 46.
209

Quadro 46: Conceitos relevantes de indicadores para a pesquisa


Dentre as funções requeridas dos indicadores destacam-se: medir resultados
e gerenciar o desempenho; embasar pareceres críticos perante resultados
obtidos e do processo decisório; contribuir para melhoria contínua dos
1
processos; descomplicar o planejamento e controle de desempenho e
viabilizar avaliação comparativa da organização e benchmark com as demais
empresas em ambientes semelhantes.
Indicadores são representações simbólicas, números e gráficos, a fim de
comunicar uma propriedade ou tendência em um sistema complexo ou
entidade. Desses indicadores, os de vieses sustentáveis precisam ser
2 desenvolvidos para fornecer bases sólidas para a tomada de decisões em
todos os níveis e contribuir para a sustentabilidade de auto regulação do
ambiente integrado e sistemas de desenvolvimento (HÁK, MOLDAN e DAHL,
2007).
Há alguns desafios aos indicadores de sustentabilidade no que compete à
efetivação do desenvolvimento sustentável. Bell e Morse (2003) salientam
atributos de grande relevância pertinentes à área da sustentabilidade:
devem ser específicos; inter-relacionando claramente com os resultados; ser
3 mensuráveis, assumindo natureza quantitativa; ser úteis e serem práticos;
sensíveis, sofrendo alterações sempre que houver alteração do contexto;
disponíveis e possuir uma fácil coleta de dados necessários; e, finalmente,
devem ter uma satisfatória relação custo-benefício, em que o acesso aos
dados necessários não deve ser custoso.
Fonte: Elaborado pela autora (2018).

Para atender esses critérios quanto às reais possibilidades de se


medir a realização de ações que possam fazer a diferença em termos de
sustentabilidade, foi selecionada a área de operações das universidades
que deve ser priorizada. Por exemplo, relacionado à destinação de
resíduos, de que adianta uma organização ter programas de incentivo e
capacitação para motivar alunos e funcionários na separação do lixo, se
na operação de coleta e destinação final isso não acontece?23
Outra razão para escolha da área de operações consiste no fato de
que a disposição de seus indicadores se encontra definidos e
organizados de tal maneira que possibilitam a percepção da adesão e
evolução da adoção das práticas propostas, conforme quadro 47.

23
Este exemplo não é hipotético, pois, infelizmente, esta prática é muito comum
em IFES brasileiras.
210

Quadro 47: Estrutura da área de operações e seus desdobramentos


Dimensão Critério Crédito
OP - 01 Emissão de gases de efeito estufa
Ar e Clima
OP - 02 Qualidade do ar exterior
Operações de construção e
OP - 03
Edificações manutenção
OP - 04 Projeto e construção de edifícios
OP - 05 Consumo de energia do edifício
Energia
OP - 06 Energia limpa e renovável
Alimentos e OP - 07 Compras de alimentos e bebidas
Serviços de
Refeição OP - 08 Alimentação sustentável
OP - 09 Gestão da paisagem
Solo
OP - 10 Biodiversidade
OPERAÇÕES (OP)

OP - 11 Compras sustentáveis
OP - 12 Compras de eletrônicos
Compras
OP - 13 Compras de limpeza e zeladoria
OP - 14 Compras de papel de escritório
OP - 15 Frota do campus
Intermodalidade no transporte de
OP - 16
estudantes
Transporte
Intermodalidade no transporte de
OP - 17
empregados
OP - 18 Suporte para transporte sustentável
OP - 19 Minimização e desvio de resíduos
Desvio de resíduos e construção e
Desperdício OP - 20
demolição
OP - 21 Gestão de resíduos perigosos
OP - 22 Uso da água
Água
OP - 23 Gestão de águas pluviais
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2017).

As demais áreas, como acadêmica, participação, engajamento e


pesquisa são também importantes, pois atuam na modificação de
comportamento da sociedade no longo prazo. Porém, essas variáveis
possuem um grau maior de subjetividade, por serem de natureza
qualitativa. Essa característica faz com que essas variáveis, ao menos
211

potencialmente, podem ser acionadas de maneira puramente formalista,


esporádica ou parcial, com adoção de possíveis subterfúgios típicos da
cultura administrativa brasileira, só mostrando seus possíveis efeitos
durante uma observação num período maior de tempo. Como se trata de
mudanças de longo prazo, só detectáveis num acompanhamento entre
gerações, não é possível uma análise adequada num período mais
restrito, cujo foco é a gestão universitária na atualidade. Logo, essa
discussão ficará no âmbito de suas diretrizes e potencial de
aplicabilidade no contexto nacional.
Cabe ressaltar também que, conforme as pressões de “marketing
verde” em prol de uma gestão mais consciente e sustentável, tais áreas
podem sofrer manipulações ou possíveis adequações em prol de um
conceito impreciso de sustentabilidade, sem necessariamente,
modificarem-se ou produzirem resultados reais e consistentes. Um
exemplo típico dessa situação é a adoção de lixeiras coloridas para a
separação de resíduos e a posterior junção do lixo anteriormente
separado, por não haver estrutura de reciclagem em operação.
Será apresentada na próxima sessão a área de operações e seus
respectivos indicadores apresentados pelo instrumento STARS, que
conforme justificado, será a base principal para definir o instrumento
proposto nesse estudo.
212
213

5 ELABORAÇÃO DO INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DE


SUSTENTABILIDADE PARA IFES NO CONTEXTO
BRASILEIRO

A partir da seleção de indicadores distribuídos nos diferentes


critérios da área de operações, foram definidos os principais fatores que
podem influenciar a capacidade de transposição desses tipos de
instrumentos para a realidade das Instituições Federais de Ensino
Superior brasileiras, e de que forma essas condicionantes contextuais
podem proporcionar uma condição mais objetivada de análise com
vistas à sua aplicabilidade.
Com a visão de considerar a área de operações como principal
referência, foram selecionadas as dimensões, critérios, créditos e, por
fim, os indicadores que serão selecionados e agrupados para operarem
na realidade vivenciada pelas universidades brasileiras. Esta fase de
seleção é a etapa mais crítica deste estudo, pois demanda um
conhecimento aprofundado da realidade enfrentada pelas estruturas
administrativas das organizações nacionais e uma perspicácia aguçada
para que o resultado tenha potencial de aplicabilidade e replicação.
Esta operação requer critérios bem definidos que auxiliarão o
pesquisador na operação intelectual de transposição dos conceitos,
critérios e métodos de verificação dos instrumentos analisados, oriundo
e aplicados em realidades diferentes, e com contextos peculiares, que
podem ser facilitadores ou constrangedores para sua real
adequabilidade.
Este processo de escolhas deve ser assumido quanto a seu caráter
qualitativo, assim, em parte, subjetivo. A fim de estabelecer o máximo
de objetividade científica, ou seja, de intersubjetividade na comunidade
de especialistas, o mesmo será realizado por meio do estabelecimento de
categorias de análise que permitam uma aproximação com
peculiaridades essenciais da realidade nacional.
Com essa lógica, as categorias de análise foram definidas em
quatro classes, conforme, quadro 48.

Quadro 48: Categorias de análise para a proposição dos indicadores


1 Normativa Leis, normativas e orientações técnicas vigentes nas IFES
2 Administrativa Estruturas administrativas vigentes nas IFES
3 Socioeconômica Características sociais e econômicas das IFES brasileiras
4 Político-cultural Características culturais da gestão pública brasileira em IFES
Fonte: Elaborado pela autora (2018).
215

diretrizes qualitativos para a gestão, a exemplo de aspectos relacionados


à legislação, que entre os objetivos fundamentais estabelecidos pela
Constituição Federal de1988 orienta no art. 3º

I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;


II - garantir o desenvolvimento nacional; III -
erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as
desigualdades sociais e regionais; IV - promover o
bem de todos, sem preconceitos de origem, raça,
sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação (BRASIL, 1988, grifo nosso).

No que concerne às compras públicas, especialmente à Lei de


Licitações n.º 8666, de 1993, no art. 3º estabelece que “a licitação
destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da
isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a
promoção do desenvolvimento nacional” (BRASIL, 1993). A Lei nº
12.349, de 15 de dezembro de 2010 acrescentou tardiamente o termo
“desenvolvimento nacional sustentável”, não previsto em sua publicação
original. (BRASIL, 2010e).
Esse processo de incorporação, de forma paulatina de novas
perspectivas, pode também ser observado em outras normas que trazem
princípios e diretrizes, com objetivos e intenções claras quanto aos fins
de sua aplicação, como exemplo das orientações para o processo de
compras públicas trazidas pelo Decreto n.º 9.178 de 2017:

Art. 4º Para os fins do disposto no art. 2º, são


considerados critérios e práticas sustentáveis,
entre outras:
I - baixo impacto sobre recursos naturais como
flora, fauna, ar, solo e água; (...)
VI - uso de inovações que reduzam a pressão
sobre recursos naturais;
VII - origem sustentável dos recursos naturais
utilizados nos bens, nos serviços e nas obras; e
VIII - utilização de produtos florestais madeireiros
e não madeireiros originários de manejo florestal
sustentável ou de reflorestamento (BRASIL,
2017).

Contudo, a replicação de terminologias imprecisas como


“sustentável” dá margem a diversas interpretações, que podem dificultar
a sua operacionalização plena. A exemplo do inciso VIII, que prevê a
216

utilização de manejo florestal sustentável ou de reflorestamento, sem


especificar o tipo de manejo a ser utilizado, considerando a existência de
diversas metodologias e certificações quanto ao manejo sustentável.
Quando há o anseio por uma efetivação de ações, transformando
em um programa institucional, para além de ações pontuais, é necessário
que exista ou que se construa uma estrutura minimamente executiva e
estável, que garanta a longevidade do programa.
Uma norma que ilustra essa questão é o art. 9º da IN n.º 10 de
2012, que estabelece regras para elaboração dos Planos de Gestão de
Logística Sustentável, por meio de um plano de ação que orienta para o
planejamento:

I - objetivo do Plano de Ação;


II - detalhamento de implementação das ações;
III - unidades e áreas envolvidas pela
implementação de cada ação e respectivos
responsáveis;
IV - metas a serem alcançadas para cada ação;
V - cronograma de implantação das ações; e
VI - previsão de recursos financeiros, humanos,
instrumentais, entre outros, necessários para a
implementação das ações (BRASIL, 2012c).

Algumas normas até avançam na tentativa de se criar estruturas,


como a iniciativa observada Decreto n.º 9.178, de 2017, art. 9º, com a
previsão de criação da Comissão Interministerial de Sustentabilidade na
Administração Pública – CISAP “de natureza consultiva e caráter
permanente, vinculada à Secretaria de Gestão do Ministério do
Planejamento (...) com a finalidade de propor a implementação de
critérios, práticas e ações de logística sustentável no âmbito da
administração pública federal direta, autárquica (...)" (BRASIL, 2017).
Em geral, quando aparece este tipo de estrutura, raramente
implementadas, diga-se de passagem, ela é dedicada a proporcionar
participação e transparência aos processos propostos, ou seja, as
instituições devem cumprir muito bem suas atividades, pois serão
julgadas e avaliadas por instâncias criadas para este fim, como
conselhos e comitês. Porém, não raras vezes, as estruturas necessárias
para a ação “na ponta” não são previstas. O resultado frequente deste
tipo de situação é inserir mais tensão no sistema administrativo e gerar
um clima de frustração garantida, pois o sistema não “entregará” os
resultados almejados por absoluta falta de estruturas administrativas
aptas a realizá-los.
217

Na sequência, serão apresentadas algumas normativas


demonstrando a preocupação formal do marco legal brasileiro com a
incorporação de práticas sustentáveis, conforme quadro 49.

Quadro 49: Normativas evidenciadas para a prática de sustentabilidade para às


instituições públicas (continua)
Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da
Lei n.° 8.666, de 21 de junho Constituição Federal, institui normas para
de 1993 licitações e contratos da Administração Pública
e dá outras providências.
Altera as Leis nos 8.666, de 21 de junho de
1993, 8.958, de 20 de dezembro de 1994, e
Lei n.° 12.349, de 15 de
10.973, de 2 de dezembro de 2004; e revoga o §
dezembro de 2010
1o do art. 2o da Lei no 11.273, de 6 de fevereiro
de 2006.
Estabelece regras para elaboração dos Planos
IN n.° 10 de 12 de novembro de Gestão de Logística Sustentável de que trata
de 2012 o art. 16, do Decreto nº 7.746, de 5 de junho de
2012, e dá outras providências.
Regulamenta o art. 3º da Lei nº 8.666, de 21 de
junho de 1993, para estabelecer critérios e
práticas para a promoção do desenvolvimento
nacional sustentável nas contratações
Decreto n.° 7.746, de 05 de realizadas pela administração pública federal
junho de 2012 direta, autárquica e fundacional e pelas
empresas estatais dependentes, e institui a
Comissão Interministerial de Sustentabilidade
na Administração Pública - CISAP.
(Redação dada pelo Decreto nº 9.178, de 2017)
Altera o Decreto nº 7.746, de 5 de junho de
2012, que regulamenta o art. 3º da Lei nº 8.666,
de 21 de junho de 1993, para estabelecer
critérios, práticas e diretrizes para a promoção
do desenvolvimento nacional sustentável nas
Decreto n.° 9.178, de 23 de
contratações realizadas pela administração
outubro de 2017
pública federal direta, autárquica e fundacional
e pelas empresas estatais dependentes, e
institui a Comissão Interministerial de
Sustentabilidade na Administração Pública -
CISAP.
Fonte: Elaborado pela autora (2018).

A partir da estrutura normativa, outros fatores são essenciais e


condicionam a consecução ou não dos objetivos estipulados. Neste caso
221

política é fator determinante, o conceito de prioridade torna-se


“ajustável” para proporcionar aos agentes essa condição de escolhas nas
quais pode ser questionado se algo é ou não prioritário, “para quem”,
sob o ponto de vista “de quem”.
Dessa forma, para que diminua essa possibilidade de
manipulação, os interesses políticos dos gestores devem, ou deveriam,
estar alinhados com a necessidade de solvência de determinados
problemas públicos, como os relacionados à sustentabilidade, o que nem
sempre acontece. Essa preocupação é tratada por Matias-Pereira (2010)
quando afirma que, em tese, a Administração Pública objetiva atender às
necessidades dos cidadãos, tanto sobre direito, como deveres, sempre
amparados pelo arcabouço legal vigente, o que pode ser entendido como
ter “espírito público”.
A política nacional, e o sistema político em específico, tem se
modificado ao longo da história, com cada vez mais influência político-
partidária na Administração Pública. A ação política, contudo, quando
se refere a sustentabilidade, é anacrônica ou até contraditória quanto aos
resultados esperados e, principalmente, às maneiras de obtê-los. Isso
porque há um volume considerável de leis, decretos e ementas geradas
nos diversos níveis da AP, que necessita de uma visão integrada na sua
concepção. O resultado disso é um conjunto normativo que, muitas
vezes, não aborda de forma clara, intensa e objetiva as questões
relacionadas à sustentabilidade, dando margem à postergação, dentre as
opções políticas dos gestores.
Outra questão a ser levantada quanto a esta dimensão é que a
prática política é resultado direto dos valores presentes em determinado
momento histórico, o que se refere à cultura do país, que,
tradicionalmente, não observa como prioridade essas questões referentes
à sustentabilidade. Porém a cultura é viva, muda ao longo do tempo na
esteira da mudança de valores compartilhados em determinada
sociedade e em determinados contextos.
De uma maneira geral, não há uma preocupação histórica com a
sustentabilidade, pelo contrário, se vê que o modelo de desenvolvimento
vigente gerou um processo de intensa devastação do meio ambiente,
sem necessariamente privilegiar a qualidade das relações sociais e
econômicas. Por outro lado, é de se considerar que no processo de
mudança de valores com relação à ideia de sustentabilidade, mesmo que
de forma modesta, vem criando e estabelecendo posturas, orientações e
disposições de agir a respeito dessa questão.
Nessa visão, a ideia de tratar conjuntamente política e cultura
passa a fazer mais sentido. Essa modificação da cultura, vista como um
222

conjunto de valores compartilhados, é um processo lento e, para ser


traduzido em políticas, deve envolver todos os segmentos da gestão, em
especial a alta gestão, que é quem decide os rumos e argumenta
externamente para captação de recursos. Para tanto, esse nível
estratégico das estruturas deve ser preparado e consciente dessas
mudanças para poder estar à frente e incentivar tais ações em outros
níveis.
Acima de tudo, este processo lento de mudança de valores tende a
chegar até as instituições públicas por via da ação dos níveis hierárquico
superiores, a ponto de demonstrar e convencer os outros servidores, os
usuários e demais atores sobre a importância de se fazer realmente algo
de concreto nesse campo, bem como as diferentes maneiras de atuação.
É evidente que essas condições político-culturais estão presentes em
determinados contextos, como parece ser o caso de alguns grupos de
servidores e dirigentes que abraçam essa ação como uma causa. Nesses
casos, é provável que haja mais avanços do que se poderia esperar,
tendo em vista as condições e o contexto configurado pelas outras
dimensões ou categorias (administrativa, normativa e socioeconômica).

5.2 ANÁLISE DOS CRITÉRIOS FRENTE À CATEGORIA


NORMATIVA E CONSTRUÇÃO DOS INDICADORES

Nesta seção há a análise das categorias que consideram o


contexto normativo, administrativo, socioeconômico e político-cultural
das IFES brasileiras.
Levando em conta as especificidades legais de cada critério,
optou-se por apresentar os respectivos indicadores nos instrumentos
estudados, bem como a proposta adaptada às IFES brasileiras,
juntamente com suas análises normativas.
Nas demais categorias (administrativo, socioeconômico e
político-cultural), não foi efetuada a subdivisão das análises por cada um
dos critérios. Para essas categorias as análises foram realizadas de forma
agrupada, considerando que decorrem da discricionariedade dos atores
envolvidos no processo de gestão das IFES.
Como resultado, os indicadores propostos nesta seção são
produto da análise conjunta das quatro categorias. Uma maior
compreensão sobre as etapas intermediárias de transcrição e
transposição dos indicadores, que culminaram na proposta desenvolvida
no estudo, é apresentada no APÊNDICE B.
223

5.2.1 Critério 01 - Ar e Clima

O critério Ar e Clima abrange os créditos “Emissão de gases de


efeito estufa” e “Qualidade do ar exterior”. Estes créditos, como já
mencionado, baseiam-se na emissão de gases do efeito estufa (GEE) e
nos três escopos definidos no GHG Protocol, desenvolvido nos Estados
Unidos, em 1998, pelo World Resources Institute (WRI). É uma
ferramenta com a finalidade de compreender, quantificar e gerenciar
emissões de GEE, e segundo GHG Protocol Brasil (2017), e é um dos
métodos mais usados mundialmente pelas empresas e governos para a
realização de inventários de GEE. Vai ao encontro de outros
documentos de mesma natureza como a norma ISO 14.064 e com os
métodos de quantificação do Painel Intergovernamental de Mudanças
Climáticas (IPCC).
No Brasil, desde 2008 há a versão adaptada do método, o
Programa Brasileiro GHG Protocol (2017, p.01), que tem como
“objetivo estimular a cultura corporativa para a elaboração e publicação
de inventários de emissões de gases do efeito estufa (GEE),
proporcionando aos participantes acesso a instrumentos e padrões de
qualidade internacional.” Uma de suas principais características é
proporcionar a capacidade de contabilização de GEE.
O método foi adaptado para utilização no Brasil pelo Centro de
Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (GVces) e
pelo WRI em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, com o
Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável
(CEBDS), com o World Business Council for Sustainable Development
(WBSCD) e 27 Empresas Fundadoras, dentre elas a Fundação Getúlio
Vargas sendo representante de uma instituição de nível superior, sem no
entanto, representar a realidade de uma universidade federal brasileira.
Outro Protocolo adotado pelo Brasil, com relação à qualidade do
ar, é o Protocolo de Montreal, que discute sobre substâncias que
destroem a camada de ozônio, tratado internacional que entrou em vigor
em 1989 e que, segundo Amorim et al. (2017a), apresenta adoção
universal, em 197 nações. O documento impõe obrigações específicas,
em especial, a progressiva redução da produção e consumo das
Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio (SDOs) até sua total
eliminação. O Brasil aderiu ao Protocolo de Montreal por meio do
Decreto n.º 99.280, de 06 de junho de 1990. Todas as emendas ao texto
do Protocolo foram ratificadas e promulgadas pelo Brasil, conforme
destacado no quadro 50 que segue:
224

Quadro 50: Compromissos relativos ao Critério Ar e Clima


Documento Ratificação Promulgação no Brasil
Convenção de Viena - 1985 19 de março de 1990 Decreto 99.280 de 06/02/1990
Protocolo de Montreal - 1987 19 de março de 1990 Decreto 99.280 de 06/06/1990
Emenda de Londres - 1990 1° de outubro de 1992 Decreto 181 de 24/07/1991
Emenda de Copenhague - 1992 25 de junho de 1997 Decreto 2.679 de 17/07/1998
Emenda de Montreal - 1997 30 de junho de 2004 Decreto 5.280 de 22/11/2004
Emenda de Pequim – 1999 30 de junho de 2004 Decreto 5.280 de 22/11/2004
Fonte: Elaborado pela autora, com base em Amorim et al. (2017a).

O Protocolo de Montreal estabeleceu metas de eliminação para


todas os adeptos, respeitando o princípio das responsabilidades comuns,
porém diferenciadas. Desta forma, em 1990, foi instituído o Fundo
Multilateral para a Implementação do Protocolo de Montreal (FML)
para prover assistência técnica e financeira aos países em
desenvolvimento com recursos provenientes dos países desenvolvidos.
A figura 11 apresenta o consumo de substâncias destruidoras da camada
de ozônio - SDOs no Brasil.

Figura 11: Consumo de SDOs no Brasil

Fonte: Amorim et al. (2017b).


225

Na análise normativa do Critério 01 - Ar e Clima, quando


analisado frente ao arcabouço jurídico brasileiro, evidencia-se que há
nas normas existentes quanto ao compromisso, a previsão e a
preocupação em minimizar a emissão de gases do efeito estufa. Com
relação ao marco conceitual dessas normas, a Lei n.º 12.187/2009 define
no art. 2º alguns termos a fim de proporcionar maior entendimento e
ampliar a capacidade de atuação, conforme quadro 51 (BRASIL, 2009).

Quadro 51: Definições Lei n.º 12.187/2009


I - Adaptação: iniciativas e medidas para reduzir a vulnerabilidade dos sistemas naturais e
humanos, frente aos efeitos atuais e esperados da mudança do clima.
II - Efeitos adversos da mudança do clima: mudanças no meio físico ou biota resultantes
do clima que tenham efeitos deletérios significativos sobre a composição, resiliência ou
produtividade de ecossistemas naturais e manejados, sobre o funcionamento de sistemas
socioeconômicos ou sobre a saúde e o bem-estar.
III - Emissões: liberação de gases de efeito estufa ou seus precursores na atmosfera,
numa área específica e num período determinado.
IV - Fonte: processo ou atividade que libere na atmosfera gás de efeito estufa, aerossol
ou precursor de gás de efeito estufa.
V - Gases de efeito estufa: constituintes gasosos, naturais ou antrópicos, que, na
atmosfera, absorvem e reemitem radiação infravermelha.
VI - Impacto: os efeitos da mudança do clima nos sistemas humanos e naturais.
VII - Mitigação: mudanças e substituições tecnológicas que reduzam o uso de recursos e
as emissões por unidade de produção, bem como a implementação de medidas que
reduzam as emissões de gases de efeito estufa e aumentem os sumidouros.

VIII - Mudança do clima: que possa ser direta ou indiretamente atribuída à atividade
humana, que altere a composição da atmosfera mundial e que se some àquela provocada
pela variabilidade climática natural observada ao longo de períodos comparáveis.

IX - Sumidouro: processo, atividade ou mecanismo que remova da atmosfera gás de


efeito estufa, aerossol ou precursor de gás de efeito estufa.
X - Vulnerabilidade: grau de suscetibilidade e incapacidade de um sistema, em função de
sua sensibilidade, capacidade de adaptação, do caráter, magnitude e taxa de mudança e
variação do clima a que está exposto, de lidar com os efeitos adversos da mudança do
clima - variabilidade climática e eventos extremos.
Fonte: Adaptado de BRASIL (2009).

Os efeitos desses gases na atmosfera, especialmente os


provocados pela ação antrópica, estão contemplados entre as
preocupações da norma brasileira, o que estabeleceu a Política Nacional
sobre Mudança do Clima - PNMC. Está previsto no art. 4º da Lei n.º
226

12.187/2009, estabelecendo o estímulo ao desenvolvimento do Mercado


Brasileiro de Reduções de Emissões - MBRE, visa “II - à redução das
emissões antrópicas de gases de efeito estufa em relação às suas
diferentes fontes; (...) IV - ao fortalecimento das remoções antrópicas
por sumidouros de gases de efeito estufa no território nacional;”. Em
termos numéricos, segundo art. 12, o Brasil se compromete em reduzir
36,1% a 38,9% suas emissões projetadas até 2020, em que será
considerado o segundo Inventário Brasileiro de Emissões e Remoções
Antrópicas de Gases de Efeito Estufa (BRASIL, 2009).
As diretrizes para o estabelecimento dessa política nacional
PNMC, estabelece no art. 5º da Lei n.º 12.187 de 2009 o atendimento
dos compromissos com os quais o Brasil se comprometeu na ONU sobre
mudança de clima, Protocolo de Quioto e outros documentos acerca de
mudança climática. Também estipula a promoção e desenvolvimento de
pesquisas científicas e tecnológicas a fim de utilizar tecnologias,
processos e práticas em prol de mitigar a mudança de clima em
decorrência da ação do homem e fortalecimento das remoções
antrópicas por sumidouros de gases de efeito estufa. Seguem alguns
desdobramentos previstos no artigo 5º, no quadro 52:

Quadro 52: Desdobramentos e ações previstos na Lei n.º 12.187 de 2009


IX - o apoio e o fomento às atividades que efetivamente reduzam as emissões ou
promovam as remoções por sumidouros de gases de efeito estufa.
XII - as medidas existentes ou a serem criadas, que estimulem o desenvolvimento
de processos e tecnologias, que contribuam para a redução de emissões e
remoções de gases de efeito estufa, bem como para a adaptação, dentre as quais o
estabelecimento de critérios de preferência nas licitações e concorrências públicas,
compreendidas aí as parcerias público-privadas e a autorização, permissão, outorga
e concessão para exploração de serviços públicos e recursos naturais, para as
propostas que propiciem maior economia de energia, água e outros recursos
naturais e redução da emissão de gases de efeito estufa e de resíduos.
XIII - os registros, inventários, estimativas, avaliações e quaisquer outros estudos de
emissões de gases de efeito estufa e de suas fontes, elaborados com base em
informações e dados fornecidos por entidades públicas e privadas.
Fonte: Adaptado de BRASIL (2009).

É possível identificar, também, que é nesta categoria que se


propõe, ao menos em termos formais, a previsão de uma comissão
permanente para legislar e discutir as questões, denotando a necessidade
de ocorrer revisões periódicas, a fim de impulsionar ações com vistas a
minimizar efeitos desses GEE. Essa estrutura está prevista no Decreto
227

n.º 6.263 de 2007, que institui o Comitê Interministerial sobre Mudança


do Clima - CIM para auxiliar na elaboração do PNMC. Nesse ínterim,
no art. 2º, há a intercomunicação entre diferentes áreas, por meio de
ministérios, preconizando a necessidade da comunhão de conhecimentos
das mais diferentes áreas de pesquisa, tais como: Ministério da Ciência e
Tecnologia (posteriormente fundido em Ministério de Ciência,
Tecnologia, Inovações e Comunicações), Ministério da
Educação; Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior; Ministério do Meio Ambiente; Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão; e Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência
da República (BRASIL, 2007a).
Dentre as normas analisadas, está previsto também uma estrutura
administrativa a fim de planejar e operacionalizar as ações e nas
diferentes instituições nas diferentes esferas; no art. 10 do Decreto n.º
6.263 de 2007 “As instituições públicas federais ficam obrigadas a
fornecer informações necessárias à elaboração e à implementação do
Plano Nacional sobre Mudança do Clima, quando solicitadas e
justificadas pelo Grupo Executivo”. Mais recentemente, o Decreto n.º
9.172 de 2017 trata especificamente dos instrumentos da Política
Nacional sobre Mudança do Clima, e institui o Sistema de Registro
Nacional de Emissões - Sirene, que considera os seguintes instrumentos,
no art. 2º:

I - Inventário Brasileiro de Emissões Antrópicas


por Fontes e Remoções por Sumidouros de Gases
de Efeito Estufa não Controlados pelo Protocolo
de Montreal - levantamento, para fins de
quantificação e contabilização, das emissões de
gases de efeito estufa, de acordo com as diretrizes
de elaboração dos inventários nacionais previstas
em decisão da Convenção-Quadro das Nações
Unidas sobre Mudança do Clima;
II - Estimativas Anuais de Emissões de Gases de
Efeito Estufa no Brasil - relatórios das estimativas
de emissões previstas no parágrafo único do art.
11 do Decreto nº 7.390, de 9 de dezembro de
2010;
III - inventário organizacional - levantamento,
para fins de quantificação e contabilização, das
emissões por fontes e remoções por sumidouros
de gases de efeito estufa de empreendimentos
realizados e submetidos ao Sirene, de acordo com
228

critérios e procedimentos definidos neste Decreto


e em seu regulamento;
IV - organização inventariante - organização
legalmente constituída e reconhecida pela
legislação brasileira, responsável pela realização e
pela submissão ao Sirene do seu inventário
organizacional; e
V - organismos de verificação - organizações
competentes acreditadas pelo Instituto Nacional
de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - Inmetro,
que poderão certificar inventários organizacionais,
conforme as especificações de norma da
Associação Brasileira de Normas Técnicas -
ABNT, de acordo com a regulamentação vigente
(BRASIL, 2007a).

Outro instrumento de relevância nessa análise de ar e clima é o 1º


Diagnóstico das redes de monitoramento da qualidade do ar no Brasil,
realizado no Brasil em 2014. Esse documento descreve características
estruturais das significativas redes, bem como as lacunas de cobertura,
com o objetivo de auxiliar no planejamento de ações de escala nacional,
a fim de melhorar o monitoramento e possibilitar a implantação de
outros instrumentos previstos no Programa Nacional de Controle de
Qualidade do Ar - PRONAR de 1989. No entanto, percebe-se a não
adoção, por parte de alguns estados brasileiros, como o estado de Santa
Catarina, o que denota uma fraqueza estrutural da nação em avançar em
direção ao compromisso pela qualidade do ar e saúde ambiental.
Numa análise geral desses dispositivos legais, é possível perceber
um descolamento entre as normas estabelecidas e compromissos
assumidos em âmbito mundial pelo Brasil, em relação a categoria Ar e
Clima e planejamento e implementação de ações efetivas por meio dos
governos e órgãos de gestão.
Há uma clara dificuldade de implementação do que se propõe
nessas normas, tanto das estruturas administrativas quanto da criação de
expertise no corpo técnico das organizações, para atingir, em sua
plenitude, os objetivos estipulados pelas normas24. Este descolamento

24
Formalismo: Frederico Lustosa da Costa (2010) Reforma do Estado e
contexto brasileiro: crítica do paradigma gerencialista. Outras referências sobre
formalismo são tratados também pelos autores Fred W. Riggs (1968), Guerreiro
Ramos (1983).
229

pode ser uma das maiores fragilidades desse aparato legal, evidenciando
a presença do “formalismo”, que segundo Costa (2010, p. 60) “consiste
na diferenciação entre as normas prescritas legalmente e as atitudes
concretas adotadas quando de sua real implementação.”
Como se verifica nas normas brasileiras, ou, de maneira geral, em
todos países menos desenvolvidos, este formalismo decorre, dentre
outros fatores culturais, de outro movimento, o mimetismo político-
institucional, ou seja, a reprodução acrítica e adoção formal dos
modelos, compromissos e orientações mundiais, originados
invariavelmente nos países mais desenvolvidos, neste caso acerca a
sustentabilidade. Essas diretrizes são incorporadas ainda mais
facilmente no arcabouço jurídico nacional, por meio de adesão a
compromissos internacionais, que acabam por ser traduzidos em
decretos e leis; o mesmo não acontece quando se olha a incorporação
efetiva nas instituições, nas estruturas administrativas e nas práticas.
Isso pode prejudicar as mudanças almejadas de comportamentos social e
de qualidade ambiental. O que acontece nesse caso é que se assume
mais e mais compromissos, sem que haja mais recursos e mudanças
estruturais no sistema. Este fenômeno, que aumenta muito a tensão entre
o que se pretende realizar e as reais condições para isso, parece ser
comum a outros casos e a outras políticas e será mais discutido nas
etapas de análise constantes a seguir.
Diante dessas condicionantes, foram definidos os indicadores
estabelecidos pelo instrumento analisado, conforme quadro 53.

Quadro 53: Indicadores do critério Ar e Clima com base nos instrumentos


estudados
AR E CLIMA
OP - 01 Emissão de gases de efeito estufa
1) Existência de inventário de emissões de gases do efeito estufa pela
classificação de escopos 1 e 2 de emissão de gases.
2) O inventário inclui as categorias do escopo 3 de emissão de gases.
3) O inventário foi validado internamente e externamente por um terceiro.
OP - 02 Qualidade do ar exterior
1) Existência de políticas e/ou diretrizes para melhorar a qualidade do ar
externo e minimizar as emissões de poluentes atmosféricos de fontes móveis
no campus.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2017), AISHE (2009) e
SAQ (2009).
230

Conforme o propósito deste estudo em propor indicadores


adaptados às IFES brasileiras, para implementação em um curto espaço
de tempo, os indicadores selecionados referentes ao critério Ar e Clima
foram definidos e são apresentados a seguir, no quadro 54:

Quadro 54: Proposta de indicadores do critério Ar e Clima para IFES brasileiras


AR E CLIMA
OP - 01 Emissão de gases de efeito estufa
1) Porcentagem de emissão de gases de efeito estufa GEE identificados por
meio de auto monitoramento no campus por ano.
OP - 02 Qualidade do ar exterior
1) Porcentagem de redução de emissão de gases do efeito estufa GEE
identificados por meio de auto monitoramento no campus por ano.
Fonte: Elaborado pela autora (2018).

Cabe ressaltar que para esse critério Ar e Clima, o indicador que


preconiza a validação externa não se aplica à realidade nacional para
implantação em curto espaço de tempo, por não haver as condições
institucionais mínimas para essa estratégia existir. A classificação em
escopos 1, 2 e 3, prevista no CGH Protocol, é direcionada à realidade de
empresas, indústrias, muito mais preparadas neste tipo de verificação
externa de processos e padrões, sendo adaptadas para utilização nesse
estudo. Portanto, os indicadores apresentados acima são produto dessa
adequação à realidade das IFES brasileiras no contexto atual.

5.2.2 Critério 02 - Edificações

O critério Edificações abrange os créditos “Operações de


construção e manutenção” e “Projeto e construção de edifícios”. Estes
créditos, como já mencionado, baseiam-se especificamente em
instituições que possuem operações sustentáveis e buscam certificação
externa para seus programas. Uma certificação internacional utilizada
pelo STARS, é o Leadership in Energy and Environmental Design –
LEED, que verifica a forma como os edifícios e as comunidades são
planejados, construídos e operados.
A certificação atua nas mais diferentes formas de edificações, por
meio de diferentes tipologias, tais como: novas construções e grandes
reformas; áreas comuns e envoltórias; interiores comerciais; escolas;
hospitais e setor de saúde; varejo; edifícios existentes – operação e
231

manutenção; casas; desenvolvimento de bairro. Cada tipologia é


avaliada por parâmetros acerca de distintas variáveis, como uso racional
da água, eficiência energética, redução, reutilização e reciclagem de
materiais e recursos, qualidade dos ambientes internos da edificação,
espaço sustentável, inovação e tecnologia e atendimento a necessidades
regionais. No Brasil, a certificação LEED é representada pelo Green
Building Council Brasil (GBC Brasil), com o objetivo de desenvolver a
indústria de construções sustentáveis no país.
Dentre as atividades humanas, a indústria da construção civil,
segundo afirma o Conselho Internacional da Construção – CIB (MMA,
2018), é a atividade que mais consome recursos naturais e energia,
acarretando profundos impactos no meio, especialmente quando da
geração de resíduos sólidos, líquidos e gasosos. Para tanto, há dois eixos
principais para minimização dos impactos: a busca pela utilização de
materiais naturais como a pedra, bambu, palha e argila, sob o conceito
de bioconstrução25, geralmente usados por comunidades alternativas; e a
solução do setor empresarial por meio dos chamados "empreendimentos
verdes", que oferece opções de certificação das construções, com
especial atenção aos esforços para redução de energia e água, tanto
durante a construção, quanto na própria concepção dos projetos. Por
ficar muito restritos a este tema, essas certificações muitas vezes deixam
de considerar outros impactos da obra na sociedade e no meio.
Uma questão importante a ser levada em conta quanto a
limitações desse processo de implementação das políticas de
sustentabilidade é a responsabilidade difusa entre os entes da federação.
Como indutor dessas estratégias, o Ministério do Meio Ambiente afirma
que são os governos municipais que detêm grande influência e
responsabilidade para a indução de construções mais responsáveis, por
meio de legislação urbanística e código de edificações, incentivos
tributários e convênios com as concessionárias dos serviços públicos de
água, esgotos e energia. Com essa visão foram definidas algumas
orientações da área de meio ambiente do governo (MMA, 2018), em
tese, adequadas às necessidades nacionais, quanto aos edifícios e
aspectos urbanos, conforme quadro 55.

25
O conceito de Bioconstrução engloba diversas técnicas, tendo como
característica a preferência por materiais do local, como a terra, diminuindo
gastos com fabricação e transporte, construindo habitações com custo reduzido
e que oferecem excelente conforto térmico (SOARES, 2007).
232

Quadro 55: Orientações de boas práticas para construções sustentáveis


Adaptação à topografia local, com redução da movimentação de
terra; preservação de espécies nativas; previsão de ruas e
Implantação caminhos que privilegiem o pedestre e o ciclista, e contemplem a
urbana acessibilidade universal; previsão de espaços de uso comum para
integração da comunidade; e, preferencialmente, de usos do solo
diversificados, minimizando os deslocamentos.
Adequação do projeto ao clima do local, minimizando o consumo
de energia e otimizando as condições de ventilação, iluminação e
aquecimento naturais; previsão de requisitos de acessibilidade
Âmbito da para pessoas com mobilidade reduzida ou, no mínimo,
edificação possibilidade de adaptação posterior; atenção para a orientação
solar adequada, evitando-se a repetição do mesmo projeto em
orientações diferentes; utilização de coberturas verdes; e a
suspensão da construção do solo (a depender do clima).
Utilização de materiais disponíveis no local, pouco processados,
não tóxicos, potencialmente recicláveis, culturalmente aceitos,
propícios para a autoconstrução e para a construção em regime
de mutirões, com conteúdo reciclado. Além disso, deve-se evitar
sempre o uso de materiais químicos prejudiciais à saúde humana
Materiais para
ou ao meio ambiente, como amianto, clorofluorocarboneto
construção
(CFC), hidrofluorocarboneto (HCFC), formaldeído, policloreto de
vinila (PVC), tratamento de madeira com arseniato de cobre
cromatado (CCA), entre outros. Quanto aos resíduos da
construção civil, deve-se atentar para a sua redução e disposição
adequada, promovendo-se a reciclagem e reuso dos materiais.
Uso do coletor solar térmico para aquecimento de água, de
energia eólica para bombeamento de água e de energia solar
fotovoltaica, com possibilidade de se injetar o excedente na rede
Energia pública. Sobre águas e esgoto, é interessante prever: a coleta e
utilização de águas pluviais, utilização de dispositivos
economizadores de água, reuso de águas, tratamento adequado
de esgoto no local e, quando possível, o uso de banheiro seco.
Valorização dos elementos naturais no tratamento paisagístico e
o uso de espécies nativas, a destinação de espaços para produção
de alimentos e compostagem de resíduos orgânicos, o uso de
Área externa
reciclados da construção na pavimentação e de pavimentação
permeável, a previsão de passeios sombreados no verão e
ensolarados no inverno.
Fonte: Adaptado de MMA (2018).
233

Um exemplo dessa aplicação no âmbito municipal é a


qualificação Qualiverde, desenvolvido pela Prefeitura Municipal do Rio
de Janeiro em 2012, pelo Decreto n.º 35.745, de 06 de junho de 2012
“com o objetivo de incentivar empreendimentos que contemplem ações
e práticas sustentáveis destinadas a redução dos impactos ambientais”.
Essa diretriz é de uso opcional e pode ser aplicada a projetos de novas
construções, e das já existentes, bem como de uso residencial, comercial
e institucional. Aborda, por meio de 36 critérios, ações referentes à
gestão da água, eficiência energética e projeto (RIO DE JANEIRO,
2012).
No âmbito federal, a Associação Brasileiras de Normas Técnicas
- ABNT possui instituído o Programa ABNT de Rotulagem Ambiental,
que é uma certificação voluntária de produtos e serviços, desenvolvido
de acordo com as normas ABNT NBR ISO 14020 e ABNT NBR ISO
14024. Este sistema é classificado considerando o ciclo de vida dos
produtos e “objetivando a redução de impactos negativos causados no
meio ambiente em todas as etapas do ciclo de vida destes produtos:
extração de recursos, fabricação, distribuição, utilização e descarte”
(ABNT, 2018).
A ABNT é membro pleno do Global Ecolabelling Network -
GEN, entidade mundial sem fins lucrativos que representa as maiores
instituições de Rotulagem ambiental do mundo, com o objetivo de
melhorar, promover e desenvolver a "rotulagem ecológica" de produtos
e serviços. Dessa forma, busca promover a redução de desperdícios e
otimização dos processos; demonstrar ao mercado que sua empresa está
preocupada com as próximas gerações; promover a preservação do meio
ambiente e permitir o enquadramento nas exigências de Licitações
Sustentáveis, conforme figura 12.
234

Figura 12: Redução de desperdício e otimização dos processos

Fonte: ABNT (2018).

Outra certificação verificada no âmbito do critério Edificações é


o Selo Casa Azul da Caixa Econômica Federal, que por meio de um
manual de construção sustentável “Boas Práticas para Habitação Mais
Sustentável” elaborado em parceria com as especialistas das
universidades de São Paulo (USP), Estadual de Campinas (UNICAMP)
e Federal de Santa Catarina (UFSC), visa o reconhecimento e incentivo
de projetos que “demonstrem suas contribuições para a redução de
impactos ambientais, considerando 53 critérios em relação aos temas
qualidade urbana, projeto e conforto, eficiência energética, conservação
de recursos materiais, gestão da água e práticas sociais.” (CAIXA, 2010,
p. 05). Destina-se a um sistema de classificação desenvolvido para a
realidade das construções habitacionais brasileiras por meio de
assessoria à projetistas e empreendedores no mundo mobiliário.
235

A análise normativa deste critério, considerando o arcabouço


jurídico brasileiro, acerca do critério Edificações, evidencia que há a
preocupação formal com a minimização dos efeitos das edificações,
sobretudo quanto a resíduos sólidos, água e energia. As Resoluções do
Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) nº 307/2002 e nº
448/2012 estabelecem diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão
dos resíduos da construção civil e de resíduos sólidos, de forma a
considerar as dimensões política, econômica, ambiental e cultural, com
controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentável. Além
do gerenciamento, essa norma estabelece uma classificação quanto aos
materiais envolvidos nesse processo, conforme segue:

I - Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou


recicláveis como agregados, tais como:
a) de construção, demolição, reformas e reparos
de pavimentação e de outras obras de infra-
estrutura, inclusive solos provenientes de
terraplanagem;
b) de construção, demolição, reformas e reparos
de edificações: componentes cerâmicos (tijolos,
blocos, telhas, placas de revestimento etc.),
argamassa e concreto;
c) de processo de fabricação e/ou demolição de
peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos,
meio-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras;
II - Classe B - são os resíduos recicláveis para
outras destinações, tais como plásticos, papel,
papelão, metais, vidros, madeiras, embalagens
vazias de tintas imobiliárias e gesso; (Redação
dada pela Resolução nº 469/2015).
III - Classe C - são os resíduos para os quais não
foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações
economicamente viáveis que permitam a sua
reciclagem ou recuperação; (Redação dada pela
Resolução n° 431/11).
IV - Classe D - são resíduos perigosos oriundos
do processo de construção, tais como tintas,
solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados
ou prejudiciais à saúde oriundos de demolições,
reformas e reparos de clínicas radiológicas,
instalações industriais e outros, bem como telhas e
demais objetos e materiais que contenham
amianto ou outros produtos nocivos à saúde.
236

(Redação dada pela Resolução n° 348/04).


(BRASIL, 2002, 2011, 2015b)

Estabelece ainda, no art. 6º da Resolução CONAMA n.º 307/2002


e 448/2012, a previsão de ações que deverão constar no Plano Municipal
de Gestão de Resíduos da Construção Civil, como o licenciamento de
espaços públicos e privados para recebimento, armazenamento e
posterior destinação às áreas de beneficiamento (BRASIL, 2002a,
2012a).
Cabe ressaltar os critérios sustentáveis, por meio da Instrução
Normativa n.º 001/2010, que trata capítulo II “Das obras Públicas” de
forma específica, em seu art. 4º, orientações na contratação de obras e
serviços de engenharia, devendo ser executadas com vistas à economia
da manutenção e operacionalização da edificação, de consumo
reducionista e do impacto ambiental, tais como:

I) uso de equipamentos de climatização mecânica,


ou de novas tecnologias de resfriamento do ar,
que utilizem energia elétrica, apenas nos
ambientes aonde for indispensável;
II) automação da iluminação do prédio, projeto
de iluminação, interruptores, iluminação
ambiental, iluminação tarefa, uso de sensores de
presença;
III) uso exclusivo de lâmpadas fluorescentes
compactas ou tubulares de alto rendimento e de
luminárias eficientes;
IV) energia solar, ou outra energia limpa para
aquecimento de água;
V) sistema de medição individualizado de
consumo de água e energia;
VI) sistema de reuso de água e de tratamento de
efluentes gerados;
VII) aproveitamento da água da chuva, agregando
ao sistema hidráulico elementos que possibilitem
a captação, transporte, armazenamento e seu
aproveitamento;
VIII) utilização de materiais que sejam reciclados,
reutilizados e biodegradáveis, e que reduzam a
necessidade de manutenção; e
IX) comprovação da origem da madeira a ser
utilizada na execução da obra ou serviço
(BRASIL, 2010a).
237

Desde agosto de 2014, a Etiquetagem de Edificações tornou-se


formalmente obrigatória em edifícios da Administração Pública Federal
direta, autárquica e fundacional. A Instrução Normativa SLTI n.º
02/2014, do Ministério de Planejamento Orçamento e Gestão - MPOG,
dispõe sobre as regras para a aquisição ou locação de máquinas e
aparelhos consumidores de energia e o uso da Etiqueta Nacional de
Conservação de Energia - ENCE nos projetos e respectivas edificações
públicas federais novas ou reformadas. Segundo a Instrução Normativa
n.º 02/2014, para as edificações, os projetos devem ser desenvolvidos ou
contratados visando, obrigatoriamente, à obtenção da ENCE Geral de
Projeto classe “A”, assim como a construção da nova Edificação deve
ser executada ou contratada de forma a garantir a obtenção da ENCE
Geral da Edificação Construída classe “A” (BRASIL, 2014).
O art. 5º desta norma afirma que os projetos e construções de
novas edificações públicas federais devem ser desenvolvidos ou
contratados visando, obrigatoriamente, à obtenção da ENCE Geral de
Projeto classe “A”. Os retrofits (reformas de edificações que afetem a
envoltória, sistema elétrico e ar-condicionado) devem ser desenvolvidos
ou contratados visando, obrigatoriamente, à obtenção da ENCE Geral de
Projeto classe “A”.
Quanto às boas práticas, quando se trata com obras de engenharia
e construções na gestão pública, é perceptível a necessidade de
desenvolver projetos de edificações sustentáveis. Sem margem de
dúvida, é certo que tais medidas proporcionariam o fomento de ações
sustentáveis na infraestrutura e também na área do entorno, visando à
harmonização dos ambientes. Em decorrência de um efetivo
planejamento territorial, as atenções para o desenvolvimento sustentável
de projetos arquitetônicos encontram-se amparados pela Lei de
Licitações quanto à importância do Projeto Básico, com as
especificações necessárias e viabilidade técnica, bem como a redução do
consumo de energia e água e da utilização de tecnologias e materiais que
reduzam o impacto ambiental. Logo, tem-se o emprego de recursos
compatíveis com a proposta de reformulação da aquisição e utilização
de insumos, buscando sua otimização e redução dos impactos ao meio
ambiente, conforme orienta o art. 4º da Instrução Normativa 01/2010.
Outras variáveis também são importantes, como priorizar a
utilização de maquinário, equipamentos e mecanismos que atendam as
diretrizes de desenvolvimento sustentável. Tais ações podem
concretizar-se por meio do uso de equipamentos de climatização
mecânica, automação e projeto de iluminação predial, como por
exemplo, o uso exclusivo de lâmpadas fluorescentes compactas de alto
238

rendimento, energia solar ou outras fontes de energia limpa. E, ainda,


exemplificativamente a Portaria nº 23/2015 que estabelece boas práticas
de gestão e uso de energia Elétrica e de água nos órgãos e entidades da
Administração Pública Federal direta, com a utilização de sistemas de
medição individualizado de consumo de água e energia, sistemas de
reutilização de água e de tratamento de efluentes gerados,
aproveitamento da água pluviométrica, utilização de materiais
reciclados, reutilizados (BRASIL, 2015a).
Tais propostas amparam-se legalmente no art. 12 a Lei n.º
8.666/93, quando trata da relevância das especificações do projeto
básico ou executivo, para contratação de obras e serviços de engenharia,
devendo ser elaborados visando à economia da manutenção e
operacionalização da edificação, a redução do consumo de energia e
água, bem como a utilização de tecnologias e materiais que
reduzam o impacto ambiental (BRASIL, 1993). Esta gama de
adequações, indicada pelo “Guia de Compras Públicas Sustentáveis:
uma abordagem prática” (2012) ressalta que, sem tais mecanismos, o
processo de construção acaba por acelerar o ciclo de consumo
excessivo, acarretando uma produção significativa de lixo. Dessa forma,
torna-se necessária a incorporação de práticas sustentáveis, com vistas à
economicidade, e preservação do meio natural, na tentativa de recompor
os recursos.
Conforme disposto e determinado em diretrizes ainda pelo
Decreto n.º 7.746/2012, priorizar o emprego da mão-de-obra e materiais
de origem local: tal ação deve ser implementada para execução,
conservação e operação das obras, visando proporcionar,
concomitantemente, o benefício ambiental e o social, com a ampliação
da empregabilidade na região de construção da obra (BRASIL, 2012).
De acordo com Barcessat (2011), tal comportamento propicia subsídios
pautados na sustentabilidade, com vistas ao posicionamento sustentável
das organizações para que se mantenham como fornecedoras do Estado.
Ainda segundo Costa e Oliveira (2009) devem, sobretudo, refletir a
harmonia existente mediante a satisfação pessoal em relação à
sustentabilidade, “partindo do pressuposto de que a sustentabilidade
implica em um modelo que tenha viabilidade econômica, que seja,
ambientalmente correto e que seja socialmente justo” (COSTA e
OLIVEIRA, 2009, p. 7).
Considerando que esse crédito foi pensado pelo instrumento
STARS, com vistas ao estabelecimento de certificações externas, fica
claro que há a possibilidade de implementação de novos procedimentos
de forma modular, ou seja, em diferentes momentos no processo de
239

construção de uma edificação, bem como contratação de empresas dessa


natureza e até mesmo para a manutenção predial vislumbrando a adoção
de novas posturas. No entanto, não há uma previsão legal por parte do
governo federal que avalie esses aspectos de forma ampla, como foi
verificado nos diferentes certificados levantados, ficando a critério dos
municípios e orientações de boas práticas, capazes de modificar esse
contexto.
Com base nessa análise foram definidos os indicadores
estabelecidos pelo instrumento analisado, conforme quadro 56.

Quadro 56: Indicadores do critério Edificações com base nos instrumentos


estudados
EDIFICAÇÕES
OP - 03 Operações de construção e manutenção
1) Porcentagem da área da universidade que adota certificações para
construção, operação e manutenção dos edifícios.
2) Porcentagem da área da universidade não certificada que adota algum
programa ou política de gerenciamento de qualidade do ar, limpeza verde,
gestão de energia, gestão de água ou de benchmarking e que estejam
publicados.
OP - 04 Projeto e construção de edifícios
1) Área de piso do edifício recém-construída ou reformada que adota
certificações.
2) Área do piso do prédio recém-construída ou reformada que não é
certificada, mas que foi projetada e construída de acordo com as diretrizes e
políticas publicadas do prédio verde.
3) As diretrizes ou políticas de construção verde englobam impactos no local e
entorno, consumo de energia, uso de materiais ambientalmente preferíveis,
qualidade do ambiente interno, consumo de água.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2017), AISHE (2009) e
SAQ (2009).

A proposta desses indicadores não é adequada à realidade das


universidades federais brasileiras pelos mesmos motivos conjunturais
mencionados no Ar e Clima. Todavia, novas práticas devem ser
incentivadas e incorporadas à gestão quanto à redução de consumo de
energia e água, redução e gestão de resíduos e incorporá-las aos projetos
básicos das construções das edificações universitárias. Como processo
evolutivo, é plausível conceber uma forma de mensurar a incorporação
dessas práticas ao longo do tempo.
Dessa forma, é possível desenvolver um modelo de medida que
traduza o quanto as organizações estão “caminhando na direção de
240

implementar essas variáveis na gestão”, transformando um indicador


estático (ter ou não essas práticas e certificações), em dinâmico (medir a
incorporação contínua delas no tempo). Para tanto, o indicador agrupado
“diretrizes ou políticas de construção verde englobam impactos no local
e entorno, consumo de energia, uso de materiais ambientalmente
preferíveis, qualidade do ambiente interno, consumo de água” será
trabalhado de forma específica nos critérios subsequentes: energia, solo,
compra e água.
Conforme o objetivo deste estudo em propor indicadores
adaptados à realidade das IFES para implementação em um curto espaço
de tempo, os indicadores referentes ao critério Edificações estão
dispostos a seguir, no quadro 57.

Quadro 57: Proposta de indicadores do critério Edificações para IFES


brasileiras
EDIFICAÇÕES
OP - 03 Operações de construção, reforma e manutenção
1) Porcentagem da área construída ou reformada de edificações que possui
políticas ou normas que apoiam critérios sustentáveis em relação a área total
de edificações.
Fonte: Elaborado pela autora (2018).

5.2.3 Critério 03 - Energia

O critério Energia abrange os créditos “Consumo de energia do


edifício” e “Energia limpa e renovável”, que buscam identificar
instituições que estão modificando sua estrutura de funcionamento, por
meio da redução do consumo de energia, conservação e eficiência, bem
como a utilização de fontes alternativas de energia, como a solar ou
eólica. São considerados também para esse critério, fontes renováveis
locais como a biomassa para aquecimento. Há também o sistema
térmico solar concentrada, sistemas geotérmicos que geram eletricidade,
energia hidrelétrica de baixo impacto, fotovoltaico solar, onda e energia
das marés e vento.
As preocupações com o impacto do critério Energia, conforme já
verificado, tem sido foco das atenções dos legisladores no âmbito
mundial, bem como nacional. Conforme análise normativa, esse
critério vai ao encontro da Lei n.º 8.666 de 1993, que em seu art. 3º
objetiva a promoção de desenvolvimento nacional sustentável
241

(BRASIL, 1993). Verifica-se a previsão de instaurar a eficiência


energética na Lei n.º 10.295 de 2001, estabelecendo em seu art. 2º
“níveis máximos de consumo específico de energia e, ou mínimos de
eficiência energética, de máquinas e aparelhos consumidores de energia
fabricados ou comercializados no País, com base em indicadores
técnicos pertinentes”. Essa ponderação é realizada com base em valores,
técnicas e que sejam economicamente viáveis, considerando a vida útil
dos equipamentos (BRASIL, 2001).
A inserção da eficiência energética nas contratações públicas
também é preconizada no Decreto 8.189 de 2014 em seu art. 34, quando
menciona a competência da Secretaria de Logística e Tecnologia da
Informação quanto a gestão dos recursos de logística sustentável, no
âmbito do Sistema de Administração de Serviços Gerais – SISG, como
órgão central do sistema. Esta norma menciona no art. 35 que cabe ao
Departamento de Logística-DELOG/SLTI, “formular e promover a
implementação de políticas e diretrizes relativas à gestão sustentável de
materiais, de obras e serviços, de transportes, de comunicações
administrativas e de licitações e contratações da administração pública
federal direta”.
A obrigatoriedade da utilização de etiquetagem regulamentado
pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem – PBE, conforme divulgada
pelo Inmetro, deverá ser exigido, nos instrumentos convocatórios, e que
os modelos dos bens fornecidos estejam classificados com classe de
eficiência “A” na Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE)
vigente no período da aquisição, sendo determinado no art. 3º da IN
02/2014 que:

§ 1º Quando não existir, no período de aquisição,


um mínimo de três fornecedores com modelos
etiquetados com a ENCE classe “A” para a sua
categoria, devem ser admitidos produtos
etiquetados com as ENCEs nas duas classes mais
eficientes que possuam um mínimo de três
fornecedores com modelos etiquetados, admitida a
complementação de números de fornecedores de
uma classe com a de outra.
§ 2º No caso de máquinas e aparelhos
consumidores de energia cuja etiquetagem, no
âmbito do PBE, não seja baseada em classes de
eficiência, o edital de licitação exigirá que os
modelos de bens fornecidos apresentem ENCE
242

que, nestes casos, possui caráter informativa e não


classificatória (BRASIL, 2014).

Figura 13: Marcos regulatórios - Critério Energia

Fonte: MPOG (2015).

A partir da verificação desses marcos regulatórios estabelecidos


na legislação federal, bem como os verificados anteriormente, é possível
acompanhar o avanço no critério de eficiência energética com vistas à
promoção de desenvolvimento sustentável, por meio da comunhão de
esforços entre diferentes atores, tais como Ministério do Planejamento,
Meio ambiente, Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e
algumas universidades, tais como UNB e UFSC que participam da Rede
de Eficiência Energética em Edificações.
Quanto ao incentivo à produção de energia renovável, foi criado
o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas - PROINFA,
oficializado pela Lei n.º 10.438/2002. O programa objetiva ampliar a
participação de fontes alternativas renováveis26 (pequenas centrais
hidrelétricas, usinas eólicas e empreendimentos termelétricos a
26
Fontes alternativas renováveis: cabe salientar a importância de verificação e
ponderação de impacto e risco da fonte geradora de energia. Para esse estudo,
partiu-se do pressuposto que o impacto ou dano ambiental da fonte geradora de
energia convencional (hidroelétrica) é mais nefasto que as chamadas fontes
alternativas; no entanto, não deve ser ignorado os riscos potenciais graves de
fontes como a nuclear, térmica e carbonífera por exemplo.
243

biomassa) na produção de energia elétrica, privilegiando


empreendedores que não tenham vínculos societários com
concessionárias de geração, transmissão ou distribuição (BRASIL,
2002b).
No ano de 2013, foi proposto um projeto de lei no Senado
Nacional, que sugeria a isenção de componentes necessários para a
instalação de geração elétrica, a partir de energia solar. A proposta,
aprovada em 2015, garantia que a instalação de novas plantas de
geração e micro geração, sejam adquiridas com a isenção de diversos
impostos, assim como a isenção de taxas na conta de luz que utilize a
geração solar.
Foi aprovada em dezembro de 2017 a medida prevista no Projeto
de Lei n.º 5106/2016, que torna obrigatória a utilização de percentuais
mínimos de energia provindas de fontes renováveis em projetos de
irrigação pública. O objetivo é estimular o desenvolvimento das
tecnologias envolvidas e a conservação do meio ambiente e estabelece
prazo de cinco anos para que os projetos já instalados sejam adaptados
aos patamares fixados. Prevê ainda a realização de audiência pública
com representantes dos setores energético e agrícola para discutir os
critérios técnicos e os percentuais a serem adotados (BRASIL, 2016a).
Fica evidente que a legislação específica, referente ao crédito
Consumo de Energia dos Edifícios, encontra-se mais desenvolvida com
previsão e metas já estabelecidas para os órgãos públicos, a exemplo das
metas projetas pelo Programa Nacional de Eficiência Energética - PNEF
que estabelece uma redução de 10% do consumo projetado para 2030 e
de 5% por meio de programas de indução; e quanto a etiquetagem
obrigatória para prédios públicos, a ser implantada até 2020, prédios
comerciais e de Serviços até 2025 e prédios residenciais até 2030.
Considerando o fato de que há uma relativa maturidade
legislativa e a possibilidade de inserção nos processos licitatórios de
critérios específicos previstos em lei, torna-se mais viável a implantação
de indicadores específicos relativos a esta variável no contexto nacional.
Diante da exposição, segue os indicadores estabelecidos pelo
instrumento analisado, conforme quadro 58.
244

Quadro 58: Indicadores do critério Energia com base nos instrumentos


estudados
ENERGIA
OP - 05 Consumo de energia dos edifícios
1) Consumo total de energia dos edifícios por unidade de área útil.
2) Relação entre o local de origem e a eletricidade adquirida na rede
(transmissão).
3) Graus de aquecimento e refrigeração por dia e por ano de desempenho.
4) Área de espaço de consumo intensivo de energia, ano de desempenho.
5) Área útil ajustada por consumo médio anual, ano de desempenho (m²).
ENERGIA
OP - 06 Energia limpa e renovável
1) Consumo total de energia (todas as fontes, excluindo combustíveis de
transporte).
2) Total de eletricidade limpa e renovável gerada no local e para a qual a
instituição retém ou retirou os atributos ambientais.
3) Energia renovável (fora da rede convencional disponibilizada), gerada no
local.
4) Total de créditos de energia Renovável de terceiros, garantias de origem,
produtos de energia renovável similares de terceiros (incluindo eletricidade
renovável adquirida por meio de uma opção de energia verde certificada
fornecida pela concessionária) adquiridos durante o ano de desempenho.
5) Porcentagem de uso de eletricidade, por fonte (biomassa, carvão,
geotérmico, hidro, gás natural, nuclear, fotovoltaico solar, e eólica).
6) Porcentagem de uso de eletricidade nos edifícios, por fonte (biomassa,
carvão, geotérmico, hidro, gás natural, nuclear, fotovoltaico solar, eólica,
outro.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2017), AISHE (2009) e
SAQ (2009).

Conforme a disposição desse estudo em propor indicadores


adaptados à realidade das universidades federais brasileiras, que sejam
possíveis de implementação em um curto espaço de tempo, seguem os
indicadores referentes ao critério Energia, no quadro 59.
245

Quadro 59: Proposta de indicadores do critério Energia para IFES brasileiras


ENERGIA
OP - 05 Consumo de energia dos edifícios
1) Consumo total de energia por edifício por unidade de área útil.
OP - 06 Energia limpa e renovável
1) Porcentagem de uso de eletricidade, por fonte alternativa (biomassa,
carvão, geotérmico, hidro, gás natural, nuclear, fotovoltaico solar, eólica) em
relação à fonte convencional.
Fonte: Elaborado pela autora (2018).

5.2.4 Critério 04 - Alimentos e Serviços de Refeição

O critério Alimentos e Serviços de Refeição e abrange os créditos


“Compras de alimentos e bebidas” e “Alimentação sustentável”. Tem
como objetivo identificar as instituições que apoiam um sistema de
produção alimentar sustentável, considerando a utilização, ou não, de
defensivos agrícolas e a consequente contaminação das águas, bem
como a condição de vida do trabalhador quanto a sua exposição e
severas condições de vida por exposição a essas substâncias. Observa,
também a procedência de alimentos, o desperdício e o impacto
financeiro da sua produção ou destino final e demais atividades que
circundam a cadeia de produção e descarte.
A análise normativa do critério Alimentos e Serviços de
Refeição, evidenciou que a política agrícola normatizada pela Lei n.º
8.171/1991 menciona o dever do poder público em proteger o meio
ambiente, buscando o uso racional e a recuperação de seus recursos,
disciplinando e fiscalizando o solo, água, fauna e flora. Percebe-se a
necessidade de trabalhar a agricultura por meio da perspectiva orgânica,
conforme prevê a Lei n.º 10.831/2003, no art. 1º que um sistema
orgânico de produção agropecuária é o sistema em que:

(...) adotam técnicas específicas, mediante a


otimização do uso dos recursos naturais e
socioeconômicos disponíveis e o respeito à
integridade cultural das comunidades rurais, tendo
por objetivo a sustentabilidade econômica e
ecológica, a maximização dos benefícios sociais, a
minimização da dependência de energia não-
renovável, empregando, sempre que possível,
métodos culturais, biológicos e mecânicos, em
246

contraposição ao uso de materiais sintéticos, a


eliminação do uso de organismos geneticamente
modificados e radiações ionizantes, em qualquer
fase do processo de produção, processamento,
armazenamento, distribuição e comercialização, e
a proteção do meio ambiente (BRASIL, 2003).

Dessa forma, o Decreto 6.323/2007 prevê formas de certificação


para essa forma de produção, no art. 2º, inciso III define certificação
orgânica como um organismo de avaliação da “conformidade
credenciado dá garantia por escrito de que uma produção ou um
processo claramente identificado foi metodicamente avaliado e está em
conformidade com as normas de produção orgânica vigentes;”. Nesta
mesma normativa prescreve no art. 3º suas diretrizes, conforme quadro
60.

Quadro 60: Diretrizes da agricultura orgânica (continua)


Contribuição da rede de produção orgânica ao desenvolvimento local, social
1
e econômico sustentáveis.
Manutenção de esforços contínuos da rede de produção orgânica, no
2 cumprimento da legislação ambiental e trabalhista, pertinentes na unidade
de produção, considerada na sua totalidade.
Desenvolvimento de sistemas agropecuários baseados em recursos
3
renováveis e organizados localmente.
Incentivo à integração da rede de produção orgânica e à regionalização da
4 produção e comércio dos produtos, estimulando a relação direta entre o
produtor e o consumidor final.
Inclusão de práticas sustentáveis em todo o seu processo, desde a escolha
5 do produto a ser cultivado, até sua colocação no mercado, incluindo o
manejo dos sistemas de produção e dos resíduos gerados.
Preservação da diversidade biológica dos ecossistemas naturais e a
recomposição ou incremento da diversidade biológica dos ecossistemas
6
modificados em que se insere o sistema de produção, com especial atenção
às espécies ameaçadas de extinção.
Relações de trabalho baseadas no tratamento com justiça, dignidade e
7
eqüidade, independentemente das formas de contrato de trabalho.
Consumo responsável, comércio justo e solidário, baseados em procedimentos
8
éticos.
Oferta de produtos saudáveis, isentos de contaminantes, oriundos do
emprego intencional de produtos e processos que possam gerá-los e que
9
ponham em risco o meio ambiente e a saúde do produtor, do trabalhador
ou do consumidor.
247

Quadro 60: Diretrizes da agricultura orgânica (conclusão)


Uso de boas práticas de manuseio e processamento, com o propósito de
10 manter a integridade orgânica e as qualidades vitais do produto em todas as
etapas.
Adoção de práticas na unidade de produção que contemplem o uso
11 saudável do solo, da água e do ar, de modo a reduzir ao mínimo todas as
formas de contaminação e desperdícios desses elementos.
Utilização de práticas de manejo produtivo que preservem as condições de
12
bem-estar dos animais.
Incremento dos meios necessários ao desenvolvimento e equilíbrio da
13
atividade biológica do solo.
Emprego de produtos e processos que mantenham ou incrementem a
14
fertilidade do solo em longo prazo.
Reciclagem de resíduos de origem orgânica, reduzindo ao mínimo o
15
emprego de recursos não-renováveis.
Conversão progressiva de toda a unidade de produção para o sistema
16
orgânico.
Fonte: Adaptado de BRASIL (2007b).

A finalidade do sistema orgânico também é relevante para a


compreensão do foco estabelecido pela Lei n.º 10.831/2003, no art. 1º, §

I – a oferta de produtos saudáveis isentos de


contaminantes intencionais;
II – a preservação da diversidade biológica dos
ecossistemas naturais e a recomposição ou
incremento da diversidade biológica dos
ecossistemas modificados em que se insere o
sistema de produção;
III – incrementar a atividade biológica do solo;
IV – promover um uso saudável do solo, da água
e do ar, e reduzir ao mínimo todas as formas de
contaminação desses elementos que possam
resultar das práticas agrícolas;
V – manter ou incrementar a fertilidade do solo a
longo prazo;
VI – a reciclagem de resíduos de origem orgânica,
reduzindo ao mínimo o emprego de recursos não-
renováveis;
VII – basear-se em recursos renováveis e em
sistemas agrícolas organizados localmente;
VIII – incentivar a integração entre os diferentes
segmentos da cadeia produtiva e de consumo de
248

produtos orgânicos e a regionalização da produção


e comércio desses produtos;
IX – manipular os produtos agrícolas com base no
uso de métodos de elaboração cuidadosos, com o
propósito de manter a integridade orgânica e as
qualidades vitais do produto em todas as etapas
(BRASIL, 2003).

O Decreto n.º 6.323/2007 afirma ainda no art. 5º que as relações


de trabalho devem ser pautadas em um ambiente seguro, salubre, com
limpeza e ordem, bem como sejam realizadas capacitações dos
trabalhadores, visando a melhoria da prestação de serviço e da qualidade
de vida (BRASIL, 2007b). As diretrizes mencionadas, por meios das
práticas estabelecidas, deverão ser fiscalizadas por órgãos competentes
que realizam auditorias técnicas quanto aos métodos e práticas adotadas,
bem como a coleta de amostras, verificam procedências, acompanham
diferentes fases de recebimento, manipulação, entre outras, devendo
notificar, e lavrar infrações quando for o caso, havendo sanções
específicas para cada caso. Visando melhorar a forma de produção das
atividades agropecuárias, a Lei n.º 12.805/2013 estabelece no art. 1º que
um dos objetivos é “melhorar, de forma sustentável, a produtividade, a
qualidade dos produtos e a renda das atividades agropecuárias, por meio
da aplicação de sistemas integrados de exploração de lavoura, pecuária e
floresta em áreas já desmatadas (...)” (BRASIL, 2013b).
A Lei n.º 12.805/2013 vem reforçar como princípios desta
regulamentação no art. 2º, a necessidade de “(...) IV - integração do
conhecimento tradicional sobre uso sustentável dos recursos naturais;
(...) VI - cooperação entre os setores público e privado e as organizações
não governamentais;” a fim estabelecer maior solidez no âmbito da
produção agrícola de uma maneira menos danosa ao meio (BRASIL,
2013b).
Os agrotóxicos, seus componentes e afins, de acordo com
definição do art. 2º da Lei n.º 7802/1989 definiu que produtos só
poderão ser “produzidos, exportados, importados, comercializados e
utilizados, se previamente registrados em órgão federal, de acordo com
as diretrizes e exigências dos órgãos federais responsáveis pelos setores
da saúde, do meio ambiente e da agricultura” (BRASIL, 1989).
O uso de fertilizantes, bem como o compromisso de redução
previsto no Decreto n.º 7.390/2010, no art. 6º, estabelece algumas metas
para o setor agrícola, tais como: ampliação da integração lavoura-
pecuária-floresta em 4 milhões de hectares; expansão da adoção da
249

prática de plantio direto na palha em 8 milhões de hectares; expansão da


fixação biológica de nitrogênio em 5,5 milhões de hectares de áreas de
cultivo em substituição ao uso de fertilizantes nitrogenados; expansão
do plantio de florestas em 3,0 milhões de hectares; e ampliação do uso
de tecnologias para tratamento de 4,4 milhões de m³ de dejetos animais
(BRASIL, 2010d).
A inserção de critérios e práticas de empresas em prol da
sustentabilidade, quanto a procedência de produtos agrícolas e
valorização de produtores e matéria prima local, são incentivadas e
devem ser incluídas nas especificações dos processos licitatórios, bem
como incentivos estaduais e municipais para subsídio de compra de
produção orgânica para merenda escolar. As tratativas acerca da
inserção de critérios sustentáveis em processo de licitação serão mais
exploradas no critério específico de compra. Diante da abordagem
apresentada, segue os indicadores estabelecidos pelo instrumento
analisado, conforme quadro 61.

Quadro 61: Indicadores do critério Alimentos e Serviços de Refeição com base


nos instrumentos estudados (continua)
ALIMENTOS E SERVIÇOS DE REFEIÇÃO
OP - 07 Compras de alimentos e bebidas
1) Porcentagem de despesas com alimentos e bebidas em serviços de refeições que
seguem padrões reconhecidos de sustentabilidade de alimentos e bebidas ou de
produção local e comunitária.
2) Porcentagem do total de gastos com serviços de refeições em alimentações
convencionais.
3) Quais dos seguintes provedores de serviços de alimentação estão presentes no
campus e seguem padrões de sustentabilidade incluídos no total de despesas com
alimentos e bebidas? (operações de refeições e serviços de buffet operados pela
instituição, operações de refeições e serviços de buffet operados por um empreiteiro,
serviços de comida/refeições administrados por estudantes, franquias a exemplo de
marcas nacionais ou globais, lojas de conveniência, serviços de venda, concessões).
OP - 08 Alimentação sustentável
1) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições tem uma política de
restaurantes sustentáveis publicada?
2) A instituição ou o seu principal prestador de serviços de refeições obtêm alimentos
de um jardim ou fazenda do campus?
250

Quadro 61: Indicadores do critério Alimentos e Serviços de Refeição com base


nos instrumentos estudados (conclusão)
ALIMENTOS E SERVIÇOS DE REFEIÇÃO
OP - 08 Alimentação sustentável
3) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições abriga ou apoia algum
mercado de agricultores, agricultura realizada com apoio de comunidade ou programa de
pesca e/ou projeto de agricultura urbana, ou apoia tal programa na comunidade local?
4) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições tem um programa de
refeições veganas que disponibiliza diversas refeições veganas completas de proteína para
todos os membros da comunidade do campus em todas as refeições?
5) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições oferece eventos de
refeições de baixo impacto (segundas-feiras sem carne), ou sustentável (refeições de
colheita locais)?
6) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições organiza uma loja de
alimentos com tema de sustentabilidade no local ou informa os clientes sobre escolhas
alimentares de baixo impacto e práticas de sustentabilidade por meio de rotulagem e
sinalização em refeitório?
7) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições se engaja em esforços
para apoiar o aprendizado e a pesquisa sobre sistemas alimentares sustentáveis , ou tem
outras iniciativas relacionada à sustentabilidade (por exemplo, iniciativas de saúde e bem-
estar, disponibilizando opções culturalmente diversas)?
8) A instituição ou seu principal fornecedor de serviços de refeições participa de um
programa de competição e/ou usa um sistema de prevenção de desperdício de alimentos
para rastrear e melhorar suas práticas de gestão de alimentos, ou implementou refeições
sem bandeja (nas quais as bandejas não estão disponíveis nos refeitórios) e/ou
menus/porções modificadas para reduzir o desperdício de alimentos pós-consumo) ou
ainda trabalha com para reduzir o desperdício de embalagens de alimentos?
9) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições doam alimentos que, de
outra forma, seriam desperdiçados para alimentar as pessoas ou desviam materiais
alimentícios do aterro, incinerador ou esgoto para alimentação animal ou usos industriais
(por exemplo, conversão de óleo de cozinha em combustível, digestão anaeróbica no local)?
10) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições tem um programa de
compostagem pré-consumo ou pós-consumo?
11) A instituição ou seu contratante principal de serviços de refeições fornece recipientes
biodegradáveis27, reutilizáveis e/ou certificados de terceiros e utensílios de serviço para
efeiç es pa a viage ou oferece descontos ou outros incentivos para os clientes que
usam recipientes reutilizáveis?
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2017), AISHE (2009) e
SAQ (2009).

27
O custo de materiais biodegradáveis deve ser avaliado. A exemplo do
orçamento realizado na Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
(2018) acerca de sacolas biodegradáveis, para a mesma demanda o valor das
sacolas convencionais foi de R$8.000,00, enquanto que para as biodegradáveis
foi de R$30.000,00.
251

Assim, conforme o objetivo deste estudo em propor indicadores


adaptados à realidade das IFES, que sejam possíveis de implementação
em um curto espaço de tempo, seguem os indicadores referentes ao
critério Alimentos e Serviços de Refeição, no quadro 62.

Quadro 62: Proposta de indicadores do critério Alimentos e Serviços de


Refeição para IFES brasileiras
ALIMENTOS E SERVIÇOS DE REFEIÇÃO
OP - 07 Compras de alimentos e bebidas
1) Porcentagem de despesas com alimentos e bebidas e serviços de refeições
que seguem padrões de sustentabilidade ou de produção local em relação às
refeições convencionais.
OP - 08 Alimentação sustentável
1) Porcentagem de redução do desperdício de alimentos.
2) Quantidade de alimentos que seriam desperdiçados e que passam a ser
doados, reaproveitados28 ou destinados à compostagem.
Fonte: Elaborado pela autora (2018).

5.2.5 Critério 05 - Solo

O critério Solo abrange os créditos “Gestão da paisagem” e


“Biodiversidade” e busca identificar instituições que se preocupam com
seus terrenos na busca pela preservação de dos recursos, bem como da
fauna e flora, diminuindo a utilização de produtos químicos e tóxicos.
Conforme observado na análise normativa realizada, a Lei n.º
6.225/1975 traz no seu art. 3º a preocupação na manutenção do solo por
meio de “plano de proteção ao solo e de combate à erosão o conjunto de
medidas que visa a promover a racionalização do uso do solo e o
emprego de tecnologia adequada, objetivando a recuperação de sua
capacidade produtiva e a sua preservação” (BRASIL, 1975). No ano
seguinte, é estabelecido o Decreto n.º 77.775/1976 a fim de
regulamentá-la no art. 1º, acerca de áreas protegidas e do uso obrigatório
de planos de proteção à erosão. O art. 6º estabelece que, os proprietários
de terras localizadas nessas áreas protegidas em que há exploração
direta, “terão o prazo de 6 (seis) meses para dar início aos trabalhos de
proteção ao solo e de combate à erosão, e de 2 (dois) anos para concluí-

28
Conversão de óleo de cozinha em combustível, alimentação animal ou uso
industrial.
252

los, contados da data em que a discriminação for estabelecida pelo


Ministério da Agricultura” (BRASIL, 1976).
Além das responsabilidades de disciplinar e fiscalizar o uso
racional do solo, água, flora e fauna, a Lei n.º 8.171/1991 no art. 10
afirma que o poder público deve integrar instrumentos de planejamento
com os outros setores da economia e “desenvolver e manter atualizada
uma base de indicadores sobre o desempenho do setor agrícola, a
eficácia da ação governamental e os efeitos e impactos dos programas
dos planos plurianuais.” A pesquisa agrícola também é uma questão
abordada por essa lei que destaca os seguintes pontos no art. 12.

I - estar integrada à assistência técnica e extensão


rural, aos produtores, comunidades e
agroindústrias, devendo ser gerada ou adaptada a
partir do conhecimento biológico da integração
dos diversos ecossistemas, observando as
condições econômicas e culturais dos segmentos
sociais do setor produtivo;
II - dar prioridade ao melhoramento dos materiais
genéticos produzidos pelo ambiente natural dos
ecossistemas, objetivando o aumento de sua
produtividade, preservando ao máximo a
heterogeneidade genética;
III - dar prioridade à geração e à adaptação de
tecnologias agrícolas destinadas ao
desenvolvimento dos pequenos agricultores,
enfatizando os alimentos básicos, equipamentos e
implementos agrícolas voltados para esse público;
IV - observar as características regionais e gerar
tecnologias voltadas para a sanidade animal e
vegetal, respeitando a preservação da saúde e do
meio ambiente (BRASIL, 1991).

O Decreto de 15 de setembro de 2010 que trata de prevenção e


controle de desmatamento por meio das seguintes diretrizes, no art. 2º:

I - integração e aperfeiçoamento das ações de


monitoramento e controle de órgãos federais,
visando à regularização ambiental das
propriedades rurais, gestão florestal sustentável e
combate às queimadas;
253

II - ordenamento territorial, visando à conservação


da biodiversidade, proteção dos recursos hídricos
e uso sustentável dos recursos naturais; e
III - incentivo a atividades econômicas
ambientalmente sustentáveis, manutenção de
áreas nativas e recuperação de áreas degradadas.
§ 1o No âmbito das diretrizes dispostas neste
artigo, devem ser priorizadas as áreas
consideradas de maior importância para a
biodiversidade e para os recursos hídricos do
bioma, as unidades de conservação, as terras
indígenas e quilombolas e os Municípios com
índices elevados de desmatamento.
§ 2o Os Municípios de que trata o § 1o serão
periodicamente identificados em ato próprio do
Ministro de Estado do Meio Ambiente (BRASIL,
2010c).

Uma política de integração entre lavoura-pecuária e floresta, por


meio da Lei n.º 12.805/2013 apresenta no art. 1º os objetivos dispostos
no quadro 63.

Quadro 63: Objetivos Lei n.º 12.805/2013 (continua)


Melhorar, de forma sustentável, a produtividade, a qualidade dos produtos e
a renda das atividades agropecuárias, por meio da aplicação de sistemas
1
integrados de exploração de lavoura, pecuária e floresta em áreas já
desmatadas, como alternativa aos monocultivos tradicionais.
Mitigar o desmatamento provocado pela conversão de áreas de vegetação
2 nativa em áreas de pastagens ou de lavouras, contribuindo, assim, para a
manutenção das áreas de preservação permanente e de reserva legal.
Estimular atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica,
assim como atividades de transferência de tecnologias voltadas para o
3
desenvolvimento de sistemas de produção que integrem, entre si, ecológica e
economicamente, a pecuária, a agricultura e a floresta.
Estimular e promover a educação ambiental, por meio de ensino de
diferentes disciplinas, em todos os níveis escolares, assim como para os
4 diversos agentes das cadeias produtivas do agronegócio, tais como
fornecedores de insumos e matérias-primas, produtores rurais, agentes
financeiros, e para a sociedade em geral.
Promover a recuperação de áreas de pastagens degradadas, por meio de
5 sistemas produtivos sustentáveis, principalmente da integração lavoura-
pecuária-floresta.
254

Quadro 63: Objetivos Lei n.º 12.805/2013 (conclusão)


Apoiar a adoção de práticas e de sistemas agropecuários conservacionistas que
6 promovam a melhoria e a manutenção dos teores de matéria orgânica no solo e
a redução da emissão de gases de efeito estufa.
Diversificar a renda do produtor rural e fomentar novos modelos de uso da
7 terra, conjugando a sustentabilidade do agronegócio com a preservação
ambiental.
Difundir e estimular práticas alternativas ao uso de queimadas na agropecuária,
com vistas a mitigar seus impactos negativos nas propriedades químicas, físicas
8
e biológicas do solo e, com isso, reduzir seus danos sobre a flora e a fauna e a
emissão de gases de efeito estufa.
Fomentar a diversificação de sistemas de produção com inserção de recursos
florestais, visando à exploração comercial de produtos madeireiros e não
9 madeireiros por meio da atividade florestal, a reconstituição de corredores de
vegetação para a fauna e a proteção de matas ciliares e de reservas florestais,
ampliando a capacidade de geração de renda do produtor.
Estimular e difundir sistemas agrossilvopastoris aliados às práticas
10
conservacionistas e ao bem-estar animal.
Fonte: BRASIL (2013).

O Decreto n.º 9.414/2018 institui o Programa Nacional de


Levantamento e Interpretação de Solos do Brasil – PronaSolos; no art.
2º apresenta os seguintes objetivos para estabelecer as áreas prioritárias
e uma agenda de trabalho para execução e levantamento de solos em
escalas geográficas iguais a 1:100.000 ou mais detalhadas, executar os
levantamentos de solos e as suas interpretações; estruturar e
operacionalizar o sistema nacional de informação sobre solos, de acesso
público; implementar as inovações em levantamento de solos. Para a
consecução desses objetivos, espera-se a cooperação entre órgãos e as
entidades federais, estaduais, distritais e municipais, a sociedade civil e
o setor privado. Na sequência, o art. 3º deverá considerar para o trabalho
de levantamento dos solos:

I - as potencialidades e as limitações de recursos


naturais para atender às necessidades de uso e
ocupação sustentável do solo e da água;
II - as mudanças ocorridas na qualidade do solo
resultantes de utilizações anteriores, incluído o
impacto das tecnologias, das técnicas e das
práticas de manejo do solo, das culturas, das
pastagens e das florestas;
255

III - os estudos prospectivos e os outros aspectos


relacionados com o uso, a conservação, a
recuperação e o manejo do solo; e
IV - os planos de uso e ocupação da terra, os
planos de manejo, de recuperação e de
conservação de solos, o ordenamento territorial e
os zoneamentos realizados para diversos fins.
§ 1º Os estudos elaborados e disponibilizados pelo
PronaSolos servirão de orientação para os planos
e os programas governamentais de recuperação,
de conservação, de uso e de manejo sustentável do
solo e dos recursos naturais correlatos.
§ 2º Os dados referentes ao PronaSolos serão
disponibilizados nos termos do disposto na Lei nº
12.527, de 18 de novembro de 2011.
§ 3º Os estudos elaborados em áreas militares ou
de interesse da defesa nacional e a eventual
divulgação de seus resultados dependerão de
anuência prévia do Ministério da Defesa, ouvido o
respectivo comandante da Força Armada
responsável pela administração da área objeto do
estudo (BRASIL, 2018b).

Segundo o Decreto n.º 9.414/2018, no art. 9º, as despesas


decorrentes da implementação do PronaSolos correrão à conta da
dotação orçamentária consignada anualmente ao Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, observados os limites de
movimentação, empenho e pagamento da programação orçamentária e
financeira anual. Considerando os elementos apresentados, seguem os
indicadores estabelecidos pelo instrumento analisado, conforme quadro
64.

Quadro 64: Indicadores do critério Solo com base nos instrumentos estudados
(continua)
SOLO
OP - 09 Gestão da paisagem
1) Área total de terrenos manejados área gerenciada de acordo com um programa
de Manejo Integrado de Pragas (MIP) que usa uma abordagem de quatro níveis
(m²); área gerenciada de acordo com um padrão orgânico de cuidado da terra ou
programa de manejo que tenha eliminado o uso de fertilizantes inorgânicos e
pesticidas químicos, fungicidas e herbicidas em favor de materiais ecologicamente
preferíveis; área gerenciada usando práticas convencionais de gerenciamento de
paisagem, que podem incluir alguns princípios ou técnicas de MIP (m²).
256

Quadro 64: Indicadores do critério Solo com base nos instrumentos estudados
(conclusão)
SOLO
OP - 09 Gestão da paisagem
2) Porcentagem de solos geridos de acordo com um programa MIP.
3) Porcentagem de solos geridos em conformidade com um programa biológico.
OP - 10 Biodiversidade
1) A instituição possui ou administra terras que incluem ou são adjacentes a
áreas legalmente protegidas (UC, APP), áreas internacionalmente reconhecidas,
locais prioritários para a biodiversidade e/ou regiões de importância para
conservação?
2) A instituição realizou uma avaliação ou avaliações para identificar espécies
ameaçadas e vulneráveis (incluindo espécies migratórias) com habitats em terras
de propriedade ou administradas pela instituição?
3) A instituição realizou uma avaliação ou avaliações para identificar áreas
ambientalmente sensíveis em terras de propriedade ou administradas pela
instituição?
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2017), AISHE (2009) e
SAQ (2009).

Assim, conforme a disposição desse estudo em propor


indicadores adaptados à realidade das universidades federais brasileiras,
que sejam possíveis de implementação em um curto espaço de tempo,
seguem os indicadores referentes ao critério Solo, no quadro 65.

Quadro 65: Proposta de indicadores do critério Solo para IFES brasileiras


SOLO
OP - 09 Gestão da paisagem
1) Porcentagem da área total manejo que possui manejo diferenciado.
OP - 10 Biodiversidade
1) Porcentagem da área total protegida (UC, APP) que possui manejo
diferenciado para proteção da biodiversidade.
2) Porcentagem da área total protegida (UC, APP) que possui manejo
diferenciado com inventário da biodiversidade.
Fonte: Elaborado pela autora (2018).
257

5.2.6 Critério 06 - Compras

O critério Compras abrange os créditos “Compras sustentáveis”,


“Compras de eletrônicos”, “Compras de limpeza e zeladoria” e
“Compras de papel de escritório”.
Conforme observado na análise normativa, a Instrução
Normativa n.º 001/2010 aborda práticas sustentáveis na aquisição de
bens e serviços. Apesar de apresentar em seu escopo a ênfase ambiental,
é possível observar uma miscelânea desses elementos, especialmente
quanto à preocupação que a gestão pública deve destinar às questões
sociais, como verificado no art. 6º, inciso VI no estabelecimento de
obrigação junto à contratada na efetivação de serviços, a promover e
realizar a separação dos resíduos recicláveis descartados “e a sua
destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais
recicláveis” (BRASIL, 2010a).
O Decreto n.º 7.746/2012, que regulamenta o artigo 3º da Lei nº
8.666/93, detalha em seu artigo 4º, as diretrizes de sustentabilidade: I –
menor impacto sobre recursos naturais como flora, fauna, ar, solo e
água; II – preferência para materiais, tecnologias e matérias-primas de
origem local; III – maior eficiência na utilização de recursos naturais
como água e energia; IV – maior geração de empregos,
preferencialmente com mão de obra local; V – maior vida útil e menor
custo de manutenção do bem e da obra; VI – uso de inovações que
reduzam a pressão sobre recursos naturais; e VII - origem sustentável
dos recursos naturais utilizados nos bens, nos serviços e nas obras; e
VIII - utilização de produtos florestais madeireiros e não madeireiros
originários de manejo florestal sustentável ou de reflorestamento
(BRASIL, 1993, 2012b).
O Decreto 9.178/2017, no art. 1º altera alguns aspectos do
Decreto 7.746/2012, como o art. 2º que passa a incluir

Este Decreto regulamenta o art. 3º da Lei nº 8.666,


de 21 de junho de 1993, para estabelecer critérios
e práticas para a promoção do desenvolvimento
nacional sustentável por meio das contratações
realizadas pela administração pública federal
direta, autárquica e fundacional e pelas empresas
estatais dependentes, e institui a Comissão
Interministerial de Sustentabilidade na
Administração Pública - CISAP (BRASIL, 2012b,
2017).
258

Na sequência, ainda no mesmo artigo, estabelece também, de


forma mais objetiva, a inserção de critérios sustentáveis nos termos de
referência das compras públicas “Na aquisição de bens e na contratação
de serviços e obras, a administração pública federal direta, autárquica e
fundacional e as empresas estatais dependentes adotarão critérios e
práticas sustentáveis nos instrumentos convocatórios, observado o
disposto neste Decreto”. Essas alterações são expressas em parágrafo
único “A adequação da especificação do objeto da contratação e das
obrigações da contratada aos critérios e às práticas de sustentabilidade
será justificada nos autos, resguardado o caráter competitivo do
certame”.
Outras alterações trazidas nesse processo podem ser verificadas
no quadro 66.

Quadro 66: Práticas sustentáveis nas compras públicas


Art. 5º A administração pública federal direta, autárquica e fundacional e as
empresas estatais dependentes poderão exigir no instrumento convocatório para
a aquisição de bens que estes sejam constituídos por material renovável,
reciclado, atóxico ou biodegradável, entre outros critérios de sustentabilidade."
Art. 8º A comprovação das exigências apresentadas no instrumento convocatório
poderá ser feita por meio de certificação emitida ou reconhecida por instituição
pública oficial ou instituição credenciada ou por outro meio definido no
instrumento convocatório.
Art. 9º Fica instituída a Comissão Interministerial de Sustentabilidade na
Administração Pública - CISAP, de natureza consultiva e caráter permanente,
vinculada à Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento,
Desenvolvimento e Gestão, com a finalidade de propor a implementação de
critérios, práticas e ações de logística sustentável no âmbito da administração
pública federal direta, autárquica e fundacional e das empresas estatais
dependentes.
Art. 15. Compete à Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento,
Desenvolvimento e Gestão, como órgão central do Sistema de Serviços Gerais -
SISG, expedir normas complementares sobre critérios, práticas e ações de
logística sustentável.
Art. 16. A administração pública federal direta, autárquica e fundacional e as
empresas estatais dependentes deverão elaborar e implementar Planos de
Gestão de Logística Sustentável, conforme ato editado pela Secretaria de Gestão
do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.
Fonte: BRASIL (2017).

Diante da abordagem apresentada, segue os indicadores


estabelecidos pelo instrumento analisado, conforme quadro 67.
259

Quadro 67: Indicadores do critério Compras com base nos instrumentos


estudados (continua)
COMPRAS
OP - 11 Compras sustentáveis
1) A instituição possui políticas, diretrizes ou diretivas escritas que buscam
apoiar a compra sustentável em todas as categorias de commodities em toda a
instituição?
2) A instituição utiliza a Análise de Custo do Ciclo de Vida ao avaliar produtos e
sistemas que usam energia e água?
3) A instituição publicou critérios de sustentabilidade a serem aplicados ao
avaliar produtos e serviços quimicamente intensivos?
4) A instituição publicou critérios de sustentabilidade a serem aplicados na
avaliação de produtos de construção e reforma?
5) A instituição publicou critérios de sustentabilidade a serem aplicados ao
avaliar produtos e serviços de Tecnologia da Informação?
6) A instituição publicou critérios de sustentabilidade a serem aplicados na
avaliação de serviços de alimentação?
7) A instituição publicou critérios de sustentabilidade a serem aplicados na
avaliação de roupas de cama?
8) A instituição publicou critérios de sustentabilidade a serem aplicados na
avaliação de serviços profissionais?
9) A instituição publicou critérios de sustentabilidade a serem aplicados na
avaliação de transporte e combustíveis?
10) A instituição publicou critérios de sustentabilidade a serem aplicados na
avaliação de produtos de madeira e papel?
11) A instituição publicou critérios de sustentabilidade a serem aplicados ao
avaliar produtos e serviços em outras categorias de commodities que a
instituição determinou ter impactos significativos de sustentabilidade?
OP - 12 Compras de eletrônicos
1) Despesas totais em computadores de mesa e laptops, monitores,
tablets/lousas, televisões e equipamentos de imagem.
2) Porcentagem de gastos em produtos eletrônicos certificados pela EPEAT Gold
3) Os números informados acima incluem equipamentos alugados?
OP - 13 Compras de limpeza e zeladoria
1) Despesas totais em produtos de limpeza.
2) Despesas totais em produtos de papel de zeladoria.
3) Despesas com produtos de papel de zeladoria certificados.
4) Porcentagem de gastos com produtos de limpeza e zeladoria que são
certificados por terceiros para atender a padrões de sustentabilidade
reconhecidos.
260

Quadro 67: Indicadores do critério Compras com base nos instrumentos


estudados (conclusão)
COMPRAS
OP - 14 Compras de papel de escritório
1) Despesas totais em papel de escritório.
2) Despesas com papel de escritório com os diferentes níveis de conteúdo
reciclado, agrícola e/ou certificado pelo Conselho de Manejo Florestal - FSC
(Forest Stewardship Council).
3) Porcentagem de gastos em papel de escritório que são de 90% a 100%
reciclados pós-consumo e/ou conteúdo de resíduos agrícolas e/ou rótulo FSC
Reciclado (%).
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2017), AISHE (2009) e
SAQ (2009).

A partir do levantamento apresentado por meio das normas


brasileiras acerca do critério Compra, segue o quadro 68 com indicador
adaptado e possível de ser aplicado nas universidades brasileiras.

Quadro 68: Proposta de indicadores do critério Compras para IFES brasileiras


COMPRA
OP - 11 Compras sustentáveis

1) Porcentagem das compras da instituição que possui políticas ou normas que


apoiam a compra sustentável.29
Fonte: Elaborado pela autora (2018).

5.2.7 Critério 07 - Transporte

O critério Transporte abrange os créditos “Frota do campus”,


“Intermodalidade no transporte de estudantes”, “Intermodalidade no
transporte de empregados” e “Suporte para transporte sustentável”. A
importância dessa discussão, como já mencionado, recai sobre o fato da
contribuição de veículos tradicionais na emissão de gases do efeito
estufa GEE e outros poluentes. Assim sendo, há de se pensar em formas
alternativas de locomoção e de veículos mais eficientes.
Conforme verificado na análise normativa, a CGRL estabeleceu
orientações sobre o uso do transporte contratado pelo Ministério de

29
O que for comprado por meio de licitação sustentável já está escrito e
publicado nos editais, especificação do item, termo de referência, por meio com
a presença de um responsável técnico e de uma comissão.
261

Minas e Energia (MME) subsidiado pelos seguintes normativos:


Decreto n.º 6.403, de 17 de março de 2008; Instrução Normativa n.º 3,
de 15 de maio de 2008, da SLTI/MP; e o art. 8º do Decreto n.º 5.992, de
19 de dezembro de 2006, que foram revogados pelo Decreto n.º
9.287/2018, que estabelece, no art. 8º:

Os órgãos, as autarquias e as fundações da


administração pública federal deverão considerar
todos os modelos de contratação praticados pela
administração pública federal para prestação de
serviço de transporte de material e de pessoal a
serviço, de que trata o art. 4º, e adotar aquele que
for comprovadamente mais vantajoso em
comparação ao modelo vigente.
§ 1º A aquisição de veículos deverá ser adotada
somente quando comprovada a sua vantajosidade
econômica em relação à adoção de qualquer dos
demais modelos de contratação praticados pela
administração pública federal (BRASIL, 2018a).

A Instrução Normativa n.º 02/2014 traz no art. 3º a necessidade


de que nas aquisições públicas ou locações de máquinas e aparelhos
consumidores de energia, estejam regulamentados no âmbito do
Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), conforme publicação no
sítio eletrônico do Inmetro e deverá ser exigido, nos instrumentos
convocatórios, que os modelos dos bens fornecidos estejam
classificados com classe de eficiência "A" na Etiqueta Nacional de
Conservação de Energia (ENCE) vigente no período da aquisição. Dessa
forma:

§1º Quando não existir, no período de aquisição,


um mínimo de três fornecedores com modelos
etiquetados com a ENCE classe "A" para a sua
categoria, devem ser admitidos produtos
etiquetados com as ENCEs nas duas classes mais
eficientes que possuam um mínimo de três
fornecedores com modelos etiquetados, admitida a
complementação de números de fornecedores de
uma classe com a de outra.
§2º No caso de máquinas e aparelhos
consumidores de energia cuja etiquetagem, no
âmbito do PBE, não seja baseada em classes de
eficiência, o edital de licitação exigirá que os
262

modelos dos bens fornecidos apresentem a ENCE


que, nestes casos, possui caráter informativa e não
classificatória.
§ 3º Para fins do disposto nesta Instrução
Normativa, em relação aos veículos, deve-se
considerar a ENCE relativa à categoria (BRASIL,
2014).

Outra questão específica de eficiência energética, visando a


economia na emissão e consumo dos bens como veículos, adquiridos
pela administração pública é tratado no art. 4º da IN 02/2014, que prevê
que os “bens patrimoniais que se verificarem antieconômicos ou
irrecuperáveis e forem substituídos pelas máquinas e aparelhos de que
trata o art. 3º, deverão ser inutilizados ou submetidos ao desfazimento
com destinação ambientalmente adequada”, devendo seguir as normas
adequadas para tratar desse assunto (BRASIL, 2014). Assim sendo,
segue uma proposta elaborada pelo Ministério de Minas e Energia -
MME para a questão da eficiência energética para os veículos, conforme
quadro 69.

Quadro 69: Propostas de solução energética para o Transporte (continua)


Apoiar a Política Nacional de Transportes, estabelecida com base no Plano
Nacional de Logística e Transportes – PNLT, que prevê a efetiva mudança da atual
matriz de transporte de cargas do País, priorizando os modais ferroviário e
aquaviário que possibilitam maior produtividade e eficiência energética/ambiental.
Apoiar a Política Nacional de Transportes e ações como a implantação e retrofits de
projetos de transporte de massa em grandes centros urbanos, renovação da frota
nacional de veículos transportadores de carga e de passageiros, programas de
inspeção veicular no transporte rodoviário, melhoria da qualidade dos
combustíveis, pesquisa de biocombustíveis de 2ª e 3ª gerações, treinamento e
conscientização de motoristas quanto à condução econômica.
Ampliar a abrangência do programa de etiquetagem de veículos para um maior
número de tipos e modelos, incluindo os veículos pesados.
Estimular e incentivar a implantação de meios de transporte de massa
energeticamente eficientes.
Ampliar a abrangência do programa de etiquetagem de veículos para o maior
número de tipos e modelos de veículos leves; desenvolver metodologia voltada
para a etiquetagem de veículos pesados, visando sua inclusão futura.
Promover desenvolvimento tecnológico para melhoria dos motores de veículos,
incluindo as opções motores híbridos e elétricos.
263

Quadro 69: Propostas de solução energética para o Transporte (conclusão)


Promover maior abrangência do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular - PBE-
V.
Conjugar tecnicamente as avaliações e a forma de apresentação de resultados do
PROCONVE e do PBE - V (Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular).
Conjugar tecnicamente as avaliações e a forma de apresentação de resultados do
PROCONVE e do PBE - V (Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular).
Estudar uma redistribuição tributária no sentido de desonerar o IPI e IPVA de
veículos energeticamente mais eficientes e/ou com menor emissão de poluentes.
Promover a racionalização do consumo de energia no setor de transportes por meio
de políticas e incentivos ao desenvolvimento dos modais hidroviários, dutoviários e
ferroviários.
Promover ações de eficiência energética nos modais acima existentes.
Estudar incentivos como subsídios ou benefícios tarifários para a entrada de
veículos elétricos individuais, incluindo também estudos de questões referentes à
regulação no setor elétrico.
Estudar incentivos à educação dos motoristas brasileiros com vistas à condução
econômica, disseminando técnicas de condução que objetivam a redução do gasto
de combustível.
Fonte: BRASIL (2014).

Diante da abordagem apresentada e do critério apresentado pelo


instrumento, segue os indicadores estabelecidos para o critério
Transporte, conforme quadro 70.

Quadro 70: Indicadores do critério Transporte com base nos instrumentos


(continua)
TRANSPORTE
OP - 15 Frota do campus
1) Número total de veículos (por exemplo: carros, carretas, caminhões, tratores, ônibus,
ciclos de assistência elétrica) na frota da instituição.
2) Número de veículos da frota da instituição que é híbrido, elétrico, gasolina, não plug-
in, híbrido diesel-elétrico, não plug-in, híbrido de plug-in, 100% elétrico, abastecido com
gás natural veicular, abastecido com hidrogênio, abastecido com biocombustível B20 ou
superior por mais de 4 meses do ano, abastecido com biocombustível produzido
localmente e de baixo nível (por exemplo, B5) por mais de 4 meses do ano.
3) Os números apresentados acima incluem veículos alugados?
264

Quadro 70: Indicadores do critério Transporte com base nos instrumentos


(continua)
TRANSPORTE
OP - 16 Intermodalidade no transporte de estudantes

1) Porcentagem de estudantes (graduação e pós-graduação) que utiliza as opções de


deslocamento mais sustentáveis como principal meio de transporte.

2) Porcentagem de alunos que usa cada um dos seguintes meios de transporte, como
principal, para ir e voltar do campus: Considerar apenas com o condutor no veículo
(excluindo motocicletas e afins).

3) Porcentagem de alunos que usa cada um dos seguintes meios de transporte, como
principal, para ir e voltar do campus: caminhando, bicicleta ou use outros meios não
motorizados.

4) Porcentagem de alunos que usa van e afins como principal meio de transporte para ir
e voltar do campus.

5) Porcentagem de alunos que usa o ônibus do campus ou transporte público como


principal meio de transporte para ir e voltar do campus.

6) Porcentagem de alunos que usa motocicleta, scooter ou ciclomotor como principal


meio de transporte para ir e voltar do campus.

OP - 17 Intermodalidade no transporte de empregados

1) A porcentagem total de funcionários da instituição que usa opções de transporte


mais sustentáveis como principal meio de transporte.

2) A porcentagem de funcionários que usa cada um dos seguintes meios como principal
meio de transporte para ir e voltar do campus: considerar apenas com o condutor no
veículo (excluindo motocicletas e afins).

3) A porcentagem de alunos que usa cada um dos seguintes meios como principal meio
de transporte para ir e voltar do campus: caminhando, bicicleta ou use outros meios
não motorizados.

4) Porcentagem de funcionários que usa van e afins como principal meio de transporte
para ir e voltar do campus.

5) Porcentagem de funcionários que usa o ônibus do campus ou transporte público


como principal meio de transporte para ir e voltar do campus.

6) Porcentagem de funcionários que usa motocicleta, scooter ou ciclomotor como


principal meio de transporte para ir e voltar do campus.
265

Quadro 70: Indicadores do critério Transporte com base nos instrumentos


estudados (conclusão)
TRANSPORTE
OP - 18 Suporte para transporte sustentável
1) A instituição oferece armazenamento seguro para bicicletas (não inclui espaço para
escritório), chuveiros e armários para pessoas que viajam de bicicleta?

2) A instituição oferece estacionamento para bicicletas de curto prazo para todos os


edifícios ocupados e disponibiliza armazenamento para bicicletas de longa duração
para estudantes que moram no local (se aplicável)?
3) A instituição tem um plano ou política para bicicletas e pedestres (ou adere a um
plano/política da comunidade local) que estabelece padrões e práticas para as ruas
do campus para permitir acesso seguro a todos os usuários?
4) A instituição possui um programa de compartilhamento de bicicletas ou participa
de um programa local de compartilhamento de bicicletas?
5) A instituição oferece passes de trânsito gratuitos ou de preço reduzido e/ou opera
um serviço de transporte gratuito no campus para os passageiros?

6) A instituição oferece um programa de ida e volta garantido aos usuários regulares


de meios alternativos de transporte?

7) A instituição participa de um programa de compartilhamento de carro/van ou de


passeio e/ou oferece taxas de estacionamento reduzidas ou estacionamento
preferencial para carros/vans?

8) A instituição participa de um programa de compartilhamento de carros, como um


programa comercial de compartilhamento de carros, administrado pela instituição ou
administrado por uma organização regional?

9) A instituição possui uma ou mais estações de recarga de veículos elétricos de Nível


2 ou Nível 3 que são acessíveis a passageiros e estudantes?
10) A instituição oferece um programa de teletrabalho para funcionários como uma
questão de política ou como prática padrão?
11) A instituição oferece uma opção de semana de trabalho condensado que reduz o
deslocamento de funcionários (como uma questão de política ou prática padrão).
12) A instituição tem incentivos ou programas para incentivar os funcionários a morar
perto do campus?
13) A instituição emprega outras estratégias para reduzir o impacto do deslocamento
(por exemplo, estacionamento preferencial para veículos com baixo consumo de
combustível e programas de retirada de estacionamento).
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2017), AISHE (2009) e
SAQ (2009).
266

Assim, conforme a disposição desse estudo em propor


indicadores adaptados à realidade das IFES, que sejam possíveis de
implementação em um curto espaço de tempo, seguem os indicadores
referentes ao critério Transporte, no quadro 71.

Quadro 71: Proposta de indicadores do critério Transporte para IFES brasileiras


TRANSPORTE
OP - 15 Frota do campus
1) Porcentagem da frota de veículos da instituição que utiliza fontes alternativas
de energia.
OP - 16 Intermodalidade de transporte estudantil
1) Porcentagem de estudantes que utiliza transporte alternativo como principal
meio de transporte para o deslocamento ao campus.
OP - 17 Intermodalidade do transporte do empregado
1) Porcentagem de funcionários que utiliza transporte alternativo como principal
meio de transporte para o deslocamento ao campus.
OP - 18 Suporte para transporte sustentável
1) Porcentagem de vagas de estacionamento ou armazenamento seguro para
bicicletas e afins que a instituição oferece em relação a demanda.
2) Porcentagem de ciclovias oferecidas no campus em relação à malha viária do
campus.
Fonte: Elaborado pela autora (2018).

5.2.8 Critério 08 - Desperdício

O critério Desperdício abrange os créditos “Minimização e desvio


de resíduos”, “Desvio de resíduos de construção e demolição” e “Gestão
de resíduos perigosos”. Esse crédito vem identificar movimentos
institucionais que vão ao encontro do desperdício zero, reduzindo,
reutilizando, reciclagem e compostagem, conforme já verificados em
outras áreas.
Conforme observado na análise normativa, foi instituída a Lei
n.º 12.305/2010 que trata especificamente da Política Nacional de
Resíduos Sólidos (BRASIL, 2010b), que altera a Lei n.º 9.605/1998, que
institui no art. 7º os objetivos dessa política, conforme quadro 72.
267

Quadro 72: Objetivos da Lei de Resíduos Sólidos


1 Proteção da saúde pública e da qualidade ambiental.
Não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos
2
sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.
Estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens
3
e serviços.
Adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpas como
4
forma de minimizar impactos ambientais.
5 Redução do volume e da periculosidade dos resíduos perigosos.
Incentivo à indústria da reciclagem, tendo em vista fomentar o uso de
6
matérias-primas e insumos derivados de materiais recicláveis e reciclados.
7 Gestão integrada de resíduos sólidos.
Articulação entre as diferentes esferas do poder público, e destas com o
8 setor empresarial, com vistas à cooperação técnica e financeira para a gestão
integrada de resíduos sólidos.
9 Capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos.
Regularidade, continuidade, funcionalidade e universalização da prestação
dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos,
com adoção de mecanismos gerenciais e econômicos que assegurem a
10
recuperação dos custos dos serviços prestados, como forma de garantir sua
sustentabilidade operacional e financeira, observada a Lei nº 11.445, de
2007.
Prioridade nas aquisições e contratações governamentais, para:
produtos reciclados e recicláveis; bens, serviços e obras que considerem
11
critérios compatíveis com padrões de consumo social e ambientalmente
sustentáveis.
Integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações
12 que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos
produtos.
13 Estímulo à implementação da avaliação do ciclo de vida do produto.

Incentivo ao desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental e empresarial


14 voltados para a melhoria dos processos produtivos e ao reaproveitamento
dos resíduos sólidos, incluídos a recuperação e o aproveitamento energético.

15 Estímulo à rotulagem ambiental e ao consumo sustentável.


Fonte: BRASIL (2010).

A ordem de prioridade estabelecida no art. 9º da Lei n.º


12.305/2010 se aplica tanto para as pessoas físicas como jurídicas,
especialmente as universidades acerca da “não geração, redução,
268

reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição


final ambientalmente adequada dos rejeitos” (BRASIL, 2010b). O Plano
Nacional de Resíduos Sólidos deve ser atualizado a cada 4 anos,
segundo art. 15 da Lei n.º 12.305/2010, devendo conter um diagnóstico
acerca da situação atual de resíduos sólidos, e tal plano deve ser um
processo de participação social incluindo audiências e consultas
públicas para compor as seguintes ações:

I - diagnóstico da situação atual dos resíduos


sólidos;
II - proposição de cenários, incluindo tendências
internacionais e macroeconômicas;
III - metas de redução, reutilização, reciclagem,
entre outras, com vistas a reduzir a quantidade de
resíduos e rejeitos encaminhados para disposição
final ambientalmente adequada;
IV - metas para o aproveitamento energético dos
gases gerados nas unidades de disposição final de
resíduos sólidos;
V - metas para a eliminação e recuperação de
lixões, associadas à inclusão social e à
emancipação econômica de catadores de materiais
reutilizáveis e recicláveis;
VI - programas, projetos e ações para o
atendimento das metas previstas;
VII - normas e condicionantes técnicas para o
acesso a recursos da União, para a obtenção de
seu aval ou para o acesso a recursos
administrados, direta ou indiretamente, por
entidade federal, quando destinados a ações e
programas de interesse dos resíduos sólidos;
VIII - medidas para incentivar e viabilizar a
gestão regionalizada dos resíduos sólidos;
IX - diretrizes para o planejamento e demais
atividades de gestão de resíduos sólidos das
regiões integradas de desenvolvimento instituídas
por lei complementar, bem como para as áreas de
especial interesse turístico;
X - normas e diretrizes para a disposição final de
rejeitos e, quando couber, de resíduos;
XI - meios a serem utilizados para o controle e a
fiscalização, no âmbito nacional, de sua
implementação e operacionalização, assegurado o
controle social (BRASIL, 2010b).
269

Cabe ao setor público, empresariado e a coletividade a


responsabilidades pela efetividade das ações e assegurá-las quanto a
observância da Política Nacional, constante no art. 25 da Lei n.º
12.305/2010. É de responsabilidade também, conforme art. 29 da
mesma Lei “(...) ao poder público atuar, subsidiariamente, com vistas a
minimizar ou cessar o dano, logo que tome conhecimento de evento
lesivo ao meio ambiente ou à saúde pública relacionado ao
gerenciamento de resíduos sólidos” (BRASIL, 2010b). Neste contexto,
segue quadro 73.

Quadro 73: Indicadores do critério Desperdício com base nos instrumentos


estudados (continua)
DESPERDÍCIO
OP - 19 Minimização e desvio de resíduos
1) Total de resíduos gerados por usuário do campus.
2) Redução percentual no total de resíduos gerados por usuário de campus
ponderado a partir da linha de base (0-100).
3) Porcentagem de materiais desviados do aterro ou incinerador e enviados para
reciclagem, compostagem, doação ou revenda por ano.
4) Porcentagem de materiais desviados do aterro ou incinerador (incluindo até
10% atribuíveis à conversão residual pós-reciclagem).
5) Nos dados sobre resíduos (papel, plásticos, vidro, metais e outros recipientes
recicláveis, comida, óleo de cozinha, materiais vegetais, cama de animais, artigos
brancos, ou seja, eletrodomésticos, equipamentos de laboratório, mobília, ferro
velho, palets, pneus, a instituição reciclou, enviou para compostagem ou, doou
e/ou revendeu os seguintes materiais? (sim ou não).
6) A instituição utiliza reciclagem de fluxo único (um único recipiente para
recicláveis misturados) para coletar recicláveis padrão (papel, plástico, vidro,
metais) nas áreas comuns?
7) A instituição usa corrente dupla (dois recipientes separados para recicláveis,
por exemplo, um para papel e outro para plástico, vidro e metais) para coletar
recicláveis padrão (papel, plástico, vidro, metais) nas áreas comuns?
8) A instituição utiliza reciclagem de múltiplos fluxos (vários recipientes que
separam ainda mais os diferentes tipos de materiais) para coletar recicláveis
padrão (papel, plástico, vidro, metais) nas áreas comuns?
9) Taxa média de contaminação do programa de reciclagem da instituição
(porcentagem, 0-100).
270

Quadro 73: Indicadores do critério Desperdício com base nos instrumentos


estudados (conclusão)
DESPERDÍCIO
OP - 20 Desvio de resíduos e construção e demolição
1) Materiais de construção e demolição reciclados, doados ou recuperados
durante o ano mais recente para o qual são comparados com dados disponíveis
nos três anos anteriores (toneladas).
2) Materiais de construção e demolição aterrados ou incinerados durante o ano
mais recente para o qual há dados disponíveis nos três anos anteriores
(toneladas).
3) Porcentagem de materiais de construção e demolição desviados do aterro ou
incinerador por meio de reciclagem, doação e/ou outras formas de recuperação.
OP - 21 Gestão de resíduos perigosos
1) A instituição dispõe de estratégias para descartar com segurança todos os
resíduos químicos perigosos, especiais, universais e não regulamentados?
2) A instituição dispõe de estratégias para minimizar a presença desses materiais
no campus?
3) A instituição possui ou participa de um programa para reciclar, reutilizar e/ou
reformar com responsabilidade os resíduos eletrônicos gerados pela instituição?
4) A instituição possui ou participa de um programa para reciclar, reutilizar e/ou
reciclar com responsabilidade o lixo eletrônico gerado pelos alunos?
5) O reciclador de lixo eletrônico da instituição é certificado sob os padrões e-
Stewards (certificação de controlador de lixo eletrônico) e/ou Reciclagem
Responsável?
6) Resíduos eletrônicos reciclados ou desviados do aterro ou do incinerador
durante o ano mais recente para o qual há dados disponíveis nos três anos
anteriores (toneladas).
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2017), AISHE (2009) e
SAQ (2009).

A partir da proposta do estudo em verificar a adequação dos


indicadores para a sustentabilidade no critério Desperdício de Resíduo
Sólido, segue uma proposta de indicadores a serem de fato incorporados
às práticas das universidades, no contexto nacional, no quadro 74.
Quadro 74: Indicadores do critério Desperdício para IFES brasileiras
DESPERDÍCIO
OP - 19 Minimização e desvio de resíduos
1) Porcentagem de redução do desperdício de insumos em relação a total
consumido.
2) Quantidade de insumos que seriam desperdiçados e que passam a ser doados,
reaproveitados ou reciclados.
Fonte: Elaborado pela autora (2018).
271

5.2.9 Critério 09 - Água

O critério Água abrange os créditos “Uso da água” e “Gestão de


águas pluviais”. Esse critério especialmente busca a conservação desse
recurso, seja pela redução de seu uso reduzindo a pressão sobre rios,
riachos, aquíferos e animais, seja pela implementação de políticas e
programas que reduzam a poluição das águas, diminuindo sua
contaminação e redução do impacto da infraestrutura pública.
Conforme análise normativa, a Lei n.º 9.433/1997, em seu art.
1º, tem como fundamento acerca dos recursos hídricos

I - a água é um bem de domínio público;


II - a água é um recurso natural limitado, dotado
de valor econômico;
III - em situações de escassez, o uso prioritário
dos recursos hídricos é o consumo humano e a
dessedentação de animais;
IV - a gestão dos recursos hídricos deve sempre
proporcionar o uso múltiplo das águas;
V - a bacia hidrográfica é a unidade territorial
para implementação da Política Nacional de
Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional
de Gerenciamento de Recursos Hídricos;
VI - a gestão dos recursos hídricos deve ser
descentralizada e contar com a participação do
Poder Público, dos usuários e das comunidades
(BRASIL, 1997).

Como objetivo, o art. 2º da mesma Lei, visa assegurar a


disponibilidade de água para as atuais e futuras gerações, com padrão de
qualidade que possibilite o seu uso; objetiva também a utilização
racional e integrada destes recursos, incluindo o transporte aquaviário,
visando o desenvolvimento sustentável; a prevenção e proteção contra
eventos hidrológicos que impactem de forma crítica, por uso inadequado
dos recursos naturais; ou ainda, os de ordem natural; e visa o incentivo e
promoção a captação, a preservação e o aproveitamento de águas
pluviais. Há planos de recursos hídricos, previstos no art. 7º , que
preveem diagnósticos sobre a atual situação dos recursos hídricos
nacionais e verificam alternativas de crescimento demográfico,
demandas futuras por recursos hídricos, modificações de padrões de
ocupação do solo, metas de racionalização de uso e melhoria de
qualidade dos recursos hídricos disponíveis, diretrizes e critérios para a
272

cobrança pelo uso dos recursos hídricos, entre outros. cabe ao poder
público, segundo art. 29

I - tomar as providências necessárias à


implementação e ao funcionamento do Sistema
Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos;
II - outorgar os direitos de uso de recursos
hídricos, e regulamentar e fiscalizar os usos, na
sua esfera de competência;
III - implantar e gerir o Sistema de Informações
sobre Recursos Hídricos, em âmbito nacional;
IV - promover a integração da gestão de recursos
hídricos com a gestão ambiental.
Parágrafo único. O Poder Executivo Federal
indicará, por decreto, a autoridade responsável
pela efetivação de outorgas de direito de uso dos
recursos hídricos sob domínio da União
(BRASIL, 1997).

Cabe ressaltar o Projeto de Lei n.º 8.277/2017, que dispõe sobre o


reúso da água para fins não potáveis na utilização de novas edificações
públicas federais e privadas residenciais, comerciais e industriais, sendo
obrigatório para as cidades as quais se exija plano diretor e optativo para
as demais. Os fundamentos desse projeto, no art. 2º prevê:

A utilização de água de reúso para fins não


potáveis tem como fundamentos:
I – viabilizar o acesso equitativo e seguro à água
potável por meio de seu uso eficiente e prioritário
para consumo humano, destinando-se a água de
reúso para atividades que tolerem usos menos
exigentes;
II – melhorar a qualidade da água nos corpos
hídricos mediante o controle de despejos de
produtos químicos e materiais perigosos,
aumentando-se o tratamento e o reúso da água e
reduzindo-se a poluição;
III – aumentar a eficiência do uso da água em
todos os setores, assegurando-se retiradas
sustentáveis e o abastecimento de água doce para
reduzir o número de pessoas que sofrem com a
sua escassez;
IV – promover o crescimento econômico
sustentável mediante a garantia de acesso
273

continuado à água, em conformidade com a sua


finalidade e a qualidade necessária para tal;
V – promover economia de água para toda a
sociedade e prevenir a escassez hídrica mediante a
redução do consumo de água potável e das
decorrentes interrupções de oferta do recurso; e
VI – assegurar a continuidade da produção
industrial e da atividade comercial pelo
fornecimento contínuo de água de reuso para fins
não potáveis, a não ser nos casos de grande
disponibilidade hídrica (BRASIL, 2017).

Quanto as ações de irrigação de jardins, canteiros, e gramados,


devem ser realizadas por meio da utilização do reuso desse recurso
hídrico, “assegurado por avaliação agronômica que a qualidade da água
não cause prejuízos à vegetação nem desagregação de solo por acúmulo
de elementos químicos” e ainda devem ser considerados o intervalo de
tempo pós-aplicação, “de exposição ao sol ou outras salvaguardas, que
limitem o risco de contaminação de pessoas e animais domésticos e
silvestres em contato direto com essas áreas verdes” (BRASIL, 2017).
Diante da abordagem apresentada e do critério apresentado pelo
instrumento, segue os indicadores estabelecidos para o critério Água,
conforme quadro 75:

Quadro 75: Indicadores do critério Água com base nos instrumentos estudados
(continua)
ÁGUA
OP - 22 Uso da água
1) Nível de "quantidade de risco físico" para o campus principal da instituição,
conforme Atlas de Risco Hídrico - Aqueduto do Instituto de Recursos Mundiais,
(alto, médio, baixo).
2) Uso total de água (potável e não potável).
3) Uso de água potável.
4) Uso de água potável por usuário do campus.
5) Redução percentual no uso de água potável por usuário do campus, a partir da
linha de base (0-100).
7) Uso de água potável por unidade de área útil.
8) Redução percentual no uso de água potável por unidade de área útil da linha
de base (0-100).
9) A instituição deseja obter a parte 3 deste crédito? (reduções no uso total de
água por área de terras com vegetação).
274

Quadro 75: Indicadores do critério Água com base nos instrumentos estudados
(conclusão)
ÁGUA
OP - 22 Uso da água
10) Uso total de água por unidade de solo com vegetação.
11) Redução percentual no uso total de água, por unidade de solo, com
vegetação a partir da linha de base.
OP - 23 Gestão de águas pluviais
1) Qual das alternativas a seguir descreve melhor a abordagem da instituição
para o gerenciamento de águas pluviais? (políticas, planos ou diretrizes menos
abrangentes que incorporam infraestrutura verde).
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2017), AISHE (2009) e
SAQ (2009).

Na sequência, é apresentada uma proposta de indicadores capazes


de serem utilizados na prática de operações das IFES brasileiras, no que
compete ao critério Água, conforme demonstrado no quadro 76.

Quadro 76: Proposta de indicadores do critério Água para IFES brasileiras


ÁGUA
OP - 22 Uso da água
1) Consumo total de água por usuário do campus.
2) Consumo total de água para jardinagem e vegetação.
OP - 23 Gestão de águas residuais
1) Porcentagem de água residual tratada do campus em relação ao volume total
de água consumida.
2) Porcentagem de água residual destinada à rede de esgoto frente ao volume
total de água consumida.
Fonte: Elaborado pela autora (2018).

Após explicitadas a análise normativa dos critérios estudados,


seguem análises sob o ponto de vista das outras três categorias
(administrativa, socioeconômica e político-cultural) que subsidiaram a
análise dos indicadores constantes nos instrumentos estudados, bem
como a sua adaptação para a realidade da IFES brasileiras já
apresentado nesta seção.
275

5.3 ANÁLISE AGRUPADA DOS CRITÉRIOS FRENTE ÀS


CATEGORIAS ADMINISTRATIVA, SOCIOECONÔMICA E
POLÍTICO-CULTURAL

Conforme análise administrativa, para que seja planejado e


implementado o auto monitoramento do campus com vistas a redução
de emissão de GEE, é necessário a criação de estruturas administrativas
para o cumprimento das normas, o que exige uma verificação e
planejamento da estrutura física de trabalho capaz de proporcionar um
ambiente adequado de trabalho.
O estabelecimento de um corpo técnico adequado é essencial para
que seja possível o desenvolvimento do conhecimento técnico-
científico, com vistas a implantação e aprimoramento das práticas, e
treinamento dos técnicos já existentes acerca de inclusão de práticas nas
licitações, e ainda, o custo envolvido na substituição de materiais
tradicionais pelos econômicos ou implantação de equipamentos com
vistas a diminuição de consumo de energia.Tais práticas devem estar
atreladas à expertise do técnico e pesquisador e principalmente, ao
cargo, a fim de que o programa seja perene e não se encerre pela
ausência de uma pessoa que aplica iniciativas de forma pontual.
Para a estrutura de pessoal, deve ser prevista contratação via
concurso público, além de agregar os conhecimentos de servidores
(técnicos e professores) já inseridos na instituição. Há a possibilidade da
contratação de bolsistas de apoio à pesquisa, para auxiliar no
desenvolvimento e acompanhamento das atividades técnicas, no sentido
de fomentar igualmente a pesquisa empírica no campus, disseminando o
conhecimento e evidenciando a importância da área de preservação a ser
estudada. Deve ser considerado a contratação de especialistas da
qualidade de ar e clima contemplando diferentes formações acadêmicas
e especialidades, como engenheiro sanitarista por exemplo, para análise
e confecção de relatórios a fim de compor e evidenciar os dados
institucionais acerca da emissão de GEE e seu monitoramento.
Considerou-se para o crédito Edificações, a contratação de
especialistas para que viabilizem a inserção de requisitos necessários
que devem estar contidos no projeto básico das obras a serem
contratadas, bem como um programa de adoção de práticas cotidianas
de trabalho a fim de minimizar os impactos ocasionados pelo
funcionamento do prédio.
Conforme observado, por meio da análise socioeconômica, a
criação de estruturas administrativas para o cumprimento das normas
exige um planejamento orçamentário. A constituição de estrutura física,
276

recrutamento de pessoal por via de concurso público, bolsistas,


especialistas para análises técnicas, bem como a compra de
equipamentos específicos, a fim de que os programas e ações não sejam
exercidos de forma pontual, ou que não estejam vinculados a pessoas, e
sim a cargos, evitando uma descontinuidade na ausência do atuante.
Torna-se relevante salientar que apesar das normas brasileiras
preconizarem a necessidade de criação de estruturas em prol da redução
de emissão de GEE, não há uma porcentagem definida do orçamento
público universitário destinado à área de preservação ou reconstrução do
ar e clima nacional. Cada planejamento de determinada área da
universidade concorre ainda com outras demandas orçamentárias da
gestão vigente e das próximas, visando a continuidade e perenidade do
programa. Para tanto, é necessário que haja um planejamento dos custos
envolvidos já no momento da projeção das ações e pensar em todo o
ciclo do programa.
A exemplo do custo médio de um equipamento de
monitoramento de emissão de GEE, que gira em torno de R$2.000,00
(dois mil reais); contratação de bolsistas de apoio a pesquisa que
assumem um custo estabelecido pelo programa institucional; os custos
para a folha de pagamento da universidade que venha a compor, via
concurso público, o corpo técnico capaz de acompanhar e analisar esse
desempenho universitário.
A dimensão social pode ser entendida como o papel da sociedade
nessa análise, que deve considerar o grau de engajamento (conjunto de
dispositivos sociais em pressionar a fazer tais ações), ONGs da área
ambiental, associações, entre outros. As ONGs, de uma forma geral,
possuem o envolvimento e atuação de professores da universidade,
buscando a influência e mobilização de outros atores sociais em prol do
estabelecimento de parcerias com as instituições públicas, como as
universidades federais em questão.
Outro fator relevante é a sociedade vista como instrumento de
pressão, a fim de exigir a criação de estruturas necessárias à melhoria do
entorno na qual a universidade está inserida. Como exemplo dessa
questão, considera-se uma universidade que está inserida em um
ambiente em que a qualidade do ar esteja muito prejudicada. O papel
dessas entidades é relevante e pode ser determinante para induzir a
implantação das ações que exerçam influência direta na melhoria local.
Assim como mencionado no critério Ar e Clima, o cumprimento
das normas exige um planejamento orçamentário, a constituição de
estrutura física, recrutamento de pessoal por via de concurso público,
bolsistas, especialistas para análises técnicas, bem como a compra de
277

equipamentos específicos tanto nas áreas de cuidado com a água,


energia, resíduos, a fim de que os programas e ações não sejam
exercidos de forma pontual, ou que não estejam vinculados a pessoas, e
sim a cargos, evitando uma descontinuidade na ausência do atuante.
Torna-se relevante salientar que, apesar das normas brasileiras não
estabelecerem certificações a serem adotadas, há a previsão de práticas e
de adoção de novas formas de gerir esse crédito, tampouco há uma
porcentagem definida do orçamento público universitário destinado à
área de minimização do impacto das edificações federais.
A análise político-cultural considera o papel da política
institucional de governos, Estado, universidade e demais órgãos que se
encontra atrelada à uma discricionariedade relativa às demandas como
uma das prioridades da gestão. Cabe ressaltar que a discricionariedade
pode conduzir a melhores resultados de gestão (LIPSKY, 2010). No
entanto, para essa categoria de análise, este poder discricionário pode
gerar distorções na gestão da sustentabilidade. Nesse sentido, trabalhar a
área de ar e clima se abordada como um dos compromissos políticos em
períodos eleitorais, por exemplo, é um fator de interferência e que
poderá ser determinante para que haja um planejamento para
implantação na gestão.
Outro ponto a ser destacado reside no fato de que além de
planejar um programa de implantação de práticas, esse processo irá
acarretar e requerer mudanças de comportamentos de diferentes grupos
da sociedade, bem, como da universidade. Esse processo, envereda pelo
aspecto político, mas também no processo de mudança de cultura
organizacional. Culturalmente, a sociedade não possui no
comportamento a cultura da preservação do meio na qual está inserida.
Como se viu historicamente, essa modificação no padrão de
ações, vem sendo exigida diante do caos ambiental o qual se formou.
Portanto, considerando as diferentes esferas de gestão, implementar um
processo de mudança de comportamento das pessoas, que fazem parte
do funcionamento da universidade, torna-se essencial para que se
obtenha resultados efetivos.
Entende-se que um processo de mudança organizacional
demanda esforço e tempo, e que para se obter resultados ambientais é
necessário a conjunção de esforços envolvendo todos os atores que
exercem influência nos processos. Portanto, como exemplo de um
planejamento e implantação promissores, torna-se necessário a
sensibilização não apenas de técnicos e professores da universidade,
mas também dos alunos, terceirizados que prestam serviços para a
278

mesma, bem como, os serviços prestados por outros órgãos afim de que
haja uma parceria na continuidade das ações propostas.
Outro exemplo, refere-se ao critério Ar e Clima, para o qual
existem etapas a serem transpostas, como denotar a importância de se
realizar voluntariamente o auto monitoramento da emissão de gases
emitidos pela universidade, por meio de suas variadas atividades e
meios, posteriormente elaborar um plano de ações que modifique
comportamentos com vistas a redução desses GEE e, assim, a
elaboração de relatórios, inventários a fim de permitir a evolução na
redução por parte da Instituição a comparação dos mesmos com outras
instituições.
Diante da análise realizada, identificando e reconhecendo as
limitações do sistema das universidades brasileiras, segue o instrumento
com a composição e adaptação dos indicadores selecionados para esse
estudo, conforme quadro 77.

Quadro 77: Proposta inicial de indicadores de sustentabilidade adaptados para


IFES brasileiras (continua)
OPERAÇÕES
Emissão de gases de efeito estufa
Porcentagem de emissão de gases de efeito estufa GEE identificados
Ar e Clima

por meio de auto monitoramento no campus por ano.


Qualidade do ar exterior
Porcentagem de redução de emissão de gases do efeito estufa GEE
identificados por meio de auto monitoramento no campus por ano.
Operações de construção, reforma e manutenção
Edificações

Porcentagem da área construída ou reformada de edificações que


possui políticas ou normas que apoiam critérios sustentáveis em
relação a área total de edificações.
Consumo de energia dos edifícios
Consumo total de energia por edifício por unidade de área útil.
Energia

Energia limpa e renovável


Porcentagem de uso de eletricidade, por fonte alternativa (biomassa,
carvão, geotérmico, hidro, gás natural, nuclear, fotovoltaico solar,
eólica).
279

Quadro 77: Proposta inicial de indicadores de sustentabilidade adaptados para


IFES brasileiras (continua)
OPERAÇÕES
Compras de alimentos e bebidas
Alimentos e Serviços

Porcentagem de despesas com alimentos e bebidas e serviços de


refeições que seguem padrões de sustentabilidade ou de produção
de Refeição

local em relação às refeições convencionais.


Alimentação sustentável
Porcentagem de redução do desperdício de alimentos.
Quantidade de alimentos que seriam desperdiçados e que passam a ser
doados, reaproveitados ou destinados à compostagem.
Gestão da paisagem
Porcentagem da área total manejada que possui manejado
diferenciado.
Biodiversidade
Solo

Porcentagem da área total protegida (UC, APP) que possui manejado


diferenciado para proteção da biodiversidade.
Porcentagem da área total protegida (UC, APP) que possui manejado
diferenciado com inventário da biodiversidade.
Compras sustentáveis
Compras

Porcentagem das compras da instituição que possui políticas ou


normas que apoiam a compra sustentável.

Frota do campus
Porcentagem da frota de veículos da instituição que utiliza fontes
alternativas de energia.
Intermodalidade no transporte de estudantes
Porcentagem de estudantes que utiliza transporte alternativo como
principal meio de transporte para o deslocamento ao campus.
Transporte

Intermodalidade no transporte de empregados


Porcentagem de funcionários que utiliza transporte alternativo como
principal meio de transporte para o deslocamento ao campus.
Suporte para transporte sustentável
Porcentagem de vagas de estacionamento ou armazenamento seguro
para bicicletas e afins que a instituição oferece em relação à demanda.
Porcentagem de ciclovias oferecidas no campus em relação à malha
viária do campus.
Minimização e desvio de resíduos
Desperdício

Porcentagem de redução do desperdício de insumos em relação a total


consumido.
Quantidade de insumos que seriam desperdiçados e que passam a ser
doados, reaproveitados ou reciclados.
280

Quadro 77: Proposta inicial de indicadores de sustentabilidade adaptados para


IFES brasileiras (conclusão)
OPERAÇÕES
Uso da água
Consumo total de água por usuário do campus.
Consumo total de água para jardinagem e vegetação.
Água

Gestão de águas pluviais


Porcentagem de água residual tratada do campus em relação ao
volume total de água consumida.
Porcentagem de água residual destinada à rede de esgoto frente ao
volume total de água consumida.
Fonte: Elaborado pela autora (2018).
Legenda:
Dimensão Critério Crédito Indicador

A partir desta proposta de indicadores, a pesquisa foi submetida e


aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa com Seres Humanos -
CEPSH/UDESC, conforme ANEXO A e do Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido, conforme APÊNDICE C, e foi possível dar
sequência aos objetivos do estudo buscando identificar especialistas da
área de sustentabilidade. Dessa maneira, serão apresentadas as próximas
etapas da pesquisa.
281

6 VALIDAÇÃO DO INSTRUMENTO E RESULTADOS DA


PESQUISA

Nessa seção será apresentada a etapa da pesquisa com a validação


do instrumento junto aos especialistas da área de sustentabilidade das
IFES de Santa Catarina e os resultados obtidos da aplicação dos
questionários.

6.1 INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DE


SANTA CATARINA

As Instituições Federais de Ensino Superior de Santa Catarina -


IFES SC participaram do processo de validação dos indicadores
propostos à realidade das IFES no contexto brasileiro, representadas na
figura 14.

Figura 14: Localização das IFES pesquisadas

Fonte: Elaborado pela autora (2018).

A fim de contextualizar essas instituições no estudo, elaborou-se


o quadro 78 contendo informações para caracterizá-las, quanto ao ano
de criação, número de campi, cidades em que estão localizadas, número
de discentes, servidores e o orçamento recebido no ano de 2017.
282

Quadro 78: Dados institucionais das Instituições Federais de Ensino Superior de


Santa Catarina
Dados Institucionais IFC IFSC UFFS UFSC
Ano de criação 2008 2008 2009 1960
Número de campi 15 22 6 5
Número em cidades 15 20 6 5
Número de discentes 10.997 47.996 8.826 46.433
Número de servidores 1.910 2.523 1.450 5.813
298, 45 504,81 232,29 1,63
Orçamento
milhões milhões milhões bilhão
Fonte: Elaborado pela autora com base em IFC (2018), IFSC (2018), UFFS
(2018), UFSC (2018), e CGU (2018).

O envio dos questionários foi realizado em conjunto com


servidores da área técnica e docentes pesquisadores da área de
sustentabilidade. O contato, apresentado no APÊNDICE D, deu-se a
partir de um grupo composto por técnicos e professores que
participaram do Fórum de Gestão Integrada das Instituições Federais de
Ensino Superior (FORGIFESC).
Inicialmente, o questionário foi aplicado, na forma de pré-teste no
ano de 2018, em técnicos e professores da área, a fim de identificar
possíveis falhas na estrutura e na organização das ideias. O questionário
on-line, elaborado na plataforma Google, foi enviado por e-mail aos
participantes, conforme APÊNDICE E. As respostas foram obtidas por
meio de questões de múltipla escolha, acerca dos indicadores e das
considerações discursivas distribuídas por crédito e organizadas por
critérios. Analisou-se a aplicabilidade no curto espaço de tempo da
dimensão Operações das IFES catarinenses, conforme apresentado na
sequência.

6.2 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Nessa seção, serão apresentados os resultados e a análise do


processo de validação dos indicadores propostos, a partir das respostas
dos participantes. Os respondentes não foram nominados, porém estão
identificados com o signo P1, P2...Pn. Serão destacados e discutidos
aspectos relevantes das respostas; os achados: questões de convergência
ou divergência de ideias e conceitos, advindos da teoria, que expressem
tendências, padrões ou capacidade de generalização. Esta análise foi
realizada com a triangulação das respostas, aspectos teóricos
283

relacionados com cada achado e as categorias de análise definidas


(normativa, administrativa, socioeconômico, político-cultural).
Esse processo tem como produto final o conjunto de indicadores
reformulado decorrente das triangulações realizadas, conforme descrito
anteriormente. O esperado é que o resultado atenda os objetivos desse
estudo que é a constituição de uma ferramenta para avaliação e
monitoramento de práticas de sustentabilidade para as IFES, adaptada
ao contexto brasileiro. Destaca-se que os 16 participantes concordaram
com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Dentre
eles, 03 são servidores do IFC (02 técnicos e 01 docente), 03 do IFSC
(01 técnico, 01 docente e 01 técnico/docente), 04 da UFFS (02 técnicos
e 02 docentes) e 06 da UFSC (03 técnicos e 03 docentes), representados
no gráfico 1.

Gráfico 1: Perfil dos especialistas por instituição e área de atuação

Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados primários (2018).

6.2.1 Análise e resultados Critério 01 - Ar e Clima

A dimensão Operações foi apresentada por meio da análise dos


Critérios (Ar e Clima; Edificações; Energia; Alimentos e Serviços de
Refeição; Solo; Compras; Transporte; Desperdício e Água).
Inicialmente, analisou-se o critério Ar e Clima quanto ao
Indicador 1 - Porcentagem de emissão de gases de efeito estufa GEE,
identificados por meio do auto monitoramento no campus por ano; e
Indicador 2 - Porcentagem de redução de emissão de gases do efeito
284

estufa GEE identificada por meio de auto monitoramento no campus por


ano, representado pelo gráfico 2 a seguir.

Gráfico 2: Aplicabilidade dos indicadores referentes ao critério Ar e Clima

Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados primários (2018).

Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador


1 - Porcentagem de emissão de gases de efeito estufa GEE identificados
por meio de auto monitoramento no campus por ano, 18,70%30 dos
participantes (3) consideraram que não é possível aplicar, 43,80% (7)
consideraram que é possível aplicar parcialmente, 37,d0% (6)
consideraram que é possível de aplicar de forma satisfatória e nenhum
participante considerou que é possível de aplicar plenamente o
indicador.
Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador
2 - Porcentagem de redução de emissão de gases do efeito estufa GEE
identificados por meio de auto monitoramento no campus por ano,
12,50% dos participantes (2) consideraram que não é possível aplicar,
43,75% (7) consideraram que é possível aplicar parcialmente, 43,75%
(7) consideraram que é possível de aplicar de forma satisfatória e
nenhum participante considerou que é possível de aplicar plenamente o

30
A fim de colaborar para o entendimento das frações percentuais, o
arredondamento matemático deu-se de forma a manter o arredondamento com
duas casas após a vírgula, respeitando o somatório percentual de 100%.
285

indicador. Segue no gráfico 3, a representação quanto à aplicabilidade


dos indicadores por IFES SC.

Gráfico 3: Aplicabilidade dos indicadores referentes ao critério Ar e Clima por


IFES SC

Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados primários (2018).

Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador


1 - Porcentagem de emissão de gases de efeito estufa GEE identificados
por meio de auto monitoramento no campus por ano, dentre os 18,70%
dos participantes (3) que consideraram que não é possível aplicar,
6,23% representam o IFC, 6,23% representam o IFSC e 6,23%
representam a UFSC, não havendo participantes da UFFS que
286

consideraram não ser possível aplicar o indicador no curto prazo. Dentre


os 43,80% (7) consideraram que é possível aplicar parcialmente, 6,26%
representam o IFSC, 18,77% representam a UFFS, 18,77% representam
a UFSC, não havendo participante da IFC que consideraram ser possível
aplicar parcialmente o indicador. Dentre os 37,50% (6) dos participantes
que consideraram que é possível de aplicar de forma satisfatória, 6,25%
representam o IFC, 6,25% representam o IFSC, 12,50% representam a
UFFS, 12,50% representam a UFSC e nenhum participante considerou
que é possível de aplicar plenamente o indicador.
Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador
2 - Porcentagem de redução de emissão de gases do efeito estufa GEE
identificados por meio de auto monitoramento no campus por ano,
dentre os 12,50% dos participantes, (2) consideraram que não é possível
aplicar, 6,25% representam o IFC, 6,25% representam o IFSC, não
havendo participantes da UFFS e UFSC que consideraram não ser
possível aplicar o indicador. Dentre os 43,75% (7) dos participantes que
consideraram que é possível aplicar parcialmente, 6,25% representam o
IFSC, 18,75% representam a UFFS, 18,75% representam a UFSC, não
havendo representantes do IFC que consideraram ser possível aplicar
parcialmente o indicador. Dentre os 43,75% (7) dos participantes que
consideraram que é possível de aplicar de forma satisfatória, 6,25%
representam o IFC, 6,25% representam o IFSC, 12,50% representam a
UFFS, 18,75% representam a UFSC e nenhum participante considerou
que é possível de aplicar plenamente o indicador.
Em ambos os casos não houve a percepção de implantação plena
do indicador31. As considerações ratificaram diretamente as limitações
estabelecidas pela categoria Normativa, pela existência de um Plano de
Logística Sustentável, que prevê a redução de emissão gases pela
aquisição de produtos, mas que não há ainda o acompanhamento desse
indicador, conforme relato do P1. Essa análise ainda se encontra no
âmbito de projetos de pesquisa e dados disponíveis de viagens técnicas e
utilização de veículos oficiais, conforme P2.
Quanto à categoria Administrativa, percebeu-se a necessidade de
haver um planejamento prévio, um “roteiro de avaliação” para a
existência desse indicador, bem como de uma estrutura administrativa, o
que demanda “tempo e uma equipe” e “bastante mão de obra” para fazê-

31
O participante P9 apontou para a semelhança existente nos resultados obtidos
por meio dos dois indicadores, quando acompanhado de um ano para o outro.
Logo, será readequado o indicador por ser considerado pertinente a observação
no intuito de simplificar e objetivar o monitoramento desse critério Ar e Clima.
287

lo, o que hoje ainda não ocorre, segundo P5 e P10, respectivamente.


“Essa medição demandaria um departamento inteiro e uma equipe
especializada em cada área” argumentou P15, considerando o “nível de
sustentabilidade inicial” da instituição. Outro aspecto dessa categoria é a
necessidade de treinamento adequado para a realização desse
monitoramento, conforme P11.
O aspecto Socioeconômico foi considerado um fator de limitação
para implantação no campus no curto prazo, pois segundo relato do P10,
há uma dificuldade muito grande em monitorar a qualidade do ar,
considerando os custos de equipamentos e mão de obra. Sugeriu a
tentativa de implantar uma modelagem de software e auxílio de sites que
auxiliam no processo, sem, no entanto, haver precisão nas medidas. “No
atual momento político e financeiro das instituições, o custo para
implementar talvez fosse maior que o benefício proporcionado”
salientou P15. A necessidade de aquisição de equipamentos específicos
e o custo para o treinamento prévio para a implantação de um sistema de
monitoramento foi também levantado pelo P11.
Na categoria Político-cultural, foi identificada uma vontade
política direcionada e limitada à formulação de documentos com vistas à
sustentabilidade, inclusive para o critério Ar e Clima. No entanto, não
há o encaminhamento para operacionalizá-la de forma plena. Foi
observado pelo P5 a necessidade de engajamento da gestão e de
servidores requerendo “equipes interessadas em fazê-lo” remetendo a
questão de inclusão de um novo aspecto na cultura organizacional do
campus.
É possível inferir do critério Ar e Clima e da percepção dos
especialistas que há uma convergência sobre a importância dessa área
para a sustentabilidade, conforme levantado na literatura. Tanto por
parte dos teóricos da área da sustentabilidade, de uma maneira ampla,
como dos pesquisadores da área específica que estudam ferramentas
próprias para avaliar sustentabilidade nas IES, esse critério é
considerado relevante e necessário para acompanhar as atividades das
universidades. A sua utilização de forma plena ainda não é possível no
contexto das IFES brasileiras32 de uma forma geral, pois as variáveis

32
Os resultados obtidos das IFES SC foram generalizados para as demais IFES
nacionais para fins de discussões, por compreender que o universo selecionado
representa diferentes realidades (tamanho do campus, data de criação,
diversidade de cursos, número de servidores e discentes, número de cidades,
orçamento recebido) e ao mesmo tempo, estão compreendidas e instituídas pela
mesma legislação federal brasileira.
288

envolvidas (normativa, administrativa, socioeconômica e político-


cultural) são fatores de grande influência na adoção de novas práticas
dessa natureza. No entanto, pelas respostas e seus percentuais em
relação ao acompanhamento do ar e clima, percebe-se tratar de um
indicador exequível com o decorrer do tempo, se trabalhado nas
diferentes frentes de categorias pelas quais este indicador é mais
influenciado.

6.2.2 Análise e Resultados Critério 02 - Edificações

O critério Edificações foi analisado quanto ao Indicador 3 -


Porcentagem da área construída ou reformada de edificações que possui
políticas ou normas que apoiam critérios sustentáveis33 em relação a
área total de edificações, representado pelo gráfico 4.

Gráfico 4: Aplicabilidade do indicador referente ao critério Edificações

Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados primários (2018).

33
Critérios sustentáveis: origem e tipo de material, técnicas de construção,
redução de desperdício e de resíduo, inclusive materiais perigosos.
289

Quanto a aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador


3 - Porcentagem da área construída ou reformada de edificações que
possui políticas ou normas que apoiam critérios sustentáveis, 43,75%
dos participantes (7) consideraram que é possível aplicar parcialmente,
43,75% (7) consideraram que é possível de aplicar de forma satisfatória,
12,50% (2) consideraram que é possível de aplicar plenamente e
nenhum participante considerou que não é possível aplicar esse
indicador. Segue no gráfico 5, a representação quanto a aplicabilidade
dos indicadores por IFES SC.

Gráfico 5: Aplicabilidade do indicador referente ao critério Edificações por


IFES SC

Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados primários (2018).

Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador


3 - Porcentagem da área construída ou reformada de edificações que
possui políticas ou normas que apoiam critérios sustentáveis, dentre os
43,75% dos participantes (7) que consideraram que é possível aplicar
parcialmente, 6,25% representam o IFC, 12,50% representam a UFFS,
25,00% representam a UFSC e nenhum representante do IFSC
consideraram que é possível aplicar parcialmente o indicador. Dentre os
43,75% (7) dos participantes que consideraram que é possível de aplicar
de forma satisfatória, 6,25% representam o IFC, 12,50% representam o
IFSC, 12,50% representam a UFFS, 12,50% representam a UFSC.
290

Dentre os 12,50% (2) dos participantes que consideraram que é possível


de aplicar plenamente, 6,25% representa o IFSC, 6,25% representa a
UFFS e nenhum participante do IFC e da UFSC considerou que não é
possível aplicar esse indicador.
A partir do contexto normativo em relação ao critério
Edificações, há a preocupação identificada por P5 quanto ao
distanciamento entre Secretaria Especial de Obras e o Departamento de
Gestão Ambiental existente na instituição; “ações ocorrem em sentidos
opostos, no que diz respeito a sustentabilidade de estruturas de obras
locais”. Foi observado pelo P9 a atenção para regras específicas para a
construção, reforma e manutenção. No entanto, essas três ações foram
mantidas para o monitoramento do mesmo indicador, nesse momento,
por permitir a expressão das porcentagens de uma, duas ou das três
ações, caso sejam implementadas pela IES. Para a construção de novas
edificações, “é obrigatória a utilização de critérios sustentáveis”,
salienta P2 e “são chamadas de construções inteligentes”, segundo o
respondente P3.
Quanto ao contexto administrativo, de acordo com o relato do
P10, para uma aplicação “realmente satisfatória, exigiria uma grande
quantidade de pessoas/tempo” a fim de verificar de forma adequada o
quantitativo de prédios que assumem esses critérios; considerando a
UFSC, por exemplo onde há mais de 180 prédios. Na realidade
administrativa apresentada por P1, apesar de considerar relevante e
possível a aplicação do indicador, “não sei se temos condições de
envolver uma análise desse tamanho, seja por falta de tempo ou pessoal.
Hoje temos apenas 01 servidor na Reitoria. É preciso avaliar esta
possibilidade e a sua prioridade”.
Conforme relatado por muitos dos participantes, a carência de
servidores está atrelada ao contexto socioeconômico. Minimizar a
deficiência do quadro de pessoal, bem como treinar os servidores já
existentes, envolve a necessidade de investimento por parte da gestão.
A avaliação do contexto político-cultural também se relaciona
fortemente com a modificação e inclusão de práticas nesse processo. O
relato do P1 afirma que, apesar de não utilizarem indicadores no
campus, possuem iniciativas que demonstram inclinação para
modificação de cultura por parte da gestão como um todo, “por meio de
coleta da água da chuva, aproveitamento da luz natural na área interna
das edificações dos cursos, torneiras com temporizador e aerador”.
Outro traço que demonstra essa perspectiva é relatado por P10 que
destaca a elaboração de “normativas internas” e inclusão de critérios
sustentáveis nos processos licitatórios da universidade.
291

O critério Edificações trata de um universo de peculiaridades em


termos de materiais e serviços, o que dificulta a implementação, em sua
forma plena, no quesito sustentabilidade nas frentes normativa,
administrativa, socioeconômica e político-cultural. Por conta das
especificidades no projeto básico na contratação de obras e serviços de
engenharia, há a necessidade de envolver uma capacidade técnica
qualificada e de grande vulto financeiro para implantar essas ações.
Especialmente no que compete a reforma de estruturas já existentes, há
necessidade de readequações e projetos e licenças, o que demanda um
planejamento institucional. Contudo, é notável o otimismo por parte dos
especialistas das IFES quanto a necessidade de implementação deste
indicador e a viabilidade para análise e monitoramento nos campi.

6.2.3 Análise e Resultados Critério 03 - Energia

O critério Energia foi analisado quanto ao Indicador 4 - Consumo


total de energia por edifício por unidade de área útil; e Indicador 5 -
Porcentagem de uso de eletricidade, por fonte alternativa (biomassa,
carvão, geotérmico, hidro, gás natural, nuclear, fotovoltaico solar,
eólica), representado pelo gráfico 6.

Gráfico 6: Aplicabilidade dos indicadores referentes ao critério Energia

Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados primários (2018).
292

Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador


4 - Consumo total de energia por edifício por unidade de área útil ,
12,50% dos participantes (2) consideraram que não é possível aplicar,
25,00% (4) consideraram que é possível aplicar parcialmente, 37,50%
(6) consideraram que é possível de aplicar de forma satisfatória e
25,00% (4) consideraram que é possível de aplicar plenamente o
indicador.
Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador
5 - Porcentagem de uso de eletricidade, por fonte alternativa (biomassa,
carvão, geotérmico, hidro, gás natural, nuclear, fotovoltaico solar,
eólica), 25,00% dos participantes (4) consideraram que não é possível
aplicar, 37,50% (6) consideraram que é possível aplicar parcialmente,
37,50% (6) consideraram que é possível de aplicar de forma satisfatória
e nenhum participante considerou que é possível de aplicar plenamente
o indicador. Segue no gráfico 7, a representação quanto à aplicabilidade
dos indicadores por IFES SC.
293

Gráfico 7: Aplicabilidade dos indicadores referentes ao critério Energia por


IFES SC

Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados primários (2018).

Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador


4 - Consumo total de energia por edifício por unidade de área útil, os
12,50% dos participantes (2) consideraram que não é possível aplicar
são representantes da UFSC, não havendo representantes do IFC, IFSC
e UFFS que consideraram não ser possível aplicar o indicador. Dentre
os 25,00% (4) dos participantes que consideraram que é possível aplicar
parcialmente, 18,75% são representantes da UFFS, 6,25% são
representantes da UFSC, não havendo representantes do IFC e IFSC que
consideraram que é possível aplicar parcialmente o indicador. Dentre os
37,50% (6) dos participantes que consideraram que é possível de aplicar
de forma satisfatória, 12,50% são representantes do IFSC, 6,25% são
representante da UFFS, 18,75% são representantes da UFSC, sendo que
294

não houve representantes do IFC que consideraram que é possível


aplicar de forma satisfatória o indicador. Dentre os 25,00% (4) dos
participantes que consideraram que é possível de aplicar plenamente o
indicador, 12,50% representam o IFC, 6,25% representam o IFSC,
6,25% representam a UFFS, sendo que não houve representantes da
UFSC que consideraram que é possível aplicar plenamente o indicador.
Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador
5 - Porcentagem de uso de eletricidade, por fonte alternativa (biomassa,
carvão, geotérmico, hidro, gás natural, nuclear, fotovoltaico solar,
eólica) -, dentre os 25,00% dos participantes (4) consideraram que não é
possível aplicar, 6,25% representam o IFC, 18,75% representam a
UFSC, não havendo representantes do IFSC e UFFS que consideraram
que não é possível aplicar o indicador. Dentre os 37,50% (6) dos
participantes que consideraram que é possível aplicar parcialmente,
12,50% representam o IFSC, 12,50% representam a UFFS, 12,50%
representam a UFSC, sendo que não houve representantes do IFC que
consideraram que é possível aplicar parcialmente o indicador. Dentre os
37,50% (6) dos participantes que consideraram que é possível de aplicar
de forma satisfatória, 6,25% representam o IFC, 6,25% representam o
IFSC, 18,27% representam a UFFS, 6,25% representam a UFSC. Não
houve representantes do IFSC, IFSC, UFFS e UFSC que consideraram
que é possível de aplicar plenamente o indicador.
O contexto normativo está presente nas “compras que envolvem
produtos de baixo consumo, selo PROCEL”, conforme relata P1, o que
demonstra a correspondência e cumprimento da legislação brasileira por
parte da Instituição.
Com relação à análise do contexto administrativo, acredita-se que
o consumo total por edifício deveria ser uma ferramenta já existente, por
ser um mecanismo a ser adequado junto a empresa eleita e capacitada
para tal, não requerendo um esforço extra de uma equipe eminentemente
grandiosa, conforme P1: “nosso monitoramento é do consumo geral e
das unidades prediais, não monitoramos de forma aprofundada quanto
requer o indicador 5”. De fato, o quinto indicador detém em seu
significado uma iniciativa que requer um grau de maturidade maior, a
exemplo a iniciativa relatada pelo P3, que afirma que a IFES “contratou
a instalação de três usinas de geração de energia solar, sendo uma para o
campus Florianópolis, uma para o campus Criciúma e a última para o
campus Jaraguá do Sul”, incluído na Ata de Registro de Preços atual.
Quanto à categoria socioeconômica, alguns fatores contribuem
para que sejam mais atrelados a projetos piloto, seja pelo fato de não
haver a efetivação de forma plena do segundo indicador, seja pelo custo
295

de implantação, ou pela questão cultural, o que de fato ainda não


demonstra estar inserida na realidade das IFES, como demonstra o P10:
“é difícil identificar tudo que acontece na Instituição, às vezes, tem um
prédio que tem uma energia alternativa de um projeto de um professor e
ninguém sabe” o que demonstra uma dificuldade de integração e
socialização entre projetos de pesquisa e a área técnica de execução da
instituição. Neste relato é destacado ainda que a falta de recursos
financeiros destinados a essa finalidade com relação a um “projeto de
implantar por prédio sistema de telemetria e medidores, mas ainda não
há previsão para ocorrer”.
No ínterim da questão político-cultural, fica evidente que o
monitoramento e implantação de fontes renováveis de energia ainda não
é uma questão sobre a qual haja consenso quanto à sua aplicabilidade.
Esse posicionamento é afirmado nos dizeres: “Não temos fontes
renováveis”; “Não há nenhum projeto local e previsão de implantação
de energias renováveis”; “Atualmente não há uso de fontes alternativas
e não há medidor individualizado por edifício”, conforme P2, P5 e P11
respectivamente.
Fica evidente, também, que o critério Energia, apesar de haver
mecanismos convencionais já existentes, detém uma importância
intrínseca a fim de minimizar os impactos ambientais quanto aos
métodos de produção predominantes no Brasil. Um esforço com vistas a
sua incorporação, bem como a contratação de fontes alternativas junto a
concessionária tradicional, é de extrema necessidade, considerando que
tais especificações podem ser incluídas em edital de concorrência,
conforme observado anteriormente. Esse critério requer a observação de
servidores frente às categorias confrontadas no estudo - normativa,
administrativa, socioeconômico e político-cultural - que buscam, por
meio da prática de monitoramento, uma conscientização sobre o uso
racional desse recurso, menor impacto ambiental do que os ocasionados
pela forma tradicional de produção, economia ocasionada pela redução
do consumo (hoje com faixas de consumo sobre taxadas) e a alternativa
de produção optando pela utilização de insumos já existentes e
biodegradáveis de produção.

6.2.4 Análise e Resultados Critério 04 - Alimentos e Serviços de


Refeição

O critério Alimentos e Serviços de Refeição foi analisado quanto


ao Indicador 6 - Porcentagem de despesas com alimentos e bebidas e
296

serviços de refeições, que seguem padrões de sustentabilidade34, ou de


produção local em relação às refeições convencionais; ao Indicador 7 -
Porcentagem de redução do desperdício de alimentos; e Indicador 8 -
Quantidade de alimentos que seriam desperdiçados e que passam a ser
doados, reaproveitados ou destinados à compostagem, representado pelo
gráfico 8.

Gráfico 8: Aplicabilidade dos indicadores referentes ao critério Alimentos e


Serviços de Refeição

Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados primários (2018).

Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador


6 - Porcentagem de despesas com alimentos e bebidas e serviços de
refeições que seguem padrões de sustentabilidade ou de produção local
em relação às refeições convencionais, 18,25% dos participantes (3)
consideraram que não é possível aplicar, 31,25% (5) consideraram que é
possível aplicar parcialmente, 43,75% (7) consideraram que é possível
de aplicar de forma satisfatória e 6,25% (1) consideraram que é possível
de aplicar plenamente o indicador.

34
Padrões de sustentabilidade: produção orgânica, sem fertilizantes.
297

Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador


7 - Porcentagem de redução do desperdício de alimentos, 25,00% dos
participantes (4) consideraram que não é possível aplicar, 31,25% (5)
consideraram que é possível aplicar parcialmente, 31,25% (5)
consideraram que é possível de aplicar de forma satisfatória e 12,50%
(2) consideraram que é possível de aplicar plenamente o indicador.
Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador
8 - Quantidade de alimentos que seriam desperdiçados e que passam a
ser doados, reaproveitados ou destinados à compostagem, 25,00% dos
participantes (4) consideraram que não é possível aplicar, 25,00% (4)
consideraram que é possível aplicar parcialmente, 37,50% (6)
consideraram que é possível de aplicar de forma satisfatória e 12,50%
(2) consideraram que é possível de aplicar plenamente o indicador.
Segue no gráfico 9, a representação quanto a aplicabilidade dos
indicadores por IFES SC.
298

Gráfico 9: Aplicabilidade dos indicadores referentes ao critério Alimentos e


Serviços de Refeição por IFES SC

Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados primários (2018).
299

Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador


6 - Porcentagem de despesas com alimentos e bebidas e serviços de
refeições que seguem padrões de sustentabilidade ou de produção local
em relação às refeições convencionais, dos 18,25% dos participantes (3)
que consideraram que não é possível aplicar, 6,25% representam o IFC,
6,25% representam a UFFS, 6,25% representam a UFSC e nenhum
representante do IFSC considerou que não é possível aplicar o
indicador. Dentre os 31,25% (5) dos consideraram que é possível aplicar
parcialmente, 6,25% representam o IFC, 6,25% representam a UFFS,
18,75% representam a UFSC e nenhum representante do IFSC
considerou que é possível aplicar parcialmente o indicador. Dentro os
43,75% (7) dos participantes que consideraram que é possível de aplicar
de forma satisfatória, 18,75% representam o IFSC, 12,50% representam
a UFFS, 12,50% representam a UFSC e nenhum representante do IFC
considerou que é possível aplicar de forma satisfatória o indicador.
Dentre os 6,25% (1) dos participantes que considerou que é possível de
aplicar plenamente o indicador, representa a UFFS e nenhum
representante do IFC, IFSC e UFSC considerou que é possível de
aplicar plenamente o indicador.
Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador
7 - Porcentagem de redução do desperdício de alimentos, dos 25,00%
dos participantes (4) consideraram que não é possível aplicar, 6,25%
representam o IFC, 6,25% representam a UFFS, 12,50% representa a
UFSC e nenhum representante do IFSC considerou que não é possível
aplicar o indicador. Dentre os 31,25% (5) dos participantes que
consideraram que é possível aplicar parcialmente, 6,25% representa o
IFC, 12,50% representa o IFSC, 12,50% representa a UFSC e nenhum
representante da UFFS considerou que é possível aplicar parcialmente o
indicador. Dentre os 31,25% (5) consideraram que é possível de aplicar
de forma satisfatória, 6,25% representam o IFSC, 12,50% UFFS
representam a UFFS, 12,50% representam a UFSC e nenhum
representante do IFC considerou que é possível aplicar de forma
satisfatória o indicador. Dentre os 12,50% (2) dos participantes que
consideraram que é possível de aplicar plenamente o indicador, 6,25%
representam a UFFS e nenhum representante do IFC, IFSC e UFSC
consideraram que é possível aplicar plenamente o indicador.
Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador
8 - Quantidade de alimentos que seriam desperdiçados e que passam a
ser doados, reaproveitados ou destinados à compostagem, 25,00% dos
participantes (4) consideraram que não é possível aplicar, 6,25%
representam o IFC, 6,25% representam a UFFS, 12,50% representam a
300

UFSC e nenhum representante do IFSC considerou que não é possível


aplicar o indicador. Dentre os 25,00% (4) consideraram que é possível
aplicar parcialmente, 6,25% representam o IFC, 6,25% representam a
UFFS, 6,25% representam o IFSC e 6,25% representam a UFSC.
Dentre os 37,50% (6) dos participantes que consideraram que é possível
de aplicar de forma satisfatória, 6,25% representam o IFSC, 12,50%
representam a UFFS, 18,75% representam a UFSC e nenhum
representante do IFC considerou que é possível aplicar de forma
satisfatória o indicador. Dentre os 12,50% (2) dos participantes que
consideraram que é possível de aplicar plenamente o indicador, 6,25%
representam o IFSC, 6,25% representam a UFFSC e nenhum
representante do IFC e UFSC consideraram possível de aplicar
plenamente o indicador.
Segundo o contexto normativo observado por meio dos
indicadores referentes ao critério Alimentos e Serviços de Refeição, é
perceptível as iniciativas existentes nas IFES participantes que buscam a
conformidade com os aspectos levantados na literatura e nas normas.
No entanto, por meio das contribuições relatadas, verificou-se
que há uma dificuldade na internalização do conceito de práticas mais
sustentáveis, considerando o relato sobre o campus do P1, nas mais
diversas tentativas, como por exemplo, na dificuldade em separar os
resíduos. Este processo necessitaria de um trabalho mais efetivo de
esclarecimento e divulgação das práticas e seus impactos, apesar de o
respondente ter considerado a prática possível de ser aplicada
parcialmente. P11 considera que “em relação a doação e ao
aproveitamento, bem como em relação às aquisições de alimentos, há
normas vigente que interferem de forma positiva nas medidas de
monitoramento sugeridas”.
Já no relato do P3 percebe-se que, apesar dos “editais de licitação
incluírem apenas que os alimentos estejam em conformidade com a
legislação sanitária vigente, já há chamadas públicas para aquisição de
gêneros alimentícios da Agricultura Familiar e do Empreendedor
Familiar Rural, que trazem condições de habilitação voltadas para a
sustentabilidade.”. Em continuidade nesse raciocínio, há a consideração
de ampliação de critérios sustentáveis nos editais de licitação (P9),
enquanto que a regra de contratação de terceirizado “não se faz esse
monitoramento” conforme realidade do P2.
Quanto ao contexto administrativo para implantação dos
indicadores mencionados, o participante P10 menciona que há projetos
de extensão com foco na variável Desperdício mencionada nos
indicadores, no entanto, eles não foram institucionalizados para todo o
301

campus, “mas com recursos disponíveis (tempo/pessoas) seria possível


de medir”. Esse posicionamento corrobora com a necessidade de haver
uma estrutura administrativa capaz de dar sequenciamento as medidas
de avaliação e acompanhamento desses indicadores.
Considerando a categoria socioeconômica, é levantada a
necessidade de haver um maior envolvimento dos produtores locais com
relação a competividade de preços com produtos convencionais, que
deveria envolver questões sociais com a “inclusão e apoio da agricultura
familiar, quilombola e outras comunidades locais” conforme relata P9.
A incorporação de ações pelas IFES vai ao encontro da variável
político-cultural que, apesar de enfrentar obstáculos no processo de
implementação, é possível observar iniciativas já se materializando: “a
instituição está se adequando para a implantação da compostagem no
campus” (P5). Apesar de identificadas iniciativas, a realidade frente a
esse contexto ainda é limitada quanto a sua inclusão como um programa
institucionalizado, pois a instituição segundo P9 “ainda não valoriza
seus resíduos orgânicos, a ideia seria fazê-lo por meio de compostagem,
biodigestor ou qualquer outra técnica de valorização. Se isso for feito,
com certeza teremos que medir o que está indo para a compostagem.”
A proposição dos indicadores para o critério Alimento e Serviços
de Refeição, considerou, ainda, que foram mencionadas a adoção de
práticas para redução de desperdício de alimentos, conforme ilustra a
figura 15.

Figura 15: Mensuração do desperdício de alimentos em uma IFES

Fonte: Dados primários (2018).


302

A modificação de ações frente ao controle da alimentação


consumida e adquirida por meio de licitações pelo campus, ainda é
passível de discussão por conta da dificuldade da logística e perenidade
da ação. Diariamente é explorado o impacto visual acerca do
desperdício no restaurante universitário de uma das IFES, no momento
em que são empilhados itens da cesta básica, como sacas de feijão,
representado os quilos de alimentos desperdiçados no dia anterior. Isso
que tem provocado atenção e reflexão da comunidade acadêmica.
Certamente, o acompanhamento desses dados poderá ser verificado com
o tempo sobre a oscilação diante da campanha implementada neste caso
e servir de exemplo para as demais IFES.

6.2.5 Análise e Resultados Critério 05 - Solo

O critério Solo foi analisado quanto ao Indicador 9 - Porcentagem


da área total que possui manejo diferenciado (cultivo orgânico, sem
fertilizantes); Indicador 10 - Porcentagem da área total protegida35 que
possui manejo diferenciado para proteção da biodiversidade; e Indicador
11 - Porcentagem da área total protegida que possui manejo
diferenciado para proteção da biodiversidade com inventário de espécies
ameaçadas e vulneráveis, representado pelo gráfico 10.

Gráfico 10: Aplicabilidade dos indicadores referentes ao critério Solo

Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados primários (2018).

35
Área total protegida: Unidades de Conservação (UC).
303

Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador


9 - Porcentagem da área total que possui manejo diferenciado (cultivo
orgânico, sem fertilizantes), 31,25% dos participantes (5) consideraram
que não é possível aplicar, 37,50% (6) consideraram que é possível
aplicar parcialmente, 31,25% (5) consideraram que é possível de aplicar
de forma satisfatória e nenhum participante considerou que é possível de
aplicar plenamente o indicador.
Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador
10 - Porcentagem da área total protegida que possui manejo
diferenciado para proteção da biodiversidade, 37,5% dos participantes
(6) consideraram que não é possível aplicar, 12,50% (2) consideraram
que é possível aplicar parcialmente, 43,75% (7) consideraram que é
possível de aplicar de forma satisfatória e 6,25% (1) consideraram que é
possível de aplicar plenamente o indicador.
Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador
1136 - Porcentagem da área total protegida que possui manejo
diferenciado para proteção da biodiversidade com inventário de espécies
ameaçadas e vulneráveis, 43,75% dos participantes (7) consideraram
que não é possível aplicar 25,00% (4) consideraram que é possível
aplicar parcialmente, 31,25% (5) consideraram que é possível de aplicar
de forma satisfatória e nenhum participante considerou que é possível de
aplicar plenamente o indicador. Segue no gráfico 11, a representação
quanto a aplicabilidade dos indicadores por IFES SC.

36
Pelo fato desse indicador assumir um alto grau de complexidade para sua
aplicação no curto prazo pelas IFES brasileiras, optou-se por suprimi-lo da
proposta final. Entende-se que quando for possível a aplicação do indicador 10,
por consequência, será possível a aplicação do indicador 11 como próximo
passo.
304

Gráfico 11: Aplicabilidade dos indicadores referentes ao critério Solo por IFES
SC

Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados primários (2018).

Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador


9 - Porcentagem da área total que possui manejo diferenciado (cultivo
305

orgânico, sem fertilizantes), dos 31,25% dos participantes (5) que


consideraram que não é possível aplicar, 6,25% representam o IFC,
6,25% representam o IFSC, 18,75% representam a UFSC e nenhum
representante da UFFS consideram que não é possível aplicar o
indicador. Dentre os 37,50% (6) dos participantes que consideraram que
é possível aplicar parcialmente, 12,50% representam o IFSC, 25,00%
representam a UFFS e nenhum representante do IFC e UFSC
consideraram que é possível aplicar parcialmente o indicador. Dentre os
31,25% (5) dos participantes que consideraram que é possível de aplicar
de forma satisfatória, 6,25% representam o IFC, 6,25% representam a
UFFS, 18,75% representam a UFSC e nenhum representante do IFSC
considerou que é possível aplicar satisfatoriamente o indicador. Nenhum
participante que representa o IFC, IFSC, UFFS e UFSC considerou que
é possível de aplicar plenamente o indicador.
Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador
10 - Porcentagem da área total protegida que possui manejo
diferenciado para proteção da biodiversidade, dentre os 37,5% dos
participantes (6), 6,25% representam o IFC, 6,25% representam o IFSC,
25,00% representam a UFSC e nenhum representante do IFC considerou
que não é possível aplicar o indicador. Dentre os 12,50% (2) dos
participantes que consideraram que é possível aplicar parcialmente,
12,50% representam o UFFS e nenhum representante do IFC, IFSC e
UFSC consideraram que é possível aplicar parcialmente o indicador.
Dentre os 43,75% (7) dos participantes que consideraram que é possível
de aplicar de forma satisfatória, 12,50% representam o IFSC, 18,75%
representam a UFFS, 12,50% representam a UFSC e nenhum
representante do IFC considerou que é possível aplicar o indicador de
forma satisfatória. Dentre os 6,25% (1) dos participantes que considerou
que é possível aplicar plenamente o indicador, representa o IFC e
nenhum representante do IFSC, UFFS e UFSC consideraram que é
possível aplicar plenamente o indicador.
Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador
11 - Porcentagem da área total protegida que possui manejo
diferenciado para proteção da biodiversidade com inventário de espécies
ameaçadas e vulneráveis, dentre os 43,75% dos participantes (7)
consideraram que não é possível aplicar, 12,50% representa o IFC,
6,25% representa o IFSC, 25,00% representa a UFSC e nenhum
representante da UFFS considera que não é possível aplicar o indicador.
Dentre os 25,00% (4) dos participantes que consideraram que é possível
aplicar parcialmente, 6,25% representa o IFC, 18,75% representa a
UFFS e nenhum representante do IFSC e UFSC considerou que é
306

possível aplicar parcialmente o indicador. Dentre os 31,25% (5) dos


participantes que consideraram que é possível aplicar de forma
satisfatória, 6,25% representa o IFSC, 12,50% representa a UFF,
12,50% representa a UFSC e nenhum representante do IFC considerou
que é possível aplicar plenamente o indicador.
No contexto normativo, verificou-se o esforço das IFES
pesquisadas quanto a elaboração do Plano de Logística Sustentável
(PLS) que prevê mecanismos de observação do critério Solo analisado.
Na rotina de algumas IFES observa-se o relato do P1 que afirma: “Há
estudos de diagnóstico ambiental que orientam para a proteção de áreas
de preservação, corredores, porém como a instituição ainda está em fase
de instalação, não acompanhamos ainda estes temas. Não sendo
aplicável no momento, pode ser que no futuro sim”.
Outro aspecto salientado pelo P3 foi que a estrutura em que
trabalha “não possui áreas a serem controladas” e alguns locais em que
foram necessários a alteração da biodiversidade “tiveram que se
submeter a autorização dos Órgãos competentes e estas, por sua vez,
sofreram de alguma forma, intervenção para recuperação”.
No contexto administrativo, poder contar com uma equipe de
servidores com conhecimentos técnicos para aplicação e controle desses
indicadores é essencial para o sucesso das práticas e conservação do
meio natural. Hoje, conforme relato do P10, há locais específicos como
na fazenda em que há o “cultivo relacionado ao ensino”.
Internamente, uma das IFES mencionou não possuir Plano
Diretor em que poderiam ser encontrados os dados de forma a avaliar
este critério. No contexto político-cultural, destaca-se a iniciativa de
propensão a incorporação deste tema à cultura organizacional:
“indicador 10 acho que seria possível, no momento temos isso
delimitado de maneira empírica, mas em breve gostaríamos de
formalizar (então penso que será possível)”. “Hoje teríamos essa
informação de forma aproximada: as UCs - legislação - sobre nossa
responsabilidade temos (manguezal do Itacorubi), as APPs - legislação
também temos mapeada quase que 100%, contudo as áreas de
preservação internas não” (P10).
Outras IFES afirmam possuírem áreas “verdes”, áreas
“protegidas, mas sem nenhum acompanhamento” (P2), “ainda não
realizado esse tipo de catalogação” P5. Esse fato demonstra uma
fragilidade no quesito engajamento e participação social, o que
auxiliaria no processo de conservação.
Quanto ao crédito Gestão da paisagem, foi considerado para a
discussão a existência de um plano de ocupação urbana, considerando a
307

realidade do participante P9. Dessa forma, poderia ser considerado áreas


de recomposição e áreas verdes e de proteção APPs. Mais de
especialista sugeriu a “porcentagem de área verde em relação à área
total dos campi” e a “porcentagem de APPs em relação às áreas verdes”
por ser possível sua aplicação de forma mais praticável.
O critério Solo, especialmente quando o campus está inserido no
meio urbano, acaba por dificultar a implementação dessas análises. A
necessidade de haver conhecimentos técnicos específicos a fim de
garantir que as práticas de manejo sejam garantidas, e posteriormente
monitoradas.

6.2.6 Análise e Resultados Critério 06 - Compras

O critério Compras foi analisado quanto ao Indicador 12 -


Porcentagem das compras da instituição que possui políticas ou normas
que apoiam a compra sustentável37. Representado pelo gráfico 12.

Gráfico 12: Aplicabilidade dos indicadores referentes ao critério Compras

Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados primários (2018).

37
Compra sustentável: inclui especificação nos editais de compras de materiais
de consumo e materiais permanentes, e contração de serviços e obras e serviços
de engenharia.
308

Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador


12 - Porcentagem das compras da instituição que possui políticas ou
normas que apoiam a compra sustentável, 25,00% dos participantes (4)
consideraram que é possível aplicar parcialmente, 62,50% (10)
consideraram que é possível de aplicar de forma satisfatória e 12,50%
(2) consideraram que é possível de aplicar plenamente o indicador e
nenhum participante considerou não ser possível aplicá-lo. Segue no
gráfico 13, a representação quanto a aplicabilidade dos indicadores por
IFES SC.

Gráfico 13: Aplicabilidade dos indicadores referentes ao critério Compras por


IFES SC

Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados primários (2018).

Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador


12 - Porcentagem das compras da instituição que possui políticas ou
normas que apoiam a compra sustentável, dos 25,00% dos participantes
(4) consideraram que é possível aplicar parcialmente, 20,00% dos
representa a UFFS, 5,00% representa a UFSC, nenhum representante do
IFC e IFSC considerou que é possível aplicar parcialmente o indicador.
Dentre os 62,50% (10) dos participantes que consideraram que é
possível de aplicar de forma satisfatória, 12,50% representam o IFC,
18,75% representam o IFSC, 6,25% representam a UFFS, 25,00%
representam a UFSC. Dentre os 12,50% (2) dos participantes que
309

consideraram que é possível de aplicar plenamente o indicador, 12,50%


representam a UFSC e nenhum participante do IFC, IFSC e UFFS
considerou não ser possível aplicá-lo. Nenhum representante do IFSC,
IFSC, UFFS UFSC considerou que não é possível aplicar o indicador.
O campo administrativo está atrelado ao normativo quanto ao que
deve ser feito, pois como verificado na literatura a expressão de práticas
a serem incluídas nas compras das IFES estão cada vez mais claras para
que servidores possam implementá-las na instituição, e por ele limitado
quanto á autonomia e recursos disponíveis para fazer. P3 afirma que
“Conforme o nosso Plano de Logística Sustentável (PLS), as compras
sustentáveis vêm sendo aprimoradas desde 2012 na instituição”. Nos
últimos anos, incluímos nos processos de compras de materiais e
contratação de serviços, critérios de sustentabilidade”. Isso afirma o
caráter de incorporação paulatina das normas.
A dificuldade enfrentada pelo setor responsável por essa área
requer muitos processos e procedimentos tradicionais detalhados e
onerosos, sendo que ainda não há uma inovação nas práticas licitatórias,
o que evidencia limitações das normas no processo de execução das
outras normas (a que determina fazer), observando-se aí um
descompasso entre elas.
O indicador foi considerado possível por P1, inclusive aplicado
em partes pelo setor de contratos do campus, no entanto “Sei que o setor
de contratos acompanha em cada licitação exigindo itens sustentáveis,
mas não envolvemos porcentagem. Possível de aplicar é, porém em face
de tantas demandas na área que temos, não sei da viabilidade plena de
tal execução”.
“Hoje o sistema não é automático, temos que ver licitação por
licitação e fazer essa análise. Novamente falta recurso e tempo (grifo
nosso), mas é possível verificar os critérios sustentáveis adotados nas
licitações (P1). Definimos fazer de 2 em 2 anos”. Segundo P10, há a
previsão de criação de um sistema automático, além da existência de um
manual de licitações ao participante que sugere a leitura de cada
processo licitatório. A menção à falta ou insuficiência de recurso e
tempo remete à uma variável geral que é o tamanho, traduzido por mais
funcionários e outros recursos pertinentes à sua atuação.
O contexto socioeconômico acaba interferindo de maneira
particular quando da inclusão de critérios sustentáveis nas compras da
instituição. P3 destaca que “O que temos como grande barreira ainda é o
sobre preço destas contratações e a mentalidade de uso depois de
adquiridos os produtos por parte dos servidores”.
310

Quanto ao aspecto político-cultural, há percepções que retratam


uma carência de integração intersetorial, o que consequentemente
interfere na composição da cultura institucional. A consideração do P5
expressa que a instituição “Requer maior ajuste e aproximação entre o
setor de compras e o departamento de gestão ambiental para avaliação
dos descritivos dos produtos, em processos de compra”. Outra referência
trazida como crítica por P2 “Esta temática não está sendo levada a sério
pela instituição, apesar de possuir grande potencial”.
Houve a sugestão de inclusão do “número de critérios adotados
por licitação usados e o número de licitações que apresentou a exigência
de algum critério sustável” ao critério compras. No entanto, por
compreender que o universo das compras públicas detém inúmeras
especificidades, quanto às aquisições, obras e serviços de engenharia e
investimento em equipamentos, optou-se, nesse momento, pela
manutenção do indicador em sua forma atual. Considerando que apesar
de estar previsto na norma e haver um período de adaptação para
implantação de ações, ainda não é um critério que esteja internalizado
de maneira plena.

6.2.7 Análise e Resultados Critério 07 - Transporte

O critério Transporte foi analisado quanto ao Indicador 13 -


Porcentagem da frota de veículos da instituição que utiliza fontes
alternativas de energia38; Indicador 14 - Porcentagem de estudantes que
utiliza transporte alternativo39 como principal meio de transporte para o
deslocamento ao campus, Indicador 15 - Porcentagem de funcionários
que utiliza transporte alternativo como principal meio de transporte para
o deslocamento ao campus; Indicador 16 - Porcentagem de vagas de
estacionamento ou armazenamento seguro para bicicletas e afins que a
instituição oferece em relação a demanda; e Indicador 17 - Porcentagem
de ciclovias oferecidas no campus em relação à malha viária 40do
campus, representado pelo gráfico 14.

38
Fontes alternativas de energia: elétrica, híbrida, com gás natural veicular,
hidrogênio, biocombustível.
39
Transporte alternativo: não motorizado (bicicleta, patins, skate) ou
motorizado (ônibus, metrô, ou categorias como moto).
40
Malha viária do campus: compreende a quilometragem das vias internas e de
acesso às dependências do campus destinada à circulação de veículo
motorizados ou não.
311

Gráfico 14: Aplicabilidade dos indicadores referentes ao critério Transporte

Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados primários (2018).

Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador


13 - Porcentagem da frota de veículos da instituição que utiliza fontes
alternativas de energia, 25,00% dos participantes (4) consideraram que
não é possível aplicar, 37,50% (6) consideraram que é possível aplicar
parcialmente, 25,00% (4) consideraram que é possível de aplicar de
forma satisfatória e 12,50% (2) consideraram que é possível de aplicar
plenamente o indicador.
Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador
14 - Porcentagem de estudantes que utiliza transporte alternativo como
principal meio de transporte para o deslocamento ao campus, 18,75%
dos participantes (3) consideraram que não é possível aplicar, 50,00%
(8) consideraram que é possível aplicar parcialmente, 25,00% (4)
consideraram que é possível de aplicar de forma satisfatória e 6,25% (1)
considerou que é possível de aplicar plenamente o indicador.
Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador
15 - Porcentagem de funcionários que utiliza transporte alternativo
como principal meio de transporte para o deslocamento ao campus,
312

18,75% dos participantes (3) consideraram que não é possível aplicar,


56,25% (9) consideraram que é possível aplicar parcialmente, 18,75%
(3) consideraram que é possível de aplicar de forma satisfatória e 6,25%
(1) considerou que é possível de aplicar plenamente o indicador.
Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador
16 - Porcentagem de vagas de estacionamento ou armazenamento
seguro para bicicletas e afins que a instituição oferece em relação a
demanda, 12,50% dos participantes (2) consideraram que não é possível
aplicar, 31,25% (5) consideraram que é possível aplicar parcialmente,
43,75% (7) consideraram que é possível de aplicar de forma satisfatória
e 12,50% (2) consideraram que é possível de aplicar plenamente o
indicador.
Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador
17 - Porcentagem de ciclovias oferecidas no campus em relação à malha
viária do campus, 37,50% dos participantes (6) consideraram que não é
possível aplicar, 25,00% (4) consideraram que é possível aplicar
parcialmente, 25,00% (4) consideraram que é possível de aplicar de
forma satisfatória e 12,50% (2) consideraram que é possível de aplicar
plenamente o indicador. Segue no gráfico 15, a representação quanto a
aplicabilidade dos indicadores por IFES SC.
313

Gráfico 15: Aplicabilidade dos indicadores referentes ao critério Transporte por


IFES SC

Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados primários (2018).
314

Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador


13 - Porcentagem da frota de veículos da instituição que utiliza fontes
alternativas de energia, dentre os 25,00% dos participantes (4)
consideraram que não é possível aplicar, 6,25% representam o IFSC,
6,25% representam a UFFS, 12,50% representam a UFSC e nenhum
representante do IFC considerou que não é possível aplicar o indicador.
Dentre os 37,50% (6) dos participantes que consideraram que é possível
aplicar parcialmente, 6,25% representam o IFSC, 12,50% representa a
UFFS, 18,75% representam a UFSC e nenhum representante do IFC
considerou que é possível aplicar parcialmente o indicador. Dentre os
25,00% (4) dos participantes que consideraram que é possível de aplicar
de forma satisfatória, 6,25% representam o IFC, 12,50% representam a
UFFS, 6,25% representam a UFSC e nenhum representante do IFSC
considerou que é possível aplicar de forma satisfatória o indicador.
Dentre os 12,50% (2) dos participantes que consideraram que é possível
de aplicar plenamente o indicador, 6,25% representam o IFC, 6,25%
representam o IFSC e nenhum representante da UFFS e UFSC
consideraram que é possível aplicar plenamente o indicador.
Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador
14 - Porcentagem de estudantes que utiliza transporte alternativo como
principal meio de transporte para o deslocamento ao campus, dentre os
18,75% dos participantes (3) consideraram que não é possível aplicar,
6,25% representam a UFFS, 12,50% representam a UFSC e nenhum
representante do IFC e IFSC consideraram que não é possível aplicar o
indicador. Dentre os 50,00% (8) dos participantes que consideraram que
é possível aplicar parcialmente, 6,25% representam o IFC, 12,50%
representam o IFSC, 25,00% representam a UFFS e 6,25% representam
a UFSC. Dentre os 25,00% (4) consideraram que é possível de aplicar
de forma satisfatória, 6,25% representam o IFSC, 18,75% representam a
UFSC, nenhum representante do IFC e UFFS não consideraram que é
possível aplicar de forma satisfatória o indicador. Dentre os 6,25% (1)
dos participantes que consideraram que é possível de aplicar plenamente
o indicador, 6,25% representam o IFC e nenhum representante do IFSC,
UFFS e UFSC consideraram que é possível aplicar plenamente o
indicador.
Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador
15 - Porcentagem de funcionários que utiliza transporte alternativo
como principal meio de transporte para o deslocamento ao campus,
dentre os 18,75% dos participantes (3) consideraram que não é possível
aplicar 6,25% representam a UFFS, 12,50% representam a UFSC e
nenhum representante do IFC e IFSC consideraram que não é possível
315

aplicar o indicador. Dentro os 56,25% (9) dos participantes que


consideraram que é possível aplicar parcialmente, 6,25% representam o
IFC, 12,50% representam o IFSC, 18,75% representam a UFFS e
18,75% representam a UFSC. Dentre os 18,75% (3) dos participantes
que consideraram que é possível de aplicar de forma satisfatória, 6,25%
representam o IFSC, 6,25% representam a UFFS, 6,25% representam a
UFSC e nenhum representante do IFC considerou que é possível aplicar
de forma satisfatória o indicador. Dentre os 6,25% (1) dos participantes
que considerou que é possível de aplicar plenamente o indicador,
representa o IFC e nenhum representante do IFSC, UFFS e UFSC
consideraram que é possível de aplicar plenamente o indicador.
Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador
16 - Porcentagem de vagas de estacionamento ou armazenamento
seguro para bicicletas e afins que a instituição oferece em relação a
demanda, dentre os 12,50% dos participantes (2) que consideraram que
não é possível aplicar, 6,25% representam a UFFS, 6,25% representam a
UFSC e não há representantes do IFC e IFSC que consideram que não é
possível aplicar o indicador. Dentre os 31,25% (5) consideraram que é
possível aplicar parcialmente, 6,25% representa o IFC, 12,50%
representam o IFSC, 6,25% representam a UFFS e 6,25% representam a
UFSC. Dentre os 43,75% (7) dos participantes que consideraram que é
possível de aplicar de forma satisfatória, 18,75% representam a UFFS,
25,00% representam a UFSC e não houve representante do IFC e IFSC
que consideraram que é possível aplicar de forma satisfatória o
indicador. Dentre os 12,50% (2) dos participantes que consideraram que
é possível de aplicar plenamente o indicador, 6,25% representam o IFC,
6,25% representam o IFSC não havendo representante da UFFS e UFSC
que consideram possível aplicar plenamente o indicador.
Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador
17 - Porcentagem de ciclovias oferecidas no campus em relação à malha
viária do campus, dentre os 37,50% dos participantes (6) consideraram
que não é possível aplicar, 6,25% representam o IFC, 6,25%
representam o IFSC, 6,25% representam a UFFS e 18,75% representam
a UFSC. Dentre os 25,00% (4) dos participantes que consideraram que é
possível aplicar parcialmente, 6,25% representam o IFSC, 12,50%
representam a UFFS, 6,25% representam a UFSC e nenhum
representante do IFC considerou que é possível aplicar parcialmente o
indicador. Dentre os 25,00% (4) dos representantes que consideraram
que é possível de aplicar de forma satisfatória, 12,50% representam a
UFFS, 12,50% representam a UFSC, não havendo representantes do
IFC e IFSC que consideraram que é possível aplicar de forma
316

satisfatória o indicador. Dentre os 12,50% (2) dos participantes que


consideraram que é possível de aplicar plenamente o indicador, 6,25%
representam o IFC, 6,25% representam o IFSC, não havendo
representantes do UFFS e UFSC que consideraram que que é possível
aplicar plenamente o indicador.
O critério Transporte, no que compete ao contexto normativo,
houve a verificação de orientações para o desenvolvimento de novos
tipos de combustíveis e no processo de baixa para veículos inservíveis.
Quanto à análise do contexto socioeconômico, há um claro
reflexo na composição do orçamento das IFES, que não atenderia o
necessário para fazer frente a essas novas demandas. Ou simplesmente,
a insuficiência de recursos é utilizada como argumento para não
implementação dessas políticas, como pode ser visto na percepção de
P10: “teria que fazer uma pesquisa e isso demanda tempo e recursos.
Teve um observatório que fez essa pesquisa há um tempo atrás, mas os
dados mudam sempre, portanto, seria necessário atualizá-la”.
Quanto à necessidade de monitoramento de tais indicadores, este
critério esbarra na variável administrativa e técnica, pois conforme P1,
“Nós não monitoramos isto, embora acredito que seja possível aplicar
parcialmente. Se o indicador for muito complexo, principalmente, para
obter informações ele começa a ser rejeitado. Os indicadores têm que
ser fáceis de captar e calcular, não devem envolver muitas pessoas para
se obter os dados. Por que, do contrário, quando começa a envolver
muitos setores, muitas pessoas, começa a gerar problemas” (grifo
nosso).
Nessa visão, há a necessidade de uma estrutura administrativa
mais autônoma, que pode ser o contrário de mais integrada, que na visão
do P1, o fato de uma ação depender do envolvimento de muitos setores,
“começa a gerar problemas”. Observa-se também a necessidade de
disponibilizar, de forma mais sistemática, os conhecimentos técnicos
(manualizados), além de detecção de se fazer maiores esclarecimentos
ou modificação na operacionalização e monitoramento dos indicadores
junto aos usuários do campus.
Nessa busca pela melhoria dos indicadores e dos dados possíveis
de serem captados, cabe ressaltar relato do P10: “Essas porcentagens são
muitos difíceis de serem calculadas, % em relação a que total, deveria
excluir os que não necessitam de transporte pois vem a pé.”
Quanto ao contexto político-cultural é perceptível a correlação
com a cultura organizacional nas IFES, como no relato do P3, “Porém,
esbarramos na mudança cultural deste aspecto, por conta de quem é
usuário do transporte. Também temos em Florianópolis um grande
317

entrave no quesito mobilidade urbana, o que por si só trava iniciativas


deste cunho.” Apesar do relato, é possível observar a figura 16, que
ilustra a iniciativa de alternativas nesse critério.

Figura 16: Iniciativa de novas fontes de energia no critério transporte

Fonte: Dados primários (2018).

Com relação ao quantitativo de vagas de estacionamento, como


P10 “Hoje teríamos esses dados para responder. Entendo que seja uma
informação que não seja muito simples de se conseguir, pois demanda
pesquisa. Indicador 15, idem anterior. E mesmo fazendo uma pesquisa
318

seria uma estimativa, pois não seria possível entrevistar todo mundo.
indicador 16 e 17, seria possível e acho que não demandaria tanto
trabalho.” Dessa maneira, uma possibilidade para otimizar e esclarecer o
monitoramento do campus, seus usuários e a forma de locomoção, seria
a utilização do método de verificação e monitoramento Survey a ser
realizado uma ou mais vezes ao ano. Os custos deste tipo de pesquisa
pode variar, pois depende da população a ser pesquisada (docentes,
discentes e técnicos), da quantidade de perguntas, da margem de erro
requerida e da intensidade e período da pesquisa. Sempre há
possibilidade de se realizar este tipo de pesquisa como atividade de
extensão ou como objeto de alguma pesquisa da própria IFES, podendo
ter assim seus custos absorvidos pela própria estrutura já existente, o
que demanda forte integração e uma ação coordenada entre as unidades
de pesquisa, ensino e a administração da instituição.
No quesito social de verificação, percebe-se que há clareza do
poder de impacto social de uma Instituição de ensino na comunidade, no
entanto, ela estaria deixando de exercer o papel compatível com essa
grande relevância, como afirma P9: “As universidades têm porte e
importância para exigir e negociar soluções de transporte público com
os governos, inclusive ciclovias e horários e linhas de ônibus, seria
interessante perguntar se há inciativas a respeito.”
O critério transporte possibilita uma vasta discussão quanto às
particularidades de cada um dos casos, pois a questão ambiental no
entorno dos campi, como também a de mobilidade urbana, são questões
a serem aprofundadas de forma a adaptar as ferramentas para cada
situação, dependendo do contexto na qual cada IFES está inserida.

6.2.8 Análise e Resultados Critério 08 - Desperdício

O critério Desperdício foi analisado quanto ao Indicador 18 -


Porcentagem de redução do desperdício de insumos41 em relação a total
consumido; e Indicador 19 - Quantidade de insumos que seriam
desperdiçados e que passam a ser doados, reaproveitados ou reciclados,
representado pelo gráfico 16.

41
Insumos: provindos das atividades da universidade, a exemplo de papéis,
embalagens, copos plásticos, entre outros. Não são considerados nesse critério
os resíduos orgânicos (alimentos) e resíduos de obras e serviços de engenharia,
pois já foram tratados nos critérios específicos.
319

Gráfico 16: Aplicabilidade dos indicadores referentes ao Critério Desperdício

Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados primários (2018).

Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador


18 - Porcentagem de redução do desperdício de insumos em relação a
total consumido, 31,25% dos participantes (5) consideraram que não é
possível aplicar, 31,25% (5) consideraram que é possível aplicar
parcialmente, 37,50% (6) consideraram que é possível de aplicar de
forma satisfatória e nenhum dos participantes considerou que é possível
de aplicar plenamente o indicador.
Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador
19 - Quantidade de insumos que seriam desperdiçados e que passam a
ser doados, reaproveitados ou reciclados, 25,00% dos participantes (4)
consideraram que não é possível aplicar, 31,25% (5) consideraram que é
possível aplicar parcialmente, 43,75% (7) consideraram que é possível
de aplicar de forma satisfatória e nenhum dos participantes considerou
que é possível de aplicar plenamente o indicador. Segue no gráfico 17, a
representação quanto a aplicabilidade dos indicadores por IFES SC.
320

Gráfico 17: Aplicabilidade dos indicadores referentes ao critério Desperdício


por IFES SC

Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados primários (2018).

Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador


18 - Porcentagem de redução do desperdício de insumos em relação a
total consumido, 31,25% dos participantes (5) consideraram que não é
possível aplicar, 6,25% representam o IFC, 18,75% representam o
UFFS, 6,25% representam a UFSC e nenhum representante do IFSC
considerou que não é possível aplicar o indicador. Dentre os 31,25% (5)
consideraram que é possível aplicar parcialmente, 6,25% representam a
UFFS, 25,00% representam a UFSC e não houve representantes do IFC
e IFSC que consideraram que é possível aplicar parcialmente o
indicador. Dentre os 37,50% (6) dos participantes que consideraram que
é possível de aplicar de forma satisfatória, 6,25% representam o IFC,
18,75% representam o IFSC, 6,25% representam a UFFS e 6,25%
321

representam a UFSC. Nenhum representante do IFC, IFSC, UFFS e


UFSC consideraram que é possível de aplicar plenamente o indicador.
Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador
19 - Quantidade de insumos que seriam desperdiçados e que passam a
ser doados, reaproveitados ou reciclados, 25,00% dos participantes (4)
consideraram que não é possível aplicar, 6,25% representam o IFC,
12,50% representam a UFFS, 6,25% representam a UFSC e nenhum
representante do IFSC considerou que não é possível aplicar o
indicador. Dentre os 31,25% (5) dos participantes que consideraram que
é possível aplicar parcialmente, 12,50% representam a UFFS, 18,75%
representam a UFSC e nenhum representante do IFC e IFSC
consideraram que é possível aplicar parcialmente o indicador. Dentre os
43,75% (7) consideraram que é possível de aplicar de forma satisfatória,
6,25% representam o IFC, 18,75% representam o IFSC, 6,25%
representam a UFFS e 12,50% representam a UFSC. Nenhum
representante do IFC, IFSC, UFFS e UFSC consideraram que é possível
de aplicar plenamente o indicador.
Quanto ao contexto normativo, é verificado que os gestores
sabem da existência das normas de forma expressa, indicando algumas
formas de reaproveitamento e reciclagem de insumos, como visto na
observação de P3: “Destino certo da PLS trata sobre Gestão de resíduos
sólidos” havendo uma seção específica que trata dessa questão.
Além da inserção dessas ações de reaproveitamento, há também o
movimento de incentivo de uma menor produção de resíduos por parte
de toda a comunidade acadêmica. Essa questão é condicionada
fortemente pelo contexto cultural, pois envolve hábitos arraigados que
não contribuem para a corresponsabilidade de cada cidadão na
conscientização sobre o lixo produzido. Pode ser observado pelo relato
P1: “É possível aplicar este indicador, mas há entraves e sombreamentos
de finalidade. Por exemplo, a pesagem de resíduos, que é um indicador
muito importante, não é prioridade. Nosso objetivo que é um grande
desafio - é gerar menos lixo. Isso por si só demanda muito, muito
trabalho - conscientização, lixeiras, pesagem periódica, etc.”
A logística para conciliar essas ações, como um programa
institucional, é também um desafio pelo fato de as IFES serem
multicampi, dificultando a integração entre as unidades, como salientou
P2: “Indicadores difíceis de mensurar em uma instituição de ensino com
atividades diversas e descentralizadas”. Mas é possível observar a
existência de ações dessa natureza, conforme relato do P5, indicando
que o insumo da instituição é “Encaminhado por coleta seletiva com a
empresa local que opera os serviços com a prefeitura municipal”.
322

Houve considerações a respeito da dificuldade na identificação de


quais itens referem-se aos insumos, sendo, portanto, acrescentado às
notas de rodapé algumas considerações explicativas - a exemplo de
papéis, embalagens, copos plásticos, entre outros materiais provenientes
das atividades da universidade. Resíduos orgânicos (alimentos) e
resíduos de obras e serviços de engenharia, não foram considerados no
critério Desperdício, pois já foram abordados em critérios específicos.
Ainda com o entendimento dessas questões, houve considerações
identificando dificuldades em medir o desperdício, como relato do P10:
“acho bem difícil medir o quanto que foi desperdiçado. Só consigo saber
o quanto que foi gasto por pessoa, por centro, mas não o quanto que foi
desperdiçado”.
Cabe destacar que neste estudo foi considerado “desperdiçado” o
que de fato não foi reciclado ou reaproveitado. Para esse cálculo, é
necessário saber, a priori, o quanto foi gasto por pessoa no que se refere
aos insumos mencionados, que após sua utilização serão transformados
em resíduos (excetuando os orgânicos e de obras, químicos, abordados
anteriormente), como retratado por P10: “Acho que faltou pergunta
sobre resíduos, quanto que é reciclado do total possível, quanto dos
resíduos orgânicos é reciclado do total possível, quanto do resíduo
químico e infectante tem sua destinação adequada, quanto de resíduo
que é gerado por pessoa, enfim, acho que essas perguntas relacionadas a
resíduos seriam mais eficientes. Quanto a consumo, saber quanto é gasto
de material de expediente, copos, papel, papel toalha, por pessoa”.
Quanto à esfera administrativa foi verificada que, apesar de haver
a necessidade em estabelecer uma estrutura mais condizente para avaliar
e monitorar as questões levantadas nesse estudo, é possível identificar
outras iniciativas correlatas: “conseguimos saber com relação ao
patrimônio, o que foi doado, o que está ocioso, o que está irrecuperável,
o que foi transferido para outro setor (doado). Contudo com relação a
outras coisas não. Também temos a informação de quanto de cada tipo
de material que reciclamos (X% de papel, X% de metal)”. (P10). A
figura 17 ilustra a dificuldade em realizar essa ação de forma adequada,
embora haja lixeiras seletoras.
323

Figura 17: Coleta seletiva de lixo e seus obstáculos

Fonte: Dados primários (2018).

Esse critério foi verificado por meio de muitas ações relatadas


pelos participantes. Na legislação, esse é um dos critérios mais
abordados e verificados na prática, ainda que por meio de ações
pontuais. Neste caso específico, parece que a vontade política da gestão,
a relação com a sociedade e os reflexos na economia da instituição tem
se mostrado determinantes para a implantação deste tipo de estratégia
nas IFES. É de grande importância a preocupação para este critério, e
324

ações já em andamento, indicam que vem sendo aplicável às práticas da


instituição, o que representa um avanço concreto com vistas à
sustentabilidade.

6.2.9 Análise e Resultados Critério 09 - Água

O critério Água foi analisado quanto ao Indicador 20 - Consumo


total de água por usuário do campus; Indicador 21 - Consumo total de
água para jardinagem e vegetação; Indicador 22 - Porcentagem de água
residual42 tratada43 do campus em relação ao volume total de água
consumida; e Indicador 23 - Porcentagem de água residual destinada à
rede de esgoto frente ao volume total de água consumida, conforme
gráfico 18.

Gráfico 18: Aplicabilidade dos indicadores referentes ao critério Água

Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados primários (2018).

42
Água residual: água procedente da utilização no campus (banheiros, pias,
entre outros).
43
Água tratada: destinada à rede de esgoto ou tratamentos alternativos, quando
esta não existir.
325

Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador


20 - Consumo total de água por usuário do campus, 6,25% dos
participantes (1) consideraram que não é possível aplicar, 25,00% (4)
consideraram que é possível aplicar parcialmente, 50,00% (8)
consideraram que é possível de aplicar de forma satisfatória e 18,75%
(3) consideraram que é possível de aplicar plenamente o indicador.
Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador
2144 - Consumo total de água para jardinagem e vegetação, 37,50% dos
participantes (6) consideraram que não é possível aplicar, 37,50% (6)
consideraram que é possível aplicar parcialmente, 18,75% (3)
consideraram que é possível de aplicar de forma satisfatória e 6,25% (1)
considerou que é possível de aplicar plenamente o indicador.
Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador
22 - Porcentagem de água residual tratada do campus em relação ao
volume total de água consumida, 18,75% dos participantes (3)
consideraram que não é possível aplicar, 31,25% (5) consideraram que é
possível aplicar parcialmente, 37,50% (6) consideraram que é possível
de aplicar de forma satisfatória e 12,50% (2) consideraram que é
possível de aplicar plenamente o indicador.
Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador
2345 - Porcentagem de água residual destinada à rede de esgoto frente ao
volume total de água consumida, 25,00% dos participantes (4)
consideraram que não é possível aplicar, 25,00% (4) consideraram que é
possível aplicar parcialmente, 37,50% (6) consideraram que é possível
de aplicar de forma satisfatória e 12,50 % (2) consideraram que é
possível de aplicar plenamente o indicador. Segue no gráfico 19, a
representação quanto a aplicabilidade dos indicadores por IFES SC.

44
Pelo fato de o indicador 21 assumir um alto grau de complexidade para sua
aplicação no curto prazo pelas IFES brasileiras, (dificuldade em identificar o
destino da água em subdivisões fora das dependências prediais), optou-se por
suprimi-lo da proposta final.
45
Pelo fato de o indicador 23 estar compreendido no indicador 22 anterior
(destinar água residual à rede de esgoto é uma das formas de tratamento) optou-
se por suprimi-lo da proposta final.
326

Gráfico 19: Aplicabilidade dos indicadores referentes ao critério Água por IFES
SC

Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados primários (2018).
327

Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador


20 - Consumo total de água por usuário do campus, dentre os 6,25% dos
participantes (1) considerou que não é possível aplicar, 6,25%
representam a UFSC e nenhum representante do IFC, IFSC, UFFS
consideraram que não é possível aplicar o indicador. Dentre os 25,00%
(4) dos participantes que consideraram que é possível aplicar
parcialmente, 6,25% representam o IFC, 6,25% representam IFSC,
6,25% representam o UFFS e 6,25% representam a UFSC. Dentro os
50,00% (8) dos participantes que consideraram que é possível de aplicar
de forma satisfatória, 6,25% representam o IFSC, 18,75% representam a
UFFS, 25,00% representam a UFSC e não houve representante do IFC
que considerou que é possível aplicar de forma satisfatória o indicador.
Dentre os 18,75% (3) dos participantes que consideraram que é possível
de aplicar plenamente o indicador, 6,25% representam o IFC, 6,25%
representam o IFSC, 6,25% representam a UFFS e não houve
representante da UFSC que considerou que é possível aplicar
plenamente o indicador.
Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador
21 - Consumo total de água para jardinagem e vegetação, dentre os
37,50% dos participantes (6) consideraram que não é possível aplicar,
6,25% representam o IFC, 18,75% representam a UFFS, 12,50%
representam a UFSC e não houve representante do IFSC que considerou
que não é possível aplicar o indicador. Dentre os 37,50% (6) dos
participantes que consideraram que é possível aplicar parcialmente,
6,25% representam o IFC, 12,50% representam o IFSC, 12,50%
representam a UFFS e 6,25% representam a UFSC. Dentre os 18,75%
(3) dos participantes que consideraram que é possível de aplicar de
forma satisfatória, 18,75% representam a UFSC e não houve
representantes dos IFC, IFSC, UFFS que consideraram que é possível a
aplicação de forma satisfatória do indicador. Dentre os 6,25% (1) dos
participantes que consideraram que é possível de aplicar plenamente o
indicador, 6,25% representam o IFSC e não houve representante do IFC,
UFFS e UFSC que consideraram que é possível aplicar plenamente o
indicador.
Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador
22 - Porcentagem de água residual tratada do campus em relação ao
volume total de água consumida, dentre os 18,75% dos participantes (3)
consideraram que não é possível aplicar, 6,25% representam a UFFS,
12,50% representam a UFSC e não houve representantes do IFC e IFSC
que consideraram que não é possível aplicar o indicador. Dentre os
31,25% (5) dos participantes que consideraram que é possível aplicar
328

parcialmente, 6,25% representam o IFC, 6,25% representam o IFSC,


12,50% representam a UFFS e 6,25% representam a UFSC. Dentre os
37,50% (6) dos participantes que consideraram que é possível de aplicar
de forma satisfatória, 12,50% representam o IFSC, 6,25% representam a
UFFS, 18,75% representam a UFSC e não houve representantes do IFC.
Dentre os 12,50% (2) dos participantes que consideraram que é possível
de aplicar plenamente o indicador, 6,25% representam o IFC, 6,25%
representam a UFFS e não houve representantes do IFSC e UFSC que
consideraram que é possível aplicar plenamente o indicador.
Quanto à aplicabilidade no curto prazo (1 a 4 anos) do Indicador
23 - Porcentagem de água residual destinada à rede de esgoto frente ao
volume total de água consumida, dos 25,00% dos participantes (4)
consideraram que não é possível aplicar, 12,50% representam a UFFS,
12,50% representam a UFSC e não houve representante do IFC e IFSC
que consideraram que não é possível aplicar o indicador. Dentre os
25,00% (4) consideraram que é possível aplicar parcialmente, 6,25%
representam o IFC, 6,25% representam o IFSC, 6,25% representam a
UFFS e 6,25% representam a UFSC. Dentre os 37,50% (6) dos
participantes que consideraram que é possível de aplicar de forma
satisfatória, 12,50% representam o IFSC, 6,25% representam a UFFS,
18,75% representam a UFSC e não houve representante do IFC que
considerou que é possível de aplicar de forma satisfatória o indicador.
Dentre os 12,50 % (2) consideraram que é possível de aplicar
plenamente o indicador, 6,25% representam a IFC, 6,25% representam a
UFFS e não houve representante do IFSC e UFSC que consideraram que
é possível aplicar plenamente o indicador.
Quanto ao contexto normativo e administrativo, verifica-se que
há previsão de cuidados na literatura sobre o critério Água. Conforme
relato do P1: “É possível aplicar este indicador, mas nós aqui
monitoramos o consumo (m³) por prédio e o geral”. Por meio do relato
P3 também se verifica a previsão nos documentos das instituições: “O
Item 7.2 Recursos naturais, da PLS trata do Tema: Recursos Hídricos e
Energéticos”.
Quanto ao aspecto político-cultural, é perceptível que há um
esforço por parte dos servidores em monitorar esses indicadores, como
se percebe no relato do P5 “Estamos em processo de implantação de
medição individual por blocos da instituição, de forma a poder
contabilizar o volume tratado, volume consumido e possíveis
desperdícios, além da contabilização do volume de água de reúso
coletada das chuvas nos telhados e empregada nos sanitários após
armazenamento”.
329

Percebe-se que no contexto socioeconômico, para vencer as


limitações de orçamento dedicado a este tema, deve haver uma parceria
com os órgãos responsáveis pelo tratamento da água, mas para isso, as
IFES inicialmente devem estabelecer mecanismos para o controle e o
monitoramento desses indicadores. No entanto, há dificuldade nesse
processo, por conta da estrutura física existente e gastos para
implantação de equipamentos, onde hoje inexistem, conforme P9:
“indicador 21, não existindo um hidrômetro separado para essa
finalidade, como isso seria calculado? (...) hoje em dia nas faturas de
água, o consumo é cobrado dobrado (cobrança pelo tratamento do
esgoto pela CASAN) nos hidrômetros onde há ligação com a rede de
esgoto, e não é dobrado nos hidrômetros que não estão conectados à
rede, porém destes que não estão conectados alguns podem ter
tratamentos adequados, no entanto não é possível medir esse volume.”
Segundo o mesmo relato a “literatura consolidada traz que o
volume de esgoto (águas servidas) é de aproximadamente 80% do
volume de água consumida, nesse sentido pode-se estimar o volume que
está conectado à rede, mas não há como separar os volumes de efluentes
que recebem outros tratamentos ou tratamento nenhum.”
Houve a consideração acerca da nomenclatura do crédito ser
nominado como água pluvial por conta do termo original constante no
STARS, no entanto, por ser relevante e mais adequado, foi alterado para
águas residuais.
Outra observação consiste na medição da porcentagem de água
residual em relação ao total, devendo ser estimado com base nas faturas
existentes, como afirma P10: “faturas de água e áreas que sabemos que
coleta esgoto com a concessionária”. A previsão também consiste na
utilização dos hidrômetros, segundo P9 “hidrômetros que não são
atendidos pela rede vem o desconto, contudo, esses hidrômetros não são
por prédios, mas sim por áreas. E se uma pequena parte da área é
atendida pela rede, já considera como sendo tudo”, logo não retrata a
realidade de maneira adequada. Estimar melhor esses indicadores deve
ser ação considerada pelo processo de ampliação de estrutura com a
previsão de recursos (pessoas, dinheiro e tempo) que possibilite realizar
uma boa análise. Outra verificação que auxiliaria nesse processo,
segundo afirma P10, é ter a ciência do “número de prédios que estão
gerindo seus efluentes de forma adequada, mesmo assim, seria difícil de
conseguir esse dado”.
Assim sendo, há grande benefício no desafio em monitorar a
qualidade da água, bem como ampliar as estruturas de tratamento da
quantidade disponível e utilizada no campus. Percebe-se iniciativas que
330

buscam tornar viável essa realidade. Todavia, a questão financeira é


relevante para implantação de uma estação e mensuração individualiza
no campus. Mais uma vez, a demanda por mais estrutura logística,
incluindo pessoal, é central como limitante para adoção deste critério.

6.2.10 Proposta de Indicadores para as IFES Brasileiras

A partir da análise e discussão dos resultados obtidos por meio


dos questionários e percepção dos especialistas das IFES catarinenses,
aliado ao arcabouço teórico e os elementos e teorias discutidas ao longo
da pesquisa, segue a proposta do estudo, no quadro 79.

Quadro 79: Proposta de indicadores de sustentabilidade para a realidade das


IFES brasileiras pós validação (continua)
PROPOSTA DE INDICADORES PARA IFES BRASILEIRAS

1) Porcentagem de emissão de gases de efeito estufa GEE


Ar e Clima
identificados por meio de auto monitoramento no campus por ano.
2) Porcentagem da área construída ou reformada de edificações que
Edificações possui políticas ou normas que apoiam critérios sustentáveis em
relação a área total de edificações.
3) Consumo total de energia por edifício por unidade de área útil.
4) Porcentagem de uso de eletricidade, por fonte alternativa
Energia
(biomassa, carvão, geotérmico, hidro, gás natural, nuclear,
fotovoltaico solar, eólica).
5) Porcentagem de despesas com alimentos e bebidas e serviços de
refeições que seguem padrões de sustentabilidade ou de produção
Alimentos
e Serviços local em relação às refeições convencionais.
de 6) Porcentagem de redução do desperdício de alimentos.
Refeição 7) Quantidade de alimentos que seriam desperdiçados e que passam a
ser doados, reaproveitados ou destinados à compostagem.
8) Porcentagem da área total manejada que possui manejado
diferenciado.
Solo
9) Porcentagem da área total protegida (UC, APP) que possui
manejado diferenciado para proteção da biodiversidade.
10) Porcentagem das compras da instituição que possui políticas ou
Compras
normas que apoiam a compra sustentável.
331

Quadro 79: Proposta de indicadores de sustentabilidade para a realidade das


IFES brasileiras pós validação (conclusão)
PROPOSTA DE INDICADORES PARA IFES BRASILEIRAS
11) Porcentagem da frota de veículos da instituição que utiliza fontes
alternativas de energia.
12) Porcentagem de estudantes que utiliza transporte alternativo como
principal meio de transporte para o deslocamento ao campus.
13) Porcentagem de funcionários que utiliza transporte alternativo
como principal meio de transporte para o deslocamento ao
Transporte
campus.
14) Porcentagem de vagas estacionamento ou armazenamento seguro
para bicicletas e afins que a instituição oferece em relação à
demanda.
15) Porcentagem de ciclovias oferecidas no campus em relação à malha
viária do campus.
16) Porcentagem de redução do desperdício de insumos em relação a
total consumido.
Desperdício
17) Quantidade de insumos que seriam desperdiçados e que passam a
ser doados, reaproveitados ou reciclados.
18) Consumo total de água por usuário do campus.
Água 19) Porcentagem de água residual tratada do campus em relação ao
volume total de água consumida.
Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados primários (2018).

Após a realização do estudo dos instrumentos selecionados e seus


respectivos indicadores verifica-se uma redução de 140 para 19
indicadores aplicáveis. Cabe ressaltar que a opção da seleção da
dimensão operações, como já mencionado, deu-se por representar
aspectos e indicadores mais mensuráveis e possíveis de serem
monitorados em um curto espaço de tempo (1 a 4 anos). Fato que não
ocorreu nas demais dimensões dos instrumentos que representaram
áreas mais subjetivas com indicadores mais qualitativos, o que
dificultaria o alcance dos objetivos da pesquisa, que foi propor uma
ferramenta objetiva e efetiva na verificação das ações das IFES quanto
às ações de sustentabilidade na realidade brasileira.
Apesar de a avaliação não ter representado um grau absoluto de
aplicabilidade na percepção dos especialistas, para cada indicador,
compreende-se que há um potencial evidente de aplicabilidade se
332

atendido alguns mecanismos de estruturação, como por exemplo o


fortalecimento do FORGIFESC ampliando a sinergia entre as IFES e
seus gestores e especialistas; realização de seminários com a
comunidade objetivando a articulação e disseminação dos saberes,
atendendo a alguns princípios da prática do bem público.
Após apresentadas as análises e os resultados decorrentes da
validação do instrumento elaborado, por critério, que resultou na
proposta de indicadores de sustentabilidade para a realidade das IFES
brasileiras, a seção seguinte destina-se a apresentação das conclusões
acerca do estudo realizado.
333

7 CONCLUSÃO

O presente estudo teve como objetivo propor indicadores para


avaliar a aplicabilidade de práticas de sustentabilidade, em instituições
de ensino superior federais, no contexto brasileiro. A pesquisa foi
sistematizada com três objetivos específicos, estruturados de forma a
propiciar a consecução de análises entre a teoria e a prática, desde a
seleção dos principais instrumentos, até sua verificação junto à realidade
das IFES nacionais.
Inicialmente, foi possível identificar os instrumentos de avaliação
de sustentabilidade para IFES, por meio da pesquisa sistemática nas
bases de dados de relevância. Identificaram-se os principais
instrumentos a partir dessa pesquisa e após, foi realizado um estudo a
fim de caracterizá-los e identificar seus princípios, método de
avaliação/certificação, base conceitual, dimensão, critérios até a unidade
de interesse: os indicadores.
A partir dos indicadores, em especial os da área de operações,
foram escolhidas quatro categorias de análise, com base no arcabouço
sobre sustentabilidade e administração pública, dentro de um contexto
vivenciado pelas instituições, que são influenciadas diretamente na
escolha e aplicabilidade de determinadas ações quando da incorporação
à gestão institucional. São elas: normativa, administrativa,
socioeconômica político-cultural.
A categoria normativa está diretamente relacionada com a
estrutura da organização pública, em que as normas regem as decisões
do gestor público (técnico e docente). Pressupõem-se que essa categoria
visa equalizar os direitos, minimizar distanciamentos e orientar os
agentes públicos a suprir as áreas deficitárias, por meio de uma atuação
profissional e cidadã responsiva, na resolução de um problema público.
O contexto administrativo se fez presente pelo fato de os agentes
públicos serem os responsáveis pela operacionalização das ideias e das
normas. Manter uma estrutura adequada em número/qualidade é
essencial para obtenção de resultados satisfatórios, visando um
progresso ao longo do tempo. A estrutura administrativa das IFES
possibilita a organização e sistematização das ações públicas, por meio
de tecnologia e recursos humanos, presente nas relações e interações
com a comunidade acadêmica e sociedade.
A variável socioeconômica encontra-se como fator resolutivo
para aquisição de equipamentos, implantação de estrutura física e de
pessoal. O engajamento da instituição com a sociedade e o impacto
científico e social promovido é um aspecto que deve ser mantido e
334

fortalecido e para isso aspectos sociais e econômicos são fundamentais.


Estabelecer ações em conjunto, em que o órgão percebe o problema
público e busca a solução e auxílio em parceria, demonstra maturidade
na forma de gestão. Essa disposição favorece a disponibilidade e uma
melhor aplicação dos recursos financeiros com vistas à promoção do
bem coletivo.
Em relação ao contexto político-cultural, verifica-se um papel de
grande importância do gestor da IFES, pois a partir dele é que as
decisões são tomadas. As funções são delegadas e ações
institucionalizadas por intermédio do gestor, em conjunto pelas
aspirações e anseios carregados com ele e que são repassados a todos os
servidores. As características da gestão e dos seus representantes e
dirigentes são determinantes para a adoção de políticas e ações de
quaisquer naturezas, em especial as de sustentabilidade. Neste aspecto, o
poder discricionário dos gestores pode ser fator que viabilize, ou, por
outro lado, impeça que determinadas prioridades sejam estabelecidas. A
assimilação de uma nova cultura, como já observado, não é tarefa
simples. Para haver uma conjunção de vontades e atitudes é necessária
sua internalização, fato que ocorre especialmente quando se compreende
a utilidade da ação e seu impacto no local e entorno.
A trajetória da pesquisa pôde ser vivenciada de uma forma
intensa quanto à descoberta de novas perspectivas com relação a uma
inquietude inerente à pesquisadora: vivenciar a prática profissional de
uma universidade pública sob a visão técnico-científica da realidade.
Essa experiência permitiu que muitas questões pudessem emergir das
relações, fatos, conflitos e comportamentos observados diariamente. A
falta de controle sobre resultados e a costumeira desarticulação entre
atores e saberes que participam do processo de gestão é um fato que
esmorece, ao passo que instiga a busca por respostas e por uma
compreensão de possíveis caminhos que conduzam a uma administração
pública mais efetiva.
Alguns “porquês” acabam por se transformar em expressões
generalizáveis: “iniciativas no setor público não dão certo”; “aquisição
por um alto custo financeiro de programas, sistemas e ferramentas de
avaliação de diferentes áreas não dão resultados”; “existência de
pesquisadores premiados em determinadas áreas de pesquisa, sem que
os benefícios sejam percebidos ou impactados na instituição”; “apesar
da existência de norma, cada um executa de um jeito diferente”.
Essas e outras expressões populares traduzem muitas práticas
percebidas na administração das instituições públicas universitárias. Por
essas e outras razões, é que no curso deste estudo algumas respostas
335

foram buscadas na literatura, nas teorizações, bem como na prática


percebida por colegas que vivenciam essas rotinas e igualmente
trabalham para a inserção de critérios sustentáveis nas instituições.
Durante a consecução da pesquisa, alguns resultados puderam ser
destacados de todo o processo de reflexão e descobertas. Essas questões
poderão ser úteis para a prática das IFES e serem exploradas em novas
pesquisas:
1. Dentre as categorias de análise eleitas como mais relevantes
para o contexto universitário, partiu-se do pressuposto que, para
a efetivação de uma mudança organizacional, deve haver uma
confluência normativa, administrativa, socioeconômica e
político-cultural. Todavia, ficou evidente nesta pesquisa que a
ação política dos indivíduos para uma mudança de cultura se
sobressai dentre as demais. Ao observar a estrutura do Estado
brasileiro, suas disfunções burocráticas, a discricionariedade e
autonomia dos gestores ainda presente nas diferentes formas de
gestão, constata-se que as ações, em especial as de
sustentabilidade, estão diretamente vinculadas ao perfil dos
dirigentes. Como não há uma norma plenamente
operacionalizável, por conta de problemas de imprecisão
conceitual e excesso de regulamentação não sistematizada, há
espaço para que dirigentes tenham o poder de enveredar para
uma vertente mais do que para outra. Com as sucessivas
mudanças no nível de direção e outros cargos, não há a criação
de memória institucional que permita o acompanhamento
histórico, com possibilidade de ajustes e melhorias relativas à
sustentabilidade. Essa inferência pode ser ratificada na
literatura, por uma visão de transformação que se dá por meio
da mudança da ação política trabalhando dentro e fora das
estruturas existentes. Na maior parte do mundo, as questões do
desenvolvimento sustentável não estão no topo das “agendas
políticas”, mesmo questões como fome em massa ou mudança
no clima não dominam as notícias ou debates políticos, ainda
assim são questões centrais que pressionam tais agendas
(HOPWOOD et al, 2005). Tornar essas ações prioridade nas
agendas é um dos maiores desafios para a implementação
dessas.
2. Ainda na seara política e normativa, nota-se um fato presente: o
descolamento entre o que propõe a norma e a prática
administrativa. A distância acarretada por esse descolamento,
336

que alguns autores nominam de formalismo, é fenômeno muito


presente no objeto estudado. Esse comportamento tornou-se
uma prática disseminada e arraigada na realidade brasileira, seja
na vida dos cidadãos ou nas rotinas da administração. No
primeiro caso, a população não atende às orientações legais, por
não perceber, muitas vezes, sua existência ou necessidade de
aplicação, ou simplesmente por não se sentir na obrigação de
segui-las. No segundo caso, as práticas administrativas
repetidamente não seguem as prescrições estabelecidas seja por
não compreender sua importância, seja pelo argumento de
fragilidade financeira e estrutural para execução das normas, ou
mesmo pela aparente complexidade da nova tarefa. Dessa
forma, segundo Costa (2010), a consequência do formalismo
faz com que a lei não seja colocada em prática e não havendo
efeito sobre o comportamento dos gestores públicos, que
deixam de observá-las, sem que passem a sofrer sanções pela
falta de sua aplicação.
3. Uma das explicações para o formalismo, que foi observada
neste caso, é a replicação de ideias de origem estrangeira sem
haver a criticidade em consideração ao contexto para o qual o
modelo foi ou será aplicado46. Além de outras consequências,
nessa transposição e importação acrítica de conceitos, ocorre a
perda de sentido para os atores que deverão executá-la,
acarretando uma insignificância da lei. Segundo Frey (2000), as
especificidades das esferas sociais, econômicas e políticas
vigentes em nações em desenvolvimento, devem ser analisadas
para que haja uma adequação do conjunto de normas e
ferramentas advindos de outras realidades no que compete a
análise de políticas públicas. A adoção desses esquemas e
métodos vindos de outros países, com contextos diferentes,
acaba por inflar a agenda cada vez mais, deixando um
panorama de falta de prioridades e de complacência com a não
realização dos objetivos estipulados.
4. Outro fator relevante percebido na pesquisa é a pouca
articulação dos saberes entre os pesquisadores e os técnicos na
operacionalização dos conceitos. Partindo da premissa de que o
conhecimento está sendo produzido em laboratórios,

46
Guerreiro Ramos (1983) denomina de redução sociológica o movimento de
traduzir adaptando conceitos e princípios advindos do estrangeiro, evitando-se
assim a transposição acrítica.
337

disciplinas, grupos de trabalho e produção científica, inserir um


elo com a atividade prática nas IFES torna-se uma emergência
que requer atenção dos gestores. Essa verificação de dispersão e
afastamento entre o desenvolvimento acadêmico e a aplicação
de suas práticas de forma efetiva, é razão pela qual, muitas
vezes, ocorrem ou não avanços no âmbito acadêmico e no
entorno, ao passo que os problemas perduram ao longo dos
anos nas IFES. C As fragilidades da gestão do conhecimento
nas universidades identificadas nos estudos de Souza (2009)
estão presentes no contexto desta pesquisa. Esse fato foi
identificado pela maioria dos participantes, entre eles o P10,
que relatou a dificuldade em integrar e socializar o
conhecimento decorrente de pesquisas e estudos das quais a
comunidade acadêmica não toma conhecimento.
5. Apesar da fragilidade na inserção de práticas sustentáveis no
contexto universitário, há servidores (técnicos e docentes) que,
individualmente ou em grupos ideologicamente favoráveis,
persistem e articulam-se para a promoção de ações. As
mudanças, apesar de conquistadas de forma lenta e descontínua,
vão se incorporando aos hábitos dos setores, na perspectiva de
disseminação pela propagação de valores ao longo do tempo.
Essa observação pôde ser confirmada pelos resultados e relatos
dessa pesquisa.
6. A ideia de Sustentabilidade como prática, e Desenvolvimento
Sustentável como teoria, são imbuídas de valores ainda difíceis
de serem operacionalizados, por conta da imprecisão conceitual
e da pendente necessidade em ser balizada como teoria, prática
e vivência. Van Bellen (2002) alerta para isso quando afirma
que há diversas visões e significados, o que dificulta a extração
do real significado do termo Desenvolvimento Sustentável.
Sobre esta questão, há um dilema fundamental, segundo Van
Bellen (2002, p. 11), quando afirma que “o conceito de
necessidade, referindo-se particularmente às necessidades dos
países mais subdesenvolvidos, e a ideia de limitação, imposta
pelo estado da tecnologia e de organização social para atender
às necessidades do presente e do futuro”. Ou seja, embora
exista um conjunto de normas e planos direcionados à adoção
dos conceitos de sustentabilidade na gestão pública, ainda há
uma limitação de caráter estrutural e cultural no sentido de
operacionalizar essas ações no contexto universitário nacional.
338

7. Essas dificuldades não existem somente por falta ou


insuficiência de métodos. Com relação a isso, é importante
resgatar os Princípios de Bellagio (IISD, 2000) e sua
reformulação como referência para medir o desenvolvimento
sustentável também na política, ciência, sociedade e tecnologia.
Esses princípios, segundo Pintér et al. (2012) vão ao encontro
de uma abordagem comum de desenvolvimento em prol da
sociedade, que utiliza para um sistema de medição: visão
guiadora; elementos essenciais; escopo adequado; estrutura e
indicadores; transparência; e comunicação efetiva. Esse
documento pode ser visto como um marco relevante para guiar
a ação na direção do desenvolvimento sustentável. Porém,
como observado no estudo, não são seguidos em sua plenitude.
De qualquer maneira, recursos são escassos, sejam eles
ambientais, humanos, de temporalidade ou financeiros. Harper (2001)
sugere que o possível colapso da civilização possa ser evitado, ainda que
haja restrição de tempo. Alcançar a sustentabilidade implicará que sejam
vivenciados limites mínimos sobre o comportamento da população e
crescimento da economia, e especialmente baseado na utilização de
matérias primas. Certamente, segundo o autor, o avanço para a
sustentabilidade é relativo e uma mudança nessa direção pode evoluir
em etapas pequenas, incrementais, considerando as diferentes
necessidade e interesses mundiais.
O estudo da sustentabilidade como política pública nas IFES deve
agir por meio da conexão das áreas pertinentes considerando os recursos
da gestão pública, a gestão universitária e o recurso dos indicadores em
prol da sustentabilidade de suas ações. Para a efetivação de uma gestão
democrática de cidadania com maior participação transparência
princípios trabalhando em conjunto na construção de uma sociedade
civil; promover o interesse público por meio de valores compartilhados
pela sociedade priorizando à cidadania e serviço público em detrimento
do empreendedorismo; buscar satisfazer além das necessidades de curto
prazo; manter equilíbrio entre normas e responsabilidades, com
pressupostos morais, profissionais e de interesse público; buscar
lideranças baseadas em valores a fim de auxiliar no alcance da
satisfação e interesses de cidadania e dessa forma conferir valor e
respeito às pessoas e não somente à produtividade DENHARDT e
DENHARDT (2003).
Após encontrar os indicadores e demais características
apresentadas pelos instrumentos, verificar nas normas brasileiras as
339

prescrições acerca dos nove critérios estabelecidos para análise, foi


possível realizar uma proposta de indicadores (apresentados no capítulo
anterior, item 6.2.10) mediante necessidades vivenciadas pelas IFES e
também a um retorno às fontes bibliográficas e documentais, de onde
partiram os conceitos trazidos para a discussão em questão.
Por se tratar de um objeto complexo, como as instituições de
ensino e suas variáveis de contexto e instrumentos igualmente
complexos como o estudo de indicadores, em especial os da
sustentabilidade, há um desafio claro e inúmeras dificuldades para
estudá-los, o que tornou esse trabalho muito incitante, pois não há
certezas absolutas. Há, por outro lado, a conexão contínua desses
saberes que convergem para um lugar que se deseja chegar. Sob a
percepção dos especialistas técnicos e professores das IFES
catarinenses, verifica-se que em realidades diferentes há a coexistência
de problemáticas semelhantes.
Há um esforço grandioso de muitos que buscam cumprir seu
papel cidadão nas diferentes esferas da instituição. Os menos crentes,
diante de uma desestrutura organizacional, procuram abster-se de
maiores desafios optando por uma incoerente ‘zona de conforto’,
restringindo suas ações a um mínimo necessário. Todavia, as ações de
uma maneira geral, muitas vezes são pontuais, não sendo implementadas
de maneira efetiva. A falta de conexão entre os setores técnicos e de
pesquisa das IFES, demonstra muitas vezes que o conhecimento se não
compartilhado com o grande grupo acaba por ser subaproveitado pela
comunidade. Nesse sentido, é importante que haja a maior articulação
entre os saberes a partir da criação de espaços de compartilhamento que
envolvam a comunidade acadêmica, especialistas e gestores. Esse
movimento deve seguir os princípios e diretrizes de experiências da
coprodução de bem público, buscando a disseminação de conceitos e
ações complementares e integradas entre diferentes atores (SALM,
2014; SALM e MENEGASSO, 2009b).
Esse cenário, no entanto, é também paradoxal, pois no mesmo
ambiente organizacional há a visão daqueles que trabalham em prol da
sustentabilidade, seja no âmbito de sala de aula, em projetos
institucionais ou piloto, na área técnica de compras, contratos entre
outros, o que é inspirador. Assim, as IFES poderão perceber ao longo do
tempo benefícios de diversas naturezas, como ambientais, mas também
uma economicidade de recursos como energia, água, insumos,
possibilitando uma reaplicação dos recursos financeiros para a
implantação efetiva de um programa institucional impactando no local e
entorno. Por meio dos resultados obtidos com a pesquisa, foi possível
340

identificar a exequibilidade na aplicação dos indicadores, quando


pensados no prazo de 1 a 4 anos. Não há na prática nenhum fator ou
condição inexorável que impeça essa possibilidade. Com o
fortalecimento dos espaços de compartilhamento dessas ações e seus
resultados é cada vez mais provável que haja a criação de mecanismos
para que mais áreas de monitoramento do campus sejam consideradas
com vistas a medir sustentabilidade.
Essa pesquisa, além de pautar-se em pesquisas existentes,
conceitos e ferramentas que abordassem a sustentabilidade e as
Instituições de Ensino Superior, buscou sobretudo a aplicabilidade de
indicadores à realidade brasileira, avaliando para isso as condicionantes
explicitadas nas quatro categorias de análise definidas. Considerar as
variáveis de um contexto e estudar seus comportamentos frente a este
desafio é antecipar a minimização de obstáculos que influenciarão na
implantação de ações. Compreender como a gestão pública atua,
incorpora e delibera as decisões internamente e junto aos outros órgãos
de governo facilita o entendimento a respeito das dinâmicas presentes
no contexto estudado. Permitir e incentivar a participação de pessoas
envolvidas no processo é confirmar ou negar problemáticas
identificadas na literatura, é enriquecer a proposta e pensar em ações
capazes de viabilizar a utilização, no curto prazo, de indicadores que
poderão ser de grande valia para as IFES brasileiras. Em outras palavras,
os resultados desta pesquisa possibilitam afirmar que não é de todo puro
otimismo afirmar que essa política pública pode se tornar uma realidade
cada vez mais fortalecida nas IFES de todo o Brasil.
341

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367

APÊNDICE A - NOTAS EXPLICATIVAS STARS

Considerando as especificidades da ferramenta STARS, usada


como principal referência neste estudo, e o que foi observado na
literatura, segue um maior detalhamento dos créditos estabelecidos no
instrumento e seus respectivos indicadores.

CARACTERÍSTICAS INSTITUCIONAIS (CI):

CI - 01 Fronteira institucional:

Quadro A-1: Características do crédito Fronteira institucional


Tipo de instituição (Associado 'ciclo curto', Bacharelado, Doutorado ou Mestrado).

Tipo de instituição (Associado 'ciclo curto', Bacharelado, Doutorado ou Mestrado).


Controle institucional (Público, privado com fins lucrativos, ou privada sem fins
lucrativos).
Uma breve descrição dos principais campi e outros aspectos da instituição do limite
institucional (usado para completar este relatório).
Qual das seguintes características estão presentes no campus e que estão incluídos
dentro do limite institucional?
Escola agrícola, escola de medicina, outra escola profissional com laboratórios e
clínicas (por exemplo: enfermagem, farmácia, saúde pública, veterinária), campus
satélite, hospital, terras (maior do que 5 acres ou 2 hectares), estação experimental
agrícola (maior do que 5 acres ou 2 hectares), se existem características presentes
que não estão incluídos dentro do limite, fornecer: a justificativa para a exclusão de
quaisquer recursos que estão presentes a partir do limite institucional.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores: não se aplica.

CI - 02 Características operacionais:

Quadro A-2: Características do crédito Características operacionais


As características operacionais são variáveis que fornecem informações sobre o
contexto em que a instituição opera.
Tamanho da doação (dólares).
Área total do campus (quantidade de terra dentro limite institucional) -
(acres/hectares).
Localidade (grande cidade, entorno de uma grande cidade, cidade de médio porte,
entorno de uma cidade de médio porte, cidade grande, cidade pequena, ou rural).
368

Zona climática (1 - muito quente; 2 - quente; 3- calor; 4 - mista; 5 - fresca; 6 - fria; 7 -


muito fria; 8 - subárctica).
Área bruta de construção de espaço.
Área útil de laboratório espacial.
Área útil de espaço da saúde.
Área útil de outro espaço intensivo de energia centros de dados (espaço de produção
de alimentos, lojas de conveniência).
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores: não se aplica.

CI - 03 Características acadêmicas e demográficas:

Quadro A-3: Características do crédito Características acadêmicas e


demográficas
Número de divisões acadêmicas (por exemplo, faculdades, escolas).
Número de departamentos acadêmicos (ou o equivalente).
Número de alunos inscritos para o crédito.
Número total de funcionários.
Total de tempo integral de inscrição de estudante equivalente (graduação e pós-
graduação).
Equivalente em tempo integral de alunos matriculados exclusivamente na Educação a
Distância.
Equivalente em tempo integral de funcionários.
Número de estudantes residentes no local.
Número de empregados residentes no local.
Número de outros indivíduos residentes no local, por exemplo, familiares de
funcionários, alojamento no local (por taxa de ocupação média), e/ou camas
hospitalares com pessoal
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores: não se aplica.


369

CARACTERÍSTICAS ACADÊMICAS (CA): dimensão subdividida


entre Currículo e Pesquisa.

CURRÍCULO

CA - 01 Cursos acadêmicos:

Quadro A-4: Características do crédito Cursos Acadêmicos


Número total de cursos de graduação oferecido pela instituição.
Número de cursos de graduação oferecidos em sustentabilidade (ou seja, cursos
para os quais o foco primário e explícito é a sustentabilidade e/ou compreensão
ou resolver um ou mais dos principais desafios de sustentabilidade).
Número de cursos de graduação oferecidos, que incluem a sustentabilidade (ou
seja, cursos que estão focados sobre um tema que não seja a sustentabilidade,
mas incorporar uma unidade ou módulo de sustentabilidade ou de um desafio da
sustentabilidade, incluir uma ou mais atividades com foco em sustentabilidade,
ou integrar as questões de sustentabilidade ao longo do curso).
Número total de cursos de pós-graduação oferecido pela instituição.
Número de cursos de pós-graduação oferecido em sustentabilidade.
Número de cursos de pós-graduação oferecidos, que incluem sustentabilidade.
Número total de departamentos acadêmicos (ou equivalente) que oferecem
cursos (em qualquer nível).
Número de departamentos acadêmicos (ou equivalente) que oferecem pelo
menos um curso sustentabilidade e/ou curso que inclui sustentabilidade (em
qualquer nível).
Uma cópia do inventário da instituição de suas ofertas de cursos de
sustentabilidade e descrições (upload).
Será que os números apresentados acima cobrem um, dois, ou três anos letivos?
Uma breve descrição da metodologia usada para determinar o número total de
cursos oferecidos e de identificar ofertas de cursos de sustentabilidade, incluindo
as definições utilizadas e o processo de revisão e/ou validar o inventário do curso.
Como cursos com múltiplas ofertas ou seções foram contados para os valores
reportados acima? - Cada oferta ou seção de um curso foi contado como um
curso individual. - Cada curso foi contado como um único curso,
independentemente do número de ofertas ou seções. - Não aplicável. Há cursos
com múltiplas ofertas ou seções foram incluídos. - Outros.
Uma breve descrição de como cursos com múltiplas ofertas ou seções foram
contados (se diferente do as opções descritas acima).
São os seguintes tipos de cursos incluídos no inventário? - Estágios. - Prática
profissionais. - Estudo independente. Tópicos especiais. - Tese/Dissertação. -
Clínico. - Educação Física. Artes performativas.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).
370

Indicadores:
1) Número total de cursos oferecidos pela instituição;
2) Número de cursos de Sustentabilidade;
3) Número de cursos que incluem a Sustentabilidade;
4) Porcentagem de cursos de Sustentabilidade;
5) Número de departamentos de ensino com ofertas de cursos em
qualquer nível;
6) Número de departamentos que de ensino que oferecem pelo menos
um curso de sustentabilidade ou que inclui a sustentabilidade;
7) Porcentagem de departamentos de ensino com ofertas de cursos de
sustentabilidade.

CA - 02 Resultados de aprendizagem:

Quadro A-5: Características do crédito Resultados de aprendizagem


Número total de graduados de programas de graduação (ou seja, maiores,
menores, concentrações, certificados e outras designações acadêmicas).
Número de alunos que se formam a partir de programas que adotaram pelo menos
um resultado de aprendizagem em sustentabilidade.
Será que os números apresentados acima cobrem um, dois, ou três anos letivos?
A instituição especifica os resultados de aprendizagem de sustentabilidade na
instituição (por exemplo, abrangendo todas os estudantes)?
A instituição especifica os resultados de aprendizagem de sustentabilidade no nível
de divisão (por exemplo, determinadas escolas ou faculdades dentro da
instituição)?
Se os resultados de aprendizagem em nível de instituição ou divisão forem
especificados, forneça: uma lista ou breve descrição dos resultados de
aprendizagem da instituição ou do nível de divisão.
A instituição especifica os resultados da aprendizagem de sustentabilidade no nível
do programa (por exemplo, menores, concentrações, graus, diplomas, certificados e
outras designações acadêmicas)?
Se os resultados de aprendizado do nível do programa forem especificados, forneça:
uma lista ou breve descrição dos resultados de aprendizagem de sustentabilidade
no nível de programa (ou uma lista de programas focados na sustentabilidade)
estudantes?
Os resultados de aprendizagem de sustentabilidade em nível de curso contribuem
para a figura relatada acima (ou seja, na ausência de resultados de aprendizagem
em nível de programa, divisão ou instituição)?
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) Número total de graduados em programas de graduação;
371

2) Número de alunos que se formam em programas que adotaram pelo


menos um resultado de aprendizagem de Sustentabilidade;
3) Porcentagem de alunos que se formam em programas que adotaram
pelo menos um resultado de aprendizagem de sustentabilidade;
4) Os números relatados acima abrangem um, dois ou três anos
acadêmicos?
5) A instituição especifica os resultados de aprendizagem de
sustentabilidade no nível da instituição (por exemplo, abrangendo todos
os alunos)?
6) A instituição especifica os resultados da aprendizagem de
sustentabilidade ao nível da divisão (por exemplo, cobrindo escolas ou
faculdades particulares dentro da instituição)?
7) A instituição especifica os resultados de aprendizagem de
sustentabilidade no nível do programa (por exemplo, cursos de
graduação, menores, concentrações, graus, diplomas, certificados e
outras designações acadêmicas)?
8) Os resultados de aprendizagem de sustentabilidade em nível de curso
contribuem para a sustentabilidade (ou seja, na ausência de resultados de
aprendizagem em nível de programa, divisão ou instituição)?

CA - 03 Programa de graduação

Quadro A-6: Características do crédito Programa de graduação


Instituição oferece pelo menos um: Programa voltado para a sustentabilidade
(grande programa de graduação ou equivalente) para alunos de graduação e/ou
foco ou concentração focada na sustentabilidade em nível de graduação (por
exemplo, concentração em negócios sustentáveis dentro de uma área de
negócios).
Os programas devem se concentrar na sustentabilidade como um conceito
integrado, incluindo suas dimensões social, econômica e ambiental. Certificados de
extensão e outros certificados que não fazem parte de programas acadêmicos não
contam para esse crédito; eles são cobertos pelo crédito de Educação Continuada
no Compromisso Público.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) A instituição oferece pelo menos um programa de graduação, com
ênfase em sustentabilidade, ou o equivalente, para estudantes de
graduação (ou seja, um programa acadêmico interdisciplinar que se
concentra na sustentabilidade como um conceito integrado)?
2) Nome do programa de graduação com ênfase em sustentabilidade;
372

3) Uma breve descrição do programa de graduação;


4) A instituição oferece um ou mais concentrações ou certificados
focados na sustentabilidade para estudantes de graduação?
5) Nome do menor título, concentração ou certificado de graduação
voltado para a sustentabilidade.

CA - 04 Programa de pós-graduação:

Quadro A-7: Características do crédito Programa de pós-graduação


Programa focado em sustentabilidade (importante programa de graduação ou
equivalente) para alunos de pós-graduação e/ou foco, concentração ou certificado
focado em sustentabilidade em nível de pós-graduação (por exemplo,
concentração em negócios sustentáveis dentro de um programa de MBA).
Para contar, os programas devem se concentrar na sustentabilidade como um
conceito integrado, incluindo suas dimensões social, econômica e ambiental.
Certificados de extensão e outros certificados que não fazem parte de programas
acadêmicos não contam para esse crédito; eles são cobertos pelo crédito de
Educação Continuada no Compromisso Público.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) A instituição oferece pelo menos um programa de graduação, com
ênfase em sustentabilidade, ou o equivalente para estudantes de pós-
graduação (ou seja, um programa acadêmico interdisciplinar que se
concentra na sustentabilidade como um conceito integrado)?
2) Nome do programa de pós-graduação voltado para a sustentabilidade;
3) Uma breve descrição do programa de pós-graduação.

CA - 05 Experiência imersiva:

Quadro A-8: Características do crédito Programa de pós-graduação


A instituição oferece pelo menos um programa de estudo educacional imersivo e
focado na sustentabilidade. O programa tem uma semana ou mais de duração e
pode acontecer fora do campus, no exterior ou no campus.
Para esse crédito, o programa deve atender a um ou ambos dos seguintes critérios:
Concentra-se na sustentabilidade, incluindo suas dimensões social, econômica e
ambiental e/ou ele examina um problema ou tópico usando a sustentabilidade
como uma lente.
Programas de crédito e programas que não sejam de crédito oferecidos em
parceria com entidades externas podem contar para esse crédito. Programas
oferecidos exclusivamente por entidades externas não contam para esse crédito.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).
373

Indicadores:
1) A instituição oferece pelo menos um programa de estudo educacional
imersivo e focado na sustentabilidade com duração de uma semana ou
mais?
2) Uma breve descrição do (s) programa (s) de imersão (ões) com foco
na sustentabilidade oferecidos pela instituição, incluindo como cada
programa aborda as dimensões social, econômica e ambiental da
sustentabilidade.

CA - 06 Avaliação da alfabetização em sustentabilidade:

Quadro A-9: Características do crédito Avaliação da alfabetização em


sustentabilidade
Instituição realiza uma avaliação da alfabetização em sustentabilidade de seus
alunos. A avaliação da alfabetização em sustentabilidade se concentra no
conhecimento de tópicos e desafios de sustentabilidade.
As avaliações que abordam principalmente a cultura da sustentabilidade (ou seja,
valores, comportamentos, crenças e conscientização das iniciativas de
sustentabilidade do campus) ou o envolvimento dos alunos em programas e
atividades relacionados à sustentabilidade são excluídos. As avaliações culturais são
reconhecidas no crédito avaliando a cultura de sustentabilidade no Engajamento
com o campus.
A participação de instituições dos EUA e do Canadá no Consórcio de Educação para
a Sustentabilidade da Pesquisa Nacional de Engajamento Estudantil não conta para
esse crédito, mas pode ser relatada como uma Prática Exemplar em Inovação e
Liderança.
Uma instituição pode usar um único instrumento que aborda a alfabetização,
cultura e/ou engajamento de sustentabilidade para atender aos critérios para esse
crédito se pelo menos dez perguntas ou um terço da avaliação se concentrar no
conhecimento do aluno sobre tópicos e desafios de sustentabilidade.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) A instituição realiza uma avaliação da alfabetização em
sustentabilidade de seus alunos (ou seja, uma avaliação focada no
conhecimento do aluno sobre tópicos e desafios de sustentabilidade)?
2) Qual das alternativas a seguir descreve melhor a avaliação da
alfabetização? A avaliação é administrada?
a) Um subconjunto de estudantes ou b) Uma amostra que pode não ser
representativa do corpo discente predominante.
374

3) Qual dos seguintes descreve melhor a estrutura da avaliação? A


avaliação é administrada como: a) pré e pós-avaliação para a mesma
amostra ou b) Para amostras representativas em um pré e pós-teste.
4) Uma breve descrição de como a avaliação da alfabetização foi
desenvolvida e/ou quando foi adotada.

CA - 07 Incentivos para o desenvolvimento de cursos:

Quadro A-10: Características do crédito Incentivos para o desenvolvimento de


cursos
A instituição possui um programa ou programas em andamento que oferecem
incentivos para que o corpo docente de várias disciplinas ou departamentos
desenvolva novos cursos de sustentabilidade e/ou incorpore a sustentabilidade aos
cursos ou departamentos existentes
O programa visa especificamente aumentar a aprendizagem dos alunos sobre
sustentabilidade.
Incentivos podem incluir tempo de liberação, financiamento para desenvolvimento
profissional e treinamentos oferecidos pela instituição.
Incentivos para a expansão de ofertas de sustentabilidade em cursos acadêmicos,
sem créditos e/ou de educação continuada contam para esse crédito.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) A instituição possui um programa ou programas em andamento que
ofereçam incentivos para que o corpo docente de várias disciplinas ou
departamentos desenvolva novos cursos de sustentabilidade e/ou
incorpore a sustentabilidade aos cursos existentes?
2) Uma breve descrição do (s) programa (s), incluindo resultados
positivos durante os três anos anteriores (por exemplo, descrições de
novos cursos ou conteúdo de cursos resultantes do programa);
3) Uma breve descrição dos incentivos que os membros do corpo
docente que participam do (s) programa (s) recebem.

CA - 08 Campus como um laboratório vivo

Quadro A-11: Características do crédito Campus como um laboratório vivo


A Instituição está utilizando sua infraestrutura e operações para o aprendizado
multidisciplinar dos alunos e para a pesquisa aplicada, que contribui para entender
os desafios de sustentabilidade do campus ou para promover a sustentabilidade no
campus em pelo menos uma das seguintes áreas: Ar e Clima; Edifícios; Energia;
alimentos e serviços de refeição; Terreno; Compra; Transporte; Desperdício; Agua;
Coordenação e Planejamento; Diversidade e acessibilidade; Investimento e
375

Finanças; Engajamento público; Bem-estar e trabalho; Outros (por exemplo, artes e


cultura ou tecnologia). Esse crédito inclui o trabalho substantivo de alunos e/ou
professores (por exemplo, projetos de turma, projetos de teses, trabalhos de
conclusão de curso, artigos publicados) que envolvem aprendizado ativo e
experimental (consulte o Exemplo de Crédito no Manual Técnico STARS).
Este crédito não inclui programas de educação imersiva, atividades
extracurriculares ou serviço comunitário, que são cobertos pelo crédito Programas
de sensibilização, créditos no Engajamento com o Campus e o crédito do Serviço
Comunitário no Compromisso Público, respectivamente.
Estágios no campus e trabalhos não creditícios que acontecem sob a supervisão de
membros do corpo docente, equipe de sustentabilidade ou comitês de
sustentabilidade podem contar desde que o trabalho tenha um componente de
aprendizado formal (ou seja, haja oportunidades para documentar e avaliar o que
os alunos estão aprendendo).
Os projetos que utilizam a comunidade local como um laboratório vivo para
promover a sustentabilidade podem ser incluídos em "Envolvimento público". Um
projeto de laboratório único e multidisciplinar pode abordar simultaneamente até
três das áreas listadas acima.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) A instituição está utilizando seu campus como um laboratório vivo
para aprendizagem multidisciplinar de estudantes e pesquisa aplicada
em relação ao Ar & Clima?
2) Uma breve descrição dos projetos dos alunos/professores e como eles
contribuem para entender os desafios de sustentabilidade do campus ou
o avanço da sustentabilidade no campus em relação ao Ar e Clima;
3) A instituição está utilizando seu campus como um laboratório vivo
para aprendizagem multidisciplinar de estudantes e pesquisa aplicada
em relação aos edifícios?
4) Uma breve descrição dos projetos do aluno/corpo docente e como
eles contribuem para entender os desafios de sustentabilidade do
campus, ou o avanço da sustentabilidade no campus em relação aos
Edifícios;
5) A instituição está utilizando o seu campus como um “laboratório
vivo” para aprendizagem multidisciplinar de estudantes e pesquisa
aplicada em relação à energia?
6) Uma breve descrição dos projetos do aluno/corpo docente e como
eles contribuem para entender os desafios de sustentabilidade do
campus, ou o avanço da sustentabilidade no campus em relação à
energia;
376

7) A instituição está utilizando seu campus como “laboratório vivo”


para aprendizagem multidisciplinar de estudantes e pesquisa aplicada
em relação à comida e alimentação?
8) Uma breve descrição dos projetos do aluno/corpo docente e como
eles contribuem para entender os desafios de sustentabilidade do
campus, ou o avanço da sustentabilidade no campus em relação à
comida e alimentação;
9) A instituição está utilizando o seu campus como um “laboratório
vivo” para aprendizagem multidisciplinar de estudantes e pesquisa
aplicada em relação a Fundamentos?
10) Uma breve descrição dos projetos dos alunos/professores e como
eles contribuem para entender os desafios de sustentabilidade do campus
ou o avanço da sustentabilidade no campus em relação aos terrenos;
11) A instituição está utilizando seu campus como um “laboratório
vivo” para aprendizagem multidisciplinar de estudantes e pesquisa
aplicada em relação a compras?
12) Uma breve descrição dos projetos do aluno/corpo docente e como
eles contribuem para entender os desafios de sustentabilidade do campus
ou o avanço da sustentabilidade no campus em relação à compra;
13) A instituição está utilizando seu campus como um “laboratório
vivo” para aprendizagem multidisciplinar de estudantes e pesquisa
aplicada em relação ao Transporte?
14) Uma breve descrição dos projetos do aluno/corpo docente e como
eles contribuem para entender os desafios de sustentabilidade do
campus, ou o avanço da sustentabilidade no campus em relação ao
Transporte;
15) A instituição está utilizando o seu campus como um “laboratório
vivo” para aprendizagem multidisciplinar de estudantes e pesquisa
aplicada em relação ao Desperdício?
16) Uma breve descrição dos projetos dos alunos/professores e como
eles contribuem para entender os desafios de sustentabilidade do
campus, ou o avanço da sustentabilidade no campus em relação ao lixo;
17) A instituição está utilizando seu campus como um “laboratório
vivo” para aprendizagem multidisciplinar de estudantes e pesquisa
aplicada em relação à água?
18) Uma breve descrição dos projetos do aluno/corpo docente e como
eles contribuem para entender os desafios de sustentabilidade do
campus, ou o avanço da sustentabilidade no campus em relação à água;
19) A instituição está utilizando o seu campus como um “laboratório
vivo” para aprendizagem multidisciplinar de estudantes e pesquisa
aplicada em relação à Coordenação e Planejamento?
377

20) Uma breve descrição dos projetos do aluno/corpo docente e como


eles contribuem para entender os desafios de sustentabilidade do
campus, ou o avanço da sustentabilidade no campus em relação à
Coordenação e Planejamento;
21) A instituição está utilizando seu campus como um “laboratório
vivo” para aprendizagem multidisciplinar de estudantes e pesquisa
aplicada em relação à Diversidade e à Acessibilidade?
22) Uma breve descrição dos projetos do aluno/corpo docente e como
eles contribuem para entender os desafios de sustentabilidade do
campus, ou o avanço da sustentabilidade no campus em relação à
Diversidade e à acessibilidade;
23) A instituição está utilizando o seu campus como um “laboratório
vivo” para aprendizagem multidisciplinar de estudantes e pesquisa
aplicada em relação a Investimento e Finanças?
24) Uma breve descrição dos projetos do aluno/corpo docente e como
eles contribuem para entender os desafios de sustentabilidade do
campus, ou o avanço da sustentabilidade no campus em relação a
Investimento e Finanças;
25) A instituição está utilizando seu campus como um “laboratório
vivo” para aprendizagem multidisciplinar de estudantes e pesquisa
aplicada em relação ao engajamento público?
26) Uma breve descrição dos projetos do aluno/corpo docente e como
eles contribuem para entender os desafios de sustentabilidade do
campus, ou o avanço da sustentabilidade no campus em relação ao
engajamento público;
27) A instituição está utilizando o seu campus como um “laboratório
vivo” para aprendizagem multidisciplinar de estudantes e pesquisa
aplicada em relação ao bem-estar e trabalho?
28) Uma breve descrição dos projetos do aluno/corpo docente e como
eles contribuem para entender os desafios de sustentabilidade do
campus, ou o avanço da sustentabilidade no campus em relação ao bem-
estar e ao trabalho;
29) Uma breve descrição dos projetos do aluno/corpo docente e como
eles contribuem para entender os desafios de sustentabilidade do
campus, ou o avanço da sustentabilidade no campus em relação a outras
áreas.
378

PESQUISA

CA - 09 Pesquisa e bolsa de estudos:

Quadro A-12: Características do crédito Pesquisa e bolsa de estudos


A instituição realizou um inventário durante os três anos anteriores para identificar
suas atividades e iniciativas de pesquisa em sustentabilidade e tornou o inventário
disponível publicamente. O inventário de pesquisa deve ser baseado na definição
de pes uisa de suste ta ilidade des ita e G. Pad es e Te os e i lui , o
mínimo, os nomes e afiliações de departamento de todos os docentes e
funcionários engajados em pesquisa de sustentabilidade. Pesquisas para as quais
informações parciais ou incompletas são fornecidas podem não ser contadas para
ganhar pontos para esse crédito.
Parte 1: A instituição produz pesquisas sobre sustentabilidade, medidas pelo
percentual de docentes e funcionários engajados em pesquisas engajadas em
pesquisas sobre sustentabilidade.
Parte 2: A instituição produz pesquisas sobre sustentabilidade, medidas pelo
percentual de departamentos acadêmicos que conduzem pesquisas que incluem
pelo menos um membro do corpo docente que conduz pesquisas de
sustentabilidade.
Qualquer nível de pesquisa em sustentabilidade é suficiente para ser incluído nesse
crédito. Em outras palavras, um pesquisador que conduz pesquisas de
sustentabilidade e outras pesquisas pode ser incluído.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) Número total de docentes e/ou funcionários da instituição envolvidos
em pesquisa (número de funcionários);
2) Número de docentes e/ou funcionários da instituição envolvidos em
pesquisa de sustentabilidade (número de funcionários);
3) Porcentagem de pesquisadores do corpo docente e funcionários da
instituição envolvidos em pesquisas sobre sustentabilidade;
4) Número total de departamentos acadêmicos (ou o equivalente) que
incluem pelo menos um membro do corpo docente ou da equipe que
realiza pesquisas;
5) Número de departamentos acadêmicos (ou o equivalente) que
incluem pelo menos um membro do corpo docente ou funcionário que
conduz pesquisas de sustentabilidade;
6) Porcentagem de departamentos produtores de pesquisa engajados em
pesquisas de sustentabilidade.
379

CA - 10 Apoio à pesquisa:

Quadro A-13: Características do crédito Apoio à pesquisa


Um programa contínuo para incentivar estudantes em múltiplas disciplinas ou
programas acadêmicos a realizar pesquisas em sustentabilidade. O programa
fornece aos alunos incentivos para pesquisa de sustentabilidade. Tais incentivos
podem incluir, mas não estão limitados a bolsas de estudo, apoio financeiro e
mentorias. O programa visa especificamente aumentar a pesquisa de
sustentabilidade do aluno.
Um programa contínuo para incentivar o corpo docente de várias disciplinas ou
programas acadêmicos para conduzir pesquisas em tópicos de sustentabilidade. O
programa fornece incentivos ao corpo docente para pesquisar a sustentabilidade.
Tais incentivos podem incluir, mas não estão limitados às bolsas de estudo, apoio
financeiro e oficinas de desenvolvimento do corpo docente. O programa visa
especificamente aumentar a pesquisa de sustentabilidade do corpo docente.
Políticas e procedimentos escritos que dão reconhecimento positivo à pesquisa
interdisciplinar, transdisciplinar e multidisciplinar durante as decisões de promoção
e/ou posse do corpo docente. Apoio contínuo à biblioteca para a pesquisa e
aprendizagem de sustentabilidade na forma de guias de pesquisa, políticas e
práticas de seleção de materiais, esforços de desenvolvimento de currículo,
promoção da alfabetização de sustentabilidade e/ou objetos de mídias digitais
focadas na sustentabilidade.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) A instituição possui um programa contínuo para incentivar estudantes
em múltiplas disciplinas ou programas acadêmicos a realizar pesquisas
em sustentabilidade?
2) A instituição possui um programa para incentivar professores de
várias disciplinas ou programas acadêmicos a realizar pesquisas sobre
temas de sustentabilidade?
3) A instituição publicou políticas e procedimentos escritos que dão
reconhecimento positivo à pesquisa interdisciplinar, transdisciplinar e
multidisciplinar durante as decisões de promoção e/ou posse do corpo
docente?
4) A instituição tem suporte contínuo de biblioteca para pesquisa e
aprendizado em sustentabilidade?
380

CA - 11 Acesso aberto à pesquisa:

Quadro A-14: Características do crédito Acesso aberto à pesquisa


A instituição tem uma política de acesso aberto publicada que garante que versões
de futuros artigos acadêmicos por professores e funcionários sejam depositadas
em um repositório de acesso aberto designado.
A política pode permitir embargos de editores e/ou fornecer uma opção de
renúncia que permita ao corpo docente optar pela licença/programa de acesso
aberto para artigos individuais.
Políticas de acesso aberto e programas que são estritamente voluntários por
natureza (incluindo políticas de acesso aberto publicadas por agências de
financiamento externas) não ganham pontos a menos que a instituição também
forneça incentivos financeiros para apoiar membros do corpo docente com
processamento de artigos e outras publicações de acesso aberto cobranças.
Políticas e programas adotados por entidades das quais a instituição faz parte (por
exemplo, governo ou sistema universitário) podem contar para esse crédito, desde
que as políticas se apliquem e sejam seguidas pela instituição.
O repositório de acesso aberto pode ser gerido pela instituição ou a instituição
pode participar num consórcio com um repositório de acesso aberto consorciado
e/ou terceirizado.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) Quantas divisões produtoras de pesquisa da instituição são cobertas
por uma política de acesso aberto publicada que garante que versões de
futuros artigos acadêmicos por professores e funcionários sejam
depositadas em um repositório de acesso aberto designado? (todos,
alguns ou nenhum);
2) Qual das seguintes opções descreve melhor a política de acesso
aberto? (obrigatório ou voluntário);
3) A instituição oferece incentivos financeiros para apoiar membros do
corpo docente com processamento de artigos e outras taxas de
publicação de acesso aberto?
381

ENGAJAMENTO (EN):

ENGAJAMENTO COM O CAMPUS

EN - 01 Programa de educadores estudantis:

Quadro A-15: Características do crédito Programa de educadores estudantis


A instituição coordena um programa contínuo de educação e extensão de
sustentabilidade entre pares para estudantes matriculados para crédito. A
instituição: Seleciona ou nomeia os alunos para servir como educadores de pares e
designa formalmente os alunos como educadores (remunerados e/ou voluntários);
Fornece treinamento formal para os educadores de alunos sobre como conduzir o
alcance dos pares; e apoia o programa com recursos financeiros (por exemplo,
fornecendo um orçamento anual) e/ou coordenação administrativa pelo corpo
docente ou equipe.
Este crédito se concentra em programas para alunos em busca de diploma
matriculados em um programa de crédito. Estudantes de educação continuada,
estudantes que não são de crédito e outros estudantes que não são reconhecidos
pela instituição como candidatos a um grau, certificado ou outro prêmio formal são
excluídos.
Esse crédito reconhece os programas contínuos de educadores de alunos que
envolvem os alunos como colegas regularmente. Por exemplo, os educadores de
alunos podem ser responsáveis por servir (ou seja, direcionar diretamente) a um
subconjunto específico de alunos, como aqueles que residem em residências ou
estão matriculados em certas subdivisões acadêmicas. Assim, um grupo de alunos
pode ser atendido por um programa, mesmo que nem todos esses alunos
participem ativamente.
Campanhas de divulgação de sustentabilidade, eventos de sustentabilidade e
clubes ou grupos estudantis não são elegíveis para esse crédito, a menos que os
critérios descritos acima sejam cumpridos. Esses programas são cobertos pelos
créditos da campanha de divulgação e da vida estudantil.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) Número de alunos matriculados para crédito (número de
funcionários);
2) Número total de alunos matriculados para crédito que são atendidos
(isto é, diretamente direcionados) por um programa de educação e
extensão de sustentabilidade entre estudantes (evite a contagem dupla na
medida do possível);
3) Porcentagem de alunos atendidos por um programa educador ponto a
ponto;
4) Nome do programa de educadores estudantis;
382

5) Número de alunos atendidos (ou seja, diretamente direcionados) pelo


programa (número de funcionários).

EN - 02 Orientação estudantil:

Quadro A-16: Características do crédito Orientação estudantil


A instituição inclui a sustentabilidade de forma proeminente em suas atividades e
programação de orientação ao estudante. As atividades de sustentabilidade e
programação visam educar sobre os princípios e práticas de sustentabilidade.
Os tópicos abordados incluem múltiplas dimensões da sustentabilidade (ou seja,
social, ambiental e econômica). Como este crédito destina-se a reconhecer a
programação e o aprendizado dos alunos sobre sustentabilidade, incorporar
estratégias de sustentabilidade ao planejamento de eventos (por exemplo, tornar
lixeiras acessíveis ou não servir água engarrafada) não é, por si só, suficiente para
esse crédito.
Tais estratégias podem contar se forem destacadas e fizerem parte das ofertas
educacionais. Por exemplo, servir comida local não seria, por si só, suficiente para
esse crédito; no entanto, servir comida local e fornecer informações sobre sistemas
alimentares sustentáveis durante as refeições pode contribuir para ganhar esse
crédito.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) Porcentagem de todos os estudantes ingressantes (ou seja, novos),
(incluindo transferências e alunos de pós-graduação), que têm a
oportunidade de participar de atividades de orientação e programação
que incluem, de forma proeminente, a sustentabilidade.

EN - 03 Vida de estudante:

Quadro A-17: Características do crédito Vida de estudante


Instituição tem programas e iniciativas de sustentabilidade co-curriculares. Os
programas e iniciativas se enquadram em uma ou mais das seguintes categorias:
Grupos ativos de estudantes focados em sustentabilidade Jardins, fazendas,
agricultura apoiada pela comunidade (CSA) ou programas de pesca e projetos de
agricultura urbana onde os estudantes podem ganhar experiência em agricultura
orgânica e sistemas alimentares sustentáveis. Empresas sustentáveis que incluem a
sustentabilidade como parte de suas declarações de missão ou propósitos
declarados (por exemplo, cafés através dos quais os estudantes obtêm habilidades
de negócios sustentáveis).
Fundos de investimento sustentáveis, fundos rotativos verdes ou iniciativas de
microfinanciamento sustentáveis, através dos quais os estudantes podem
desenvolver habilidades financeiras e de investimento social, ambiental e
383

fiscalmente responsáveis. Conferências, séries de palestrantes, simpósios ou


eventos similares relacionados à sustentabilidade que tenham alunos como
público-alvo.
Eventos de artes culturais, instalações ou performances relacionadas à
sustentabilidade que tenham os alunos como público-alvo. Programas de vida
selvagem ou ao ar livre (por exemplo, que organizam caminhadas, mochila, caiaque
ou outros passeios para os alunos e seguem os princípios Deixar Sem
Rastreamento. Temas relacionados à sustentabilidade escolhidos para semestres
temáticos, anos ou experiências do primeiro ano (por exemplo, escolhendo um
livro relacionado à sustentabilidade para leitura comum).
Programas através dos quais os alunos podem aprender habilidades de vida
sustentáveis (por exemplo, uma série de oficinas sustentáveis, uma sala modelo em
uma residência aberta aos alunos durante as horas regulares de visitação e
demonstra princípios sustentáveis de vida ou habitação sustentável onde os
moradores e visitantes aprendem sobre sustentabilidade juntos). Oportunidades
de emprego estudantis voltadas para a sustentabilidade oferecidas pela instituição
Promessas de formatura através das quais os alunos se comprometem a considerar
a responsabilidade social e ambiental no futuro trabalho e outras decisões. Outros
programas e iniciativas de sustentabilidade co-curriculares. Vários programas e
iniciativas podem ser relatados para cada categoria e cada categoria pode incluir
programas administrados por instituições e/ou por estudantes.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) A instituição possui um ou mais grupos de estudantes ativos com
foco em sustentabilidade?

EN - 04 Materiais de divulgação e publicações:

Quadro A-18: Características do crédito Materiais de divulgação e publicações


A instituição produz materiais de divulgação e/ou publicações que promovem o
aprendizado e o conhecimento da sustentabilidade. As publicações e materiais de
divulgação incluem pelo menos um dos seguintes: um site central de
sustentabilidade que consolida informações sobre os esforços de sustentabilidade
da instituição. Um boletim de sustentabilidade. Cobertura regular da
sustentabilidade no principal jornal estudantil, seja por meio de uma coluna regular
ou de um repórter designado para a batida da sustentabilidade.
Plataformas de mídia social (por exemplo, Facebook, Twitter, blogs interativos) que
se concentram especificamente na sustentabilidade do campus. Um veículo para
publicar e divulgar a pesquisa de estudantes sobre sustentabilidade. Sinalização de
edifícios que destaca os recursos de construção ecológica. Sinalização e/ou folhetos
que incluem informações sobre sistemas alimentares sustentáveis. Sinalização com
base em estratégias sustentáveis de jardinagem e/ou paisagismo empregadas
Um mapa ou passeio de sustentabilidade. Um guia para os passageiros sobre como
384

usar métodos de transporte mais sustentáveis. Navegação e ferramentas


educacionais para ciclistas e pedestres (por exemplo, cobrindo rotas, conexões
intermodais, políticas, serviços e segurança). Um guia para uma vida ecológica e/ou
incorporação da sustentabilidade na experiência residencial. Outros materiais de
divulgação de sustentabilidade e publicações não cobertos acima. Esse crédito está
focado nos esforços contínuos de divulgação.
Materiais e publicações destinados a promover um evento específico ou uma
campanha por tempo limitado são excluídos e cobertos por outros créditos nesta
subcategoria. Um único material de divulgação ou publicação que atenda a vários
propósitos pode ser contado mais de uma vez. Por exemplo, um site de
sustentabilidade que inclui ferramentas para ciclistas e pedestres pode ser contado
em ambas as categorias.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) A instituição possui um site central de sustentabilidade que consolida
informações sobre os esforços de sustentabilidade da instituição?
2) A instituição possui um boletim de sustentabilidade?
3) A instituição possui plataformas de mídia social (por exemplo:
Facebook, Twitter, blogs interativos) que se concentram
especificamente na sustentabilidade do campus?
4) A instituição tem cobertura regular de sustentabilidade no principal
jornal estudantil, seja por meio de uma coluna regular ou de um repórter
designado para o ritmo da sustentabilidade?
5) A instituição produz um veículo para publicar e divulgar pesquisas
sobre sustentabilidade?
6) A instituição possui sinalização de edifícios que destaca as
características do prédio verde?
7) A instituição possui sinalização e/ou brochuras que incluem
informações sobre sistemas alimentares sustentáveis?
8) A instituição possui sinalização com base em estratégias sustentáveis
de jardinagem e/ou paisagismo empregadas?
9) A instituição produz um mapa ou passeio de sustentabilidade?
10) A instituição produz um guia para os passageiros sobre como usar
métodos de transporte mais sustentáveis ?
11) A instituição produz ferramentas de navegação e educacionais para
ciclistas e pedestres (por exemplo, cobrindo rotas, conexões
intermodais, políticas, serviços e segurança)?
12) A instituição produz um guia para uma vida ecológica e/ou
incorporando sustentabilidade à experiência residencial?
13) A instituição produz outros materiais de divulgação de
sustentabilidade ou publicações não mencionadas acima?
385

EN - 05 Campanha divulgação:

Quadro A-19: Características do crédito Campanha divulgação


Parte 1: A Instituição realiza pelo menos uma campanha de divulgação relacionada
à sustentabilidade direcionada a alunos que produz resultados mensuráveis e
positivos no avanço da sustentabilidade. A campanha de divulgação relacionada à
sustentabilidade pode ser conduzida pela instituição, por uma organização
estudantil ou por alunos de um curso.
Parte 2: A Instituição realiza pelo menos uma campanha de divulgação relacionada
à sustentabilidade direcionada a funcionários que produz resultados mensuráveis e
positivos no avanço da sustentabilidade. A campanha de divulgação relacionada à
sustentabilidade pode ser conduzida pela instituição ou por uma organização de
funcionários.
A (s) campanha (s) reportada (s) para este crédito pode assumir a forma de uma
competição (por exemplo, uma competição de conservação de residências), um
programa de classificação ou certificação (por exemplo, um dormitório verde ou
programa de classificação de escritório verde) e/ou um desafio coletivo uma
unidade em todo o campus para atingir uma meta específica de sustentabilidade).
Uma única campanha em todo o campus pode atender aos critérios para ambas as
partes desse crédito, se a educação dos alunos for uma das principais
características da campanha e for direcionada a alunos e funcionários. Os
resultados positivos mensuráveis geralmente envolvem reduções no consumo de
energia, resíduos ou água, redução de custos e/ou outros benefícios. Para avaliar
se uma campanha produz resultados mensuráveis e positivos, as instituições
devem comparar o desempenho pré-campanha ao desempenho durante ou após a
campanha. Aumento da conscientização ou aumento da participação de uma lista
de discussão ou grupo não é suficiente na ausência de outros resultados positivos.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) A instituição realizou pelo menos uma campanha de divulgação
relacionada à sustentabilidade durante os três anos anteriores que foi
direcionada aos estudantes e produziu resultados mensuráveis e
positivos no avanço da sustentabilidade?
2) A instituição realizou pelo menos uma campanha de divulgação
relacionada à sustentabilidade durante os três anos anteriores, que foi
direcionada aos funcionários e gerou resultados mensuráveis e positivos
no avanço da sustentabilidade?
386

EN - 06 Avaliando a cultura de sustentabilidade:

Quadro A-20: Características do crédito Avaliando a cultura de sustentabilidade


Instituição realiza uma avaliação da cultura de sustentabilidade do campus. A
avaliação cultural se concentra em valores, comportamentos e crenças de
sustentabilidade, e também pode abordar a conscientização sobre iniciativas de
sustentabilidade no campus. Uma avaliação que cobre um único tópico de
sustentabilidade (por exemplo: uma pesquisa de transporte) não conta na ausência
de uma avaliação cultural mais abrangente.
As avaliações que abordam exclusivamente a alfabetização em sustentabilidade
(isto é, conhecimento de tópicos e desafios de sustentabilidade) ou o envolvimento
dos alunos em programas e atividades relacionados à sustentabilidade são
excluídos. As avaliações de alfabetização são reconhecidas no crédito Avaliação de
Alfabetização em Sustentabilidade em Currículo.
Utilidade da Pesquisa Nacional de Engajamento Estudantil não conta, mas pode ser
relatada como uma Prática Exemplar em Inovação e Liderança. Uma instituição
pode usar um único instrumento que aborde a alfabetização, a cultura e/ou o
engajamento de sustentabilidade para atender aos critérios para esse crédito se
pelo menos dez perguntas ou um terço da avaliação se concentrar em valores,
comportamentos e crenças de sustentabilidade.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) A instituição realiza uma avaliação da cultura de sustentabilidade (ou
seja, a avaliação se concentra em valores, comportamentos e crenças de
sustentabilidade e também pode abordar a conscientização sobre
iniciativas de sustentabilidade no campus)?
2) Quais atividades descrevem melhor a avaliação cultural no campus?
A avaliação é administrada a: toda a comunidade do campus (alunos,
funcionários e corpo docente), diretamente ou por amostra
representativa?
3) Quais atividades descrevem melhor a estrutura da avaliação cultural?
A avaliação é administrada: longitudinalmente para medir mudanças ao
longo do tempo?

EN - 07 Programa de educadores de empregados:

Quadro A-21: Características do crédito Avaliando a cultura de sustentabilidade


A Instituição administra ou supervisiona um programa de educação e extensão de
sustentabilidade em equipe/docente em equipe que atende aos seguintes critérios:
Os educadores de sustentabilidade dos funcionários são formalmente designados e
recebem treinamento formal ou participam de uma orientação patrocinada pela
instituição para prepará-los para conduzir a divulgação dos colegas a outros
387

funcionários; A instituição apoia o programa com recursos financeiros (por


exemplo, fornecendo um orçamento anual) e/ou coordenação administrativa pela
equipe ou pelo corpo docente;
Os educadores de pares representam diversas áreas do campus; os esforços de
divulgação e educação da equipe de sustentabilidade ou de um escritório de
sustentabilidade não contam na ausência de uma rede mais ampla de educadores
de pares.
Esse crédito reconhece programas contínuos que envolvem os funcionários como
colegas regularmente. Por exemplo, os educadores de funcionários podem
representar ou ser responsáveis por envolver funcionários em determinados
departamentos ou edifícios. Assim, um grupo de funcionários pode ser atendido
(isto é, diretamente direcionado) por um programa, mesmo que nem todos esses
funcionários participem ativamente.
Os programas de certificação de escritório verde em andamento e o equivalente
podem contar para esse crédito se eles incluírem educadores de funcionários de
mesmo nível designados e treinados (por exe plo, líde es ve des . As atividades
de orientação dos funcionários e as oportunidades de treinamento e/ou
desenvolvimento profissional em sustentabilidade para o pessoal estão excluídas
desse crédito. Essas atividades são abordadas nos créditos Orientação do
funcionário e Desenvolvimento profissional da equipe.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) Número total de funcionários;
2) Número de funcionários diretamente direcionados, por um programa
de educação e extensão de sustentabilidade entre pares (evite a
contagem dupla);
3) Porcentagem de funcionários atendidos por um programa de
educadores de pessoa para pessoa;
4) Número de funcionários servidos (ou seja, diretamente direcionados)
pelo programa (número de funcionários).

EN - 08 Orientação do funcionário:

Quadro A-22: Características do crédito Orientação do funcionário


A instituição cobre tópicos de sustentabilidade na orientação de novos funcionários
e/ou em materiais de divulgação e orientação distribuídos a novos funcionários,
incluindo professores e funcionários.
Os tópicos abordados incluem múltiplas dimensões da sustentabilidade (ou seja,
social, ambiental e econômica).
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).
388

Indicadores:
1) Percentual de novos funcionários (professores e funcionários) que
recebem orientação e/ou divulgação e materiais de orientação que
cobrem tópicos de sustentabilidade.

EN - 09 Desenvolvimento profissional da equipe:

Quadro A-23: Características do crédito Desenvolvimento profissional da


equipe
A instituição realizou um inventário durante os três anos anteriores para identificar
suas atividades e iniciativas de pesquisa em sustentabilidade e tornou o inventário
disponível publicamente.
O inventário de pesquisa deve ser baseado a defi ição de pesquisa de
suste ta ilidade descrita em G. Padrões e Termos e incluir, no mínimo, os nomes
e afiliações de departamento de todos os docentes e funcionários engajados em
pesquisa de sustentabilidade. Pesquisas para as quais informações parciais ou
incompletas são fornecidas podem não ser contadas para ganhar pontos para esse
crédito.
Parte 1: A instituição produz pesquisas sobre sustentabilidade, medidas pelo
percentual de docentes e funcionários engajados em pesquisas engajadas em
pesquisas sobre sustentabilidade.
Parte 2: A instituição produz pesquisas sobre sustentabilidade, medidas pelo
percentual de departamentos acadêmicos que conduzem pesquisas que incluem
pelo menos um membro do corpo docente que conduz pesquisas de
sustentabilidade.
Qualquer nível de pesquisa em sustentabilidade é suficiente para ser incluído nesse
crédito. Em outras palavras, um pesquisador que conduz pesquisas de
sustentabilidade e outras pesquisas pode ser incluído.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) A instituição disponibiliza oportunidades de desenvolvimento
profissional e treinamento em sustentabilidade para todos os
funcionários pelo menos uma vez por ano?
2) A instituição deseja buscar a parte 2 deste crédito (a taxa de
participação dos funcionários no desenvolvimento e treinamento de
profissionais de sustentabilidade)?
3) Porcentagem estimada do pessoal regular (a tempo inteiro e a tempo
parcial) que participa anualmente no desenvolvimento profissional e na
formação em sustentabilidade, fornecido ou apoiado pela instituição (0,
1-24%, 25-49%, 50-74%, 75% ou mais)?
389

4) Porcentagem estimada do pessoal regular (a tempo inteiro e a tempo


parcial) para o qual a sustentabilidade é incluída nas análises de
desempenho (0, 1-24%, 25-49%, 50-74%, 75% ou mais).

ENGAJAMENTO PÚBLICO

EN - 10 Parcerias com a comunidade:

Quadro A-24: Características do crédito Parcerias com a comunidade


A instituição tem uma ou mais parcerias comunitárias formais com distritos
escolares, agências governamentais, organizações sem fins lucrativos, ONGs,
empresas e/ou outras entidades externas, para trabalhar em conjunto para
promover a sustentabilidade.
Esse crédito reconhece as parcerias campus-comunidade que a instituição apoia
(material ou financeiramente) e que abordam os desafios da sustentabilidade na
comunidade em geral. Isso pode ser demonstrado por ter uma parceria
comunitária ativa que atenda a um ou mais dos seguintes critérios: a parceria é
plurianual ou contínua, e não um projeto ou evento de curto prazo;
A parceria apoia simultaneamente as três dimensões da sustentabilidade, ou seja,
equidade social e bem-estar, prosperidade econômica e saúde ecológica.
A parceria é inclusiva e participativa, ou seja, grupos sub-representações e/ou
populações vulneráveis são engajados como parceiros iguais no planejamento
estratégico, tomada de decisões, implementação e revisão.
U a pa e ia o side ada t a sfo ado a , ola o ativa ou solidá ia o
base no número de critérios que são atendidos. Esse crédito inclui parcerias com
comunidades locais e distantes.
Pesquisas participativas, baseadas na comunidade e pesquisas acadêmicas sobre
questões de sustentabilidade podem ser incluídas se envolver parcerias formais.
Embora as atividades de serviços comunitários (por exemplo, aprendizado de
serviço acadêmico, aprendizado de serviço co-curricular e atividades voluntárias,
serviço comunitário de Estudo de Trabalho e estágios remunerados de serviço
comunitário) possam envolver parcerias e contribuir para a sustentabilidade, elas
não estão incluídas neste crédito. O serviço comunitário está coberto pelo crédito
do Serviço Comunitário.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) A instituição fornece apoio financeiro ou material para a parceria?
2) Qual das seguintes opções descreve melhor o cronograma da
parceria? a) Multi-ano ou em b) multi-curso;
3) Quais atividades descrevem descreve melhor o foco de
sustentabilidade da parceria? A parceria apoia simultaneamente a
390

equidade social e o bem-estar, a prosperidade econômica e a saúde


ecológica;
4) Os grupos sub-representações e/ou as populações vulneráveis estão
envolvidos como parceiros iguais no planejamento estratégico, na
tomada de decisões, na implementação e na revisão? (sim ou não).

EN - 11 Colaboração Inter campus:

Quadro A-25: Características do crédito Colaboração Inter campus


A instituição colabora com outras faculdades e universidades de uma ou mais das
seguintes maneiras para apoiar e ajudar a construir a comunidade de
sustentabilidade do campus. A instituição: É um membro ativo de uma rede de
sustentabilidade nacional ou internacional.
É um membro ativo de uma rede regional, estadual/provincial ou local de
sustentabilidade; apresentou-se em uma conferência de sustentabilidade durante
o ano anterior; enviou um estudo de caso durante o ano anterior para um centro
de recursos de sustentabilidade ou programa de prêmios que inclui vários campi;
tem funcionários, estudantes ou professores servindo em um conselho ou comitê
de uma rede ou conferência de sustentabilidade durante os três anos anteriores.
Possui um relacionamento contínuo de mentor com outra instituição, por meio do
qual auxilia a instituição em seus relatórios de sustentabilidade e/ou no
desenvolvimento de seu programa de sustentabilidade;
Tem funcionários, professores ou alunos atuando como revisores de dados de
sustentabilidade de outra instituição (por exemplo, emissões de GEE ou inventário
de cursos) e/ou envio de STARS durante os três anos anteriores; e/ou participou de
outros esforços de colaboração em torno da sustentabilidade durante o ano
anterior, por exemplo, planejamento conjunto ou compartilhamento de recursos
com outras instituições.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) A instituição é um membro ativo de uma rede de sustentabilidade
nacional ou internacional?
2) A instituição é um membro ativo de uma rede de sustentabilidade
regional, estadual/provincial ou local?
3) A instituição apresentou em uma conferência de sustentabilidade no
ano anterior?
4) A instituição apresentou um estudo de caso durante o ano anterior
para um programa de prêmios de sustentabilidade que inclui vários
campi?
391

5) A instituição possui funcionários, estudantes ou professores atuando


em um conselho ou comitê de uma rede ou conferência de
sustentabilidade durante os três anos anteriores?
6) A instituição mantém um relacionamento contínuo de mentor com
outra instituição, por meio do qual auxilia a instituição em seus
relatórios de sustentabilidade, e/ou no desenvolvimento de seu programa
de sustentabilidade?
7) A instituição possui funcionários, professores ou alunos atuando
como revisores de dados de sustentabilidade de outra instituição (por
exemplo, emissões de GEE ou inventário de cursos), e/ou envio de
STARS durante os três anos anteriores?
8) A instituição participou de outros esforços de colaboração em torno
da sustentabilidade durante o ano anterior, por exemplo, planejamento
conjunto ou compartilhamento de recursos com outras instituições?

EN - 12 Educação continuada:

Quadro A-26: Características do crédito Educação continuada


Parte 1: A instituição realizou um inventário durante os três anos anteriores para
identificar seus cursos de educação continuada que abordam a sustentabilidade.
Essas ofertas de cursos podem incluir: Cursos de educação continuada que foram
identificados como ofertas de cursos de sustentabilidade usando as definições
fornecidas em G. Padrões e Termos e/ou Cursos de educação continuada que
foram formalmente designados como ofertas de cursos de sustentabilidade nas
listagens de cursos padrão da instituição ou no catálogo.
Para cada curso, o inventário fornece: O título e departamento (ou equivalente) do
curso. Uma breve descrição do curso. Cursos para os quais informações parciais ou
incompletas são fornecidas não podem ser contados para ganhar pontos para a
Parte 1 deste crédito. Cursos que normalmente são tomados para crédito
acadêmico não estão incluídos neste crédito; eles são cobertos na subcategoria
Currículo.
Parte 2: A instituição possui pelo menos um programa certificado de
sustentabilidade por meio de seu departamento de educação continuada ou
extensão. Programas de graduação (por exemplo, programas que conferem graus
de Bacharelato, Mestrado e Associados) e certificados que fazem parte de
programas acadêmicos não estão incluídos neste crédito; eles são abordados na
subcategoria Currículo.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) A instituição oferece cursos de educação continuada voltados para a
sustentabilidade?
392

2) Número total de cursos de educação continuada oferecidos;


3) Número de cursos de educação continuada oferecidos que abordam a
sustentabilidade;
4) Porcentagem de cursos de educação continuada que abordam a
sustentabilidade;
5) Os números relatados acima abrangem um, dois ou três anos
acadêmicos?
6) A instituição possui pelo menos um programa certificado de
sustentabilidade por meio de seu departamento de educação continuada
ou extensão?

EN - 13 Serviço comunitário:

Quadro A-27: Características do crédito Serviço comunitário


Parte 1: A instituição envolve seu corpo discente no serviço comunitário, medido
pela porcentagem de alunos que participam do serviço comunitário.
Parte 2: A instituição envolve os estudantes em serviços comunitários, medidos
pela média de horas de contribuição por estudante por ano. As instituições podem
excluir os alunos que não são de crédito, de educação continuada, de meio período
e/ou de pós-graduação deste crédito.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) Número de estudantes matriculados para crédito (número de
funcionários; estudantes em meio período, educação continuada e/ou
estudantes de pós-graduação podem ser excluídos).
2) Número de alunos envolvidos no serviço comunitário (número de
funcionários);
3) Porcentagem de alunos envolvidos em serviços comunitários;
4) Número total de horas de serviço da comunidade estudantil que
contribuiu durante o período mais recente de um ano;
5) Número de horas anuais de serviço comunitário contribuído por
aluno;
6) A instituição inclui realizações de serviço comunitário em
transcrições de estudantes?
7) A instituição oferece incentivos para os funcionários participarem de
serviços comunitários (dentro ou fora do campus)? (Incentivos podem
incluir licença voluntária, tempo compensatório ou outras formas de
reconhecimento positivo).
393

EN - 14 Participação na política pública:

Quadro A-28: Características do crédito Participação na política pública


Instituição defende políticas públicas que apoiem a sustentabilidade do campus ou
que, de outra forma, promovam a sustentabilidade. A advocacia pode ocorrer em
um ou mais dos seguintes níveis: municipal/local, estadual/provincial/regional,
nacional e/ou nternacional.
A defesa de políticas deve ter o apoio implícito ou explícito dos principais
administradores e/ou órgãos governamentais da instituição para contar. Por
exemplo, a defesa de administradores, estudantes, funcionários ou professores
que atuam como representantes da instituição ou de seus órgãos de governança
pode contar.
A defesa de estudantes, funcionários ou professores, realizada a título pessoal, não
conta, a menos que seja formalmente endossada no nível institucional. Exemplos
de esforços de incentivo a políticas públicas (advocacy) incluem apoiar ou endossar
legislação, portarias e políticas que promovam a sustentabilidade; participação
ativa em campanhas visando à mudança de políticas públicas; e discussões com os
legisladores em relação às propostas prioritárias.
Esse crédito reconhece instituições que defendem mudanças de políticas e
legislação para promover a sustentabilidade de forma ampla. Os esforços de
advocacia que são feitos exclusivamente para promover os interesses ou projetos
da instituição podem não ser contados. Por exemplo, a defesa do financiamento do
governo para a sustentabilidade do campus pode ser contada, enquanto o lobby
para que a instituição receba fundos que já foram apropriados não pode.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) A instituição defende políticas públicas que apoiem a sustentabilidade
do campus ou que, de outra forma, promovam a sustentabilidade no
nível municipal/local?
2) A instituição defende políticas públicas que apoiem a sustentabilidade
do campus ou que, de outra forma, promovam a sustentabilidade no
nível estadual/provincial/regional?
3) A instituição defende políticas públicas que apoiem a sustentabilidade
do campus ou que, de outra forma, promovam a sustentabilidade em
nível nacional?
4) A instituição defende políticas públicas que apoiem a sustentabilidade
do campus ou que, de outra forma, promovam a sustentabilidade em
nível internacional?
394

EN - 15 Licenciamento de marcas:

Quadro A-29: Características do crédito Licenciamento de marcas


A Instituição é membro da Fair Labor Association e/ou do Worker Rights
Consortium.
Observe que outras iniciativas para apoiar padrões trabalhistas justos na cadeia de
fornecimento são reconhecidas no crédito Compras sustentáveis em compras.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) A instituição é membro do Consórcio de Direitos dos Trabalhadores?
2) A instituição é um membro da Associação do Direito Trabalhista?

OPERAÇÕES (OP):

AR & CLIMA

OP - 01 Emissão de gases de efeito estufa:

Quadro A-30: Características do crédito Emissão de gases de efeito estufa


Parte 1: A Instituição realizou um inventário de emissões de gases de efeito estufa
(GEE) publicamente disponível que inclui, no mínimo, as emissões de GEE do
Escopo 1 e do Escopo 2 e também pode incluir as emissões de GEE do Escopo 3. O
inventário também pode ser verificado por um terceiro externo independente e/ou
validado internamente pelo pessoal do campus que seja independente do processo
de contabilidade e relatório de GEE.
Parte 2: A instituição reduziu suas emissões de GEE líquidas ajustadas de Escopo 1 e
Escopo 2 por usuário ponderado do campus em comparação com uma linha de
base.
Parte 3: As emissões anuais ajustadas de GEE do Escopo 1 e do Escopo 2 da
instituição são inferiores ao limite mínimo de desempenho de 0,02 toneladas
métricas de dióxido de carbono equivalente (MtCO2e) por pé quadrado bruto
(0,215 MtCO2e por metro quadrado bruto) de área útil. O desempenho da Parte 3
deste crédito é avaliado usando a área útil ajustada por consumo médio anual, um
valor que representa diferenças significativas na intensidade de uso de energia
entre os tipos de espaço de construção.
Para esse crédito, as seguintes compensações de carbono podem ser contadas:
verificações de carbono adquiridas verificadas por terceiros. Deslocamentos de
carbono catalisados por instituições, popularmente conhecidos como
o pe saç es lo ais .
Armazenamento de carbono a partir de compostagem no local. Certificados de
Energia Renovável Comprados ou Garantias de Origem não podem ser contados
como créditos de carbono. As reduções de emissões atribuíveis a Certificados de
395

Energia Renovável Comprados ou Garantias de Origem, que são certificadas pela


Green-e Energy ou atendem aos requisitos técnicos da Green-e Energy e são
verificadas como tais por terceiros são relatadas separadamente.
As compensações de carbono compradas e os Certificados de Energia
Renovável/Comprados ou Garantias de Origem que não foram verificados por
terceiros não contam. Compensações catalisadas por instituições, compostagem no
local e projetos de sequestro de carbono (dentro e fora do campus) que devem ser
contados como compensações devem ser verificados por terceiros ou, no mínimo,
quantificados usando um método que abranja todas as seguintes questões
contábeis: Seleção de um cenário de linha de base (ou seja, o que teria acontecido
na ausência do projeto?); Demonstração de adicionalidade (ou seja, o projeto
resultou em reduções ou remoções de emissões, além do que teria acontecido na
ausência do projeto); Identificação e quantificação de efeitos secundários
relevantes (isto é, consequências pequenas e não intencionais de GEE de um
projeto, incluem vazamentos e mudanças nas emissões de GEE a montante e a
jusante do projeto);
Consideração da reversibilidade (ou seja, avaliação do risco de reversibilidade,
juntamente com quaisquer medidas de mitigação ou compensação incluídas no
desenho do projeto); Evitar a contagem dupla (ou seja, as reduções que dão origem
ao deslocamento devem ocorrer em fontes ou sumidouros não incluídos no destino
ou no limite para o qual o deslocamento é usado).
Instituições que venderam ou transferiram reduções de emissões, por exemplo, na
forma de reduções verificadas de emissões, não podem contabilizar essas reduções
para esse crédito. Essas transações são relatadas separadamente e as emissões
líquidas de GEE são automaticamente ajustadas para cima para refletir a venda ou
transferência de quaisquer compensações geradas pelas instituições que tenham
sido incluídas como compensações de carbono.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) A instituição realizou um inventário de emissões de GEE que inclui
todas as emissões do Escopo 1 e 2?
2) O inventário de emissões de GEE da instituição inclui todas, algumas
ou nenhuma de suas emissões de GEE do Escopo 3 das seguintes
categorias? (Viagens de negócios; Comutar; Bens e/serviços comprados;
Bens de Capital; Resíduos gerados nas operações; Atividades
relacionadas a combustíveis e energia não incluídas no Escopo 1 ou 2;
outras categorias).
3) O inventário de emissões de GEE foi validado internamente por
pessoal independente do processo de contabilidade e geração de GEE
e/ou verificado por um terceiro externo independente?
4) A instituição deseja obter a parte 2 e a parte 3 deste crédito?
(Reduções nas emissões de GEE do Escopo 1 e do Escopo 2).
396

OP - 02 Qualidade do ar exterior

Quadro A-31: Características do crédito Qualidade do ar exterior


Parte 1: A instituição escreveu políticas ou diretrizes para melhorar a qualidade do
ar externo e minimizar as emissões de poluentes atmosféricos de fontes móveis no
campus. Políticas e/ou diretrizes podem incluir a proibição de marcha lenta do
veículo, restrições ao uso de equipamentos de manutenção de grama e estratégias
similares.
Políticas e diretrizes que apoiam veículos de frota mais limpos e mais eficientes em
termos de combustível e opções de transporte mais sustentáveis são cobertas por
créditos na subcategoria Transporte. Políticas adotadas por entidades das quais a
instituição faz parte (por exemplo, governo ou sistema universitário) podem contar
para a Parte 1 deste crédito, desde que as políticas se apliquem e sejam seguidas
pela instituição.
Parte 2: A instituição concluiu um inventário de emissões atmosféricas
significativas de fontes estacionárias no campus ou verificou que tais emissões não
são produzidas. As emissões significativas incluem óxidos de nitrogênio, óxidos de
enxofre e outras categorias padrão de emissões atmosféricas identificadas em
licenças ambientais mantidas pela instituição, convenções internacionais e/ou leis
ou regulamentos nacionais.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) A instituição possui políticas e/ou diretrizes para melhorar a
qualidade do ar externo e minimizar as emissões de poluentes
atmosféricos de fontes móveis no campus?
2) A instituição concluiu um inventário de emissões atmosféricas
significativas de fontes estacionárias no campus ou verificou que tais
emissões não são produzidas? (óxidos de nitrogênio; óxidos de enxofre;
monóxido de carbono; ozônio; chumbo; poluentes atmosféricos
perigosos; compostos defletores de ozônio; outras categorias padrão de
emissões atmosféricas identificadas em licenças e/ou regulamentos).

EDIFICAÇÕES

OP - 03 Operações de construção e manutenção:

Quadro A-32: Características do crédito Operações de construção e manutenção


Instituição possui e opera edifícios que são: 1) Certificado de acordo com um
sistema de classificação de edifícios verdes focado nas operações e manutenção de
edifícios existentes, por exemplo o LEED.
397

2) Operado e mantido de acordo com as diretrizes e políticas publicadas e


sustentáveis de operações e manutenção que incluam um ou mais dos seguintes;
política ou protocolo de gestão da qualidade do ar interior; política, programa ou
contrato de limpeza verde; gestão de energia ou programa de benchmarking;
gestão da água ou programa de benchmarking.
Programas de gestão de energia e de água e benchmarking incluem painéis,
ferramentas de análise e outros mecanismos para avaliar o desempenho, definir
metas, criar e implementar planos de ação e avaliar o progresso. Veja, por
exemplo, as Diretrizes da ENERGY STAR para Gerenciamento de Energia, o espaço
de construção que atende a vários critérios listados acima não deve ser contado
duas vezes.
O espaço de construção que é certificado sob um sistema de classificação de
construção verde para novas construções e grandes reformas também deve ser
certificado em um sistema de classificação com foco em operações e manutenção
para contar como espaço certificado para esse crédito.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) Área do piso do espaço do edifício que é certificada em cada nível
sob um sistema de classificação de construção verde para as operações e
manutenção de edifícios existentes utilizados por um Conselho de
Edifícios Ecológicos Estabelecidos;
- Área de piso certificada por LEED Platinum (obra + manutenção) ou o
mais alto nível alcançável sob outro sistema de classificação GBC;
- Área de piso certificada em nível intermediário sob um sistema de
classificação GBC em diferentes níveis (3 ou 5 níveis), por exemplo,
Green Star Performance;
- Área de piso certificada por LEED Silver (obra + manutenção) ou em
uma etapa acima do nível mínimo sob outro sistema de classificação
GBC em diferentes níveis (4 ou 5 níveis);
- Área de piso certificada por LEED (obra + manutenção) Certificado ou
certificado no nível mínimo sob outro sistema de classificação do GBC.
2) Área do piso do espaço do edifício que está certificada sob um
sistema de classificação não-GBC para as operações e manutenção de
edifícios existentes, por exemplo, Green Globes.
3) Porcentagem de espaço do edifício certificada ao abrigo de um
sistema de classificação de edifício verde para as operações e
manutenção de edifícios existentes (m²).
4) Do espaço de construção não certificado da instituição, que
porcentagem de área útil é mantida de acordo com uma política ou
protocolo de gerenciamento de qualidade do ar interior publicado? (0 a
100).
398

5) Do espaço de construção não certificado da instituição, que


porcentagem de área útil é mantida de acordo com uma política,
programa ou contrato de limpeza verde publicado? (0 a 100).
6) Do espaço de construção não certificado da instituição, que
porcentagem de área útil é mantida de acordo com um programa de
gestão de energia ou benchmarking? (0 a 100).
7) Do espaço de construção não certificado da instituição, que
porcentagem de área útil é mantida de acordo com um programa de
gestão de água ou de benchmarking? (0 a 100).

OP - 04 Projeto e construção de edifícios:

Quadro A-33: Características do crédito Projeto e construção de edifícios


Os edifícios de propriedade da instituição que foram construídos ou passaram por
grandes reformas nos cinco anos anteriores são:
1) Certificado sob um sistema de classificação de edifícios ecológicos para novas
construções e grandes reformas, por exemplo, LEED: Projeto e Construção de
Edifícios.
2) Certificado de Qualidade para Obras e Construções sob o Desafio Living
Building e/ou P ojetado e o st uído de a o do o os digos, di et izes e/ou
políticas de construção verde publicados que abrangem um ou mais dos seguintes:
Impactos no local circundante (por exemplo, diretrizes para reutilizar terras
previamente desenvolvidas, proteger áreas ambientalmente sensíveis e minimizar
os impactos no local).
Consumo de energia (por exemplo, políticas que exigem um nível mínimo de
eficiência energética para edifícios e seus sistemas). Medição de energia em nível
de edifício. Uso de materiais ambientalmente preferíveis (por exemplo, diretrizes
para minimizar os impactos do ciclo de vida associados a materiais de construção).
Qualidade ambiental interna (ou seja, diretrizes para proteger a saúde e o conforto
dos ocupantes do edifício). Consumo de água (por exemplo, exigindo padrões
mínimos de eficiência para uso interno e externo de água). Medição de água em
nível de prédio. O espaço de construção que atende a vários critérios listados acima
não deve ser contado duas vezes.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) Área de piso total do prédio recém-construída ou reformada (incluir
projetos concluídos nos cinco anos anteriores);
2) Área de piso do edifício recém-construída ou reformada, certificada
como Living Building Challenge;
399

- Área de piso certificada por LEED Platinum ou no nível mais alto


alcançável sob outro sistema de classificação (m²);
-Área de piso certificada por LEED Gold ou no 2º nível mais alto sob
outro sistema de classificação GBC de 4 ou 5 níveis;
-Área de piso certificada por Certificado em nível intermediário sob um
sistema de classificação GBC de 3 ou 5 níveis para projeto e construção
(por exemplo, BREEAM, CASBEE, Green Star);
-Área de piso certificada por LEED Silver ou em um nível acima do
mínimo em outro sistema de classificação GBC de 4 ou 5 níveis;
-Área de piso certificada por LEED Certificado ou certificado no nível
mínimo sob outro sistema de classificação GBC;
3) Área do piso do edifício recém-construída ou renovada, certificada
sob um sistema de classificação não GBC para projeto e construção (por
exemplo, Green Globes, Casa Passiva Certificada);
4) Porcentagem de construções recém construídas ou renovadas,
certificadas de acordo com um sistema de classificação de prédios
verdes para projeto e construção;
5) Área do piso do prédio recém-construída ou reformada que não é
certificada, mas que foi projetada e construída de acordo com as
diretrizes e políticas publicadas do prédio verde;
6) As diretrizes ou políticas do prédio verde cobrem o seguinte:
- Impactos no local e entorno (por exemplo, diretrizes para reutilizar
terras previamente desenvolvidas, proteger áreas ambientalmente
sensíveis e minimizar os impactos no local).
- Consumo de energia (por exemplo, políticas que exigem um nível
mínimo de eficiência energética para edifícios e seus sistemas);
- Medição de energia em nível de edifício;
- Uso de materiais ambientalmente preferíveis (por exemplo, diretrizes
para minimizar os impactos do ciclo de vida associados a materiais de
construção);
- Qualidade ambiental interna (ou seja, diretrizes para proteger a saúde e
o conforto dos ocupantes do edifício);
- Consumo de água (por exemplo, exigindo padrões mínimos de
eficiência para uso interno e externo de água);
- Medição de água em nível de prédio.
400

ENERGIA

OP - 05 Consumo de energia do edifício

Quadro A-34: Características do crédito Licenciamento de marcas


Parte 1: A instituição reduziu o consumo total de energia do edifício por metro
quadrado bruto/metro de área útil comparado a uma linha de base.
Parte 2: O consumo anual de energia de edifícios da instituição é menor do que o
limite mínimo de desempenho de 65 Btus por dia m² por dia Fahrenheit (389 Btus
por metro quadrado bruto por dia de graus Celsius).
O desempenho da Parte 2 deste crédito é avaliado usando a área útil ajustada por
consumo médio anual, um valor que representa diferenças significativas na
intensidade de uso de energia (IUE) entre os tipos de espaço de construção.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) Dados necessários para determinar o consumo total de energia do
edifício:
- Eletricidade adquirida em rede (MMBtu);
- Eletricidade de renováveis no local (MMBtu);
- Distrito de vapor/água quente (proveniente de fora) (MMBtu);
- Energia de todas as outras fontes (excluindo combustíveis para
transporte) (MMBtu);
- Total (MMBtu);
2) Área bruta do espaço do edifício:
- Área bruta de construção do espaço;
3) Relação entre o local de origem e a eletricidade adquirida na rede;
4) Consumo total de energia do edifício por unidade de área útil;
- Estrutura da energia;
- Fonte de energia;
5) Redução percentual no consumo total de energia do edifício (energia
da fonte) por unidade de área útil da linha de base;
6) Grau dias, ano de desempenho (base 65 °F/18 °C);
- Graus de aquecimento por dia;
- Grau de refrigeração por dia;
7) Área de piso do espaço intensivo de energia, ano de desempenho;
- Espaço de laboratório (m²);
- Espaço de saúde (m²);
- Outro espaço intensivo de energia (m²);
8) Área útil ajustada por consumo médio anual, ano de desempenho
(m²);
401

9) Consumo de energia de construção (energia local) por unidade de


área útil ajustada por consumo médio anual (grau por dia/ano de
desempenho).

OP - 06 Energia limpa e renovável:

Quadro A-35: Características do crédito Energia limpa e renovável


A Instituição apoia o desenvolvimento e uso de fontes de energia limpas e
renováveis, usando qualquer uma ou uma combinação das seguintes opções. 1)
Gerar eletricidade a partir de fontes de energia limpa e renovável no campus e
reter ou retirar os direitos sobre os atributos ambientais dessa eletricidade. (Em
outras palavras, se a instituição vendeu Créditos de Energia Renovável pela energia
limpa e renovável que gerou, ela não pode reivindicar tal energia aqui.) Os
dispositivos de geração de energia renovável no local podem ser de propriedade
e/ou mantidos por outra parte como desde que a instituição tenha direitos
contratuais sobre os atributos ambientais associados.
2) Usando fontes renováveis no local para gerar energia que não seja eletricidade,
como a biomassa para aquecimento.
3) Catalisar o desenvolvimento de fontes de energia limpa e renovável fora do
campus (por exemplo, um parque eólico fora do campus que foi projetado e
construído para fornecer eletricidade à instituição) e reter os atributos ambientais
dessa energia.
4) Adquirir os atributos ambientais da eletricidade na forma de Certificados de
Energia Renovável, Garantias de Origem ou produtos similares de energia
renovável que sejam certificados pela Green-e Energy ou atendam aos requisitos
técnicos da Green-e Energy (ou equivalentes locais) e são verificados como tal por
terceiros, ou adquirem eletricidade renovável por meio da concessionária de
energia elétrica da instituição por meio de uma opção de compra de energia verde
certificada.
Uma vez que este crédito se destina a reconhecer instituições que estão apoiando
ativamente o desenvolvimento e uso de energia limpa e renovável, nem o mix de
rede elétrica para a região em que a instituição está localizada nem o mix de redes
relatado pela concessionária que atende a instituição (ou seja, o produto padrão ou
padrão da concessionária) contam para esse crédito.
Os seguintes sistemas renováveis são elegíveis para este crédito: Térmico solar
concentrada; Sistemas geotérmicos que geram eletricidade; Energia hidrelétrica de
baixo impacto; fotovoltaico solar; onda e energia das marés, vento.
Os biocombustíveis das seguintes fontes são elegíveis: culturas agrícolas; resíduos
agrícolas; resíduos animais; gás de aterro sanitário; resíduos de madeira não
tratada; outro lixo orgânico. As tecnologias que reduzem a quantidade de energia
utilizada, mas não geram energia renovável, não contam para esse crédito (por
exemplo, iluminação natural, projeto solar passivo, bombas de calor de fonte
subterrânea). Os benefícios de tais estratégias, bem como as melhores eficiências
obtidas através do uso de tecnologias de cogeração, são capturados pelos créditos
402

de Emissões GEE e Consumo de Energia Predial. Os combustíveis de transporte,


que são cobertos pelos créditos de Emissões de Gases de Efeito Estufa e Frotas de
campus, não estão incluídos.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) Consumo total de energia (todas as fontes, excluindo combustíveis de
transporte), (ano de desempenho);
2) Total de eletricidade limpa e renovável gerada no local durante o ano
de desempenho e para a qual a instituição retém ou retirou os atributos
ambientais associados;
3) Energia renovável não elétrica gerada no local, ano de desempenho;
4) Total de créditos de energia renovável de terceiros certificados de
energia renovável comprados e/ou garantias de origem, produtos de
energia renovável similares de terceiros (incluindo eletricidade
renovável adquirida por meio de uma opção de energia verde certificada
fornecida pela concessionária) adquiridos durante o ano de desempenho;
5) Uso de eletricidade, por fonte (porcentagem);
- Biomassa (%), carvão (%), geotérmico (%), hidro (%), gás natural (%),
nuclear (%), fotovoltaico solar (%), eólica (%), outro (%);
6) Energia utilizada para aquecimento de edifícios, por fonte:
- Biomassa (%), carvão (%), eletricidade (%), óleo combustível (%),
geotérmica (%), gás natural (%), outro (%).

ALIMENTOS E SERVIÇOS DE REFEIÇÃO

OP - 07 Compras de alimentos e bebidas:

Quadro A-36: Características do crédito Compras de alimentos e bebidas


A Instituição e/ou seu principal prestador de serviços de refeições realiza um
inventário para identificar compras de alimentos e bebidas que possuem os
seguintes atributos: terceiros verificados. O produto é produzido de forma
sustentável e/ou eticamente, conforme determinado por um ou mais padrões
reconhecidos de sustentabilidade de alimentos e bebidas.
Devido à prevalência da produção pecuária industrial, os produtores de carne,
aves, ovos e laticínios devem ser considerados intensivos, a menos que a instituição
possa verificar de outra forma através de certificação de terceiros, informações
transparentes do fornecedor e/ou um órgão regulador apropriado. Para obter
orientação adicional na identificação de produtos locais e baseados na
comunidade, consulte a calculadora de alimentos saudáveis.
Os exemplos incluem gastos com produtos com declarações de sustentabilidade
403

confiáveis e rótulos não formalmente reconhecidos na categoria verificada por


terceiros e produtos de empresas locais e fazendas regionais que não atendem
totalmente aos critérios baseados em local e comunidade. Embora os produtos
relatados nesta categoria sejam considerados produzidos convencionalmente e não
contam para a pontuação, identificá-los pode fornecer uma visão mais abrangente
dos esforços de compra sustentáveis da instituição.
Parte 1: Os serviços de refeições da Instituição compram produtos alimentícios e
bebidas que são verificados por terceiros sob um ou mais padrões de
sustentabilidade de alimentos e bebidas reconhecidos ou local e comunitário.
Parte 2: Os serviços de refeições da instituição minimizam a compra de produtos
animais convencionais, conforme medido pelo percentual do total de serviços de
refeições e gastos com bebidas em tais produtos. Produtos animais convencionais
incluem todas as carnes, peixes/frutos do mar, aves, ovos e produtos lácteos que
não se qualificam na categoria verificada por terceiros ou na categoria local e
comunitária.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) Percentual de despesas com alimentos e bebidas em serviços de
refeições em produtos verificados por terceiros segundo um ou mais
padrões reconhecidos de sustentabilidade de alimentos e bebidas ou
local e comunitário;
2) A instituição deseja obter a parte 2 deste crédito (despesas com
produtos animais convencionais)? (Se os dados não estiverem
disponíveis pela instituição, responda “Não”);
3) Porcentagem do total de gastos com refeições e bebidas em serviços
de refeições em produtos animais convencionais (carne, aves,
peixe/frutos do mar, ovos e produtos lácteos que não se qualificam na
categoria verificada por terceiros ou local e comunitária);
4) Porcentagem do total de gastos com serviços de refeições em
alimentações convencionais;
5) Quais dos seguintes provedores de serviços de alimentação estão
presentes no campus e incluídos no total de despesas com alimentos e
bebidas? (sim ou não):
- Operações de refeições e serviços de buffet operados pela instituição;
- Operações de refeições e serviços de buffet operados por um
empreiteiro;
- Serviços de comida administrados por estudantes;
- Franquias (por exemplo, marcas nacionais ou globais);
- Lojas de conveniência;
- Serviços de venda;
- Concessões.
404

OP - 08 Alimentação Sustentável:
Quadro A-37: Características do crédito Alimentação Sustentável
Os serviços de refeições da instituição suportam sistemas alimentares sustentáveis de
uma ou mais das seguintes maneiras. A instituição ou seu principal prestador de
serviços de refeições: uma política de restaurantes sustentáveis que inclui critérios
específicos para apoiar a aquisição de alimentos e bebidas ambientalmente e
socialmente preferíveis e/ou inclui diretrizes para reduzir ou minimizar os impactos
ambientais e sociais adversos das operações de refeições.
Acolhe um mercado de agricultores, agricultura apoiada pela comunidade ou programa
de pesca e/ou projeto de agricultura urbana, ou apoia esse programa na comunidade
local. Um programa de refeições veganas que oferece diversas opções veganas
completas de proteína disponíveis para todos os membros da comunidade do campus
em todas as refeições.
Organiza refeições com temas de sustentabilidade (exemplo: refeições de colheita
locais). Hospeda um ponto de venda com tema de sustentabilidade no local, seja de
forma independente ou em parceria com um contratado ou revendedor; Informa os
clientes sobre escolhas alimentares de baixo impacto e práticas de sustentabilidade por
meio de rotulagem e sinalização em refeitórios; Envolve-se em esforços de divulgação
para apoiar o aprendizado e a pesquisa sobre sistemas alimentares sustentáveis; e/ou
outras iniciativas relacionadas à sustentabilidade.
Parte 2: Os serviços de refeições da instituição minimizam o desperdício de alimentos e
refeições de uma ou mais das seguintes maneiras. A instituição ou seu principal
prestador de serviços de refeições: participa de um programa de competição ou e/ou
usa um sistema de prevenção de desperdício de alimentos para rastrear e melhorar
suas práticas de gestão de alimentos; Implementou refeições sem bandeja (nas quais
as bandejas são removidas ou não estão disponíveis em refeitórios) e/ou
menus/porções modificados para reduzir o desperdício de alimentos pós-consumo.
Doa comida que de outra forma seria desperdiçada para alimentar as pessoas;
Materiais alimentares do aterro, incinerador ou esgoto para alimentação animal ou
usos industriais (por exemplo, conversão de óleo de cozinha em combustível, digestão
anaeróbica no local); Tem um programa de compostagem pré-consumidor; Tem um
programa de compostagem pós-consumo; Utiliza utensílios de serviço reutilizáveis para
refeições; Fornece recipientes compostáveis reutilizáveis e/ou de terceiros certificados
e ute sílios de se viço pa a efeiç es pa a viage e o ju to o u p og a a
de compostagem no local).
Oferece descontos ou outros incentivos para os clientes que usam recipientes
reutilizáveis (por exemplo, canecas) em vez de recipientes descartáveis ou
compostáveis e ope aç es de se viços de ali e tação pa a viage ; e/ou outras
iniciativas de gerenciamento de materiais para minimizar desperdícios não cobertos
acima (por exemplo, trabalhar com fornecedores e outras entidades para reduzir o
desperdício de embalagens de alimentos). Esse crédito inclui operações de refeições no
campus e serviços de bufê operados pela instituição e pelo principal prestador de
serviços de refeições da instituição.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).
405

Indicadores:
1) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições tem
uma política de restaurantes sustentáveis publicada?
2) A instituição ou o seu principal prestador de serviços de refeições
obtêm alimentos de um jardim ou fazenda do campus?
3) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições
abriga um mercado de agricultores, sendo a agricultura apoiada pela
comunidade ou programa de pesca e/ou projeto de agricultura urbana,
ou apoia tal programa na comunidade local?
4) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições tem
um programa de refeições veganas completas de proteína para todos os
membros da comunidade do campus em todas as refeições?
5) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições
oferece eventos de refeições de baixo impacto (por exemplo, segundas-
feiras sem carne)?
6) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições
oferece refeições com base na sustentabilidade (por exemplo, refeições
de colheitas locais)?
7) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições
organiza um posto de vendas de alimentos com tema de sustentabilidade
no local, seja de forma independente ou em parceria com um contratado
ou revendedor?
8) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições
informa aos clientes sobre escolhas alimentares de baixo impacto e
práticas de sustentabilidade por meio de rotulagem e sinalização em
refeitórios?
9) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições se
engaja em esforços de apoio para apoiar o aprendizado e a pesquisa
sobre sistemas alimentares sustentáveis ?
10) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições tem
outras iniciativas relacionadas à sustentabilidade (por exemplo,
iniciativas de saúde e bem-estar, disponibilizando opções culturalmente
diversas?
11) A instituição ou seu principal fornecedor de serviços de refeições
participa de um programa de competição ou compromisso e/ou usa um
sistema de prevenção de desperdício de alimentos para rastrear e
melhorar suas práticas de gestão de alimentos?
12) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições
implementou refeições sem bandeja (nas quais as bandejas são
removidas ou não estão disponíveis nos refeitórios) e/ou menus/porções
modificadas para reduzir o desperdício de alimentos pós-consumo?
406

13) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições


doam alimentos, (de outra forma), que seriam desperdiçados para
alimentar as pessoas?
14) A instituição ou seu contratado de serviços de refeições principais
desviam materiais alimentícios do aterro, incinerador ou esgoto para
alimentação animal ou usos industriais (por exemplo, conversão de óleo
de cozinha em combustível, digestão anaeróbica no local)
15) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições tem
um programa de compostagem pré-consumo?
16) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições tem
um programa de compostagem pós-consumo?
17) A instituição ou seu contratante principal de serviços de refeições
utiliza utensílios reutilizáveis para refeições?
18) A instituição ou seu contratante principal de serviços de refeições
fornece recipientes compostáveis reutilizáveis e/ou certificados de
terceiros e utensílios de serviço para refeições “para viagem” (em
conjunto com um programa de compostagem no local)?
19) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições
oferece descontos ou outros incentivos para os clientes que usam
recipientes reutilizáveis (por exemplo, canecas) em vez de recipientes
descartáveis ou compostáveis em operações de serviços de alimentação
“para viagem”?
20) A instituição ou seu contratante principal de serviços de refeições
implementou outras iniciativas de gerenciamento de materiais para
minimizar o desperdício não coberto acima (por exemplo, trabalhando
com fornecedores e outras entidades para reduzir o desperdício de
embalagens de alimentos)?

SOLO

OP - 09 Gestão da paisagem
Quadro A-38: Características do crédito Gestão da paisagem
Os solos da instituição incluem áreas que são gerenciadas de acordo com:
1) Um programa de Manejo Integrado de Pragas (MIP);
2) Um padrão orgânico de cuidado da terra ou programa de manejo da paisagem
que tenha eliminado o uso de fertilizantes inorgânicos e pesticidas químicos,
fungicidas e herbicidas em favor de materiais ecologicamente preferíveis;
Os programas de gerenciamento que empregam alguns princípios ou técnicas de
(MIP), mas não incluem uma abordagem de quatro níveis, devem ser contados
como programas convencionais.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).
407

Indicadores:
1) Área total do campus;
2) Área total de terrenos manejados;
3) Área gerenciada de acordo com um programa de Manejo Integrado de
Pragas (MIP) que usa uma abordagem de quatro níveis;
4) Área gerenciada de acordo com um padrão orgânico de cuidado da
terra ou programa de manejo sustentável da paisagem que tenha
eliminado o uso de fertilizantes inorgânicos e pesticidas químicos,
fungicidas e herbicidas em favor de materiais ecologicamente
preferíveis;
5) Área gerenciada usando práticas convencionais de gerenciamento de
paisagem (que podem incluir alguns princípios ou técnicas de MIP;
6) Porcentagem de solos geridos de acordo com um programa MIP;
7) Porcentagem de solos geridos em conformidade com um programa
biológico.

OP - 10 Biodiversidade:

Quadro A-39: Características do crédito Biodiversidade


Instituição realiza um ou ambos dos seguintes procedimentos:
Uma avaliação para identificar espécies ameaçadas e vulneráveis (incluindo
espécies migratórias) com habitats em terras de propriedade ou administradas pela
instituição; e/ou
Uma avaliação para identificar áreas ambientalmente sensíveis em terras de
propriedade ou administradas pela instituição. A instituição possui planos ou
programas para proteger ou afetar positivamente as espécies, habitats e/ou áreas
ambientalmente sensíveis identificadas.
As avaliações realizadas e os programas adotados por outras entidades (por
exemplo, governo, sistema universitário, ONG) podem contar para esse crédito,
desde que as avaliações e os programas sejam aplicados e seguidos pela
instituição.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) A instituição possui ou administra terras que incluem ou são
adjacentes a áreas legalmente protegidas, áreas internacionalmente
reconhecidas, locais prioritários para a biodiversidade e/ou regiões de
importância para conservação?
2) A instituição realizou uma avaliação ou avaliações para identificar
espécies ameaçadas e vulneráveis (incluindo espécies migratórias) com
habitats em terras de propriedade ou administradas pela instituição?
408

3) A instituição realizou uma avaliação ou avaliações para identificar


áreas ambientalmente sensíveis em terras de propriedade ou
administradas pela instituição?

COMPRAS

OP - 11 Compras sustentáveis

Quadro A-40: Características do crédito Compras sustentáveis


Parte 1: A Instituição tem escrito políticas, diretrizes ou diretivas que buscam
apoiar a compra sustentável em todas as categorias de commodities em toda a
instituição, por exemplo:
Uma preferência declarada por conteúdo reciclado ou de base biológica pós-
consumo ou para minimizar os impactos ambientais negativos de produtos e
serviços.
Uma intenção declarada de apoiar empresas desfavorecidas, empresas sociais e/ou
pequenas e médias empresas locais ou de outra forma de apoiar impactos sociais e
econômicos positivos e minimizar os impactos negativos. Um código de conduta de
fornecedor ou política equivalente que define expectativas sobre a
responsabilidade social e ambiental dos parceiros de negócios da instituição (ou
seja, fornecedores de produtos e serviços).
Parte 2: A Instituição emprega a Análise de Custo do Ciclo de Vida (LCCA) como
uma questão de política e prática ao avaliar produtos, sistemas e componentes de
construção que usam energia e água. As práticas podem incluir a estruturação em
que os fornecedores concorram com base no menor custo total de propriedade,
além de (ou em vez de) preço de compra.
Observe que o LCCA é um método para avaliar o custo total de propriedade
durante o ciclo de vida de um produto ou sistema (ou seja, compra, instalação,
operação, manutenção e descarte). A avaliação do ciclo de vida, por outro lado, é
um método para avaliar os impactos ambientais de um produto ou serviço ao longo
de seu ciclo de vida. Embora as avaliações do ciclo de vida possam informar os
critérios de sustentabilidade reconhecidos na Parte 3 deste crédito, a Parte 2
reconhece especificamente as instituições que empregam a LCCA.
Parte 3: A Instituição publicou critérios de sustentabilidade a serem aplicados na
avaliação de produtos e serviços em uma ou mais das seguintes categorias. Os
critérios abordam os desafios e impactos específicos de sustentabilidade
associados a produtos e serviços em cada categoria, por exemplo, exigindo ou
dando preferência a padrões de sustentabilidade multicritério, certificações e
rótulos apropriados à categoria.
1) Produtos e serviços quimicamente intensivos (por exemplo, manutenção de
edifícios e instalações, limpeza e higienização, paisagismo e manutenção de
terrenos). Medidas publicadas para minimizar o uso de produtos químicos. Uma
preferência declarada para serviços de limpeza ecológicos e produtos certificados
de terceiros.
409

2) Construção e renovação (por exemplo, mobiliário e materiais de construção).


Uma preferência declarada por materiais que atendam aos requisitos LEED.
3) Tecnologia da informação (TI) (por exemplo, computadores, equipamentos de
imagem, telefones celulares, data centers e serviços em nuvem) Medidas
publicadas para reduzir a demanda por equipamentos. Uma preferência declarada
para produtos registrados ENERGY STAR ou EPEAT.
4) Serviços de alimentação (ou seja, franquias, serviços de venda, concessões, lojas
de conveniência)
(Observe se os refeitórios e os serviços de buffet operados pela instituição ou pelo
principal prestador de serviços de refeições da instituição são cobertos por
sistemas de controle e certificações).
Incluindo objetivos de sustentabilidade em contratos com franquias no local.
5) Roupas e lençóis : Normas publicadas de trabalho e direitos humanos que os
fornecedores devem cumprir.
6) Serviços profissionais (por exemplo, arquitetura, engenharia, relações públicas,
financeiro).
Uma preferência declarada por provedores de serviços desfavorecidos ou baseados
na comunidade.
Uma preferência declarada pelas empresas B.
7) Transporte e combustíveis (por exemplo, viagens, veículos, serviços de entrega,
transporte de longo curso, combustíveis geradores, usinas de vapor). Medidas
publicadas para minimizar o tamanho da frota do campus ou reduzir os impactos
da viagem ou do transporte. Uma preferência declarada por tecnologias limpas e
renováveis.
8) Madeira e papel: Uma preferência declarada por reciclados pós-consumo,
resíduos agrícolas ou conteúdo certificado de terceiros. Uma preferência declarada
para serviços de impressão certificados pelo FSC.
9) Outras categorias de commodities que a instituição determinou ter impactos
significativos na sustentabilidade. Estratégias projetadas para abordar os impactos
específicos das commodities, por exemplo, uma preferência declarada por padrões
de sustentabilidade de critérios múltiplos relevantes.
Políticas e diretrizes adotadas por entidades das quais a instituição faz parte (por
exemplo, governo ou sistema universitário) podem contar para esse crédito, desde
que as políticas se apliquem e sejam seguidas pela instituição.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) A instituição possui políticas, diretrizes ou diretivas escritas que
buscam apoiar a compra sustentável em todas as categorias de
commodities em toda a instituição?
2) A instituição utiliza a Análise de Custo do Ciclo de Vida (LCCA) ao
avaliar produtos e sistemas que usam energia e água?
410

3) A instituição publicou critérios de sustentabilidade a serem aplicados


ao avaliar produtos e serviços quimicamente intensivos (por exemplo,
manutenção de prédios e instalações, limpeza e sanitização, paisagismo
e manutenção de terrenos)?
4) A instituição publicou critérios de sustentabilidade a serem aplicados
na avaliação de produtos de construção e reforma (por exemplo, móveis
e materiais de construção)?
5) A instituição publicou critérios de sustentabilidade a serem aplicados
ao avaliar produtos e serviços de Tecnologia da Informação (TI) (por
exemplo, computadores, equipamentos de imagem, telefones celulares,
centros de dados e serviços na nuvem)?
6) A instituição publicou critérios de sustentabilidade a serem aplicados
na avaliação de serviços de alimentação (por exemplo, franquias,
serviços de venda, concessões, lojas de conveniência)?
7) A instituição publicou critérios de sustentabilidade a serem aplicados
na avaliação de roupas e roupas de cama?
8) A instituição publicou critérios de sustentabilidade a serem aplicados
na avaliação de serviços profissionais (por exemplo, arquitetura,
engenharia, relações públicas, finanças)?
9) A instituição publicou critérios de sustentabilidade a serem aplicados
na avaliação de transporte e combustíveis (por exemplo, viagens,
veículos, serviços de entrega, transporte de longo curso, combustíveis
geradores, usinas a vapor)?
10) A instituição publicou critérios de sustentabilidade a serem
aplicados na avaliação de produtos de madeira e papel?
11) A instituição publicou critérios de sustentabilidade a serem
aplicados ao avaliar produtos e serviços em outras categorias de
commodities que a instituição determinou ter impactos significativos de
sustentabilidade?

OP - 12 Compras de eletrônicos

Quadro A-41: Características do crédito Compras de eletrônicos


A Instituição adquire produtos certificados pela EPEAT (certificação de produtos
eletrônicos) para computadores desktop e notebook/laptop, display, tablet/lousa,
televisor e equipamento de imagem (copiadora, máquina de distribuição,
multifuncional, impressora e scanner).
Este crédito não inclui smartphone ou equipamento especializado para o qual não
há produtos certificados pela EPEAT.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).
411

Indicadores:
1) Despesas totais em computadores de mesa e laptops, monitores,
tablets/lousas, televisões e equipamentos de imagem (dólares);
2) Porcentagem de gastos em produtos eletrônicos registrados pela
EPEAT Gold?
3) Os números informados acima incluem equipamentos alugados?

OP - 13 Compras de limpeza e zeladoria

Quadro A-42: Características do crédito Compras de limpeza e zeladoria


Os principais departamentos de limpeza ou manutenção da instituição e/ou
contratado (s) compram produtos de limpeza e papel higiênico que atendem a um
ou mais dos seguintes critérios:
Certificado pelo Forest Stewardship Council (FSC); Selo Verde Certificado
Certificado; UL ECOLOGO; Equivalentes locais para instituições fora dos EUA e do
Canadá.
Os produtos de limpeza incluem produtos de limpeza para uso geral em banheiros,
vidros e carpetes; agentes desengordurantes; produtos de limpeza biologicamente
ativos (produtos enzimáticos e microbiais);
Produtos de manutenção de pavimentos (por exemplo, acabamentos de
pavimentos); sabonetes para as mãos, desinfetantes e produtos para polimento de
metais e outros de limpeza especializada. Produtos de papel de limpeza incluem
papel higiênico, lenço de papel, toalhas de papel, toalhas de mão e guardanapos.
Outros produtos e materiais de limpeza (por exemplo, dispositivos de limpeza que
usam somente água ionizada ou água eletrolisada) devem ser excluídos do total de
despesas e gastos com produtos ambientalmente preferíveis na medida do
possível.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) Despesas totais em produtos de limpeza (dólares);
2) Despesas totais em produtos de papel de zeladoria (dólares);
3) Despesas com produtos de papel de zeladoria certificados FSC, UL
ECOLOGO (ou equivalentes locais para instituições fora dos EUA e do
Canadá);
4) Percentual de gastos com produtos de limpeza e zeladoria que são
certificados por terceiros para atender a padrões de sustentabilidade
reconhecidos.
412

OP - 14 Compras de papel de escritório:


Quadro A-43: Características do crédito Compras de papel de escritório
A Instituição compra papel de escritório com conteúdo reciclado pós-consumo,
resíduo agrícola e/ou certificado pelo Forest Stewardship Council (FSC).
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) Despesas totais em papel de escritório (EUA/Canadá $);
2) Despesas com papel de escritório com os diferentes níveis de
conteúdo reciclado, agrícola e/ou certificado pelo FSC;
3) Despesas com papel de escritório com os seguintes níveis de
conteúdo reciclado, agrícola e/ou certificado pelo FSC: 10 a 29%
(dólares);
4) Despesas com papel de escritório com os seguintes níveis de
conteúdo reciclado, agrícola e/ou certificado pelo FSC: 30 a 49%
(dólares);
5) Despesas com papel de escritório com os seguintes níveis de
conteúdo reciclado, agrícola e/ou certificado pelo FSC: 50 a 69%
(dólares);
6) Despesas com papel de escritório com os seguintes níveis de
conteúdo reciclado, agrícola e/ou certificado pelo FSC: 70 a 89% (ou
rótulo FSC reciclado) (dólares);
7) Despesas com papel de escritório com os seguintes níveis de
conteúdo reciclado, agrícola e/ou certificado pelo FSC: 90 a 100% (ou
rótulo FSC reciclado) (dólares);
8) Porcentagem de gastos em papel de escritório que são de 90% a
100% reciclados pós-consumo e/ou conteúdo de resíduos agrícolas e/ou
rótulo FSC Reciclado.

TRANSPORTE

OP - 15 Frota do campus
Quadro A-44: Características do crédito Frota do campus
A Instituição apoia a tecnologia de combustível alternativo e energia, incluindo em
seus veículos da frota de veículos motorizados que são: A. Híbrido gasolina-elétrico;
B. híbrido diesel-elétrico; C. Plug-in híbrido; D. 100% elétrico (incluindo bicicletas e
triciclos utilitários de assistência elétrica); abastecido com gás natural comprimido;
hidrogênio abastecido ou biocombustível, por mais de 4 meses do ano;
Abastecido com biocombustível de baixo nível produzido localmente por mais de 4
meses do ano (por exemplo, o combustível contém óleo de cozinha recuperado e
reciclado no campus ou na comunidade local).
413

Para este crédito, a frota motorizada da instituição inclui todos os carros, carretas,
caminhões, tratores, ônibus, ciclos de assistência elétrica e veículos similares
utilizados para o transporte de pessoas e/ou mercadorias, incluindo veículos
alugados e veículos que são de propriedade da instituição e operados.
Equipamentos de construção pesada (por exemplo, escavadeiras e
pavimentadoras), equipamentos de manutenção (por exemplo, cortadores de
grama e sopradores de folhas) e veículos de demonstração/teste usados para fins
educacionais não estão incluídos neste crédito.
Veículos que atendem a vários critérios (por exemplo, veículos híbridos
alimentados com biocombustível) não devem ser contados duas vezes.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) Número total de veículos (por exemplo, carros, carretas, caminhões,
tratores, ônibus, ciclos de assistência elétrica) na frota da instituição;
2) Número de veículos da frota da instituição que é híbrido elétrico a
gasolina, não plug-in.
3) Número de veículos da frota da instituição que é híbrido diesel-
elétrico, não plug-in;
4) Número de veículos da frota da instituição que é híbrido de plug-in;
5) Número de veículos da frota da instituição que é 100% elétrico;
6) Número de veículos da frota da instituição que é abastecido com gás
natural comprimido;
7) Número de veículos da frota da instituição que é abastecido com
hidrogênio;
8) Número de veículos da frota da instituição que é abastecido com
biocombustível de alta qualidade por mais de 4 meses do ano;
9) Número de veículos da frota da instituição que é abastecido com
biocombustível produzido localmente e de baixa qualidade por mais de
4 meses do ano;
10) Os números apresentados acima incluem veículos alugados?

OP - 16 Intermodalidade no transporte de estudantes


Quadro A-45: Características do crédito Intermodalidade no transporte de
estudantes
Os estudantes da instituição deslocam-se de e para o campus usando opções de
transporte mais sustentáveis, como caminhar, andar de bicicleta, viajar de ônibus
ou ir de carro, pegar transporte público, andar de moto ou scooters, andar de
ônibus no campus ou uma combinação dessas opções.
Os estudantes que moram no campus devem ser incluídos no cálculo com base em
como chegam e saem do campus suas aulas.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).
414

Indicadores:
1) Porcentagem total de estudantes (graduação e pós-graduação) que
utiliza as opções de deslocamento mais sustentáveis como principal
meio de transporte;
2) Porcentagem de alunos que usa cada um dos seguintes meios como
principal meio de transporte para ir e voltar do campus: comutar apenas
com o condutor no veículo (excluindo motocicletas e scooters);
3) A porcentagem de alunos que usa cada um dos seguintes modos
como principal meio de transporte para ir e voltar do campus: Ande,
ande de bicicleta ou use outros meios não motorizados;
4) Porcentagem de alunos que usa cada um dos seguintes modos como
principal meio de transporte para ir e voltar do campus: vanpool ou
carpool;
5) Porcentagem de alunos que usa cada um dos seguintes modos como
principal meio de transporte para ir e voltar do campus: Pegue um
ônibus do campus ou transporte público;
6) Porcentagem de alunos que usa cada um dos seguintes modos como
principal meio de transporte para ir e voltar do campus: Use uma
motocicleta, scooter ou ciclomotor.

OP - 17 Intermodalidade no transporte de empregados

Quadro A-46: Características do crédito Intermodalidade no transporte de


empregados
Os funcionários da instituição (corpo docente, funcionários e administradores)
podem ir e voltar do campus usando opções de transporte mais sustentáveis, como
caminhar, andar de bicicleta, ir de ônibus ou ir de carro, pegar transporte público,
andar de moto ou scooters, andar de ônibus no campus, trabalhar ou uma
combinação de essas opções.
Os funcionários que moram no campus devem ser incluídos no cálculo com base
em como chegam e saem de seu local de trabalho.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) Porcentagem total de funcionários que utiliza as opções de
deslocamento mais sustentáveis como principal meio de transporte;
2) Porcentagem de funcionários que usa cada um dos seguintes meios
como principal meio de transporte para ir e voltar do campus.
(Considerar apenas o condutor no veículo (excluindo motocicletas e
scooters);
415

3) A porcentagem de funcionários que usa cada um dos seguintes modos


como principal meio de transporte para ir e voltar do campus: a pé, de
bicicleta ou use outros meios não motorizados;
4) Porcentagem de funcionários que usa cada um dos seguintes modos
como principal meio de transporte para ir e voltar do campus: van;
5) Porcentagem de funcionários que usa cada um dos seguintes modos
como principal meio de transporte para ir e voltar do campus: ônibus.
6) Porcentagem de funcionários que usa cada um dos seguintes modos
como principal meio de transporte para ir e voltar do campus:
motocicleta.

OP - 18 Suporte para transporte sustentável

Quadro A-47: Características do crédito Suporte para transporte sustentável


A Instituição implementou uma ou mais das estratégias a seguir para incentivar
meios de transporte mais sustentáveis e reduzir o impacto do deslocamento de
estudantes e funcionários. A instituição:
Fornece armazenamento seguro de bicicletas (não incluindo espaço de escritório),
chuveiros e armários para os viajantes de bicicleta.
O armazenamento, chuveiros e armários são colocados em pelo menos um
prédio/local que é acessível a todos os passageiros. Fornece estacionamento para
bicicletas de curto prazo (por exemplo, racks) para todos os edifícios ocupados e
disponibiliza armazenamento de bicicleta de longo prazo para estudantes que
moram no local (se aplicável). O armazenamento de bicicletas a longo prazo pode
incluir depósitos/centros/estações de bicicletas, salas de bicicletas cobertas e/ou
gaiolas para bicicletas/áreas de estacionamento seguro para bicicletas. Os
bicicletários públicos padrão não são suficientes para armazenamento a longo
prazo.
Tem um plano ou política para ciclistas e pedestres (ou adere a um plano/política
comunitária local) que define padrões e práticas para as ruas do campus para
pe iti a esso segu o a todos os usuá ios po exe plo, u a políti a de uas
o pletas ou de a o odação de i i letas . Possui u p og a a de
compartilhamento de bicicletas ou participa de um programa local de
compartilhamento de bicicletas. Oferece passes de trânsito gratuitos ou com
preços reduzidos e/ou opera um serviço de transporte gratuito no campus para os
passageiros. Os passes de trânsito podem ser oferecidos pela própria instituição,
através do sistema universitário maior do qual a instituição faz parte, ou por meio
de um programa regional fornecido por uma agência governamental.
Oferece um programa de viagem de retorno garantido (GRT) para usuários
regulares de modos alternativos de transporte. Participa de um programa de
compartilhamento de carro/van ou passeio e/ou oferece taxas de estacionamento
reduzidas ou estacionamento preferencial para carros/vans. Participa de um
programa de compartilhamento de carros, como um programa comercial de
416

compartilhamento de carros, um administrado pela instituição ou um administrado


por uma organização regional. Possui uma ou mais estações de recarga de veículos
elétricos Nível 2 ou Nível 3 que são acessíveis para os passageiros de estudantes e
funcionários. Oferece um programa de teletrabalho para os funcionários, seja
como política ou como prática padrão.
Oferece uma opção de semana de trabalho condensado, para funcionários, seja
como política ou como prática padrão, que reduz o deslocamento dos funcionários.
Tem incentivos ou programas para incentivar os funcionários a morar perto do
campus. Outras estratégias para reduzir o impacto do deslocamento (por exemplo,
estacionamento preferencial para veículos com consumo eficiente de combustível,
retirada de programas de estacionamento).
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) A instituição oferece armazenamento seguro para bicicletas (não
inclui espaço para escritório), chuveiros e armários para pessoas que
viajam de bicicleta?
2) A instituição oferece estacionamento para bicicletas de curto prazo
para todos os edifícios ocupados e disponibiliza armazenamento para
bicicletas de longa duração para estudantes que moram no local (se
aplicável)?
3) A instituição tem um plano ou política para bicicletas e pedestres (ou
adere a um plano/política da comunidade local) que estabelece padrões e
práticas para as ruas do campus para permitir acesso seguro a todos os
usuários?
4) A instituição possui um programa de compartilhamento de bicicletas
ou participa de um programa local de compartilhamento de bicicletas?
5) A instituição oferece passes de trânsito gratuitos ou de preço reduzido
e/ou opera um serviço de transporte gratuito no campus para os
passageiros?
6) A instituição oferece um programa de ida e volta garantido aos
usuários regulares de meios alternativos de transporte?
7) A instituição participa de um programa de compartilhamento de
carro/van ou de passeio e/ou oferece taxas de estacionamento reduzidas
ou estacionamento preferencial para carros/vans?
8) A instituição participa de um programa de compartilhamento de
carros, como um programa comercial de compartilhamento de carros,
um administrado pela instituição ou um administrado por uma
organização regional?
9) A instituição possui uma ou mais estações de recarga de veículos
elétricos de Nível 2 ou Nível 3 que são acessíveis a passageiros e
estudantes?
417

10) A instituição oferece um programa de teletrabalho para funcionários


como uma questão de política ou como prática padrão?
11) A instituição oferece uma opção de semana de trabalho condensado
que reduz o deslocamento de funcionários (como uma questão de
política ou prática padrão).
12) A instituição tem incentivos ou programas para incentivar os
funcionários a morar perto do campus?
13) A instituição emprega outras estratégias para reduzir o impacto do
deslocamento (por exemplo, estacionamento preferencial para veículos
com baixo consumo de combustível e programas de retirada de
estacionamento).

OP - 19 Minimização e desvio de resíduos

Quadro A-48: Características do crédito Minimização e desvio de resíduos


Parte 1: A instituição implementou estratégias de redução de fontes para reduzir a
quantidade total de resíduos gerados (materiais desviados + materiais descartados)
por usuário ponderado do campus em comparação com uma linha de base.
Parte 2: A geração anual total de resíduos da instituição (materiais desviados e
descartados) é menor do que o limite mínimo de desempenho de 0,50 toneladas
(0,45 toneladas) por usuário ponderado do campus.
Parte 3: A instituição desvia materiais do aterro ou incinerador reciclando,
compostando, doando ou revendendo.
Para fins de pontuação, até 10% do total de resíduos gerados também podem ser
descartados por conversão residual pós-reciclagem. Para contar, a conversão
residual deve incluir uma instalação integrada de recuperação de materiais (MRF)
ou um sistema de classificação equivalente para recuperar materiais recicláveis e
compostáveis antes da conversão. Este crédito inclui serviços de refeições no
campus operados pela instituição ou pelo contratante principal da instituição.
Resíduos inclui todos os materiais que a instituição descarta, pretende descartar ou
é obrigado a descartar (ou seja, todos os materiais que são reciclados,
compostados, doados, revendidos ou descartados como lixo), exceto construção,
demolição, eletrônicos, perigosos, especiais (por exemplo, cinzas de carvão),
resíduos químicos universais e não regulamentados, que são cobertos pelos
créditos de Redução de Resíduos de Construção e Demolição e Gestão de Resíduos
Perigosos . Consistente com o Modelo de Redução de Resíduos da Agência de
Proteção Ambiental dos EUA (WARM), a reutilização de materiais no local é tratada
como uma forma de redução de fonte para fins de pontuação.
Todos os materiais que são reutilizados no campus são automaticamente
reconhecidos na pontuação da Parte 1 e Parte 2 deste crédito. Para evitar a dupla
contagem, a reutilização, portanto, também não contribui para a pontuação da
Parte 3 como desvio de resíduos.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).
418

Indicadores:
1) Dados necessários para determinar o total de resíduos gerados (e
desviados):
- Materiais reciclados (toneladas);
- Materiais para compostagem;
- Materiais doados ou revendidos;
- Materiais descartados por conversão residual pós-reciclagem;
- Materiais descartados em um aterro de resíduos sólidos ou incinerador;
- Total de resíduos gerados;
2) Datas de início e término do ano de desempenho e ano da linha de
base (ou períodos de três anos);
3) Figuras necessárias para determinar "Usuários do Campus
Ponderados" (ano de desempenho x ano de referência):
- Número de estudantes residentes no local, número de outras pessoas
que residem no local e/ou pessoal camas hospitalares, total de matrículas
de alunos equivalentes em tempo integral, equivalente a tempo integral
de empregados, equivalente a tempo integral de estudantes matriculados
exclusivamente em educação a distância, usuários do campus com peso;
4) Total de resíduos gerados por usuário do campus;
5) Redução percentual no total de resíduos gerados por usuário de
campus ponderado a partir da linha de base;
6) Porcentagem de materiais desviados do aterro ou incinerador por
reciclagem, compostagem, doação ou revenda, ano de desempenho;
7) Porcentagem de materiais desviados do aterro ou incinerador
(incluindo até 10% atribuíveis à conversão residual pós-reciclagem);
8) Nos dados sobre resíduos descritos acima, a instituição reciclou,
enviou para compostagem, doou e/ou revendeu os seguintes materiais?
(sim ou não).
- Papel, plásticos, vidro, metais e outros recipientes recicláveis, comida,
óleo de cozinha, materiais vegetais, artigos brancos (eletrodomésticos),
equipamento de laboratório, mobília, ferro velho, paletes, pneus, outro
(por favor especifique abaixo).
9) A instituição utiliza reciclagem de fluxo único (um único recipiente
para recicláveis misturados) para coletar recicláveis padrão (ou seja,
papel, plástico, vidro, metais) nas áreas comuns?
10) A instituição usa corrente dupla (dois recipientes separados para
recicláveis, por exemplo, um para papel e outro para plástico, vidro e
metais) para coletar recicláveis padrão (ou seja, papel, plástico, vidro,
metais) nas áreas comuns?
11) A instituição utiliza reciclagem de múltiplos fluxos (vários
recipientes que separam ainda mais os diferentes tipos de materiais) para
419

coletar recicláveis padrão (ou seja, papel, plástico, vidro, metais) nas
áreas comuns?
12) Taxa média de contaminação do programa de reciclagem da
instituição.

OP - 20 Desvio de resíduos e construção e demolição

Quadro A-49: Características do crédito Desvio de resíduos e construção e


demolição
Instituição envia resíduos de construção e demolição não perigosos do aterro e/ou
incinerador.
Os detritos orgânicos e do solo da escavação ou limpeza do local não contam para
este crédito.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) Materiais de construção e demolição reciclados, doados ou
recuperados durante o ano mais recente para o qual há dados disponíveis
nos três anos anteriores;
2) Materiais de construção e demolição aterrados ou incinerados durante
o ano mais recente para o qual há dados disponíveis nos três anos
anteriores;
3) Porcentagem de materiais de construção e demolição desviados do
aterro ou incinerador por meio de reciclagem, doação e/ou outras formas
de recuperação.

OP - 21 Gestão de resíduos perigosos

Quadro A-50: Características do crédito Gestão de resíduos perigosos


Parte 1: A instituição possui estratégias para descartar com segurança todos os
resíduos químicos perigosos, especiais (por exemplo, cinzas de carvão), universais e
não regulamentados, e procura minimizar a presença desses materiais no campus.
Parte 2: A Instituição possui um programa para reciclar, reutilizar e/ou reformar
resíduos eletrônicos gerados pela instituição e/ou seus alunos. Instituição assegura
que o resíduo electrónico é reciclado responsável por utilizar um reciclador
certificado sob o e-Regentes e/ou padrões responsáveis.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) A instituição dispõe de estratégias para descartar com segurança
todos os resíduos químicos perigosos, especiais (por exemplo, cinzas de
420

carvão), universais e não regulamentados e procurar minimizar a


presença desses materiais no campus?
2) A instituição possui ou participa de um programa para reciclar,
reutilizar e/ou reformar com responsabilidade os resíduos eletrônicos
gerados pela instituição?
3) A instituição possui ou participa de um programa para reciclar,
reutilizar e/ou reciclar com responsabilidade o lixo eletrônico gerado
pelos alunos?
4) O reciclador de lixo eletrônico da instituição é certificado sob os
padrões e-Stewards e/ou Reciclagem Responsável?
5) Resíduos eletrônicos reciclados ou desviados do aterro ou do
incinerador durante o ano mais recente para o qual há dados disponíveis
nos três anos anteriores.

OP - 22 Uso da água

Quadro A-51: Características do crédito Uso da água


Parte 1: A instituição reduziu seu uso de água potável por usuário ponderado do
campus em comparação com uma linha de base.
Parte 2: A instituição reduziu seu uso de água potável por metro quadrado
bruto/metro de área útil em comparação a uma linha de base.
Parte 3: A instituição reduziu seu uso total de água (potável + não potável) por
acre/hectare de terras com vegetação em comparação com uma linha de base.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) Nível de "quantidade de risco físico" para o campus principal da
instituição, conforme indicado pelo Atlas de Risco Hídrico do Aqueduto
do World Resources Institute. (alto, médio, baixo);
2) Uso total de água (potável e não potável) (galões/ano de desempenho
x ano referência);
3) Uso de água potável (galões/ano de desempenho x ano referência);
4) Uso de água potável por usuário do campus ponderado;
5) Redução percentual no uso de água potável por usuário do campus
ponderado a partir da linha de base;
6) Área bruta do espaço do edifício;
7) Uso de água potável por unidade de área útil (galões/m²);
8) Redução percentual no uso de água potável por unidade de área útil
da linha de base;
9) A instituição deseja obter a parte 3 deste crédito? (reduções no uso
total de água por área / área de terras com vegetação);
421

10) Área de terrenos com vegetação;


11) Uso total de água por unidade de solo com vegetação;
12) Redução percentual no uso total de água por unidade de solo com
vegetação a partir da linha de base.

OP - 23 Gestão de águas pluviais:

Quadro A-52: – Características do crédito Gestão de águas pluviais


A instituição usa infraestrutura verde e práticas de desenvolvimento de baixo
impacto para ajudar a mitigar os impactos do escoamento de águas pluviais e tratar
a água da chuva como um recurso, e não como um resíduo.
Políticas adotadas por entidades das quais a instituição faz parte (por exemplo,
governo estadual/provincial ou sistema universitário) podem contar para esse
crédito desde que as políticas se apliquem e sejam seguidas pela instituição.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) Qual das alternativas a seguir descreve melhor a abordagem da
instituição para o gerenciamento de águas pluviais? (políticas, planos ou
diretrizes menos abrangentes que incorporam infraestrutura verde).

PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO (PA):

COORDENAÇÃO E PLANEJAMENTO

PA - 01 Coordenação de sustentabilidade:

Quadro A-53: Características do crédito Coordenação de sustentabilidade


A instituição tem pelo menos um comitê de sustentabilidade, escritório e/ou oficial
encarregado pela administração ou órgão regulador para assessorar e implementar
políticas e programas relacionados à sustentabilidade no campus. O comitê,
escritório e/ou diretor enfoca a sustentabilidade de forma ampla (ou seja, não
apenas uma questão de sustentabilidade, como as mudanças climáticas) e abrange
toda a instituição.
Uma instituição que tem vários comitês, escritórios e/ou funcionários com
responsabilidade por subgrupos da instituição (por exemplo, escolas ou
departamentos) pode ganhar pontos para esse crédito se tiver um mecanismo para
ampla coordenação de sustentabilidade para todo o campus (por exemplo, um
comitê de coordenação ou o equivalente).
Um comitê, escritório e/ou oficial que se concentre em um aspecto da
sustentabilidade (por exemplo, um comitê de eficiência energética) ou tenha
jurisdição sobre apenas uma pa te da i stituição po exe plo, Fo ça Ta efa de
422

“uste ta ilidade de Assu tos A ad i os ão o ta pa a a po tuação a


ausência de coordenação em toda a instituição.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) A instituição possui pelo menos um comitê de sustentabilidade?
2) A instituição possui pelo menos um escritório de sustentabilidade que
inclui mais de 1 funcionário equivalente a tempo integral (FTE)?
3) Equivalente em tempo integral de pessoas empregadas no(s)
escritório(s) de sustentabilidade;
4) A instituição possui pelo menos um diretor de sustentabilidade?
5) A instituição possui um mecanismo para uma ampla coordenação de
sustentabilidade para toda a instituição (por exemplo, um comitê em
todo o campus ou um funcionário/escritório responsável por todo o
campus).

PA - 02 Planejamento de sustentabilidade:

Quadro A-54: Características do crédito Planejamento de sustentabilidade


A Instituição publicou um ou mais planos escritos que incluem objetivos
mensuráveis de sustentabilidade que abordam uma ou mais das seguintes áreas:
currículo, pesquisa, envolvimento no Campus, engajamento público, ar e clima,
edifícios, energia, alimentos e serviços de refeição, solo, compras, transporte,
desperdício, água, diversidade e acessibilidade, investimento e finanças, bem-estar
e trabalho, outros (por exemplo, artes e cultura ou tecnologia).
Os critérios podem ser atendidos por qualquer combinação de planos publicados,
por exemplo: plano estratégico ou documento de orientação equivalente, Plano
diretor do campus ou plano físico do campus, plano de sustentabilidade, plano de
ação climática, plano estratégico de recursos humanos, plano de diversidade.
Para instituições que fazem parte de um sistema maior, os planos desenvolvidos no
nível do sistema são elegíveis para esse crédito.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) A instituição possui um plano estratégico publicado ou um
documento de orientação equivalente que inclua a sustentabilidade em
um alto nível?
2) A instituição possui um plano de sustentabilidade publicado (além do
que foi relatado acima)?
3) A instituição possui um plano de sustentabilidade publicado (além do
que foi relatado acima)?
423

4) A instituição tem outros planos publicados que abordam a


sustentabilidade ou incluem objetivos de sustentabilidade mensuráveis
(por exemplo, plano diretor do campus, plano de campus físico, plano
de diversidade, plano de recursos humanos)?
5) Tomados em conjunto, os planos relatados acima incluem objetivos
mensuráveis de sustentabilidade que abordam o currículo?
6) Tomados em conjunto, os planos relatados acima incluem objetivos
mensuráveis de sustentabilidade que abordam a pesquisa?
7) Tomados em conjunto, os planos relatados acima inclui objetivos
mensuráveis de sustentabilidade que abordam o engajamento com o
campus?
8) Tomados em conjunto, os planos relatados acima inclui objetivos
mensuráveis de sustentabilidade que abordam o engajamento público?
9) Tomados em conjunto, os planos relatados acima incluem objetivos
mensuráveis de sustentabilidade que abordam a ar e clima?
10) Tomados em conjunto, os planos relatados acima incluem objetivos
de sustentabilidade mensuráveis que abordam os Edifícios?
11) Tomados em conjunto, os planos relatados acima incluem objetivos
mensuráveis de sustentabilidade que abordam a energia?
12) Tomados em conjunto, os planos relatados acima incluem objetivos
mensuráveis de sustentabilidade que abordam o alimentos e serviços de
refeição?
13) Tomados em conjunto, os planos relatados acima incluem objetivos
de sustentabilidade mensuráveis que abordam o fundamento?
14) Tomados em conjunto, os planos relatados acima incluem objetivos
de sustentabilidade mensuráveis que abordam as compras?
15) Tomados em conjunto, os planos relatados acima incluem objetivos
mensuráveis de sustentabilidade que abordam o transporte?
16) Tomados em conjunto, os planos relatados acima inclui objetivos de
sustentabilidade mensuráveis que abordam o lixo?
17) Tomados em conjunto, os planos relatados acima incluem objetivos
mensuráveis de sustentabilidade que abordam o tema água?
18) Tomados em conjunto, os planos relatados acima incluem objetivos
de sustentabilidade mensuráveis que abordam a diversidade e a
acessibilidade?
19) Tomados em conjunto, os planos relatados acima inclui objetivos
mensuráveis de sustentabilidade que abordam o investimento &
finanças?
20) Tomados em conjunto, os planos relatados acima incluem objetivos
de sustentabilidade mensuráveis que abordam o bem-estar e trabalho?
424

21) Juntos, os planos relatados acima incluem objetivos de


sustentabilidade mensuráveis que abordam outras áreas (por exemplo,
artes e cultura ou tecnologia)
22) A instituição tem uma declaração formal em apoio à
sustentabilidade endossada por seu corpo diretivo (por exemplo, uma
declaração de missão que inclui especificamente a sustentabilidade e é
endossada pelo Conselho de Curadores)?
23) A instituição é endossante ou signatária do seguinte?
- A Carta da Terra, A Iniciativa de Sustentabilidade do Ensino Superior
(HESI), Carta do Campus Sustentável do ISCN-GULF, Compromisso
de Carbono da Second Nature (anteriormente conhecido como
ACUPCC), Compromisso de Resiliência e/ou Compromisso de Clima
Integrado, A Declaração de Talloires (TD), Pacto Global da ONU,
Outros compromissos de sustentabilidade multidimensional (por favor
especifique abaixo).

PA - 03 Governança participativa:

Quadro A-55: Características do crédito Governança participativa


Parte 1: A instituição adotou uma estrutura para engajar stakeholders internos
(estudantes, funcionários, professores) em governança. A estrutura inclui:
Organismos representativos através dos quais os alunos, funcionários e/ou
professores podem participar em governança (por exemplo, conselho estudantil,
conselho de funcionários, senado docente); e/ou eleito estudante, funcionários
e/ou representantes do corpo docente no mais alto órgão de governança da
instituição. Para contar, os representantes devem ser eleitos pelos seus pares ou
indicados por um representante do estudante, funcionários ou corpo docente ou
organização.
Parte 2: A instituição adotou uma estrutura para engajar stakeholders externos (ou
seja, membros da comunidade local) na governança, estratégia e operações da
instituição. A estrutura inclui: Políticas e procedimentos escritos para identificar e
envolver os residentes locais no planejamento do uso da terra, projetos de
investimento de capital e outras decisões institucionais que afetam a comunidade
em geral (por exemplo, projetos de desenvolvimento que afetam os bairros
adjacentes).
Organismos formais de participação ou de governança compartilhada (por
exemplo, assentos no corpo diretivo da instituição e/ou um conselho, conselho ou
comitê formalmente reconhecido) por meio dos quais os membros da comunidade
que representam os interesses dos seguintes grupos de partes interessadas podem
participar regularmente da governança institucional: Governo local e/ou
organizações educacionais.
425

Organizações do setor privado; e/ou Sociedade civil (por exemplo, organizações


não governamentais e organizações sem fins lucrativos). Os órgãos e mecanismos
relatados para esse crédito podem ser gerenciados pela instituição (por exemplo,
conselhos formais, comitês e conselhos), por grupos de partes interessadas (por
exemplo, comitês e organizações independentes formalmente reconhecidos pela
instituição) ou conjuntamente (por exemplo, sindicatos/gerentes). estruturas).
Estruturas ou mecanismos adotados por entidades das quais a instituição faz parte
(por exemplo, governo ou sistema universitário) podem contar para esse crédito,
desde que se apliquem e sejam respeitados pela instituição.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) Os alunos da instituição têm um corpo representativo através do qual
possam participar da governança (por exemplo, um conselho
estudantil)?
2) Os alunos da instituição têm um representante eleito no mais alto
órgão governamental da instituição?
3) Os membros da equipe da instituição possuem um órgão
representativo por meio do qual podem participar da governança (por
exemplo, um conselho de funcionários).
4) Os membros da equipe não-supervisora da instituição possuem um
representante eleito no mais alto órgão governamental da instituição?
5) Os docentes de ensino e pesquisa da instituição têm um corpo
representativo através do qual eles podem participar da governança (por
exemplo, um corpo docente do senado)?
6) O corpo docente de pesquisa e ensino da instituição tem um
representante eleito no mais alto órgão de governança da instituição?
7) A instituição possui políticas e procedimentos escritos para identificar
e engajar partes interessadas externas (ou seja, residentes locais) no
planejamento do uso da terra, projetos de investimento de capital e
outras decisões institucionais que afetam a comunidade?
8) A instituição possui órgãos de governança participativos ou
compartilhados formais por meio dos quais os membros da comunidade
que representam os interesses dos seguintes grupos de partes
interessadas podem participar regularmente da governança institucional?
(sim ou não).
- Governo local e/ou organizações educacionais, Organizações do setor
privado, Sociedade civil (por exemplo, ONGs, associações sem fins
lucrativos).
426

DIVERSIDADE E ACESSIBILIDADE

PA - 04 Coordenação Diversidade e Equidade

Quadro A-56: Características do crédito Coordenação Diversidade e Equidade


Parte 1: A instituição possui um comitê de diversidade e patrimônio, escritório e/ou
oficial (ou equivalente) encarregado pela administração ou órgão regulador para
assessorar e implementar políticas, programas e treinamentos relacionados à
diversidade, igualdade, inclusão e direitos humanos no campus. O comitê, o
escritório e/ou o diretor podem se concentrar nos alunos e/ou funcionários.
Parte 2: A Instituição disponibiliza treinamentos e atividades de competência
cultural para alunos, funcionários e/ou professores. Os treinamentos e atividades
ajudam os participantes a construir a consciência, o conhecimento e as habilidades
necessárias para trabalhar efetivamente em situações transculturais. Treinamentos
e atividades que se concentram exclusivamente em consciência, conhecimento ou
habilidades não contam.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) A instituição possui um comitê de diversidade e patrimônio, um
escritório e/ou um oficial encarregado de assessorar e implementar
políticas, programas e treinamentos relacionados à diversidade,
equidade, inclusão e direitos humanos no campus?
2) O comitê, o escritório e/ou o diretor se concentram em alunos,
funcionários ou ambos?
3) Proporção estimada de alunos que participaram de treinamentos e
atividades de competência cultural (todos, mais, alguns ou nenhum).
4) Proporção estimada de pessoal (incluindo administradores) que
participou de treinamentos e atividades de competência cultural (Todos,
Mais, Alguns ou Nenhum).
5) Proporção estimada de docentes que participou de treinamentos e
atividades de competência cultural (Todos, Mais, Alguns ou Nenhum).

PA - 05 Avaliando Diversidade e Equidade

Quadro A-57: Características do crédito Avaliando Diversidade e Equidade


A instituição se envolveu em um processo de avaliação estruturado durante os três
anos anteriores para melhorar a diversidade, a equidade e a inclusão no campus. O
processo estruturado de avaliação de diversidade e equidade aborda:
1) O clima no campus, envolvendo as partes interessadas para avaliar as atitudes
percepções e comportamentos do corpo docente, funcionários, administradores e
estudantes, incluindo as experiências de grupos sub-representações.
427

2) Resultados dos alunos relacionados à diversidade, equidade e sucesso (por


exemplo, graduação/sucesso e taxas de retenção para grupos sub-representações).
3) Resultados dos funcionários relacionados à diversidade e à equidade (por
exemplo, taxas de remuneração e retenção para grupos sub-representações).
Os resultados da avaliação podem ser compartilhados com a comunidade do
campus e/ou disponibilizados publicamente.
Uma pesquisa de satisfação ou engajamento de funcionários não é suficiente para
atender ao clima do campus ou aos critérios de resultado do empregado descritos
acima, mas pode contribuir para a avaliação geral estruturada. As pesquisas de
satisfação e engajamento dos funcionários são reconhecidas no crédito Avaliando a
Satisfação do Funcionário.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) A instituição se envolveu em um processo de avaliação estruturado
durante os três anos anteriores para melhorar a diversidade, a equidade e
a inclusão no campus?
2) O processo de avaliação aborda o clima do campus ao envolver as
partes interessadas para avaliar as atitudes, percepções e
comportamentos do corpo docente, funcionários, administradores e
alunos, incluindo as experiências de grupos sub-representados?
3) O processo de avaliação aborda os resultados dos alunos relacionados
à diversidade, equidade e sucesso (por exemplo, graduação/sucesso e
taxas de retenção para grupos sub-representados);
4) O processo de avaliação aborda os resultados dos funcionários
relacionados à diversidade e à equidade (por exemplo, taxas de
remuneração e retenção para grupos sub-representados).
5) Os resultados da avaliação mais recente de diversidade e igualdade
estruturada foram compartilhados com a comunidade do campus?

PA - 06 Suporte para grupos sub-representados

Quadro A-58: Características do crédito Suporte para grupos sub-representados


A instituição possui uma ou mais das seguintes políticas, programas ou iniciativas
para apoiar grupos sub-representados e promover uma comunidade de campus
mais diversificada e inclusiva:
1) Uma declaração de não discriminação publicada publicamente.
2) Um protocolo ou comitê de resposta à discriminação (às vezes chamado de
equipe de resposta tendenciosa) para responder e apoiar aqueles que sofreram ou
testemunharam um incidente de preconceito, ato de discriminação ou crime de
ódio.
3) Programas projetados especificamente para recrutar estudantes, funcionários
428

e/ou professores de grupos sub-representados.


4) Mentoria, aconselhamento, apoio de colegas, apoio acadêmico ou outros
programas para apoiar estudantes, funcionários e/ou professores de grupos sub-
representados.
5) Programas que visam especificamente apoiar e preparar os alunos de grupos
sub-representados para carreiras como membros do corpo docente (às vezes
conhecidos como programas de oleoduto). Esses programas podem assumir
qualquer uma das seguintes formas: Ensinando bolsas de estudo ou outros
programas para apoiar estudantes de grau terminal de grupos sub-representados
em ganhar experiência de ensino. (Os estudantes do grau de terminal podem estar
matriculados em outra instituição).
Programas financeiros e/ou outros programas de apoio para preparar e incentivar
alunos de graduação ou outros não-terminais de grupos sub-representados a
buscar mais educação e carreiras como membros do corpo docente. Programas de
apoio financeiro e/ou outros para estudantes de doutorado e pós-doutorado de
grupos sub-representados.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) A instituição tem uma declaração de não discriminação divulgada
publicamente?
2) A instituição possui um protocolo ou comitê de resposta a
discriminação (às vezes chamado de equipe de resposta tendenciosa)
para responder e apoiar aqueles que sofreram ou testemunharam um
incidente de preconceito, ato de discriminação ou crime de ódio?
3) A instituição possui programas especificamente projetados para
recrutar estudantes de grupos sub-representados?
4) A instituição possui programas projetados especificamente para
recrutar pessoal de grupos sub-representados?
5) A instituição possui programas projetados especificamente para
recrutar professores de grupos sub-representados?
6) A instituição tem orientação, aconselhamento, apoio de colegas,
apoio acadêmico ou outros programas para apoiar estudantes de grupos
sub-representados no campus?
7) A instituição tem orientação, aconselhamento, apoio de colegas ou
outros programas para apoiar funcionários de grupos sub-representados
no campus?
8) A instituição tem orientação, aconselhamento, apoio de colegas ou
outros programas para apoiar o corpo docente de grupos sub-
representados no campus?
9) A instituição possui programas de treinamento e desenvolvimento,
bolsas de ensino e/ou outros programas que visam especificamente
429

apoiar e preparar estudantes de grupos sub-representados para carreiras


como membros do corpo docente?
10) A instituição produz um inventário publicamente acessível de
banheiros neutros em termos de gênero no campus?
11) A instituição oferece opções de moradia para acomodar as
necessidades especiais de estudantes transexuais e em transição?

PA - 07 Acessibilidade e acesso

Quadro A-59: Características do crédito Acessibilidade e acesso


Parte 1: A instituição possui políticas e programas em vigor para torná-la acessível e
acessível a estudantes de baixa renda e/ou para apoiar alunos não tradicionais. Tais
políticas e programas podem incluir, mas não estão limitados a o seguinte:
Políticas e programas para minimizar o custo de atendimento para estudantes de
baixa renda. Programas para equipar o corpo docente e a equipe da instituição
para melhor atender os alunos de baixa renda. Programas para orientar e preparar
estudantes e famílias de baixa renda para o ensino superior (por exemplo,
programas federais dos Estados Unidos.
Bolsas de estudo especificamente para estudantes de baixa renda. Alcance
direcionado para recrutar estudantes de baixa renda. Bolsas de estudo
especificamente para estudantes de meio período. Uma creche no local, uma
parceria com uma instalação local e/ou subsídios ou apoio financeiro para ajudar a
atender às necessidades de cuidados infantis dos alunos.
Parte 2: A instituição documenta sua acessibilidade e acessibilidade a estudantes
de baixa renda, conforme demonstrado por um ou mais dos seguintes indicadores:
o percentual de entrada de alunos com baixa renda (por exemplo, a porcentagem
de alunos que recebem fundos conforme informado no componente de auxílio
financeiro estudantil do país ou a porcentagem de alunos que recebem o subsídio
de estudante do Canadá para estudantes de famílias de baixa renda.
A taxa de graduação/sucesso para estudantes de baixa renda. Em média, a
porcentagem de necessidade foi satisfeita para os alunos que receberam alguma
ajuda baseada em necessidades. A porcentagem de alunos que se formam sem
dívida de empréstimos estudantis ou para os quais não é necessária nenhuma taxa
de ensino (ou seja, a porcentagem de graduados que não realizaram empréstimos
com juros).
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) A instituição possui políticas e programas para torná-la acessível e
acessível a estudantes de baixa renda?
2) A instituição possui políticas e programas para apoiar estudantes não
tradicionais?
430

3) A instituição deseja buscar a Parte 2 deste crédito (rastreamento de


acessibilidade e acessibilidade)? (Se os dados não estiverem disponíveis,
selecione “não”).
4) A porcentagem de entrada de alunos com baixa renda.
5) A taxa de graduação / sucesso para estudantes de baixa renda.
6) Em média, a porcentagem de necessidade que foi satisfeita para os
alunos que receberam alguma ajuda baseada em necessidade (por
exemplo, conforme relatado para a iniciativa US Common Data Set,
item H2)
7) A porcentagem de alunos que se formam sem nenhuma dívida de
empréstimo estudantil ou para os quais não são necessárias propinas (ou
seja, a porcentagem de graduados que não fizeram empréstimos com
juros).
8) Porcentagem estimada de alunos que participam ou se beneficiam
diretamente das políticas e programas da instituição para apoiar
estudantes de baixa renda e não tradicionais.

INVESTIMENTOS E FINANÇAS

PA - 08 Comitê de responsabilidade do investidor:

Quadro A-60: Características do crédito Comitê de responsabilidade do


investidor
A Instituição possui um comitê formalmente estabelecido e ativo de
responsabilidade dos investidores ou órgão equivalente que faz recomendações
para financiar tomadores de decisão sobre oportunidades de investimento social e
ambientalmente responsáveis em todas as classes de ativos, incluindo voto por
procuração (se a instituição se envolver em voto por procuração). O corpo tem
representação de múltiplos interessados, o que significa que seus membros
incluem professores, funcionários e/ou estudantes (e também podem incluir ex-
alunos, administradores e/ou outras partes).
As instituições para as quais os investimentos são administrados pelo sistema
universitário e/ou uma fundação separada da instituição devem informar sobre as
políticas e atividades de investimento dessas entidades. Um comitê geral que
supervisiona os investimentos da instituição não conta para esse crédito, a menos
que a responsabilidade social e ambiental seja uma parte explícita de sua missão
e/ou uma parte regular de sua agenda.
Esse crédito reconhece comitês que regularmente fazem recomendações para
financiar tomadores de decisão sobre os investimentos externos da instituição. Os
comitês que têm apenas a seu alcance fundos de empréstimos rotativos verdes ou
iniciativas similares para financiar melhorias de infraestrutura de campus e comitês
de sustentabilidade que ocasionalmente fazem recomendações para financiar
431

tomadores de decisão não contam. Fundos de investimento sustentáveis


gerenciados por estudantes, taxas verdes e fundos rotativos e iniciativas de micro
finanças sustentáveis são cobertos no crédito da Vida Estudantil com engajamento
com o campus.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) A instituição possui um comitê formalmente estabelecido e ativo de
responsabilidade dos investidores (CIR) que faz recomendações para
financiar tomadores de decisão sobre oportunidades de investimento
social e ambientalmente responsáveis em todas as classes de ativos?
2) O CIR inclui representação do pessoal?
3) O CIR inclui representação docente?
4) O CIR inclui representação estudantil?

PA - 09 Investimento sustentável:

Quadro A-61: Características do crédito Investimento sustentável


Existem duas abordagens possíveis para esse crédito; instituições podem exercer
um ou ambos. As instituições para as quais os investimentos são administrados
pelo sistema universitário, uma fundação separada da instituição e/ou uma
empresa de gestão contratada pela instituição devem informar sobre as atividades
combinadas dessas entidades.
Opção 1: Investimento Positivo em Sustentabilidade. Instituição investe em um ou
mais dos seguintes: Indústrias sustentáveis (por exemplo, energia renovável ou
silvicultura sustentável). Isso pode incluir qualquer investimento diretamente em
um setor industrial inteiro, bem como a participação de empresas cujo negócio seja
totalmente sustentável (por exemplo, um fabricante de turbinas eólicas).
Empresas selecionadas para um desempenho exemplar em sustentabilidade (por
exemplo, usando critérios especificados em uma política de investimento
sustentável). Isso inclui investimentos feitos, pelo menos em parte, devido ao
desempenho social ou ambiental de uma empresa. O estoque existente em uma
empresa que tenha práticas social ou ambientalmente responsáveis não deve ser
incluído, a menos que a decisão de investimento tenha se baseado, pelo menos em
parte, no desempenho de sustentabilidade da empresa. Fundos de investimento
em sustentabilidade (por exemplo, um fundo de investimento em energia
renovável ou impacto).
Isso pode incluir qualquer fundo com a missão de investir em um setor ou indústria
sustentável (ou múltiplos setores), assim como qualquer fundo que esteja focado
na compra de títulos com metas sustentáveis. Instituições financeiras de
desenvolvimento comunitário ou equivalente, fundos mútuos socialmente
responsáveis com telas positivas (ou o equivalente). O investimento num fundo
socialmente responsável com apenas telas negativas (isto é, um que exclua
432

infratores flagrantes ou certas indústrias, como o fabrico de tabaco ou armas) não


conta para a Opção 1. Fundos de empréstimos rotativos verdes que são financiados
a partir da dotação.
Opção 2: envolvimento do investidor. Instituição possui políticas e/ou práticas que
atendem a um ou mais dos seguintes critérios: Tem uma política de investimento
sustentável publicamente disponível (por exemplo, para considerar os impactos
sociais e/ou ambientais das decisões de investimento, além de considerações
financeiras).
Usa sua política de investimento sustentável para selecionar e orientar gerentes de
investimento. Tem se envolvido em votação por procuração para promover a
sustentabilidade, seja pelo seu CIR ou outro comitê ou por meio do uso de
diretrizes, durante os três anos anteriores. Arquivou uma ou mais resoluções de
acionistas que abordam a sustentabilidade ou submeteu uma ou mais cartas sobre
responsabilidade social ou ambiental a uma empresa na qual detém investimentos,
durante os três anos anteriores.
Tem uma política de investimento publicamente disponível com telas negativas,
por exemplo, para proibir o investimento numa indústria (por exemplo, produção
de tabaco ou armas) ou participar num esforço de desinvestimento (por exemplo,
visando a produção de combustíveis fósseis ou violações dos direitos humanos).
Envolve-se na defesa de políticas participando de redes de investidores (por
exemplo, princípios para investimento Responsável, Rede de Investidores sobre
Riscos Climáticos, Centro Inter-religioso de Responsabilidade Corporativa) e/ou
participa de colaborações Inter organizacionais para compartilhar as melhores
práticas.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).
Indicadores:
1) A instituição deseja exercer a Opção 1 (investimento de
sustentabilidade positivo)?
2) Valor total de cesta de investimentos (dólares);
3) Valor das participações em cada uma das seguintes categorias:
- Valor das participações em Indústrias sustentáveis (por exemplo,
energia renovável ou silvicultura sustentável);
- Valor das participações em Empresas selecionadas para um
desempenho exemplar em sustentabilidade (por exemplo, usando
critérios especificados em uma política de investimento sustentável);
- Valor das participações em Fundos de investimento em
sustentabilidade (por exemplo, um fundo de investimento em energia
renovável ou impacto);
- Valor das participações em Instituições Financeiras de
Desenvolvimento Comunitário ou equivalente;
- Valor das participações em Fundos mútuos socialmente responsáveis
com telas positivas (ou o equivalente);
433

- Valor das participações em Fundos de empréstimos rotativos verdes


que são financiados a partir da dotação;
4) Porcentagem do pool de investimentos da instituição em
investimentos positivos em sustentabilidade:
5) A instituição deseja exercer a opção 2 (envolvimento do investidor)?
6) A instituição possui uma política de investimento sustentável
publicamente disponível?
7) A instituição utiliza sua política de investimento sustentável para
selecionar e orientar os gestores de investimentos?
8) A instituição se envolveu em votação por procuração, seja por seu
CIR ou outro comitê ou através do uso de diretrizes, para promover a
sustentabilidade durante os três anos anteriores?
9) A instituição apresentou ou registrou uma ou mais resoluções de
acionistas que abordam a sustentabilidade ou submeteu uma ou mais
cartas sobre responsabilidade social ou ambiental a uma empresa na
qual detém investimentos durante os três anos anteriores;
10) A instituição possui uma política de investimentos publicamente
disponível com telas negativas?
11) Porcentagem aproximada da dotação que as telas negativas aplicam;
12) A instituição se engaja na defesa de políticas participando de redes
de investidores e/ou participando de colaborações Inter organizacionais
para compartilhar as melhores práticas?

PA - 10 Divulgação de investimento

Quadro A-62: Características do crédito Divulgação de investimento


Instituição faz um instantâneo de suas propriedades de investimento disponíveis ao
público, incluindo o valor investido em cada fundo e/ou empresa e registros de
voto por procuração. O instantâneo das explorações é atualizado pelo menos uma
vez por ano.
As instituições para as quais os investimentos são administrados pelo sistema
universitário, uma fundação separada da instituição e/ou uma empresa de gestão
contratada pela instituição devem informar sobre as atividades combinadas dessas
entidades.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) A instituição faz um instantâneo dos seus investimentos disponíveis
ao público?
2) Porcentagem da cesta de investimentos total incluído no instantâneo
de investimentos em cada um dos seguintes níveis de detalhe:
434

- Porcentagem da cesta de investimentos total incluído no instantâneo de


investimentos em cada um dos seguintes níveis de detalhe: fundos
específicos e/ou empresas (%).
- Porcentagem da cesta de investimentos total incluído no instantâneo de
investimentos em cada um dos seguintes níveis de detalhe: Gestores de
investimento e/ou composição básica da carteira (ou seja, classes de
ativos), mas não fundos específicos ou empresas;
3) A instituição se envolve em votação por procuração?
4) Os registros de votação por procuração estão incluídos no instantâneo
de investimentos?

BEM-ESTAR E TRABALHO

PA - 11 Compensação de empregado
Quadro A-63: Características do crédito Compensação de empregado
Parte 1: Mais de 75% dos funcionários da instituição recebem um salário vital
(benefícios excluídos). Inclua todos os funcionários regulares em período integral,
regulares em período parcial e temporários (ou não regulares) (funcionários e corpo
docente).
Parte 2: A Instituição pode verificar que mais de 75% dos funcionários de empresas
contratadas que trabalham no local como parte de operações regulares e contínuas
no campus recebem um salário mínimo (benefícios excluídos). A Parte 2 aplica-se
somente a instituições que tenham um ou mais contratados significativos no local,
que podem incluir (mas não estão limitados a) provedores regulares de serviços de
refeições buffet, limpeza/zeladoria, manutenção, jardinagem, transporte e varejo
(por exemplo lojas de livros e suprimentos).
Parte 3: A remuneração total fornecida ao empregado regular ou de salário mais
baixo remunerado (ou seja, permanente) da instituição atende ou excede o salário
mínimo local.
Inclua trabalhadores a tempo parcial e a tempo inteiro regulares. Recém-
contratados, os funcionários iniciantes podem ser excluídos da Parte 3 durante os
primeiros seis meses de trabalho. As instituições podem optar por incluir ou omitir
trabalhadores estudantes. Para determinar o salário de vida local: As instituições dos
EUA devem usar a calculadora de salário vivo, oferecida pelo Instituto de Tecnologia
de Massachusetts, para p o u a o salá io í i o pa a T a alhado es, C ia ças
para a comunidade na qual o campus principal está localizado. As instituições
canadenses devem usar os padrões do Living Wage Canada (se um salário mínimo foi
calculado para a comunidade onde o campus principal está localizado) ou o serviço
de baixa renda para uma família de quatro pessoas, como um salário por hora),
Instituições localizadas fora dos EUA e Canadá devem usar equivalentes locais dos
padrões acima, se disponíveis, ou então o indicador de pobreza local para uma
família de quatro pessoas (expressa como salário por hora).
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).
435

Indicadores:
1) O salário mínimo local (baseado em uma família de quatro pessoas e
expresso como salário por hora);
2) Percentagem de todos os empregados (trabalhadores regulares a
tempo inteiro, a tempo parcial e temporários) que recebem um salário
digno (benefícios excluídos);
3) A instituição possui funcionários contratados que trabalham no local
como parte das operações regulares e contínuas do campus?
4) Percentagem de empregados de empresas contratadas que trabalham
no local como parte de operações regulares e contínuas no campus que a
instituição verificou como recebendo um salário mínimo (benefícios
excluídos);
5) A remuneração total fornecida ao empregado regular ou de salário
mais baixo remunerado da instituição que atende ou excede a
porcentagem do salário mínimo;
6) A instituição assumiu um compromisso formal de pagar um salário
digno?
7) A instituição assumiu um compromisso formal de proporcionar um
salário digno aos seus funcionários estudantis e/ou auxiliares de
ensino/pesquisa de pós-graduação (por exemplo, adotando uma
declaração de direitos do aluno).

PA - 12 Avaliando Satisfação dos empregados:

Quadro A-64: Características do crédito Avaliando Satisfação dos empregados


A instituição realiza uma pesquisa ou outra avaliação que permite comentários
anônimos para medir a satisfação e o engajamento dos funcionários. A pesquisa ou
equivalente pode ser conduzida em toda a instituição ou pode ser feita por
departamentos ou divisões individuais.
A avaliação aborda (mas não está limitada a) as seguintes áreas: Satisfação no
trabalho. Oportunidades de aprendizagem e avanço. Cultura de trabalho e
equilíbrio entre trabalho e vida. A instituição possui um mecanismo para tratar de
questões levantadas pela avaliação.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) A instituição realizou uma pesquisa ou outra avaliação que permite
feedback anônimo para medir a satisfação e o envolvimento do
funcionário durante os três anos anteriores?
2) Percentual de empregados (funcionários e corpo docente) avaliados
por uma pesquisa ou outra avaliação que permite feedback anônimo
436

para medir a satisfação e o envolvimento do funcionário durante os três


anos anteriores, diretamente ou por amostra representativa (%).

PA - 13 Programa de Bem-Estar

Quadro A-65: Características do crédito Programa de Bem-Estar


A Instituição possui um programa de assistência de bem-estar e/ou de funcionários
que disponibiliza serviços de aconselhamento, encaminhamento e bem-estar para
todos os alunos, funcionários e/ou membros do corpo docente.
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).

Indicadores:
1) A instituição possui um programa de bem-estar que disponibiliza
serviços de aconselhamento, encaminhamento e bem-estar para todos os
alunos?
2) A instituição possui um programa de assistência de bem-estar e/ou de
funcionários que disponibiliza serviços de aconselhamento,
encaminhamento e bem-estar para todos os funcionários?
3) A instituição possui um programa de assistência de bem-estar e/ou de
funcionários que disponibiliza serviços de aconselhamento,
encaminhamento e bem-estar para todos os docentes?

PA - 14 Saúde e segurança no trabalho

Quadro A-66: Características do crédito Saúde e segurança no trabalho


Parte 1: A instituição reduziu o número total de casos de acidentes de trabalho
graváveis e de casos de doenças ocupacionais por empregado equivalente a tempo
integral (ETI) em comparação com uma linha de base.
Parte 2: A Instituição tem menos de 6 acidentes de trabalho graváveis e casos de
doenças ocupacionais por ano, por 100 funcionários equivalentes em tempo
integral (ETI).
Este crédito inclui empregados de empreiteiros trabalhando no local pelos quais a
instituição é responsável pela segurança do local de trabalho, por exemplo,
trabalhadores para os quais a instituição é obrigada a relatar lesões e casos de
doença por uma autoridade de saúde e segurança, como a Administração de
Segurança e Saúde Ocupacional dos EUA ou o Centro Canadense de Saúde e
Segurança Ocupacional.
Lesões e casos de doença incluem lesões fatais e não fatais que podem ser
registradas decorrentes ou durante o trabalho e casos de doenças decorrentes de
uma lesão relacionada ao trabalho ou da situação ou atividade de trabalho (por
exemplo, exposição a substâncias químicas nocivas, estresse, problemas
ergonômicos).
Fonte: Elaborado pela autora com base em STARS (2018).
437

Indicadores:
1) Por favor insira os dados na tabela abaixo:
- Número de acidentes de trabalho graváveis e casos de doenças
ocupacionais;
- Equivalente a tempo integral de empregados;
- Número de lesões e casos por funcionário FTE;
- Redução percentual de casos de acidentes de trabalho e doenças
profissionais por funcionário FTE desde o início;
- Número de acidentes de trabalho e casos de doenças ocupacionais por
100 funcionários FTE, ano de desempenho;
2) Redução percentual de casos de acidentes de trabalho e doenças
profissionais por funcionário FTE desde o início;
3) Número de acidentes de trabalho e casos de doenças ocupacionais por
100 funcionários FTE, ano de desempenho.

INOVAÇÃO & LIDERANÇA (IL):

PRÁTICA EXEMPLAR: esse crédito reconhece instituições


com iniciativas específicas que demonstrem liderança em
sustentabilidade.

IL - 01 Designação do Curso de Sustentabilidade: instituição designa


formalmente cursos de sustentabilidade em seu catálogo de cursos
padrão ou listagens.
Indicador: não se aplica.

IL - 02 Consórcio de Educação Sustentável: a instituição participou


como parte do Consórcio de Educação para a Sustentabilidade ao
administrar a Pesquisa Nacional de Engajamento Estudantil nos três
anos anteriores.
Indicador: não se aplica.

IL - 03 Conexões Academia-Indústria: a instituição publicou políticas


ou diretrizes que regem pesquisas patrocinadas pela indústria que
preservam a liberdade acadêmica, a autonomia e a integridade e
gerenciam potenciais conflitos de interesse. As políticas ou diretrizes:
Exigir que todos os contratos de consultoria significativos (por exemplo,
aqueles no valor de US $ 5.000 ou mais por ano) sejam reportados a um
comitê permanente encarregado de revisar e gerenciar conflitos de
interesses individuais e institucionais; proibir professores, estudantes,
bolsistas de pós-doutorado, médicos residentes e outros profissionais
438

acadêmicos de participarem de “ghostwriting” ou “autoria fantasma”


liderados pela indústria;
Proibir a participação em pesquisas patrocinadas que restrinjam
o acesso do pesquisador aos dados completos do estudo ou que limitem
a capacidade dos pesquisadores de verificar a exatidão e a validade dos
resultados finais informados; e Proibir pesquisas corporativas
confidenciais (ou seja, pesquisas que não podem ser publicadas). Para
obter mais informações, consulte Princípios recomendados para orientar
os relacionamentos entre a academia e o setor industrial.
Indicador: 1) A instituição publicou políticas ou diretrizes que regem
pesquisas patrocinadas pela indústria que atendem plenamente a todos
os critérios de crédito?

IL - 04 Atletismo verde: a instituição possui um programa ativo de


atletismo verde, através do qual envolve a comunidade em torno de
questões de sustentabilidade. O programa inclui pelo menos quatro dos
seguintes: zero eventos esportivos de resíduos e/ou carbono neutro. Um
estádio certificado sob um sistema de classificação de edifício verde.
Um programa sustentável de compra de alimentos e bebidas que inclui
fornecedores e concessões de eventos esportivos. Um programa para
minimizar o uso de água potável e produtos químicos na manutenção de
gramados e na manutenção da terra.
Um programa para apoiar opções de transporte mais
sustentáveis para eventos esportivos. Esforços de envolvimento da
comunidade, por exemplo, para educar alunos e fãs/apoiadores sobre as
iniciativas de sustentabilidade da instituição. Um programa de
certificação de equipe esportiva.
Indicadores: não se aplica.

IL - 05 Certificação de evento verde: a instituição possui ou participa


de um programa de certificação de eventos ecológicos e realizou um ou
mais eventos certificados no ano anterior. O programa de certificação
aborda pelo menos quatro dos seguintes:
Opções de transporte sustentáveis, opções de teleconferência e/ou
compensações de carbono
Restauração sustentável (por exemplo, fornecimento de alimentos e
bebidas certificadas locais e de terceiros, fornecendo opções
vegetarianas/veganas, usando materiais reutilizáveis/compostáveis).
Consumo de papel (por exemplo, minimização e conteúdo
reciclado/certificado pelo FSC). Eficiência energética (por exemplo,
439

equipamento e iluminação). Minimização e desvio de resíduos.


Comunicações e/ou sinalização sobre as práticas sustentáveis.
Indicadores: não se aplica.

IL - 06 Rede hospitalar: a instituição possui um centro de saúde


afiliado dentro de seu limite institucional STARS que é membro de:
Rede Global de Hospitais Verdes e Saudáveis e/ou Iniciativa de
Hospitais mais Saudáveis.
Este crédito inclui instalações de cuidados intensivos, hospitais
e sistemas de saúde que são formalmente afiliados a uma instituição de
ensino superior (às vezes chamada de “hospitais universitários”). Outros
tipos de prestadores de cuidados de saúde (por exemplo, clínicas e
seguradoras através dos quais uma instituição obtém cuidados de saúde
para os seus empregados) não estão incluídos.
Indicadores: não se aplica.

IL - 07 Comércio justo no campus: a instituição é atualmente


designada como Faculdade de Comércio Justo ou Universidade por Fair
Trade Campaigns USA ou Fairtrade International/FLO e seus membros
(por exemplo, Fairtrade Canada).
Indicadores: não se aplica.

IL - 08 Limpeza verde certificada: a instituição e/ou seu prestador de


serviços de limpeza primária usa um programa de limpeza verde que é
certificado sob um dos seguintes procedimentos: Norma Ambiental da
Green Seal para Serviços de Limpeza Comercial.
Padrão de Gerenciamento da Indústria de Limpeza para Edifícios Verdes
da Associação Internacional de Abastecimento Sanitário. Um programa
de certificação de terceiros, equivalente aprovado pela AASHE (e-mail
stars@aashe.org para obter informações sobre a equivalência de
programas).
Indicador: não se aplica.

IL - 09 Laboratórios verdes: a instituição possui ou participa de um


programa de benchmarking ou certificação de laboratório verde que
abrange pelo menos três dos seguintes:
Conservação de energia e eficiência, por exemplo, capela de exaustão
("fechar o caixilho") e programas de manutenção de freezer.
Conservação e eficiência da água. Uso e eliminação de produtos
químicos. Gerenciamento de materiais, por exemplo, diretrizes de
440

compras ecológicas e programas de reciclagem e reutilização.


Treinamento para usuários de laboratório sobre práticas sustentáveis.
Indicadores:
1) O programa de laboratório ecológico da instituição aborda o seguinte:
- Conservação de energia e eficiência, por exemplo, capela de exaustão
("fechar o caixilho") e programas de manutenção de freezer,
Conservação e eficiência da água, Uso e eliminação de produtos
químicos, Gerenciamento de materiais, por exemplo, diretrizes de
compras ecológicas e programas de reciclagem e reutilização,
Treinamento para usuários de laboratório sobre práticas sustentáveis.

IL - 10 Certificado de alimentação sustentável: a instituição e/ou seu


principal prestador de serviços de refeições tem pelo menos um
refeitório no local ou uma tomada de serviço de alimentação certificada
por:
A Rede de Recuperação de Alimentos. A associação verde do restaurante
(GRA) (duas estrelas ou mais alta). Selo Verde (Padrão GS-55 para
Restaurantes e Serviços de Alimentação)
Líderes para serviço de refeição ambientalmente responsável, um
programa equivalente aprovado pela AASHE (email stars@aashe.org
para obter informações sobre equivalência de programas).
Indicadores:
1) Há pelo menos um refeitório no campus ou um serviço de
alimentação certificado pelas seguintes organizações? (pelo menos uma
resposta positiva é necessária)
- A Rede de Recuperação de Alimentos, A associação do restaurante
verde (duas estrelas ou mais alta), Selo Verde para restaurantes e
serviços de alimentação, líderes para serviço de refeição ambientalmente
responsável, um programa equivalente aprovado pela AASHE.

IL - 11 Certificação de terras: a instituição possui e/ou gerencia terras


que atualmente são certificadas sob um ou mais dos seguintes
programas: Programa do Santuário Cooperativo. Padrão de Manejo
Florestal do Forest Stewardship Council (FSC). Programa de Habitat de
Vida Selvagem Certificado da National Wildlife Federation. Uma
Norma Orgânica ou Sistema de Garantia Participativa (PGS) endossado
pela IFOAM. SalmonSafe. Iniciativa de Locais Sustentáveis (SITES).
Tree Campus USA (Fundação do Dia da Árvore). Um programa
equivalente aprovado pela AASHE (e-mail stars@aashe.org para obter
informações sobre equivalência de programas).
Indicadores: não se aplica.
441

IL - 12 Certificação de Manejo de Pragas: o programa de gestão


integrada de pragas (IPM) e/ou empreiteiro está atualmente certificado
em um ou mais dos seguintes programas: EcoWise, GreenPro, Escudo
verde.
Indicadores: não se aplica.

IL - 13 Análise de gastos: a instituição realizou uma análise abrangente


de gastos para avaliar os impactos de sustentabilidade de suas compras
em todas as categorias significativas de commodities e identificar e
priorizar as oportunidades de melhoria. Os exemplos incluem a análise
da pegada de carbono da cadeia de suprimentos e metodologias
relacionadas que abordam o desempenho ambiental, social e econômico
dos produtos e fornecedores da instituição.
Indicadores: não se aplica.

IL - 14 Universidade amiga da bicicleta: instituição é atualmente


reconhecida por um dos seguintes: Liga dos Ciclistas Americanos como
uma Universidade de Amigável de Bicicleta (Nível de Prata ou superior)
Mouvement Velosympathique (Quebec) a nível Argent ou superior.
Indicadores: não se aplica.

IL - 15 Modelagem de águas pluviais: a instituição usa modelagem de


águas pluviais para avaliar o impacto das práticas de LID e da
infraestrutura verde no campus. Para calcular o impacto da
infraestrutura verde, as instituições devem referenciar as definições e
metodologias definida pelos Estados Unidos em seu Guia Técnico sobre
a Implementação dos Requisitos de Escoamento de Água Subterrânea
para Projetos Federais da Lei de Independência e Segurança Energética
ou equivalentes locais.
Indicadores: não se aplica.

IL - 16 Balanço hídrico no campus: a instituição calculou um balanço


hídrico natural para o campus avaliar a sustentabilidade de suas retiradas
de água (por exemplo, uso da água da instituição em comparação com
um orçamento de água baseado na precipitação, evapotranspiração
potencial e área do campus/bacia hidrográfica). Para orientação no
cálculo de um equilíbrio natural de água, consulte a Gestão da Água e
Saneamento Sustentável e a ferramenta de Avaliação da Água e
Planejamento.
Indicadores: não se aplica.
442

IL - 17 Sistemas naturais de águas residuais: a Instituição usa


sistemas de águas residuais naturais para tratar e gerenciar pelo menos
10% de suas águas residuais por meio de infiltração e/ou reutilização no
local. Estratégias apropriadas incluem zonas úmidas de tratamento
construídas, Máquinas Vivas e outras tecnologias que tratam águas
residuais, imitando os processos biológicos, químicos e físicos que
ocorrem em áreas úmidas naturais.
Indicadores: não se aplica.
IL - 18 Revisão de pré submissão: a instituição teve uma versão
finalizada de sua atual submissão STARS revisada usando o Modelo de
Revisão STARS e corrigiu quaisquer inconsistências identificadas pelo
revisor (es) antes da submissão. As instituições podem optar por uma
das duas abordagens: Revisão independente. Revisões independentes
são conduzidas por indivíduos que são afiliados a outras organizações
(por exemplo, uma instituição parceira, terceirizada ou AASHE).
Revisão interna. As revisões internas são conduzidas por
funcionários e/ou alunos afiliados à organização para a qual um relatório
está sendo enviado e não estão diretamente envolvidos no processo de
coleta de dados para os créditos que eles analisam. No mínimo, dois
contatos institucionais devem estar envolvidos em um processo de
revisão interna: um revisor independente e outro indivíduo (que pode ou
não estar diretamente envolvido na coleta de dados) para abordar os
resultados da revisão.
Indicadores: não se aplica.

IL - 19 Envolvimento de stakeholders da comunidade: a Instituição


adotou formalmente uma estrutura de participação das partes
interessadas da comunidade em conformidade com o Padrão AA1000 de
Envolvimento das Partes Interessadas. A estrutura detalha como a
instituição envolve as partes interessadas externas (ou seja, membros da
comunidade local) na governança, estratégia e operações da instituição.
Indicadores: não se aplica.

IL - 20 Patrimônio salarial: a instituição possui uma relação de escala


máxima de compensação de 1:15, em que 1 representa a remuneração
do empregado a tempo inteiro com salários mais baixos e 15 representa
a remuneração do administrador superior mais bem pago (por exemplo,
presidente ou reitor).
Indicadores: não se aplica.
443

IL - 21 Compensação de professores adjuntos: a instituição oferece


uma remuneração média de US $ 6.000 (EUA/Canadá) ou mais por
curso para seus membros adjuntos do corpo docente.
Indicadores: não se aplica.

IL - 22 Índice de orgulho do campus: a instituição é avaliada em


quatro estrelas ou mais pelo Índice de Orgulho Campus ou por um
programa equivalente aprovado pela AASHE (email stars@aashe.org
para obter informações sobre a equivalência do programa).
Indicadores: não se aplica.

IL - 23 Servindo grupos sub-representados: a instituição é


formalmente designada como instituição minoritária, instituição
historicamente desfavorecida, instituição indígena ou equivalente.
Programas de admissão/recrutamento de diversidade e compromissos
amplos de diversidade ou justiça social (por exemplo, em uma
declaração de missão) não são suficientes para obter esse crédito.
Indicadores: não se aplica.

INOVAÇÃO: créditos de inovação são abertos e reservados


para novo, extraordinário, único, inovador, ou resultados incomuns,
políticas e práticas que abordam os desafios da sustentabilidade e não
são cobertos por uma opção prática exemplar de crédito ou existente.

IL - 24 Inovação A: créditos de inovação são abertos e reservados para


resultados, políticas e práticas novos, extraordinários, únicos,
inovadores ou incomuns, que abordam desafios de sustentabilidade e
não são cobertos por uma opção de crédito ou prática exemplar
existente.
1) Em geral, os créditos de inovação devem ter impactos
similares ou estar na mesma escala que outros créditos STARS.
2) Resultados, políticas e práticas inovadoras para o tipo de
instituição ou região da instituição são elegíveis para créditos de
inovação.
3) A prática, política, programa ou resultado inovador deve estar
em andamento ou ter ocorrido nos três anos anteriores à data prevista
para a apresentação.
4) A prática ou programa inovador deve ser algo que a
instituição já implementou; atividades planejadas não contam.
5) A prática ou programa inovador deve se originar de uma área
dentro do limite institucional definido.
444

6) Práticas, políticas e programas que antes eram considerados


inovadores, mas agora são amplamente adotados (por exemplo, sendo a
primeira instituição a promulgar uma política há 20 anos que é comum
agora) não podem ser reivindicados como créditos de inovação.
7) Várias atividades ou práticas cuja soma é inovadora podem
ser consideradas para um crédito de inovação, desde que essas
atividades ou práticas estejam relacionadas. Listar uma série de
realizações ou eventos não relacionados sob um único crédito de
inovação não é aceito.
8) Embora as práticas que levaram a receber um prêmio possam
ser apropriadas para um crédito de inovação, ganhar prêmios e/ou altos
rankings de sustentabilidade em outras avaliações não é, por si só,
motivo para um crédito de inovação. Quando a inovação faz parte de
uma parceria, o resumo fornecido deve descrever claramente o papel da
instituição na inovação.
Uma instituição só pode reivindicar uma atividade específica
como crédito de inovação uma vez. Ao reenviar para uma classificação
STARS, um crédito de inovação que a instituição enviou anteriormente
não pode ser reenviado. No entanto, uma instituição que tenha feito
avanços significativos em um projeto ou programa que foi previamente
apresentado como uma inovação pode reapresentar com base nesses
avanços se o projeto ou programa ainda for considerado inovador.
Para ajudar a verificar se a política, a prática, o programa ou o
resultado que a instituição está reivindicando para um crédito de
inovação é realmente inovador, a instituição pode enviar uma carta de
afirmação de um especialista relevante na área de conteúdo associada ou
um comunicado à imprensa ou publicação apresentando a inovação.
Indicadores: não se aplica.

IL - 25 Inovação B: créditos de inovação são abertos e reservados para


resultados, políticas e práticas novos, extraordinários, únicos,
inovadores ou incomuns, que abordam desafios de sustentabilidade e
não são cobertos por uma opção de crédito ou prática exemplar
existente.
1) Em geral, os créditos de inovação devem ter impactos
similares ou estar na mesma escala que outros créditos STARS.
2) Resultados, políticas e práticas inovadoras para o tipo de
instituição ou região da instituição são elegíveis para créditos de
inovação.
445

3) A prática, política, programa ou resultado inovador deve estar


em andamento ou ter ocorrido nos três anos anteriores à data prevista
para a apresentação.
4) A prática ou programa inovador deve ser algo que a
instituição já implementou; atividades planejadas não contam.
5) A prática ou programa inovador deve se originar de uma área
dentro do limite institucional definido.
6) Práticas, políticas e programas que antes eram considerados
inovadores, mas agora são amplamente adotados (por exemplo, sendo a
primeira instituição a promulgar uma política há 20 anos que é comum
agora) não podem ser reivindicados como créditos de inovação.
7) Várias atividades ou práticas cuja soma é inovadora podem
ser consideradas para um crédito de inovação, desde que essas
atividades ou práticas estejam relacionadas. Listar uma série de
realizações ou eventos não relacionados sob um único crédito de
inovação não é aceito.
8) Embora as práticas que levaram a receber um prêmio possam
ser apropriadas para um crédito de inovação, ganhar prêmios e/ou altos
rankings de sustentabilidade em outras avaliações não é, por si só,
motivo para um crédito de inovação. Quando a inovação faz parte de
uma parceria, o resumo fornecido deve descrever claramente o papel da
instituição na inovação.
Uma instituição só pode reivindicar uma atividade específica
como crédito de inovação uma vez. Ao reenviar para uma classificação
STARS, um crédito de inovação que a instituição enviou anteriormente
não pode ser reenviado. No entanto, uma instituição que tenha feito
avanços significativos em um projeto ou programa que foi previamente
apresentado como uma inovação pode reapresentar com base nesses
avanços se o projeto ou programa ainda for considerado inovador.
Para ajudar a verificar se a política, a prática, o programa ou o
resultado que a instituição está reivindicando para um crédito de
inovação é realmente inovador, a instituição pode enviar uma carta de
afirmação de um especialista relevante na área de conteúdo associada ou
um comunicado à imprensa ou publicação apresentando a inovação.
Indicadores: não se aplica.

IL - 26 Inovação C: créditos de inovação são abertos e reservados para


resultados, políticas e práticas novos, extraordinários, únicos,
inovadores ou incomuns, que abordam desafios de sustentabilidade e
não são cobertos por uma opção de crédito ou prática exemplar
existente.
446

1) Em geral, os créditos de inovação devem ter impactos


similares ou estar na mesma escala que outros créditos STARS.
2) Resultados, políticas e práticas inovadoras para o tipo de
instituição ou região da instituição são elegíveis para créditos de
inovação.
3) A prática, política, programa ou resultado inovador deve estar
em andamento ou ter ocorrido nos três anos anteriores à data prevista
para a apresentação.
4) A prática ou programa inovador deve ser algo que a
instituição já implementou; atividades planejadas não contam.
5) A prática ou programa inovador deve se originar de uma área
dentro do limite institucional definido.
6) Práticas, políticas e programas que antes eram considerados
inovadores, mas agora são amplamente adotados (por exemplo, sendo a
primeira instituição a promulgar uma política há 20 anos que é comum
agora) não podem ser reivindicados como créditos de inovação.
7) Várias atividades ou práticas cuja soma é inovadora podem
ser consideradas para um crédito de inovação, desde que essas
atividades ou práticas estejam relacionadas. Listar uma série de
realizações ou eventos não relacionados sob um único crédito de
inovação não é aceito.
8) Embora as práticas que levaram a receber um prêmio possam
ser apropriadas para um crédito de inovação, ganhar prêmios e/ou altos
rankings de sustentabilidade em outras avaliações não é, por si só,
motivo para um crédito de inovação. Quando a inovação faz parte de
uma parceria, o resumo fornecido deve descrever claramente o papel da
instituição na inovação.
Uma instituição só pode reivindicar uma atividade específica
como crédito de inovação uma vez. Ao reenviar para uma classificação
STARS, um crédito de inovação que a instituição enviou anteriormente
não pode ser reenviado. No entanto, uma instituição que tenha feito
avanços significativos em um projeto ou programa que foi previamente
apresentado como uma inovação pode reapresentar com base nesses
avanços se o projeto ou programa ainda for considerado inovador.
Para ajudar a verificar se a política, a prática, o programa ou o
resultado que a instituição está reivindicando para um crédito de
inovação é realmente inovador, a instituição pode enviar uma carta de
afirmação de um especialista relevante na área de conteúdo associada ou
um comunicado à imprensa ou publicação apresentando a inovação.
Indicadores: não se aplica.
447

IL - 27 Inovação D: créditos de inovação são abertos e reservados para


resultados, políticas e práticas novos, extraordinários, únicos,
inovadores ou incomuns, que abordam desafios de sustentabilidade e
não são cobertos por uma opção de crédito ou prática exemplar
existente.
1) Em geral, os créditos de inovação devem ter impactos
similares ou estar na mesma escala que outros créditos STARS.
2) Resultados, políticas e práticas inovadoras para o tipo de
instituição ou região da instituição são elegíveis para créditos de
inovação.
3) A prática, política, programa ou resultado inovador deve estar
em andamento ou ter ocorrido nos três anos anteriores à data prevista
para a apresentação.
4) A prática ou programa inovador deve ser algo que a
instituição já implementou; atividades planejadas não contam.
5) A prática ou programa inovador deve se originar de uma área
dentro do limite institucional definido.
6) Práticas, políticas e programas que antes eram considerados
inovadores, mas agora são amplamente adotados (por exemplo, sendo a
primeira instituição a promulgar uma política há 20 anos que é comum
agora) não podem ser reivindicados como créditos de inovação.
7) Várias atividades ou práticas cuja soma é inovadora podem
ser consideradas para um crédito de inovação, desde que essas
atividades ou práticas estejam relacionadas. Listar uma série de
realizações ou eventos não relacionados sob um único crédito de
inovação não é aceito.
8) Embora as práticas que levaram a receber um prêmio possam
ser apropriadas para um crédito de inovação, ganhar prêmios e/ou altos
rankings de sustentabilidade em outras avaliações não é, por si só,
motivo para um crédito de inovação. Quando a inovação faz parte de
uma parceria, o resumo fornecido deve descrever claramente o papel da
instituição na inovação.
Uma instituição só pode reivindicar uma atividade específica
como crédito de inovação uma vez. Ao reenviar para uma classificação
STARS, um crédito de inovação que a instituição enviou anteriormente
não pode ser reenviado. No entanto, uma instituição que tenha feito
avanços significativos em um projeto ou programa que foi previamente
apresentado como uma inovação pode reapresentar com base nesses
avanços se o projeto ou programa ainda for considerado inovador.
Para ajudar a verificar se a política, a prática, o programa ou o
resultado que a instituição está reivindicando para um crédito de
448

inovação é realmente inovador, a instituição pode enviar uma carta de


afirmação de um especialista relevante na área de conteúdo associada ou
um comunicado à imprensa ou publicação apresentando a inovação.
Indicadores: não se aplica.
449

APÊNDICE B - ETAPA INTERMEDIÁRIA E TRANSPOSIÇÃO


DOS INDICADORES

Será apresentado na sequência, a etapa intermediária de tradução


e transposição dos indicadores da área de operações, por crédito, para
sua utilização na realidade brasileira. A partir desta etapa que foi
executada com base na literatura que fundamentou o estudo, foi
realizada a análise dos mesmos junto as diferentes categorias:
normativa, administrativa, político-cultural e socioeconômica
apresentadas no estudo.

Indicadores da área de Operações das IES

OP - 01 Emissão de gases de efeito estufa

Indicadores:
1) A instituição realizou um inventário de emissões de GEE que inclui
todas as emissões do Escopo 1 e 2?
2) O inventário de emissões de GEE da instituição inclui todas, algumas
ou nenhuma de suas emissões de GEE do Escopo 3 das seguintes
categorias? (Viagens de negócios; Comutar; Bens e/serviços comprados;
Bens de Capital; Resíduos gerados nas operações; Atividades
relacionadas a combustíveis e energia não incluídas no Escopo 1 ou 2;
outras categorias).
3) O inventário de emissões de GEE foi validado internamente por
pessoal independente do processo de contabilidade e geração de GEE
e/ou verificado por um terceiro externo independente?
4) A instituição deseja obter a parte 2 e a parte 3 deste crédito?
(Reduções nas emissões de GEE do Escopo 1 e do Escopo 2).

Indicadores intermediários:
1) Existência de inventário de emissões de gases do efeito estufa pela
classificação de escopos 1 e 2 de emissão de gases;
2) O inventário inclui as categorias do escopo 3 de emissão de gases;
3) O inventário foi validado internamente e externamente por um
terceiro;
450

OP - 02 Qualidade do ar exterior

Indicadores:
1) A instituição possui políticas e/ou diretrizes para melhorar a
qualidade do ar externo e minimizar as emissões de poluentes
atmosféricos de fontes móveis no campus?
2) A instituição concluiu um inventário de emissões atmosféricas
significativas de fontes estacionárias no campus ou verificou que tais
emissões não são produzidas? (óxidos de nitrogênio; óxidos de enxofre;
monóxido de carbono; ozônio; chumbo; poluentes atmosféricos
perigosos; compostos defletores de ozônio; outras categorias padrão de
emissões atmosféricas identificadas em licenças e/ou regulamentos).

Indicadores intermediários:
1) Existência de políticas e/ou diretrizes para melhorar a qualidade do ar
externo e minimizar as emissões de poluentes atmosféricos de fontes
móveis no campus.

OP - 03 Operações de construção e manutenção

Indicadores:
1) Área do piso do espaço do edifício que é certificada em cada nível
sob um sistema de classificação de construção verde para as operações e
manutenção de edifícios existentes utilizados por um Conselho de
Edifícios Ecológicos Estabelecidos;
- Área de piso certificada por LEED Platinum (obra + manutenção) ou o
mais alto nível alcançável sob outro sistema de classificação GBC;
- Área de piso certificada em nível intermediário sob um sistema de
classificação GBC em diferentes níveis (3 ou 5 níveis), por exemplo,
Green Star Performance;
- Área de piso certificada por LEED Silver (obra + manutenção) ou em
uma etapa acima do nível mínimo sob outro sistema de classificação
GBC em diferentes níveis (4 ou 5 níveis);
- Área de piso certificada por LEED (obra + manutenção) Certificado ou
certificado no nível mínimo sob outro sistema de classificação do GBC;
2) Área do piso do espaço do edifício que está certificada sob um
sistema de classificação não-GBC para as operações e manutenção de
edifícios existentes, por exemplo, Green Globes;
451

3) Porcentagem de espaço do edifício certificada ao abrigo de um


sistema de classificação de edifício verde para as operações e
manutenção de edifícios existentes (m²);
4) Do espaço de construção não certificado da instituição, que
porcentagem de área útil é mantida de acordo com uma política ou
protocolo de gerenciamento de qualidade do ar interior publicado? (0 a
100);
5) Do espaço de construção não certificado da instituição, que
porcentagem de área útil é mantida de acordo com uma política,
programa ou contrato de limpeza verde publicado? (0 a 100);
6) Do espaço de construção não certificado da instituição, que
porcentagem de área útil é mantida de acordo com um programa de
gestão de energia ou benchmarking? (0 a 100);
7) Do espaço de construção não certificado da instituição, que
porcentagem de área útil é mantida de acordo com um programa de
gestão de água ou de benchmarking? (0 a 100).

Indicadores intermediários:
1) Porcentagem da área da universidade que adota certificações para
construção, operação e manutenção dos edifícios;
2) Porcentagem da área da universidade não certificada que adota algum
programa ou política de gerenciamento de qualidade do ar, limpeza
verde, gestão de energia, gestão de água ou de benchmarking e que
estejam publicados.

OP - 04 Projeto e construção de edifícios

Indicadores:
1) Área de piso total do prédio recém-construída ou reformada (incluir
projetos concluídos nos cinco anos anteriores);
2) Área de piso do edifício recém-construída ou reformada, certificada
como Living Building Challenge;
- Área de piso certificada por LEED Platinum ou no nível mais alto
alcançável sob outro sistema de classificação (m²);
-Área de piso certificada por LEED Gold ou no 2º nível mais alto sob
outro sistema de classificação GBC de 4 ou 5 níveis;
-Área de piso certificada por Certificado em nível intermediário sob um
sistema de classificação GBC de 3 ou 5 níveis para projeto e construção
(por exemplo, BREEAM, CASBEE, Green Star);
452

-Área de piso certificada por LEED Silver ou em um nível acima do


mínimo em outro sistema de classificação GBC de 4 ou 5 níveis;
-Área de piso certificada por LEED Certificado ou certificado no nível
mínimo sob outro sistema de classificação GBC;
3) Área do piso do edifício recém-construída ou renovada, certificada
sob um sistema de classificação não GBC para projeto e construção (por
exemplo, Green Globes, Casa Passiva Certificada);
4) Porcentagem de construções recém construídas ou renovadas,
certificadas de acordo com um sistema de classificação de prédios
verdes para projeto e construção;
5) Área do piso do prédio recém-construída ou reformada que não é
certificada, mas que foi projetada e construída de acordo com as
diretrizes e políticas publicadas do prédio verde;
6) As diretrizes ou políticas do prédio verde cobrem o seguinte:
- Impactos no local e entorno (por exemplo, diretrizes para reutilizar
terras previamente desenvolvidas, proteger áreas ambientalmente
sensíveis e minimizar os impactos no local).
- Consumo de energia (por exemplo, políticas que exigem um nível
mínimo de eficiência energética para edifícios e seus sistemas);
- Medição de energia em nível de edifício;
- Uso de materiais ambientalmente preferíveis (por exemplo, diretrizes
para minimizar os impactos do ciclo de vida associados a materiais de
construção);
- Qualidade ambiental interna (ou seja, diretrizes para proteger a saúde e
o conforto dos ocupantes do edifício);
- Consumo de água (por exemplo, exigindo padrões mínimos de
eficiência para uso interno e externo de água);
- Medição de água em nível de prédio.

Indicadores intermediários:
1) Área de piso do edifício recém-construída ou reformada que adota
certificações;
2) Área do piso do prédio recém-construída ou reformada que não é
certificada, mas que foi projetada e construída de acordo com as
diretrizes e políticas publicadas do prédio verde;
3) As diretrizes ou políticas de construção verde englobam impactos no
local e entorno, consumo de energia, uso de materiais ambientalmente
preferíveis, qualidade do ambiente interno, consumo de água.
453

OP - 05 Consumo de energia dos edifícios

Indicadores:
1) Dados necessários para determinar o consumo total de energia do
edifício:
- Eletricidade adquirida em rede (MMBtu);
- Eletricidade de renováveis no local (MMBtu);
- Distrito de vapor/água quente (proveniente de fora) (MMBtu);
- Energia de todas as outras fontes (excluindo combustíveis para
transporte) (MMBtu);
- Total (MMBtu);
2) Área bruta do espaço do edifício:
- Área bruta de construção do espaço;
3) Relação entre o local de origem e a eletricidade adquirida na rede;
4) Consumo total de energia do edifício por unidade de área útil;
- Estrutura da energia;
- Fonte de energia;
5) Redução percentual no consumo total de energia do edifício (energia
da fonte) por unidade de área útil da linha de base;
6) Grau dias, ano de desempenho (base 65 °F/18 °C);
- Graus de aquecimento por dia;
- Grau de refrigeração por dia;
7) Área de piso do espaço intensivo de energia, ano de desempenho;
- Espaço de laboratório (m²);
- Espaço de saúde (m²);
- Outro espaço intensivo de energia (m²);
8) Área útil ajustada por consumo médio anual, ano de desempenho
(m²);
9) Consumo de energia de construção (energia local) por unidade de
área útil ajustada por consumo médio anual (grau por dia/ano de
desempenho).

Indicadores intermediários:
1) Consumo total de energia dos edifícios por unidade de área útil;
2) Relação entre o local de origem e a eletricidade adquirida na rede
(transmissão);
2) Grau dias, ano de desempenho (base 18 °C). (Graus de aquecimento e
refrigeração por dia);
3) Área de espaço de consumo intensivo de energia, ano de
desempenho;
454

4) Área útil ajustada por consumo médio anual, ano de desempenho


(m²);
5) Consumo de energia de construção (energia local) por unidade de
área útil ajustada por consumo médio anual, por grau de dia, ano de
desempenho;

OP - 06 Energia limpa e renovável

Indicadores:
1) Consumo total de energia (todas as fontes, excluindo combustíveis de
transporte), (ano de desempenho);
2) Total de eletricidade limpa e renovável gerada no local durante o ano
de desempenho e para a qual a instituição retém ou retirou os atributos
ambientais associados;
3) Energia renovável não elétrica gerada no local, ano de desempenho;
4) Total de créditos de energia renovável de terceiros certificados de
energia renovável comprados e/ou garantias de origem, produtos de
energia renovável similares de terceiros (incluindo eletricidade
renovável adquirida por meio de uma opção de energia verde certificada
fornecida pela concessionária) adquiridos durante o ano de desempenho
(MMBtu);
5) Uso de eletricidade, por fonte (porcentagem);
- Biomassa (%), carvão (%), geotérmico (%), hidro (%), gás natural (%),
nuclear (%), fotovoltaico solar (%), eólica (%), outro (%);
6) Energia utilizada para aquecimento de edifícios, por fonte:
- Biomassa (%), carvão (%), eletricidade (%), óleo combustível (%),
geotérmica (%), gás natural (%), outro (%).

Indicadores intermediários:
1) Consumo total de energia (todas as fontes, excluindo combustíveis de
transporte);
2) Total de eletricidade limpa e renovável gerada no local e para a qual a
instituição retém ou retirou os atributos ambientais;
3) Energia renovável (fora da rede convencional disponibilizada),
gerada no local;
4) Total de Créditos de Energia Renovável de terceiros Certificados de
Energia Renovável Comprados, Garantias de Origem e/ou produtos de
energia renovável similares de terceiros (incluindo eletricidade
renovável adquirida por meio de uma opção de energia verde certificada
fornecida pela concessionária) adquiridos durante o ano de desempenho
(MMBtu);
455

5) Porcentagem de uso de eletricidade, por fonte (biomassa, carvão,


geotérmico, hidro, gás natural, nuclear, fotovoltaico solar, eólica;
6) Porcentagem de uso de eletricidade nos edifícios, por fonte
(biomassa, carvão, geotérmico, hidro, gás natural, nuclear, fotovoltaico
solar, eólica, outro.

OP - 07 Compras de alimentos e bebidas

Indicadores:
1) Percentual de despesas com alimentos e bebidas em serviços de
refeições em produtos verificados por terceiros segundo um ou mais
padrões reconhecidos de sustentabilidade de alimentos e bebidas ou
local e comunitário;
2) A instituição deseja obter a parte 2 deste crédito (despesas com
produtos animais convencionais)? (Se os dados não estiverem
disponíveis pela instituição, responda “não”);
3) Porcentagem do total de gastos com refeições e bebidas em serviços
de refeições em produtos animais convencionais (carne, aves,
peixe/frutos do mar, ovos e produtos lácteos que não se qualificam na
categoria verificada por terceiros ou local e comunitária);
4) Porcentagem do total de gastos com serviços de refeições em
alimentações convencionais;
5) Quais dos seguintes provedores de serviços de alimentação estão
presentes no campus e incluídos no total de despesas com alimentos e
bebidas? (sim ou não):
- Operações de refeições e serviços de buffet operados pela instituição;
- Operações de refeições e serviços de buffet operados por um
empreiteiro;
- Serviços de comida administrados por estudantes;
- Franquias (por exemplo, marcas nacionais ou globais);
- Lojas de conveniência;
- Serviços de venda;
- Concessões.

Indicadores intermediários:
1) Percentual de despesas com alimentos e bebidas em serviços de
refeições que seguem padrões reconhecidos de sustentabilidade de
alimentos e bebidas ou de produção local e comunitária;
2) Porcentagem do total de gastos com serviços de refeições em
alimentações convencionais;
456

3) Quais dos seguintes provedores de serviços de alimentação estão


presentes no campus e seguem padrões de sustentabilidade incluídos no
total de despesas com alimentos e bebidas? (operações de refeições e
serviços de buffet operados pela instituição, operações de refeições e
serviços de buffet operados por um empreiteiro, serviços de
comida/refeições administrados por estudantes, franquias a exemplo de
marcas nacionais ou globais, lojas de conveniência, serviços de venda,
concessões).

OP - 08 Alimentação Sustentável

Indicadores:
1) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições tem
uma política de restaurantes sustentáveis publicada?
2) A instituição ou o seu principal prestador de serviços de refeições
obtêm alimentos de um jardim ou fazenda do campus?
3) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições
abriga um mercado de agricultores, sendo a agricultura apoiada pela
comunidade ou programa de pesca e/ou projeto de agricultura urbana,
ou apoia tal programa na comunidade local?
4) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições tem
um programa de refeições veganas completas de proteína para todos os
membros da comunidade do campus em todas as refeições?
5) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições
oferece eventos de refeições de baixo impacto (por exemplo, segundas-
feiras sem carne)?
6) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições
oferece refeições com base na sustentabilidade (por exemplo, refeições
de colheitas locais)?
7) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições
organiza um posto de vendas de alimentos com tema de sustentabilidade
no local, seja de forma independente ou em parceria com um contratado
ou revendedor?
8) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições
informa aos clientes sobre escolhas alimentares de baixo impacto e
práticas de sustentabilidade por meio de rotulagem e sinalização em
refeitórios?
9) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições se
engaja em esforços de apoio para apoiar o aprendizado e a pesquisa
sobre sistemas alimentares sustentáveis ?
457

10) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições tem


outras iniciativas relacionadas à sustentabilidade (por exemplo,
iniciativas de saúde e bem-estar, disponibilizando opções culturalmente
diversas?
11) A instituição ou seu principal fornecedor de serviços de refeições
participa de um programa de competição ou compromisso e/ou usa um
sistema de prevenção de desperdício de alimentos para rastrear e
melhorar suas práticas de gestão de alimentos?
12) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições
implementou refeições sem bandeja (nas quais as bandejas são
removidas ou não estão disponíveis nos refeitórios) e/ou menus/porções
modificadas para reduzir o desperdício de alimentos pós-consumo?
13) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições
doam alimentos, (de outra forma), que seriam desperdiçados para
alimentar as pessoas?
14) A instituição ou seu contratado de serviços de refeições principais
desviam materiais alimentícios do aterro, incinerador ou esgoto para
alimentação animal ou usos industriais (por exemplo, conversão de óleo
de cozinha em combustível, digestão anaeróbica no local)
15) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições tem
um programa de compostagem pré-consumo?
16) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições tem
um programa de compostagem pós-consumo?
17) A instituição ou seu contratante principal de serviços de refeições
utiliza utensílios reutilizáveis para refeições?
18) A instituição ou seu contratante principal de serviços de refeições
fornece recipientes compostáveis reutilizáveis e/ou certificados de
terceiros e utensílios de serviço para refeições “para viagem” (em
conjunto com um programa de compostagem no local)?
19) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições
oferece descontos ou outros incentivos para os clientes que usam
recipientes reutilizáveis (por exemplo, canecas) em vez de recipientes
descartáveis ou compostáveis em operações de serviços de alimentação
“para viagem”?
20) A instituição ou seu contratante principal de serviços de refeições
implementou outras iniciativas de gerenciamento de materiais para
minimizar o desperdício não coberto acima (por exemplo, trabalhando
com fornecedores e outras entidades para reduzir o desperdício de
embalagens de alimentos)?
458

Indicadores intermediários:
1) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições tem
uma política de restaurantes sustentáveis publicada?
2) A instituição ou o seu principal prestador de serviços de refeições
obtêm alimentos de um jardim ou fazenda do campus?
3) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições
abriga ou apoia algum mercado de agricultores, agricultura realizada
com apoio de comunidade ou programa de pesca e/ou projeto de
agricultura urbana, ou apoia tal programa na comunidade local?
4) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições tem
um programa de refeições veganas que disponibiliza diversas refeições
veganas completas de proteína para todos os membros da comunidade
do campus em todas as refeições?
5) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições
oferece eventos de refeições de baixo impacto (por exemplo, segundas-
feiras sem carne).
6) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições
oferece refeições com base na sustentabilidade (por exemplo, refeições
de colheita locais).
7) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições
organiza uma loja de alimentos com tema de sustentabilidade no local,
seja de forma independente ou em parceria com um contratado ou
revendedor?
8) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições
informa os clientes sobre escolhas alimentares de baixo impacto e
práticas de sustentabilidade por meio de rotulagem e sinalização em
refeitórios?
9) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições se
engaja em esforços de apoio para apoiar o aprendizado e a pesquisa
sobre sistemas alimentares sustentáveis ?
10) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições tem
outras iniciativas relacionadas à sustentabilidade (por exemplo,
iniciativas de saúde e bem-estar, disponibilizando opções culturalmente
diversas).
11) A instituição ou seu principal fornecedor de serviços de refeições
participa de um programa de competição ou compromisso e/ou usa um
sistema de prevenção de desperdício de alimentos para rastrear e
melhorar suas práticas de gestão de alimentos?
12) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições
implementou refeições sem bandeja (nas quais as bandejas são
459

removidas ou não estão disponíveis nos refeitórios) e/ou menus/porções


modificadas para reduzir o desperdício de alimentos pós-consumo?
13) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições
doam alimentos que, de outra forma, seriam desperdiçados para
alimentar as pessoas?
14) A instituição ou seu contratado de serviços de refeições principais
desviam materiais alimentícios do aterro, incinerador ou esgoto para
alimentação animal ou usos industriais (por exemplo, conversão de óleo
de cozinha em combustível, digestão anaeróbica no local)
15) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições tem
um programa de compostagem pré-consumo?
16) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições tem
um programa de compostagem pós-consumo?
17) A instituição ou seu contratante principal de serviços de refeições
utiliza utensílios reutilizáveis para refeições?
18) A instituição ou seu contratante principal de serviços de refeições
fornece recipientes biodegradáveis, reutilizáveis e/ou certificados de
terceiros e utensílios de serviço para refeições “para viagem” (em
conjunto com um programa de compostagem no local)?
19) A instituição ou seu principal prestador de serviços de refeições
oferece descontos ou outros incentivos para os clientes que usam
recipientes reutilizáveis (por exemplo, canecas) em vez de recipientes
descartáveis ou biodegradáveis em operações de serviços de
alimentação “para viagem”.
20) A instituição ou seu contratante principal de serviços de refeições
implementou outras iniciativas de gerenciamento de materiais para
minimizar o desperdício não coberto acima (por exemplo, trabalhando
com fornecedores e outras entidades para reduzir o desperdício de
embalagens de alimentos).

OP - 09 Gestão da paisagem

Indicadores:
1) Área total do campus;
2) Área total de terrenos manejados;
3) Área gerenciada de acordo com um programa de Manejo Integrado de
Pragas (MIP) que usa uma abordagem de quatro níveis;
4) Área gerenciada de acordo com um padrão orgânico de cuidado da
terra ou programa de manejo sustentável da paisagem que tenha
eliminado o uso de fertilizantes inorgânicos e pesticidas químicos,
460

fungicidas e herbicidas em favor de materiais ecologicamente


preferíveis;
5) Área gerenciada usando práticas convencionais de gerenciamento de
paisagem (que podem incluir alguns princípios ou técnicas de MIP;
6) Porcentagem de solos geridos de acordo com um programa MIP;
7) Porcentagem de solos geridos em conformidade com um programa
biológico.

Indicadores intermediários:
1) Área total de terrenos manejados (Área gerenciada de acordo com um
programa de Manejo Integrado de Pragas (MIP) que usa uma
abordagem de quatro níveis (m²), área gerenciada de acordo com um
padrão orgânico de cuidado da terra ou programa de manejo tenha
eliminado o uso de fertilizantes inorgânicos e pesticidas químicos,
fungicidas e herbicidas em favor de materiais ecologicamente
preferíveis, área gerenciada usando práticas convencionais de
gerenciamento de paisagem (que podem incluir alguns princípios ou
técnicas de MIP (m²);
2) Porcentagem de solos geridos de acordo com um programa MIP;
3) Porcentagem de solos geridos em conformidade com um programa
biológico.

OP - 10 Biodiversidade

Indicadores:
1) A instituição possui ou administra terras que incluem ou são
adjacentes a áreas legalmente protegidas (Unidades de Conservação ou
Áreas de Proteção Permanente), áreas internacionalmente reconhecidas,
locais prioritários para a biodiversidade e/ou regiões de importância para
conservação?
2) A instituição realizou uma avaliação ou avaliações para identificar
espécies ameaçadas e vulneráveis (incluindo espécies migratórias) com
habitats em terras de propriedade ou administradas pela instituição?
3) A instituição realizou uma avaliação ou avaliações para identificar
áreas ambientalmente sensíveis em terras de propriedade ou
administradas pela instituição?

Indicadores intermediários:
1) A instituição possui ou administra terras que incluem ou são
adjacentes a áreas legalmente protegidas (UCs, APPs), áreas
461

internacionalmente reconhecidas, locais prioritários para a


biodiversidade e/ou regiões de importância para conservação?
2) A instituição realizou uma avaliação ou avaliações para identificar
espécies ameaçadas e vulneráveis (incluindo espécies migratórias) com
habitats em terras de propriedade ou administradas pela instituição?
3) A instituição realizou uma avaliação ou avaliações para identificar
áreas ambientalmente sensíveis em terras de propriedade ou
administradas pela instituição?

OP - 11 Compras sustentáveis

Indicadores:
1) A instituição possui políticas, diretrizes ou diretivas escritas que
buscam apoiar a compra sustentável em todas as categorias de
commodities em toda a instituição?
2) A instituição utiliza a Análise de Custo do Ciclo de Vida (LCCA) ao
avaliar produtos e sistemas que usam energia e água?
3) A instituição publicou critérios de sustentabilidade a serem aplicados
ao avaliar produtos e serviços quimicamente intensivos (por exemplo,
manutenção de prédios e instalações, limpeza e sanitização, paisagismo
e manutenção de terrenos)?
4) A instituição publicou critérios de sustentabilidade a serem aplicados
na avaliação de produtos de construção e reforma (por exemplo, móveis
e materiais de construção)?
5) A instituição publicou critérios de sustentabilidade a serem aplicados
ao avaliar produtos e serviços de Tecnologia da Informação (TI) (por
exemplo, computadores, equipamentos de imagem, telefones celulares,
centros de dados e serviços na nuvem)?
6) A instituição publicou critérios de sustentabilidade a serem aplicados
na avaliação de serviços de alimentação (por exemplo, franquias,
serviços de venda, concessões, lojas de conveniência)?
7) A instituição publicou critérios de sustentabilidade a serem aplicados
na avaliação de roupas e roupas de cama?
8) A instituição publicou critérios de sustentabilidade a serem aplicados
na avaliação de serviços profissionais (por exemplo, arquitetura,
engenharia, relações públicas, finanças)?
9) A instituição publicou critérios de sustentabilidade a serem aplicados
na avaliação de transporte e combustíveis (por exemplo, viagens,
veículos, serviços de entrega, transporte de longo curso, combustíveis
geradores, usinas a vapor)?
462

10) A instituição publicou critérios de sustentabilidade a serem


aplicados na avaliação de produtos de madeira e papel?
11) A instituição publicou critérios de sustentabilidade a serem
aplicados ao avaliar produtos e serviços em outras categorias de
commodities que a instituição determinou ter impactos significativos de
sustentabilidade?
Indicadores intermediários:
1) A instituição possui políticas, diretrizes ou diretivas escritas que
buscam apoiar a compra sustentável em todas as categorias de
commodities em toda a instituição?
2) A instituição utiliza a Análise de Custo do Ciclo de Vida ao avaliar
produtos e sistemas que usam energia e água?
3) A instituição publicou critérios de sustentabilidade a serem aplicados
ao avaliar produtos e serviços quimicamente intensivos?
4) A instituição publicou critérios de sustentabilidade a serem aplicados
na avaliação de produtos de construção e reforma?
5) A instituição publicou critérios de sustentabilidade a serem aplicados
ao avaliar produtos e serviços de Tecnologia da Informação?
6) A instituição publicou critérios de sustentabilidade a serem aplicados
na avaliação de serviços de alimentação?
7) A instituição publicou critérios de sustentabilidade a serem aplicados
na avaliação de roupas e roupas de cama?
8) A instituição publicou critérios de sustentabilidade a serem aplicados
na avaliação de serviços profissionais?
9) A instituição publicou critérios de sustentabilidade a serem aplicados
na avaliação de transporte e combustíveis?
10) A instituição publicou critérios de sustentabilidade a serem
aplicados na avaliação de produtos de madeira e papel?
11) A instituição publicou critérios de sustentabilidade a serem
aplicados ao avaliar produtos e serviços em outras categorias de
commodities que a instituição determinou ter impactos significativos de
sustentabilidade?
OP - 12 Compras de eletrônicos

Indicadores:
1) Despesas totais em computadores de mesa e laptops, monitores,
tablets/lousas, televisões e equipamentos de imagem (dólares);
2) Porcentagem de gastos em produtos eletrônicos registrados pela
EPEAT Gold?
3) Os números informados acima incluem equipamentos alugados?
463

Indicadores intermediários:
1) Despesas totais em computadores de mesa e laptops, monitores,
tablets/lousas, televisões e equipamentos de imagem.
2) Porcentagem de gastos em produtos eletrônicos certificados pela
EPEAT Gold
3) Os números informados acima incluem equipamentos alugados?

OP - 13 Compras de limpeza e zeladoria

Indicadores:
1) Despesas totais em produtos de limpeza (dólares);
2) Despesas totais em produtos de papel de zeladoria (dólares);
3) Despesas com produtos de papel de zeladoria certificados FSC, UL
ECOLOGO (ou equivalentes locais para instituições fora dos EUA e do
Canadá);
4) Percentual de gastos com produtos de limpeza e zeladoria que são
certificados por terceiros para atender a padrões de sustentabilidade
reconhecidos.

Indicadores intermediários:
1) Despesas totais em produtos de limpeza;
2) Despesas totais em produtos de papel de zeladoria;
3) Despesas com produtos de papel de zeladoria certificados;
4) Porcentagem de gastos com produtos de limpeza e zeladoria que são
certificados por terceiros para atender a padrões de sustentabilidade
reconhecidos.

OP - 14 Compras de papel de escritório

Indicadores:
1) Despesas totais em papel de escritório (dólares);
2) Despesas com papel de escritório com os diferentes níveis de
conteúdo reciclado, agrícola e/ou certificado pelo FSC;
3) Despesas com papel de escritório com os seguintes níveis de
conteúdo reciclado, agrícola e/ou certificado pelo FSC: 10 a 29%
(dólares);
4) Despesas com papel de escritório com os seguintes níveis de
conteúdo reciclado, agrícola e/ou certificado pelo FSC: 30 a 49%
(dólares);
464

5) Despesas com papel de escritório com os seguintes níveis de


conteúdo reciclado, agrícola e/ou certificado pelo FSC: 50 a 69%
(dólares);
6) Despesas com papel de escritório com os seguintes níveis de
conteúdo reciclado, agrícola e/ou certificado pelo FSC: 70 a 89% (ou
rótulo FSC reciclado) (dólares);
7) Despesas com papel de escritório com os seguintes níveis de
conteúdo reciclado, agrícola e/ou certificado pelo FSC: 90 a 100% (ou
rótulo FSC reciclado) (dólares);
8) Porcentagem de gastos em papel de escritório que são de 90% a
100% reciclados pós-consumo e/ou conteúdo de resíduos agrícolas e/ou
rótulo FSC Reciclado.
Indicadores intermediários:
1) Despesas totais em papel de escritório;
2) Despesas com papel de escritório com os diferentes níveis de
conteúdo reciclado, agrícola e/ou certificado pelo FSC;
3) Porcentagem de gastos em papel de escritório que são de 90% a
100% reciclados pós-consumo e/ou conteúdo de resíduos agrícolas e/ou
rótulo FSC Reciclado (%).

OP - 15 Frota do campus
Indicadores:
1) Número total de veículos (por exemplo, carros, carretas, caminhões,
tratores, ônibus, ciclos de assistência elétrica) na frota da instituição;
2) Número de veículos da frota da instituição que é híbrido elétrico a
gasolina, não plug-in.
3) Número de veículos da frota da instituição que é híbrido diesel-
elétrico, não plug-in;
4) Número de veículos da frota da instituição que é híbrido de plug-in;
5) Número de veículos da frota da instituição que é 100% elétrico;
6) Número de veículos da frota da instituição que é abastecido com gás
natural comprimido;
7) Número de veículos da frota da instituição que é abastecido com
hidrogênio;
8) Número de veículos da frota da instituição que é abastecido com
biocombustível de alta qualidade por mais de 4 meses do ano;
9) Número de veículos da frota da instituição que é abastecido com
biocombustível produzido localmente e de baixa qualidade por mais de
4 meses do ano;
10) Os números apresentados acima incluem veículos alugados?
465

Indicadores intermediários:
1) Número total de veículos (por exemplo, carros, carretas, caminhões,
tratores, ônibus, ciclos de assistência elétrica) na frota da instituição;
2) Número de veículos da frota da instituição que é híbrido elétrico a
gasolina, 100% elétrico, abastecido com gás natural veicular, abastecido
com hidrogênio, abastecido com biocombustível com nível superior por
mais de 4 meses do ano, abastecido com biocombustível produzido
localmente e de baixo nível por mais de 4 meses do ano.
3) Os números apresentados acima incluem veículos alugados?

OP - 16 Intermodalidade no transporte de estudantes


Indicadores:
1) Porcentagem total de estudantes (graduação e pós-graduação) que
utiliza as opções de deslocamento mais sustentáveis como principal
meio de transporte;
2) Porcentagem de alunos que usa cada um dos seguintes meios como
principal meio de transporte para ir e voltar do campus: comutar apenas
com o condutor no veículo (excluindo motocicletas e scooters);
3) A porcentagem de alunos que usa cada um dos seguintes modos
como principal meio de transporte para ir e voltar do campus: Ande,
ande de bicicleta ou use outros meios não motorizados;
4) Porcentagem de alunos que usa cada um dos seguintes modos como
principal meio de transporte para ir e voltar do campus: vanpool ou
carpool;
5) Porcentagem de alunos que usa cada um dos seguintes modos como
principal meio de transporte para ir e voltar do campus: Pegue um
ônibus do campus ou transporte público;
6) Porcentagem de alunos que usa cada um dos seguintes modos como
principal meio de transporte para ir e voltar do campus: Use uma
motocicleta, scooter ou ciclomotor.

Indicadores intermediários:
1) Porcentagem de estudantes (graduação e pós-graduação) que utiliza
as opções de deslocamento mais sustentáveis como principal meio de
transporte;
2) Porcentagem de alunos que usa cada um dos seguintes meios como
principal meio de transporte para ir e voltar do campus: Considerar
apenas com o condutor no veículo (excluindo motocicletas e afins);
466

3) Porcentagem de alunos que usa cada um dos seguintes meios como


principal meio de transporte para ir e voltar do campus: caminhando,
bicicleta ou use outros meios não motorizados;
4) Porcentagem de alunos que usa van e afins como principal meio de
transporte para ir e voltar do campus;
5) Porcentagem de alunos que usa o ônibus do campus ou transporte
público como principal meio de transporte para ir e voltar do campus:
utilize;
6) Porcentagem de alunos que usa motocicleta, scooter ou ciclomotor
como principal meio de transporte para ir e voltar do campus.

OP - 17 Intermodalidade no transporte de empregados

Indicadores:
1) Porcentagem total de funcionários que utiliza as opções de
deslocamento mais sustentáveis como principal meio de transporte;
2) Porcentagem de funcionários que usa cada um dos seguintes meios
como principal meio de transporte para ir e voltar do campus.
(Considerar apenas o condutor no veículo (excluindo motocicletas e
scooters);
3) A porcentagem de funcionários que usa cada um dos seguintes modos
como principal meio de transporte para ir e voltar do campus: a pé, de
bicicleta ou use outros meios não motorizados;
4) Porcentagem de funcionários que usa cada um dos seguintes modos
como principal meio de transporte para ir e voltar do campus: van;
5) Porcentagem de funcionários que usa cada um dos seguintes modos
como principal meio de transporte para ir e voltar do campus: ônibus;
6) Porcentagem de funcionários que usa cada um dos seguintes modos
como principal meio de transporte para ir e voltar do campus:
motocicleta.

Indicadores intermediários:
1) A porcentagem total de funcionários da instituição que usa opções de
transporte mais sustentáveis como principal meio de transporte;
2) A porcentagem de funcionários que usa cada um dos seguintes meios
como principal meio de transporte para ir e voltar do campus: considerar
apenas com o condutor no veículo (excluindo motocicletas e afins);
3) A porcentagem de alunos que usa cada um dos seguintes meios como
principal meio de transporte para ir e voltar do campus: caminhando,
bicicleta ou use outros meios não motorizados;
467

4) Porcentagem de funcionários que usa van e afins como principal meio


de transporte para ir e voltar do campus;
5) Porcentagem de funcionários que usa o ônibus do campus ou
transporte público como principal meio de transporte para ir e voltar do
campus: utilize;
6) Porcentagem de funcionários que usa motocicleta, scooter ou
ciclomotor como principal meio de transporte para ir e voltar do
campus.

OP - 18 Suporte para transporte sustentável

Indicadores:
1) A instituição oferece armazenamento seguro para bicicletas (não
inclui espaço para escritório), chuveiros e armários para pessoas que
viajam de bicicleta?
2) A instituição oferece estacionamento para bicicletas de curto prazo
para todos os edifícios ocupados e disponibiliza armazenamento para
bicicletas de longa duração para estudantes que moram no local (se
aplicável)?
3) A instituição tem um plano ou política para bicicletas e pedestres (ou
adere a um plano/política da comunidade local) que estabelece padrões e
práticas para as ruas do campus para permitir acesso seguro a todos os
usuários?
4) A instituição possui um programa de compartilhamento de bicicletas
ou participa de um programa local de compartilhamento de bicicletas?
5) A instituição oferece passes de trânsito gratuitos ou de preço reduzido
e/ou opera um serviço de transporte gratuito no campus para os
passageiros?
6) A instituição oferece um programa de ida e volta garantido aos
usuários regulares de meios alternativos de transporte?
7) A instituição participa de um programa de compartilhamento de
carro/van ou de passeio e/ou oferece taxas de estacionamento reduzidas
ou estacionamento preferencial para carros/vans?
8) A instituição participa de um programa de compartilhamento de
carros, como um programa comercial de compartilhamento de carros,
um administrado pela instituição ou um administrado por uma
organização regional?
9) A instituição possui uma ou mais estações de recarga de veículos
elétricos de Nível 2 ou Nível 3 que são acessíveis a passageiros e
estudantes?
468

10) A instituição oferece um programa de teletrabalho para funcionários


como uma questão de política ou como prática padrão?
11) A instituição oferece uma opção de semana de trabalho condensado
que reduz o deslocamento de funcionários (como uma questão de
política ou prática padrão).
12) A instituição tem incentivos ou programas para incentivar os
funcionários a morar perto do campus?
13) A instituição emprega outras estratégias para reduzir o impacto do
deslocamento (por exemplo, estacionamento preferencial para veículos
com baixo consumo de combustível e programas de retirada de
estacionamento).

Indicadores intermediários:
1) A instituição oferece armazenamento seguro para bicicletas (não
inclui espaço para escritório), chuveiros e armários para pessoas que
viajam de bicicleta?
2) A instituição oferece estacionamento para bicicletas de curto prazo
para todos os edifícios ocupados e disponibiliza armazenamento para
bicicletas de longa duração para estudantes que moram no local (se
aplicável)?
3) A instituição tem um plano ou política para bicicletas e pedestres (ou
adere a um plano/política da comunidade local) que estabelece padrões e
práticas para as ruas do campus para permitir acesso seguro a todos os
usuários?
4) A instituição possui um programa de compartilhamento de bicicletas
ou participa de um programa local de compartilhamento de bicicletas?
5) A instituição oferece passes de trânsito gratuitos ou de preço reduzido
e/ou opera um serviço de transporte gratuito no campus para os
passageiros?
6) A instituição oferece um programa de ida e volta garantido aos
usuários regulares de meios alternativos de transporte?
7) A instituição participa de um programa de compartilhamento de
carro/van ou de passeio e/ou oferece taxas de estacionamento reduzidas
ou estacionamento preferencial para carros/vans?
8) A instituição participa de um programa de compartilhamento de
carros, como um programa comercial de compartilhamento de carros,
um administrado pela instituição ou um administrado por uma
organização regional?
9) A instituição possui uma ou mais estações de recarga de veículos
elétricos de Nível 2 ou Nível 3 que são acessíveis a passageiros e
estudantes?
469

10) A instituição oferece um programa de teletrabalho para funcionários


como uma questão de política ou como prática padrão?
11) A instituição oferece uma opção de semana de trabalho condensado
que reduz o deslocamento de funcionários (como uma questão de
política ou prática padrão).
12) A instituição tem incentivos ou programas para incentivar os
funcionários a morar perto do campus?
13) A instituição emprega outras estratégias para reduzir o impacto do
deslocamento (por exemplo, estacionamento preferencial para veículos
com baixo consumo de combustível e programas de retirada de
estacionamento).

OP - 19 Minimização e desvio de resíduos


Indicadores:
1) Dados necessários para determinar o total de resíduos gerados (e
desviados):
- Materiais reciclados (toneladas);
- Materiais para compostagem;
- Materiais doados ou revendidos;
- Materiais descartados por conversão residual pós-reciclagem;
- Materiais descartados em um aterro de resíduos sólidos ou incinerador;
- Total de resíduos gerados;
2) Datas de início e término do ano de desempenho e ano da linha de
base (ou períodos de três anos);
3) Figuras necessárias para determinar "Usuários do Campus
Ponderados" (ano de desempenho x ano de referência):
- Número de estudantes residentes no local, número de outras pessoas
que residem no local e/ou pessoal camas hospitalares, total de matrículas
de alunos equivalentes em tempo integral, equivalente a tempo integral
de empregados, equivalente a tempo integral de estudantes matriculados
exclusivamente em educação a distância, usuários do campus com peso;
4) Total de resíduos gerados por usuário do campus;
5) Redução percentual no total de resíduos gerados por usuário de
campus ponderado a partir da linha de base;
6) Porcentagem de materiais desviados do aterro ou incinerador por
reciclagem, compostagem, doação ou revenda, ano de desempenho;
7) Porcentagem de materiais desviados do aterro ou incinerador
(incluindo até 10% atribuíveis à conversão residual pós-reciclagem);
470

8) Nos dados sobre resíduos descritos acima, a instituição reciclou,


enviou para compostagem, doou e/ou revendeu os seguintes materiais?
(sim ou não).
- Papel, plásticos, vidro, metais e outros recipientes recicláveis, comida,
óleo de cozinha, materiais vegetais, artigos brancos (eletrodomésticos),
equipamento de laboratório, mobília, ferro velho, paletes, pneus, outro
(por favor especifique abaixo).
9) A instituição utiliza reciclagem de fluxo único (um único recipiente
para recicláveis misturados) para coletar recicláveis padrão (ou seja,
papel, plástico, vidro, metais) nas áreas comuns?
10) A instituição usa corrente dupla (dois recipientes separados para
recicláveis, por exemplo, um para papel e outro para plástico, vidro e
metais) para coletar recicláveis padrão (ou seja, papel, plástico, vidro,
metais) nas áreas comuns?
11) A instituição utiliza reciclagem de múltiplos fluxos (vários
recipientes que separam ainda mais os diferentes tipos de materiais) para
coletar recicláveis padrão (ou seja, papel, plástico, vidro, metais) nas
áreas comuns?
12) Taxa média de contaminação do programa de reciclagem da
instituição.

Indicadores intermediários:
1) Total de resíduos gerados por usuário do campus;
2) Redução percentual no total de resíduos gerados por usuário de
campus ponderado a partir da linha de base;
3) Porcentagem de materiais desviados do aterro ou incinerador e
enviados para reciclagem, compostagem, doação ou revenda por ano;
4) Porcentagem de materiais desviados do aterro ou incinerador
(incluindo até 10% atribuíveis à conversão residual pós-reciclagem);
5) Nos dados sobre resíduos (papel, plásticos, vidro, metais e outros
recipientes recicláveis, comida, óleo de cozinha, materiais vegetais,
cama de animais, artigos brancos (ou seja, eletrodomésticos),
equipamento de laboratório, mobília, ferro velho, paletes, pneus, a
instituição reciclou, enviou para compostagem ou, doou e/ou revendeu
os seguintes materiais? (sim ou não);
6) A instituição utiliza reciclagem de fluxo único (um único recipiente
para recicláveis misturados) para coletar recicláveis padrão (ou seja,
papel, plástico, vidro, metais) nas áreas comuns?
7) A instituição usa corrente dupla (dois recipientes separados para
recicláveis, por exemplo, um para papel e outro para plástico, vidro e
471

metais) para coletar recicláveis padrão (ou seja, papel, plástico, vidro,
metais) nas áreas comuns?
8) A instituição utiliza reciclagem de múltiplos fluxos (vários
recipientes que separam ainda mais os diferentes tipos de materiais) para
coletar recicláveis padrão (ou seja, papel, plástico, vidro, metais) nas
áreas comuns?
9) Taxa média de contaminação do programa de reciclagem da
instituição (porcentagem, 0-100).
OP - 20 Desvio de resíduos e construção e demolição

Indicadores:
1) Materiais de construção e demolição reciclados, doados ou
recuperados durante o ano mais recente para o qual há dados disponíveis
nos três anos anteriores;
2) Materiais de construção e demolição aterrados ou incinerados durante
o ano mais recente para o qual há dados disponíveis nos três anos
anteriores;
3) Porcentagem de materiais de construção e demolição desviados do
aterro ou incinerador por meio de reciclagem, doação e/ou outras formas
de recuperação.

Indicadores intermediários:
1) Materiais de construção e demolição reciclados, doados ou
recuperados durante o ano mais recente para o qual são comparados com
dados disponíveis nos três anos anteriores (toneladas);
2) Materiais de construção e demolição aterrados ou incinerados durante
o ano mais recente para o qual há dados disponíveis nos três anos
anteriores;
3) Porcentagem de materiais de construção e demolição desviados do
aterro ou incinerador por meio de reciclagem, doação e/ou outras formas
de recuperação.
OP - 21 Gestão de resíduos perigosos
Indicadores:
1) A instituição dispõe de estratégias para descartar com segurança
todos os resíduos químicos perigosos, especiais (por exemplo, cinzas de
carvão), universais e não regulamentados e procurar minimizar a
presença desses materiais no campus?
472

2) A instituição possui ou participa de um programa para reciclar,


reutilizar e/ou reformar com responsabilidade os resíduos eletrônicos
gerados pela instituição?
3) A instituição possui ou participa de um programa para reciclar,
reutilizar e/ou reciclar com responsabilidade o lixo eletrônico gerado
pelos alunos?
4) O reciclador de lixo eletrônico da instituição é certificado sob os
padrões e-Stewards e/ou Reciclagem Responsável?
5) Resíduos eletrônicos reciclados ou desviados do aterro ou do
incinerador durante o ano mais recente para o qual há dados disponíveis
nos três anos anteriores.

Indicadores intermediários:
1) A instituição dispõe de estratégias para descartar com segurança
todos os resíduos químicos perigosos, especiais, universais e não
regulamentados?
2) A instituição dispõe de estratégias para minimizar a presença desses
materiais no campus?
3) A instituição possui ou participa de um programa para reciclar,
reutilizar e/ou reformar com responsabilidade os resíduos eletrônicos
gerados pela instituição?
4) A instituição possui ou participa de um programa para reciclar,
reutilizar e/ou reciclar com responsabilidade o lixo eletrônico gerado
pelos alunos?
5) O reciclador de lixo eletrônico da instituição é certificado sob os
padrões e-Stewards e/ou Reciclagem Responsável?
6) Resíduos eletrônicos reciclados ou desviados do aterro ou do
incinerador durante o ano mais recente para o qual há dados disponíveis
nos três anos anteriores (ton).

OP - 22 Uso da água

Indicadores:
1) Nível de "quantidade de risco físico" para o campus principal da
instituição, conforme indicado pelo Atlas de Risco Hídrico do Aqueduto
do World Resources Institute. (alto, médio, baixo);
2) Uso total de água (potável e não potável) (galões/ano de desempenho
x ano referência);
3) Uso de água potável (galões/ano de desempenho x ano referência);
4) Uso de água potável por usuário do campus ponderado;
473

5) Redução percentual no uso de água potável por usuário do campus


ponderado a partir da linha de base;
6) Área bruta do espaço do edifício;
7) Uso de água potável por unidade de área útil (galões/m²);
8) Redução percentual no uso de água potável por unidade de área útil
da linha de base;
9) A instituição deseja obter a parte 3 deste crédito? (reduções no uso
total de água por área / área de terras com vegetação);
10) Área de terrenos com vegetação;
11) Uso total de água por unidade de solo com vegetação;
12) Redução percentual no uso total de água por unidade de solo com
vegetação a partir da linha de base.
Indicadores intermediários:
1) Nível de "quantidade de risco físico" para o campus principal da
instituição, conforme Atlas de Risco Hídrico - Aqueduct do Instituto de
Recursos Mundiais. (alto, medio, baixo).
2) Uso total de água (potável e não potável);
3) Uso de água potável;
4) Uso de água potável por usuário do campus;
5) Redução percentual no uso de água potável por usuário do campus a
partir da linha de base;
7) Uso de água potável por unidade de área útil;
8) Redução percentual no uso de água potável por unidade de área útil
da linha de base;
9) A instituição deseja obter a parte 3 deste crédito? (reduções no uso
total de água por área de terras com vegetação);
10) Uso total de água por unidade de solo com vegetação;
12) Redução percentual no uso total de água por unidade de solo com
vegetação a partir da linha de base.

OP - 23 Gestão de águas pluviais


Indicador:
1) Qual das alternativas a seguir descreve melhor a abordagem da
instituição para o gerenciamento de águas pluviais? (políticas, planos ou
diretrizes menos abrangentes que incorporam infraestrutura verde).

Indicadores intermediários:
1) Qual das alternativas a seguir descreve melhor a abordagem da
instituição para o gerenciamento de águas pluviais? (políticas, planos ou
diretrizes menos abrangentes que incorporam infraestrutura verde).
474
475

APÊNDICE C - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E


ESCLARECIDO
476
477

APÊNDICE D - CARTA APRESENTAÇÃO AOS


ESPECIALISTAS
478
479

APÊNDICE E - QUESTIONÁRIO
480
481
482
483
484
485
486
487
488
489
490
491
492
493

ANEXO A - PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA


ENVOLVENDO SERES HUMANOS
494
495
496
497
498

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