Os textos fornecem insights valiosos sobre as propostas teóricas de Arthur Danto e Nelson

Goodman no campo da filosofia da arte. Ambos os filósofos abordam questões

fundamentais relacionadas à definição da arte, à relação entre arte e sociedade, e à
compreensão da experiência estética.

Arthur Danto, notório por seu conceito de "mundo da arte" e sua teoria do "fim da arte",
destaca a importância da contextualização e do significado conceitual na apreciação de
obras de arte. A referência às Brillo boxes de Warhol ilustra a ideia de Danto de que a
distinção entre arte e objetos do cotidiano tornou-se nebulosa no mundo pós-histórico da
arte. Warhol transformou objetos comuns em obras de arte, desafiando a noção tradicional
de uma identidade anterior sólida nas obras de arte.

Por outro lado, Nelson Goodman, ao discutir as divisões na filosofia da arte, ressalta que as
categorias estabelecidas não fazem sentido absoluto. Ele argumenta que a filosofia deve
buscar uma "outra inteligência" para compreender tanto a arte quanto a ciência. Isso se
conecta ao trecho que critica a visão antiquada de que a arte é um domínio separado dos
outros campos culturais. Goodman sugere que as categorias tradicionais não são
suficientes para apreender a complexidade da arte contemporânea.

Os exemplos contemporâneos mencionados, como a exposição "A Obra de Arte Total" e a

colaboração com o grupo Women on Waves, abordam a fusão de diferentes formas de
expressão artística e a interação entre arte e sociedade. Essas práticas desafiam as
fronteiras convencionais e enfatizam a importância da energia flutuante na criação artística,
como mencionado por Harald Szeemann. A ideia de solidariedade, também destacada por
Szeemann, sugere que a arte pode ser uma força que transcende o individualismo e busca
o bem comum.

Ao enriquecer a compreensão desses conceitos, é possível explorar como as práticas

artísticas contemporâneas desafiam as categorias estabelecidas, promovendo uma reflexão
crítica sobre a natureza da arte, sua relação com a sociedade e a necessidade de uma
abordagem mais flexível na filosofia da arte.