V. 4 n.1 Edição Especial Fevereiro de 2024 REVISTA SARAU Vinicius de Moraes

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REVISTA SARAU – VOL.4 – EDIÇÃO ESPECIAL – Nº1 – FEV.

DE 2024 2
AUDIODESCRIÇÃO DA CAPA DA REVISTA SARAU – EDIÇÃO ESPECIAL

#ParaTodosVerem: capa com fundo branco. Na parte superior, no formato retangular horizontal, fundo na cor laranja com
nuvens cinzas. Na parte central, sobre a mão espalmada, “Revista Sarau”. Abaixo, no formato retangular vertical, fundo
na cor preta. Ao centro, da cintura para cima, o poeta Vinicius de Moraes; pele morena clara, cabelos brancos e lisos sobre
os ombros; olhos pequenos e um leve sorriso; usa camisa na cor vermelha. Na parte inferior, “Vida em poesia; Vinicius de
Moraes”. À esquerda, “Volume 4 nº 1 – Edição Especial – fevereiro de 2024”. “INSS 2965–6192”. Na parte inferior, o código
de barras.

EXPEDIENTE
Volume 4 – número 1 – Edição especial - fevereiro de 2024
Fortaleza – CE – Brasil
Publicação Bimestral
Distribuição Gratuita: On-line

EDITORES CHEFES:

Nonato Nogueira e Débora Nogueira de Oliveira

JORNALISTAS:

Tiago Rocha de Oliveira - Registro nº MTB/JP 01293-ES


Gerardo Carvalho Frota - Registro nº 1679-CE, em 21/03/2005. DRT 002936/00-92

CONSELHO EDITORIAL:
Afrânio Câmara, Luciana Bessa, Néia Gava, Elaine Meireles, Ivan Melo e José Roberto Morais

REVISÃO E NORMATIZAÇÃO:

Marcondes Jamacaru, Ivan Melo, Elaine Meireles, Néia Gava e José Roberto Morais.

DIAGRAMAÇÃO:
Nonato Nogueira

CAPA:
Reprodução da foto de Vinicius de Moraes.

AUDIODESCRIÇÃO:
Ana Paula Marques

CONTATO:

revistasarau2@gmail.com
Instagram: @revistasarau
https://revistasarau2.wixsite.com/revista-sarau

Colaboradores desta edição:


Nonato Nogueira, Gorette Rodrigues, Norma Novais, Marcela da Silva Santos Lorenzoni, Vanice Ricardo do Nascimento,
Claudia Ricardo do Nascimento, Néia Gava, Péricles Melo Filho, Marlucia Vidal, Eliane Maia (Lua Maia), José Roberto Morais, Rai Albuquerque, Veroni
Martins, Ana Paula Marques, Luiza Pontes, Miriam Pina, Cleônia Nunes, Socorrinha Rodrigues, Jean Eduardo Paiva, Luis Antônio Santos e Santos,
Inácia Girão, Ana Maria Ramos dos Santos, Gilberto Barrancos Romero.

A Revista Sarau é uma revista de literatura, música, cinema, teatro e artes visuais. É uma publicação eletrônica, de submissão aberta, publicada
bimestralmente por escritores e artistas comprometidos com a divulgação da Literatura e da Arte em nosso país.

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SUMÁRIO
4 Editorial
5 Carta aos puros / Vinicius de Morais
7 O poetinha / Nonato Nogueira
8 Vinícius de Moraes: o Poetinha que nos inspira / Néia Gava
9 Carta para Vinicius de Moraes / Inácia Girão
10 O poeta / Nonato Nogueira
11 Para viver um grande amor / Gorette Rodrigues
12 As andanças do amor / Norma Novais
13 Amor proibido / Marcela da Silva Santos Lorenzoni
14 Um brinde ao poeta / Vanice Ricardo do Nascimento
15 Visionário / Claudia Ricardo do Nascimento
16 Como é possível? / Néia Gava
17 Por onde anda / Péricles Melo Filho
18 O poetinha / Marlucia Vidal
19 Para Vinicius / Eliane Maia
20 Noite linda / José Roberto Morais
21 Infinito Vinicius / Rai Albuquerque
22 Soneto do amor inteiro / Veroni Martins
23 Saudade / Ana Paula Marques
24 Poema para Vinicius / Luiza Pontes
25 Razão do poema / Miriam Pina
26 Intenso / Cleônia Nunes
27 Canção para falar de saudade / Socorrinha Rodrigues
28 Brutais sutilidades / Jean Eduardo Paiva
29 Olhar que encanta e revela / Luis Antônio S. Santos
30 Os segredos das três mulheres no ponto de ônibus / Ana Maria Ramos dos Santos
31 Vinicius de Moraes / Gilberto Barrancos Romero
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EDITORIAL
A Revista Sarau é muito especial, pois proporciona aos seus leitores uma diversidade de textos
que enobrecem a cultura brasileira.
Mas esta edição, que será voltada para as publicações de poetas de várias regiões do Brasil, está
ainda mais especial.
Como forma de fomentar a cultura poética de escritores do país, a Revista promoveu o concurso
“Antologia Poética ‘Vida em Poesia’: uma homenagem ao poeta Vinícius de Moraes”.
Os objetivos da iniciativa cultural, além de incentivar os poetas brasileiros, foram estimular e
valorizar a escrita lírica, além de homenagear o escritor brasileiro Vinícius de Moraes, que deixou um
belo legado em versos e composições musicais para a arte brasileira.
Diversos escritores de várias regiões do país inscreveram os seus textos em versos e prosas. As
poesias serão publicadas em livros físico e e-book. E também serão prestigiados por esta Revista.
A Revista Sarau, prezando por seu cunho de valorização cultural, homenageia a todos os poetas
que participaram do concurso e ao Poetinha, que encantou o cenário literário brasileiro, publicando
em suas páginas versos e prosas tão delicadamente escritos.

Então, vamos à leitura e boa colheita para todos!


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CARTA AOS PUROS

Ó vós, homens sem sol, que vos dizeis os Puros


E em cujos olhos queima um lento fogo frio
Vós de nervos de nylon e de músculos duros
Capazes de não rir durante anos a fio.

Ó vós, homens sem sal, em cujos corpos tensos


Corre um sangue incolor, da cor alva dos lírios
Vós que almejais na carne o estigma dos martírios
E desejais ser fuzilados sem o lenço.

Ó vós, homens iluminados a néon


Seres extraordinariamente rarefeitos
Vós que vos bem-amais e vos julgais perfeitos
E vos ciliciais à ideia do que é bom.

Ó vós, a quem os bons amam chamar de os Puros


E vos julgais os portadores da verdade
Quando nada mais sois, à luz da realidade,
Que os súcubos dos sentimentos mais escuros.

Ó vós que só viveis nos vórtices da morte


E vos enclausurais no instinto que vos ceva
Vós que vedes na luz o antônimo da treva
E acreditais que o amor é o túmulo do forte.

Ó vós que pedis pouco à vida que dá muito


E erigis a esperança em bandeira aguerrida
Sem saber que a esperança é um simples dom da vida
E tanto mais porque é um dom público e gratuito.

Ó vós que vos negais à escuridão dos bares


Onde o homem que ama oculta o seu segredo
Vós que viveis a mastigar os maxilares
E temeis a mulher e a noite, e dormis cedo.
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Ó vós, os curiais; ó vós, os ressentidos
Que tudo equacionais em termos de conflito
E não sabeis pedir sem ter recurso ao grito
E não sabeis vencer se não houver vencidos.

Ó vós que vos comprais com a esmola feita aos pobres


Que vos dão Deus de graça em troca de alguns restos
E maiusculizais os sentimentos nobres
E gostais de dizer que sois homens honestos.

Ó vós, falsos Catões, chichisbéus de mulheres


Que só articulais para emitir conceitos
E pensais que o credor tem todos os direitos
E o pobre devedor tem todos os deveres.

Ó vós que desprezais a mulher e o poeta


Em nome de vossa vã sabedoria
Vós que tudo comeis mas viveis de dieta
E achais que o bem do alheio é a melhor iguaria.

Ó vós, homens da sigla; ó vós, homens da cifra


Falsos chimangos, calabares, sinecuros
Tende cuidado porque a Esfinge vos decifra...
E eis que é chegada a vez dos verdadeiros puros.

Vinicius de Moraes
Rio de Janeiro, 1935
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O POETINHA
Texto de Nonato Nogueira

Vinicius de Moraes ao lado de Tom Jobim. Foto: Reprodução.

Vinícius de Moraes nasceu no dia 19 de outubro de 1913, na ilha do Governador, no Rio de Janeiro.
Os pais do artista se chamavam Clodoaldo Pereira da Silva Moraes, funcionário público e poeta, e
Lydia Cruz de Moraes, pianista. Teve três irmãos: Lygia, Helius e Laetitia.
A poesia começou a correr cedo nas veias do homem que, aos nove anos, começou a escrever
poemas. Segundo estudos, os versos foram escritos para uma menina. Com 15 anos, compôs suas
primeiras canções. Cursou a Faculdade de Direito, da rua Catete e a Universidade de Oxford, onde
estudou língua e literatura inglesas. Em 1933, publicou seu primeiro livro de poesias – O caminho para
a distância. Em 1935, recebeu o prêmio Felipe d’Oliveira pela publicação de seu segundo livro
— Forma e exegese. Em 1943, entrou para o Itamaraty, assumindo, em 1946, seu primeiro posto
diplomático, de vice-cônsul em Los Angeles
Ao longo dos seus quase 67 anos, criou um leque de produções literárias e musicais memoráveis.
Além de um dos mais famosos nomes da Música Popular Brasileira (MPB), foi escritor, poeta,
jornalista, crítico de cinema, diplomata e muito mais. Em síntese, foi um dos grandes nomes da cultura
do Brasil no século XX.
Em 1953, Vinícius conheceu Antônio Carlos Jobim e iniciou um apaixonado envolvimento com a
música brasileira, tornando-se um dos maiores letristas.
Vinícius de Moraes também é conhecido como “poetinha”, apelido dado pelo seu grande parceiro
Tom Jobim, com quem escreveu a música brasileira mais famosa do mundo e um dos ícones da Bossa
Nova, “Garota de Ipanema”."
Durante as décadas de 1950 e 1960, Vinícius compôs inúmeras letras e se apresentou ao lado
de diversos músicos renomados, como Baden Powell, Carlos Lyra, João Gilberto, Dorival Caymmi,
Francis Hime e dos, então estreantes, Maria Bethânia e Gilberto Gil. Suas letras fizeram grande
sucesso e fazem parte de eternizadas canções da bossa nova.
Com as repressões da Ditadura Militar e o AI-5, em 1968, foi aposentado compulsoriamente
das atividades no Itamaraty. Um ano depois, conheceu o violonista Toquinho, com quem firmou
duradoura parceria musical.
Sambista, boêmio e poeta de vastas composições amorosas, Vinícius viveu, realmente, o amor
que tanto descrevia em seus versos: foi casado nove vezes e teve cinco filhos.
Vinícius de Moraes morreu no dia 9 de julho de 1980, em sua casa, no Rio de Janeiro.

Nonato Nogueira é graduado em Filosofia e História. Mestre em História e Culturas pela Universidade Estadual do Ceará.
Autor de livro didáticos de Filosofia, História e Geografia. É autor dos livros de poemas O Poeta da Cidade, Sobre o corpo
e A solidão de Nietzsche.
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VINÍCIUS DE MORAES: O POETINHA QUE NOS INSPIRA
Texto de Néia Gava
Marcus Vinícius da Cruz de Melo Moraes, conhecido como Vinícius de Moraes, e carinhosamente
chamado de Poetinha, nasceu no dia 19 de outubro de 1913, no Rio de Janeiro. E cá entre nós,
amantes da literatura, ele nos coroou com a sua arte de escrever e compor prosas, versos e músicas.
O nosso Poetinha foi, além de poeta, escritor, jornalista, crítico de cinema, cantor, entre tantas
outras atribuições. Ele começou a escrever com, aproximadamente, nove anos de idade, o que
demonstrou o seu nato talento desde a sua tenra vida.
Aos quinze anos, ele começou a compor as primeiras canções, entoando emoções e corações
com poesia e música. Uma dupla harmoniosa e perfeita nas mãos do memorável escritor brasileiro.
Ele se tornou conhecido por seu romantismo arraigado em seus textos líricos e musicais. Todavia,
também ganhou notoriedade por tratar em seus versos de temas delicados da sociedade.
Um tema forte tratado pelo poeta foi sobre a tragédia das bombas atômicas, durante a Segunda
Guerra Mundial, nas cidades de Hiroshima e Nagasaki. Com suas explosões e radiações químicas,
milhares de pessoas morreram. Sensibilizando, não somente os poetas (que sentem as dores do
mundo), toda a sociedade mundial.
Esse episódio trágico e histórico despertou em Vinícius de Moraes a sensível inspiração para
escrever a poesia “A Rosa de Hiroshima”, tamanha era a sua preocupação com os civis daquelas
cidades e com o futuro de todo o mundo.
Em meio aos versos líricos, o poeta teceu severas críticas à Guerra Mundial, tratada como “a
antirrosa”. Aqui, a comparação da bomba com a rosa ocorreu porque ao explodir ela se assemelhou,
visualmente, a uma rosa desabrochando.
No entanto, esse antagonismo demonstra que enquanto a rosa desabrocha e alegra os jardins, a
bomba explodiu e matou inúmeros civis inocentes. Aqueles que sobreviveram, adoeceram devido à
radioatividade do dispositivo bélico.
Vinícius de Moraes, ao iniciar os seus versos, implora aos responsáveis pela guerra que “Pensem
nas crianças / Mudas telepáticas / Pensem nas meninas / Cegas inexatas / Pensem nas mulheres
(...)”.
Em seguida, ele tratou a bomba como uma rosa desnecessária e estúpida: “..., Mas oh não se
esqueçam / Da rosa da rosa / Da rosa de Hiroshima / A rosa hereditária / A rosa radioativa / Estúpida
e inválida...”.
Nestes dois fragmentos poéticos, nota-se que o nosso Poetinha, sentindo as dores da população
do Japão, civis inocentes, critica os responsáveis pela guerra, a qual é considera inútil, inválida e
estúpida.
Ele encerra o texto lírico, clamando “...Mas oh não se esqueçam (...)A rosa com cirrose /A antirrosa
atômica / Sem cor sem perfume / Sem rosa sem nada.”
Com esta súplica, após as críticas, Vinícius de Moraes demonstra preocupação com as tristes
consequências que as bombas proporcionariam àquela população sobrevivente e vítima de interesses
centrados nas mãos de poucos e ambiciosos homens.
Por fim, cabe ressaltar que o poeta e compositor criou inúmeras produções literárias e musicais,
que se tornaram legados memoráveis.

Néia Gava Rocha é Escritora. Revisora de textos (de revista, portal de notícias, livros, trabalhos acadêmicos e outros).
Membro do Conselho Municipal de Política Cultural de Vargem Alta-ES. Membro do Conselho Editorial da Revista Sarau
(Fortaleza-CE). Acadêmica Correspondente da Academia de Letras e Artes de Venda Nova do Imigrante (ALAVENI).
Comendadora “Heroína do Queimado 1849 – Princesa Nagô Aisha Keto Korowe Detokumbo”. Acadêmica Correspondente
da Academia Pan-Americana de Letras e Artes do Rio de Janeiro (APALA-RJ).
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CARTA PARA VINÍCIUS DE MORAES
Fortaleza, 29 de dezembro de 2023.

Caro Vinícius,

Celebrar o seu centenário me faz aumentar a saudade que sinto de você. Tenho lido seus poemas e
escutado as músicas de sua autoria, as quais cheguei a imaginar que eram destinadas somente a mim.

Ah... meu poeta, você se lembra, nós dois naquelas tardes fugazes em Itapuã, tomando água de coco, o
violão do lado, à sombra de uma barraca? Fui uma das suas companheiras, por muitos anos, entre as
nove com quem se casou.

Passávamos horas a fio conversando. Um dos assuntos favoritos era a culinária. Além das inúmeras
habilidades, você se consideravas um bom cozinheiro. Gostava de fazer feijoada e frango na cerveja, ao
forno. E enquanto esperava o frango assar, compunha seus lindos versos. Dizia que para viver um grande
amor era importante fazer umas coisinhas – ovos mexidos, camarões, sopinhas, molhos, filés com fritas,
preparados com carinho para o seu amor.

Você também falava com entusiasmo da parceria que mantinha com Tom Jobim, João Gilberto e Toquinho,
a qual lhe fez tornar um grande músico, além de contribuir para o avanço da Música Popular Brasileira
com a vinda da Bossa Nova.

Vinícius, você carregava consigo a alegria, o amor e a felicidade. Ao seu lado não havia tristeza, pois,
demonstrava em melodia que: “É melhor ser alegre do que triste. Alegria é a melhor coisa que existe, é
assim como a luz no coração”. Porém, ressaltava que um bocado de tristeza lhe inspirava a criar um samba
em forma de canção. E com um pouco de amor, os olhos cheios de carinhos e as mãos cheias de perdão,
qualquer um de nós vive bem, que a vida é pra valer.

Você ainda me dizia que a mulher precisava ter algo mais, além da beleza, pois há sempre alguém a sua
espera. Que um grande amor para ser direito, não bastava apenas de um bom sujeito, era preciso ter peito.
Peito de remador.

No entanto, Poetinha, você abusou do regra três, querendo muito mais do que devia. Esqueceu de que o
perdão também cansa de perdoar. Corria o risco de ficar sozinho e triste, mas era esperto e logo inventava
um novo amor. Porque se amar era sofrer, você queria morrer de amor e de dor. E se o amor era fantasia,
você se encontrava em pleno carnaval.

Nos seus momentos românticos você me dizia: Amo-te, enfim, com grande liberdade, dentro da eternidade
e a cada instante. E de te amar assim, muito e amiúde é que um dia em teu corpo, de repente, hei de
morrer de amar mais do que pude.

De repente, não mais que de repente, fez-se triste um amor ausente.

Ah... que saudade. Que vontade de ver renascer nossas vidas. Volta meu amor, os meus braços precisam
dos teus, teus abraços precisam dos meus. Sem você eu não sou ninguém. Mas eu sei, eu sei que vou te
amar por toda a minha vida vou te amar.

O amor me fez perceber que todos os caminhos me levam a você.


De sua e sempre sua,
Inácia.

.
Inácia Girão é cearense, adora viajar e caminhar descalço na praia. Mestre em Administração e escritora. Tem um livro
publicado, “Pintando a Própria Vida”, e participação em diversas antologias. É Membro do Grupo Mulherio das Letras
Ceará, da Academia Feminina de Letras do Ceará e da Ala Feminina da Casa de Juvenal Galeno.
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Nonato Nogueira é graduado em Filosofia e História. Mestre em História e Culturas pela Universidade Estadual do Ceará.
Autor de livro didáticos de Filosofia, História e Geografia. É autor dos livros de poemas O Poeta da Cidade, Sobre o corpo
e A solidão de Nietzsche.
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Gorette Rodrigues é escritora, psicóloga/psicoterapeuta de orientação psicanalítica, professora, poeta e bailarina. Mora
em Recife e publicou escritos em Fios da Teia (org. Flávia Suassuna); Projeto Rede Solidária (três coletâneas org. Zeca
Lemos); Revista Sarau; Antologia Poemas para Celebrar a Vida (org. Nonato Nogueira).
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Norma Novais é Assistente Social e Psicóloga. Autora de três livros, poesia e crônicas.
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Marcela da S. S. Lorenzoni, mora em Vargem Alta- ES. Professora há 23 anos. Formada em Pedagogia e Psicologia. Ama
poesia e história infantil.
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Vanice Ricardo do Nascimento é Professora. Poeta. Tem texto publicado na revista7Fases e na Coletânea Mulheres
Maravilhosas da Campanha Por Mais Mulheres Escritoras pelo Canal Sororidade. Tem poemas publicados pela Editora
Contos livres e outras antologias. É autora do livro: VIDAS, pela Coleção Mulher Maravilhosa Volume 8 uma edição da
ALB Campos RJ GRUPO EDITORIAL E LITERÁRIO).
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Claudia Ricardo do Nascimento é autora dos livros: Do HAICAÍSTA Em POESIA HAICAI: O UNIVERSO pela Coleção
Mulher Maravilhosa Volume 7, da ALB Campos RJ GRUPO EDITORIAL E LITERÁRIO; NÓS TRÊS: A LEITURA por
_______, A ESCRITA de Claudia Ricardo e a ILUSTRAÇÃO de Claudiana Ricardo, pela Mágico de OZ; Em SOBRETUDO,
POLÍTICA: como caber a função poética? E ... EM POESIA, ambos, Autografia e O MAIS BELO POMAR, Edições &
Publicações.
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Néia Gava Rocha mora em Vargem Alta-ES. Especialista em Letras: Português e Literatura. Tem poesias publicadas em
quatro antologias poéticas. Escreve poesias, crônicas e contos. Colunista do Portal de Notícias Da Hora ES e Colunista
da Revista Sarau. Conquistou o 1º lugar no II Festival Nacional de Poesia “Newton Braga”. Acadêmica Correspondente da
Academia de Letras e Artes de Venda Nova do Imigrante-ES (ALAVENI) e Acadêmica Correspondente da Academia de
Letras e Artes Pan-Americana do Rio de Janeiro (APALA-RJ).
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Péricles Moreira de Melo Filho é professor de História e um apaixonado pela literatura clássica. Autor do livro Antes do
Orvalho, poesia no rosto (2022).
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Maria Marlucia P. Vidal Reginaldo é natural de Pau dos Ferros. Economista. Sua grande paixão é escrever.
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Eliane Maia é Assistente social, Escritora, Compositora, Cantora, pós-graduada em Administração escolar, com ampla
atuação na implantação, gestão e avaliação de Projetos Sociais na área infanto-juvenil, educação extraescolar, com ênfase
na atenção a crianças, mulheres e idosos. Pessoas com ou sem deficiências e suas famílias.
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José Roberto Morais é Professor, poeta, cordelista e escritor araripense. Colunista da Revista Sarau. Membro fundador
da Academia de Letras do Brasil - ALB / Seccional Regional Araripe - CE, cadeira 22.
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INFINITO VINÍCIUS
Texto de Rai Albuquerque

CHEGA DE SAUDADE em canção


No teatro ORFEU DA CONCEIÇÃO

Um boêmio no Rio
Um sedutor
Do Brasil ele foi embaixador

Escreveu e cantou sobre o amor


À amizade ele deu muito valor

E ecoou sua voz em mais um Tom


Com Toquinho também compositor
Fez história na música brasileira

A sua fé ele não abandonou


Na areia da praia ele pisou
E à Iemanjá flores brancas oferendou

Foi o branco mais preto que se viu


Apreciando o candomblé baiano
Sambou a felicidade a cada ano

Sua vida foi chama acesa


Que não se apagou
Ele foi infinito

Sua obra ressoa em cada canto


E seu canto outras vidas entoou.

Rai Albuquerque mora em Fortaleza, Ceará. Graduada em Letras, com pós-graduação em Literatura Brasileira pela
Universidade Estadual do Ceará. É professora, aromaterapeuta e poeta. Tem publicações de poesias na Revista Sarau n
02, 03 e 05 e nas coletâneas I tomo das bruxas: Do ventre à vida, do projeto ENLUARADAS, Poemas para celebrar a vida,
organizada pela REVISTA SARAU, Como não sentir saudade, edições EHS, Estações da vida: outubro 2023, editora La
Vita, Embalos literários e Poemas sobre a morte, editora Persona, Mulherio das Letras Ceará: Mulheres, velas e poesia,
Editora Siano.
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SONETO DO AMOR INTEIRO

Texto de Veroni Martins

Quero um amor por inteiro


Um amor para toda a vida
Quero uma pessoa querida
Para quem serei o primeiro

Quero um amor cumplicidade


Enquanto durar a veneração
De todo cuidado e dedicação
De todo cheiro de eternidade

Quero um amor pura sintonia


Feito de porções alquímicas
Feitas de encanto e magia

Quero um amor eternamente


Mesmo ora cinza, ora chama
Quero um amor, simplesmente

Veroni Martins é natural de Apuiarés - C. Mora em Itapipoca - CE. Professora aposentada, escritora, poetisa, educadora
popular, sindicalista, feminista e ativista de Direitos Humanos. Militante do MAC, MARCA, MEDH, MNDH, RECID, AMB e
SINTET. É autora dos livros: Poesia, Renda e Luz, Rabiscando Lilás em tempos de cinzas e Poemia - Poemas em tempos
de pandemia. Participante de diversas antologias e coletâneas nacionais. Membro fundadora da ALITA - Academia de
Letras de Itapipoca.
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Ana Paula é graduada em Engenharia Elétrica e em Matemática. É professora da educação especial, poetisa e
audiodescritora da Revista Sarau. É membro da Academia Antônio Bezerra de Letras e Artes (AABLA) e do grupo de
poetisas Mulheres Poesis. É coautora dos livros Educação em Revista, a Felicidade Pós-Moderna e Poetas Nordestinos
Vol. I. Conquistou o 1º lugar (2023) e o 4º lugar (2022) no concurso de Microconto da União Brasileira de Trovadores.
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Luiza Pontes é graduada em Letras e Música pela UECE - Universidade Estadual do Ceará; História pela Estácio.
Especialista em Metodologias do Ensino das Artes também pela UECE e Mestre em Educação pela ACU. Escritora
participante de algumas Antologias como Melancolia Academia da Incerteza; A Felicidade Pós-Moderna; Raul Seixas A
Metamorfose Ambulante; Mulheres em Versos, A Maçã Podre, entre outras.
REVISTA SARAU – VOL.4 – EDIÇÃO ESPECIAL – Nº1 – FEV. DE 2024 25
RAZÃO DO POEMA
Texto de Miriam Pina

Choro a dor
Do amigo perdido,
Desaparecido
Nas dobras do tempo...

Os olhos passeiam
Metrô, passarela
Palácio, favela,
Foto no jornal.

Passando a chuva,
Marquise apinhada,
Anônimos rostos.
Te escondes aqui?

Cadê o amigo,
Razão do poema?
Em cada semblante
Vou te resgatar!

Miriam Pina – paraibana, graduada em Letras (UFPE) e Pós-graduada em Educação (UFRJ). Viveu onze anos na África
(Zâmbia, Angola, Luanda), intérprete e tradutora para a UNAVEM (missão de paz da ONU em Angola), coordenou o Projeto
Pró-Vita (assistência às vítimas da guerra em Luanda), colunista do Espaço, Criança da Revista Cidade Nova (SP),
publicou o livro Estressilda, a formiguinha estressada (Editora Coralina).
REVISTA SARAU – VOL.4 – EDIÇÃO ESPECIAL – Nº1 – FEV. DE 2024 26

Cleônia de Sá Nunes Rocha é natural de Floresta - PE. Mora em Mato Grosso. Graduada em Letras. Seu primeiro livro:
A Última a Sair de Casa (2016). Também publicou o romance de ficção A Casa sem Cortinas (2021).
REVISTA SARAU – VOL.4 – EDIÇÃO ESPECIAL – Nº1 – FEV. DE 2024 27

Maria do Socorro do Carmo Rodrigues, nascida em Fortaleza, graduada em História pela UFC. Especialista em Teoria e
Metodologia do ensino de História e Gestão escolar. Professora das redes públicas estadual e municipal.
REVISTA SARAU – VOL.4 – EDIÇÃO ESPECIAL – Nº1 – FEV. DE 2024 28

Jean Eduardo Paiva é Professor de Educação Física da Rede Pública de Ensino do Estado do Ceará. Militante da
poesia e da Política. Um apaixonado pelas artes e pela vida.
REVISTA SARAU – VOL.4 – EDIÇÃO ESPECIAL – Nº1 – FEV. DE 2024 29

Luis Antônio Santos e Santos é Catuense, Advogado, Professor, Jornalista, Radialista, Gestor de futebol, Escritor e
Empresário; Relações Institucionais da Prefeitura de Catu; Membro da Academia Internacional de Literatura; Membro da
Academia Interamericana de Escritores.
REVISTA SARAU – VOL.4 – EDIÇÃO ESPECIAL – Nº1 – FEV. DE 2024 30
OS SEGREDOS DAS TRÊS MULHERES NO PONTO DE ÔNIBUS
Texto de Ana Maria Ramos dos Santos

No ponto de ônibus, três mulheres de idades, estilos e humores diferentes estavam sentadas
dispersas entre si, cada uma com suas preocupações e ausentes da presença das demais.
A primeira, na ponta, era alta, magra e jovem, com pele morena. Estava com as pernas cruzadas
para a direita, com as pontas dos sapatos aparecendo. Seus cabelos, perfeitamente penteados e
chapinhados, exalavam um leve perfume. Ela mexia no celular sem parar, divagando entre uma
mensagem e outra, totalmente absorta do mundo ao seu redor. Imaginava que as duas mulheres que
estavam ao seu lado, por aparentarem ser bem mais velhas que ela, não tinham vida social e que
deviam ter uma vida sem graça.
A segunda, no meio, estava sentada com as pernas cruzadas para a esquerda. Era acima do peso,
mas não obesa, com a pele negra. Seus cabelos, crespos e volumosos, iam até os ombros. Ela
aparentava ter cerca de cinquenta anos e usava apenas um batom, uma saia florida, tênis brancos e
uma camiseta branca. Também estava concentrada no celular, pensando consigo como alguém pode
ser tão insensível para entrar em qualquer ambiente ouvindo música ou áudios de conversas
particulares em alto volume.
A mulher do outro lado era de estatura baixa, gordinha, com a pele branca. Seus cabelos, curtos
e despenteados, deixavam à mostra suas orelhas. Sem maquiagem, ela usava uma bermuda jeans,
tênis surrados e as pernas abertas. Aparentava estar entrando na faixa dos sessenta anos. Estava
ouvindo música no celular, sem fone de ouvido, mas em um volume alto. Porém, não atrapalhava as
demais, pois as duas mulheres do lado tinham fones de ouvido.
Essa mulher tinha uma vida agitada. Cuidava dos três netos porque a nora havia abandonado o
filho para ir morar com outro homem em outro Estado. Antes de sair de casa, ela dava café para os
três, trocava as fraldas, mandava escovar os dentes, levava um para a creche e os outros dois para a
escola. Com essa correria, sempre esquecia de levar fone de ouvido, perfume e até de passar
hidratante nas pernas. E, claro, não tinha tempo para pensar nas outras mulheres do seu lado.

Ana Maria Ramos dos Santos é escritora e uma apaixonada pela literatura e pelas artes.
REVISTA SARAU – VOL.4 – EDIÇÃO ESPECIAL – Nº1 – FEV. DE 2024 31

Gilberto Barrancos Romero, escritor independente, faculdade de ADM na UNIA Santo André, edição de 110 livros
na Amazon e clube de autores, sobre comportamento humano, gestão humana, e vários sobre segurança privada
e condominial.
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LANÇAMENTO DE LIVROS
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DESCRIÇÃO
A solidão de Nietzsche retrata, em forma de poemas, o pensamento do filósofo alemão Friedrich
Nietzsche, um pensador cuja importância é inegável nos dias atuais. Um homem que nasceu póstumo,
na medida em que viveu numa época em que suas palavras eram consideradas radicais e irreverentes.
Nietzsche foi um filósofo cuja postura era crítica e radical, o perfeito discípulo do filósofo Dionísio,
aquele que preferiria ser antes um sátiro a ser um santo. O nosso filosofo alemão, de fato, não era
santo, era antes de tudo um amante da música e da poesia, aquele homem que aprendeu a filosofar
com o martelo. Nas páginas deste livro o leitor irá se deparar com poemas que tratam da vida, das
paixões, dos amigos e das questões existenciais desse filósofo humano, demasiado humano.

BIOGRAFIA DO AUTOR

Nonato Nogueira é professor de História, Filosofia e Sociologia. É mestre em História e Culturas pela
UECE e autor de livros didáticos de Filosofia, para crianças e adolescentes, e de História. Organizou
cinco antologias de poemas, crônicas e contos. É autor de dois livros de poemas, publicados de forma
independente. Escreve poemas e crônicas.

FICHA TÉCNICA
Título da obra: A solidão de Nietzsche
Autor: Nonato Nogueira
Gênero da Obra: Poesia
Formato: 14 x 23 cm
ISBN: 978-655061689-2
Número de páginas: 52
Editora: Caravana
Capa e editoração eletrônica: Caique Cavalcante
REVISTA SARAU – VOL.4 – EDIÇÃO ESPECIAL – Nº1 – FEV. DE 2024 40

Vida em poesia é uma Antologia de Poemas, reúne 18 autores de vários locais do país. Lançamento
em fevereiro de 2024.

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