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REPÚBLICA
FEDERATIVA DO
BRASIL DE 1988
PARA AS PROVAS ELABORADAS
PELA FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS
• Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Norte (edital 25/11/2020) - #FGV (PCRN-21)
• Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (edital 01/06/2021) - #FGV (TJPR-21)
• Tribunal de Justiça do Estado do Amapá (edital 01/10/2021) - #FGV (TJAP-22)
• Polícia Civil do Estado do Amazonas (edital 17/12/2021) - #FGV (PCAM-22)
• Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina (edital 10/05/2022) - #FGV (TJSC-22)
• Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco (edital 19/07/2022) - #FGV (TJPE-22)
• Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul (edital 16/01/2023) - #FGV (TJMS-23)
• Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo (edital 03/04/2023) - #FGV (TJES-23)
• Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (edital 04/09/2023) - #FGV (TJPR-23)
• Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (edital 14/08/2023) - #FGV (TJGO-23)
O parágrafo, inciso ou a alínea que foi exigido(a) na questão está grafado em negrito e
indicado com a hashtag respectiva.
As questões foram acrescentadas ao nal do assunto; e o gabarito no respectivo rodapé.
Assim como preparei este material para a minha aprovação, desejo que faça diferença
para a sua!
Dezembro de 2023
Ana Paula Dias
(@APDays)
Não é demais lembrar que a reprodução, cópia, divulgação ou distribuição indevida deste material, por
quaisquer meios e a qualquer título, é vedada por lei, sujeitando-se os infratores à responsabilização
civil e criminal.
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos
seguintes princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pací ca dos con itos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política,
social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade
latino-americana de nações.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por
dano material, moral ou à imagem;
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício
dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas
liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis
e militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção
losó ca ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e
recusar-se a cumprir prestação alternativa, xada em lei;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, cientí ca e de comunicação,
independentemente de censura ou licença;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua
violação; #FGV (TJPR-21)
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem
consentimento do morador, salvo em caso de agrante delito ou desastre, ou para
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; #FGV (TJAP-22)
Lei n. 9.296/1996 - Regulamenta o inciso XII, parte nal, do art. 5° da Constituição Federal.
TEMA 1041-STF - Sem autorização judicial ou fora das hipóteses legais, é ilícita a prova obtida
mediante abertura de carta, telegrama, pacote ou meio análogo. STF. RE 1116949, Relator(a):
MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 18-08-2020, DJe
02-10-2020 (Inf. 993) #FGV (PCRN-21)
Não é válida a interceptação telefônica realizada sem prévia autorização judicial, ainda que haja
posterior consentimento de um dos interlocutores para ser tratada como escuta telefônica e
utilizada como prova em processo penal. STJ. HC 161.053-SP, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em
27/11/2012 (Inf. 510) #FGV (TJGO-23)
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou pro ssão, atendidas as quali cações
pro ssionais que a lei estabelecer;
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando
necessário ao exercício pro ssional;
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa,
nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
XVI - todos podem reunir-se paci camente, sem armas, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente
convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade
competente;
XVII - é plena a liberdade de associação para ns lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de
autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades
suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para
representar seus liados judicial ou extrajudicialmente;
XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade
pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro,
ressalvados os casos previstos nesta Constituição;
TEMA 1033-STF - O ressarcimento de serviços de saúde prestados por unidade privada em favor
de paciente do Sistema Único de Saúde, em cumprimento de ordem judicial, deve utilizar como
critério o mesmo que é adotado para o ressarcimento do Sistema Único de Saúde por serviços
prestados a bene ciários de planos de saúde.
A tabela da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) deve servir de parâmetro para o
pagamento dos serviços de saúde prestados por hospital particular, em cumprimento de ordem
judicial, em favor de paciente do SUS.
A tomada forçada de serviço de unidade privada de saúde se revela uma espécie de requisição
judicial, ordenada pelo Estado-Juiz, em razão de falha concreta da política de saúde e da existência
de perigo iminente à saúde do paciente. A imposição de uma obrigação de fazer restritiva de
atividade privada resulta no dever de indenizar o proprietário.
[…] Nesse aspecto, a Lei 9.656/1998 (Lei dos Planos de Saúde) e a Lei 9.961/2000 atribuem à ANS o
encargo de xar valores de referência para o ressarcimento do SUS por serviços prestados em favor
de bene ciários de planos de saúde (2) e esse é um critério razoável para compensar o ente privado.
STF. RE 666094/DF, relator Min. Roberto Barroso, julgamento em 30.9.2021 (Inf. 1032) #FGV (TJPR-23)
XXVI - a pequena propriedade rural, assim de nida em lei, desde que trabalhada pela
família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua
atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de nanciar o seu desenvolvimento;
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de
suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei xar;
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e
voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;
b) o direito de scalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que
participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e
associativas;
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua
utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes
de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o
desenvolvimento tecnológico e econômico do País;
XXX - é garantido o direito de herança;
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira
em benefício do cônjuge ou dos lhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável
a lei pessoal do "de cujus";
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade e do Estado; #FGV (PCRN-21)
Lei n. 12.527/2011 - Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5º , no inciso II do §
3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal; altera a Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de
1990; revoga a Lei nº 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de
1991; e dá outras providências.
Art. 10. Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a informações aos órgãos e
entidades referidos no art. 1º desta Lei, por qualquer meio legítimo, devendo o pedido conter a
identi cação do requerente e a especi cação da informação requerida. #FGV (PCAM-22)
§ 1º Para o acesso a informações de interesse público, a identi cação do requerente não pode
conter exigências que inviabilizem a solicitação. #FGV (PCAM-22)
§ 2º Os órgãos e entidades do poder público devem viabilizar alternativa de encaminhamento de
pedidos de acesso por meio de seus sítios o ciais na internet.
§ 3º São vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos determinantes da solicitação de
informações de interesse público. #FGV (PCAM-22)
Súmula Vinculante 14 - É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos
elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão
com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa. #FGV
(PCRN-21)
Art. 11. A norma regulamentadora superveniente produzirá efeitos ex nunc em relação aos
bene ciados por decisão transitada em julgado, salvo se a aplicação da norma editada lhes for
mais favorável. #FGV (PCRN-21/PCAM-22)
Parágrafo único. Estará prejudicada a impetração se a norma regulamentadora for editada antes da
decisão, caso em que o processo será extinto sem resolução de mérito.
Art. 13. No mandado de injunção coletivo, a sentença fará coisa julgada limitadamente às pessoas
integrantes da coletividade, do grupo, da classe ou da categoria substituídos pelo impetrante,
sem prejuízo do disposto nos §§ 1º e 2º do art. 9º. #FGV (PCAM-22)
Parágrafo único. O mandado de injunção coletivo não induz litispendência em relação aos
individuais, mas os efeitos da coisa julgada não bene ciarão o impetrante que não requerer a
desistência da demanda individual no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência comprovada da
impetração coletiva. #FGV (PCRN-21/PCAM-22)
A Emenda Constitucional 45/04 atribuiu aos tratados e convenções internacionais sobre direitos
humanos, desde que aprovados na forma prevista no § 3º do art. 5º da Constituição Federal,
hierarquia constitucional. STF. AI 601832 AgR, Relator(a): JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma,
julgado em 17-03-2009, DJe 03-04-2009
Tratados internacionais sobre Direito Tributário Status supralegal (CTN, art. 98)
Tratados internacionais sobre Direito Processual Civil Status supralegal (CPC, art. 13)
(12) Questão(ões)
#FGV (TJPR-21) 1 - Em relação ao compartilhamento dos relatórios de inteligência nanceira do Conselho de
Controle de Atividades Financeiras (COAF) com os órgãos de persecução penal para ns criminais, é
correto a rmar que:
(A) depende de prévia autorização judicial;
(B) depende de prévia justa causa;
(C) depende da existência de prova de reforço;
(D) independe de prévia autorização judicial;
(E) não pode ser realizado.
#FGV (PCRN-21) 2 - Maria, servidora pública estadual, durante o expediente, dirigiu- se ao setor de protocolo
da repartição em que atuava e ali deixou um pacote a ser remetido ao destinatário pelo serviço de envio
postal da Administração Pública. Em razão das características do pacote e do receio de que contivesse
alguma substância ilícita, foi travada intensa discussão entre os servidores que ali atuam sobre a
possibilidade, ou não, de procederem à sua abertura.
À luz da sistemática constitucional, os servidores concluíram corretamente que:
(A) poderiam abrir o pacote, pois o sigilo da correspondência não pode legitimar práticas ilícitas, e
qualquer do povo pode impedir a sua consumação;
(B) somente poderiam abrir o pacote, contra a vontade do remetente, mediante autorização judicial,
considerando o sigilo da correspondência;
(C) somente poderiam abrir o pacote, contra a vontade do remetente, mediante autorização judicial ou
nas hipóteses previstas em lei;
(D) somente poderiam abrir o pacote na presença do remetente e com a prévia obtenção do seu
consentimento expresso;
(E) não poderiam abrir o pacote, considerando a fundamentalidade do sigilo da correspondência.
1 Gabarito: D
2 Gabarito: C
#FGV (PCRN-21) 4 - A Associação Alfa obteve decisão favorável, transitada em julgado, em mandado de
injunção coletivo ajuizado com o objetivo de assegurar o exercício de certos direitos por seus associados,
os quais se mostravam pertinentes com suas nalidades. A decisão determinou a aplicação, por analogia,
de uma lei já existente. Após o trânsito em julgado, a Associação Alfa tomou conhecimento de que
diversos associados, anos antes, embora tenham tomado ciência comprovada do mandado de injunção
coletivo, não desistiram dos mandados de injunção individuais que tinham ajuizado. Além disso, poucos
anos depois do trânsito em julgado, foi editada a norma regulamentadora, a Lei nº YY, que se mostrava
mais desfavorável aos bene ciários que a decisão judicial.
À luz desse quadro, a decisão favorável à Associação Alfa:
(A) não bene cia os associados que não requereram a desistência das demandas individuais e continua
a disciplinar os direitos a que se refere mesmo após a Lei nº YY;
(B) bene cia os associados que não requereram a desistência das demandas individuais e continua a
disciplinar os direitos a que se refere mesmo após a Lei nº YY;
(C) não bene cia os associados que não requereram a desistência das demandas individuais e a Lei nº
YY produz efeitos ex nunc;
(D) bene cia os associados que não requereram a desistência das demandas individuais e a Lei nº YY
produz efeitos ex tunc;
(E) bene cia os associados que não requereram a desistência das demandas individuais e a Lei nº YY
produz efeitos ex nunc.
3 Gabarito: A
4 Gabarito: C
#FGV (PCAM-22) 6 - João, brasileiro com vinte anos de idade e que jamais solicitara o seu alistamento
eleitoral, requereu, à Secretaria de Estado de Segurança Pública do Estado Alfa, informações a respeito de
auditoria realizada pelo órgão competente de controle interno nas contratações realizadas pelo órgão.
Acresça-se que, no bojo desse requerimento, João não indicou a nalidade em que essas informações
seriam utilizadas.
À luz da sistemática vigente, é correto a rmar que o requerimento de João deve ser
(A) indeferido, pois as informações solicitadas são exclusivas para o uso interno.
(B) indeferido, pois somente o cidadão pode ter acesso às informações almejadas.
(C) indeferido, já que não foi declinada em que nalidade as informações seriam utilizadas.
(D) deferido, sendo irrelevante o fato de João não ser cidadão e de não indicar a nalidade das
informações.
(E) deferido, desde que João, após a devida provocação, indique em que nalidade as informações
serão utilizadas.
5 Gabarito: A
6 Gabarito: D
#FGV (TJAP-22) 8 - O Superior Tribunal de Justiça tem entendido, quanto ao ingresso forçado em domicílio,
que não é su ciente apenas a ocorrência de crime permanente, sendo necessárias fundadas razões de
que um delito está sendo cometido, para assim justi car a entrada na residência do agente, ou, ainda, a
autorização para que os policiais entrem no domicílio.
Segundo a nova orientação jurisprudencial, a comprovação dessa autorização, com prova da
voluntariedade do consentimento, constitui:
(A) interesse processual do acusado;
(B) interesse processual da acusação;
(C) faculdade da acusação;
(D) faculdade do acusado;
(E) ônus da acusação.
#FGV (TJSC-22) 9 - Após a EC n. 45/2004, os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos
passaram a ter natureza hierarquicamente superior, quando aprovados, em cada Casa do Congresso
Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros.
Diante disso, à luz da jurisprudência majoritária do Supremo Tribunal Federal, é correto a rmar que os
referidos tratados e convenções:
(A) não estão sujeitos a controle de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal;
(B) possuem natureza de norma supralegal e podem ser parâmetro de controle de convencionalidade;
(C) possuem natureza de norma constitucional e podem ser parâmetro de controle de constitucionalidade;
(D) possuem natureza de norma supralegal e são hierarquicamente superiores às normas constitucionais;
(E) possuem natureza de lei ordinária e podem ser parâmetro de controle de legalidade perante o
Superior Tribunal de Justiça.
7 Gabarito: B
8 Gabarito: E
9 Gabarito: C
#FGV (TJPR-23) 11 - João foi acometido de grave patologia, que exigia internação imediata e submissão a
tratamento especializado, com o uso de aparelhagem própria. Após percorrer inúmeras unidades do
Sistema Único de Saúde (SUS) situadas no território do Estado Alfa, João não logrou êxito em obter a
internação e o tratamento de que tanto necessitava, pois as unidades que atendiam aos seus objetivos
estavam com a sua lotação esgotada. Por tal razão, ingressou com ação em face do Estado Alfa,
requerendo que, caso não fosse imediatamente disponibilizada a vaga de que necessitava, o juízo
determinasse a sua internação em hospital privado.
Considerando a sistemática constitucional, é correto a rmar, em relação à ação ajuizada por João, que:
(A) a internação em unidade hospitalar privada, fora do SUS, acarretará o dever de indenizar, a posteriori,
as despesas realizadas, observados os valores praticados pela referida unidade;
(B) a ação não deve ser conhecida, pois o SUS é um sistema articulado entre todos os entes federativos,
o que atrai a presença de um litisconsórcio passivo necessário em ações como a de João;
(C) a essencialidade do direito à saúde permite o deferimento do pedido, sendo que o valor de
ressarcimento dos serviços prestados, na perspectiva da saúde suplementar, deve ser o mesmo
utilizado para o ressarcimento, ao SUS, por serviços prestados a bene ciários de plano de saúde;
(D) o SUS pode contar com a atuação de unidades hospitalares privadas, mas apenas se estiverem
integradas ao sistema, na perspectiva da saúde complementar, com adstrição aos requisitos exigidos,
devendo o juízo permanecer adstrito a esse balizamento ao analisar o pedido de internação;
(E) em razão do princípio da solidariedade e do fato de a atividade privada de saúde constituir serviço de
relevância social, pode ser acolhido o pedido, o que atrai, para os entes federativos que formam o
SUS, o dever de ressarcimento, observados os valores praticados pela tabela desse sistema.
10 Gabarito: E
11 Gabarito: C
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos
termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros
direitos; #FGV (TJSC-22)
Art. 62, § 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: (Incluído pela EC n. 32/2001)
III – reservada a lei complementar; (Incluído pela EC n. 32/2001) #FGV (TJSC-22)
12 Gabarito: A
TEMA 1241-STF - O adicional de 1/3 (um terço) previsto no art. 7º, XVII, da Constituição Federal
incide sobre a remuneração relativa a todo período de férias. STF. RE 1.400.787/CE, relatora Ministra
Presidente, j. 15.12.2022 (Inf. 1080) #FGV (TJMS-23)
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento
e vinte dias; #FGV (TJAP-22/TJGO-23)
TEMA 782-STF - Os prazos da licença adotante não podem ser inferiores aos prazos da licença
gestante, o mesmo valendo para as respectivas prorrogações. Em relação à licença adotante, não
é possível xar prazos diversos em função da idade da criança adotada. STF. Plenário. RE 778889/
PE, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 10/3/2016 (Inf. 817) #FGV (TJAP-22)
TEMA 1182-STF - À luz do art. 227 da Constituição Federal, que confere proteção integral da
criança com absoluta prioridade e do princípio da paternidade responsável, a licença
maternidade, prevista no art. 7º, XVIII, da CF/88 e regulamentada pelo art. 207 da Lei 8.112/1990,
estende-se ao pai genitor monoparental.
O servidor público que seja pai solo ─ de família em que não há a presença materna ─ faz jus à
licença maternidade e ao salário maternidade pelo prazo de 180 dias, da mesma forma em que
garantidos à mulher pela legislação de regência.
STF. RE 1348854/DF, relator Min. Alexandre de Moraes, julgamento nalizado em 12.5.2022 (Inf. 1054)
#FGV (TJGO-23)
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo
prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos
após a extinção do contrato de trabalho; (Redação dada pela EC n. 28/2000)
a) (Revogada). (Redação dada pela EC n. 28/2000)
b) (Revogada). (Redação dada pela EC n. 28/2000)
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão
por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do
trabalhador portador de de ciência;
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os
pro ssionais respectivos;
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de
qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de
quatorze anos; (Redação dada pela EC n. 20/1998)
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o
trabalhador avulso.
(3) Questão(ões)
#FGV (TJPR-21) 13 - João, lho de Maria, professora, nasceu prematuro e precisou car internado na UTI
Neonatal por trinta dias. Como a licença- maternidade de Maria era de cento e vinte dias, ela precisaria
retornar ao trabalho noventa dias após a alta hospitalar de seu bebê. Maria conversou com seu advogado
para saber se teria direito a passar mais tempo com seu lho, fora do hospital, antes de retornar ao ofício.
Considerando a situação de Maria e os direitos sociais previstos na Constituição da República de 1988, é
correto a rmar que:
(A) em atenção ao princípio da vedação do retrocesso, aplicável aos direitos sociais, pela jurisprudência
do Supremo Tribunal Federal, Maria pode pleitear que o início do prazo da licença-maternidade
ocorra na data da alta de João;
(B) em atenção ao princípio da proibição de proteção de ciente, aplicável aos direitos sociais, pela
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, Maria pode pleitear que o início do prazo da licença-
maternidade ocorra na data da alta de João;
(C) em atenção ao princípio da razoabilidade, pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, Maria
deve retornar ao trabalho cento e vinte dias após o nascimento do lho João, pois o interesse coletivo
prevalece em relação ao direito social, e a reserva do possível não seria aplicável ao caso;
(D) em razão da ausência de regra que garanta a Maria o benefício desejado, ela deve retornar à função
cento e vinte dias após o nascimento de João, já que o mínimo existencial, quando violado, não
garante a proteção do direito prestacional face à omissão estatal;
(E) as garantias constitucionais em voga são normas programáticas, desprovidas de densidade normativa
e insindicáveis e, por essa razão, Maria não tem direito a estender a licença-maternidade pelo período
em que João cou internado na UTI.
#FGV (TJSC-22) 14 - A Lei Complementar federal n. XX, precipuamente direcionada à proteção da relação de
emprego contra despedida arbitrária ou sem justa causa, também disciplinou, em seu bojo, o exercício de
determinada pro ssão de viés tecnológico. Poucos meses depois, em razão da grande insatisfação
surgida entre os pro ssionais da área, que passaram a ter que cumprir requisitos mais rígidos para o
exercício pro ssional, foi editada a Medida Provisória n. YY, que alterou os comandos da referida lei
complementar afetos a ambas as temáticas, vale dizer, à proteção da relação de emprego e à disciplina do
exercício pro ssional, bem como a data de sua entrada em vigor.
À luz da sistemática constitucional, é correto a rmar que a Medida Provisória n. YY é formalmente:
(A) constitucional em sua integralidade;
(B) inconstitucional em sua integralidade;
(C) inconstitucional, apenas em relação à disciplina do exercício pro ssional;
(D) inconstitucional, em relação à proteção da relação de emprego e à disciplina do exercício pro ssional;
(E) inconstitucional, apenas em relação à alteração da data de entrada em vigor da Lei Complementar
federal n. XX.
13 Gabarito: B
14 Gabarito: A
15 Gabarito: E
(2) Questão(ões)
#FGV (PCAM-22) 16 - Marie, cidadã francesa, empregada de um conceituado laboratório farmacêutico privado,
estava trabalhando no território nacional quando conheceu John, cidadão inglês, que trabalhava na mesma
empresa. Os dois se casaram e, desse relacionamento, nasceu Mathew, tendo a família deixado o território
nacional logo após o nascimento, xando residência na Alemanha. Apesar de nunca mais ter retornado ao
território brasileiro, Mathew era familiarizado com a cultura e acompanhava diariamente as notícias do
Brasil. Ao completar 21 anos, consultou um advogado a respeito da possibilidade de concorrer ao cargo
eletivo de deputado federal na eleição que seria realizada no respectivo ano.
Foi respondido corretamente que
(A) somente os brasileiros natos poderiam preencher as condições de elegibilidade e Mathew era
estrangeiro.
(B) Mathew era brasileiro nato, logo, preenchia uma das condições de elegibilidade exigidas para
concorrer ao cargo eletivo de Deputado Federal, tendo a idade mínima exigida.
(C) Mathew era brasileiro nato, logo, preenchia uma das condições de elegibilidade exigidas para
concorrer a um cargo eletivo, mas não o de Deputado Federal, por não preencher a idade mínima
exigida.
(D) Mathew somente poderia concorrer ao cargo eletivo de Deputado Federal caso se naturalizasse
brasileiro, pois esse cargo não exige a nacionalidade nata, acrescendo-se que ele preenchia a idade
mínima exigida.
(E) Mathew somente poderia concorrer a um cargo eletivo caso se naturalizasse brasileiro, mas não ao
cargo de Deputado Federal, pois esse cargo exige a nacionalidade brasileira nata, além dele não
preencher a idade mínima exigida.
16 Gabarito: B
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto
e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: #FGV (TJES-23)
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são: #FGV (TJES-23)
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
É válido o cancelamento do título do eleitor que, convocado por edital, não comparecer ao processo
de revisão eleitoral, em virtude do que dispõe o art. 14, caput, e § 1º da Constituição Federal de 1988
(CF).
A revisão eleitoral se destina a manter a integridade e a atualização do alistamento. Ambos possuem
idêntico propósito e geram as mesmas limitações constitucionais. Se é válido condicionar o exercício
do voto ao alistamento, é válido condicioná-lo à apresentação do título à revisão. STF. ADPF 541 MC/
DF, rel. Min. Roberto Barroso, julgamento em 26.9.2018 (Inf. 917)
17 Gabarito: E
TEMA 564-STF -
I - O art. 14, § 5º, da Constituição deve ser interpretado no sentido de que a proibição da segunda
reeleição é absoluta e torna inelegível para determinado cargo de Chefe do Poder Executivo o
cidadão que já exerceu dois mandatos consecutivos (reeleito uma única vez) em cargo da mesma
natureza, ainda que em ente da Federação diverso;
II - As decisões do Tribunal Superior Eleitoral - TSE que, no curso do pleito eleitoral ou logo após o
seu encerramento, impliquem mudança de jurisprudência não têm aplicabilidade imediata.
STF. RE 637485/RJ, rel. Min. Gilmar Mendes, 1º.8.2012 (Inf. 673) #FGV (TJMS-23)
Súmula 6-TSE - São inelegíveis para o cargo de chefe do Executivo o cônjuge e os parentes,
indicados no § 7º do art. 14 da Constituição Federal, do titular do mandato, salvo se este,
reelegível, tenha falecido, renunciado ou se afastado de nitivamente do cargo até 6 meses antes
do pleito. #FGV (TJPR-21)
TEMA 370-STF - A suspensão de direitos políticos prevista no art. 15, inc. III, da Constituição
Federal aplica-se no caso de substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de
direitos. STF. RE 601182, voto do rel. p/ o ac. min. Alexandre de Moraes, j. 8-5-2019 (Inf. 939) #FGV
(TJPR-21)
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua
publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.
(Redação dada pela EC n. 4/1993)
#FGV (TJPR-21) 19 - João requereu o registro de sua candidatura, perante a Justiça Eleitoral, para concorrer a
cargo eletivo no âmbito da União. Maria ingressou com ação de impugnação ao registro, sob o argumento
de que João estaria com a sua cidadania passiva restringida, por estar cumprindo pena restritiva de
direitos, em substituição à pena privativa de liberdade, aplicada, pela Justiça Estadual, em processo penal
no qual fora condenado com sentença transitada em julgado.
A tese de Maria:
(A) deve ser acolhida, pois a condenação penal, ainda que aplicada pena restritiva de direitos nos termos
descritos, con gura óbice, enquanto produzir efeitos, a que João concorra a um cargo eletivo;
(B) não deve ser acolhida, pois a cidadania passiva, por ter estatura constitucional, é insuscetível de ser
restringida, sendo certo que a condenação criminal produz efeitos outros que não este;
(C) não deve ser acolhida, pois a condenação penal, para que produza os efeitos pretendidos por Maria,
deve ser proferida por órgão jurisdicional do mesmo nível federativo do cargo em disputa;
(D) não deve ser acolhida, pois apenas o cumprimento de pena privativa de liberdade constitui óbice a
que o agente concorra a mandato eletivo, qualquer que seja o nível federativo;
(E) deve ser acolhida, pois, para que uma pessoa concorra a cargo eletivo, não pode ter qualquer
condenação penal inscrita em sua folha de antecedentes criminais.
18 Gabarito: C
19 Gabarito: A
#FGV (PCAM-22) 21 - Marie, cidadã francesa, empregada de um conceituado laboratório farmacêutico privado,
estava trabalhando no território nacional quando conheceu John, cidadão inglês, que trabalhava na mesma
empresa. Os dois se casaram e, desse relacionamento, nasceu Mathew, tendo a família deixado o território
nacional logo após o nascimento, xando residência na Alemanha. Apesar de nunca mais ter retornado ao
território brasileiro, Mathew era familiarizado com a cultura e acompanhava diariamente as notícias do
Brasil. Ao completar 21 anos, consultou um advogado a respeito da possibilidade de concorrer ao cargo
eletivo de deputado federal na eleição que seria realizada no respectivo ano.
Foi respondido corretamente que
(A) somente os brasileiros natos poderiam preencher as condições de elegibilidade e Mathew era
estrangeiro.
(B) Mathew era brasileiro nato, logo, preenchia uma das condições de elegibilidade exigidas para
concorrer ao cargo eletivo de Deputado Federal, tendo a idade mínima exigida.
(C) Mathew era brasileiro nato, logo, preenchia uma das condições de elegibilidade exigidas para
concorrer a um cargo eletivo, mas não o de Deputado Federal, por não preencher a idade mínima
exigida.
(D) Mathew somente poderia concorrer ao cargo eletivo de Deputado Federal caso se naturalizasse
brasileiro, pois esse cargo não exige a nacionalidade nata, acrescendo-se que ele preenchia a idade
mínima exigida.
(E) Mathew somente poderia concorrer a um cargo eletivo caso se naturalizasse brasileiro, mas não ao
cargo de Deputado Federal, pois esse cargo exige a nacionalidade brasileira nata, além dele não
preencher a idade mínima exigida.
20 Gabarito: D
21 Gabarito: B
#FGV (TJMS-23) 23 - Mévio, prefeito do Município X, no curso de seu segundo mandato consecutivo, em
época de eleições municipais, procedeu ao seu registro de candidatura para o cargo de prefeito, em
eleições que ocorreriam no Município Y, tendo sido aduzido pelo Ministério Público que a hipótese seria
de inelegibilidade, na forma do parágrafo 5º, do Art. 14, da Constituição da República de 1988.
À luz da legislação pátria e da jurisprudência atualizada, é correto a rmar que:
(A) a hipótese trazida no enunciado não consiste em inelegibilidade, uma vez que não se trata de
reeleição para o cargo de prefeito para o mesmo Município;
(B) apenas presidente da República, governadores de Estado e do Distrito Federal podem se candidatar
à reeleição para um mandato em período subsequente;
(C) a inelegibilidade para um terceiro mandato consecutivo é afastada se o exercício do cargo de prefeito
se deu a título provisório, nos seis meses anteriores ao pleito;
(D) considera-se inelegível para determinado cargo de chefe do Poder Executivo, o cidadão que já
exerceu dois mandatos consecutivos, em cargo da mesma natureza, ainda que em ente de federação
diversa;
(E) considera-se inelegível para determinado cargo de chefe do Poder Executivo, o cônjuge do cidadão
que já exerceu dois mandatos consecutivos, em cargo da mesma natureza, ainda que em ente de
federação diversa.
#FGV (TJES-23) 24 - Caio teve seu título de eleitor cancelado em decorrência de não ter se apresentado ao
procedimento de revisão eleitoral para o qual foi convocado. Considerando os termos do Art. 14, caput e
seu parágrafo 1º da Constituição da República de 1988 e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é
correto a rmar:
(A) o cancelamento de título em razão do não comparecimento do eleitor ao procedimento de revisão
eleitoral viola democracia e não tem previsão legal;
(B) a revisão eleitoral, que se destina à atualização do alistamento eleitoral, não pode ensejar o
cancelamento do título de eleitor, sob pena de violação ao princípio democrático e ao direito do voto;
(C) é válido o cancelamento do título de eleitor que, convocado por edital, não comparece ao processo
de revisão eleitoral;
(D) eleitor que não comparece ao processo de revisão eleitoral pode ter seu título cancelado, caso não
tenha atendido à convocação efetuada por intimação pessoal;
(E) a revisão eleitoral serve, apenas, para a atualização do alistamento eleitoral, motivo pelo qual o
cancelamento do título de eleitor, pelo seu não comparecimento, não poderá ensejar indeferimento de
eventual registro de candidatura.
22 Gabarito: B
23 Gabarito: D
24 Gabarito: C
Lei n. 9.096/1995, art. 31. É vedado ao partido receber, direta ou indiretamente, sob qualquer forma
ou pretexto, contribuição ou auxílio pecuniário ou estimável em dinheiro, inclusive através de
publicidade de qualquer espécie, procedente de:
I - entidade ou governo estrangeiros; #FGV (TJPE-22)
II - entes públicos e pessoas jurídicas de qualquer natureza, ressalvadas as dotações referidas no
art. 38 desta Lei e as proveniente do Fundo Especial de Financiamento de Campanha; (Redação
dada pela Lei n. 13.488/2017)
III - (revogado); (Redação dada pela Lei n. 13.488/2017)
IV - entidade de classe ou sindical.
V - pessoas físicas que exerçam função ou cargo público de livre nomeação e exoneração, ou
cargo ou emprego público temporário, ressalvados os liados a partido político. (Incluído pela Lei
n. 13.488/2017)
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para de nir sua estrutura interna e
estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e
provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de
escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração
nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em
âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer
normas de disciplina e delidade partidária. (Redação dada pela EC n. 97/2017) #FGV
(TJPR-21/TJPR-23)
“Cláusula de Barreira
Também conhecida como cláusula de exclusão ou cláusula de desempenho, é uma norma que
impede ou restringe o funcionamento parlamentar ao partido que não alcançar determinado
percentual de votos.” (Fonte: Agência Senado Disponível em: <https://www12.senado.leg.br/noticias/
glossario-legislativo/clausula-de-barreira> Acesso em 11/12/2023)
#FGV (TJMS-23) 26 - João, Maria e Joana, liados ao partido político Alfa e candidatos na última eleição para o
provimento de cargos eletivos de deputado federal, lograram ser eleitos. No entanto, caram muito
preocupados ao constatarem que Alfa não tinha preenchido a “cláusula de desempenho” prevista na
ordem constitucional. Ao analisarem as consequências do não preenchimento dessa cláusula, divergiram
entre si. João sustentava que Alfa não teria direito aos recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao
rádio e à televisão. Maria, por sua vez, defendia que o não preenchimento da cláusula de desempenho por
Alfa permitia que os três se liassem, sem perda do mandato, a outro partido político que a tenha atingido.
Por m, Joana defendia que essa nova liação seria considerada para ns de distribuição dos recursos do
fundo partidário e do acesso gratuito ao tempo de rádio e televisão. Considerando a sistemática
constitucional, é correto concluir, em relação às a rmações de João, Maria e Joana, que:
(A) apenas as de Maria e Joana estão certas;
(B) apenas as de João e Maria estão certas;
(C) apenas as de Joana está certa;
(D) apenas as de Maria está certa;
(E) todas as a rmativas estão certas.
25 Gabarito: D
26 Gabarito: B
27 Gabarito: A
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o
funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou
aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;
II - recusar fé aos documentos públicos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
É inconstitucional norma estadual que onere contrato de concessão de energia elétrica pela
utilização de faixas de domínio público adjacentes a rodovias estaduais ou federais. STF.
ADI 3763/RS, relatora Min. Cármen Lúcia, julgamento virtual nalizado em 7.4.2021 (Inf. 1012) #FGV
(TJPE-22)
É inconstitucional — por violar a competência da União para legislar sobre normas gerais de
proteção ao meio ambiente e sobre direito penal e processual penal (CF/1988, arts. 24, VI e VII; e
22, I) — lei estadual que proíbe os órgãos ambientais e a polícia militar de destruírem e
inutilizarem bens particulares apreendidos em operações de scalização ambiental. STF. ADI
7.203/RO, relator Ministro Gilmar Mendes, julgamento em 28.2.2023 (Inf. 1084) #FGV (TJES-23)
É inconstitucional norma de constituição estadual que estende o foro por prerrogativa de função
a autoridades não contempladas pela Constituição Federal de forma expressa ou por simetria. As
constituições estaduais não podem instituir novas hipóteses de foro por prerrogativa de função além
daquelas previstas na Constituição Federal. STF. ADI 6501/PA, ADI 6508/RO, ADI 6515/AM e ADI 6516/
AL, relator Min. Roberto Barroso, julgamento virtual nalizado em 20.8.2021 (Inf. 1026) #FGV (TJPR-22)
II - desapropriação;
III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; #FGV (TJPE-22/TJPR-23/
TJGO-23)
É inconstitucional norma estadual que onere contrato de concessão de energia elétrica pela
utilização de faixas de domínio público adjacentes a rodovias estaduais ou federais. STF.
ADI 3763/RS, relatora Min. Cármen Lúcia, julgamento virtual nalizado em 7.4.2021 (Inf. 1012) #FGV
(TJPE-22)
V - serviço postal;
VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais;
VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores;
VIII - comércio exterior e interestadual;
IX - diretrizes da política nacional de transportes;
X - regime dos portos, navegação lacustre, uvial, marítima, aérea e aeroespacial;
XI - trânsito e transporte;
XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; #FGV (TJAP-22/TJPE-22)
É privativa da União a competência para legislar sobre condições para o exercício da pro ssão de
despachante (CF/1988, art. 22, XVI), de modo que a disciplina legal dos temas relacionados à sua
regulamentação também deve ser estabelecida pela União. ADI 6740/RN e ADI6738/GO, relator
Min. Gilmar Mendes, julgamento virtual nalizado em 21.11.2022 (Inf. 1076) #FGV (PCAM-22)
TEMA 1177-STF - A competência privativa da União para a edição de normas gerais sobre
inatividades e pensões das polícias militares e dos corpos de bombeiros militares (artigo 22, XXI,
da Constituição, na redação da Emenda Constitucional 103/2019) não exclui a competência
legislativa dos Estados para a xação das alíquotas da contribuição previdenciária incidente
sobre os proventos de seus próprios militares inativos e pensionistas, tendo a Lei Federal
13.954/2019, no ponto, incorrido em inconstitucionalidade. STF. RE 1338750, Relator(a): MINISTRO
PRESIDENTE, Tribunal Pleno, julgado em 21-10-2021, PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO
GERAL - MÉRITO DJe-213 DIVULG 26-10-2021 #FGV (TJSC-22)
É inconstitucional, por violar competência da União para legislar sobre materiais bélicos, norma
estadual que reconhece o risco da atividade e a efetiva necessidade do porte de arma de fogo ao
atirador desportivo integrante de entidades de desporto legalmente constituídas e ao vigilante de
empresa de segurança privada. STF. ADI 7188/AC e ADI 7189/AC, relatora Min. Cármen Lúcia,
julgamento virtual nalizado em 23.9.2022 (Inf. 1069) #FGV (TJGO-23)
[…] Compete privativamente à União legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional (CF,
art. 22, XXIV), de modo que os Municípios não têm competência legislativa para a edição de
normas que tratem de currículos, conteúdos programáticos, metodologia de ensino ou modo de
exercício da atividade docente. A eventual necessidade de suplementação da legislação federal,
com vistas à regulamentação de interesse local (art. 30, I e II, CF), não justi ca a proibição de conteúdo
pedagógico, não correspondente às diretrizes xadas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (Lei 9.394/1996) Inconstitucionalidade formal.
[…] Regentes da ministração do ensino no País, os princípios atinentes à liberdade de aprender,
ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber (art. 206, II, CF) e ao pluralismo de ideias
e de concepções pedagógicas (art. 206, III, CF), amplamente reconduzíveis à proibição da censura em
atividades culturais em geral e, consequentemente, à liberdade de expressão (art. 5º, IX, CF), não se
direcionam apenas a proteger as opiniões supostamente verdadeiras, admiráveis ou convencionais,
mas também aquelas eventualmente não compartilhada pelas maiorias.
[…] A Lei 1.516/2015 do Município de Novo Gama – GO, ao proibir a divulgação de material com
referência a ideologia de gênero nas escolas municipais, não cumpre com o dever estatal de
promover políticas de inclusão e de igualdade, contribuindo para a manutenção da discriminação com
base na orientação sexual e identidade de gênero. Inconstitucionalidade material reconhecida.
STF. Plenário ADPF 457, Rel. Alexandre de Moraes, j. 27/04/2020 (Inf. 980) #FGV (TJPR-21)
É inconstitucional — por invadir a competência privativa da União para legislar sobre normas
gerais de licitação e contrato (CF/1988, art. 22, XXVII) — norma municipal que autoriza a
celebração de contrato de parcerias público-privadas (PPP) para a execução de obra pública
desvinculada de qualquer serviço público ou social. STF. ADPF 282/RO, relator Ministro Gilmar
Mendes, julgamento virtual nalizado em 12.5.2023 (Inf. 1094) #FGV (TJES-23)
A Lei n. 11.079/2004 institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada no
âmbito da administração pública prevê ainda a vedação de contrato de PPP que tenha como objeto
único a execução de obra pública.
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização
nacional;
XXIX - propaganda comercial.
XXX - proteção e tratamento de dados pessoais. (Incluído pela EC n. 115/2022)
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões
especí cas das matérias relacionadas neste artigo. #FGV (PCAM-22)
É inconstitucional norma de Constituição estadual que impõe condições locais para a construção
de instalações nucleares e de energia elétrica. STF. ADI 7076/PR, relator Min. Roberto Barroso,
julgamento virtual nalizado em 24.6.2022 (Inf. 1060) #FGV (TJPR-23)
É inconstitucional — por violar a competência da União para legislar sobre normas gerais de
proteção ao meio ambiente e sobre direito penal e processual penal (CF/1988, arts. 24, VI e VII; e
22, I) — lei estadual que proíbe os órgãos ambientais e a polícia militar de destruírem e
inutilizarem bens particulares apreendidos em operações de scalização ambiental. STF. ADI
7.203/RO, relator Ministro Gilmar Mendes, julgamento em 28.2.2023 (Inf. 1084) #FGV (TJES-23)
É constitucional — por representar norma mais protetiva à saúde e ao meio ambiente do que as
diretrizes gerais da legislação federal, bem como estabelecer restrição razoável e proporcional às
técnicas de aplicação de pesticidas — norma estadual que veda a pulverização aérea de
agrotóxicos na agricultura local e sujeita o infrator ao pagamento de multa. STF. ADI 6.137/CE,
relatora Ministra Cármen Lúcia, julgamento virtual nalizado em 26.5.2023 (Inf. 1096) #FGV (TJGO-23)
É inconstitucional — por violar a competência da União para legislar sobre normas gerais de
proteção ao meio ambiente e sobre direito penal e processual penal (CF/1988, arts. 24, VI e VII; e
22, I) — lei estadual que proíbe os órgãos ambientais e a polícia militar de destruírem e
inutilizarem bens particulares apreendidos em operações de scalização ambiental. STF. ADI
7203/RO, relator Ministro Gilmar Mendes, julgamento em 28.2.2023 (Inf. 1084) #FGV (TJES-23)
(25) Questão(ões)
#FGV (TJPR-21) 28 - Após ampla discussão no âmbito da Câmara Municipal de Alfa, com a realização de
diversas audiências públicas, foi aprovada a Lei Municipal no XX, que vedou a divulgação de qualquer
material com ideologia de gênero no âmbito das escolas municipais.
À luz da sistemática constitucional vigente, é correto a rmar que:
(A) a competência para legislar sobre a matéria é privativa da União, mas a Lei Municipal no XX,
materialmente, se ajusta à liberdade de pensamento e à proteção da família;
(B) o Município Alfa tem competência para legislar sobre a matéria, e a Lei Municipal no XX se ajusta à
liberdade de pensamento e à proteção da família;
(C) o Município Alfa tem competência para legislar sobre a matéria, embora a Lei Municipal no XX afronte
a liberdade de ensinar e o pluralismo de ideias;
(D) a competência para legislar sobre a matéria é privativa da União, e a Lei Municipal no XX afronta a
liberdade de ensinar e o pluralismo de ideias;
(E) a competência para legislar sobre a matéria é da União, e o Município pode suplementar suas normas,
mas a Lei Municipal no XX afronta a liberdade de ensinar e o pluralismo de ideias.
28 Gabarito: D
#FGV (PCRN-21) 30 - A Lei nº XX, do Estado Alfa, dispôs que os estabelecimentos de ensino fundamental,
médio e superior, da rede de ensino público estadual ou da rede privada, deveriam disponibilizar cadeiras
adaptadas às pessoas com de ciência, o que seria xado em harmonia com a quantidade de alunos nessa
situação. A Lei nº XX é:
(A) formalmente inconstitucional apenas em relação à rede privada, pois compete à União legislar sobre
direito civil, e materialmente inconstitucional pelo ônus nanceiro imposto;
(B) formalmente inconstitucional, pois compete privativamente à União legislar sobre pessoas com
de ciência e direito civil, mas materialmente constitucional, já que de índole protetiva;
(C) formalmente constitucional, pois os Estados podem legislar sobre a matéria, mas materialmente
inconstitucional em relação às escolas privadas, face a afronta à livre iniciativa;
(D) formal e materialmente constitucional, pois o Estado pode legislar sobre a proteção das pessoas com
de ciência e a medida mostra-se adequada ao m a que se destina;
(E) formal e materialmente inconstitucional, pois compete privativamente à União legislar sobre a matéria
e a medida impõe ônus excessivo aos destinatários.
#FGV (PCAM-22) 31 - O Partido Político XX solicitou que sua assessoria analisasse a possibilidade de ser
ajuizada ação direta de inconstitucionalidade por omissão (ADO), em razão da não edição de lei, pelo
Estado Beta, para a regulamentação de norma da Constituição da República de 1988.
A assessoria respondeu corretamente que a ADO
(A) pode ser utilizada, mas apenas se a norma da Constituição da República, a ser regulamentada, tiver
e cácia contida.
(B) pode ser ajuizada, mas apenas se a União já tiver se desincumbido da edição de normas gerais sobre
a temática.
(C) somente pode ser ajuizada em razão da omissão de autoridades da União, não sendo cabível na
hipótese em tela.
(D) somente pode ser utilizada, na hipótese em tela, caso a União tenha delegado, por meio de lei
complementar, o exercício da competência legislativa.
(E) pode ser utilizada, desde que se esteja perante descumprimento de um comando para legislar, não
perante pura opção normativa de disciplinar, ou não, certa temática.
29 Gabarito: E
30 Gabarito: D
31 Gabarito: E
#FGV (TJSC-22) 34 - A União editou no corrente exercício a Lei n. XX, que elencou os requisitos a serem
observados para a concessão de aposentadoria voluntária aos policiais militares e aos bombeiros militares
dos Estados, bem como para a concessão de pensão aos seus dependentes. Além disso, xou a alíquota a
ser observada na contribuição previdenciária incidente sobre os provimentos desses agentes, quando
inativos, e de seus pensionistas.
Sob a ótica formal, a Lei n. XX é:
(A) integralmente constitucional, pois compete privativamente à União legislar sobre a matéria;
(B) integralmente inconstitucional, pois compete apenas aos Estados legislar sobre a matéria;
(C) constitucional, na parte em que xou a alíquota, por se tratar de competência privativa da União, e
inconstitucional, na parte em que dispôs sobre a concessão de benefícios, por se tratar de
competência dos Estados;
(D) constitucional, na parte em que dispôs sobre a concessão de benefícios, por se tratar de
competência privativa da União, e inconstitucional, na parte em que xou a alíquota, neste último caso
por se tratar de competência dos Estados;
(E) constitucional, na parte em que dispôs sobre a concessão de benefícios, desde que permaneça
adstrita às normas gerais, e inconstitucional, na parte em que xou a alíquota, neste último caso por se
tratar de competência dos Estados.
32 Gabarito: A
33 Gabarito: B
34 Gabarito: E
#FGV (TJPE-22) 36 - Com o escopo de fomentar a atividade econômica com melhor aproveitamento de suas
riquezas naturais minerais, o Estado Alfa editou lei estadual, exibilizando exigência legal para o
desenvolvimento de atividade potencialmente poluidora, na medida em que criou modalidade mais
simpli cada e célere de licenciamento ambiental único que denominou “Licença de Operação Direta”, para
atividade de lavra garimpeira, inclusive instituindo dispensa para alguns casos de lavra a céu aberto. A
referida lei estadual regulamentou aspectos da atividade garimpeira, nomeadamente, ao estabelecer
conceitos a ela relacionados, delimitou áreas para seu exercício e autorizou o uso de azougue (mercúrio)
em determinadas condições, tudo de forma menos restritiva do que a legislação da União.
De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a lei estadual editada é:
(A) constitucional, haja vista que a competência da União para legislar sobre normas gerais sobre meio
ambiente não exclui a competência suplementar dos Estados;
(B) inconstitucional materialmente, porque viola o princípio do desenvolvimento sustentável, e
formalmente, pois é competência privativa da União proteger o meio ambiente e combater a poluição
em qualquer de suas formas;
(C) inconstitucional materialmente, porque viola os princípios da prevenção e da precaução, mas é
formalmente constitucional, uma vez que a matéria tratada na lei é de competência legislativa comum
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
(D) constitucional, haja vista que compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção
do meio ambiente e controle da poluição;
(E) inconstitucional, uma vez que é competência privativa da União legislar sobre jazidas, minas, outros
recursos minerais e metalurgia, bem como porque a lei tornou menos e ciente a proteção do meio
ambiente ecologicamente equilibrado.
35 Gabarito: E
36 Gabarito: E
37 Gabarito: C
38 Gabarito: E
#FGV (TJES-23) 40 - Norma municipal autorizou a celebração de contrato de parcerias público-privadas (PPP)
para a execução de obra pública desvinculada de qualquer serviço público ou social, inovando em relação
aos critérios adotados na legislação federal.
Diante do exposto e considerando a jurisprudência predominante do Supremo Tribunal Federal, é correto
a rmar que a norma municipal é:
(A) inconstitucional, pois, ao criar nova hipótese de PPP em evidente contrariedade ao que está previsto
na lei federal, violou as regras constitucionais de repartição de competência;
(B) constitucional, pois, em observância às regras constitucionais de repartição de competência, é
competência municipal legislar sobre matéria de interesse local;
(C) constitucional, pois, em observância às regras constitucionais de repartição de competência, a
competência do Município será suplementar em relação à União quando esta for omissa sobre a
matéria legislada;
(D) inconstitucional, pois a contratação de PPP para a execução de obra pública contraria os princípios
constitucionais da Administração Pública;
(E) constitucional, pois a contratação de PPP para a execução de obra pública observa os princípios
constitucionais da Administração Pública.
39 Gabarito: A
40 Gabarito: A
#FGV (TJES-23) 42 - Em razão de uma grande mobilização popular, o Estado Beta editou a Lei n. X, que
delineou o alcance de determinado direito social de grande importância para o trabalhador. Pouco tempo
depois, o Partido Político Alfa, cujo entendimento fora vencido no âmbito da Assembleia Legislativa de
Beta, constatou que a Lei n. X colidia materialmente com a Lei n. Y, editada pela União e que veiculara
normas gerais sobre a matéria.
Ao ser instada a se pronunciar sobre a possibilidade de ser de agrado o controle concentrado de
constitucionalidade, perante o tribunal nacional competente da União, para que a referida colidência fosse
reconhecida, com a correlata declaração de inconstitucionalidade da Lei n. X, a assessoria jurídica do
Partido Político Alfa a rmou, corretamente, que:
(A) quer a Lei n. Y seja posterior, quer seja anterior à Lei n. X, não será possível a de agração do controle,
pois a ofensa à Constituição da República de 1988 seria meramente re exa;
(B) caso a Lei n. Y seja anterior à Lei n. X, não será possível a de agração do controle, em razão da falta
de interesse de agir, pois a e cácia da Lei n. X já terá sido suspensa;
(C) caso a Lei n. Y seja posterior à Lei n. X, somente será possível a de agração do controle caso aquele
diploma normativo reproduza comandos da Constituição da República de 1988;
(D) caso a Lei n. Y seja anterior à Lei n. X, será possível a de agração do controle, apesar de a análise
pressupor o cotejo com a norma interposta, vale dizer, a Lei n. Y;
(E) caso a Lei n. Y seja posterior à Lei n. X, será possível a de agração do controle desde que seja
estabelecida controvérsia, em algum processo, em relação à revogação desta última.
#FGV (TJES-23) 43 - Em razão do grande uxo de embarcações nas imediações das praias subjacentes ao
território do Estado Alfa, o que, não raro, resultava em danos ambientais, esse ente federativo editou a Lei
estadual no X, estabelecendo critérios para o controle de resíduos de embarcações.
Ao tomar ciência do teor da Lei estadual no X, um legitimado à de agração do controle concentrado de
constitucionalidade, perante o Supremo Tribunal Federal, solicitou que sua assessoria analisasse a
compatibilidade desse diploma normativo com a ordem constitucional.
Foi corretamente informado que a Lei estadual no X é:
(A) inconstitucional, pois o mar territorial é considerado bem da União;
(B) inconstitucional, pois compete privativamente à União legislar sobre direito marítimo;
(C) inconstitucional, pois compete privativamente à União legislar sobre a proteção ao meio ambiente;
(D) constitucional, pois o Estado possui competência concorrente com a União para legislar sobre
transportes;
(E) constitucional, já que o Estado tem competência concorrente com a União para legislar sobre
responsabilidade por dano ao meio ambiente.
41Gabarito: D
42 Gabarito: D
43 Gabarito: E
#FGV (TJPR-23) 45 - A Lei estadual Y estabeleceu certo limite de tempo para o atendimento de consumidores
em estabelecimentos públicos e privados, bem como previu a cominação de sanções progressivas na
hipótese de descumprimento.
Diante do exposto e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a norma Y é:
(A) constitucional, por observar as regras do sistema constitucional de repartição de competências, e a
limitação temporal imposta con gura um mecanismo razoável potencializador de proteção do
consumidor;
(B) inconstitucional, por violação às regras do sistema constitucional de repartição de competências, uma
vez que é da competência privativa da União legislar sobre direito civil e direito do consumidor;
(C) inconstitucional, em razão da indevida interferência no regime de exploração, na estrutura
remuneratória da prestação dos serviços e no equilíbrio dos contratos administrativos;
(D) constitucional, uma vez que compete privativamente ao Estado legislar sobre a matéria, impondo
obrigações também ao serviço público, já que os princípios da livre concorrência e da liberdade de
exercício de atividades econômicas são considerados absolutos;
(E) inconstitucional, por violação às regras do sistema constitucional de repartição de competências, uma
vez que invade competência do Município para estabelecer regras de interesse local.
44 Gabarito: A
45 Gabarito: A
46 Gabarito: D
47 Gabarito: B
48 Gabarito: A
#FGV (TJGO-23) 50 - João, pequeno pescador, com vontade livre e consciente, pescou o total de vinte quilos
de peixes de espécies com tamanhos inferiores aos permitidos e em período no qual a pesca estava
proibida, em rio interestadual, com impactos apenas em nível local, sem re exos em âmbito regional ou
nacional.
O Ministério Público Estadual ofereceu denúncia, mas a defesa técnica de João pleiteou o declínio de
competência para a Justiça Federal, alegando que os fatos ocorreram em bem da União, qual seja, rio que
banha mais de um Estado.
O magistrado, atento à jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça sobre o tema, deve:
(A) acolher o pleito defensivo e declinar de competência para a Justiça Federal, porque,
independentemente de o local dos fatos ser bem da União, a natureza do bem jurídico tutelado pela
norma incriminadora atrai o interesse da União;
(B) acolher o pleito defensivo e declinar de competência para a Justiça Federal, porque o local dos fatos
é bem da União, independentemente de o dano decorrente de pesca proibida em rio interestadual
gerar ou não re exos em âmbito regional ou nacional;
(C) acolher o pleito defensivo e declinar de competência para a Justiça Federal tão somente se a
autuação administrativa pela infração administrativa cometida tiver sido realizada por servidores
públicos federais, no regular exercício do poder de polícia;
(D) não acolher o pleito defensivo, porque, independentemente de o dano decorrente de pesca proibida
em rio interestadual gerar ou não re exos em âmbito regional ou nacional, competência permanece
da Justiça Estadual, diante da natureza do bem jurídico tutelado pela norma incriminadora;
(E) não acolher o pleito defensivo, porque, para atrair a competência da Justiça Federal, o dano
decorrente de pesca proibida em rio interestadual deveria gerar re exos em âmbito regional ou
nacional, afetando trecho do rio que se alongasse por mais de um Estado da Federação.
49 Gabarito: D
50 Gabarito: E
#FGV (TJGO-23) 52 - O Município Alfa editou lei proibindo a participação em licitação e a contratação, pela
Administração Pública daquele Município, de: I) agentes eletivos; II) ocupantes de cargo em comissão ou
função de con ança; III) cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por a nidade, até o
terceiro grau, inclusive, de qualquer destes; IV) demais servidores públicos municipais; V) pessoas ligadas
— por matrimônio ou parentesco, a m ou consanguíneo, até o terceiro grau, inclusive, ou por adoção — a
servidores municipais não ocupantes de cargo em comissão ou função de con ança.
Foi publicado edital de licitação pelo Município Alfa para aquisição de determinados bens, e diversas
pessoas que se enquadram nos cinco itens acima e que tinham interesse em participar do certame
judicializaram a questão.
De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre o tema, a vedação de participação em
licitação e contratação das pessoas elencadas nos itens acima:
(A) I a V é constitucional, pois atende aos princípios da moralidade e impessoalidade da administração
pública, e está em consonância com a vedação ao nepotismo;
(B) I a V é inconstitucional, do ponto de vista formal, porque Municípios não podem legislar sobre o tema,
já que compete privativamente à União legislar sobre licitação e contratação pública;
(C) I a IV é constitucional, porque editada no exercício da competência legislativa suplementar do
Município, mas deve ser excluída a proibição do item V, por violação à proporcionalidade, por não
atender ao subprincípio da adequação;
(D) I e II é constitucional, porque editada no exercício de competência legislativa suplementar do
Município, mas deve ser excluída a proibição dos itens III a V, pelo princípio da intranscendência
subjetiva da impessoalidade;
(E) I a V é inconstitucional, do ponto de vista material, por violação aos princípios da isonomia e da
competitividade, pois a licitação visa à contratação mais vantajosa para a Administração, devendo, a
partir da técnica do sopesamento, mediante a utilização dos princípios da concordância prática ou
harmonização e da proporcionalidade ou razoabilidade, prevalecer a melhor proposta, para se
prestigiar a e ciência e a economicidade.
51 Gabarito: D
52 Gabarito: C
É inconstitucional norma de constituição estadual que estende o foro por prerrogativa de função
a autoridades não contempladas pela Constituição Federal de forma expressa ou por simetria.
As constituições estaduais não podem instituir novas hipóteses de foro por prerrogativa de
função além daquelas previstas na Constituição Federal.
STF. ADI 6501/PA, ADI 6508/RO, ADI 6515/AM e ADI 6516/AL, relator Min. Roberto Barroso, julgamento
virtual nalizado em 20.8.2021 (Inf. 1026) #FGV (TJPR-22)
(1) Questão(ões)
#FGV (TJPE-22) 53 - A Lei Orgânica do Município Beta foi alterada por duas emendas de iniciativa parlamentar.
A Emenda número 1 de niu nova hipótese de crime de responsabilidade praticado pelo chefe do Poder
Executivo municipal, e a Emenda número 2 garantiu a prerrogativa de foro aos vereadores eleitos.
Diante do exposto e a respeito da repartição de competências legislativas, é correto a rmar, de acordo
com a jurisprudência majoritária do Supremo Tribunal Federal, que:
(A) a Emenda à Lei Orgânica número 1 é constitucional, pois compete ao ente municipal legislar sobre
crime de responsabilidade praticado pelo chefe do Poder Executivo municipal;
(B) a Emenda à Lei Orgânica número 2 é inconstitucional, pois embora seja da competência do ente
municipal legislar sobre a prerrogativa de foro dos vereadores, a iniciativa para apresentar o projeto é
exclusiva do prefeito;
(C) a Emenda à Lei Orgânica número 1 é inconstitucional, pois compete privativamente à União legislar
sobre crime de responsabilidade praticado pelos chefes do Poder Executivo da União, dos Estados e
dos Municípios;
(D) a Emenda à Lei Orgânica número 2 é constitucional, pois o foro por prerrogativa de função de
vereadores é autorizado em razão do princípio da simetria;
(E) a Emenda à Lei Orgânica número 2 é inconstitucional, pois compete aos Estados, nas respectivas
Constituições, instituir a prerrogativa de foro aos vereadores eleitos.
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o
interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara
Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição,
na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:
I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos,
mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País;
II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano
anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no
caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores; (Redação dada pela EC n. 16/1997)
53 Gabarito: C
TEMA 469-STF - Nos limites da circunscrição do município e havendo pertinência com o exercício
do mandato, garante-se a imunidade ao vereador. STF. RE 600.063, rel. p/ o ac. min. Roberto
Barroso, j. 25-2-2015, P, DJE de 15-5-2015
• Inviolabilidade material.
• Vereadores não gozam de imunidade formal.
Art. 31. A scalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal,
mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo
Municipal, na forma da lei.
§ 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de
Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos
Municípios, onde houver. #FGV (TJAP-22)
§ 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito
deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos
membros da Câmara Municipal. #FGV (TJAP-22/TJPE-22/TJMS-23)
TEMA 835-STF - Para os ns do art. 1º, inciso I, alínea "g", da Lei Complementar 64, de 18 de maio
de 1990, alterado pela Lei Complementar 135, de 4 de junho de 2010, a apreciação das contas de
prefeitos, tanto as de governo quanto as de gestão, será exercida pelas Câmaras Municipais, com
o auxílio dos Tribunais de Contas competentes, cujo parecer prévio somente deixará de
prevalecer por decisão de 2/3 dos vereadores. STF. RE 848826/DF, rel. orig. Min. Roberto Barroso,
red. p/ o acórdão Min. Ricardo Lewandowski, 17.8.2016 (Inf. 835) #FGV (TJPE-22)
(4) Questão(ões)
#FGV (PCRN-21) 54 - João, vereador no Município Beta, situado na Região Sul do país, compareceu em
evento político realizado em Brasília e, durante um comício, fez duras críticas à gestão de determinado
Ministro de Estado, as quais foram tidas como con guradoras de crime contra a honra.
Nas circunstâncias indicadas, é correto a rmar que João:
(A) pode praticar crime contra a honra, mas somente pode ser processado mediante autorização da
Câmara Municipal;
(B) somente não pratica crime contra a honra caso o pronunciamento esteja relacionado às suas funções;
(C) pode praticar crime contra a honra, mas o processo pode vir a ser suspenso por decisão da Câmara
Municipal;
(D) não pode praticar crime contra a honra, sendo alcançado pela imunidade material dos parlamentares;
(E) pode praticar crime contra a honra e ser processado sem autorização da Câmara Municipal.
#FGV (TJAP-22) 55 - Ao disciplinar o procedimento a ser observado no julgamento das contas do chefe do
Poder Executivo, o Regimento Interno da Câmara dos Vereadores do Município Alfa, situado na Região
Norte do país, dispôs o seguinte:
(1) a Câmara somente julga as contas de governo, não as de gestão, prevalecendo, em relação às últimas,
o juízo de valor do Tribunal de Contas do respectivo Estado;
(2) as contas não impugnadas por qualquer vereador, partido político ou cidadão, no prazo de 60 dias, a
contar do recebimento do parecer prévio do Tribunal de Contas, são tidas como aprovadas;
(3) o parecer prévio do Tribunal de Contas somente deixará de prevalecer pelo voto da maioria de dois
terços dos membros da Câmara Municipal.
Considerando a disciplina estabelecida na Constituição da República de 1988 a respeito da matéria, é
correto a rmar que:
(A) apenas o comando 1 é constitucional;
(B) apenas o comando 3 é constitucional;
(C) apenas os comandos 1 e 2 são constitucionais;
(D) os comandos 1, 2 e 3 são constitucionais;
(E) os comandos 1, 2 e 3 são inconstitucionais.
54 Gabarito: E
55 Gabarito: B
#FGV (TJMS-23) 57 - Com o objetivo de conferir maior tecnicismo ao julgamento das contas de gestão
apresentadas anualmente pelo prefeito municipal, a Câmara Municipal de Alfa alterou o seu regimento
interno para dispor que, uma vez recebido o parecer prévio emitido pelo Tribunal de Contas, as
respectivas contas somente seriam submetidas a julgamento pelo Plenário da Câmara Municipal se, nos
trinta dias subsequentes, algum vereador o requeresse. O regimento interno ainda passou a dispor que,
em sendo apreciado pelo Plenário, o parecer do Tribunal de Contas somente deixaria de prevalecer pelo
voto de dois terços dos membros da Casa Legislativa. À luz da Constituição da República de 1988, é
correto a rmar que a sistemática prevista no regimento interno da Câmara Municipal de Alfa é:
(A) constitucional, considerando que foi observada a autonomia da Câmara Municipal e o número mínimo
de votos necessários para que não prevaleça o parecer do Tribunal de Contas;
(B) inconstitucional, considerando que o Tribunal de Contas apenas emite parecer prévio em relação às
contas de governo do prefeito municipal, julgando as contas de gestão;
(C) inconstitucional, considerando que o número de votos para a rejeição do parecer prévio do Tribunal
de Contas é de três quintos dos membros da Câmara Municipal;
(D) inconstitucional, considerando que o parecer prévio do Tribunal de Contas não pode ser considerado
aprovado sem expressa deliberação da Câmara Municipal;
(E) constitucional, considerando a estrita observância do princípio da simetria em relação à competência
do Congresso Nacional nessa temática.
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei
orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois
terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta
Constituição.
§ 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e
Municípios.
§ 2º A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do art. 77, e dos
Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para
mandato de igual duração.
56 Gabarito: C
57 Gabarito: D
Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios.
§ 1º Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará, no que
couber, o disposto no Capítulo IV deste Título.
§ 2º As contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional, com
parecer prévio do Tribunal de Contas da União.
§ 3º Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador
nomeado na forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda
instância, membros do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre
as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa.
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
I - manter a integridade nacional;
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
V - reorganizar as nanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo
motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias xadas nesta Constituição, dentro
dos prazos estabelecidos em lei;
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a
proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e
serviços públicos de saúde. (Redação dada pela EC n. 29/2000)
Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios
localizados em Território Federal, exceto quando: #FGV (TJES-23)
58 Gabarito: C
TEMA 1094-STJ - O candidato aprovado em concurso público pode assumir cargo que, segundo o
edital, exige Título de Ensino Médio pro ssionalizante ou completo com curso técnico em área
especí ca, caso não seja portador desse Título mas detenha diploma de nível superior na mesma
área pro ssional. STJ. REsp 1.888.049-CE, Rel. Min. Og Fernandes, Primeira Seção, por unanimidade,
j. 22/09/2021 (Inf. 710) #FGV (TJMS-23)
TEMA 1010-STF -
a) A criação de cargos em comissão somente se justi ca para o exercício de funções de direção,
che a e assessoramento, não se prestando ao desempenho de atividades burocráticas,
técnicas ou operacionais;
b) tal criação deve pressupor a necessária relação de con ança entre a autoridade nomeante e
o servidor nomeado;
c) o número de cargos comissionados criados deve guardar proporcionalidade com a
necessidade que eles visam suprir e com o número de servidores ocupantes de cargos
efetivos no ente federativo que os criar; e
d) as atribuições dos cargos em comissão devem estar descritas, de forma clara e objetiva, na
própria lei que os instituir.
É inconstitucional, por violação ao art. 37, X e XIII, e ao art. 39, § 1º, da CF, a vinculação de
remunerações de carreiras pertencentes a entes federativos distintos ao subsídio de Ministros do
Supremo Tribunal Federal.
A previsão legal que xe subsídio em percentual determinado de um cargo paradigma deve ser
interpretada conforme à Constituição, considerando-se como base o valor vigente no momento de
publicação da lei impugnada, vedados reajustes automáticos posteriores.
Não ofende a Constituição o escalonamento de vencimentos entre cargos estruturados na mesma
carreira pública ou entre conselheiros e auditores de Contas.
STF. ADI 7.264/TO, relator Ministro Roberto Barroso, julgamento virtual nalizado em 19.5.2023 (Inf.
1096) #FGV (TJES-23)
ATENÇÃO! É inconstitucional — por violar o art. 39, § 4º, da CF/1988, haja vista o caráter de
indevido acréscimo remuneratório — norma estadual que prevê adicional de “auxílio-
aperfeiçoamento pro ssional” aos seus magistrados. STF. ADI 5.407/MG, relator Ministro
Alexandre de Moraes, julgamento nalizado em 30.6.2023 (Inf. 1102)
É inconstitucional, por violação ao art. 37, X e XIII, e ao art. 39, § 1º, da CF, a vinculação de
remunerações de carreiras pertencentes a entes federativos distintos ao subsídio de Ministros do
Supremo Tribunal Federal.
A previsão legal que xe subsídio em percentual determinado de um cargo paradigma deve ser
interpretada conforme à Constituição, considerando-se como base o valor vigente no momento de
publicação da lei impugnada, vedados reajustes automáticos posteriores.
Não ofende a Constituição o escalonamento de vencimentos entre cargos estruturados na mesma
carreira pública ou entre conselheiros e auditores de Contas.
STF. ADI 7.264/TO, relator Ministro Roberto Barroso, julgamento virtual nalizado em 19.5.2023 (Inf.
1096) #FGV (TJES-23)
TEMA 779-STF - Os substitutos ou interinos designados para o exercício de função delegada não
se equiparam aos titulares de serventias extrajudiciais, visto não atenderem aos requisitos
estabelecidos nos arts. 37, inciso II, e 236, § 3º, da Constituição Federal para o provimento
originário da função, inserindo-se na categoria dos agentes estatais, razão pela qual se aplica a
eles o teto remuneratório do art. 37, inciso XI, da Carta da República. STF. RE 808.202, rel. min.
Dias To oli, j. 24-8-2020, P, DJE de 25-11-2020 #FGV (TJES-23)
Art. 236, § 3º O ingresso na atividade notarial e de registro depende de concurso público de provas e
títulos, não se permitindo que qualquer serventia que vaga, sem abertura de concurso de provimento
ou de remoção, por mais de seis meses.
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser
superiores aos pagos pelo Poder Executivo;
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o
efeito de remuneração de pessoal do serviço público; (Redação dada pela EC n. 19/1998)
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados
nem acumulados para ns de concessão de acréscimos ulteriores; (Redação dada pela EC
n. 19/1998)
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são
irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º,
150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela EC n. 19/1998) #FGV (PCAM-22/TJES-23)
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente,
proibida qualquer distinção em razão de ocupação pro ssional ou função por eles exercida,
independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
Art. 5º, LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
Art. 5º, LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal
condenatória
Art. 144, § 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela
segurança pública, de maneira a garantir a e ciência de suas atividades.
[…] A acumulação ilegal de cargos públicos, expressamente vedada pelo art. 37, XVI, da
Constituição Federal, protrai-se no tempo, podendo ser investigada a qualquer época, até porque
os atos inconstitucionais jamais se convalidam pelo mero decurso temporal, não havendo que se
falar em decadência da pretensão da Administração. STJ. AgInt nos EDcl no RMS n. 64.859/ES,
relator Ministro Benedito Gonçalves, Primeira Turma, julgado em 21/3/2022, DJe de 24/3/2022 #FGV
(TJSC-22)
Lei n. 8.429/1992, art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os
princípios da administração pública a ação ou omissão dolosa que viole os deveres de
honestidade, de imparcialidade e de legalidade, caracterizada por uma das seguintes condutas:
(Redação dada pela Lei n. 14.230/2021)
XII - praticar, no âmbito da administração pública e com recursos do erário, ato de publicidade
que contrarie o disposto no § 1º do art. 37 da Constituição Federal, de forma a promover
inequívoco enaltecimento do agente público e personalização de atos, de programas, de obras,
de serviços ou de campanhas dos órgãos públicos. (Incluído pela Lei n. 14.230/2021) #FGV (TJPR-23)
Súmula 652-STJ - A responsabilidade civil da Administração Pública por danos ao meio ambiente,
decorrente de sua omissão no dever de scalização, é de caráter solidário, mas de execução
subsidiária. #FGV (TJGO-23)
TEMA 130-STF - A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de
serviço público é objetiva relativamente a terceiros usuários e não usuários do serviço, segundo
decorre do art. 37, § 6º, da Constituição Federal. STF. RE 591874, Relator(a): RICARDO
LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 26-08-2009, DJe 18-12-2009 #FGV (TJSC-22)
TEMA 362-STF - Nos termos do artigo 37, § 6º, da Constituição Federal, não se caracteriza a
responsabilidade civil objetiva do Estado por danos decorrentes de crime praticado por pessoa
foragida do sistema prisional, quando não demonstrado o nexo causal direto entre o momento da
fuga e a conduta praticada. STF. RE 608.880, rel. p/ o ac. min. Alexandre de Moraes, j. 8-9-2020, P,
DJE de 1º-10-2020 (Inf. 993) #FGV (TJPR-21/PCRN-21)
TEMA 366-STF - Para que que caracterizada a responsabilidade civil do Estado por danos
decorrentes do comércio de fogos de artifício, é necessário que exista a violação de um dever
jurídico especí co de agir, que ocorrerá quando for concedida a licença para funcionamento sem
as cautelas legais ou quando for de conhecimento do poder público eventuais irregularidades
praticadas pelo particular. STF. Plenário. RE 136861/SP, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min.
Alexandre de Moraes, julgado em 11/3/2020 (Inf. 969) #FGV (TJAP-22/TJMS-23)
TEMA 777-STF - O Estado responde, objetivamente, pelos atos dos tabeliães e registradores
o ciais que, no exercício de suas funções, causem dano a terceiros, assentado o dever de
regresso contra o responsável, nos casos de dolo ou culpa, sob pena de improbidade
administrativa. STF. Plenário. RE 842846/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 27/2/2019 (Inf. 932) #FGV
(TJPR-21)
Art. 236. Os serviços notariais e de registro são exercidos em caráter privado, por delegação do
Poder Público.
§ 1º Lei regulará as atividades, disciplinará a responsabilidade civil e criminal dos notários, dos o ciais
de registro e de seus prepostos, e de nirá a scalização de seus atos pelo Poder Judiciário.
§ 2º Lei federal estabelecerá normas gerais para xação de emolumentos relativos aos atos
praticados pelos serviços notariais e de registro.
[...] Concluiu-se que o mencionado art. 37, § 6º, da CF, consagra dupla garantia: uma em favor do
particular, possibilitando-lhe ação indenizatória contra a pessoa jurídica de direito público ou de
direito privado que preste serviço público; outra, em prol do servidor estatal, que somente
responde administrativa e civilmente perante a pessoa jurídica a cujo quadro funcional pertencer.
A Min. Cármen Lúcia acompanhou com reservas a fundamentação. STF. RE 327904/SP, rel. Min. Carlos
Britto, 15.8.2006 (Inf. 436) #FGV (TJSC-22)
No caso de vítima atingida por projétil de arma de fogo durante uma operação policial, é dever do
Estado, em decorrência de sua responsabilidade civil objetiva, provar a exclusão do nexo causal
entre o ato e o dano, pois ele é presumido. STF. ARE 1382159 AgR/RJ, relator Ministro Nunes
Marques, redator do acórdão Ministro Gilmar Mendes, julgamento em 28.3.2023 (Inf. 1089) #FGV
(TJPR-23)
A Administração Pública está obrigada ao pagamento de pensão e indenização por danos morais
no caso de morte por suicídio de detento ocorrido dentro de estabelecimento prisional mantido
pelo Estado. Nessas hipóteses, não é necessário perquirir eventual culpa da Administração Pública.
Na verdade, a responsabilidade civil estatal pela integridade dos presidiários é objetiva em face dos
riscos inerentes ao meio no qual foram inseridos pelo próprio Estado. AgRg no REsp 1.305.259-SC,
Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 2/4/2013 (Inf. 520) #FGV (PCRN-21/TJGO-23)
EC n. 20/1998, art. 11. A vedação prevista no art. 37, § 10, da Constituição Federal, não se aplica
aos membros de poder e aos inativos, servidores e militares, que, até a publicação desta Emenda,
tenham ingressado novamente no serviço público por concurso público de provas ou de provas e
títulos, e pelas demais formas previstas na Constituição Federal, sendo-lhes proibida a percepção
de mais de uma aposentadoria pelo regime de previdência a que se refere o art. 40 da
Constituição Federal, aplicando-se-lhes, em qualquer hipótese, o limite de que trata o § 11 deste
mesmo artigo. #FGV (TJGO-23)
§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso
XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei. (Incluído
pela EC n. 47/2005) #FGV (TJPR-23)
#FGV (TJPR-21) 60 - João cumpria pena em regime fechado no sistema penitenciário do Estado Alfa e
conseguiu fugir, em verdadeira fuga cinematográ ca feita com helicóptero blindado, que o resgatou
quando tomava banho de sol. Seis meses após sua fuga, João se associou a outros criminosos e entrou na
casa de Antônio, cometendo crime de latrocínio e ceifando a vida de sua nova vítima. Os lhos de Antônio
buscaram a Defensoria Pública e ajuizaram ação indenizatória em face do Estado Alfa, com base em sua
responsabilidade civil objetiva, pleiteando reparação por danos morais decorrentes da morte de seu pai.
Alegam os autores que ocorreu omissão do Estado Alfa por não prover medidas e cazes de segurança
carcerária.
Na hipótese narrada, de acordo com o entendimento do Supremo Tribunal Federal e o Art. 37, § 6º, da
Constituição da República de 1988, a responsabilidade civil objetiva do Estado Alfa:
(A) não está caracterizada, diante da excludente de responsabilidade civil consistente em força maior que
deu causa ao ato ilícito de latrocínio praticado por João;
(B) não está caracterizada, diante da ausência de nexo causal direto entre o momento da fuga e a
conduta praticada por João;
(C) não está caracterizada, diante da ausência de comprovação do elemento subjetivo do dolo ou culpa
do agente público diretor do sistema prisional;
(D) está caracterizada, diante de sua omissão in vigilando, que permitiu a fuga de João do sistema
carcerário, causa e ciente da morte da vítima Antônio;
(E) está caracterizada, independentemente da demonstração do dolo ou culpa por parte dos agentes
públicos responsáveis por prover a segurança do estabelecimento prisional.
59 Gabarito: B
60 Gabarito: B
#FGV (PCRN-21) 62 - João cumpria pena em estabelecimento prisional do Estado Alfa quando foi morto por
estrangulamento praticado por outro apenado, sendo certo que, durante o homicídio, praticado no horário
de banho de sol, não interveio qualquer agente penitenciário, presente no local, para tentar impedir a
morte de João. A família do falecido João procurou a Defensoria Pública, que lhe esclareceu que a
Constituição da República de 1988, em seu artigo 5º, inciso XLIX, assegura aos presos o respeito
à integridade física e moral. Assim, seguindo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, os lhos de
João:
(A) não devem ajuizar ação indenizatória em face do Estado Alfa, porque o caso trata de culpa exclusiva
de terceiro, qual seja, o detento que praticou o homicídio;
(B) não devem ajuizar ação indenizatória em face do Estado Alfa, porque não incide a responsabilidade
civil objetiva, e sim devem manejá-la em face diretamente dos agentes penitenciários que foram
omissos;
(C) devem ajuizar ação indenizatória em face do Estado Alfa, por sua responsabilidade civil subjetiva,
sendo inaplicável ação de regresso pelo ente federativo em face dos agentes públicos, diante da
ausência de culpa ou dolo;
(D) devem ajuizar ação indenizatória em face do Estado Alfa, por sua responsabilidade civil objetiva pela
inobservância do seu dever especí co de proteção previsto no citado artigo inciso da Constituição da
República de 1988;
(E) devem ajuizar ação indenizatória em face do Estado Alfa, por sua responsabilidade civil subjetiva,
diante da omissão especí ca no cumprimento do dever previsto no citado artigo 5º, inciso XLIX, da
Constituição da República de desde que comprovada a existência do elemento subjetivo.
61 Gabarito: D
62 Gabarito: D
#FGV (PCRN-21) 64 - A Lei Orgânica da Polícia Civil do Estado Alfa foi alterada pela Assembleia Legislativa, de
maneira que foi inserido um artigo dispondo que é vedado ao servidor público ocupante de cargo efetivo
ou comissionado servir sob a direção imediata de cônjuge ou parente até segundo grau civil.
De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a norma mencionada é:
(A) constitucional, porque existe presunção de ofensa aos princípios expressos da administração pública
da impessoalidade e da moralidade;
(B) constitucional, porque está de acordo com os princípios da administração pública e a súmula
vinculante que veda o nepotismo, e é aplicável para todos os entes federativos;
(C) constitucional, porque cada Estado da Federação tem autonomia para ampliar livremente as hipóteses
de nepotismo previstas em súmula vinculante;
(D) inconstitucional, porque os ocupantes de cargos efetivos ou comissionados no âmbito da polícia civil
são considerados agentes políticos e, por isso, não incide a súmula vinculante que proíbe o
nepotismo;
(E) inconstitucional em relação aos ocupantes de cargos efetivos eis que normas inibitórias do nepotismo
não tem como campo próprio de incidência os cargos efetivos sob pena de violação ao concurso
público.
#FGV (PCAM-22) 65 - Após regular aprovação em concurso público de provas e títulos, João ingressou no
serviço público, passando a ocupar um cargo de provimento efetivo de nível médio. A razão de ser da
escolha do cargo decorreu do regime jurídico que o regia e da remuneração paga.
Para sua surpresa, poucos anos depois, foi aprovada a Lei nº XX, que:
I. suprimiu algumas garantias do cargo;
II. permitiu que João ascendesse a um cargo de provimento efetivo de nível superior, caso alcançasse
esse nível de instrução e tivesse boas avaliações;
III. suprimiu algumas grati cações recebidas por João, acrescendo-as à sua remuneração, o que, embora
não tenha acarretado redução estipendial, impediu que fossem auferidos maiores ganhos no futuro.
À luz da sistemática constitucional, são medidas constitucionais:
(A) I, apenas.
(B) I e II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.
63 Gabarito: A
64 Gabarito: E
65 Gabarito: C
#FGV (TJSC-22) 67 - José é servidor público municipal há dez anos, ocupante de cargo técnico-cientí co de
analista em tecnologia da informação, com jornada de trabalho de quarenta horas por semana. Mediante
aprovação em novo concurso público, há seis anos, José foi nomeado para o cargo efetivo estadual
técnico-cientí co de analista de sistemas, com carga horária semanal de vinte horas.
Em 2022, o Tribunal de Contas Estadual, ao cruzar informações de servidores públicos, constatou a
acumulação de ambos os citados cargos efetivos por José e remeteu peças ao Ministério Público, que
instaurou inquérito civil para apurar os fatos.
Com o objetivo de trancar as investigações levadas a cabo pelo Ministério Público, José impetrou
mandado de segurança, sustentando a legalidade da acumulação de cargos, bem como a prescrição de
eventual pretensão anulatória, pois já exerce funções públicas em ambos os cargos há mais de cinco anos.
Com base no texto constitucional e na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, o magistrado deve:
(A) denegar a segurança, pois o prazo para a Administração Pública investigar acumulação ilegal de
cargos é de cinco anos a partir do momento em que a representação chegar no Ministério Público;
(B) denegar a segurança, pois a acumulação de cargos por José é ilegal e protrai-se no tempo, podendo
ser investigada a qualquer época;
(C) conceder a segurança, pois a acumulação de cargos por José é legal, na medida em que há
compatibilidade de horário, pois a soma das cargas horárias não ultrapassou sessenta horas por
semana;
(D) conceder a segurança, pois, apesar de inicialmente ilegal a acumulação de cargos por José, houve
convalidação administrativa, visto que foi transcorrido o prazo decadencial de cinco anos;
(E) denegar a segurança, pois a acumulação de cargos por José seria legal apenas se houvesse
compatibilidade de horários, que não é o caso, haja vista que a soma das cargas horárias não é inferior
a sessenta horas semanais.
66 Gabarito: E
67 Gabarito: B
#FGV (TJPE-22) 69 - O Município Alfa editou lei municipal criando cargos em comissão no âmbito da
Administração Pública municipal. Em determinado processo judicial, a citada legislação foi objeto de
questionamento no que tange à sua constitucionalidade.
Sabe-se que a criação de cargos em comissão somente se justi ca quando presentes os pressupostos
constitucionais para sua instituição.
Dessa forma, com base na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, ao analisar a constitucionalidade
da citada legislação do Município Alfa, o julgador deve observar que:
(A) a criação e o preenchimento de cargos em comissão não pressupõem necessária relação de
con ança entre a autoridade nomeante e o servidor nomeado;
(B) as atribuições dos cargos em comissão devem estar elencadas em ato normativo infralegal, não
havendo necessidade de descrição, de forma clara e objetiva, na própria lei que os instituir;
(C) a criação de cargos em comissão somente se justi ca para o exercício de funções de direção, che a e
assessoramento, ou o desempenho de atividades técnicas ou operacionais de estratégica relevância;
(D) o número de cargos comissionados criados deve guardar proporcionalidade com a necessidade que
eles visam suprir e com o número de servidores ocupantes de cargos efetivos no ente federativo que
os criar;
(E) os cargos em comissão são preenchidos exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo
de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, e destinam-se apenas às
atribuições de direção, che a e assessoramento.
68 Gabarito: D
69 Gabarito: D
70 Gabarito: E
71 Gabarito: B
#FGV (TJPE-22) 73 - O Município Ômega realizou queima de fogos de artifício na noite de réveillon do último
ano. No dia primeiro de janeiro seguinte, os irmãos João e Maria, de 7 e 8 anos de idade, brincavam na
praça da cidade, quando resolveram manusear restos de explosivos deixados na noite anterior por
agentes municipais sem qualquer tipo de alerta, proteção ou elemento indicativo de que era proibido o
acesso ao local, ocasião em que alguns fogos dispararam e o acidente resultou em sérias lesões no corpo
de ambas as crianças.
João e Maria, patrocinados por seu tio que é advogado, ajuizaram ação indenizatória em face do
Município, que se defendeu alegando culpa exclusiva dos pais dos autores, que não os vigiaram
adequadamente.
Ao proferir sentença, adotando a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, o magistrado deve aplicar
a responsabilidade civil:
(A) objetiva, orientada pela teoria do risco administrativo, não havendo que se falar em culpa exclusiva ou
concorrente dos pais pelos danos causados aos seus lhos;
(B) objetiva, não havendo que se falar em culpa exclusiva dos pais pelos danos causados aos seus lhos,
mas reduzindo-se o valor da indenização pela culpa concorrente dos genitores;
(C) objetiva, não havendo que se falar em culpa exclusiva ou concorrente dos pais pelos danos causados
aos seus lhos, mas afastando-se a pretensão autoral pela excludente de responsabilidade do caso
fortuito ou força maior;
(D) subjetiva, por se tratar de conduta omissiva do poder público, de maneira que é necessária a
comprovação da conduta culposa dos agentes municipais consistente na negligência ou má prestação
do serviço;
(E) subjetiva, por se tratar de conduta omissiva do poder público, mas persiste o dever de indenizar em
razão da teoria do risco integral, que não admite excludente de responsabilidade por caso fortuito ou
força maior.
72 Gabarito: E
73 Gabarito: A
#FGV (TJES-23) 75 - Joaquim atua como substituto interino não concursado do cartório extrajudicial do 2º
Registro Geral de Imóveis no Estado Alfa. Por sua vez, a notária Joana é titular concursada da serventia
extrajudicial do Yo Cartório do Registro Civil de Pessoas Naturais do Estado Alfa.
Em tema de regime jurídico remuneratório, de acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal:
(A) Joaquim e Joana se sujeitam ao teto remuneratório constitucional, pois são considerados servidores
públicos em sentido amplo, na medida em que exercem função pública e estão sujeitos ao controle
feito pelo Tribunal de Justiça do Estado Alfa e pelo Conselho Nacional de Justiça;
(B) Joaquim e Joana se sujeitam ao teto remuneratório constitucional, pois são considerados servidores
públicos em sentido amplo, na medida em que exercem função pública delegada e, apesar de estarem
sujeitos ao controle feito pelo Tribunal de Justiça do Estado Alfa, não são scalizados pelo Conselho
Nacional de Justiça, por não exercerem função jurisdicional;
(C) Joaquim e Joana não se sujeitam ao teto remuneratório constitucional, pois são considerados
particulares em colaboração com o poder público, na medida em que não são remunerados com
recursos oriundos do orçamento do Estado Alfa, mas com verba de origem privada, oriunda dos
pagamentos feitos pelos usuários dos serviços;
(D) Joana não se sujeita ao teto remuneratório constitucional, pois não é considerada servidora pública,
sendo que os serviços de registro são exercidos em caráter privado, por delegação do poder público,
mas Joaquim se sujeita ao teto remuneratório constitucional, pois se insere na categoria de agente
estatal, haja vista que não se equipara aos titulares de serventias extrajudiciais, dado que não atende
aos requisitos constitucionais para o provimento originário da função;
(E) Joana se sujeita ao teto remuneratório constitucional, pois é considerada servidora pública, na medida
em que ingressou no serviço público por provimento originário consistente em concurso público, mas
Joaquim não se sujeita ao teto remuneratório constitucional, pois não se insere na categoria de agente
estatal, haja vista que não se equipara aos titulares de serventias extrajudiciais, dado que não atende
aos requisitos constitucionais para o provimento originário da função.
74 Gabarito: E
75 Gabarito: D
#FGV (TJMS-23) 77 - Caio, bacharel em Física, prestou concurso público para o cargo de técnico de
laboratório na área de Física, sendo certo que o edital exigia para o exercício do cargo a quali cação
consistente em Ensino Médio pro ssionalizante na área ou Ensino Médio completo com curso técnico na
área. Aprovado, Caio teve sua posse negada pela administração pública, ao argumento de que não
possuía a quali cação exigida no edital.
Considerando a legislação em vigor e a jurisprudência atualizada, é correto a rmar que:
(A) no caso hipotético descrito no enunciado, ainda que aprovado no concurso público, a administração
pública pode, de fato, negar posse a Caio, uma vez que seu currículo não atende à quali cação
exigida em edital;
(B) o candidato aprovado em concurso público pode assumir cargo que, segundo o edital, exige título de
Ensino Médio pro ssionalizante, ainda que não seja portador desse título, desde que detenha diploma
de nível superior na mesma área pro ssional;
(C) a investidura de servidores na administração deve ser efetuada nos estritos moldes da previsão trazida
no edital, não sendo possível em qualquer hipótese aceitar titulações diversas, ainda que superiores;
(D) na esfera administrativa não é possível, em qualquer hipótese, com base em valores jurídicos
abstratos, se proceder à interpretação ampliativa;
(E) o candidato aprovado em concurso público pode assumir cargo que, segundo o edital, exige título de
Ensino Médio pro ssionalizante ainda que não seja portador desse título, caso tenha diploma de nível
superior em qualquer área pro ssional.
76 Gabarito: C
77 Gabarito: B
#FGV (TJMS-23) 79 - Tício estava no interior de uma loja de fogos de artifício de sua cidade a m de comprar
diversos itens para a festa junina que se aproximava quando se deu uma grande explosão que lhe causou
queimaduras e destruiu seus pertences. Considerando a legislação em vigor e a jurisprudência atualizada,
é correto a rmar que:
(A) é sempre cabível a responsabilização civil do Município pelos danos decorrentes da explosão em
comércio de fogos de artifício;
(B) em razão do dever de scalização, haverá sempre responsabilidade civil do Município, ainda que o
comércio de fogos tenha recebido licença para funcionamento, com as cautelas legais;
(C) o exercício do comércio de fogos de artifício, atividade privada, não enseja, em qualquer hipótese,
responsabilização do Município por danos dela decorrentes;
(D) o requerimento de licença de instalação de comércio de fogos de artifício é su ciente para ensejar o
dever de agir do Município que será sempre responsabilizado na ocorrência de dano a terceiro;
(E) haverá responsabilidade civil do Município por omissão especí ca quando forem de conhecimento do
poder público eventuais irregularidades praticadas pelo particular.
#FGV (TJPR-23) 80 - Ação civil pública foi ajuizada com pedido de ressarcimento ao erário em razão de dano
ambiental por exploração irregular de minério ocorrida cerca de uma década antes.
Diante do exposto e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o dano:
(A) poderá ser ressarcido, pois a prescrição da pretensão de ressarcimento ao erário decorrente da
exploração irregular do patrimônio mineral da União é de vinte anos;
(B) não poderá ser ressarcido, pois a pretensão de ressarcimento ao erário decorrente da exploração
irregular do patrimônio mineral da União já está prescrita;
(C) não poderá ser ressarcido, pois, em interpretação constitucional, hipótese de imprescritibilidade,
geraria poderes ilimitados ao Estado, passíveis de serem exercidos a qualquer tempo;
(D) não poderá ser ressarcido, pois a garantia da segurança jurídica e da previsibilidade no ordenamento
jurídico, nesse caso, se sobrepõe em relação ao direito fundamental de toda a coletividade ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado;
(E) poderá ser ressarcido, pois é imprescritível a pretensão de ressarcimento ao erário decorrente da
exploração irregular do patrimônio mineral da União, porquanto indissociável do dano ambiental
causado.
78 Gabarito: D
79 Gabarito: E
80 Gabarito: E
#FGV (TJPR-23) 82 - Por determinação de José Goiaba, prefeito do Município da Boa Fruta, em todas as obras
municipais foram apostas placas confeccionadas com recursos do erário local, contendo a seguinte
inscrição: “Governo Zé Goiaba: o melhor da Boa Fruta”.
À luz da legislação de regência dos atos de improbidade administrativa, o ato do prefeito é:
(A) lícito, pois os agentes políticos têm o dever de divulgar as obras e prestar contas de sua
administração;
(B) lícito, pois o ato con gura manifestação do direito de liberdade de expressão e de publicidade dos
atos de gestão;
(C) ilícito e punível com multa e proibição de contratar com o poder público por prazo não superior a
quatro anos;
(D) ilícito e punível com perda da função pública e suspensão dos direitos políticos até doze anos;
(E) ilícito e punível com perda da função pública e suspensão dos direitos políticos até catorze anos.
#FGV (TJPR-23) 83 - Maria, moradora de comunidade densamente povoada na Cidade Delta, Capital do
Estado Alfa, dormia em sua casa com seu lho, o pequeno João, criança em tenra idade, quando policiais,
em situação de con ito armado com criminosos locais, foram alvejados e dispararam tiros para se
defenderem. Lamentavelmente, o pequeno João foi atingido por um dos projéteis e veio a falecer. Maria
ajuíza ação contra o Estado Alfa, pleiteando indenização por danos morais pela morte do lho João. No
curso do processo, a perícia não logrou identi car se a bala que feriu de morte João partiu das armas dos
policiais ou dos criminosos locais.
O juiz de direito, à luz da jurisprudência mais atualizada do Supremo Tribunal Federal, julga o pedido:
(A) improcedente, pois se trata de hipótese de responsabilidade objetiva e competia à Maria comprovar
que a bala partiu das armas dos policiais;
(B) improcedente, pois se trata de hipótese de responsabilidade subjetiva e competia à Maria comprovar
que os policiais agiram com culpa, prova não produzida no curso do processo;
(C) procedente, pois se trata de hipótese de responsabilidade objetiva e competia ao Estado Alfa provar a
exclusão do nexo de causalidade entre a conduta e o resultado;
(D) parcialmente procedente, pois se trata de hipótese de responsabilidade subjetiva e houve culpa
concorrente dos criminosos locais com o Estado Alfa;
(E) procedente, pois se trata de hipótese de responsabilidade subjetiva, prevalecendo a alegação de
Maria de que a bala partiu das armas dos policiais.
81Gabarito: D
82 Gabarito: C
83 Gabarito: C
#FGV (TJGO-23) 85 - O imóvel de Maria é tombado, apenas em nível municipal, como patrimônio histórico e
cultural da cidade. Maria, necessitando aumentar sua renda, resolveu utilizar seu imóvel como um hostel e,
para tal, decidiu realizar obras estruturais, inclusive com alteração da fachada de importância histórica, sem
qualquer pedido ou autorização do Município Alfa. Sua vizinha arquiteta Rose, ao veri car o início das
obras, apresentou Representação, devidamente instruída com fotos, à Prefeitura, que se quedou inerte.
Ao tomar conhecimento dos fatos quando as obras já estavam quase concluídas, o Ministério Público
ajuizou ação civil pública pleiteando obrigações de fazer, não fazer e indenizatória, em face do Município
Alfa e de Maria. Em sua defesa, o Município Alfa reconheceu sua inércia scalizatória, mas alegou que a
responsabilidade é apenas de Maria, na qualidade de proprietária do imóvel e responsável pelas obras
irregulares.
Com base na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, o magistrado deve considerar que a
responsabilidade civil do Município Alfa, decorrente de sua omissão no dever de scalização, por danos ao
meio ambiente:
A inclusive no que tange à tutela do patrimônio cultural, é de
(A) caráter solidário, mas de execução subsidiária;
(B) é objetiva e solidária, exceto no que tange à tutela do patrimônio cultural, que requer a demonstração
do dolo ou culpa, por ação ou omissão, dos infratores;
(C) é de caráter solidário, mas de execução subsidiária, exceto no que tange à tutela do patrimônio
cultural, que atrai o caráter subsidiário e a execução solidária;
(D) inclusive no que tange à tutela do patrimônio cultural, é objetiva e de execução solidária, de maneira
que as obrigações podem ser exigidas de quaisquer dos responsáveis, a qualquer tempo;
(E) inclusive no que tange à tutela do patrimônio cultural, é de caráter subsidiário, exigindo o
reconhecimento da falência (para pessoas jurídicas) ou da insolvência civil (para pessoas naturais)
para condenação, em processo de conhecimento, da Administração Pública.
84 Gabarito: D
85 Gabarito: A
O Plenário do STF deferiu a Medida Cautelar na ADI n. 2.135 para suspender, com efeito ex nunc, a
e cácia do caput do art. 39 da CF, na redação dada pela EC 19/1998: "Art. 39. A União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de administração e remuneração de
pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes."
86 Gabarito: A
TEMA 782-STF - Os prazos da licença adotante não podem ser inferiores aos prazos da licença
gestante, o mesmo valendo para as respectivas prorrogações. Em relação à licença adotante, não
é possível xar prazos diversos em função da idade da criança adotada. STF. Plenário. RE 778889/
PE, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 10/3/2016 (Inf. 817) #FGV (TJAP-22)
TEMA 1241-STF - O adicional de 1/3 (um terço) previsto no art. 7º, XVII, da Constituição Federal
incide sobre a remuneração relativa a todo período de férias. STF. RE 1.400.787/CE, relatora Ministra
Presidente, j. 15.12.2022 (Inf. 1080) #FGV (TJMS-23)
TEMA 1182-STF - À luz do art. 227 da Constituição Federal, que confere proteção integral da
criança com absoluta prioridade e do princípio da paternidade responsável, a licença
maternidade, prevista no art. 7º, XVIII, da CF/88 e regulamentada pelo art. 207 da Lei 8.112/1990,
estende-se ao pai genitor monoparental.
O servidor público que seja pai solo ─ de família em que não há a presença materna ─ faz jus à
licença maternidade e ao salário maternidade pelo prazo de 180 dias, da mesma forma em que
garantidos à mulher pela legislação de regência.
STF. RE 1348854/DF, relator Min. Alexandre de Moraes, julgamento nalizado em 12.5.2022 (Inf. 1054)
#FGV (TJGO-23)
ATENÇÃO! É inconstitucional — por violar o art. 39, § 4º, da CF/1988, haja vista o caráter de
indevido acréscimo remuneratório — norma estadual que prevê adicional de “auxílio-
aperfeiçoamento pro ssional” aos seus magistrados. STF. ADI 5.407/MG, relator Ministro
Alexandre de Moraes, julgamento nalizado em 30.6.2023 (Inf. 1102)
É inconstitucional, por violação ao art. 37, X e XIII, e ao art. 39, § 1º, da CF, a vinculação de
remunerações de carreiras pertencentes a entes federativos distintos ao subsídio de Ministros do
Supremo Tribunal Federal.
A previsão legal que xe subsídio em percentual determinado de um cargo paradigma deve ser
interpretada conforme à Constituição, considerando-se como base o valor vigente no momento de
publicação da lei impugnada, vedados reajustes automáticos posteriores.
Não ofende a Constituição o escalonamento de vencimentos entre cargos estruturados na mesma
carreira pública ou entre conselheiros e auditores de Contas.
STF. ADI 7.264/TO, relator Ministro Roberto Barroso, julgamento virtual nalizado em 19.5.2023 (Inf.
1096) #FGV (TJES-23)
§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá estabelecer a
relação entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em
qualquer caso, o disposto no art. 37, XI. (Incluído pela EC n. 19/1998)
§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os valores do
subsídio e da remuneração dos cargos e empregos públicos. (Incluído pela EC n. 19/1998)
§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinará a aplicação
de recursos orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em cada
órgão, autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de
qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização,
reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou
prêmio de produtividade. (Incluído pela EC n. 19/1998)
§ 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser xada nos
termos do § 4º. (Incluído pela EC n. 19/1998)
§ 9º É vedada a incorporação de vantagens de caráter temporário ou vinculadas ao
exercício de função de con ança ou de cargo em comissão à remuneração do cargo efetivo.
(Incluído pela EC n. 103/2019)
Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos
efetivos terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente
federativo, de servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios
que preservem o equilíbrio nanceiro e atuarial. (Redação dada pela EC n. 103/2019)
§ 1º O servidor abrangido por regime próprio de previdência social será aposentado:
(Redação dada pela EC n. 103/2019) #FGV (TJPR-21/TJSC-22/TJPR-23)
I - por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que estiver investido,
quando insuscetível de readaptação, hipótese em que será obrigatória a realização de
avaliações periódicas para veri cação da continuidade das condições que ensejaram a
concessão da aposentadoria, na forma de lei do respectivo ente federativo; (Redação
dada pela EC n. 103/2019) #FGV (TJPR-21)
II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70
(setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei
complementar; (Redação dada pela EC n. 88/2015) #FGV (TJPR-21)
III - no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, e aos 65
(sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e, no âmbito dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, na idade mínima estabelecida mediante emenda às respectivas
Constituições e Leis Orgânicas, observados o tempo de contribuição e os demais
requisitos estabelecidos em lei complementar do respectivo ente federativo. (Redação
dada pela EC n. 103/2019) #FGV (TJSC-22/TJPR-23)
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes
órgãos:
I - polícia federal;
II - polícia rodoviária federal;
III - polícia ferroviária federal;
IV - polícias civis;
Redação anterior:
§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta Constituição,
é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência previsto
neste artigo. (Redação dada pela EC n. 20/1998) #FGV (TJGO-23)
EC n. 103/2019, art. 24, § 4º As restrições previstas neste artigo não serão aplicadas se o direito aos
benefícios houver sido adquirido antes da data de entrada em vigor desta Emenda
Constitucional. #FGV (TJPR-21)
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para
cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. (Redação dada pela EC n.
19/1998)
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: (Redação dada pela EC n. 19/1998)
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; (Incluído pela EC n. 19/1998)
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; (Incluído
pela EC n. 19/1998)
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei
complementar, assegurada ampla defesa. (Incluído pela EC n. 19/1998)
(11) Questão(ões)
#FGV (TJPR-21) 87 - Antônio exerceu o cargo eletivo de vereador junto ao legislativo municipal durante
dezesseis anos. No Município em análise, existe lei municipal dispondo que a pessoa que tiver exercido o
cargo de vereador durante quatro legislaturas ou dezesseis anos de vereança faz jus, a título de pensão,
após o término do mandato, a um subsídio mensal e vitalício igual parte xa da remuneração dos membros
da edilidade.
No caso em tela, de acordo com o entendimento do Supremo Tribunal Federal, a mencionada lei
municipal:
(A) não é harmônica com a Constituição da República de 1988, pois con gura tratamento privilegiado em
favor de ex-membro do legislativo municipal, que não mais é agente político, com violação aos
princípios da moralidade e da isonomia;
(B) não é harmônica com a Constituição da República de 1988, pois os ocupantes de cargos eletivos não
contribuem com qualquer regime de previdência social durante seus mandatos, pela natureza da
função exercida;
(C) é harmônica com a Constituição da República de 1988, desde que o valor a ser pago seja proporcional
ao tempo de contribuição e o valor a ser pago a título de pensão seja oriundo do regime próprio de
previdência social;
(D) é harmônica com a Constituição da República de 1988, desde que o valor a ser pago a título de
pensão previsto em lei seja oriundo do regime próprio de previdência social, diante da natureza do
cargo eletivo ocupado pelo Vereador;
(E) é harmônica com a Constituição da República de 1988, desde que o valor a ser pago a título de
pensão seja oriundo do regime geral de previdência social, pois ocupante de cargo eletivo não se
sujeita a regime próprio de previdência social.
87 Gabarito:A
#FGV (PCRN-21) 89 - A associação dos policiais civis do Estado Alfa iniciou um grande movimento para que
fossem estabelecidos critérios diferenciados para a concessão de benefícios, aos policiais civis, pelo
regime próprio de previdência social existente no referido Estado. Ao tomar conhecimento dessa
pretensão, um parlamentar solicitou que sua assessoria jurídica se manifestasse sobre a possibilidade de
atendê-la.
A assessoria jurídica respondeu corretamente que a Constituição da República de 1988:
(A) veda a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para a concessão de benefícios em regime
próprio de previdência social; logo, a pretensão não poderia ser atendida;
(B) só permite a adoção dos critérios diferenciados que ela própria estabeleceu, os quais não podem ser
ampliados pela legislação infraconstitucional; logo, a pretensão não poderia ser atendida;
(C) permite que lei complementar federal estabeleça critérios diferenciados para a concessão de
benefícios em regime próprio de previdência social aos policiais civis; logo, a pretensão poderia ser
atendida;
(D) permite que lei complementar estadual estabeleça critérios diferenciados para a concessão de
benefícios em regime próprio de previdência social aos policiais civis; logo, a pretensão poderia ser
atendida;
(E) já estabelece critérios diferenciados para a concessão de benefícios, aos policiais civis, no regime
próprio de previdência social; logo, a associação não tem verdadeiro interesse em sua pretensão.
88 Gabarito: C
89 Gabarito: D
#FGV (TJSC-22) 91 - João é o cial de cartório da Polícia Civil do Estado Alfa e, em 2020, foi promovido à sexta
e última classe da carreira. Em 2022, por preencher os requisitos legais para aposentadoria voluntária,
João a requereu e a obteve. Ocorre que o Estado Alfa o aposentou como o cial de cartório da Polícia Civil
de quinta classe, sob o argumento de que não havia cumprido cinco anos na sexta classe.
Sabe-se que, de fato, a legislação de regência aplicável à aposentadoria de João lhe exige tempo mínimo
de cinco anos no cargo efetivo em que se dará sua aposentadoria, conforme disposto no Art. 40, §1º, III, da
Constituição da República de 1988, na redação da EC n. 20/1998, Art. 6º da EC n. 41/2003 e Art. 3º da EC
n. 47/2005.
Inconformado por seus proventos de aposentadoria terem sido calculados com base em remuneração
referente à classe inferior à que efetivamente se aposentou, João ajuizou ação judicial.
De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), a João:
(A) assiste razão, pois, independentemente da classe que o servidor ocupar quando de sua
aposentadoria, os proventos devem ser contados tendo por base a última classe da carreira, mesmo
que ainda não atingida pelo servidor, por expressa previsão constitucional;
(B) não assiste razão, pois o texto constitucional é expresso ao estabelecer que a base de cálculo para
aposentadoria é a última classe em que o servidor estiver enquadrado pelo prazo mínimo de cinco
anos;
(C) não assiste razão, pois deve ser considerado o período mínimo de efetivo exercício de cinco anos na
classe em que se der a aposentadoria, pois não existe direito adquirido a regime jurídico para servidor
público;
(D) assiste razão, pois a promoção por acesso de servidor à classe distinta na carreira não representa
ascensão a cargo diverso daquele em que já estava efetivado, de modo que, para ns de
aposentadoria, o prazo mínimo de cinco anos no cargo efetivo não recomeça a contar pela alteração
de classe;
(E) não assiste razão, pois a atual redação do texto constitucional exige dez anos de efetivo exercício na
última classe em que se der a aposentadoria, e o STF conferiu interpretação conforme a Constituição
às regras de transição de aposentadoria, validando a exigência de cinco anos aos antigos servidores.
90 Gabarito: A
91 Gabarito: D
#FGV (TJMS-23) 93 - João, após regular aprovação em concurso público de provas e títulos, tomou posse no
cargo de provimento efetivo X, da estrutura da Administração Pública direta do Município Alfa. Logo após a
posse, se inteirou com um colega a respeito de alguns aspectos afetos à sua futura aposentadoria, pois já
tinha contribuído por alguns anos para o Regime Geral de Previdência Social, regime este que, conforme
informações recebidas, era o aplicado aos servidores de Alfa. O colega, em linha gerais, explicou que: (1)
será criado um regime próprio de previdência social ainda este ano; (2) é vedada a contagem de tempo de
contribuição cto; (3) para os servidores ocupantes exclusivamente de cargo em comissão, de livre
nomeação e exoneração, será aplicado o regime geral; e (4) Alfa, também este ano, instituirá regime de
previdência complementar para os servidores ocupantes de cargo efetivo, que oferecerá benefícios
somente na modalidade contribuição de nida. À luz dos balizamentos estabelecidos pela Constituição da
República de 1988, é correto a rmar, em relação às explicações do colega de João, que são
constitucionais:
(A) apenas as observações 1 e 4;
(B) apenas as observações 2 e 3;
(C) apenas as observações 1, 2 e 4;
(D) apenas as observações 2, 3 e 4;
(E) todas as observações.
92 Gabarito: A
93 Gabarito: D
#FGV (TJPR-23) 95 - Em 13 de novembro de 2019, foi publicada a Emenda Constitucional n. 103, a qual, além
de alterar a Constituição de 1988, trouxe normativas variadas e abrangentes no bojo dos regimes
previdenciários brasileiros.
Dentre as alterações referidas, é correto a rmar que:
(A) diante do princípio da universalidade de cobertura e atendimento, todos os servidores públicos
brasileiros, mesmo em Estados e Municípios, passaram a se submeter às mesmas regras de
aposentadoria, ressalvados direitos adquiridos e regras transitórias;
(B) na atualidade, caso um servidor público do Estado do Paraná, dotado de cargo público de provimento
efetivo, tenha incapacidade temporária para o trabalho, independentemente da origem da doença,
não terá direito à concessão de benefício por parte do regime próprio de previdência;
(C) no caso de servidor público do Estado do Paraná, ainda que comissionado, não haverá direito à
aposentadoria especial na hipótese de exposição a agentes insalubres, haja vista a extinção desse
tipo de prestação pela reforma previdenciária apontada;
(D) todos os Estados brasileiros, desde a aludida reforma previdenciária, já contam com sistemas de
previdência complementar para servidores ocupantes de cargo público de provimento efetivo,
mediante vinculação opcional à Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público da
União;
(E) os regimes previdenciários estaduais e municipais, em prol de seus servidores, podem adotar a
segregação da massa de segurados como forma de eliminar, de imediato, o dé cit previdenciário do
sistema e, com isso, viabilizar reduções de contribuições, em patamar inferior às contribuições dos
servidores federais.
94 Gabarito: E
95 Gabarito: B
#FGV (TJGO-23) 97 - Em determinada situação fática já constituída no âmbito do Estado Delta, João se
aposentou no cargo de promotor de Justiça e, após regular aprovação em concurso público de provas e
títulos, tomou posse no cargo de juiz de direito.
À luz dessa narrativa, é correto a rmar, consoante a sistemática inaugurada com a Constituição de 1988 e
suas sucessivas alterações, que a posse no segundo cargo:
(A) somente passou a ser considerada incompatível com a ordem constitucional com a publicação da
Emenda Constitucional nº 20/1998, que vedou, em qualquer hipótese ou momento, a acumulação
realizada por João;
(B) era expressamente admitida pela Constituição da República, mas a soma dos proventos de
aposentadoria de João, após se aposentar como juiz de direito, não poderia ultrapassar o teto
remuneratório constitucional;
(C) sempre foi considerada incompatível com a Constituição da República e suas reformas,
independentemente do momento em que os fatos ocorreram, sendo nula de pleno direito
considerando a impossibilidade de os cargos serem acumulados na atividade;
(D) foi admitida pela Emenda Constitucional nº 20/1998, isto em relação à situação jurídica daqueles que,
como João, se aposentaram e retornaram ao serviço público até a sua publicação, mas lhes seria
vedado receber mais de uma aposentadoria pelo regime próprio;
(E) embora fosse vedada pela Constituição da República, a promulgação da Emenda Constitucional nº
20/1998 assegurou o respeito ao direito adquirido e a percepção dos proventos de aposentadoria
correspondentes a ambos os cargos, desde que a situação estivesse consolidada, o que poderia
alcançar João.
Seção III - Dos Militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios (art.
42)
96 Gabarito: D
97 Gabarito: D
Art. 43. Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um mesmo
complexo geoeconômico e social, visando a seu desenvolvimento e à redução das
desigualdades regionais.
§ 1º - Lei complementar disporá sobre:
I - as condições para integração de regiões em desenvolvimento;
II - a composição dos organismos regionais que executarão, na forma da lei, os planos
regionais, integrantes dos planos nacionais de desenvolvimento econômico e social,
aprovados juntamente com estes.
§ 2º - Os incentivos regionais compreenderão, além de outros, na forma da lei:
I - igualdade de tarifas, fretes, seguros e outros itens de custos e preços de
responsabilidade do Poder Público;
II - juros favorecidos para nanciamento de atividades prioritárias;
III - isenções, reduções ou diferimento temporário de tributos federais devidos por pessoas
físicas ou jurídicas;
IV - prioridade para o aproveitamento econômico e social dos rios e das massas de água
represadas ou represáveis nas regiões de baixa renda, sujeitas a secas periódicas.
§ 3º - Nas áreas a que se refere o § 2º, IV, a União incentivará a recuperação de terras áridas
e cooperará com os pequenos e médios proprietários rurais para o estabelecimento, em
suas glebas, de fontes de água e de pequena irrigação.
Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da
Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de quatro anos.
A Constituição da República, em seu art. 50, caput e § 2º, prescreve sistemática de controle do
Poder Legislativo sobre o Poder Executivo que, em razão do princípio da simetria, deve ser
observada pelos Estados membros. STF. ADI 6.651, rel. min. Edson Fachin, j. 21-2-2022, P, DJE de
30-3-2022 #FGV (TJES-23)
#FGV (TJES-23) 99 - Em razão de uma série de notícias publicadas nos principais jornais do país, relatando
que o secretário de Educação do Estado Alfa teria orientado os professores da rede pública a aprovarem,
nas provas rotineiramente aplicadas, todos os alunos matriculados na rede pública estadual, de modo a
evitar o excesso de alunos em algumas séries e o risco de êxodo, a Comissão Permanente de Educação
(CPE) da Assembleia Legislativa decidiu convocar o governador do Estado, o referido secretário de Estado
e o procurador-geral de Justiça para que comparecessem perante o Poder Legislativo e prestassem as
informações que lhes fossem solicitadas pelos integrantes da Comissão.
À luz da sistemática constitucional, é correto a rmar que:
(A) a CPE tem o poder de convocar todas as autoridades referidas;
(B) apenas as Comissões Parlamentares de Inquérito têm o poder de convocar, logo, é ilícito o ato da CPE;
(C) a CPE somente poderia convocar o secretário de Estado, logo, é ilícita a convocação das outras duas
autoridades;
(D) apenas a Mesa Diretora e as Comissões Parlamentares de Inquérito têm o poder de convocar, logo, é
ilícito o ato da CPE;
(E) a CPE somente poderia convocar o secretário de Estado e o procurador-geral de Justiça, logo, é ilícita
a convocação do governador do Estado.
#FGV (TJGO-23) 100 - Réu condenado, por sentença de nitiva, pela prática de crime pode vir a não cumprir a
pena ou a ter a execução da pena extinta, caso sobrevenha causa extintiva da punibilidade. Dentre essas
causas, existem aquelas que, ocorridas após a sentença condenatória irrecorrível, extinguem todos os
efeitos penais da condenação, principais e secundários.
É o que acontece com o(a):
(A) anistia;
(B) graça;
(C) indulto;
(D) prescrição da pretensão executória;
(E) reparação do dano, no crime de peculato culposo.
98 Gabarito: E
99 Gabarito: C
100 Gabarito: A
Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República, e dele
participam:
VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados
pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos
Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução.
(1) Questão(ões)
#FGV (PCRN-21) 101 - Pedro, na época em que era Chefe do Poder Executivo Federal, foi condenado em um
processo por crime de responsabilidade, daí decorrendo a aplicação da sanção de inabilitação para o
exercício de função pública.
A sanção sofrida por Pedro:
(A) restringe a cidadania em suas acepções ativa e passiva;
(B) equivale à proibição de contratar com o Poder Público;
(C) acarreta restrições mais amplas que a inelegibilidade;
(D) se identi ca com a perda da função pública;
(E) acarreta a suspensão dos direitos políticos.
101 Gabarito: C
Crimes de calúnia, difamação e injúria quali cados pelo meio que facilitou a divulgação (CP, arts.
138, 139, 140 e 141, III)
Súmula 245-STF - A imunidade parlamentar não se estende ao corréu sem essa prerrogativa. #FGV
(TJPR-21)
(...) o fato de o parlamentar estar na Casa legislativa no momento em que proferiu as declarações
não afasta a possibilidade de cometimento de crimes contra a honra, nos casos em que as
ofensas são divulgadas pelo próprio parlamentar na Internet. (...) a inviolabilidade material somente
abarca as declarações que apresentem nexo direto e evidente com o exercício das funções
parlamentares. (...) O Parlamento é o local por excelência para o livre mercado de ideias – não para o
livre mercado de ofensas. A liberdade de expressão política dos parlamentares, ainda que vigorosa,
deve se manter nos limites da civilidade. Ninguém pode se escudar na inviolabilidade parlamentar
para, sem vinculação com a função, agredir a dignidade alheia ou difundir discursos de ódio, violência
e discriminação. STF. PET 7.174, rel. p/ o ac. min. Marco Aurélio, j. 10-3-2020, 1ª T (Inf. 969) #FGV (TJPR-21)
102 Gabarito: C
#FGV (PCAM-22) 104 - A Polícia Civil do Estado Alfa, em uma operação de rotina, constatou que o Deputado
Federal João estava em situação de agrância na prática de determinada infração penal.
À luz da sistemática constitucional, é correto a rmar que João
(A) não pode ser preso, salvo com autorização prévia da respectiva Casa Legislativa, mas o processo
penal não carece de autorização para ser iniciado.
(B) deve ser preso em agrante, qualquer que seja a infração penal, e os autos serão remetidos à Casa
Legislativa, que resolverá sobre a prisão, devendo ainda autorizar o início de eventual processo penal.
(C) deve ser preso em agrante, apenas se a hipótese for de crime ina ançável, e os autos serão
remetidos à Casa Legislativa, que resolverá sobre a prisão, devendo ainda autorizar o início de
eventual processo penal.
(D) deve ser preso em agrante, apenas se a hipótese for de crime ina ançável, e os autos serão
remetidos à Casa Legislativa, que resolverá sobre a prisão, mas o processo penal não carece de
autorização para ser iniciado.
(E) deve ser preso em agrante, qualquer que seja a infração penal, e os autos serão remetidos ao
Supremo Tribunal Federal, que resolverá sobre a prisão, sendo que o início do processo penal
depende de autorização da Casa Legislativa.
103 Gabarito: A
104 Gabarito: D
1. O art. 57, § 4º, da CF, não é norma de reprodução obrigatória por parte dos Estados-membros.
2. É inconstitucional a reeleição em número ilimitado, para mandatos consecutivos, dos membros
das Mesas Diretoras das Assembleias Legislativas Estaduais para os mesmos cargos que
ocupam, sendo-lhes permitida uma única recondução.
Constituições estaduais podem prever a reeleição de membros das mesas diretoras das
assembleias legislativas para mandatos consecutivos, mas essa recondução é limitada a uma
única vez.
STF. ADI 6720/AL, ADI 6721/RJ e ADI 6722/RO, relator Min. Roberto Barroso, julgamento virtual
nalizado em 24.9.2021 (Inf. 1031) #FGV (TJSC-22)
(i) a eleição dos membros das mesas das assembleias legislativas estaduais deve observar o limite de
uma única reeleição ou recondução, limite cuja observância independe de os mandatos consecutivos
referirem-se à mesma legislatura;
(ii) a vedação à reeleição ou recondução aplica-se somente para o mesmo cargo da mesa diretora,
não impedindo que membro da mesa anterior se mantenha no órgão de direção, desde que em cargo
distinto; e
(iii) o limite de uma única reeleição ou recondução, acima veiculado, deve orientar a formação das
mesas das assembleias legislativas que foram eleitas após a publicação do acórdão da ADI 6.524,
mantendo-se inalterados os atos anteriores.
É permitida apenas uma reeleição (ou recondução) sucessiva ao mesmo cargo da mesa diretora de
assembleia legislativa estadual, independentemente de os mandatos consecutivos se referirem à
mesma legislatura.
STF. ADI 6684/ES, ADI 6707/ES, ADI 6709/TO e ADI 6710/SE, relator Min. Ricardo Lewandowski,
redator do acórdão Min. Gilmar Mendes, julgamento virtual nalizado em 17.9.2021 (Inf. 1030)
Não é possível a recondução dos presidentes das casas legislativas para o mesmo cargo na
eleição imediatamente subsequente, dentro da mesma legislatura.
Admite-se a possibilidade de reeleição dos presidentes das casas legislativas em caso de nova
legislatura.
STF. ADI 6524/DF, relator Min. Gilmar Mendes, julgamento virtual nalizado em 14.12.2020 (Inf. 1003)
(1) Questão(ões)
#FGV (TJSC-22) 105 - A Norma Y do Estado Beta permitiu a reeleição, em número ilimitado, para mandatos
consecutivos, dos membros da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do referido Estado. Foi proposta
Ação Direta de Inconstitucionalidade questionando tal dispositivo, em razão do que estabelece a
Constituição da República de 1988 em relação ao Congresso Nacional.
Diante dessa temática, à luz da jurisprudência majoritária do Supremo Tribunal Federal, é correto a rmar
que a norma Y é:
(A) constitucional, pois, em razão da autonomia de cada ente federativo, a regra da Constituição da
República de 1988 não constitui norma de repetição obrigatória pelos Estados;
(B) inconstitucional, pois, em razão do princípio republicano, a regra da Constituição da República de 1988
constitui norma de repetição obrigatória pelos Estados e pelos Municípios;
(C) constitucional, pois é permitida a reeleição em número ilimitado de membros da Mesa Diretora, em
razão da observância aos princípios democrático, republicano e o pluralismo político;
(D) inconstitucional, pois prevê a reeleição em número ilimitado, para mandatos consecutivos, dos
membros das Mesas Diretoras das Assembleias Legislativas Estaduais, sendo-lhes permitida uma única
recondução ou reeleição;
(E) constitucional, pois os Estados-membros não estão obrigados a vedar a reeleição dos membros da
Mesa Diretora da respectiva Casa Legislativa, tal como a Constituição da República de 1988 faz em
relação ao Congresso Nacional.
105 Gabarito: D
CPI não tem poder jurídico de, mediante requisição, a operadoras de telefonia, de cópias de
decisão nem de mandado judicial de interceptação telefônica, quebrar sigilo imposto a processo
sujeito a segredo de justiça. Este é oponível a CPI, representando expressiva limitação aos seus
poderes constitucionais. STF. MS 27.483 MC-REF, rel. min. Cezar Peluso, j. 14-8-2008, P, DJE de
10-10-2008 #FGV (TJPR-21)
Impossibilidade jurídica de CPI praticar atos sobre os quais incida a cláusula constitucional da
reserva de jurisdição, como a busca e apreensão domiciliar (...) Possibilidade, contudo, de a CPI
ordenar busca e apreensão de bens, objetos e computadores, desde que essa diligência não se
efetive em local inviolável, como os espaços domiciliares, sob pena, em tal hipótese, de
invalidade da diligência e de ine cácia probatória dos elementos informativos dela resultantes.
Deliberação da CPI/Petrobras que, embora não abrangente do domicílio dos impetrantes,
ressentir-se-ia da falta da necessária fundamentação substancial. Ausência de indicação, na
espécie, de causa provável e de fatos concretos que, se presentes, autorizariam a medida
excepcional da busca e apreensão, mesmo a de caráter não domiciliar. STF. MS 33.663 MC, rel.
min. Celso de Mello, j. 19-6-2015, dec. monocrática, DJE de 18-8-2015 #FGV (TJPR-21)
(1) Questão(ões)
#FGV (TJPR-21) 106 - No âmbito da Assembleia Legislativa do Estado Alfa, foi instaurada Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI), norteada pelas seguintes diretrizes:
(1) o objetivo era identi car as razões pelas quais as vias terrestres do bairro central da capital estavam
constantemente engarrafadas, o que, ao ver dos parlamentares, prejudicava sobremaneira a atuação do
Poder Legislativo estadual;
(2) foi ainda determinada a interceptação das comunicações telefônicas dos agentes envolvidos; e
(3) foi expedido, pela CPI, mandado de busca e apreensão dos documentos objeto da investigação que se
encontravam em poder de particulares.
Considerando que todas as deliberações tomadas pela referida CPI foram fundamentadas, é correto
a rmar que:
(A) apenas o item 1 é compatível com a ordem constitucional;
(B) apenas os itens 1 e 2 são compatíveis com a ordem constitucional;
(C) os itens 1, 2 e 3 são compatíveis com a ordem constitucional;
(D) apenas os itens 2 e 3 são compatíveis com a ordem constitucional;
(E) os itens 1, 2 e 3 são incompatíveis com a ordem constitucional.
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: #FGV (PCAM-22)
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado
Federal;
106 Gabarito: E
Limitações formais § 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do CN, em 2 turnos,
ou procedimentais considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, 3/5 dos votos dos
respectivos membros.
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou
Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao
Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao
Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta
Constituição.
§ 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
I - xem ou modi quem os efetivos das Forças Armadas;
II - disponham sobre:
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou
aumento de sua remuneração;
TEMA 917-STF - Não usurpa competência privativa do Chefe do Poder Executivo lei que, embora
crie despesa para a Administração, não trata da sua estrutura ou da atribuição de seus órgãos
nem do regime jurídico de servidores públicos (art. 61, § 1º, II,"a", "c" e "e", da Constituição
Federal). STF. ARE 878911 RG, Relator(a): GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 29/09/2016,
DJe 11-10-2016 #FGV (TJAP-22)
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei
complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; #FGV (TJSC-22)
Medida provisória não revoga lei anterior, mas apenas suspende seus efeitos no ordenamento
jurídico, em face do seu caráter transitório e precário. Assim, aprovada a medida provisória pela
Câmara e pelo Senado, surge nova lei, a qual terá o efeito de revogar lei antecedente. Todavia, caso a
medida provisória seja rejeitada (expressa ou tacitamente), a lei primeira vigente no ordenamento, e
que estava suspensa, volta a ter e cácia. STF. ADI 5.709, ADI 5.716, ADI 5.717 e ADI 5.727, rel. min.
Rosa Weber, j. 27-3-2019, P, DJE de 28-6-2019
Art. 166, § 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modi quem
somente podem ser aprovadas caso:
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III - sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando
incompatíveis com o plano plurianual.
II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara dos Deputados,
do Senado Federal, dos Tribunais Federais e do Ministério Público.
Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em um só
turno de discussão e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o
aprovar, ou arquivado, se o rejeitar.
Parágrafo único. Sendo o projeto emendado, voltará à Casa iniciadora.
Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao
Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará.
§ 1º Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional
ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias
úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao
Presidente do Senado Federal os motivos do veto.
§ 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de
alínea.
§ 3º Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da República importará
sanção.
§ 4º O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu
recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e
Senadores. (Redação dada pela EC n. 76/2013)
§ 5º Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Presidente da
República.
§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, o veto será colocado na
ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação nal.
(Redação dada pela EC n. 32/2001)
§ 7º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da
República, nos casos dos § 3º e § 5º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o
zer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo.
Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir
objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria
absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá
solicitar a delegação ao Congresso Nacional.
§ 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso
Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a
matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre:
(7) Questão(ões)
#FGV (TJPR-21) 107 - O Presidente da República editou a Medida Provisória n. XX, ampliando o período de
inelegibilidade daqueles que fossem de nitivamente condenados pela prática de determinados ilícitos. Por
entender que a matéria não poderia ser disciplinada em medida provisória, o Partido Político Alfa, que
contava apenas com representação na Câmara dos Deputados, ajuizou Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI) perante o Supremo Tribunal Federal, argumentando com a existência de vício
formal de inconstitucionalidade. No dia seguinte, a referida medida provisória foi convertida na Lei n. ZZ,
sem que fosse promovida qualquer alteração no texto original. Apesar da conversão, o Partido Político Alfa
não promoveu o aditamento da petição inicial.
À luz da sistemática constitucional, é correto a rmar que:
(A) a conversão da medida provisória em lei, independentemente de aditamento, acarreta a perda de
objeto da ADI;
(B) o Partido Político Alfa não tem legitimidade para de agrar o controle concentrado de
constitucionalidade;
(C) a Medida Provisória no XX não apresentava qualquer vício formal, considerando a matéria versada;
(D) o não aditamento da petição inicial, na situação indicada, não gera prejudicialidade superveniente;
(E) o vício formal da Medida Provisória no XX foi convalidado com a sua conversão em lei.
#FGV (PCRN-21) 108 - Com o objetivo de atender aos anseios da população e à impostergável necessidade
de se conferir maior celeridade ao processo e julgamento dos crimes de racismo, o Presidente da
República, no início da sessão legislativa, editou a Medida Provisória nº XX. Apreciada por uma comissão
mista de deputados e senadores, recebeu parecer desfavorável. Iniciada a sua votação no Senado
Federal, foi aprovada sem modi cações, o mesmo ocorrendo na Câmara dos Deputados. Ato contínuo, foi
encaminhada ao Presidente da República, que a sancionou e promulgou, daí seguindo a publicação. Esse
iter procedimental foi concluído em sessenta dias.
A narrativa acima somente se mostra incompatível com a ordem constitucional em relação:
(A) à edição da medida provisória no início da sessão legislativa, à apreciação por uma comissão mista e
ao tempo de conclusão do iter procedimental;
(B) à aprovação da proposição após o parecer desfavorável da comissão e à participação nal do
Presidente da República;
(C) à matéria tratada na medida provisória, à Casa iniciadora da votação e à participação nal do
Presidente da República;
(D) à apreciação por uma comissão mista, à Casa iniciadora da votação e ao tempo de conclusão do iter
procedimental;
(E) à matéria tratada na medida provisória e ao tempo de conclusão do iter procedimental.
107 Gabarito: D
108 Gabarito: C
#FGV (TJAP-22) 110 - Um grupo de deputados da Assembleia Legislativa do Estado Beta apresentou projeto
de lei dispondo sobre a obrigatoriedade de instalação de duas câmeras de segurança em cada unidade
escolar mantida pelo Estado. O projeto foi aprovado no âmbito da Casa legislativa e sancionado pelo
governador do Estado, daí resultando a promulgação da Lei estadual n. XX.
À luz dos aspectos do processo legislativo descrito na narrativa e da sistemática constitucional, a Lei
estadual n. XX:
(A) apresenta vício ao dispor sobre o funcionamento dos órgãos da rede educacional estadual, matéria de
iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo, vício não convalidado pela sanção;
(B) ao acarretar aumento de despesa, sem indicação da respectiva fonte de custeio, apresenta vício de
inconstitucionalidade material;
(C) ao acarretar aumento de despesa, apresenta vício de iniciativa, o qual foi convalidado pela posterior
sanção do chefe do Poder Executivo;
(D) não apresenta vício de iniciativa, pois a criação de atribuições e de obrigações, para o Poder
Executivo, con gura atividade regular do Legislativo;
(E) não apresenta vício de iniciativa, pois, embora tenha criado obrigação para o Poder Executivo, não
instituiu nova atribuição para os seus órgãos.
#FGV (TJSC-22) 111 - A Lei Complementar federal n. XX, precipuamente direcionada à proteção da relação de
emprego contra despedida arbitrária ou sem justa causa, também disciplinou, em seu bojo, o exercício de
determinada pro ssão de viés tecnológico. Poucos meses depois, em razão da grande insatisfação
surgida entre os pro ssionais da área, que passaram a ter que cumprir requisitos mais rígidos para o
exercício pro ssional, foi editada a Medida Provisória n. YY, que alterou os comandos da referida lei
complementar afetos a ambas as temáticas, vale dizer, à proteção da relação de emprego e à disciplina do
exercício pro ssional, bem como a data de sua entrada em vigor.
À luz da sistemática constitucional, é correto a rmar que a Medida Provisória n. YY é formalmente:
(A) constitucional em sua integralidade;
(B) inconstitucional em sua integralidade;
(C) inconstitucional, apenas em relação à disciplina do exercício pro ssional;
(D) inconstitucional, em relação à proteção da relação de emprego e à disciplina do exercício pro ssional;
(E) inconstitucional, apenas em relação à alteração da data de entrada em vigor da Lei Complementar
federal n. XX.
109 Gabarito: E
110 Gabarito: E
111 Gabarito: A
#FGV (TJES-23) 113 - A Lei n. W do Estado Alfa que versa sobre regime jurídico e remuneração dos servidores
públicos estaduais na área da saúde resultou de projeto de lei de iniciativa do chefe do Poder Executivo e
sofreu emendas parlamentares com alterações que instituíram grati cações e aumentos remuneratórios,
estabeleceram obrigação para realizar concursos públicos e de niram percentuais de cargos
comissionados com novos critérios para incrementos remuneratórios.
Diante do exposto e de acordo com a jurisprudência predominante do Supremo Tribunal Federal, é correto
a rmar que a Lei n. W é:
(A) inconstitucional, pois não é permitida a apresentação de emendas parlamentares a projetos de
iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo, em razão da ofensa ao princípio da separação de
poderes;
(B) inconstitucional, pois é resultante de alterações que promovem aumento de despesa (CRFB/1988, Art.
63, I) e não guardam estrita pertinência com o objeto da proposta original, ainda que digam respeito à
mesma matéria;
(C) constitucional, pois é permitida a apresentação de emendas parlamentares a projetos de iniciativa
privativa do chefe do Poder Executivo, desde que digam respeito à mesma matéria;
(D) constitucional, pois versa sobre regime jurídico e remuneração dos servidores públicos estaduais, e as
alterações no processo legislativo poderiam promover o aumento de despesa, pois guardaram estrita
pertinência com o objeto da proposta original;
(E) constitucional, pois a matéria versada não é de iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo, e as
alterações no processo legislativo poderiam promover o aumento de despesa.
112 Gabarito: E
113 Gabarito: B
TEMA 445-STF - Em atenção aos princípios da segurança jurídica e da con ança legítima, os
Tribunais de Contas estão sujeitos ao prazo de cinco anos para o julgamento da legalidade do ato
de concessão inicial de aposentadoria, reforma ou pensão, a contar da chegada do processo à
respectiva Corte de Contas. STF. RE 636553/RS, rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 19.2.2020
(Inf. 976) #FGV (TJPE-22)
Lei n. 9.784/1999, art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que
decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que
foram praticados, salvo comprovada má-fé. #FGV (TJPE-22)
§ 1º No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção do
primeiro pagamento.
§ 2º Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que
importe impugnação à validade do ato.
Em caso de multa imposta por tribunal de contas estadual a responsáveis por irregularidades no
uso de bens públicos, a ação de cobrança somente pode ser proposta pelo ente público
bene ciário da condenação do tribunal de contas. STF. RE 510.034 AgR, rel. min. Eros Grau, j.
24-6-2008, 2ª T, DJE de 15-8-2008 #FGV (TJPE-22)
ATENÇÃO!
O enunciado de Súmula n. 347 do STF, aprovado em Sessão Plenária de 13/12/1963, prevê que “O
Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis
e dos atos do poder público.”
[…] Súmula 347 do Supremo Tribunal Federal: compatibilidade com a ordem constitucional de
1988: o verbete confere aos Tribunais de Contas – caso imprescindível para o exercício do
controle externo – a possibilidade de afastar (incidenter tantum) normas cuja aplicação no caso
expressaria um resultado inconstitucional (seja por violação patente a dispositivo da Constituição
ou por contrariedade à jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre a matéria). Inteligência
do enunciado, à luz de seu precedente representativo (RMS 8.372/CE, Rel. Min. Pedro Chaves, Pleno,
julgado em 11.12.1961). […] STF. MS 25888 AgR, Relator(a): GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em
22-08-2023, DJe 11-09-2023
Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede no
Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional,
exercendo, no que couber, as atribuições previstas no art. 96.
§ 1º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados dentre brasileiros que
satisfaçam os seguintes requisitos:
I - mais de trinta e cinco e menos de setenta anos de idade; (Redação dada pela EC n.
122/2022)
II - idoneidade moral e reputação ilibada;
III - notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e nanceiros ou de
administração pública;
IV - mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade pro ssional que exija
os conhecimentos mencionados no inciso anterior.
§ 2º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos:
I - um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, sendo dois
alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal,
indicados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e merecimento;
II - dois terços pelo Congresso Nacional.
§ 3° Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas,
impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça,
aplicando-se-lhes, quanto à aposentadoria e pensão, as normas constantes do art. 40.
(Redação dada pela EC n. 20/1998)
§ 4º O auditor, quando em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias e
impedimentos do titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as
de juiz de Tribunal Regional Federal. #FGV (TJES-23)
São inconstitucionais normas que atribuem a emissão de pareceres opinativos aos auditores de
Tribunal de Contas estadual, por incompatibilidade com a função de judicatura de contas
estabelecida pelos arts. 73, § 4º, e 75, caput, da Constituição. STF. ADI 5.530/MS, relator Ministro
Roberto Barroso, julgamento virtual nalizado em 19.5.2023 (Inf. 1096) #FGV (TJES-23)
#FGV (TJPE-22) 115 - João, servidor público do Município Alfa, ocupante de cargo de provimento efetivo, teve
a sua aposentadoria voluntária deferida pelo órgão municipal competente. Apesar de o processo
administrativo ter sido encaminhado ao Tribunal de Contas, esse órgão não emitiu qualquer
pronunciamento nos cinco anos subsequentes ao ato de aposentadoria, embora estivesse com os autos
há apenas quatro anos.
Considerando os termos dessa narrativa:
(A) o ato de aposentadoria, em razão do decurso de cinco anos desde a sua edição, deve ser
considerado de nitivamente registrado;
(B) o Tribunal de Contas pode registrar, ou não, o ato, pois o prazo de cinco anos de que dispõe deve ser
considerado a contar da chegada do respectivo processo;
(C) o Tribunal de Contas, independentemente do lapso temporal transcorrido desde a edição do ato de
aposentadoria de João, deve observar o contraditório e a ampla defesa para alterá-lo;
(D) o ato de aposentadoria de João tem a natureza de ato complexo, somente produzindo efeitos no
momento em que houver a conjugação de vontades do órgão de origem e do Tribunal de Contas;
(E) o Tribunal de Contas deve se pronunciar sobre a legalidade, ou não, do ato de concessão inicial do
benefício, independentemente do tempo decorrido desde a sua edição, não se exigindo a
observância do contraditório e da ampla defesa.
114 Gabarito: A
115 Gabarito: B
Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos
Ministros de Estado.
116 Gabarito: D
Ofende os arts. 2º e 84, II, da CRFB (CF) norma de legislação estadual que estabelece prazo para
o chefe do Poder Executivo apresentar a regulamentação de disposições legais.
Compete, com exclusividade, ao chefe do Poder Executivo examinar a conveniência e a
oportunidade para desempenho das atividades legislativas e regulamentares que lhe são
inerentes. Assim, qualquer norma que imponha prazo certo para a prática de tais atos con gura
indevida interferência do Poder Legislativo em atividade própria do Poder Executivo e caracteriza
intervenção na condução superior da Administração Pública.
Diante da falta de impugnação especí ca de todo o conteúdo normativo, o Plenário conheceu em
parte do pedido formulado em ação direta ajuizada contra a Lei amapaense 1.601/2011, que
“Institui a Política Estadual de Prevenção, Enfrentamento das Violências, Abuso e Exploração
Sexual de Crianças e Adolescentes no Estado do Amapá”.
STF. Plenário. ADI 4728/DF, Rel. Min. Rosa Weber, j. 12/11/2021 (Inf. 1037) #FGV (TJPE-22)
III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição;
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e
regulamentos para sua el execução;
V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
VI – dispor, mediante decreto, sobre: (Redação dada pela EC n. 32/2001)
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de
despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; (Incluída pela EC n. 32/2001)
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; (Incluída pela EC n. 32/2001)
VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes
diplomáticos;
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso
Nacional;
IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio;
X - decretar e executar a intervenção federal;
XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura
da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar
necessárias;
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos
instituídos em lei; #FGV (TJGO-23)
XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da
Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus o ciais-generais e nomeá-los para os
cargos que lhes são privativos; (Redação dada pela EC n. 23/1999)
XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal
Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da
República, o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando
determinado em lei;
XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União;
XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advogado-Geral
da União;
XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII;
XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional;
(1) Questão(ões)
#FGV (TJPE-22) 117 - Em janeiro de 2022, o Estado Alfa, após ampla participação da sociedade civil, inclusive
mediante a realização de audiências públicas pelo Poder Legislativo, editou lei estadual dispondo sobre
Política Estadual de Prevenção, Enfrentamento das Violências, Abuso e Exploração Sexual de Crianças e
Adolescentes. Em um de seus artigos, constou da citada lei que o chefe do Poder Executivo regulamentará
a matéria no âmbito da Administração Pública estadual no prazo de noventa dias. Já se passaram mais de
oito meses e até o momento o governador do Estado Alfa não regulamentou a lei.
Em matéria de poderes administrativos, consoante a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a citada
norma que estabelece o prazo de noventa dias para o chefe do Executivo atuar é:
(A) constitucional, pois a Carta Magna determina prioridade absoluta no exercício do poder normativo
para a tutela de crianças e adolescentes;
(B) constitucional, pois se aplica o princípio da razoabilidade, de maneira que noventa dias são su cientes
para a edição do ato normativo;
(C) inconstitucional, pois compete ao chefe do Poder Executivo examinar a conveniência e a
oportunidade para o exercício do poder regulamentar, em respeito ao princípio da separação dos
poderes;
(D) inconstitucional, pois é vedado ao chefe do Poder Executivo o exercício do poder normativo, que
compete ao Legislativo, em respeito ao princípio da separação dos poderes;
(E) objeto de interpretação conforme a Constituição da República de 1988, de maneira que seja
observado prazo razoável, que é de cento e oitenta dias, ndo o qual será declarada a mora do
governador, que ca sujeito a medidas coercitivas atípicas.
117 Gabarito: C
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da
Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal
Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de
responsabilidade.
§ 1º O Presidente cará suspenso de suas funções:
I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo
Tribunal Federal;
II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal.
§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído,
cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.
§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da
República não estará sujeito a prisão.
§ 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado
por atos estranhos ao exercício de suas funções.
118 Gabarito: A
Art. 87. Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e
um anos e no exercício dos direitos políticos.
Parágrafo único. Compete ao Ministro de Estado, além de outras atribuições estabelecidas
nesta Constituição e na lei:
I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração
federal na área de sua competência e referendar os atos e decretos assinados pelo
Presidente da República;
II - expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos;
III - apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua gestão no Ministério;
IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo
Presidente da República.
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre
o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios: #FGV (TJGO-23)
I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso
público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas
as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e
obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classi cação; (Redação dada pela EC n.
45/2004)
II - promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antigüidade e
merecimento, atendidas as seguintes normas: #FGV (TJGO-23)
a) é obrigatória a promoção do juiz que gure por três vezes consecutivas ou cinco
alternadas em lista de merecimento;
b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância
e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antigüidade desta, salvo se não houver
com tais requisitos quem aceite o lugar vago;
c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de
produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela freqüência e aproveitamento
em cursos o ciais ou reconhecidos de aperfeiçoamento; (Redação dada pela EC n.
45/2004)
d) na apuração de antigüidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo
voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e
assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até xar-se a indicação; (Redação dada
pela EC n. 45/2004)
e) não será promovido o juiz que, injusti cadamente, retiver autos em seu poder além do
prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão;
(Incluída pela EC n. 45/2004)
III o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antigüidade e merecimento,
alternadamente, apurados na última ou única entrância; (Redação dada pela EC n. 45/2004)
IV previsão de cursos o ciais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados,
constituindo etapa obrigatória do processo de vitaliciamento a participação em curso o cial
ou reconhecido por escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados;
(Redação dada pela EC n. 45/2004)
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da
Magistratura, observados os seguintes princípios:
VIII - o ato de remoção ou de disponibilidade do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em
decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça,
assegurada ampla defesa; (Redação dada pela EC n. 103/2019)
III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II,
153, III, e 153, § 2º, I. (Redação dada pela EC n. 19/1998)
Parágrafo único. Aos juízes é vedado:
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
III - dedicar-se à atividade político-partidária.
IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas,
entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; (Incluído pela EC
n. 45/2004)
V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três
anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. (Incluído pela EC n.
45/2004)
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros
do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei
ou ato normativo do Poder Público. #FGV (TJSC-22)
ADCT, art. 87. Para efeito do que dispõem o § 3º do art. 100 da Constituição Federal e o art. 78 deste
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias serão considerados de pequeno valor, até que se dê
a publicação o cial das respectivas leis de nidoras pelos entes da Federação, observado o disposto
no § 4º do art. 100 da Constituição Federal, os débitos ou obrigações consignados em precatório
judiciário, que tenham valor igual ou inferior a: (Incluído pela EC n. 37/2002)
I - quarenta salários-mínimos, perante a Fazenda dos Estados e do Distrito Federal; (Incluído pela EC n.
37/2002)
II - trinta salários-mínimos, perante a Fazenda dos Municípios. (Incluído pela EC n. 37/2002)
Parágrafo único. Se o valor da execução ultrapassar o estabelecido neste artigo, o pagamento far-se-
á, sempre, por meio de precatório, sendo facultada à parte exequente a renúncia ao crédito do valor
excedente, para que possa optar pelo pagamento do saldo sem o precatório, da forma prevista no §
3º do art. 100. (Incluído pela EC n. 37/2002)
TEMA 1231-STF -
(I) As unidades federadas podem xar os limites das respectivas requisições de pequeno valor em
patamares inferiores aos previstos no artigo 87 do ADCT, desde que o façam em consonância
com sua capacidade econômica.
(II) A aferição da capacidade econômica, para este m, deve re etir não somente a receita, mas
igualmente os graus de endividamento e de litigiosidade do ente federado.
(III) A ausência de demonstração concreta da desproporcionalidade na xação do teto das
requisições de pequeno valor impõe a deferência do Poder Judiciário ao juízo político-
administrativo externado pela legislação local.
STF. RE 1359139 RG/CE, relator Min. Luiz Fux, julgamento nalizado no Plenário Virtual em 1º.9.2022
(Inf. 1066) #FGV (TJMS-23)
§ 4º Para os ns do disposto no § 3º, poderão ser xados, por leis próprias, valores distintos
às entidades de direito público, segundo as diferentes capacidades econômicas, sendo o
mínimo igual ao valor do maior benefício do regime geral de previdência social. (Redação
dada pela EC n. 62/2009)
§ 5º É obrigatória a inclusão no orçamento das entidades de direito público de verba
necessária ao pagamento de seus débitos oriundos de sentenças transitadas em julgado
constantes de precatórios judiciários apresentados até 2 de abril, fazendo-se o pagamento
até o nal do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente.
(Redação dada pela EC n. 114/2021)
§ 6º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente ao
Poder Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exequenda
determinar o pagamento integral e autorizar, a requerimento do credor e exclusivamente
para os casos de preterimento de seu direito de precedência ou de não alocação
orçamentária do valor necessário à satisfação do seu débito, o sequestro da quantia
respectiva. (Redação dada pela EC n. 62/2009)
§ 7º O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou
tentar frustrar a liquidação regular de precatórios incorrerá em crime de responsabilidade e
responderá, também, perante o Conselho Nacional de Justiça. (Incluído pela EC n. 62/2009)
TEMA 1142-STF - Os honorários advocatícios constituem crédito único e indivisível, de modo que o
fracionamento da execução de honorários advocatícios sucumbenciais xados em ação coletiva
contra a Fazenda Pública, proporcionalmente às execuções individuais de cada bene ciário, viola
o § 8º do artigo 100 da Constituição Federal. STF. RE 1309081 RG, Relator(a): MINISTRO
PRESIDENTE, Tribunal Pleno, julgado em 06/05/2021, DJe 18-06-2021 #FGV (TJMS-23)
(6) Questão(ões)
#FGV (TJPR-21) 119 - O juiz deve ser imparcial e competente. Para assegurar a imparcialidade, a Constituição
da República de 1988 estabelece garantias (Art. 95, caput) e vedações (Art. 95, parágrafo único) aos
magistrados. Além disso, o Código de Processo Penal prevê hipóteses de impedimentos (Art. 252),
incompatibilidades (Art. 253) e suspeições (Art. 254) dos juízes.
Em relação a esse tema, é correto a rmar que:
(A) há suspeição do magistrado quando se encontra com a parte, fora das dependências do foro, tratando
de diversos assuntos, sem antecipar qualquer decisão da causa;
(B) caso o juiz tenha se julgado suspeito em um processo, relativamente a determinada pessoa, não
poderá julgar qualquer outro feito de que ela seja parte;
(C) é possível o reconhecimento da suspeição se a parte injuriar o juiz, ou, de propósito, der motivo para
criar a suspeição;
(D) o juiz não poderá reconhecer sua suspeição, por motivo de foro íntimo, sem explicar a causa;
(E) o fato de o juiz já ter condenado várias vezes um acusado pode ser suscitado como fator para sua
suspeição.
119 Gabarito: B
#FGV (TJSC-22) 121 - Servidor público municipal ajuizou mandado de segurança, aludindo à ilegalidade de
conduta omissiva estatal, consubstanciada no não pagamento de determinada grati cação, prevista na
legislação de seu Município. Regularmente cienti cadas da demanda, a autoridade impetrada e a pessoa
jurídica de direito público ofertaram, respectivamente, informações e peça impugnativa, nas quais
deduziram um argumento defensivo comum, a saber, a inconstitucionalidade da lei que previu a
grati cação pretendida pelo autor, daí inocorrendo, em sua ótica, qualquer vício de ilegalidade na postura
estatal. Após a vinda da manifestação nal do Ministério Público, o juiz da causa concluiu pela
constitucionalidade da lei municipal invocada pelo impetrante e concedeu a segurança, determinando à
Administração Pública municipal que procedesse ao pagamento da grati cação em tela. Inconformada
com a sentença, apenas a autoridade impetrada interpôs recurso de apelação, visando à sua reforma pelo
órgão ad quem.
Nesse contexto, é correto a rmar que:
(A) o juiz da causa incorreu em error in procedendo, pois, apreciando matéria constitucional, deveria ter
suscitado o incidente de arguição de inconstitucionalidade ao plenário ou ao órgão especial;
(B) o recurso de apelação interposto pela autoridade impetrada não pode ser conhecido, por lhe faltar
legitimidade recursal autônoma;
(C) o recurso de apelação interposto pela autoridade impetrada não pode ser conhecido, por lhe faltar
interesse recursal, haja vista a incidência do duplo grau de jurisdição obrigatório;
(D) o órgão fracionário do tribunal, concluindo pela constitucionalidade da lei municipal, deverá prosseguir
no julgamento do processo, sem suscitar o incidente de arguição de inconstitucionalidade ao plenário
ou ao órgão especial;
(E) o autor, após o trânsito em julgado da sentença concessiva da ordem, poderá requerer o seu
cumprimento, tendo por objeto as parcelas de grati cação vencidas antes do ajuizamento da ação,
desde que observado o prazo da prescrição quinquenal.
120 Gabarito: A
121 Gabarito: D
#FGV (TJMS-23) 123 - O Município Gama rede niu em norma municipal o valor limite da Requisição de
Pequeno Valor (RPV), visando à adequação de suas respectivas capacidades nanceiras e especi cidades
orçamentárias. Diante do exposto e de acordo com a jurisprudência predominante do Supremo Tribunal
Federal, é correto a rmar que a norma é:
(A) constitucional, pois os entes federados gozam de autonomia para estabelecer o montante
correspondente às obrigações de pequeno valor e, dessa forma, afastar a aplicação do sistema de
precatórios, tendo como parâmetro as suas disponibilidades nanceiras;
(B) inconstitucional, pois os entes federados não gozam de autonomia para estabelecer o montante
correspondente às obrigações de pequeno valor e não podem afastar a aplicação do sistema de
precatórios, tendo como parâmetro as suas disponibilidades nanceiras;
(C) inconstitucional, pois os entes federados, apesar de gozarem de autonomia para estabelecer o
montante correspondente às obrigações de pequeno valor, não podem estabelecer valor diverso
daquele de nido pela União, tendo como parâmetro as suas disponibilidades nanceiras;
(D) constitucional, pois os entes federados podem estabelecer valor além ou aquém daquele xado pela
União, independentemente de suas disponibilidades nanceiras, em razão da sua autonomia
federativa;
(E) inconstitucional, pois a competência para xar o valor limite da Requisição de Pequeno Valor (RPV) é
privativa da União, uma vez que há afastamento da aplicação do sistema de precatórios.
122 Gabarito: C
123 Gabarito: A
124 Gabarito: C
Nos termos do art. 102, I, “r”, da CRFB, é competência exclusiva do STF processar e julgar,
originariamente, todas as ações ajuizadas contra decisões do CNJ e do CNMP proferidas no
exercício de suas competências constitucionais, respectivamente, previstas nos arts. 103-B, § 4º,
e 130-A, § 2º, da CF/88. STF. Plenário. Pet 4770 AgR/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, Rcl 33459 AgR/PE,
red. p/ o ac. Min. Gilmar Mendes, e ADI 4412/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 18/11/2020 (Inf. 1000) #FGV
(PCAM-22/TJMS-23)
A e cácia geral e o efeito vinculante de decisão proferida pelo STF em ação declaratória de
constitucionalidade ou direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal não
alcançam o Poder Legislativo, que pode editar nova lei com idêntico teor ao texto anteriormente
censurado pela Corte. STF. Rcl 2617 AgR/MG, rel. Min. Cezar Peluso, 23.2.2005 (Inf. 377) #FGV
(PCRN-21/PCAM-22/TJPE-22)
CPC/1973, art. 495. O direito de propor ação rescisória se extingue em 2 (dois) anos, contados do
trânsito em julgado da decisão.
Lei n. 11.417/2006 - Regulamenta o art. 103-A da Constituição Federal e altera a Lei nº 9.784, de 29 de
janeiro de 1999, disciplinando a edição, a revisão e o cancelamento de enunciado de súmula
vinculante pelo Supremo Tribunal Federal, e dá outras providências.
(11) Questão(ões)
#FGV (PCRN-21) 125 - As duas Casas Legislativas do Congresso Nacional aprovaram o Projeto de Lei nº XX,
que dispunha sobre a oferta de determinado benefício pelo Poder Executivo. Ao recebê-lo, o Presidente
da República vetou-o integralmente, sob o argumento de que era inconstitucional, já que afrontava Súmula
Vinculante editada pelo Supremo Tribunal Federal. Embora fosse agrante a inobservância da Súmula
Vinculante, o veto veio a ser derrubado, daí resultando na promulgação, em 2020, da Lei nº XX.
A Lei nº XX é suscetível de impugnação direta, perante o Supremo Tribunal Federal, apenas por meio de:
(A) reclamação, ação direta de inconstitucionalidade ou arguição de descumprimento de preceito
fundamental;
(B) ação direta de inconstitucionalidade ou arguição de descumprimento de preceito fundamental;
(C) ação direta de inconstitucionalidade ou reclamação;
(D) ação direta de inconstitucionalidade;
(E) reclamação.
125 Gabarito: D
#FGV (PCAM-22) 127 - O Procurador-Geral do Município Alfa reuniu-se com o Prefeito Municipal e o
Presidente da Câmara Municipal, para informar que determinada entidade de classe de âmbito nacional
ingressara com arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF), na qual sustenta a
inconstitucionalidade da Lei municipal nº XX/1987, em razão da afronta a princípios fundamentais da
Constituição da República, almejando que isto seja declarado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Ao responder às perguntas formuladas, o Procurador-Geral do Município informou corretamente que
(A) a ADPF não seria conhecida, pois a entidade que a ajuizou não tem legitimidade para fazê-lo.
(B) a Lei municipal nº XX não poderia ser submetida, nas circunstâncias indicadas, ao controle
concentrado de constitucionalidade perante o STF.
(C) a procedência do pedido somente produzirá efeitos em relação às situações concretas descritas na
ADPF, não afetando a vigência da Lei municipal nº XX.
(D) ainda que o pedido seja julgado procedente, com a declaração de inconstitucionalidade da Lei
municipal nº XX, o Poder Legislativo pode aprovar outra lei de idêntico teor.
(E) a procedência do pedido obstará que o Poder Executivo pratique atos administrativos com base na lei
impugnada e que o Poder Legislativo edite outra lei com o mesmo teor.
#FGV (PCAM-22) 128 - O Município Alfa foi citado em ação civil pública ajuizada por um legitimado. Ao analisar
os termos da petição inicial, o Procurador-Geral do Município identi cou a existência de uma questão
constitucional de fundo, que estaria sendo interpretada de modo equivocado pelo autor da ação. Acresça-
se que a tese do autor veio a ser acolhida pelo juiz de Direito em sede de cognição sumária, sendo
deferida a tutela de urgência requerida. O Procurador-Geral, ademais, tinha conhecimento de que
inúmeras decisões semelhantes já tinham sido proferidas por juízes e tribunais do país, enquanto muitas
outras rechaçavam a tese.
À luz dessa narrativa, o Procurador-Geral concluiu que a melhor opção seria a imediata submissão da tese
jurídica, afeta à questão constitucional, ao Supremo Tribunal Federal.
Nesse caso, o instrumento a ser utilizado pelo Município é
(A) a arguição de descumprimento de preceito fundamental.
(B) o requerimento de edição de súmula vinculante.
(C) o incidente de deslocamento de competência.
(D) a reclamação constitucional.
(E) o recurso extraordinário.
126 Gabarito: B
127 Gabarito: D
128 Gabarito: B
#FGV (TJAP-22) 130 - Maria teve uma série de produtos apreendidos em seu estabelecimento sob o
argumento de a comercialização ser proibida no território brasileiro. Ato contínuo, ao receber o respectivo
auto de apreensão, apresentou sua defesa, argumentando, com provas documentais, que a lista de
produtos proibidos, na qual se baseara a autoridade administrativa, fora alterada em momento pretérito.
Sua defesa, no entanto, não foi acolhida. Ao ser noti cada da decisão, interpôs recurso administrativo
endereçado à autoridade superior, que ocupava o último grau do escalonamento hierárquico. O recurso,
todavia, não foi conhecido por esta última autoridade, já que Maria não atendera a um dos pressupostos
de admissibilidade previstos na legislação municipal, consistente na realização de depósito prévio
correspondente a 50% do valor das mercadorias. Esse quadro permaneceu inalterado em juízo de
retratação.
À luz da sistemática afeta à súmula vinculante, Maria:
(A) deve submeter a decisão às instâncias ordinárias do Judiciário e, somente em um segundo momento,
caso não seja anulada, ingressar com reclamação no Supremo Tribunal Federal;
(B) pode submeter a decisão, via reclamação, ao Supremo Tribunal Federal, cabendo ao Tribunal anulá-la
e determinar a prolação de outra, com aplicação da súmula vinculante;
(C) somente poderá impetrar mandado de segurança, em razão da violação de direito líquido e certo, o
qual tem precedência em razão do caráter subsidiário da reclamação;
(D) não pode submeter a decisão à apreciação do Supremo Tribunal Federal, já que a reclamação não é
cabível contra atos lastreados na lei, como é o caso;
(E) não pode submeter a decisão à apreciação do Supremo Tribunal Federal, considerando que a
narrativa não indica violação de súmula vinculante.
#FGV (PCAM-22) 131 - O Partido Político XX solicitou que sua assessoria analisasse a possibilidade de ser
ajuizada ação direta de inconstitucionalidade por omissão (ADO), em razão da não edição de lei, pelo
Estado Beta, para a regulamentação de norma da Constituição da República de 1988.
A assessoria respondeu corretamente que a ADO
(A) pode ser utilizada, mas apenas se a norma da Constituição da República, a ser regulamentada, tiver
e cácia contida.
(B) pode ser ajuizada, mas apenas se a União já tiver se desincumbido da edição de normas gerais sobre
a temática.
(C) somente pode ser ajuizada em razão da omissão de autoridades da União, não sendo cabível na
hipótese em tela.
(D) somente pode ser utilizada, na hipótese em tela, caso a União tenha delegado, por meio de lei
complementar, o exercício da competência legislativa.
(E) pode ser utilizada, desde que se esteja perante descumprimento de um comando para legislar, não
perante pura opção normativa de disciplinar, ou não, certa temática.
129 Gabarito: B
130 Gabarito: B
131 Gabarito: E
#FGV (TJMS-23) 133 - João, juiz de Direito, sofreu sanção disciplinar que foi aplicada pelo Conselho Nacional
de Justiça (CNJ), ao reformar decisão absolutória proferida pelo Tribunal local. Cinco meses depois, após
muito re etir sobre os diversos incidentes ocorridos no curso da relação processual, identi cou uma
irregularidade que, a seu ver, con gurava nulidade absoluta. Por tal razão, decidiu ingressar com uma
medida judicial visando à declaração de nulidade da decisão proferida. João deve ajuizar:
(A) ação em face da União, sendo um juiz federal competente para processá-la e julgá-la;
(B) ação em face da União, sendo o Supremo Tribunal Federal competente para processá-la e julgá-la;
(C) mandado de segurança contra ato do CNJ, sendo um juiz federal competente para processá-lo e julgá-
lo;
(D) mandado de segurança contra ato do CNJ, sendo o Supremo Tribunal Federal competente para
processá-lo e julgá-lo;
(E) ação ou mandado de segurança, conforme sua livre escolha, sendo um juiz federal competente para
processar e julgar a primeira, enquanto o Supremo Tribunal Federal o será para o segundo.
132 Gabarito: E
133 Gabarito: B
Art. 104. O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no mínimo, trinta e três
Ministros.
Parágrafo único. Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça serão nomeados pelo
Presidente da República, dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de setenta
anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovada a escolha
pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo: (Redação dada pela EC n. 122/2022)
I - um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e um terço dentre
desembargadores dos Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice elaborada pelo
próprio Tribunal;
II - um terço, em partes iguais, dentre advogados e membros do Ministério Público Federal,
Estadual, do Distrito Federal e Territórios, alternadamente, indicados na forma do art. 94.
134 Gabarito: D
135 Gabarito: D
(2) Questão(ões)
#FGV (PCRN-21) 136 - A Organização Internacional XX, vinculada às Nações Unidas, ajuizou ação ordinária
em face do Município Alfa. Para sua surpresa, o pedido foi julgado improcedente pelo juiz federal
competente, em primeira instância, em uma sentença que se apresentava como manifestamente
dissonante da Constituição da República Federativa do Brasil.
Nesse caso, o recurso a ser interposto pela Organização Internacional XX, visando à reforma da sentença
do juízo de primeira instância, que lhe foi desfavorável, será endereçado ao:
(A) Tribunal Regional Federal da respectiva região;
(B) Tribunal de Justiça do respectivo Estado;
(C) Superior Tribunal de Justiça;
(D) Supremo Tribunal Federal;
(E) Superior Tribunal Militar.
136 Gabarito: C
Seção IV - Dos Tribunais Regionais Federais e dos Juízes Federais (arts. 106 a
110)
Art. 107. Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no mínimo, sete juízes,
recrutados, quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da
República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de setenta anos de idade, sendo:
(Redação dada pela EC n. 122/2022)
I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade pro ssional e
membros do Ministério Público Federal com mais de dez anos de carreira;
II - os demais, mediante promoção de juízes federais com mais de cinco anos de exercício,
por antigüidade e merecimento, alternadamente.
§ 1º A lei disciplinará a remoção ou a permuta de juízes dos Tribunais Regionais Federais e
determinará sua jurisdição e sede. (Renumerado do parágrafo único, pela EC n. 45/2004)
§ 2º Os Tribunais Regionais Federais instalarão a justiça itinerante, com a realização de
audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva
jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. (Incluído pela EC n.
45/2004)
§ 3º Os Tribunais Regionais Federais poderão funcionar descentralizadamente, constituindo
Câmaras regionais, a m de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas
as fases do processo. (Incluído pela EC n. 45/2004)
137 Gabarito: A
Não compete à Justiça Federal processar e julgar o desvio de valores do auxílio emergencial
pagos durante a pandemia da covid-19, por meio de violação do sistema de segurança de
instituição privada, sem que haja fraude direcionada à instituição nanceira federal. STJ. CC
182.940-SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, Terceira Seção, por unanimidade, julgado em 27/10/2021, DJe
03/11/2021 (Inf. 716) #FGV (TJAP-22)
Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de paciente condenado por roubo e formação de
quadrilha em continuidade delitiva (arts. 288 e 157, § 2º, I e II, ambos do CP). Alega o impetrante a
incompetência da Justiça Federal para processar e julgar o crime, visto que, apesar de o roubo dos
malotes (com mais de R$ 4 milhões) ter ocorrido a bordo de aeronave, deu-se em solo (aeroporto)
contra a transportadora, sendo a vítima o banco, que possui capital privado e público; nessas
circunstâncias, não deslocaria a competência para a Justiça Federal. Para o Min. Relator, não há falar
em qualidade da empresa lesada diante do entendimento jurisprudencial e do disposto no art.
109, IX, da CF/1988, que a rmam a competência dos juízes federais para processar e julgar os
delitos cometidos a bordo de aeronaves, independentemente de elas se encontrarem no solo.
Com esse entendimento, a Turma denegou a ordem. Precedentes citados do STF: RHC 86.998-SP, DJ
27/4/2007; do STJ: HC 40.913-SP, DJ 15/8/2005, e HC 6.083-SP, DJ 18/5/1998. STJ. HC 108.478-SP, Rel.
Min. Adilson Vieira Macabu (Desembargador convocado do TJ-RJ), julgado em 22/2/2011 (Inf. 464)
[…] A jurisprudência consagrou três pressupostos principais que devem ser atendidos
simultaneamente para o acolhimento do Incidente de Deslocamento de Competência:
(i) a constatação de grave violação efetiva e real de direitos humanos;
(ii) a possibilidade de responsabilização internacional, decorrente do descumprimento de
obrigações assumidas em tratados internacionais; e
Não compete à Justiça Federal processar e julgar o desvio de valores do auxílio emergencial
pagos durante a pandemia da covid-19, por meio de violação do sistema de segurança de
instituição privada, sem que haja fraude direcionada à instituição nanceira federal. STJ. CC
182.940-SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, Terceira Seção, por unanimidade, julgado em 27/10/2021, DJe
03/11/2021 (Inf. 716) #FGV (TJAP-22)
Art. 110. Cada Estado, bem como o Distrito Federal, constituirá uma seção judiciária
que terá por sede a respectiva Capital, e varas localizadas segundo o estabelecido em lei.
Parágrafo único. Nos Territórios Federais, a jurisdição e as atribuições cometidas aos juízes
federais caberão aos juízes da justiça local, na forma da lei.
(7) Questão(ões)
#FGV (TJPR-21) 138 - Jorge, segurado obrigatório do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), ingressa em
juízo frente à autarquia previdenciária em busca de aposentadoria por invalidez, nos termos da Lei n.
8.213/1991.
Em tal cenário, uma conduta correta do magistrado do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná seria:
(A) reconhecer a incompetência da Justiça Estadual para a demanda, sendo irrelevante a origem e
natureza da invalidez, assim como a espécie de segurado obrigatório a qual pertence Jorge;
(B) admitir que Jorge poderá ter seu pleito atendido, mesmo quando demonstrada a existência da doença
pro ssional em data anterior ao ingresso no atual emprego, a depender da data de início da
incapacidade a ser xada por perícia;
(C) admitir que o benefício requerido e eventuais consectários nunca poderão superar o valor máximo de
benefícios do RGPS, uma vez concedidos;
(D) a rmar que, uma vez demonstrada a incapacidade total e permanente para a atividade habitual de
Jorge, devidamente comprovada em perícia judicial, o benefício previdenciário deverá ser concedido,
independentemente de outros requisitos;
(E) concluir que a aposentadoria por invalidez acidentária, uma vez concedida por sentença judicial
transitada em julgado, é imodi cável.
138 Gabarito: B
#FGV (TJPE-22) 140 - Tício e Mévio foram presos em agrante delito pela prática de crime de roubo ocorrido a
bordo de aeronave pousada na pista do Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre.
O crime consistiu na subtração, mediante grave ameaça, de numerário pertencente ao Banco do Brasil e
sob guarda de empresa transportadora de valores.
Diante da hipótese narrada, é correto a rmar que a competência será da:
(A) justiça federal, tendo em conta que a vítima é o Banco do Brasil, sociedade de economia mista
federal;
(B) justiça federal, tendo em conta que o crime foi cometido a bordo de aeronave, ainda que em solo;
(C) justiça estadual, tendo em conta que o Banco do Brasil é sociedade de economia mista e não atrai a
competência especializada;
(D) justiça estadual, tendo em conta que não há interesse da União pelo fato de a aeronave estar em
terra;
(E) justiça estadual, tendo em conta que, embora praticado a bordo de aeronave, não há elemento que
indique internacionalidade.
#FGV (TJAP-22) 141 - Determinada investigação foi instaurada para apurar estelionato consistente em fraude,
ocorrido em 02 de julho de 2020, em Macapá, na obtenção de auxílio emergencial concedido pelo
Governo Federal, por meio da Caixa Econômica Federal, em decorrência da pandemia da Covid-19. Jack
declarou na investigação que realizou depósito em sua conta do “ComércioRemunerado”, no valor de R$
600,00 e depois percebeu que aquela quantia foi transferida para Russel, sendo que não foi Jack quem
realizou a operação nanceira nem a autorizou. Russel assinalou que a aludida quantia foi realmente
transferida para sua conta no “ComércioRemunerado” e foi declarada como pagamento de conserto de
motocicleta, para enganar os órgãos competentes e conseguir a antecipação do auxílio emergencial.
Disse que foi Fênix, proprietária de uma loja de manutenção de telefones celulares, quem lhe propôs a
prática de tais condutas, acrescentando que seria um procedimento legal, e ainda ofereceu R$ 50,00 para
cada antecipação passada em sua máquina do “ComércioRemunerado”, sendo que Jack praticou a
conduta quatro vezes. Disse ainda que o dinheiro entrava em sua conta no “ComércioRemunerado” e era
transferido para a conta de Fênix. O auxílio emergencial era disponibilizado pela União, por meio da Caixa
Econômica Federal. A competência para o processo e julgamento do presente caso é do(a):
(A) Justiça Federal em primeiro grau;
(B) Justiça Federal em segundo grau;
(C) Justiça Estadual em primeiro grau;
(D) Justiça Estadual em segundo grau;
(E) Superior Tribunal de Justiça.
139 Gabarito: B
140 Gabarito: B
141 Gabarito: C
#FGV (TJMS-23) 143 - O incidente de deslocamento de competência foi instituído pela EC n. 45/2004, que
inseriu o §5º no Art. 109 da Constituição da República de 1988. Sobre o instituto, é correto a rmar que:
(A) a constatação de grave violação efetiva e real de direitos humanos e a possibilidade de
responsabilização internacional, decorrente do descumprimento de obrigações assumidas em tratados
internacionais, são pressupostos su cientes para o acolhimento do incidente de deslocamento de
competência;
(B) possuem legitimidade para suscitar o incidente de deslocamento de competência, perante o Superior
Tribunal de Justiça, o procurador geral da República, o defensor público da União e o advogado geral
da União, não o podendo fazer a vítima ou o grupo vitimado;
(C) a existência de condenação do Estado brasileiro pela Corte Interamericana de Direitos Humanos,
como no caso da Favela Nova Brasília/RJ, é fundamento su ciente para o deslocamento de
competência para a Justiça Federal, ante o inegável interesse da União;
(D) de acordo com o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, é sempre necessário, entre outros
pressupostos, haver evidência de que os órgãos do sistema estadual não mostram condições de
seguir no desempenho da função de apuração, processamento e julgamento do caso com a devida
isenção;
(E) embora largamente veri cado na realidade judiciária, o incidente de deslocamento de competência
impõe uma exceção à regra geral de competência relativa e somente poderia ser efetuado em
situações excepcionalíssimas.
#FGV (TJPR-23) 144 - No exercício da jurisdição, um juiz recebeu ação proposta pelo procurador-geral de
Justiça suscitando o deslocamento de competência de um caso de violação de direitos humanos, com
base no argumento de que as autoridades policiais do Estado estavam negligentes na investigação
devida.
Com base no que determina a Constituição Federal, cabe ao juiz:
(A) julgar procedente o pedido, uma vez que se trata de violação de direitos humanos;
(B) determinar que a autoridade policial responsável seja ouvida para avaliar se houve ou não negligência
no caso concreto;
(C) julgar improcedente o pedido, pois não basta haver violação dos direitos humanos, é necessário que
seja grave violação;
(D) determinar a realização de uma audiência pública, ouvindo todas as partes envolvidas no caso,
especialmente as vítimas da violação;
(E) considerar inepta a petição inicial, pois foi proposta por parte ilegítima perante um juízo que não
possui competência sobre a matéria.
142 Gabarito: A
143 Gabarito: D
144 Gabarito: E
Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não
abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo
Tribunal Regional do Trabalho. (Redação dada pela EC n. 45/2004)
Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes,
recrutados, quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da
República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de setenta anos de idade, sendo:
(Redação dada pela EC n. 122/2022)
I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade pro ssional e
membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício,
observado o disposto no art. 94; (Redação dada pela EC n. 45/2004)
II os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antigüidade e merecimento,
alternadamente. (Redação dada pela EC n. 45/2004)
§ 1º Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de
audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva
jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. (Incluído pela EC n.
45/2004)
Art. 116. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular.
(Redação dada pela EC n. 24/1999)
Parágrafo único. (Revogado pela EC n. 24/1999)
[…] O Código Eleitoral, recepcionado como lei material complementar na parte que disciplina a
organização e a competência da Justiça Eleitoral (art. 121 da Constituição de 1988), estabelece, no
inciso XII do art. 23, entre as competências privativas do Tribunal Superior Eleitoral - TSE "responder,
sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas em tese por autoridade com jurisdição
federal ou órgão nacional de partido político". A expressão "matéria eleitoral" garante ao TSE a
titularidade da competência para se manifestar em todas as consultas que tenham como fundamento
matéria eleitoral, independente do instrumento normativo no qual esteja incluído. STF. MS 26604,
Relator(a): CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, julgado em 04-10-2007, DJe 03-10-2008 #FGV (TJGO-23)
(1) Questão(ões)
#FGV (TJGO-23) 145 - A principal fonte do Direito Eleitoral é a Constituição Federal, sendo possível,
entretanto, que leis infraconstitucionais, complementares ou ordinárias, também disponham sobre a
matéria.
Considerando a legislação em vigor e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é correto a rmar que:
(A) existem hipóteses materiais válidas de inelegibilidade em leis ordinárias;
(B) não é possível aplicar normas constantes de tratados e convenções internacionais em direito eleitoral;
(C) crimes eleitorais são apenas aqueles previstos na Lei n. 4.737/1965;
(D) não é cabível ação direta de inconstitucionalidade contra resolução do Tribunal Superior Eleitoral;
(E) a Lei n. 4.737/1965 possui natureza jurídica de lei ordinária, recepcionada com força de lei
complementar apenas na matéria que disciplina a competência.
145 Gabarito: E
Art. 124. À Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares de nidos em
lei.
Parágrafo único. A lei disporá sobre a organização, o funcionamento e a competência da
Justiça Militar.
Seção VIII - Dos Tribunais e Juízes dos Estados (arts. 125 e 126)
TEMA 484-STF -
I - Tribunais de Justiça podem exercer controle abstrato de constitucionalidade de leis municipais
utilizando como parâmetro normas da Constituição Federal, desde que se trate de normas de
reprodução obrigatória pelos Estados;
II - O art. 39, § 4º, da Constituição Federal não é incompatível com o pagamento de terço de férias
e décimo terceiro salário.
STF. Plenário. RE 650898/RS, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado
em 1º/2/2017 (Inf. 852) #FGV (TJPR-21)
§ 3º A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar
estadual, constituída, em primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos Conselhos de Justiça
e, em segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos
Estados em que o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes. (Redação dada pela EC
n. 45/2004)
§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos
crimes militares de nidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares,
ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente
decidir sobre a perda do posto e da patente dos o ciais e da graduação das praças.
(Redação dada pela EC n. 45/2004)
§ 5º Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os
crimes militares cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares
militares, cabendo ao Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar e
julgar os demais crimes militares. (Incluído pela EC n. 45/2004)
§ 6º O Tribunal de Justiça poderá funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras
regionais, a m de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases
do processo. (Incluído pela EC n. 45/2004)
§ 7º O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com a realização de audiências e
demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição,
servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. (Incluído pela EC n. 45/2004)
Art. 126. Para dirimir con itos fundiários, o Tribunal de Justiça proporá a criação de
varas especializadas, com competência exclusiva para questões agrárias. (Redação dada
pela EC n. 45/2004)
Parágrafo único. Sempre que necessário à e ciente prestação jurisdicional, o juiz far-se-á
presente no local do litígio.
#FGV (PCRN-21) 147 - A Assembleia Legislativa do Estado Alfa aprovou e o governador sancionou e
promulgou a Lei nº XX, que xou a competência do Tribunal de Justiça para o processo e o julgamento de
mandados de segurança impetrados contra atos de certas autoridades.
A Lei nº XX é:
(A) inconstitucional, pois as competências do Tribunal de Justiça apenas podem estar previstas na lei de
organização judiciária;
(B) inconstitucional, pois as competências do Tribunal de Justiça somente podem estar previstas em seu
regimento interno;
(C) inconstitucional, pois as competências do Tribunal de Justiça devem ser previstas na Constituição do
Estado;
(D) constitucional, desde que seja observado o princípio da simetria em relação à Constituição da
República de 1988;
(E) constitucional, desde que a iniciativa do respectivo projeto de lei tenha sido do Tribunal de Justiça.
146 Gabarito: D
147 Gabarito: C
#FGV (TJES-23) 149 - Foi distribuída, a um dos desembargadores integrantes do Pleno do Tribunal de Justiça
do Estado Alfa, representação de inconstitucionalidade na qual se argumentava que a Lei estadual no X,
ao autorizar que agentes remunerados conforme a sistemática de subsídios recebessem verba de
representação, era materialmente incompatível com a Constituição da República de 1988, devendo ser
declarada inconstitucional.
Ao analisar se a representação de inconstitucionalidade deveria ser conhecida, ou não, o desembargador
relator concluiu, corretamente, que:
(A) o autor almeja a realização do controle concentrado de constitucionalidade utilizando como paradigma
a Constituição da República de 1988, o que é vedado ao Tribunal de Justiça;
(B) a representação de inconstitucionalidade pode ser conhecida ainda que a norma da Constituição da
República de 1988 indicada como paradigma não tenha sido reproduzida na Constituição Estadual;
(C) a Lei estadual no X, por força do princípio da especialidade, somente pode ter sua constitucionalidade
apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, não pelo Tribunal de Justiça do Estado Alfa;
(D) a representação de inconstitucionalidade pode ser conhecida ainda que o autor não tenha indicado a
norma da Constituição Estadual afrontada, desde que o relator, com base no princípio iura novit curia,
aponte essa norma;
(E) a representação de inconstitucionalidade deve utilizar como paradigma normas da Constituição
Estadual, o que impede o seu conhecimento, apesar de a causa de pedir ser aberta, pois o autor não
indicou fundamento adequado para o seu conhecimento.
148 Gabarito: A
149 Gabarito: B
Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas aplicam-
se as disposições desta seção pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura.
150 Gabarito: E
Art. 135. Os servidores integrantes das carreiras disciplinadas nas Seções II e III
deste Capítulo serão remunerados na forma do art. 39, § 4º. (Redação dada pela EC n.
19/1998)
Art. 138. O decreto do estado de sítio indicará sua duração, as normas necessárias a
sua execução e as garantias constitucionais que carão suspensas, e, depois de publicado,
o Presidente da República designará o executor das medidas especí cas e as áreas
abrangidas.
§ 1º - O estado de sítio, no caso do art. 137, I, não poderá ser decretado por mais de trinta
dias, nem prorrogado, de cada vez, por prazo superior; no do inciso II, poderá ser decretado
por todo o tempo que perdurar a guerra ou a agressão armada estrangeira.
§ 2º - Solicitada autorização para decretar o estado de sítio durante o recesso parlamentar, o
Presidente do Senado Federal, de imediato, convocará extraordinariamente o Congresso
Nacional para se reunir dentro de cinco dias, a m de apreciar o ato.
§ 3º - O Congresso Nacional permanecerá em funcionamento até o término das medidas
coercitivas.
Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I, só
poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas:
I - obrigação de permanência em localidade determinada;
II - detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns;
III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à
prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da
lei;
IV - suspensão da liberdade de reunião;
V - busca e apreensão em domicílio;
VI - intervenção nas empresas de serviços públicos;
VII - requisição de bens.
Parágrafo único. Não se inclui nas restrições do inciso III a difusão de pronunciamentos de
parlamentares efetuados em suas Casas Legislativas, desde que liberada pela respectiva
Mesa.
Art. 141. Cessado o estado de defesa ou o estado de sítio, cessarão também seus
efeitos, sem prejuízo da responsabilidade pelos ilícitos cometidos por seus executores ou
agentes.
Parágrafo único. Logo que cesse o estado de defesa ou o estado de sítio, as medidas
aplicadas em sua vigência serão relatadas pelo Presidente da República, em mensagem ao
Congresso Nacional, com especi cação e justi cação das providências adotadas, com
relação nominal dos atingidos e indicação das restrições aplicadas.
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela
Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na
hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e
destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de
qualquer destes, da lei e da ordem.
§ 1º Lei complementar estabelecerá as normas gerais a serem adotadas na organização, no
preparo e no emprego das Forças Armadas.
§ 2º Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares.
§ 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além
das que vierem a ser xadas em lei, as seguintes disposições: (Incluído pela EC n. 18/1998)
I - as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são conferidas pelo
Presidente da República e asseguradas em plenitude aos o ciais da ativa, da reserva ou
reformados, sendo-lhes privativos os títulos e postos militares e, juntamente com os demais
membros, o uso dos uniformes das Forças Armadas; (Incluído pela EC n. 18/1998)
II - o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil permanente,
ressalvada a hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea "c", será transferido para a
reserva, nos termos da lei; (Redação dada pela EC n. 77/2014)
III - o militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo, emprego ou função
pública civil temporária, não eletiva, ainda que da administração indireta, ressalvada a
hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea "c", cará agregado ao respectivo quadro e
somente poderá, enquanto permanecer nessa situação, ser promovido por antiguidade,
contando-se-lhe o tempo de serviço apenas para aquela promoção e transferência para a
reserva, sendo depois de dois anos de afastamento, contínuos ou não, transferido para a
reserva, nos termos da lei; (Redação dada pela EC n. 77/2014)
IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve; (Incluído pela EC n. 18/1998)
(1) Questão(ões)
#FGV (TJES-23) 151 - O Estado Alfa publicou lei alterando o Estatuto dos Policiais Civis e inseriu norma
dispondo que o corregedor-geral da Polícia Civil decidirá fundamentadamente pelo afastamento
temporário, ou não, do exercício do cargo ou das funções, com supressão das vantagens previstas nesta
lei, do servidor policial civil processado criminalmente. O policial civil João foi denunciado pelo Ministério
Público e a ação penal ainda está em curso. Ao tomar conhecimento da tramitação do processo criminal, o
corregedor- geral da Polícia Civil praticou ato administrativo afastando João, com supressão de seus
vencimentos, com base no novo dispositivo legal mencionado.
Consoante entendimento do Supremo Tribunal Federal, a citada norma é:
(A) constitucional, em homenagem aos princípios da administração pública da legalidade, e ciência e
moralidade;
(B) inconstitucional, no que tange à expressão “pelo afastamento temporário” quando se tratar de servidor
efetivo estável, por violação à garantia constitucional da estabilidade;
(C) inconstitucional, no que tange à expressão “com supressão das vantagens previstas nesta lei”, por
violação às cláusulas do devido processo legal e da não culpabilidade;
(D) objeto de interpretação conforme à Constituição, de maneira que o afastamento temporário tenha
prazo de trinta dias, prorrogáveis por até noventa dias;
(E) objeto de interpretação conforme à Constituição, de maneira que a suspensão dos vencimentos
somente englobe as verbas de natureza indenizatória e não seja superior a cento e vinte dias, dado o
caráter alimentar da parte salarial da remuneração do servidor.
151 Gabarito: C
TEMA 721-STF - São inconstitucionais a instituição e a cobrança de taxas por emissão ou remessa
de carnês/guias de recolhimento de tributos. STF. RE 789.218 RG, rel. min. Dias To oli, j. 17-4-2014, P,
DJE de 1º-8-2014 #FGV (TJAP-22)
#FGV (TJAP-22) 153 - José recebeu carnê de pagamento de contribuição de melhoria do Município Alfa
referente à obra pública municipal que valorizou seu imóvel rural. Veri cou que, no carnê, havia também a
discriminação de pequeno valor de cobrança de taxa relativa ao custo de expedição do carnê, nos termos
de nova lei municipal criadora dessa taxa.
A respeito desse cenário e à luz do entendimento dominante do Supremo Tribunal Federal, é correto
a rmar que:
(A) a expedição de carnê de pagamento de tal tributo não pode ser remunerada por taxa;
(B) a expedição de carnê de pagamento de tal tributo pode ser remunerada por taxa, em razão de
con gurar serviço público especí co e divisível;
(C) a expedição de carnê de pagamento de tal tributo pode ser remunerada por taxa, em razão de
con gurar exercício do poder de polícia;
(D) o Município Alfa não detém competência tributária para instituir tal contribuição de melhoria;
(E) o Município Alfa não pode instituir tal contribuição de melhoria referente a imóvel localizado em área
rural.
152 Gabarito: A
153 Gabarito: A
TEMA 342-STF - A imunidade tributária subjetiva aplica-se a seus bene ciários na posição de
contribuinte de direito, mas não na de simples contribuinte de fato, sendo irrelevante, para a
veri cação da existência do beneplácito constitucional, a repercussão econômica do tributo
envolvido. STF. Plenário. RE 608872/MG, Rel. Min. Dias To oli, julgado em 22 e 23/2/2017 (Inf. 855)
#FGV (TJAP-22)
Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer
diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua
procedência ou destino.
#FGV (TJAP-22) 155 - A instituição de assistência social ZZ, sem ns lucrativos, adquiriu, junto à sociedade
empresária XX, diversos equipamentos que seriam integrados ao seu ativo permanente, visando ao pleno
desenvolvimento de suas atividades regulares. Para surpresa dos seus diretores, constatou-se que, na
nota scal emitida por XX, constava o imposto sobre circulação de mercadorias e sobre prestação de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e comunicação (ICMS) devido pela operação de
venda, na qual ZZ gurava como adquirente.
Nas circunstâncias indicadas, a incidência do ICMS é:
(A) incorreta, pois a imunidade tributária subjetiva de ZZ incide nas hipóteses em que gure como
contribuinte de direito e de fato;
(B) incorreta, desde que ZZ demonstre que arcou com o ônus nanceiro do respectivo tributo, por se
tratar de imposto indireto;
(C) correta, pois a imunidade tributária subjetiva de ZZ somente incide quando gure como contribuinte de
direito, não de fato;
(D) incorreta, desde que ZZ demonstre que o montante correspondente à desoneração tributária será
aplicado em sua atividade m;
(E) correta, pois a imunidade tributária subjetiva de ZZ não é aplicada em se tratando de impostos que
incidam sobre a circulação de riquezas.
#FGV (TJPE-22) 156 - Sociedade de economia mista estadual responsável pelo saneamento básico no Estado
Alfa, que possui ações negociadas em bolsa de valores, requereu ao Município Beta, quanto a seu edifício
sede situado em território municipal:
a) reconhecimento de imunidade tributária de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU);
b) concessão de isenção de Contribuição de Iluminação Pública (Cosip) prevista em lei especí ca
municipal em favor da União, Estados, Distrito Federal, Municípios e suas respectivas autarquias e
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.
Diante desse cenário e à luz da Constituição da República de 1988 e do entendimento dominante dos
Tribunais Superiores, tal empresa estatal:
(A) faz jus à imunidade tributária de IPTU e à isenção de Cosip;
(B) faz jus à imunidade tributária de IPTU, mas não à isenção de Cosip;
(C) faz jus à imunidade tributária de IPTU e à isenção de Cosip proporcionalmente às ações detidas pelo
Poder Público;
(D) não faz jus à imunidade tributária de IPTU, mas sim à isenção de Cosip;
(E) não faz jus à imunidade tributária de IPTU nem à isenção de Cosip.
154 Gabarito: A
155 Gabarito: C
156 Gabarito: E
157 Gabarito: E
TEMA 808-STF - Não incide imposto de renda sobre os juros de mora devidos pelo atraso no
pagamento de remuneração por exercício de emprego, cargo ou função. STF. Plenário. RE 855091/RS,
Rel. Min. Dias To oli, j. 13/3/2021 (Inf. 1009)
Do inteiro teor: "Os valores relativos à taxa Selic recebidos pelo contribuinte na repetição de indébito
tributário não compõem a base de incidência do Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ)
ou da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
Os juros de mora legais, correspondentes à taxa Selic, na repetição de indébito tributário são
valores recebidos pelo contribuinte a título de danos emergentes e visam recompor efetivas perdas,
não implicando aumento de patrimônio do credor."
(1) Questão(ões)
#FGV (TJMS-23) 158 - A União resolve criar um novo imposto não cumulativo e sem fato gerador ou base de
cálculo próprios dos discriminados na Constituição da República de 1988. Em relação à espécie normativa
e à vigência desse novo imposto, é correto a rmar que:
(A) poderá ser criado por lei ordinária, respeitando apenas o princípio da anterioridade nonagesimal;
(B) terá de ser criado por lei complementar, respeitando os princípios da anterioridade anual e da
anterioridade nonagesimal;
(C) terá de ser criado por lei complementar, respeitando apenas o princípio da anterioridade anual;
(D) terá de ser criado por lei complementar, respeitando apenas o princípio da anterioridade nonagesimal;
(E) poderá ser criado por lei ordinária, respeitando o princípio da anterioridade anual.
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
(Redação dada pela EC n. 3/1993) #FGV (TJAP-22)
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; (Redação dada pela
EC n. 3/1993) #FGV (TJAP-22)
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as
prestações se iniciem no exterior; (Redação dada pela EC n. 3/1993) #FGV (TJMS-23)
III - propriedade de veículos automotores. (Redação dada pela EC n. 3/1993) #FGV (TJAP-22/
TJES-23)
§ 1º O imposto previsto no inciso I: (Redação dada pela EC n. 3/1993) #FGV (TJAP-22)
I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do
bem, ou ao Distrito Federal; #FGV (TJAP-22)
158 Gabarito: B
TEMA 825-STF - É vedado aos estados e ao Distrito Federal instituir o ITCMD nas hipóteses
referidas no art. 155, § 1º, III, da Constituição Federal sem a edição da lei complementar exigida
pelo referido dispositivo constitucional. STF. RE 851.108, rel. min. Dias To oli, j. 1-3-2021, P, DJE de
20-4-2021 #FGV (TJPE-22)
Art. 157-B. Poderá, ainda, ser fornecida certidão positiva de tributos estaduais, que consistirá,
exclusivamente, do demonstrativo das pendências do sujeito passivo, relativas a débitos e
irregularidades quanto à apresentação de declarações e dados cadastrais. (Artigo acrescentado
pela Lei n. 775/2003) #FGV (TJAP-22)
TEMA 346-STF -
(I) Não viola o princípio da não cumulatividade (art. 155, §2º, incisos I e XII, alínea c, da CF/1988)
lei complementar que prorroga a compensação de créditos de ICMS relativos a bens
adquiridos para uso e consumo no próprio estabelecimento do contribuinte;
(II) Conforme o artigo 150, III, c, da CF/1988, o princípio da anterioridade nonagesimal aplica-se
somente para leis que instituem ou majoram tributos, não incidindo relativamente às normas
que prorrogam a data de início da compensação de crédito tributário.
STF. RE 601967, Relator(a): MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: ALEXANDRE DE MORAES,
Tribunal Pleno, julgado em 18/08/2020, DJe 04-09-2020 (Inf. 989) #FGV (TJMS-23)
A disciplina legal em exame apresenta peculiaridades a merecerem re exão para concluir estar
con gurada, ou não, a denominada "guerra scal". (...) Ao lado da imunidade, há a isenção e, quanto
ao ICMS, visando a editar verdadeira autofagia, a alínea g do inciso XII do § 2º do art. 155 da CF
remete a lei complementar regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito
Federal, isenções, incentivos e benefícios scais serão concedidos e revogados. A lei complementar
relativa à disciplina da matéria é a número 24/1975. Nela está disposto que, ante as peculiaridades do
ICMS, benefícios scais hão de estar previstos em instrumento formalizado por todas as unidades da
Federação. Indago: o preceito alcança situação concreta que objetive bene ciar, sem que se possa
apontar como alvo a cooptação, não o contribuinte de direito, mas o contribuinte de fato, presentes
igrejas e templos de qualquer crença, quanto a serviços públicos estaduais próprios, delegados,
terceirizados ou privatizados de água, luz, telefone e gás? A resposta é negativa. A proibição de
introduzir-se benefício scal, sem o assentimento dos demais Estados, tem como móvel evitar
competição entre as unidades da Federação e isso não acontece na espécie. STF. ADI 3.421, voto
do rel. min. Marco Aurélio, j. 5-5-2010, P, DJE de 28-5-2010 #FGV (TJPR-21)
[…] Até o julgamento nal e com e cácia apenas para o futuro (ex nunc), concede-se medida
cautelar para interpretar o art. 1º, caput e § 2º, da Lei Complementar 116/2003 e o subitem 13.05
da lista de serviços anexa, para reconhecer que o ISS não incide sobre operações de
industrialização por encomenda de embalagens, destinadas à integração ou utilização direta em
processo subsequente de industrialização ou de circulação de mercadoria. Presentes os
requisitos constitucionais e legais, incidirá o ICMS. STF. ADI 4389 MC, Relator(a): JOAQUIM
BARBOSA, Tribunal Pleno, julgado em 13/04/2011, DJe 25-05-2011 (Inf. 623) #FGV (TJES-23)
TEMA 383/STJ - O prazo prescricional quinquenal para o Fisco exercer a pretensão de cobrança
judicial do crédito tributário conta-se da data estipulada como vencimento para o pagamento da
obrigação tributária declarada (mediante DCTF, GIA, entre outros), nos casos de tributos sujeitos
a lançamento por homologação, em que, não obstante cumprido o dever instrumental de
declaração da exação devida, não restou adimplida a obrigação principal (pagamento
antecipado), nem sobreveio quaisquer das causas suspensivas da exigibilidade do crédito ou
interruptivas do prazo prescricional. STJ. REsp 1.120.295-SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 12/5/2010
(Inf. 434) #FGV (TJES-23)
[…] Em se tratando de tributo sujeito a lançamento por homologação declarado e não pago, o
Fisco dispõe de cinco anos para a cobrança do crédito, contados do dia seguinte ao vencimento
da exação ou da entrega da declaração pelo contribuinte, o que for posterior. Só a partir desse
momento, o crédito torna-se constituído e exigível pela Fazenda pública. STJ. AgRg no AREsp n.
302.363/SE, relator Ministro Arnaldo Esteves Lima, Primeira Turma, julgado em 5/11/2013, DJe de
13/11/2013 #FGV (TJES-23)
Súmula 555/STJ - Quando não houver declaração do débito, o prazo decadencial quinquenal para
o Fisco constituir o crédito tributário conta-se exclusivamente na forma do art. 173, I, do CTN, nos
casos em que a legislação atribui ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem
prévio exame da autoridade administrativa. #FGV (TJES-23)
TEMA 817-STF - É constitucional a lei estadual ou distrital que, com amparo em convênio do
CONFAZ, conceda remissão de créditos de ICMS oriundos de benefícios scais anteriormente
julgados inconstitucionais. STF. Plenário. RE 851421/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em
17/12/2021 (Inf. 1042) #FGV (TJMS-23)
TEMA 682-STF - Inexiste, na Constituição Federal de 1988, reserva de iniciativa para leis de
natureza tributária, inclusive para as que concedem renúncia scal. STF. ARE 743480 RG,
Relator(a): GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 10/10/2013, DJe 20-11-2013 #FGV (TJMS-23)
Art. 150, § 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II,
IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I,
153, I, II, III e V; e 154, II, nem à xação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III,
e 156, I. (Redação dada pela EC n. 42/2003) #FGV (TJES-23)
Súmula Vinculante 50 - Norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária
não se sujeita ao princípio da anterioridade. #FGV (TJES-23)
TEMA 685-STF - Não incide IPVA sobre veículo automotor adquirido, mediante alienação
duciária, por pessoa jurídica de direito público. STF. Plenário. RE 727851, Rel. Marco Aurélio,
julgado em 22/06/2020 (Inf. 985) #FGV (TJAP-22)
[…] 1. A Lei n. 1.293/2018 do Estado de Roraima gera renúncia de receita de forma a acarretar impacto
orçamentário. A ausência de prévia instrução da proposta legislativa com a estimativa do impacto
nanceiro e orçamentário, nos termos do art. 113 do ADCT, aplicável a todos os entes federativos,
implica inconstitucionalidade formal. 2. A previsão de incentivos scais para atenuar situações
caracterizadoras de vulnerabilidades, como ocorre com os portadores de doenças graves, não agride
o princípio da isonomia tributária. Função extra scal, sem desbordar do princípio da
proporcionalidade. Previsão abstrata e impessoal. Precedentes. Ausência de inconstitucionalidade
material. 3. O ato normativo, não obstante viciado na sua origem, acarretou a isenção do IPVA a
diversos bene ciários proprietários de veículos portadores de doenças graves, de modo a inviabilizar
o ressarcimento dos valores. Modulação dos efeitos da decisão para proteger a con ança legítima
que resultou na aplicação da lei e preservar a boa-fé objetiva. 4. Ação direta conhecida e julgada
procedente para declarar a inconstitucionalidade da Lei n. 1.293, de 29 de novembro de 2018, do
Estado de Roraima, com efeitos ex nunc a contar da data da publicação da ata do julgamento. STF.
Plenário. ADI 6074, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 21/12/2020, DJE 08-03-2021 #FGV (TJAP-22)
Impostos sobre exportação, para o exterior, de Impostos sobre exportação, para o exterior, de
produtos nacionais ou nacionalizados [IE] produtos nacionais ou nacionalizados [IE]
Impostos sobre operações de crédito, câmbio e Impostos sobre operações de crédito, câmbio e
seguro, ou relativas a Títulos ou valores seguro, ou relativas a Títulos ou valores
mobiliários [IOF] mobiliários [IOF]
#FGV (TJPR-21) 160 - Lei ordinária do Estado X, acompanhada de estimativa de impacto orçamentário e
nanceiro, proibiu a cobrança de ICMS nas contas de energia elétrica fornecida a templos de qualquer
culto, desde que o imóvel esteja comprovadamente na propriedade ou posse da entidade religiosa e seja
usado para a prática religiosa.
Diante desse cenário e à luz do entendimento do Supremo Tribunal Federal, é correto a rmar que:
(A) tal benefício quanto ao ICMS necessita de autorização por convênio do Conselho Nacional de Política
Fazendária;
(B) tal benefício quanto ao ICMS con gura aplicação da imunidade tributária dos templos de qualquer
culto;
(C) a concessão de tal benefício não enseja guerra scal nem indevida competição entre os Estados;
(D) os templos de qualquer culto são contribuintes de direito quanto ao ICMS cobrado nas faturas de
energia elétrica;
(E) a lei estadual deveria estender tal benefício a todos os imóveis de propriedade da entidade, ainda que
alugados a terceiros, desde que os aluguéis fossem revertidos para sua nalidade essencial.
#FGV (TJAP-22) 161 - O Município X, situado no Estado Y, resolveu renovar a frota de automóveis que utiliza
em sua scalização ambiental, adquirindo, para tanto, novos veículos mediante alienação duciária em
garantia ao Banco Lucro 100 S/A. O Estado Y então pretende cobrar IPVA desses automóveis, invocando
dispositivo expresso de sua legislação estadual de que, em se tratando de alienação duciária em
garantia, o devedor duciário responde solidariamente com o proprietário pelo pagamento do IPVA.
À luz da Constituição da República de 1988 e do entendimento dominante do Supremo Tribunal Federal, o
Estado Y:
(A) poderá cobrar tal IPVA tanto do Município X como do Banco Lucro 100 S/A;
(B) poderá cobrar tal IPVA do Município X, mas não do Banco Lucro 100 S/A;
(C) poderá cobrar tal IPVA conjuntamente e pró-rata do Município X e do Banco Lucro 100 S/A;
(D) não poderá cobrar tal IPVA do Município X, mas sim do Banco Lucro 100 S/A;
(E) não poderá cobrar IPVA nem do Município X nem do Banco Lucro 100 S/A.
159 Gabarito: C
160 Gabarito: C
161 Gabarito: E
#FGV (TJAP-22) 163 - Gustavo, com pais já falecidos, solteiro e sem lhos, lavrou, em agosto de 2021, escritura
pública de doação de um de seus imóveis situado em Laranjal do Jari (AP) em favor de seu irmão Mário.
Gustavo e Mário são domiciliados em Santarém (PA)
À luz da Constituição da República de 1988, da Lei estadual n. 400/1997 e do entendimento dominante do
Superior Tribunal de Justiça, o Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doações (ITCD) incidente
sobre tal doação é devido ao:
(A) Pará, com fato gerador na lavratura da escritura de doação, com alíquota inferior àquela incidente
sobre a transmissão causa mortis;
(B) Pará, com fato gerador na lavratura da escritura de doação, com alíquota igual àquela incidente sobre
a transmissão causa mortis;
(C) Pará, com fato gerador no registro da escritura, com alíquota igual àquela incidente sobre a
transmissão causa mortis;
(D) Amapá, com fato gerador no registro da escritura, com alíquota inferior àquela incidente sobre a
transmissão causa mortis;
(E) Amapá, com fato gerador na lavratura da escritura de doação, com alíquota igual àquela incidente
sobre a transmissão causa mortis.
#FGV (TJAP-22) 164 - A empresa Modas 100% Ltda., sediada em Macapá (AP), foi autuada referente a débitos
não declarados nem pagos de ICMS devido ao Estado do Amapá, em valor total (principal com multa) de
R$ 50.000,00. A empresa impugnou administrativamente tal lançamento, mas não obteve êxito no
julgamento de 1ª instância.
Diante desse cenário e à luz da Lei estadual n. 400/1997, a empresa poderá interpor recurso voluntário:
(A) ao Conselho Estadual de Recursos Fiscais, com efeito suspensivo, dentro de 30 dias seguidos à
ciência da decisão de 1ª instância;
(B) ao Conselho Estadual de Recursos Fiscais, com efeito suspensivo, dentro de 15 dias seguidos à
ciência da decisão de 1ª instância;
(C) ao Conselho Estadual de Recursos Fiscais, sem efeito suspensivo, dentro de 15 dias seguidos à ciência
da decisão de 1ª instância;
(D) à Junta de Julgamento do Processo Administrativo Fiscal, com efeito suspensivo, dentro de 30 dias
seguidos à ciência da decisão de 1ª instância;
(E) à Junta de Julgamento do Processo Administrativo Fiscal, sem efeito suspensivo, dentro de 15 dias
seguidos à ciência da decisão de 1ª instância.
162 Gabarito: B
163 Gabarito: D
164 Gabarito: A
#FGV (TJPE-22) 166 - Maria, cidadã norte-americana residente e domiciliada em Miami (EUA), em julho de
2022, doou para sua prima Marta, cidadã brasileira residente e domiciliada no Estado Alfa (Brasil), por
escritura pública lavrada nos EUA, uma série de ações de uma empresa norte-americana com ações
negociadas na Bolsa de Valores de Nova Iorque (EUA)
Diante desse cenário e à luz do entendimento dominante dos Tribunais Superiores sobre a tributação com
o Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doações (ITCMD) a ser cobrado no Brasil, é correto a rmar que:
(A) Maria será contribuinte do ITCMD nessa doação;
(B) Marta será contribuinte do ITCMD nessa doação;
(C) Maria e Marta não serão contribuintes do ITCMD nessa doação;
(D) Maria e Marta serão ambas contribuintes do ITCMD e solidariamente responsáveis nessa doação;
(E) Marta será contribuinte do ITCMD nessa doação, gurando Maria como responsável tributária.
#FGV (TJPE-22) 167 - Lei do Estado Alfa de julho de 2021 estabeleceu que o Imposto sobre a Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS) incide sobre operação de circulação de petróleo ou gás natural desde os
poços de sua extração para a empresa concessionária, determinando que o fato gerador ocorre
imediatamente após a extração do petróleo ou gás natural, quando estes, provenientes da jazida,
passarem pelos Pontos de Medição da Produção instalados pela empresa concessionária. A lei também
estatuiu que a base de cálculo desse ICMS seria o preço de referência do petróleo ou do gás natural
conforme média de preços de venda praticados pelo concessionário em condições normais de mercado,
ou preço mínimo estabelecido pela Agência Nacional do Petróleo (ANP)
À luz da legislação nacional de regência do ICMS e do entendimento dominante dos Tribunais Superiores,
acerca da operação acima descrita, é correto a rmar que:
(A) para ns de delimitação da base de cálculo de incidência de ICMS, não é admissível a utilização do
mecanismo tributário de preços de referência;
(B) a União, como titular da jazida de petróleo e gás natural explorada comercialmente, deve recolher o
ICMS incidente sobre tal operação de circulação de petróleo ou gás natural;
(C) a empresa concessionária, como titular do petróleo e gás natural produzido, deve recolher o ICMS
incidente sobre tal operação de circulação de petróleo ou gás natural;
(D) tal operação de circulação de petróleo ou gás natural não constitui circulação de mercadoria para ns
de incidência de ICMS;
(E) o gás natural, para ns de incidência de ICMS, não é reputado bem essencial.
165 Gabarito: D
166 Gabarito: B
167 Gabarito: D
#FGV (TJES-23) 169 - Vestuário Beleza Ltda., atuante no comércio varejista de peças de vestuário, por uma
série de erros contábeis (sem dolo, fraude ou simulação), declarou a menor e pagou a menor o ICMS
devido sobre suas vendas a consumidores nais quanto a fatos geradores ocorridos entre janeiro de 2019
e dezembro de 2020. A partir de janeiro de 2021, já em crise nanceira, embora tenha detectado o erro
contábil e o corrigido, passando a declarar corretamente, começou a não ter mais recursos para pagar tal
ICMS adequadamente declarado. Diante desse cenário e também à luz do entendimento dos tribunais
superiores, é correto a rmar que:
(A) quanto a tais tributos declarados a menor e pagos a menor, o prazo decadencial quinquenal para o
lançamento de ofício suplementar é contado do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o
lançamento poderia ter sido efetuado;
(B) quanto a tais tributos declarados a menor e pagos a menor, o prazo decadencial quinquenal para o
lançamento de ofício suplementar é contado da data da entrega da declaração;
(C) quanto a tais tributos declarados a menor e pagos a menor, o prazo prescricional quinquenal para o
lançamento de ofício suplementar é contado da ocorrência do fato gerador de cada obrigação
tributária;
(D) quanto aos tributos devidamente declarados a partir de janeiro de 2021 mas não pagos, o marco inicial
para contagem do prazo prescricional quinquenal para sua cobrança judicial é o dia seguinte à data
estipulada para o vencimento da cobrança do tributo;
(E) quanto aos tributos devidamente declarados a partir de janeiro de 2021 mas não pagos, o marco inicial
para contagem do prazo decadencial quinquenal para sua cobrança judicial é o dia seguinte à data
estipulada para o vencimento da cobrança do tributo.
#FGV (TJES-23) 170 - Lei ordinária do Estado Alfa, publicada em dezembro de 2021, xou as novas bases de
cálculo do IPVA a serem aplicadas a partir de 01/01/2022, acarretando majoração do tributo a ser pago.
Além disso, foi previsto que o IPVA também passaria a incidir, decorridos noventa dias da data em foi
publicada a lei, sobre aeronaves e embarcações, dotadas ou não de motor de autopropulsão.
Diante desse cenário e também à luz do entendimento dos tribunais superiores, a referida nova lei:
(A) violou o princípio da anterioridade tributária nonagesimal ao majorar o IPVA, por elevação de sua base
de cálculo, em prazo menor do que noventa dias;
(B) violou o princípio da anterioridade tributária nonagesimal ao criar essas novas hipóteses de incidência
do IPVA, pois os noventa dias deveriam ser contados a partir de 01/01/2022;
(C) não poderia prever incidência de IPVA sobre quaisquer tipos de aeronaves e embarcações;
(D) poderia prever incidência de IPVA sobre aeronaves e embarcações, desde que fossem dotadas de
motor de autopropulsão;
(E) por se tratar de mera lei ordinária, não poderia criar novas hipóteses de incidência de IPVA sobre
aeronaves e embarcações sem previsão em lei complementar.
168 Gabarito: D
169 Gabarito: D
170 Gabarito: C
#FGV (TJMS-23) 172 - A sociedade empresária Alfa, em razão do seu planejamento, passaria a adquirir,
mensalmente, bens para o uso e o consumo no próprio estabelecimento e almejava que o crédito do
imposto sobre a circulação de bens e serviços (ICMS), decorrente dessa aquisição, fosse compensado
com os débitos de ICMS que possuía. Ao consultar a legislação vigente, constatou que isto seria
autorizado para os créditos decorrentes de mercadorias que entrassem no estabelecimento a partir do
próximo exercício nanceiro. Dias antes do início do próximo exercício nanceiro, foi editada a Lei
Complementar n. X, postergando a possibilidade de compensação para o quinto exercício nanceiro
seguinte. Irresignada com a referida alteração, Alfa ingressou com ação judicial, almejando que fosse
reconhecida a inconstitucionalidade incidental da Lei Complementar n. X e assegurado o direito à
compensação dos créditos do ICMS. À luz dessa narrativa, o pedido de Alfa deve ser julgado:
(A) procedente, considerando a inconstitucionalidade da Lei Complementar n. X, pois a matéria deveria
ser objeto de deliberação em convênio do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz);
(B) procedente, considerando a inconstitucionalidade da Lei Complementar n. X, por ter afrontado o
princípio da não cumulatividade do ICMS;
(C) procedente, considerando a inconstitucionalidade da Lei Complementar n. X, por ter afrontado o
princípio da anterioridade nonagesimal;
(D) improcedente, considerando que a sistemática de compensação dos créditos do ICMS é matéria afeta
às nanças públicas, estando sujeita aos princípios próprios do direito nanceiro, não àqueles do
direito tributário;
(E) improcedente, considerando que a postergação da compensação do crédito do ICMS, promovida pela
Lei Complementar n. X, não afronta o princípio da não cumulatividade e não se sujeita à anterioridade
nonagesimal.
171 Gabarito: A
172 Gabarito: E
#FGV (TJMS-23) 174 - O ITCD (imposto sobre a transmissão causa mortis e doações) é um dos três impostos
cuja competência tributária para instituição é conferida pela Constituição da República de 1988 aos
Estados membros da Federação e ao Distrito Federal, sendo uma importante fonte de arrecadação para os
cofres públicos estaduais e distritais. Acerca desse imposto e à luz também da jurisprudência dos Tribunais
Superiores, é correto a rmar que:
(A) o ITCD, por ser um tributo real, não admite alíquotas progressivas;
(B) seu contribuinte, conforme estabelecido no Código Tributário Nacional, é o doador, e não o donatário;
(C) a efetiva ocorrência do fato gerador na doação de bens imóveis se dá no momento da lavratura da
escritura pública de doação;
(D) no ITCD referente a doação não oportunamente declarada pelo contribuinte ao Fisco estadual, a
contagem do prazo decadencial para a constituição do crédito tributário pelo lançamento tem início na
ocorrência do fato gerador;
(E) o ITCD não incidirá sobre doações destinadas, no âmbito do Poder Executivo da União, a projetos
destinados a mitigar os efeitos das mudanças climáticas.
173 Gabarito: B
174 Gabarito: E
Imposto sobre transmissão "inter vivos", a qualquer Título, por ato oneroso,
de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre
ITBI
Competência imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua
PRIVATIVA aquisição
do município
(CRFB, art. 156) Imposto sobre serviços de qualquer natureza, não compreendidos na
competência dos Estados e do DF sobre operações relativas à circulação
ISSQN de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações
e as prestações se iniciem no exterior [ICMS], de nidos em LC.
Súmula 656-STF - É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para o imposto de
transmissão inter vivos de bens imóveis – ITBI com base no valor venal do imóvel. #FGV (PCRN-21)
175 Gabarito: D
TEMA 1124-STF - O fato gerador do imposto sobre transmissão inter vivos de bens imóveis (ITBI)
somente ocorre com a efetiva transferência da propriedade imobiliária, que se dá mediante o
registro. STF. Plenário. ARE 1294969 RG, Rel. Min. Presidente, julgado em 11/02/2021 #FGV (TJPR-21/
TJES-23)
TEMA 1113-STJ -
a) a base de cálculo do ITBI é o valor do imóvel transmitido em condições normais de mercado,
não estando vinculada à base de cálculo do IPTU, que nem sequer pode ser utilizada como
piso de tributação;
b) o valor da transação declarado pelo contribuinte goza da presunção de que é condizente com
o valor de mercado, que somente pode ser afastada pelo sco mediante a regular instauração
de processo administrativo próprio (art. 148 do CTN);
c) o Município não pode arbitrar previamente a base de cálculo do ITBI com respaldo em valor
de referência por ele estabelecido unilateralmente.
STJ. 1ª Seção. REsp 1.937.821-SP, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 24/02/2022 (Inf. 730) #FGV
(TJPE-22)
§ 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei
complementar: (Redação dada pela EC n. 37/2002)
I - xar as suas alíquotas máximas e mínimas; (Redação dada pela EC n. 37/2002)
II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior. (Incluído pela EC n.
3/1993)
TEMA 1124-STF - O fato gerador do imposto sobre transmissão inter vivos de bens imóveis (ITBI)
somente ocorre com a efetiva transferência da propriedade imobiliária, que se dá mediante o
registro. STF. Plenário. ARE 1294969 RG, Rel. Min. Presidente, julgado em 11/02/2021 #FGV (TJPR-21/
TJES-23)
TEMA 1113-STJ -
a) a base de cálculo do ITBI é o valor do imóvel transmitido em condições normais de mercado,
não estando vinculada à base de cálculo do IPTU, que nem sequer pode ser utilizada como piso
de tributação;
b) o valor da transação declarado pelo contribuinte goza da presunção de que é condizente com o
valor de mercado, que somente pode ser afastada pelo sco mediante a regular instauração de
processo administrativo próprio (art. 148 do CTN);
c) o Município não pode arbitrar previamente a base de cálculo do ITBI com respaldo em valor de
referência por ele estabelecido unilateralmente.
STJ. 1ª Seção. REsp 1.937.821-SP, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 24/02/2022 (Inf. 730) #FGV
(TJPE-22)
(6) Questão(ões)
#FGV (PCRN-21) 176 - Lei ordinária do Município Alfa estabeleceu alíquotas progressivas no imposto de
transmissão inter vivos de bens imóveis (ITBI) com base no valor venal do imóvel, inclusive para a
transmissão do mero domínio útil. João, adquirente do domínio útil sobre terreno de marinha, insurge-se
contra a cobrança.
Diante desse cenário e da jurisprudência sumulada do STF, é correto a rmar que:
(A) a Constituição da República de 1988 exige lei complementar para estabelecimento de alíquotas
progressivas de ITBI com base no valor venal do imóvel;
(B) pelo princípio da capacidade contributiva, é possível instituir alíquotas progressivas de ITBI com base
no valor venal do imóvel;
(C) não é possível cobrar ITBI sobre transmissão inter vivos de terrenos de marinha, por serem de
propriedade da União, ente imune;
(D) a alíquota progressiva do ITBI em razão do valor venal do imóvel não é permitida no direito brasileiro;
(E) a transmissão do domínio útil não é fato gerador de ITBI.
176 Gabarito: D
#FGV (TJPE-22) 178 - Mário desejava adquirir um apartamento de José, tendo sido pactuado o preço em R$
300.000,00, pois o imóvel necessitava de ampla reforma, ainda que um imóvel naquela região custasse
em torno de R$ 400.000,00. Para poder efetuar o registro do negócio jurídico, Mário foi informado pelo
registrador de que deveria recolher o Imposto de Transmissão Inter Vivos (ITBI)
Mário declarou ao Fisco municipal o mesmo valor que constaria da escritura pública (R$ 300.000,00), mas
o Fisco não aceitou tal valor, arbitrando-o unilateralmente em R$ 400.000,00.
À luz do Código Tributário Nacional e do entendimento dominante dos Tribunais Superiores, é correto
a rmar que:
(A) o registrador não poderia ser responsabilizado tributariamente pelo não recolhimento do ITBI;
(B) o valor de R$ 300.000,00 declarado por Mário goza da presunção de ser condizente com o valor de
mercado;
(C) a apuração do valor venal do imóvel ocorre da mesma forma no ITBI e no IPTU;
(D) o Fisco está correto em arbitrar unilateralmente o valor do imóvel em R$ 400.000,00, por ser este
efetivamente o valor médio de mercado de um imóvel similar naquela região;
(E) o Fisco pode arbitrar previamente a base de cálculo do ITBI deste imóvel com respaldo em valor de
referência por ele estabelecido unilateralmente em pauta genérica de valores venais aplicável a todos
os imóveis do Município.
#FGV (TJES-23) 179 - José, como forma de obter empréstimo junto ao Banco X S/A, deu em hipoteca ao
referido banco o único imóvel de sua propriedade, em que residia, no Município Alfa. Contudo, ao ser
lavrada a escritura pública de hipoteca perante o tabelião Mateus no Município Beta, sede do banco, não
foi recolhido o ITBI pela constituição do direito real de hipoteca sobre o imóvel. Em razão disso, o
Município Alfa realizou lançamento de ofício contra José, cobrando-lhe o ITBI que entendia devido.
Diante desse cenário, é correto a rmar que:
(A) por se tratar de uma dívida tributária incidente sobre o próprio imóvel, José não poderá opor ao Fisco
a impenhorabilidade do bem de família;
(B) a lavratura dessa escritura de hipoteca pelo tabelião Mateus, sem que exigisse a comprovação do
recolhimento do ITBI, pode acarretar sua responsabilização tributária;
(C) nos termos do Código Tributário Nacional, o contribuinte do ITBI, em relação àquele ato, seria o Banco
X S/A, em favor de quem a hipoteca está sendo constituída;
(D) o Município Beta, onde foi lavrada a escritura pública de constituição da hipoteca, que poderia realizar
tal lançamento de ofício;
(E) não é devida a incidência de ITBI na constituição do direito real de hipoteca.
177 Gabarito: E
178 Gabarito: B
179 Gabarito: E
#FGV (TJGO-23) 181 - Josué resolve integralizar o capital social de uma empresa da qual se tornou sócio,
transferindo para ela um imóvel que possui na cidade de Trindade no valor de R$ 800.000,00, sendo que
o valor a ser integralizado é de R$ 350.000,00.
Nesse caso, Josué:
(A) recolherá o Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos para
o Estado de Goiás sobre o valor total do imóvel;
(B) recolherá o Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis para o Município de Trindade sobre o valor
excedente, pois a integralização de capital social é imune;
(C) não recolherá nenhum imposto para o Estado de Goiás e para o Município de Trindade pela
imunidade do valor de imóvel a ser utilizado em integralização de capital social;
(D) recolherá o Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos para
o Estado de Goiás sobre o valor excedente, pois a integralização de capital social é imune;
(E) recolherá o Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis para o Município de Trindade sobre o valor
integral do imóvel pela inexistência de isenção ou imunidade.
180 Gabarito: E
181 Gabarito: B
Art. 177, § 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades
de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e
álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos: (Incluído pela EC n. 33/2001)
II - os recursos arrecadados serão destinados: (Incluído pela EC n. 33/2001)
c) ao nanciamento de programas de infra-estrutura de transportes. (Incluído pela EC n. 33/2001)
(3) Questão(ões)
#FGV (TJSC-22) 182 - O Município X (Estado Y) retém, sem repassar à União, os valores do imposto federal
sobre renda e proventos de qualquer natureza (IR), incidente na fonte: 1) sobre rendimentos pagos a seus
servidores; 2) sobre os pagamentos feitos a pessoas físicas ou jurídicas contratadas para prestação de
serviços.
Diante desse cenário, o Município X:
(A) pode reter, sem repassar à União, tal IR incidente na fonte em ambas as hipóteses do enunciado;
(B) pode reter, sem repassar à União, tal IR incidente na fonte apenas na 1ª hipótese do enunciado;
(C) pode reter, sem repassar à União, tal IR incidente na fonte apenas na 2ª hipótese do enunciado;
(D) não pode reter, sem repassar à União, tal IR incidente na fonte em nenhuma das hipóteses do
enunciado;
(E) não pode reter, sem repassar 50% ao Estado Y, tal IR incidente na fonte em ambas as hipóteses do
enunciado.
#FGV (TJSC-22) 183 - A sociedade empresária 789 Roupas Ltda. sagrou-se vencedora, em novembro de 2021,
em ação de repetição de indébito tributário contra a Fazenda Pública do Estado X. Transitada em julgado a
demanda, a empresa recebeu o valor da restituição por Requisição de Pequeno Valor. Contudo, foi
surpreendida, após o recebimento, com noti cação contendo autuação do Fisco Federal para
recolhimento de tributos federais sobre valores atinentes ao acréscimo de juros moratórios pela taxa Selic
recebidos na repetição do indébito tributário.
Diante desse cenário, sobre tais valores de taxa Selic recebidos em razão de repetição de indébito
tributário:
(A) incide tanto o IRPJ como a CSLL, pois con gurados os fatos geradores de acréscimo patrimonial e de
apuração de lucro líquido;
(B) incide somente o IRPJ, pois con gurado o fato gerador de acréscimo patrimonial;
(C) incide somente a CSLL, pois con gurado o fato gerador de apuração de lucro líquido;
(D) não incide nem IRPJ nem CSLL, mas sim PIS/COFINS, pois con gurado o fato gerador de receita bruta;
(E) não incide nem IRPJ nem CSLL, pois con gurada mera recomposição por efetivas perdas sofridas pelo
sujeito passivo.
182 Gabarito: A
183 Gabarito: E
184 Gabarito: B
Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente
pelo banco central.
§ 1º É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro
Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição nanceira.
§ 2º O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com
o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros.
§ 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e
das empresas por ele controladas, em instituições nanceiras o ciais, ressalvados os casos
previstos em lei.
185 Gabarito: B
Art. 166, § 11. É obrigatória a execução orçamentária e nanceira das programações oriundas de
emendas individuais, em montante correspondente ao limite a que se refere o § 9º deste artigo,
conforme os critérios para a execução equitativa da programação de nidos na lei complementar
prevista no § 9º do art. 165 desta Constituição, observado o disposto no § 9º-A deste artigo. (Redação
dada pela EC n. 126/2022)
§ 12. A garantia de execução de que trata o § 11 deste artigo aplica-se também às programações
incluídas por todas as emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de Estado ou do Distrito
Federal, no montante de até 1% (um por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício
anterior. (Redação dada pela EC n. 100/2019)
É vedada a utilização das emendas do relator-geral do orçamento com a nalidade de criar novas
despesas ou de ampliar as programações previstas no projeto de lei orçamentária anual, uma vez
que elas se destinam, exclusivamente, a corrigir erros e omissões (CF/1988, art. 166, § 3º, III,
alínea “a”). STF. ADPF 850/DF, ADPF 851/DF, ADPF 854/DF e ADPF 1.014/DF, relatora Ministra Rosa
Weber, j. 19.12.2022 (Inf. 1080) #FGV (TJMS-23)
Art. 167-A. Apurado que, no período de 12 (doze) meses, a relação entre despesas
correntes e receitas correntes supera 95% (noventa e cinco por cento), no âmbito dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, é facultado aos Poderes Executivo, Legislativo
e Judiciário, ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas e à Defensoria Pública do ente,
enquanto permanecer a situação, aplicar o mecanismo de ajuste scal de vedação da:
(Incluído pela EC n. 109/2021)
I - concessão, a qualquer título, de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de
remuneração de membros de Poder ou de órgão, de servidores e empregados públicos e
de militares, exceto dos derivados de sentença judicial transitada em julgado ou de
determinação legal anterior ao início da aplicação das medidas de que trata este artigo;
(Incluído pela EC n. 109/2021)
II - criação de cargo, emprego ou função que implique aumento de despesa; (Incluído pela
EC n. 109/2021)
Art. 167-F. Durante a vigência da calamidade pública de âmbito nacional de que trata
o art. 167-B desta Constituição: (Incluído pela EC n. 109/2021)
I - são dispensados, durante a integralidade do exercício nanceiro em que vigore a
calamidade pública, os limites, as condições e demais restrições aplicáveis à União para a
contratação de operações de crédito, bem como sua veri cação; (Incluído pela EC n.
109/2021)
II - o superávit nanceiro apurado em 31 de dezembro do ano imediatamente anterior ao
reconhecimento pode ser destinado à cobertura de despesas oriundas das medidas de
combate à calamidade pública de âmbito nacional e ao pagamento da dívida
pública. (Incluído pela EC n. 109/2021)
§ 1º Lei complementar pode de nir outras suspensões, dispensas e afastamentos aplicáveis
durante a vigência do estado de calamidade pública de âmbito nacional. (Incluído pela EC n.
109/2021)
§ 2º O disposto no inciso II do caput deste artigo não se aplica às fontes de recursos:
(Incluído pela EC n. 109/2021)
I - decorrentes de repartição de receitas a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios;
(Incluído pela EC n. 109/2021)
II - decorrentes das vinculações estabelecidas pelos arts. 195, 198, 201, 212, 212-A e 239
desta Constituição; (Incluído pela EC n. 109/2021)
III - destinadas ao registro de receitas oriundas da arrecadação de doações ou de
empréstimos compulsórios, de transferências recebidas para o atendimento de nalidades
determinadas ou das receitas de capital produto de operações de nanciamento celebradas
com nalidades contratualmente determinadas. (Incluído pela EC n. 109/2021)
Art. 167-G. Na hipótese de que trata o art. 167-B, aplicam-se à União, até o término
da calamidade pública, as vedações previstas no art. 167-A desta Constituição. (Incluído pela
EC n. 109/2021)
§ 1º Na hipótese de medidas de combate à calamidade pública cuja vigência e efeitos não
ultrapassem a sua duração, não se aplicam as vedações referidas nos incisos II, IV, VII, IX e
X do caput do art. 167-A desta Constituição. (Incluído pela EC n. 109/2021)
§ 2º Na hipótese de que trata o art. 167-B, não se aplica a alínea "c" do inciso I do caput do
art. 159 desta Constituição, devendo a transferência a que se refere aquele dispositivo ser
efetuada nos mesmos montantes transferidos no exercício anterior à decretação da
calamidade. (Incluído pela EC n. 109/2021)
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo e pensionistas da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não pode exceder os limites estabelecidos em
lei complementar. (Redação dada pela EC n. 109/2021)
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos,
empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou
contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta
ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser
feitas: (Renumerado do parágrafo único, pela EC n. 19/1998)
I - se houver prévia dotação orçamentária su ciente para atender às projeções de despesa
de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; (Incluído pela EC n. 19/1998)
II - se houver autorização especí ca na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as
empresas públicas e as sociedades de economia mista. (Incluído pela EC n. 19/1998)
§ 2º Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar referida neste artigo para a
adaptação aos parâmetros ali previstos, serão imediatamente suspensos todos os repasses
de verbas federais ou estaduais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios que não
observarem os referidos limites. (Incluído pela EC n. 19/1998)
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo
xado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios adotarão as seguintes providências: (Incluído pela EC n. 19/1998)
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e
funções de con ança; (Incluído pela EC n. 19/1998)
II - exoneração dos servidores não estáveis. (Incluído pela EC n. 19/1998)
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem su cientes para
assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o
servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos
Poderes especi que a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da
redução de pessoal. (Incluído pela EC n. 19/1998)
(4) Questão(ões)
#FGV (PCRN-21) 186 - Na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, instaurou-se
celeuma entre os membros sobre a necessidade de lei complementar para aprovação do plano plurianual
(PPA), da lei de diretrizes orçamentárias (LDO) e da lei orçamentária anual (LOA). O relator da matéria emitiu
parecer pela desnecessidade de tal espécie normativa em todos estes casos.
Diante desse cenário, o relator:
(A) tem razão, pois a Constituição da República de 1988 não exige lei complementar para instituir o PPA, a
LDO e a LOA;
(B) tem razão em parte, pois a Constituição da República de 1988 exige lei complementar para instituir o
PPA, mas não para a LDO e a LOA;
(C) tem razão em parte, pois a Constituição da República de 1988 exige lei complementar para instituir o
PPA e a LDO, mas não para a LOA;
(D) tem razão em parte, pois a Constituição da República de 1988 exige lei complementar para instituir a
LDO, mas não para o PPA e a LOA;
(E) não tem razão, pois a Constituição da República de 1988 exige lei complementar para instituir o PPA, a
LDO e a LOA.
#FGV (TJPE-22) 187 - Lucas, deputado federal, apresenta uma emenda ao projeto de lei do orçamento anual
para ampliar certa dotação orçamentária que reputa ter sido contemplada com alocação insu ciente de
recursos.
Para tanto, tal emenda de Lucas deverá indicar os recursos necessários, que poderão provir de anulação
de despesas que incidam sobre:
(A) serviço da dívida;
(B) dotações para pessoal civil;
(C) dotações para encargos com pessoal militar;
(D) restos a pagar não processados de material de consumo;
(E) transferências tributárias constitucionais para os Estados, Municípios e Distrito Federal.
186 Gabarito: A
187 Gabarito: D
#FGV (TJMS-23) 189 - O relator-geral do orçamento, com a nalidade de criar novas despesas ou de ampliar
as programações previstas no projeto de lei orçamentária anual da União, emendou o referido projeto com
a inclusão, na peça orçamentária, de recursos avulsos indicados, por bancadas ou parlamentares
individualizados, a bene ciários e prioridades de despesas operacionalizadas. Diante do exposto e de
acordo com a jurisprudência predominante do Supremo Tribunal Federal, é correto a rmar que a referida
emenda ao projeto, caso a lei orçamentaria seja aprovada:
(A) não é autorizada pela CRFB/1988, porque não observa os critérios objetivos orientados pelos
princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e e ciência;
(B) é autorizada pela CRFB/1988, em razão da compatibilidade com a ordem democrática e republicana,
garantindo a responsabilidade scal;
(C) é autorizada pela CRFB/1988, em razão da necessidade de adesão de parlamentares aos interesses
do governo, em observância ao princípio da separação dos Poderes;
(D) é autorizada pela CRFB/1988, porque observa o princípio federativo e garante a autonomia dos demais
entes federativos;
(E) não é autorizada pela CRFB/1988, porque não observa o princípio federativo e viola a autonomia dos
demais entes federativos.
188 Gabarito: D
189 Gabarito: A
TEMA 532-STF - É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, a pessoas
jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública indireta de capital social
majoritariamente público que prestem exclusivamente serviço público de atuação própria do
Estado e em regime não concorrencial. STF. Plenário. RE 633782/MG, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em
23/10/2020 (Inf. 996) #FGV (TJPR-21)
Art. 178. A lei disporá sobre a ordenação dos transportes aéreo, aquático e
terrestre, devendo, quanto à ordenação do transporte internacional, observar os acordos
rmados pela União, atendido o princípio da reciprocidade. (Redação dada pela EC n.
7/1995) #FGV (TJPR-21)
Parágrafo único. Na ordenação do transporte aquático, a lei estabelecerá as condições em
que o transporte de mercadorias na cabotagem e a navegação interior poderão ser feitos
por embarcações estrangeiras. (Incluído pela EC n. 7/1995)
TEMA 210-STF - Nos termos do art. 178 da Constituição da República, as normas e os tratados
internacionais limitadores da responsabilidade das transportadoras aéreas de passageiros,
especialmente as Convenções de Varsóvia e Montreal, têm prevalência em relação ao Código de
Defesa do Consumidor. STF. RE 636331, Relator(a): GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em
25/05/2017, DJe-257 DIVULG 10-11-2017 PUBLIC 13-11-2017
(6) Questão(ões)
#FGV (TJPR-21) 190 - A Lei Federal no XX dispôs que as salas de cinema do território brasileiro estão
obrigadas a exibir lmes nacionais por determinado lapso temporal, contado a partir do seu lançamento.
Foi estatuído, ainda, que a inobservância dessa determinação acarretaria a imposição da penalidade
administrativa de multa.
Insatisfeito, o proprietário de algumas salas de cinema questionou sua assessoria a respeito da
compatibilidade dessa determinação com a ordem constitucional, sendo respondido, corretamente, que a
referida determinação:
(A) busca proteger a cultura nacional, mas isso não pode ser feito em detrimento do livre uso da
propriedade privada, ressalvada eventual compensação nanceira, que não foi oferecida, o que
aponta para a sua inconstitucionalidade;
(B) privilegia interesses de certos produtores de material cinematográ co, o que redunda em afronta
direta ao direito fundamental à isonomia, daí decorrendo a sua inconstitucionalidade;
(C) incursiona em seara afeta aos direitos fundamentais dos proprietários das salas, que são insuscetíveis
de sofrer restrição legal, o que aponta para a sua inconstitucionalidade;
(D) busca assegurar, de maneira proporcional, a promoção e a defesa da cultura nacional, sem atingir o
núcleo do direito à propriedade privada, sendo, portanto, constitucional;
(E) disciplina o uso da propriedade privada, o que sempre exige prévia autorização dos órgãos públicos,
além de proteger a cultura nacional, sendo, portanto, constitucional.
190 Gabarito: D
#FGV (TJAP-22) 192 - A sociedade de economia mista Beta do Município X recebeu formalmente, por meio de
lei especí ca, delegação do poder de polícia do Município para prestar serviço de policiamento do trânsito
na cidade, inclusive para aplicar multa aos infratores.
Sabe-se que a entidade Beta é uma empresa estatal municipal de capital majoritariamente público, que
presta exclusivamente serviço público de atuação própria do poder público e em regime não
concorrencial. Por entender que o Município X não poderia delegar o poder de polícia a pessoa jurídica de
direito privado, o Ministério Público ajuizou ação civil pública pleiteando a declaração de nulidade da
delegação e das multas aplicadas, assim como a assunção imediata do serviço pelo Município.
No caso em tela, de acordo com a atual jurisprudência do Supremo Tribunal Federal em tema de
repercussão geral, a pretensão ministerial:
(A) não deve ser acolhida, pois é constitucional a delegação do poder de polícia na forma realizada,
inclusive no que concerne à sanção de polícia;
(B) não deve ser acolhida, pois é constitucional a delegação do poder de polícia a qualquer pessoa
jurídica de direito privado, desde que cumprido o único requisito que é a prévia autorização legal;
(C) deve ser acolhida, pois é inconstitucional a delegação do poder de polícia, em qualquer das fases de
seu ciclo, a pessoa jurídica de direito privado integrante da administração indireta;
(D) deve ser acolhida parcialmente, pois é inconstitucional a delegação do poder de polícia, nas fases de
seu ciclo de ordem de polícia e de sanção de polícia, a pessoa jurídica de direito privado integrante da
administração indireta;
(E) deve ser acolhida parcialmente, pois, apesar de ser constitucional a delegação do poder de polícia
para o serviço público de scalização de trânsito, é inconstitucional tal delegação no que concerne à
aplicação de multa, que deve ser feita por pessoa jurídica de direito público.
191 Gabarito: B
192 Gabarito: A
#FGV (TJMS-23) 194 - As contribuições especiais são uma espécie tributária que têm como característica
permanecer toda a arrecadação com a União Federal.
Como exceção a essa regra, temos a contribuição:
(A) para o custeio do serviço de iluminação pública que destina 50% de sua arrecadação para os
Municípios;
(B) de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de
petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível que destina 29% de sua
arrecadação para os Estados e o Distrito Federal;
(C) da empresa sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a
qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício, que destina
51% de sua arrecadação para Estados, Distrito Federal e Municípios;
(D) de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de
petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível que destina 22% de sua
arrecadação para os Estados e o Distrito Federal;
(E) da empresa sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a
qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício, que destina
22% de sua arrecadação para Estados, Distrito Federal e Municípios.
193 Gabarito: B
194 Gabarito: B
Para cumprimento dos requisitos arrolados no art. 16, caput, I e II, e § 4º, II, da LRF é necessário
instruir a petição inicial da ação expropriatória de imóveis com a estimativa do impacto
orçamentário- nanceiro e apresentar declaração a respeito da compatibilidade das despesas
necessárias ao pagamento das indenizações ao disposto no plano plurianual, na lei de diretrizes
orçamentárias e na lei orçamentária anual. STJ. REsp 1.930.735-TO, Rel. Ministra Regina Helena
Costa, Primeira Turma, por unanimidade, julgado em 28/2/2023, DJe 2/3/2023 (Inf. 767) #FGV (TJGO-23)
195 Gabarito: A
§ 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei especí ca para área incluída no
plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não
edi cado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob
pena, sucessivamente, de: #FGV (PCRN-21/TJAP-22)
I - parcelamento ou edi cação compulsórios;
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão
previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em
parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros
legais.
Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinquenta
metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua
moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de
outro imóvel urbano ou rural.
§ 1º O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a
ambos, independentemente do estado civil.
§ 2º Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
§ 3º Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
#FGV (TJAP-22) 197 - O Município Beta, em matéria de política pública de desenvolvimento urbano, deseja
adotar medidas que tenham por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade
e garantir o bem-estar de seus habitantes.
Assim, de acordo com o que dispõe a Constituição da República de 1988, o Município Beta, com base no
Estatuto da Cidade e em lei especí ca para área incluída em seu plano diretor, pode exigir do proprietário
do solo urbano não edi cado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento,
sob pena, sucessivamente, de:
(A) imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo; parcelamento ou
edi cação compulsórios; desapropriação sanção, sem direito à prévia indenização;
(B) imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo; parcelamento ou
edi cação compulsórios; desapropriação sanção, com direito à ulterior indenização, após processo
judicial, mediante pagamento com títulos da dívida pública municipal;
(C) imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo; parcelamento ou
edi cação compulsórios; desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública
municipal, com prazo de resgate de até cinco anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas,
assegurados o valor real da indenização e os juros legais;
(D) parcelamento ou edi cação compulsórios; imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana
progressivo no tempo; desapropriação com pagamento mediante sistema de precatório, após o
trânsito em julgado de ação judicial, assegurados o valor real da indenização e os juros legais;
(E) parcelamento ou edi cação compulsórios; imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana
progressivo no tempo; desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão
previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até 10 anos, em parcelas
anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
196 Gabarito: B
197 Gabarito: E
Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para ns de reforma
agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa
indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real,
resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja
utilização será de nida em lei.
§ 1º As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro.
§ 2º O decreto que declarar o imóvel como de interesse social, para ns de reforma agrária,
autoriza a União a propor a ação de desapropriação.
§ 3º Cabe à lei complementar estabelecer procedimento contraditório especial, de rito
sumário, para o processo judicial de desapropriação.
§ 4º O orçamento xará anualmente o volume total de títulos da dívida agrária, assim como
o montante de recursos para atender ao programa de reforma agrária no exercício.
§ 5º São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de transferência
de imóveis desapropriados para ns de reforma agrária.
198 Gabarito: C
Art. 187. A política agrícola será planejada e executada na forma da lei, com a
participação efetiva do setor de produção, envolvendo produtores e trabalhadores rurais,
bem como dos setores de comercialização, de armazenamento e de transportes, levando
em conta, especialmente:
I - os instrumentos creditícios e scais;
II - os preços compatíveis com os custos de produção e a garantia de comercialização;
III - o incentivo à pesquisa e à tecnologia;
IV - a assistência técnica e extensão rural;
V - o seguro agrícola;
VI - o cooperativismo;
VII - a eletri cação rural e irrigação;
VIII - a habitação para o trabalhador rural.
§ 1º Incluem-se no planejamento agrícola as atividades agro-industriais, agropecuárias,
pesqueiras e orestais.
§ 2º Serão compatibilizadas as ações de política agrícola e de reforma agrária.
Art. 189. Os bene ciários da distribuição de imóveis rurais pela reforma agrária
receberão títulos de domínio ou de concessão de uso, inegociáveis pelo prazo de dez anos.
Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como
seu, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a
cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua
moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
Art. 193. A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o
bem-estar e a justiça sociais.
Parágrafo único. O Estado exercerá a função de planejamento das políticas sociais,
assegurada, na forma da lei, a participação da sociedade nos processos de formulação, de
monitoramento, de controle e de avaliação dessas políticas. (Incluído pela EC n. 108/2020)
Art. 195. A seguridade social será nanciada por toda a sociedade, de forma direta e
indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: (Vide
EC n. 20/1998)
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes
sobre: (Redação dada pela EC n. 20/1998)
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer
título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; (Incluído
pela EC n. 20/1998)
b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela EC n. 20/1998)
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao
acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação.
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder
Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, scalização e controle,
devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa
física ou jurídica de direito privado.
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e
hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes
diretrizes:
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos
serviços assistenciais;
III - participação da comunidade.
§ 1º O sistema único de saúde será nanciado, nos termos do art. 195, com recursos do
orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, além de outras fontes. (Parágrafo único renumerado pela EC n. 29/2000)
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações
e serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais
calculados sobre: (Incluído pela EC n. 29/2000)
I - no caso da União, a receita corrente líquida do respectivo exercício nanceiro, não
podendo ser inferior a 15% (quinze por cento); (Redação dada pela EC n. 86/2015)
II – no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a
que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e
inciso II, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios; (Incluído
pela EC n. 29/2000)
É constitucional a legislação estadual que determina que o regime jurídico celetista incide sobre
as relações de trabalho estabelecidas no âmbito de fundações públicas, com personalidade
jurídica de direito privado, destinadas à prestação de serviços de saúde. STF. ADI 4247/RJ, rel. Min.
Marco Aurélio, julgamento virtual nalizado em 3.11.2020 (Inf. 997) #FGV (TJSC-22)
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos
termos da lei:
I - controlar e scalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e
participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados
e outros insumos;
(2) Questão(ões)
#FGV (TJPR-21) 199 - Diante dos princípios e regras constitucionais da seguridade social brasileira, é correto
a rmar que:
(A) o mutualismo inerente aos regimes previdenciários públicos viabiliza, independentemente de fonte de
custeio, aposentadorias precoces para trabalhadores em situação de desemprego involuntário;
(B) a universalidade de cobertura e atendimento da proteção social brasileira traz, como consectário, a
cobertura integral a quaisquer pessoas, de forma idêntica a modelos universalistas de previdência
social;
(C) dentro da previdência complementar brasileira, nos termos da Constituição da República de 1988, a
adesão a entidades fechadas de previdência complementar é obrigatória para servidores e
trabalhadores privados;
(D) a assistência social, para ns de concessão de benefícios, exige, dos interessados, determinado
número mínimo de contribuições mensais;
(E) o princípio constitucional da uniformidade e equivalência dos benefícios às populações urbana e rural
não impede a concessão de benefícios com requisitos de elegibilidade distintos entre as referidas
parcelas da sociedade brasileira.
199 Gabarito: E
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma do Regime Geral de
Previdência Social, de caráter contributivo e de liação obrigatória, observados critérios que
preservem o equilíbrio nanceiro e atuarial, e atenderá, na forma da lei, a: (Redação dada
pela EC n. 103/2019)
I - cobertura dos eventos de incapacidade temporária ou permanente para o trabalho e
idade avançada; (Redação dada pela EC n. 103/2019)
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; (Redação dada pela EC n. 20/1998)
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; (Redação dada pela
EC n. 20/1998)
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda;
(Redação dada pela EC n. 20/1998)
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e
dependentes, observado o disposto no § 2º. (Redação dada pela EC n. 20/1998)
§ 1º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de
benefícios, ressalvada, nos termos de lei complementar, a possibilidade de previsão de
idade e tempo de contribuição distintos da regra geral para concessão de aposentadoria
exclusivamente em favor dos segurados: (Redação dada pela EC n. 103/2019)
I - com de ciência, previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por
equipe multipro ssional e interdisciplinar; (Incluído pela EC n. 103/2019)
200 Gabarito: A
(1) Questão(ões)
#FGV (TJGO-23) 201 - Joaquim, servidor público municipal de Anápolis, contribui para o respectivo Regime
Próprio de Servidores Públicos e pretende, para melhorar o valor futuro de sua aposentadoria, passar a
contribuir para o Regime Geral da Previdência Social (INSS), mesmo não tendo outra atividade remunerada,
para ganhar mais um salário mínimo aos 65 anos.
Nesse caso, o objetivo de Joaquim:
(A) será alcançado, desde que recolha como contribuição previdenciária 11% do salário mínimo como
segurado facultativo;
(B) será alcançado, desde que recolha como contribuição previdenciária 11% do salário mínimo como
contribuinte individual;
(C) não será alcançado, pois o servidor público liado a Regime Próprio de Servidores Públicos não pode
se liar ao Regime Geral da Previdência Social como segurado facultativo;
(D) não será alcançado, pois não é possível receber duas aposentadorias de regimes distintos (Regime
Geral da Previdência Social e Regime Próprio de Servidores Públicos);
(E) será alcançado, desde que recolha como contribuição previdenciária 5% do salário mínimo como
microempreendedor individual (MEI).
201 Gabarito: C
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições
públicas e privadas de ensino;
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos o ciais;
V - valorização dos pro ssionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de
carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das
redes públicas; (Redação dada pela EC n. 53/2006)
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
VII - garantia de padrão de qualidade.
VIII - piso salarial pro ssional nacional para os pro ssionais da educação escolar pública,
nos termos de lei federal. (Incluído pela EC n. 53/2006)
IX - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida. (Incluído pela EC n.
108/2020)
Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados
pro ssionais da educação básica e sobre a xação de prazo para a elaboração ou
adequação de seus planos de carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios. (Incluído pela EC n. 53/2006)
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia
de:
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade,
assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na
idade própria; (Redação dada pela EC n. 59/2009)
II - progressiva universalização do ensino médio gratuito; (Redação dada pela EC n. 14/1996)
III - atendimento educacional especializado aos portadores de de ciência,
preferencialmente na rede regular de ensino;
IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade;
(Redação dada pela EC n. 53/2006) #FGV (TJGO-23)
TEMA 548-STF -
1. A educação básica em todas as suas fases — educação infantil, ensino fundamental e ensino
médio — constitui direito fundamental de todas as crianças e jovens, assegurado por normas
constitucionais de e cácia plena e aplicabilidade direta e imediata.
2. A educação infantil compreende creche (de zero a 3 anos) e a pré-escola (de 4 a 5 anos). Sua
oferta pelo Poder Público pode ser exigida individualmente, como no caso examinado neste
processo.
3. O Poder Público tem o dever jurídico de dar efetividade integral às normas constitucionais
sobre acesso à educação básica.
STF. RE 1008166/SC, relator Min. Luiz Fux, julgamento nalizado em 22.9.2022 (Inf. 1069) #FGV (TJGO-23)
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a
capacidade de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de
programas suplementares de material didáticoescolar, transporte, alimentação e assistência
à saúde. (Redação dada pela EC n. 59/2009)
§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.
§ 2º O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular,
importa responsabilidade da autoridade competente.
§ 3º Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes
a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola.
Art. 210. Serão xados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a
assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e
regionais.
§ 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais
das escolas públicas de ensino fundamental.
§ 2º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às
comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios
de aprendizagem.
Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com
o objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e de nir
diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e
desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de
ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a:
(Redação dada pela EC n. 59/2009)
I - erradicação do analfabetismo;
II - universalização do atendimento escolar;
III - melhoria da qualidade do ensino;
IV - formação para o trabalho;
V - promoção humanística, cientí ca e tecnológica do País.
VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como
proporção do produto interno bruto. (Incluído pela EC n. 59/2009)
Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso
às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das
manifestações culturais.
§ 1º O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-
brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional.
2º A lei disporá sobre a xação de datas comemorativas de alta signi cação para os
diferentes segmentos étnicos nacionais.
3º A lei estabelecerá o Plano Nacional de Cultura, de duração plurianual, visando ao
desenvolvimento cultural do País e à integração das ações do poder público que conduzem
à: (Incluído pela EC n. 48/2005)
I defesa e valorização do patrimônio cultural brasileiro; (Incluído pela EC n. 48/2005)
II produção, promoção e difusão de bens culturais; (Incluído pela EC n. 48/2005)
III formação de pessoal quali cado para a gestão da cultura em suas múltiplas dimensões;
(Incluído pela EC n. 48/2005)
IV democratização do acesso aos bens de cultura; (Incluído pela EC n. 48/2005)
V valorização da diversidade étnica e regional. (Incluído pela EC n. 48/2005)
202 Gabarito: C
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano
material, moral ou à imagem;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito
a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou pro ssão, atendidas as quali cações
pro ssionais que a lei estabelecer;
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando
necessário ao exercício pro ssional;
Art. 224. Para os efeitos do disposto neste capítulo, o Congresso Nacional instituirá,
como seu órgão auxiliar, o Conselho de Comunicação Social, na forma da lei.
(1) Questão(ões)
#FGV (PCAM-22) 203 - A Lei XX, do Município Alfa, dispôs sobre os requisitos a serem atendidos pelos meios
impressos de comunicação social para que possam ser publicados no território do Município Alfa.
Entre esses requisitos estão:
I. a necessidade de que obtenham licença da autoridade municipal competente;
II. cada exemplar se ajuste aos padrões de moralidade sedimentados na sociedade, a ser objeto de
veri cação prévia à sua circulação.
À luz da sistemática constitucional, é correto a rmar que
(A) o requisito I somente será constitucional se a licença for concedida de forma vinculada, enquanto o
requisito II é inconstitucional por importar em censura prévia.
(B) o requisito I é inconstitucional porque a publicação de veículo impresso independe de licença de
autoridade, o mesmo ocorrendo com o requisito II, por importar em censura prévia.
(C) o requisito I somente será constitucional se a licença for concedida de forma vinculada, mas o
requisito II somente não caracterizará censura prévia se for assegurado o contraditório e a ampla
defesa.
(D) o requisito I é constitucional, porque toda atividade econômica depende de autorização do Poder
Público, mas o requisito II somente será constitucional se a possível negativa estiver embasada em
dados colhidos em audiência pública.
(E) o requisito I é constitucional, porque toda atividade econômica depende de autorização do Poder
Público, o mesmo ocorrendo com o requisito II, que é uma forma de proteger o interesse coletivo
contra os excessos individuais.
203 Gabarito: B
É inconstitucional lei estadual que legitime ocupações em solo urbano de área de preservação
permanente (APP) fora das situações previstas em normas gerais editadas pela União. STF. ADI
5675/MG, rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento virtual nalizado em 18.12.2021 (Inf. 1042) #FGV
(TJMS-23)
Efeito Backlash, segundo Marcinho: "A EC 96/2017 é um exemplo do que a doutrina constitucionalista
denomina de “efeito backlash”.
Em palavras muito simples, efeito backlash consiste em uma reação conservadora de parcela da
sociedade ou das forças políticas (em geral, do parlamento) diante de uma decisão liberal do Poder
Judiciário em um tema polêmico.
George Marmelstein resume a lógica do efeito backlash ao ativismo judicial:
“(1) Em uma matéria que divide a opinião pública, o Judiciário profere uma decisão liberal, assumindo
uma posição de vanguarda na defesa dos direitos fundamentais. (2) Como a consciência social ainda
não está bem consolidada, a decisão judicial é bombardeada com discursos conservadores
in amados, recheados de falácias com forte apelo emocional. (3) A crítica massiva e politicamente
orquestrada à decisão judicial acarreta uma mudança na opinião pública, capaz de in uenciar as
escolhas eleitorais de grande parcela da população. (4) Com isso, os candidatos que aderem ao
discurso conservador costumam conquistar maior espaço político, sendo, muitas vezes, campeões de
votos. (5) Ao vencer as eleições e assumir o controle do poder político, o grupo conservador
consegue aprovar leis e outras medidas que correspondam à sua visão de mundo. (6) Como o poder
político também in uencia a composição do Judiciário, já que os membros dos órgãos de cúpula são
indicados politicamente, abre-se um espaço para mudança de entendimento dentro do próprio poder
judicial. (7) Ao m e ao cabo, pode haver um retrocesso jurídico capaz de criar uma situação normativa
ainda pior do que a que havia antes da decisão judicial, prejudicando os grupos que, supostamente,
seriam bene ciados com aquela decisão.” (Disponível em: https://direitosfundamentais.net/
2015/09/05/efeito-backlash-da-jurisdicao-constitucional-reacoes-politicas-a-atuacao-judicial/).”
(CAVALCANTE, Márcio André Lopes. É inconstitucional a prática da vaquejada. Buscador Dizer o
Direito, Manaus. Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/
dba1cdfcf6359389d170caadb3223ad2>. Acesso em: 11/12/2023)
Súmula 613-STJ - Não se admite a aplicação da teoria do fato consumado em tema de Direito
Ambiental. #FGV (TJAP-22)
[...] Impõe-se, no caso, a aplicação da Teoria do Fato Consumado, segundo a qual as situações
jurídicas consolidadas pelo decurso do tempo, amparadas por decisão judicial, não devem ser
desconstituídas, em razão do princípio da segurança jurídica e da estabilidade das relações
sociais. STJ. REsp 709.934/RJ, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em
21/06/2007, DJ 29/06/2007 #FGV (TJAP-22)
A empresa que efetua irregularmente a lavra de minério, enriquecendo-se ilicitamente, não pode
pretender o ressarcimento dos custos operacionais dessa atividade contra legem, sob o
argumento de que a não remuneração ensejaria o locupletamento sem causa da União. STJ. REsp
1860239-SC, Rel. Min. Sérgio Kukina, Primeira Turma, por unanimidade, julgado em 09/08/2022, DJe
19/08/2022 (Inf. 746) #FGV (TJES-23)
#FGV (TJAP-22) 205 - João construiu uma suntuosa mansão de veraneio ao lado do leito de um rio e em Área
de Preservação Permanente (APP), com considerável supressão de vegetação. Constando a ocorrência de
graves danos ambientais e de ilegal atividade causadora de impacto ambiental, o Ministério úblico ajuizou
ação civil pública, pleiteando a demolição da edi cação ilegal e o re orestamento da área degradada. Na
contestação, João alegou que, inobstante não tenha obtido prévia licença para a construção, o Município
tinha ciência da construção de sua casa, eis que scais de meio ambiente estiveram no local e não
lavraram auto de infração. Assim, argumenta o réu que o poder público quedou-se inerte, devendo ser
aplicada a teoria do fato consumado, pois a construção já ocorreu há dez anos.
Consoante jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a tese defensiva:
(A) merece prosperar, eis que, diante do lapso temporal transcorrido, apesar de não ter ocorrido
prescrição, já houve consolidação da situação fática no tempo pelo fato de o poder público ter
tolerado a construção em APP;
(B) merece prosperar, eis que, diante do lapso temporal transcorrido e da inércia do poder público que
tolerou a construção em APP, aplica-se a estabilização dos efeitos do ato administrativo omissivo;
(C) merece prosperar, eis que os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade informam que o
direito de propriedade deve prevalecer em razão da inércia do Município, mas João deve ser
condenado a compensar os danos ambientais provocados;
(D) não merece prosperar, pois não se aplica ao caso concreto a teoria do fato consumado, eis que não
preenchido o requisito temporal, ou seja, ainda não se passaram vinte anos da conduta que deu causa
aos danos ambientais;
(E) não merece prosperar, pois não se admite a aplicação da teoria do fato consumado em tema de
Direito Ambiental, que equivaleria a perpetuar e perenizar um suposto direito de poluir que vai de
encontro ao postulado do meio ambiente ecologicamente equilibrado.
204 Gabarito: A
205 Gabarito: E
206 Gabarito: D
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. #FGV
(TJPR-23)
§ 1º O casamento é civil e gratuita a celebração.
§ 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.
§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a
mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
§ 4º Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos
pais e seus descendentes.
§ 5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo
homem e pela mulher.
§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. (Redação dada Pela EC n. 66/2010)
207 Gabarito: C
CC, art. 1.727. As relações não eventuais entre o homem e a mulher, impedidos de casar, constituem
concubinato.
CC, art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher,
con gurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de
constituição de família.
§ 1º A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art. 1.521; não se aplicando a
incidência do inciso VI no caso de a pessoa casada se achar separada de fato ou judicialmente.
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os lhos menores, e os lhos
maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.
Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas,
crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam,
competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.
§ 1º São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter
permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação
dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução
física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.
§ 2º As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente,
cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas
existentes.
§ 3º O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a
pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivados com
autorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, cando-lhes
assegurada participação nos resultados da lavra, na forma da lei.
§ 4º As terras de que trata este artigo são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre
elas, imprescritíveis.
208 Gabarito: B
Art. 232. Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para
ingressar em juízo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o Ministério Público
em todos os atos do processo.
Art. 235. Nos dez primeiros anos da criação de Estado, serão observadas as
seguintes normas básicas:
I - a Assembléia Legislativa será composta de dezessete Deputados se a população do
Estado for inferior a seiscentos mil habitantes, e de vinte e quatro, se igual ou superior a
esse número, até um milhão e quinhentos mil;
II - o Governo terá no máximo dez Secretarias;
III - o Tribunal de Contas terá três membros, nomeados, pelo Governador eleito, dentre
brasileiros de comprovada idoneidade e notório saber;
IV - o Tribunal de Justiça terá sete Desembargadores;
V - os primeiros Desembargadores serão nomeados pelo Governador eleito, escolhidos da
seguinte forma:
a) cinco dentre os magistrados com mais de trinta e cinco anos de idade, em exercício na
área do novo Estado ou do Estado originário;
b) dois dentre promotores, nas mesmas condições, e advogados de comprovada
idoneidade e saber jurídico, com dez anos, no mínimo, de exercício pro ssional, obedecido
o procedimento xado na Constituição;
VI - no caso de Estado proveniente de Território Federal, os cinco primeiros
Desembargadores poderão ser escolhidos dentre juízes de direito de qualquer parte do
País;
VII - em cada Comarca, o primeiro Juiz de Direito, o primeiro Promotor de Justiça e o
primeiro Defensor Público serão nomeados pelo Governador eleito após concurso público
de provas e títulos;
VIII - até a promulgação da Constituição Estadual, responderão pela Procuradoria-Geral,
pela Advocacia-Geral e pela Defensoria-Geral do Estado advogados de notório saber, com
trinta e cinco anos de idade, no mínimo, nomeados pelo Governador eleito e demissíveis
"ad nutum";
IX - se o novo Estado for resultado de transformação de Território Federal, a transferência
de encargos nanceiros da União para pagamento dos servidores optantes que pertenciam
à Administração Federal ocorrerá da seguinte forma:
Art. 236. Os serviços notariais e de registro são exercidos em caráter privado, por
delegação do Poder Público.
§ 1º Lei regulará as atividades, disciplinará a responsabilidade civil e criminal dos
notários, dos o ciais de registro e de seus prepostos, e de nirá a scalização de seus
atos pelo Poder Judiciário. #FGV (TJPR-21)
§ 2º Lei federal estabelecerá normas gerais para xação de emolumentos relativos aos atos
praticados pelos serviços notariais e de registro.
§ 3º O ingresso na atividade notarial e de registro depende de concurso público de provas e
títulos, não se permitindo que qualquer serventia que vaga, sem abertura de concurso de
provimento ou de remoção, por mais de seis meses.
Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
TEMA 777-STF - O Estado responde, objetivamente, pelos atos dos tabeliães e registradores
o ciais que, no exercício de suas funções, causem dano a terceiros, assentado o dever de
regresso contra o responsável, nos casos de dolo ou culpa, sob pena de improbidade
administrativa. STF. Plenário. RE 842846/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 27/2/2019 (Inf. 932) #FGV
(TJPR-21)
Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem
localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo
na forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de
habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras
sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5º. (Redação dada
pela EC n. 81/2014) #FGV (TJPR-21)
Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do
trá co ilícito de entorpecentes e drogas a ns e da exploração de trabalho escravo será
con scado e reverterá a fundo especial com destinação especí ca, na forma da lei.
(Redação dada pela EC n. 81/2014)
TEMA 399-STF - A expropriação prevista no art. 243 da CF pode ser afastada, desde que o
proprietário comprove que não incorreu em culpa, ainda que in vigilando ou in eligendo”. STF. RE
635.336, rel. min. Gilmar Mendes, j. 14-12-2016, P, DJE de 15-9-2017 #FGV (TJPR-21)
Art. 244. A lei disporá sobre a adaptação dos logradouros, dos edifícios de uso
público e dos veículos de transporte coletivo atualmente existentes a m de garantir acesso
adequado às pessoas portadoras de de ciência, conforme o disposto no art. 227, § 2º.
Art. 245. A lei disporá sobre as hipóteses e condições em que o Poder Público dará
assistência aos herdeiros e dependentes carentes de pessoas vitimadas por crime doloso,
sem prejuízo da responsabilidade civil do autor do ilícito.
Art. 248. Os benefícios pagos, a qualquer título, pelo órgão responsável pelo regime
geral de previdência social, ainda que à conta do Tesouro Nacional, e os não sujeitos ao
limite máximo de valor xado para os benefícios concedidos por esse regime observarão os
limites xados no art. 37, XI. (Incluído pela EC n. 20/1998)
Art. 250. Com o objetivo de assegurar recursos para o pagamento dos benefícios
concedidos pelo regime geral de previdência social, em adição aos recursos de sua
arrecadação, a União poderá constituir fundo integrado por bens, direitos e ativos de
qualquer natureza, mediante lei que disporá sobre a natureza e administração desse fundo.
(Incluído pela EC n. 20/1998)
(2) Questão(ões)
#FGV (TJPR-21) 209 - Determinado cartório de notas reconheceu a rma por autenticidade de um ador em
um contrato de locação de imóvel residencial. Depois, diante do inadimplemento, veri cou-se que era
falsa, causando prejuízo nanceiro ao credor.
Ajuizada ação de indenização em face do delegatário, é correto a rmar que:
(A) a responsabilidade civil independe de culpa por se tratar de aplicação constitucional e legal da teoria
do risco administrativo;
(B) o delegatário responderá pelo prejuízo causado mediante a comprovação de que agiu com dolo ou
culpa, e objetivamente por culpa de seus prepostos;
(C) a responsabilidade civil é do Estado delegante, cabendo ação de regresso em face do delegatário
que agiu culposamente;
(D) a prescrição da pretensão ressarcitória é decenal, por inexistir previsão legal expressa para o caso;
(E) o delegatário poderá ser responsabilizado por culpa presumida.
209 Gabarito: B
210 Gabarito: D
EC n. 2/1992 - Dispõe sobre o plebiscito previsto no art. 2º do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias.
Lei n. 8.624/1993 - Dispõe sobre o plebiscito que de nirá a forma e o sistema de governo e
regulamenta o art. 2º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, alterado pela Emenda
Constitucional n. 2.
Lei n. 9.709/1998 - Regulamenta a execução do disposto nos incisos I, II e III do art. 14 da Constituição
Federal.
§ 1º - Será assegurada gratuidade na livre divulgação dessas formas e sistemas, através dos
meios de comunicação de massa cessionários de serviço público.
§ 2º - O Tribunal Superior Eleitoral, promulgada a Constituição, expedirá as normas
regulamentadoras deste artigo.
ECR n. 1/1994 - Acrescenta os arts. 71, 72 e 73 ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
ECR n. 2/1994 - Altera o caput do art. 50 e seu § 2º, da Constituição Federal.
ECR n. 3/1994 - Altera a alínea "c" do inciso I, a alínea "b" do inciso II, o § 1º e o inciso II do § 4º do art.
12 da Constituição Federal.
ECR n. 4/1994 - Altera o § 9º do art. 14 da Constituição Federal.
ECR n. 5/1994 - Altera o art. 82 da Constituição Federal.
ECR n. 6/1994 - Acrescenta o § 4º ao art. 55 da Constituição Federal.
CRFB, art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se
aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. (Redação dada pela EC n. 4/1993)
CRFB, art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á,
simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de
outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial
vigente. (Redação dada pela EC n. 16/1997)
§ 1º - A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado.
§ 2º - Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a
maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.
§ 3º - Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em
até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e
considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.
§ 4º - Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de
candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.
§ 5º - Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de um
candidato com a mesma votação, quali car-se-á o mais idoso.
Lei n. 9.504/1997, art. 9º Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na
respectiva circunscrição pelo prazo de 6 (seis) meses e estar com a liação deferida pelo partido no
mesmo prazo. (Redação dada pela Lei n. 13.488/2017)
Parágrafo único. Havendo fusão ou incorporação de partidos após o prazo estipulado no caput, será
considerada, para efeito de liação partidária, a data de liação do candidato ao partido de origem.
§ 2º Na ausência de norma legal especí ca, caberá ao Tribunal Superior Eleitoral editar as
normas necessárias à realização das eleições de 1988, respeitada a legislação vigente.
§ 3º Os atuais parlamentares federais e estaduais eleitos Vice-Prefeitos, se convocados a
exercer a função de Prefeito, não perderão o mandato parlamentar.
§ 4º O número de vereadores por município será xado, para a representação a ser eleita
em 1988, pelo respectivo Tribunal Regional Eleitoral, respeitados os limites estipulados no
art. 29, IV, da Constituição.
CRFB, art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo
de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará,
atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os
seguintes preceitos:
IV - para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo de: (Redação dada
pela EC n. 58/2009)
CRFB, art. 14, § 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes
consangüíneos ou a ns, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de
Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído
dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à
reeleição.
Art. 8º É concedida anistia aos que, no período de 18 de setembro de 1946 até a data
da promulgação da Constituição, foram atingidos, em decorrência de motivação
exclusivamente política, por atos de exceção, institucionais ou complementares, aos que
foram abrangidos pelo Decreto Legislativo n. 18, de 15 de dezembro de 1961, e aos atingidos
pelo Decreto-Lei n. 864, de 12 de setembro de 1969, asseguradas as promoções, na
inatividade, ao cargo, emprego, posto ou graduação a que teriam direito se estivessem em
serviço ativo, obedecidos os prazos de permanência em atividade previstos nas leis e
regulamentos vigentes, respeitadas as características e peculiaridades das carreiras dos
servidores públicos civis e militares e observados os respectivos regimes jurídicos.
§ 1º O disposto neste artigo somente gerará efeitos nanceiros a partir da promulgação da
Constituição, vedada a remuneração de qualquer espécie em caráter retroativo.
Art. 9º Os que, por motivos exclusivamente políticos, foram cassados ou tiveram seus
direitos políticos suspensos no período de 15 de julho a 31 de dezembro de 1969, por ato do
então Presidente da República, poderão requerer ao Supremo Tribunal Federal o
reconhecimento dos direitos e vantagens interrompidos pelos atos punitivos, desde que
comprovem terem sido estes eivados de vício grave.
Parágrafo único. O Supremo Tribunal Federal proferirá a decisão no prazo de cento e vinte
dias, a contar do pedido do interessado.
Art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da
Constituição:
CRFB, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de
sua condição social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei
complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
Lei n. 8.036/1990 - Dispõe sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, e dá outras providências.
Lei n. 5.107/1966, que instituiu o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), foi revogada pela Lei
n. 7.839/1989, que, por sua vez, foi revogada pela Lei n. 8.036/1990.
CRFB, art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de
sua condição social:
XIX - licença-paternidade, nos termos xados em lei;
§ 2º Até ulterior disposição legal, a cobrança das contribuições para o custeio das
atividades dos sindicatos rurais será feita juntamente com a do imposto territorial rural, pelo
mesmo órgão arrecadador.
§ 3º Na primeira comprovação do cumprimento das obrigações trabalhistas pelo
empregador rural, na forma do art. 233, após a promulgação da Constituição, será
certi cada perante a Justiça do Trabalho a regularidade do contrato e das atualizações das
obrigações trabalhistas de todo o período.
ADCT, art. 233. Para efeito do art. 7º, XXIX, o empregador rural comprovará, de cinco em cinco anos,
perante a Justiça do Trabalho, o cumprimento das suas obrigações trabalhistas para com o
empregado rural, na presença deste e de seu representante sindical. (Revogado pela EC n. 28/2000)
§ 1º Uma vez comprovado o cumprimento das obrigações mencionadas neste artigo, ca o
empregador isento de qualquer ônus decorrente daquelas obrigações no período respectivo. Caso o
empregado e seu representante não concordem com a comprovação do empregador, caberá à
Justiça do Trabalho a solução da controvérsia. (Revogado pela EC n. 28/2000)
§ 2º Fica ressalvado ao empregado, em qualquer hipótese, o direito de postular, judicialmente, os
créditos que entender existir, relativamente aos últimos cinco anos. (Revogado pela EC n. 28/2000)
§ 3º A comprovação mencionada neste artigo poderá ser feita em prazo inferior a cinco anos, a
critério do empregador. (Revogado pela EC n. 28/2000)
Art. 13. É criado o Estado do Tocantins, pelo desmembramento da área descrita neste
artigo, dando-se sua instalação no quadragésimo sexto dia após a eleição prevista no § 3º,
mas não antes de 1º de janeiro de 1989.
§ 1º - O Estado do Tocantins integra a Região Norte e limita-se com o Estado de Goiás pelas
divisas norte dos Municípios de São Miguel do Araguaia, Porangatu, Formoso, Minaçu,
Cavalcante, Monte Alegre de Goiás e Campos Belos, conservando a leste, norte e oeste as
divisas atuais de Goiás com os Estados da Bahia, Piauí, Maranhão, Pará e Mato Grosso.
§ 2º O Poder Executivo designará uma das cidades do Estado para sua Capital provisória
até a aprovação da sede de nitiva do governo pela Assembléia Constituinte.
§ 3º O Governador, o Vice-Governador, os Senadores, os Deputados Federais e os
Deputados Estaduais serão eleitos, em um único turno, até setenta e cinco dias após a
promulgação da Constituição, mas não antes de 15 de novembro de 1988, a critério do
Tribunal Superior Eleitoral, obedecidas, entre outras, as seguintes normas:
I - o prazo de liação partidária dos candidatos será encerrado setenta e cinco dias antes da
data das eleições;
II - as datas das convenções regionais partidárias destinadas a deliberar sobre coligações e
escolha de candidatos, de apresentação de requerimento de registro dos candidatos
escolhidos e dos demais procedimentos legais serão xadas, em calendário especial, pela
Justiça Eleitoral;
III - são inelegíveis os ocupantes de cargos estaduais ou municipais que não se tenham
deles afastado, em caráter de nitivo, setenta e cinco dias antes da data das eleições
previstas neste parágrafo;
IV - cam mantidos os atuais diretórios regionais dos partidos políticos do Estado de Goiás,
cabendo às comissões executivas nacionais designar comissões provisórias no Estado do
Tocantins, nos termos e para os ns previstos na lei.
Art. 15. Fica extinto o Território Federal de Fernando de Noronha, sendo sua área
reincorporada ao Estado de Pernambuco.
CRFB, art. 32, § 2º - A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do art. 77, e
dos Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para mandato de
igual duração.
CRFB, art. 72. A Comissão mista permanente a que se refere o art. 166, §1º, diante de indícios de
despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou de subsídios
não aprovados, poderá solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco dias,
preste os esclarecimentos necessários.
§ 1º - Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insu cientes, a Comissão solicitará ao
Tribunal pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias.
§ 2º - Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar
dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá ao Congresso Nacional sua sustação.
§ 3º Incluem-se entre os bens do Distrito Federal aqueles que lhe vierem a ser atribuídos
pela União na forma da lei.
Art. 19. Os servidores públicos civis da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, da administração direta, autárquica e das fundações públicas, em exercício na
data da promulgação da Constituição, há pelo menos cinco anos continuados, e que não
tenham sido admitidos na forma regulada no art. 37, da Constituição, são considerados
estáveis no serviço público.
§ 1º O tempo de serviço dos servidores referidos neste artigo será contado como Título
quando se submeterem a concurso para ns de efetivação, na forma da lei.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos ocupantes de cargos, funções e empregos de
con ança ou em comissão, nem aos que a lei declare de livre exoneração, cujo tempo de
serviço não será computado para os ns do "caput" deste artigo, exceto se se tratar de
servidor.
§ 3º O disposto neste artigo não se aplica aos professores de nível superior, nos termos da
lei.
Art. 20. Dentro de cento e oitenta dias, proceder-se-á à revisão dos direitos dos
servidores públicos inativos e pensionistas e à atualização dos proventos e pensões a eles
devidos, a m de ajustá-los ao disposto na Constituição.
Art. 22. É assegurado aos defensores públicos investidos na função até a data de
instalação da Assembléia Nacional Constituinte o direito de opção pela carreira, com a
observância das garantias e vedações previstas no art. 134, parágrafo único, da
Constituição.
CRFB, art. 134, § 1º - Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal
e dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de
carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a seus
integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das atribuições
institucionais. (Renumerado do parágrafo único pela EC n. 45/2004)
Parágrafo único. A lei referida disporá sobre o aproveitamento dos Censores Federais, nos
termos deste artigo.
Art. 24. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios editarão leis que
estabeleçam critérios para a compatibilização de seus quadros de pessoal ao disposto no
art. 39 da Constituição e à reforma administrativa dela decorrente, no prazo de dezoito
meses, contados da sua promulgação.
Art. 27. O Superior Tribunal de Justiça será instalado sob a Presidência do Supremo
Tribunal Federal.
§ 1º Até que se instale o Superior Tribunal de Justiça, o Supremo Tribunal Federal exercerá
as atribuições e competências de nidas na ordem constitucional precedente.
§ 2º A composição inicial do Superior Tribunal de Justiça far-se-á:
I - pelo aproveitamento dos Ministros do Tribunal Federal de Recursos;
II - pela nomeação dos Ministros que sejam necessários para completar o número
estabelecido na Constituição.
§ 3º Para os efeitos do disposto na Constituição, os atuais Ministros do Tribunal Federal de
Recursos serão considerados pertencentes à classe de que provieram, quando de sua
nomeação.
§ 4º Instalado o Tribunal, os Ministros aposentados do Tribunal Federal de Recursos tornar-
se-ão, automaticamente, Ministros aposentados do Superior Tribunal de Justiça.
§ 5º Os Ministros a que se refere o § 2º, II, serão indicados em lista tríplice pelo Tribunal
Federal de Recursos, observado o disposto no art. 104, parágrafo único, da Constituição.
CRFB, art. 104, parágrafo único. Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça serão nomeados pelo
Presidente da República, dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de setenta anos de
idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovada a escolha pela maioria
absoluta do Senado Federal, sendo: (Redação dada pela EC n. 122/2022)
I - um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e um terço dentre desembargadores dos
Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio Tribunal;
II - um terço, em partes iguais, dentre advogados e membros do Ministério Público Federal, Estadual,
do Distrito Federal e Territórios, alternadamente, indicados na forma do art. 94.
§ 6º Ficam criados cinco Tribunais Regionais Federais, a serem instalados no prazo de seis
meses a contar da promulgação da Constituição, com a jurisdição e sede que lhes xar o
Tribunal Federal de Recursos, tendo em conta o número de processos e sua localização
geográ ca.
§ 7º Até que se instalem os Tribunais Regionais Federais, o Tribunal Federal de Recursos
exercerá a competência a eles atribuída em todo o território nacional, cabendo-lhe
promover sua instalação e indicar os candidatos a todos os cargos da composição inicial,
mediante lista tríplice, podendo desta constar juízes federais de qualquer região, observado
o disposto no § 9º.
§ 8º É vedado, a partir da promulgação da Constituição, o provimento de vagas de Ministros
do Tribunal Federal de Recursos.
§ 9º Quando não houver juiz federal que conte o tempo mínimo previsto no art. 107, II, da
Constituição, a promoção poderá contemplar juiz com menos de cinco anos no exercício do
cargo.
§ 10. Compete à Justiça Federal julgar as ações nela propostas até a data da promulgação
da Constituição, e aos Tribunais Regionais Federais bem como ao Superior Tribunal de
Justiça julgar as ações rescisórias das decisões até então proferidas pela Justiça Federal,
inclusive daquelas cuja matéria tenha passado à competência de outro ramo do Judiciário.
§ 11. São criados, ainda, os seguintes Tribunais Regionais Federais: o da 6ª Região, com sede
em Curitiba, Estado do Paraná, e jurisdição nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Mato
Grosso do Sul; o da 7ª Região, com sede em Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, e
jurisdição no Estado de Minas Gerais; o da 8ª Região, com sede em Salvador, Estado da
Bahia, e jurisdição nos Estados da Bahia e Sergipe; e o da 9ª Região, com sede em Manaus,
Estado do Amazonas, e jurisdição nos Estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima.
(Incluído pela EC n. 73/2013)
Art. 28. Os juízes federais de que trata o art. 123, § 2º, da Constituição de 1967, com a
redação dada pela EC n. 7, de 1977, cam investidos na titularidade de varas na Seção
Judiciária para a qual tenham sido nomeados ou designados; na inexistência de vagas,
proceder-se-á ao desdobramento das varas existentes.
Parágrafo único. Para efeito de promoção por antiguidade, o tempo de serviço desses juízes
será computado a partir do dia de sua posse.
Art. 30. A legislação que criar a justiça de paz manterá os atuais juízes de paz até a
posse dos novos titulares, assegurando-lhes os direitos e atribuições conferidos a estes, e
designará o dia para a eleição prevista no art. 98, II, da Constituição.
CRFB, art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão:
II - justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto,
com mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar casamentos, veri car, de
ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições
conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação.
Art. 31. Serão estatizadas as serventias do foro judicial, assim de nidas em lei,
respeitados os direitos dos atuais titulares.
Art. 32. O disposto no art. 236 não se aplica aos serviços notariais e de registro que
já tenham sido o cializados pelo Poder Público, respeitando-se o direito de seus servidores.
CRFB, art. 236. Os serviços notariais e de registro são exercidos em caráter privado, por delegação do
Poder Público.
§ 1º - Lei regulará as atividades, disciplinará a responsabilidade civil e criminal dos notários, dos o ciais
de registro e de seus prepostos, e de nirá a scalização de seus atos pelo Poder Judiciário.
§ 2º - Lei federal estabelecerá normas gerais para xação de emolumentos relativos aos atos
praticados pelos serviços notariais e de registro.
§ 3º - O ingresso na atividade notarial e de registro depende de concurso público de provas e títulos,
não se permitindo que qualquer serventia que vaga, sem abertura de concurso de provimento ou de
remoção, por mais de seis meses.
ADCT, art. 97, § 15 - Os precatórios parcelados na forma do art. 33 ou do art. 78 deste Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias e ainda pendentes de pagamento ingressarão no regime
especial com o valor atualizado das parcelas não pagas relativas a cada precatório, bem como o
saldo dos acordos judiciais e extrajudiciais. (Incluído pela EC n. 62/2009)
Art. 34. O sistema tributário nacional entrará em vigor a partir do primeiro dia do
quinto mês seguinte ao da promulgação da Constituição, mantido, até então, o da
Constituição de 1967, com a redação dada pela Emenda n. 1, de 1969, e pelas posteriores.
§ 1º Entrarão em vigor com a promulgação da Constituição os arts. 148, 149, 150, 154, I, 156,
III, e 159, I, "c", revogadas as disposições em contrário da Constituição de 1967 e das
Emendas que a modi caram, especialmente de seu art. 25, III.
§ 2º O Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal e o Fundo de Participação
dos Municípios obedecerão às seguintes determinações:
I - a partir da promulgação da Constituição, os percentuais serão, respectivamente, de
dezoito por cento e de vinte por cento, calculados sobre o produto da arrecadação dos
impostos referidos no art. 153, III e IV, mantidos os atuais critérios de rateio até a entrada em
vigor da lei complementar a que se refere o art. 161, II;
II - o percentual relativo ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal será
acrescido de um ponto percentual no exercício nanceiro de 1989 e, a partir de 1990,
inclusive, à razão de meio ponto por exercício, até 1992, inclusive, atingindo em 1993 o
percentual estabelecido no art. 159, I, "a";
III - o percentual relativo ao Fundo de Participação dos Municípios, a partir de 1989,
inclusive, será elevado à razão de meio ponto percentual por exercício nanceiro, até atingir
o estabelecido no art. 159, I, "b".
§ 3º Promulgada a Constituição, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
poderão editar as leis necessárias à aplicação do sistema tributário nacional nela previsto.
§ 4º As leis editadas nos termos do parágrafo anterior produzirão efeitos a partir da entrada
em vigor do sistema tributário nacional previsto na Constituição.
§ 5º Vigente o novo sistema tributário nacional, ca assegurada a aplicação da legislação
anterior, no que não seja incompatível com ele e com a legislação referida nos §3º e § 4º.
§ 6º Até 31 de dezembro de 1989, o disposto no art. 150, III, "b", não se aplica aos impostos
de que tratam os arts. 155, I, "a" e "b", e 156, II e III, que podem ser cobrados trinta dias após
a publicação da lei que os tenha instituído ou aumentado.
§ 7º Até que sejam xadas em lei complementar, as alíquotas máximas do imposto municipal
sobre vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos não excederão a três por cento.
§ 8º Se, no prazo de sessenta dias contados da promulgação da Constituição, não for
editada a lei complementar necessária à instituição do imposto de que trata o art. 155, I, "b",
os Estados e o Distrito Federal, mediante convênio celebrado nos termos da Lei
Complementar n. 24, de 7 de janeiro de 1975, xarão normas para regular provisoriamente a
matéria.
Art. 35. O disposto no art. 165, § 7º, será cumprido de forma progressiva, no prazo de
até dez anos, distribuindo-se os recursos entre as regiões macroeconômicas em razão
proporcional à população, a partir da situação veri cada no biênio 1986-87.
§ 1º Para aplicação dos critérios de que trata este artigo, excluem-se das despesas totais as
relativas:
I - aos projetos considerados prioritários no plano plurianual;
II - à segurança e defesa nacional;
III - à manutenção dos órgãos federais no Distrito Federal;
IV - ao Congresso Nacional, ao Tribunal de Contas da União e ao Poder Judiciário;
V - ao serviço da dívida da administração direta e indireta da União, inclusive fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público federal.
§ 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão
obedecidas as seguintes normas:
I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o nal do primeiro exercício nanceiro do
mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do
encerramento do primeiro exercício nanceiro e devolvido para sanção até o encerramento
da sessão legislativa;
II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio
antes do encerramento do exercício nanceiro e devolvido para sanção até o encerramento
do primeiro período da sessão legislativa;
Art. 37. A adaptação ao que estabelece o art. 167, III, deverá processar-se no prazo de
cinco anos, reduzindo-se o excesso à base de, pelo menos, um quinto por ano.
Art. 38. Até a promulgação da lei complementar referida no art. 169, a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios não poderão despender com pessoal mais do
que sessenta e cinco por cento do valor das respectivas receitas correntes.
§ 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, quando a respectiva despesa de
pessoal exceder o limite previsto neste artigo, deverão retornar àquele limite, reduzindo o
percentual excedente à razão de um quinto por ano. (Incluído pela EC n. 127/2022)
§ 2º As despesas com pessoal resultantes do cumprimento do disposto nos §§ 12, 13, 14 e 15
do art. 198 da Constituição Federal serão contabilizadas, para ns dos limites de que trata o
art. 169 da Constituição Federal, da seguinte forma: (Incluído pela EC n. 127/2022)
I - até o m do exercício nanceiro subsequente ao da publicação deste dispositivo, não
serão contabilizadas para esses limites; (Incluído pela EC n. 127/2022)
II - no segundo exercício nanceiro subsequente ao da publicação deste dispositivo, serão
deduzidas em 90% (noventa por cento) do seu valor; (Incluído pela EC n. 127/2022)
III - entre o terceiro e o décimo segundo exercício nanceiro subsequente ao da publicação
deste dispositivo, a dedução de que trata o inciso II deste parágrafo será reduzida
anualmente na proporção de 10% (dez por cento) de seu valor. (Incluído pela EC n. 127/2022)
Art. 39. Para efeito do cumprimento das disposições constitucionais que impliquem
variações de despesas e receitas da União, após a promulgação da Constituição, o Poder
Executivo deverá elaborar e o Poder Legislativo apreciar projeto de revisão da lei
orçamentária referente ao exercício nanceiro de 1989.
Parágrafo único. O Congresso Nacional deverá votar no prazo de doze meses a lei
complementar prevista no art. 161, II.
Art. 40. É mantida a Zona Franca de Manaus, com suas características de área livre
de comércio, de exportação e importação, e de incentivos scais, pelo prazo de vinte e
cinco anos, a partir da promulgação da Constituição.
ADCT, art. 92. São acrescidos dez anos ao prazo xado no art. 40 deste Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias. (Incluído pela EC n. 42/2003)
ADCT, art. 92-A. São acrescidos 50 (cinquenta) anos ao prazo xado pelo art. 92 deste Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias. (Incluído pela EC n. 83/2014)
Parágrafo único. Somente por lei federal podem ser modi cados os critérios que
disciplinaram ou venham a disciplinar a aprovação dos projetos na Zona Franca de Manaus.
Art. 41. Os Poderes Executivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios reavaliarão todos os incentivos scais de natureza setorial ora em vigor,
propondo aos Poderes Legislativos respectivos as medidas cabíveis.
CRFB, art. 176, § 1º - A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais a
que se refere o "caput" deste artigo somente poderão ser efetuados mediante autorização ou
concessão da União, no interesse nacional, por brasileiros ou empresa constituída sob as leis
brasileiras e que tenha sua sede e administração no País, na forma da lei, que estabelecerá as
condições especí cas quando essas atividades se desenvolverem em faixa de fronteira ou terras
indígenas. (Redação dada pela EC n. 6/1995)
Art. 42. Durante 40 (quarenta) anos, a União aplicará dos recursos destinados à
irrigação: (Redação dada pela EC n. 89/2015)
I - 20% (vinte por cento) na Região Centro-Oeste; (Redação dada pela EC n. 89/2015)
II - 50% (cinquenta por cento) na Região Nordeste, preferencialmente no Semiárido.
(Redação dada pela EC n. 89/2015)
Parágrafo único. Dos percentuais previstos nos incisos I e II do caput, no mínimo 50%
(cinquenta por cento) serão destinados a projetos de irrigação que bene ciem agricultores
familiares que atendam aos requisitos previstos em legislação especí ca. (Incluído pela EC
n. 89/2015)
Art. 45. Ficam excluídas do monopólio estabelecido pelo art. 177, II, da Constituição as
re narias em funcionamento no País amparadas pelo art. 43 e nas condições do art. 45 da
Lei n. 2.004, de 3 de outubro de 1953.
Lei n. 9.478/1997 - Dispõe sobre a política energética nacional, as atividades relativas ao monopólio do
petróleo, institui o Conselho Nacional de Política Energética e a Agência Nacional do Petróleo e dá
outras providências.
Parágrafo único. Ficam ressalvados da vedação do art. 177, § 1º, os contratos de risco feitos
com a Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobrás), para pesquisa de petróleo, que estejam em vigor
na data da promulgação da Constituição.
CRFB, art. 177, § 1º O monopólio previsto neste artigo inclui os riscos e resultados decorrentes das
atividades nele mencionadas, sendo vedado à União ceder ou conceder qualquer tipo de
participação, em espécie ou em valor, na exploração de jazidas de petróleo ou gás natural, ressalvado
o disposto no art. 20, § 1º. (Redação anterior à EC n. 9/1995)
Art. 49. A lei disporá sobre o instituto da en teuse em imóveis urbanos, sendo
facultada aos foreiros, no caso de sua extinção, a remição dos aforamentos mediante
aquisição do domínio direto, na conformidade do que dispuserem os respectivos contratos.
§ 1º Quando não existir cláusula contratual, serão adotados os critérios e bases hoje
vigentes na legislação especial dos imóveis da União.
§ 2º Os direitos dos atuais ocupantes inscritos cam assegurados pela aplicação de outra
modalidade de contrato.
§ 3º A en teuse continuará sendo aplicada aos terrenos de marinha e seus acrescidos,
situados na faixa de segurança, a partir da orla marítima.
§ 4º Remido o foro, o antigo titular do domínio direto deverá, no prazo de noventa dias, sob
pena de responsabilidade, con ar à guarda do registro de imóveis competente toda a
documentação a ele relativa.
Art. 50. Lei agrícola a ser promulgada no prazo de um ano disporá, nos termos da
Constituição, sobre os objetivos e instrumentos de política agrícola, prioridades,
planejamento de safras, comercialização, abastecimento interno, mercado externo e
instituição de crédito fundiário.
Art. 51. Serão revistos pelo Congresso Nacional, através de Comissão mista, nos três
anos a contar da data da promulgação da Constituição, todas as doações, vendas e
concessões de terras públicas com área superior a três mil hectares, realizadas no período
de 1º de janeiro de 1962 a 31 de dezembro de 1987.
§ 1º No tocante às vendas, a revisão será feita com base exclusivamente no critério de
legalidade da operação.
§ 2º No caso de concessões e doações, a revisão obedecerá aos critérios de legalidade e
de conveniência do interesse público.
Art. 52. Até que sejam xadas as condições do art. 192, são vedados: (Redação dada
pela EC n. 40/2003)
I - a instalação, no País, de novas agências de instituições nanceiras domiciliadas no
exterior;
II - o aumento do percentual de participação, no capital de instituições nanceiras com sede
no País, de pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas no exterior.
Parágrafo único. A vedação a que se refere este artigo não se aplica às autorizações
resultantes de acordos internacionais, de reciprocidade, ou de interesse do Governo
brasileiro.
Art. 55. Até que seja aprovada a lei de diretrizes orçamentárias, trinta por cento, no
mínimo, do orçamento da seguridade social, excluído o seguro-desemprego, serão
destinados ao setor de saúde.
Art. 56. Até que a lei disponha sobre o art. 195, I, a arrecadação decorrente de, no
mínimo, cinco dos seis décimos percentuais correspondentes à alíquota da contribuição de
que trata o Decreto-Lei n. 1.940, de 25 de maio de 1982 , alterada pelo Decreto-Lei n. 2.049,
de 1º de agosto de 1983 , pelo Decreto n. 91.236, de 8 de maio de 1985 , e pela Lei n. 7.611,
de 8 de julho de 1987 , passa a integrar a receita da seguridade social, ressalvados,
exclusivamente no exercício de 1988, os compromissos assumidos com programas e
projetos em andamento.
Art. 59. Os projetos de lei relativos à organização da seguridade social e aos planos
de custeio e de benefício serão apresentados no prazo máximo de seis meses da
promulgação da Constituição ao Congresso Nacional, que terá seis meses para apreciá-los.
Parágrafo único. Aprovados pelo Congresso Nacional, os planos serão implantados
progressivamente nos dezoito meses seguintes.
CRFB, Art. 212-A. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios destinarão parte dos recursos a que
se refere o caput do art. 212 desta Constituição à manutenção e ao desenvolvimento do ensino na
educação básica e à remuneração condigna de seus pro ssionais, respeitadas as seguintes
disposições: (Incluído pela EC n. 108/2020)
I - a distribuição dos recursos e de responsabilidades entre o Distrito Federal, os Estados e seus
Municípios é assegurada mediante a instituição, no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de
um Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Pro ssionais
da Educação (Fundeb), de natureza contábil; (Incluído pela EC n. 108/2020)
Art. 61. As entidades educacionais a que se refere o art. 213, bem como as fundações
de ensino e pesquisa cuja criação tenha sido autorizada por lei, que preencham os
requisitos dos incisos I e II do referido artigo e que, nos últimos três anos, tenham recebido
recursos públicos, poderão continuar a recebê-los, salvo disposição legal em contrário.
CRFB, Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a
escolas comunitárias, confessionais ou lantrópicas, de nidas em lei, que:
I - comprovem nalidade não-lucrativa e apliquem seus excedentes nanceiros em educação;
II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, lantrópica ou confessional,
ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades.
§ 1º - Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de estudo para o ensino
fundamental e médio, na forma da lei, para os que demonstrarem insu ciência de recursos, quando
houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública na localidade da residência do educando,
cando o Poder Público obrigado a investir prioritariamente na expansão de sua rede na localidade.
§ 2º - As atividades de pesquisa, de extensão e de estímulo e fomento à inovação realizadas por
universidades e/ou por instituições de educação pro ssional e tecnológica poderão receber apoio
nanceiro do Poder Público. (Redação dada pela EC n. 85/2015)
Art. 62. A lei criará o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) nos moldes
da legislação relativa ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e ao Serviço
Nacional de Aprendizagem do Comércio (SENAC), sem prejuízo das atribuições dos órgãos
públicos que atuam na área.
Art. 63. É criada uma Comissão composta de nove membros, sendo três do Poder
Legislativo, três do Poder Judiciário e três do Poder Executivo, para promover as
comemorações do centenário da proclamação da República e da promulgação da primeira
Constituição republicana do País, podendo, a seu critério, desdobrar-se em tantas
subcomissões quantas forem necessárias.
Art. 64. A Imprensa Nacional e demais grá cas da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas
e mantidas pelo Poder Público, promoverão edição popular do texto integral da
Constituição, que será posta à disposição das escolas e dos cartórios, dos sindicatos, dos
quartéis, das igrejas e de outras instituições representativas da comunidade, gratuitamente,
de modo que cada cidadão brasileiro possa receber do Estado um exemplar da Constituição
do Brasil.
Art. 65. O Poder Legislativo regulamentará, no prazo de doze meses, o art. 220, § 4º.
Art. 67. A União concluirá a demarcação das terras indígenas no prazo de cinco anos
a partir da promulgação da Constituição.
Art. 68. Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando
suas terras é reconhecida a propriedade de nitiva, devendo o Estado emitir-lhes os Títulos
respectivos.
Art. 69. Será permitido aos Estados manter consultorias jurídicas separadas de suas
Procuradorias-Gerais ou Advocacias-Gerais, desde que, na data da promulgação da
Constituição, tenham órgãos distintos para as respectivas funções.
Art. 70. Fica mantida atual competência dos tribunais estaduais até a mesma seja
de nida na Constituição do Estado, nos termos do art. 125, § 1º, da Constituição.
CRFB, art. 125, § 1º A competência dos tribunais será de nida na Constituição do Estado, sendo a lei
de organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça.
§ 2º O Fundo criado por este artigo passa a ser denominado Fundo de Estabilização Fiscal a
partir do início do exercício nanceiro de 1996. (Incluído pela EC n. 10/1996)
§ 3º O Poder Executivo publicará demonstrativo da execução orçamentária, de
periodicidade bimestral, no qual se discriminarão as fontes e usos do Fundo criado por este
artigo. (Incluído pela EC n. 10/1996)
Art. 72. Integram o Fundo Social de Emergência: (Incluído pela ECR n. 1/1994)
I - o produto da arrecadação do imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza
incidente na fonte sobre pagamentos efetuados, a qualquer Título, pela União, inclusive
suas autarquias e fundações; (Incluído pela ECR n. 1/1994) (Vide EC n. 17/1997)
II - a parcela do produto da arrecadação do imposto sobre renda e proventos de qualquer
natureza e do imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a Títulos e
valores mobiliários, decorrente das alterações produzidas pela Lei n. 8.894, de 21 de junho
de 1994 , e pelas Leis n.s 8.849 e 8.848, ambas de 28 de janeiro de 1994 , e modi cações
posteriores; (Redação dada pela EC n. 10/1996)
III - a parcela do produto da arrecadação resultante da elevação da alíquota da contribuição
social sobre o lucro dos contribuintes a que se refere o § 1º do Art. 22 da Lei n. 8.212, de 24
de julho de 1991 , a qual, nos exercícios nanceiros de 1994 e 1995, bem assim no período
de 1º de janeiro de 1996 a 30 de junho de 1997, passa a ser de trinta por cento, sujeita a
alteração por lei ordinária, mantidas as demais normas da Lei n. 7.689, de 15 de dezembro
de 1988; (Redação dada pela EC n. 10/1996)
IV - vinte por cento do produto da arrecadação de todos os impostos e contribuições da
União, já instituídos ou a serem criados, excetuado o previsto nos incisos I, II e III, observado
o disposto nos §§ 3º e 4º; (Redação dada pela EC n. 10/1996)
Art. 73. Na regulação do Fundo Social de Emergência não poderá ser utilizado o
instrumento previsto no inciso V do art. 59 da Constituição. (Incluído pela ECR n. 1/1994)
Art. 75. É prorrogada, por trinta e seis meses, a cobrança da contribuição provisória
sobre movimentação ou transmissão de valores e de créditos e direitos de natureza
nanceira de que trata o art. 74, instituída pela Lei n. 9.311, de 24 de outubro de 1996,
modi cada pela Lei n. 9.539, de 12 de dezembro de 1997, cuja vigência é também
prorrogada por idêntico prazo. (Incluído pela EC n. 21/1999)
§ 1º Observado o disposto no § 6º do art. 195 da Constituição Federal, a alíquota da
contribuição será de trinta e oito centésimos por cento, nos primeiros doze meses, e de
trinta centésimos, nos meses subsequentes, facultado ao Poder Executivo reduzi-la total ou
parcialmente, nos limites aqui de nidos. (Incluído pela EC n. 21/1999)
§ 2º O resultado do aumento da arrecadação, decorrente da alteração da alíquota, nos
exercícios nanceiros de 1999, 2000 e 2001, será destinado ao custeio da previdência
social. (Incluído pela EC n. 21/1999)
§ 3º É a União autorizada a emitir Títulos da dívida pública interna, cujos recursos serão
destinados ao custeio da saúde e da previdência social, em montante equivalente ao
produto da arrecadação da contribuição, prevista e não realizada em 1999. (Incluído pela EC
n. 21/1999)
Art. 76. São desvinculados de órgão, fundo ou despesa, até 31 de dezembro de 2024,
30% (trinta por cento) da arrecadação da União relativa às contribuições sociais, sem
prejuízo do pagamento das despesas do Regime Geral de Previdência Social, às
contribuições de intervenção no domínio econômico e às taxas, já instituídas ou que vierem
a ser criadas até a referida data. (Redação dada pela EC n. 126/2022)
§ 1º (Revogado). (Redação dada pela EC n. 93/2016)
§ 2° Excetua-se da desvinculação de que trata o caput a arrecadação da contribuição social
do salário-educação a que se refere o § 5º do art. 212 da Constituição Federal. (Redação
dada pela EC n. 68/2011)
§ 3º (Revogado). (Redação dada pela EC n. 93/2016)
§ 4º A desvinculação de que trata o caput não se aplica às receitas das contribuições sociais
destinadas ao custeio da seguridade social. (Incluído pela EC n. 103/2019)
Art. 77. Até o exercício nanceiro de 2004, os recursos mínimos aplicados nas ações
e serviços públicos de saúde serão equivalentes: (Incluído pela EC n. 29/2000)
I – no caso da União: (Incluído pela EC n. 29/2000)
a) no ano 2000, o montante empenhado em ações e serviços públicos de saúde no
exercício nanceiro de 1999 acrescido de, no mínimo, cinco por cento; (Incluído pela EC n.
29/2000)
b) do ano 2001 ao ano 2004, o valor apurado no ano anterior, corrigido pela variação
nominal do Produto Interno Bruto – PIB; (Incluído pela EC n. 29/2000)
II – no caso dos Estados e do Distrito Federal, doze por cento do produto da arrecadação
dos impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159,
inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos
Municípios; e (Incluído pela EC n. 29/2000)
III – no caso dos Municípios e do Distrito Federal, quinze por cento do produto da
arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts.
158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º. (Incluído pela EC n. 29/2000)
É constitucional o sequestro de verbas públicas pela autoridade judicial competente nas hipóteses do
§ 4º do art. 78 do ADCT, cuja normatividade veicula regime especial de pagamento de precatórios de
observância obrigatória por parte dos entes federativos inadimplentes na situação descrita pelo caput
do dispositivo. STF. RE 597.092/RJ, relator Ministro Edson Fachin, julgamento virtual nalizado em
23.6.2023 (Inf. 1100)
Art. 83. Lei federal de nirá os produtos e serviços supér uos a que se referem os
arts. 80, II, e 82, § 2º. (Redação dada pela EC n. 42/2003)
Art. 85. A contribuição a que se refere o art. 84 deste Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias não incidirá, a partir do trigésimo dia da data de publicação
desta Emenda Constitucional, nos lançamentos: (Incluído pela EC n. 37/2002)
I - em contas correntes de depósito especialmente abertas e exclusivamente utilizadas para
operações de: (Incluído pela EC n. 37/2002) (Vide Lei n. 10.982/2004)
a) câmaras e prestadoras de serviços de compensação e de liquidação de que trata o
parágrafo único do art. 2º da Lei n. 10.214, de 27 de março de 2001; (Incluído pela EC n.
37/2002)
b) companhias securitizadoras de que trata a Lei n. 9.514, de 20 de novembro de 1997;
(Incluído pela EC n. 37/2002)
c) sociedades anônimas que tenham por objeto exclusivo a aquisição de créditos oriundos
de operações praticadas no mercado nanceiro; (Incluído pela EC n. 37/2002)
II - em contas correntes de depósito, relativos a: (Incluído pela EC n. 37/2002)
a) operações de compra e venda de ações, realizadas em recintos ou sistemas de
negociação de bolsas de valores e no mercado de balcão organizado; (Incluído pela EC n.
37/2002)
b) contratos referenciados em ações ou índices de ações, em suas diversas modalidades,
negociados em bolsas de valores, de mercadorias e de futuros; (Incluído pela EC n.
37/2002)
III - em contas de investidores estrangeiros, relativos a entradas no País e a remessas para o
exterior de recursos nanceiros empregados, exclusivamente, em operações e contratos
referidos no inciso II deste artigo. (Incluído pela EC n. 37/2002)
§ 1º O Poder Executivo disciplinará o disposto neste artigo no prazo de trinta dias da data de
publicação desta Emenda Constitucional. (Incluído pela EC n. 37/2002)
§ 2º O disposto no inciso I deste artigo aplica-se somente às operações relacionadas em ato
do Poder Executivo, dentre aquelas que constituam o objeto social das referidas entidades.
(Incluído pela EC n. 37/2002)
Art. 86. Serão pagos conforme disposto no art. 100 da Constituição Federal, não se
lhes aplicando a regra de parcelamento estabelecida no caput do art. 78 deste Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias, os débitos da Fazenda Federal, Estadual, Distrital
ou Municipal oriundos de sentenças transitadas em julgado, que preencham,
cumulativamente, as seguintes condições: (Incluído pela EC n. 37/2002)
I - ter sido objeto de emissão de precatórios judiciários; (Incluído pela EC n. 37/2002)
II - ter sido de nidos como de pequeno valor pela lei de que trata o § 3º do art. 100 da
Constituição Federal ou pelo art. 87 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias;
(Incluído pela EC n. 37/2002)
III - estar, total ou parcialmente, pendentes de pagamento na data da publicação desta
Emenda Constitucional . (Incluído pela EC n. 37/2002)
§ 1º Os débitos a que se refere o caput deste artigo, ou os respectivos saldos, serão pagos
na ordem cronológica de apresentação dos respectivos precatórios, com precedência sobre
os de maior valor. (Incluído pela EC n. 37/2002)
§ 2º Os débitos a que se refere o caput deste artigo, se ainda não tiverem sido objeto de
pagamento parcial, nos termos do art. 78 deste Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias, poderão ser pagos em duas parcelas anuais, se assim dispuser a lei. (Incluído
pela EC n. 37/2002)
§ 3º Observada a ordem cronológica de sua apresentação, os débitos de natureza
alimentícia previstos neste artigo terão precedência para pagamento sobre todos os
demais. (Incluído pela EC n. 37/2002)
Art. 87. Para efeito do que dispõem o § 3º do art. 100 da Constituição Federal e o art.
78 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias serão considerados de pequeno
valor, até que se dê a publicação o cial das respectivas leis de nidoras pelos entes da
Federação, observado o disposto no § 4º do art. 100 da Constituição Federal, os débitos ou
obrigações consignados em precatório judiciário, que tenham valor igual ou inferior a:
(Incluído pela EC n. 37/2002)
I - quarenta salários-mínimos, perante a Fazenda dos Estados e do Distrito Federal; (Incluído
pela EC n. 37/2002)
II - trinta salários-mínimos, perante a Fazenda dos Municípios. (Incluído pela EC n. 37/2002)
Parágrafo único. Se o valor da execução ultrapassar o estabelecido neste artigo, o
pagamento far-se-á, sempre, por meio de precatório, sendo facultada à parte exequente a
renúncia ao crédito do valor excedente, para que possa optar pelo pagamento do saldo sem
o precatório, da forma prevista no § 3º do art. 100. (Incluído pela EC n. 37/2002)
TEMA 1231-STF - (I) As unidades federadas podem xar os limites das respectivas requisições de
pequeno valor em patamares inferiores aos previstos no artigo 87 do ADCT, desde que o façam em
consonância com sua capacidade econômica. (II) A aferição da capacidade econômica, para este m,
deve re etir não somente a receita, mas igualmente os graus de endividamento e de litigiosidade do
ente federado. (III) A ausência de demonstração concreta da desproporcionalidade na xação do teto
das requisições de pequeno valor impõe a deferência do Poder Judiciário ao juízo político-
administrativo externado pela legislação local. STF. RE 1359139 RG/CE, relator Min. Luiz Fux,
julgamento nalizado no Plenário Virtual em 1º.9.2022 (Inf. 1066)
Art. 88. Enquanto lei complementar não disciplinar o disposto nos incisos I e III do §
3º do art. 156 da Constituição Federal, o imposto a que se refere o inciso III do caput do
mesmo artigo: (Incluído pela EC n. 37/2002)
I – terá alíquota mínima de dois por cento, exceto para os serviços a que se referem os itens
32, 33 e 34 da Lista de Serviços anexa ao Decreto-Lei n. 406, de 31 de dezembro de 1968;
(Incluído pela EC n. 37/2002)
II – não será objeto de concessão de isenções, incentivos e benefícios scais, que resulte,
direta ou indiretamente, na redução da alíquota mínima estabelecida no inciso I. (Incluído
pela EC n. 37/2002)
Art. 90. O prazo previsto no caput do art. 84 deste Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias ca prorrogado até 31 de dezembro de 2007. (Incluído pela EC
n. 42/2003)
§ 1º Fica prorrogada, até a data referida no caput deste artigo, a vigência da Lei n. 9.311, de
24 de outubro de 1996, e suas alterações. (Incluído pela EC n. 42/2003)
§ 2º Até a data referida no caput deste artigo, a alíquota da contribuição de que trata o art.
84 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias será de trinta e oito centésimos
por cento. (Incluído pela EC n. 42/2003)
Art. 92. São acrescidos dez anos ao prazo xado no art. 40 deste Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias. (Incluído pela EC n. 42/2003)
Art. 92-A. São acrescidos 50 (cinquenta) anos ao prazo xado pelo art. 92 deste Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias. (Incluído pela EC n. 83/2014)
Art. 93. A vigência do disposto no art. 159, III, e § 4º, iniciará somente após a edição
da lei de que trata o referido inciso III. (Incluído pela EC n. 42/2003)
Art. 97. Até que seja editada a lei complementar de que trata o § 15 do art. 100 da
Constituição Federal, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que, na data de
publicação desta Emenda Constitucional, estejam em mora na quitação de precatórios
vencidos, relativos às suas administrações direta e indireta, inclusive os emitidos durante o
período de vigência do regime especial instituído por este artigo, farão esses pagamentos
de acordo com as normas a seguir estabelecidas, sendo inaplicável o disposto no art. 100
desta Constituição Federal, exceto em seus §§ 2º, 3º, 9º, 10, 11, 12, 13 e 14, e sem prejuízo
dos acordos de juízos conciliatórios já formalizados na data de promulgação desta Emenda
Constitucional. (Incluído pela EC n. 62/2009) (Vide EC n. 62/2009)
§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios sujeitos ao regime especial de que trata
este artigo optarão, por meio de ato do Poder Executivo: (Incluído pela EC n. 62/2009)
I - pelo depósito em conta especial do valor referido pelo § 2º deste artigo; ou (Incluído pela
EC n. 62/2009)
II - pela adoção do regime especial pelo prazo de até 15 (quinze) anos, caso em que o
percentual a ser depositado na conta especial a que se refere o § 2º deste artigo
corresponderá, anualmente, ao saldo total dos precatórios devidos, acrescido do índice
o cial de remuneração básica da caderneta de poupança e de juros simples no mesmo
percentual de juros incidentes sobre a caderneta de poupança para ns de compensação
da mora, excluída a incidência de juros compensatórios, diminuído das amortizações e
dividido pelo número de anos restantes no regime especial de pagamento. (Incluído pela EC
n. 62/2009)
Art. 99. Para efeito do disposto no inciso VII do § 2º do art. 155, no caso de operações
e prestações que destinem bens e serviços a consumidor nal não contribuinte localizado
em outro Estado, o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a
interestadual será partilhado entre os Estados de origem e de destino, na seguinte
proporção: (Incluído pela EC n. 87/2015)
I - para o ano de 2015: 20% (vinte por cento) para o Estado de destino e 80% (oitenta por
cento) para o Estado de origem; (Incluído pela EC n. 87/2015)
II - para o ano de 2016: 40% (quarenta por cento) para o Estado de destino e 60% (sessenta
por cento) para o Estado de origem; (Incluído pela EC n. 87/2015)
III - para o ano de 2017: 60% (sessenta por cento) para o Estado de destino e 40% (quarenta
por cento) para o Estado de origem; (Incluído pela EC n. 87/2015)
IV - para o ano de 2018: 80% (oitenta por cento) para o Estado de destino e 20% (vinte por
cento) para o Estado de origem; (Incluído pela EC n. 87/2015)
Art. 100. Até que entre em vigor a lei complementar de que trata o inciso II do § 1º do
art. 40 da Constituição Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais
Superiores e do Tribunal de Contas da União aposentar-se-ão, compulsoriamente, aos 75
(setenta e cinco) anos de idade, nas condições do art. 52 da Constituição Federal.(Incluído
pela EC n. 88/2015)
Art. 102. Enquanto viger o regime especial previsto nesta Emenda Constitucional,
pelo menos 50% (cinquenta por cento) dos recursos que, nos termos do art. 101 deste Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias, forem destinados ao pagamento dos
precatórios em mora serão utilizados no pagamento segundo a ordem cronológica de
apresentação, respeitadas as preferências dos créditos alimentares, e, nessas, as relativas à
idade, ao estado de saúde e à de ciência, nos termos do § 2º do art. 100 da Constituição
Federal, sobre todos os demais créditos de todos os anos. (Incluído pela EC n. 94/2016)
§ 1º A aplicação dos recursos remanescentes, por opção a ser exercida por Estados, Distrito
Federal e Municípios, por ato do respectivo Poder Executivo, observada a ordem de
preferência dos credores, poderá ser destinada ao pagamento mediante acordos diretos,
perante Juízos Auxiliares de Conciliação de Precatórios, com redução máxima de 40%
(quarenta por cento) do valor do crédito atualizado, desde que em relação ao crédito não
penda recurso ou defesa judicial e que sejam observados os requisitos de nidos na
regulamentação editada pelo ente federado. (Numerado do parágrafo único pela EC n.
99/2017)
§ 2º Na vigência do regime especial previsto no art. 101 deste Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias, as preferências relativas à idade, ao estado de saúde e à
de ciência serão atendidas até o valor equivalente ao quíntuplo xado em lei para os ns
do disposto no § 3º do art. 100 da Constituição Federal, admitido o fracionamento para essa
nalidade, e o restante será pago em ordem cronológica de apresentação do precatório.
(Incluído pela EC n. 99/2017)
Art. 104. Se os recursos referidos no art. 101 deste Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias para o pagamento de precatórios não forem tempestivamente
liberados, no todo ou em parte: (Incluído pela EC n. 94/2016)
I - o Presidente do Tribunal de Justiça local determinará o sequestro, até o limite do valor
não liberado, das contas do ente federado inadimplente; (Incluído pela EC n. 94/2016)
II - o chefe do Poder Executivo do ente federado inadimplente responderá, na forma da
legislação de responsabilidade scal e de improbidade administrativa; (Incluído pela EC n.
94/2016)
III - a União reterá os recursos referentes aos repasses ao Fundo de Participação dos
Estados e do Distrito Federal e ao Fundo de Participação dos Municípios e os depositará na
conta especial referida no art. 101 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias,
para utilização como nele previsto; (Incluído pela EC n. 94/2016)
IV - os Estados reterão os repasses previstos no parágrafo único do art. 158 da Constituição
Federal e os depositarão na conta especial referida no art. 101 deste Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias, para utilização como nele previsto. (Incluído pela EC n. 94/2016)
Parágrafo único. Enquanto perdurar a omissão, o ente federado não poderá contrair
empréstimo externo ou interno, exceto para os ns previstos no § 2º do art. 101 deste Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias, e cará impedido de receber transferências
voluntárias. (Incluído pela EC n. 94/2016)
Art. 105. Enquanto viger o regime de pagamento de precatórios previsto no art. 101
deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, é facultada aos credores de
precatórios, próprios ou de terceiros, a compensação com débitos de natureza tributária ou
de outra natureza que até 25 de março de 2015 tenham sido inscritos na dívida ativa dos
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, observados os requisitos de nidos em lei
própria do ente federado. (Incluído pela EC n. 94/2016)
§ 1º Não se aplica às compensações referidas no caput deste artigo qualquer tipo de
vinculação, como as transferências a outros entes e as destinadas à educação, à saúde e a
outras nalidades. (Numerado do parágrafo único pela EC n. 99/2017)
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios regulamentarão nas respectivas leis o
disposto no caput deste artigo em até cento e vinte dias a partir de 1º de janeiro de 2018.
(Incluído pela EC n. 99/2017)
§ 3º Decorrido o prazo estabelecido no § 2º deste artigo sem a regulamentação nele
prevista, cam os credores de precatórios autorizados a exercer a faculdade a que se refere
o caput deste artigo. (Incluído pela EC n. 99/2017)
Art. 107. Ficam estabelecidos, para cada exercício, limites individualizados para as
despesas primárias: (Incluído pela EC n. 95/2016)
I - do Poder Executivo; (Incluído pela EC n. 95/2016)
II - do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça, do Conselho Nacional de
Justiça, da Justiça do Trabalho, da Justiça Federal, da Justiça Militar da União, da Justiça
Eleitoral e da Justiça do Distrito Federal e Territórios, no âmbito do Poder Judiciário;
(Incluído pela EC n. 95/2016)
III - do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Tribunal de Contas da União, no
âmbito do Poder Legislativo; (Incluído pela EC n. 95/2016)
IV - do Ministério Público da União e do Conselho Nacional do Ministério Público; e (Incluído
pela EC n. 95/2016)
V - da Defensoria Pública da União. (Incluído pela EC n. 95/2016)
§ 1º Cada um dos limites a que se refere o caput deste artigo equivalerá: (Incluído pela EC n.
95/2016)
I - para o exercício de 2017, à despesa primária paga no exercício de 2016, incluídos os
restos a pagar pagos e demais operações que afetam o resultado primário, corrigida em
7,2% (sete inteiros e dois décimos por cento); e (Incluído pela EC n. 95/2016)
II - para os exercícios posteriores, ao valor do limite referente ao exercício imediatamente
anterior, corrigido pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA),
publicado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística, ou de outro índice
que vier a substituí-lo, apurado no exercício anterior a que se refere a lei orçamentária.
(Redação dada pela EC n. 113/2021)
§ 2º Os limites estabelecidos na forma do inciso IV do caput do art. 51, do inciso XIII
do caput do art. 52, do § 1º do art. 99, do § 3º do art. 127 e do § 3º do art. 134 da Constituição
Federal não poderão ser superiores aos estabelecidos nos termos deste artigo. (Incluído
pela EC n. 95/2016)
§ 3º A mensagem que encaminhar o projeto de lei orçamentária demonstrará os valores
máximos de programação compatíveis com os limites individualizados calculados na forma
do § 1º deste artigo, observados os §§ 7º a 9º deste artigo. (Incluído pela EC n. 95/2016)
§ 4º As despesas primárias autorizadas na lei orçamentária anual sujeitas aos limites de que
trata este artigo não poderão exceder os valores máximos demonstrados nos termos do § 3º
deste artigo. (Incluído pela EC n. 95/2016)
§ 5º É vedada a abertura de crédito suplementar ou especial que amplie o montante total
autorizado de despesa primária sujeita aos limites de que trata este artigo. (Incluído pela EC
n. 95/2016)
§ 6º Não se incluem na base de cálculo e nos limites estabelecidos neste artigo: (Incluído
pela EC n. 95/2016)
Art. 107-A. Até o m de 2026, ca estabelecido, para cada exercício nanceiro, limite
para alocação na proposta orçamentária das despesas com pagamentos em virtude de
sentença judiciária de que trata o art. 100 da Constituição Federal, equivalente ao valor da
despesa paga no exercício de 2016, incluídos os restos a pagar pagos, corrigido, para o
exercício de 2017, em 7,2% (sete inteiros e dois décimos por cento) e, para os exercícios
posteriores, pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA),
publicado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística, ou de outro índice
que vier a substituí-lo, apurado no exercício anterior a que se refere a lei orçamentária,
devendo o espaço scal decorrente da diferença entre o valor dos precatórios expedidos e
o respectivo limite ser destinado ao programa previsto no parágrafo único do art. 6º e à
seguridade social, nos termos do art. 194, ambos da Constituição Federal, a ser calculado da
seguinte forma: (Redação dada pela EC n. 126/2022)
Art. 109. Se veri cado, na aprovação da lei orçamentária, que, no âmbito das
despesas sujeitas aos limites do art. 107 deste Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias, a proporção da despesa obrigatória primária em relação à despesa primária
total foi superior a 95% (noventa e cinco por cento), aplicam-se ao respectivo Poder ou
órgão, até o nal do exercício a que se refere a lei orçamentária, sem prejuízo de outras
medidas, as seguintes vedações: (Redação dada pela EC n. 109/2021)
I - concessão, a qualquer Título, de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de
remuneração de membros de Poder ou de órgão, de servidores e empregados públicos e
de militares, exceto dos derivados de sentença judicial transitada em julgado ou de
determinação legal anterior ao início da aplicação das medidas de que trata este artigo;
(Redação dada pela EC n. 109/2021)
II - criação de cargo, emprego ou função que implique aumento de despesa; (Incluído pela
EC n. 95/2016)
III - alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa; (Incluído pela EC n.
95/2016)
IV - admissão ou contratação de pessoal, a qualquer Título, ressalvadas: (Redação dada pela
EC n. 109/2021)
a) as reposições de cargos de che a e de direção que não acarretem aumento de despesa;
(Incluído pela EC n. 109/2021)
b) as reposições decorrentes de vacâncias de cargos efetivos ou vitalícios; (Incluído pela EC
n. 109/2021)
c) as contratações temporárias de que trata o inciso IX do caput do art. 37 da Constituição
Federal; e (Incluído pela EC n. 109/2021)
d) as reposições de temporários para prestação de serviço militar e de alunos de órgãos de
formação de militares; (Incluído pela EC n. 109/2021)
V - realização de concurso público, exceto para as reposições de vacâncias previstas no
inciso IV; (Incluído pela EC n. 95/2016)
Art. 111. A partir do exercício nanceiro de 2018, até o exercício nanceiro de 2022, a
aprovação e a execução previstas nos §§ 9º e 11 do art. 166 da Constituição Federal
corresponderão ao montante de execução obrigatória para o exercício de 2017, corrigido na
forma estabelecida no inciso II do § 1º do art. 107 deste Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias. (Redação dada pela EC n. 126/2022)
Art. 111-A. A partir do exercício nanceiro de 2024, até o último exercício de vigência
do Novo Regime Fiscal, a aprovação e a execução previstas nos §§ 9º e 11 do art. 166 da
Constituição Federal corresponderão ao montante de execução obrigatória para o exercício
de 2023, corrigido na forma estabelecida no inciso II do § 1º do art. 107 deste Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias. (Incluído pela EC n. 126/2022)
Art. 112. As disposições introduzidas pelo Novo Regime Fiscal: (Incluído pela EC n.
95/2016)
I - não constituirão obrigação de pagamento futuro pela União ou direitos de outrem sobre o
erário; e (Incluído pela EC n. 95/2016)
II - não revogam, dispensam ou suspendem o cumprimento de dispositivos constitucionais e
legais que disponham sobre metas scais ou limites máximos de despesas. (Incluído pela
EC n. 95/2016)
Art. 113. A proposição legislativa que crie ou altere despesa obrigatória ou renúncia
de receita deverá ser acompanhada da estimativa do seu impacto orçamentário e
nanceiro. (Incluído pela EC n. 95/2016) #FGV (TJPE-22/TJAP-22/TJES-23)
É inconstitucional lei estadual que concede benefício scal sem a prévia estimativa de impacto
orçamentário e nanceiro exigida pelo art. 113 do ADCT.
O art. 113 do ADCT é aplicável a todos os entes da Federação e a opção do Constituinte de
disciplinar a temática nesse sentido explicita a prudência na gestão scal, sobretudo na
concessão de benefícios tributários que ensejam renúncia de receita.
STF. ADI 6303/RR, relator Min. Roberto Barroso, julgamento virtual nalizado em 11.3.2022 (Inf. 1046)
#FGV (TJPE-22/TJAP-22/TJES-23)
Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas
culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão
expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer
indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que
couber, o disposto no art. 5º. (Redação dada pela EC n. 81/2014)
TEMA 399-STF - A expropriação prevista no art. 243 da CF pode ser afastada, desde que o
proprietário comprove que não incorreu em culpa, ainda que in vigilando ou in eligendo”. STF. RE
635.336, rel. min. Gilmar Mendes, j. 14-12-2016, P, DJE de 15-9-2017 #FGV (TJAP-22)
Art. 117. A formalização dos parcelamentos de que tratam os arts. 115 e 116 deste Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias deverá ocorrer até 30 de junho de 2022 e
cará condicionada à autorização de vinculação do Fundo de Participação dos Municípios
para ns de pagamento das prestações acordadas nos termos de parcelamento, observada
a seguinte ordem de preferência: (Incluído pela EC n. 113/2021)
I - a prestação de garantia ou de contra garantia à União ou os pagamentos de débitos em
favor da União, na forma do § 4º do art. 167 da Constituição Federal; (Incluído pela EC n.
113/2021)
II - as contribuições parceladas devidas ao Regime Geral de Previdência Social; (Incluído
pela EC n. 113/2021)
III - as contribuições parceladas devidas ao respectivo regime próprio de previdência social.
(Incluído pela EC n. 113/2021)
(4) Questão(ões)
#FGV (TJPE-22) 211 - O governador do Estado Alfa pretende conceder uma isenção de ICMS para bene ciar
os adquirentes de automóveis no território estadual que sejam comprovadamente pessoas com
de ciência (PcD) Para tanto, envia projeto de lei à Assembleia Legislativa, requerendo aprovação de tal
benefício scal.
A partir desse cenário, tal isenção:
(A) poderia ser concedida também mediante decreto;
(B) dispensa a autorização do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz);
(C) necessita de estimativa de impacto orçamentário e nanceiro;
(D) não pode ser concedida, pois a atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória;
(E) con gura uma modalidade de extinção do crédito tributário.
211 Gabarito: C
#FGV (TJAP-22) 213 - João é proprietário de imóvel rural que engloba grande área na cidade Alfa, interior do
Estado. O imóvel de João, sem seu conhecimento, foi invadido por terceiras pessoas que passaram a
cultivar plantas psicotrópicas (maconha) de forma ilícita. O Município Alfa ajuizou ação perante a Justiça
Estadual visando à desapropriação con sco do imóvel de João.
No caso em tela, de acordo com o entendimento do Supremo Tribunal Federal, a expropriação prevista no
Art. 243 da Constituição da República de 1988:
(A) pode ser afastada, desde que o proprietário João comprove que não incorreu em dolo ou culpa grave,
pois possui responsabilidade subjetiva, vedada a inversão do ônus da prova, mas o Juízo deve
extinguir o processo sem resolução do mérito pela ilegitimidade ativa do Município Alfa, pois a ação
deve ser proposta pela União, na Justiça Federal;
(B) pode ser afastada, desde que o proprietário João comprove que não incorreu em dolo ou culpa grave,
pois possui responsabilidade subjetiva, vedada a inversão do ônus da prova, mas o Juízo deve
extinguir o processo sem resolução do mérito pela ilegitimidade ativa do Município Alfa, pois a ação
deve ser proposta pelo Estado;
(C) não pode ser afastada, pois João possui responsabilidade objetiva, vedada a inversão do ônus da
prova, e o Judiciário deve julgar procedente o pedido de desapropriação con sco, de maneira que o
imóvel de João seja destinado à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer
indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei;
(D) pode ser afastada, desde que o proprietário João comprove que não incorreu em culpa, ainda que in
vigilando ou in eligendo, pois possui responsabilidade subjetiva, com inversão do ônus da prova, mas
o Juízo deve extinguir o processo sem resolução do mérito pela ilegitimidade ativa do Município Alfa,
pois a ação deve ser proposta pela União, na Justiça Federal;
(E) não pode ser afastada, pois João possui responsabilidade objetiva, admitida a inversão do ônus da
prova, e o Judiciário deve julgar procedente o pedido de desapropriação con sco, sendo que todo e
qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do trá co ilícito de entorpecentes e
drogas a ns será con scado e reverterá a fundo especial com destinação especí ca, na forma da lei.
212 Gabarito: B
213 Gabarito: D
214 Gabarito: B