recompensas estão relacionadas com “os atos de justiça dos santos” que ataviam a Noiva para as Bodas do Cordeiro (Ap 19.7,8). Veremos acerca desta gloriosa festa que marcará a plena união entre o Noivo, que é Cristo e a sua Noiva, a Igreja. O Noivo vem em busca de uma Noiva pura (2Co 11.2). Sendo assim, estudemos cheios de esperança e temor acerca desta celebração sem precedentes na história da humanidade! ´ A parabola das Bodas 1. O matrimônio É recorrente nas Escrituras o uso da figura da relação entre o noivo e a noiva para ilustrar o relacionamento entre Cristo e a Igreja (Jo 3.29; 2Co 11.2; Ap 19.7,8). Como noivo da igreja, Cristo será lembrado como Aquele que deu Sua vida pela Noiva, por isso as Bodas são do Cordeiro (Ef 5.25). E estas Bodas podem melhor ser compreendidas quando conhecemos mais acerca do casamento judaico nos dias de Jesus. E este se dava em quatro fases que iam desde o noivado até o as bodas propriamente ditas, como vemos a seguir. (Lopes, H. Dias. Apocalipse, o futuro chegou : as coisas que breve devem acontecer. São Paulo: Hagnos, 2005. p 336). 2. As virgens (Mt 25.1-13) Dentro do sermão profético Cristo apresenta a parábola das Dez Virgens baseando-se no casamento judaico. O objetivo é advertir-nos acerca da vigilância e do preparo ante a iminente chegada do noivo (v.13). Ao interpretar os elementos da parábola temos: [1] as virgens eram damas de honra que acompanhavam o cortejo e que representam todos os que aguardam as Bodas; [2] as lâmpadas serviam para iluminar o caminho da procissão das bodas e representam uma vida piedosa e fervorosa mediante a Palavra, a fé e a santificação; [3] o azeite é o combustível que mantém a lâmpada acesa, assim representa a presença do Espírito mantendo o crente em uma vida de consagração e vigilância. Busquemos ser cheios do Espírito para mantermo-nos santos e fervorosos (Ef 5.18; 6.18; Jd 1.20,21). as dez virgens aguardando o Noivo 3. “Não vos conheço” À meia-noite, ou seja, na consumação de um dia ocorre a chegada do noivo, precedida por “um clamor” (1Co 15.51,52; 1Ts 4.15,16). Não havia mais tempo para reparar o erro! Apesar de irem comprar azeite, ao retornar ouviram a dura resposta do noivo: “não vos conheço” (v.12). Diante do inesperado momento da vinda do Noivo para buscar a sua Noiva remida, santa, que o ama (1Pe 3.18) e que reflete a glória do esposo (2Co 3.18) é tempo de buscar ao Senhor, ter uma vida de comunhão com o Pai e ser cheio do Espírito Santo. Isto implica muito mais do que o batismo no Espírito ou os dons, enseja em uma vida cheia do fruto do Espírito e constante vigilância (Lc 12.35,36; Gl 5.22,23). ´ CARACTERISTICAS DAS BODAS DO CORDEIRO 1. Quando se darão as Bodas do Cordeiro As Bodas do Cordeiro acontecerão após o Arrebatamento da Igreja e o Tribunal de Cristo. Em Apocalipse 19.7 está escrito: "...vindas são as bodas do Cordeiro e já a sua esposa se aprontou”; o adorno da Igreja acontece com a glorificação do corpo e as recompensas do Tribunal de Cristo. No versículo 8 a igreja surge como Noiva vestida de linho fino que são as justiças dos santos (ver Sl 45.14). Como a Noiva já se aprontou no Tribunal, entendemos que as Bodas do Cordeiro ocorrerão após este majestoso evento. E conforme os vv. 9,11,14 antecedem a 2ª Vinda gloriosa de Jesus à terra. 2. O grande banquete “[...] Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro” (Ap 19:9). Este banquete ocorrerá na terra, após as núpcias celestes (v. 7) e o retorno de Cristo com seus santos. A palavra grega traduzida para “chegou”, escrita no tempo aoristo (ato já consumado), significa que as das bodas estarão consumadas e precederão a segunda vinda de Cristo. Então, os santos de todas as eras, inclusive os que se salvaram na Tribulação participarão da Ceia das Bodas (Mt 8.11; 26.9; Is 25.6). Muitos se ocupam em sugerir o cardápio da Ceia (Ap 2.7,17) mas independetemente deste, certamente teremos o maior e mais glorioso de todos os banquetes, não pelo cardápio, e sim porque Cristo estará conosco na mesa da comunhão e nos servirá (Lc 12.36,37). 3. A conclusão do plano da redenção Apesar de enfrentar muitos desafios nesta vida, a Igreja deve permanecer fiel ao seu Noivo. Quantos jovens já se adequaram ao padrão mundano e esqueceram da fidelidade ao Senhor (Rm 12.1,2). Entretanto, só é Igreja quem foi purificado pelo Noivo (Ef 5.25-27; 1Jo 2.15), pois sem a santificação ninguém verá o Senhor (Hb 12.14). A Igreja aguarda em pureza o glorioso dia em que vai se encontrar com o seu Noivo. Esta é a nossa verdadeira esperança: nosso Noivo voltará, com grande glória e poder, acompanhado de Seus anjos. Finalmente toda sofrimento cessará e estaremos para sempre com o Noivo (Jo 14.1-4; Ct 2.4,12). TEMPO DE FESTA E DE ALEGRIA 1. Alegria, exultação e glória Em Apocalipse 19.1-3 João ouve um coro de júbilo: “Aleluia! A salvação e a glória, e o poder são do nosso Deus, [...] pois julgou a grande meretriz que corrompia terra [...] e das mãos dela vingou o sangue de seus servos”. A meretriz é julgada enquanto a Noiva é honrada; enquanto a meretriz tem vestes manchadas, a Noiva veste-se do linho puro; enquanto a meretriz é destruída, a Noiva participa da Ceia das bodas do Cordeiro. Oh! Que Dia glorioso será! 2. A esposa se aprontou A noiva deve manter-se pura e bela para o esposo, sem manchas morais e espirituais, sempre refletindo a santidade e a glória do Noivo mesmo em um mundo que jaz no maligno. Ela deve manter a fidelidade ao noivo, através de da Palavra de Deus. Deve amá-Lo e ser exclusiva d’Ele, sendo- Lhe inteiramente dedicada, santificada e consagrada, sem “flertar” com o mundo. Ser fiel a Aliança que assumiu no momento em que aceitou o sacrifício do Cordeiro como prova de amor. Finalmente, a noiva deve ansiar o dia das Bodas e estar preparada para a volta de Cristo, a fim de celebrar as núpcias reais. 3. Um chamado especial TÓPICO I Se por um lado os salvos em Cristo são convidados a entrarem no banquete da Ceia das bodas Cordeiro (Ap 19.9), por outro, as aves do céu são convidadas para a ceia de Deus a se banquetearem com as carnes dos grandes e pequenos, reis, comandantes, cavalos e seus cavaleiros (Ap 19.7,8). Nesta ceia de carnificina a ira de Deus estará sobre todos que rejeitaram a Cristo. Assim também quantos jovens, à semelhança dos convidados da parábola das Bodas (Mt 22.3,4), estão a inventar desculpas esfarrapadas para não seguir os caminhos do Senhor. Dizem: “sou jovem demais para seguir a Bíblia”, “sou ocupado demais para trabalhar para o Senhor”, “já sou crente, não preciso de mais nada”. Vigiemos para que sejamos dignos de entramos na Ceia das núpcias do Cordeiro. O Esposo pagou um alto preço de sangue para conquistar a sua amada Esposa, agora exigirá qualidade total para qualquer um estar ali. Diante desta gloriosa esperança resta-nos santificarmos e vigiar. E como diz o hino 206 da Harpa Cristã: “Ó irmão por Deus liberto, pelo sangue estás coberto, tens o teu perdão bem certo, salvo estás. Voz de júbilo ouviremos e no céu nós cantaremos. Cristo breve nós veremos. Aleluia! Lá nas bodas do Cordeiro sentaremos prazenteiros. Oh! Que gozo verdadeiro com Jesus! Pois no céu não há mais pranto. Eis que tudo será canto. Cristo vem buscar os santos. Aleluia! Sim à mesa sentaremos e com Cristo cearemos. Quão felizes nós seremos com Jesus! Para sempre gozaremos e com Cristo reinaremos Sua glória fruiremos. Aleluia!”