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Conceitos Básicos
2006
Nota do tradutor
i
CONTEÚDO
1 Introdução .........................................................................................................................1
1.1 Módulos do ABAQUS ...............................................................................................1
ii
4.4 Convergência da malha ............................................................................................84
4.5 Exemplos ABAQUS relacionados ...........................................................................88
4.6 Leituras sugeridas .....................................................................................................88
8 Não-linearidade.............................................................................................................115
8.1 Fontes de não-linearidade.......................................................................................116
8.1.1 Não-linearidade do material ...........................................................................................116
8.1.2 Não-linearidade de contato.............................................................................................117
8.1.3 Não-linearidade geométrica............................................................................................118
8.2 A solução de problemas não-lineares .....................................................................119
8.2.1 Passos, incrementos e iterações ......................................................................................120
8.2.2 Iterações e convergência no ABAQUS/Standard ...........................................................121
8.2.3 Controle automático de incremento no ABAQUS/Standard ..........................................123
8.3 Incluindo não linearidade numa análise com ABAQUS ........................................124
8.3.1 Não-linearidade geométrica............................................................................................124
8.3.2 Não-linearidade do material ...........................................................................................125
8.3.3 Não-linearidade de contato.............................................................................................126
8.4 Exemplo: Placa esconsa – análise não linear..........................................................126
8.4.4 Rodando a análise no ABAQUS/Explicit........................................................................134
iii
9.2.2 Comparação dos procedimentos implícito e explícito de integração no tempo .............138
9.2.3 Vantagens do método explícito de integração no tempo ................................................139
9.3 Incremento automático de tempo e estabilidade.....................................................140
9.3.1 Estabilidade condicional do método explícito................................................................140
9.3.2 Definição do limite de estabilidade ................................................................................140
9.3.3 Incremento de tempo automático versus incremento de tempo fixo no ABAQUS/Explicit
141
9.3.4 Escalonamento de massa para controlar o incremento de tempo ...................................142
9.3.5 Efeito do material sobre o limite de estabilidade ...........................................................143
9.3.6 Efeito da malha sobre o limite de estabilidade ...............................................................143
9.3.7 Instabilidade numérica....................................................................................................143
10 Materiais........................................................................................................................144
10.1 Definindo materiais no ABAQUS..........................................................................144
10.2 Plasticidade em metais dúcteis ...............................................................................144
10.2.1 Características de plasticidade em metais dúcteis......................................................145
10.2.2 Medidas de tensão e deformação para deformações finitas .......................................146
10.2.3 Definindo plasticidade no ABAQUS .........................................................................146
10.3 Selecionando elementos para problemas elasto-plásticos ......................................151
10.4 Exemplo: suporte metálico com plasticidade .........................................................152
10.4.1 10.4.1 Modifications to the model
153
10.4.2 10.4.2 Job monitor and diagnostics
155
10.4.3 10.4.3 Postprocessing the results
159
10.4.4 10.4.4 Adding hardening to the material model
160
10.4.5 10.4.5 Running the analysis with plastic hardening
161
10.4.6 10.4.6 Postprocessing the results
162
12 Contato ..........................................................................................................................169
iv
1 Introdução
O ABAQUS, depois de instalado no disco, possui uma série de módulos. O programa
ABAQUS/CAE constitui o ambiente ABAQUS completo. A rigor, o ABAQUS/CAE é um
pré e pós-processador gráfico.
Projetado para ser uma ferramenta genérica de simulação, o ABAQUS pode ser usado para
estudos além das análises estruturais simplesmente (tensão/deformação), possibilitando a
simulação de problemas em diversas áreas tais como transferência de calor, difusão de massa,
gerenciamento térmico de componentes elétricos (análise termo-elétrica acoplada), acústica,
mecânica dos solos (análises poro fluido-tensão acopladas) e análises piezelétricas.
O ABAQUS é simples de usar e oferece uma vasta gama de possibilidades ao usuário. Mesmo
as análises mais complexas podem ser facilmente modeladas. Por exemplo, problemas com
múltiplos componentes são modelados associando-se a geometria de cada componente com
seu respectivo modelo material. Na maioria das simulações, incluindo aquelas com grandes
não-linearidades, o usuário necessita apenas fornecer os dados de engenharia tais como a
geometria da estrutura, seu comportamento material, as condições de contorno e as cargas
aplicadas. Numa análise não-linear, o ABAQUS automaticamente seleciona os incrementos
apropriados de carga e as tolerâncias para convergência. O programa não apenas seleciona os
valores para esses parâmetros como também os ajusta continuamente durante a análise, a fim
de assegurar que uma solução acurada seja obtida eficientemente. O usuário raramente tem
que definir parâmetros para controlar a solução numérica do problema.
ABAQUS/Standard
ABAQUS/Explicit
ABAQUS/Explicit é um produto de análise para aplicações especiais que usa uma formulação
de elementos finitos dinâmica explícita. É apropriado para a modelagem de eventos de curta
1
duração e eventos transientes dinâmicos, tais como impacto e explosões, e é muito eficiente
também para problemas fortemente não-lineares envolvendo mudanças de condição de
contato, tais como problemas de conformação.
ABAQUS/CAE
ABAQUS/CAE é o ambiente gráfico interativo para o ABAQUS. Permite criar modelos com
rapidez e facilidade produzindo ou importando a geometria da estrutura a ser analisada e
decompondo essa estrutura em regiões discretizáveis. Podem-se associar propriedades físicas
e materiais à geometria, juntamente com cargas e condições de contorno. O ABAQUS/CAE
possui muitas opções poderosas para geração de malha e visualização dos resultados da
análise. Uma vez completo o modelo, o ABAQUS/CAE possibilita acionar, monitorar e
controlar os passos da análise.
ABAQUS/Viewer
ABAQUS/Aqua
ABAQUS/Design
ABAQUS/Foundation
2
2 Aspectos básicos do ABAQUS
Geometria discretizada
Elementos finitos e nós definem a geometria básica de uma estrutura física modelada no
ABAQUS. Cada elemento no modelo representa uma porção discreta da estrutura física, a
qual por sua vez é representada por muitos elementos interconectados. Os elementos são
conectados uns aos outros por meio de nós compartilhados entre eles. As coordenadas dos nós
e a conectividade dos elementos – isto é, quais nós pertencem a quais elementos –
compreendem a geometria do modelo. O conjunto de todos os elementos e nós de um modelo
é chamado de malha. Geralmente a malha será apenas uma aproximação da geometria real da
estrutura.
O tipo do elemento, sua forma e localização, bem como o número total de elementos usados
na malha, afeta o resultado obtido de uma simulação. Quanto maior a densidade da malha, ou
seja, quanto maior o número de elementos na malha, mais precisos são os resultados. À
medida que a densidade da malha aumenta, o resultado da análise converge para uma solução
única e o tempo de computação necessário para a execução da análise também aumenta. A
solução obtida do modelo numérico é geralmente uma aproximação da solução do problema
físico simulado. A quantidade de aproximações feitas na geometria do modelo, no
comportamento dos materiais, nas condições de contorno e no carregamento determina quão
bem a simulação representa o problema real.
O ABAQUS dispõe de uma vasta gama de elementos, muitos dos quais possuem geometria
não completamente definida pelas coordenadas de seus nós. Por exemplo, as camadas de uma
casca composta ou as dimensões de uma viga de seção I não são definidas pelos nós de um
elemento. Esses dados geométricos adicionais são definidos como propriedades físicas do
elemento e são necessários para definir a geometria do modelo completamente.
Na prática, é difícil obter informações precisas sobre os materiais. Em geral se trabalha com
representações aproximadas. Particularmente para os modelos de materiais mais complexos, a
validade dos resultados obtidos com o ABAQUS fica limitada pela precisão e quantidade dos
dados dos materiais.
3
Cargas e condições de contorno
As cargas aplicadas distorcem a estrutura, produzindo nela tensões internas. As formas mais
comuns de carregamentos incluem:
As condições de contorno são usadas para obrigar porções do modelo a permanecerem fixas
(deslocamentos nulos) ou sofrerem um deslocamento prescrito (deslocamentos não-nulos).
Numa análise estática é necessário definir condições de contorno suficientes para evitar que o
modelo sofra movimento de corpo rígido em qualquer direção. Caso contrário a matriz de
rigidez torna-se singular e a análise é abortada. O ABAQUS emite uma mensagem de alerta
caso detecte algum problema desse tipo durante a análise. É importante aprender a interpretar
essas mensagens de erro. Se aparece uma mensagem “numerical singularity” ou “zero pivot”
durante uma análise estática de tensões, deve-se verificar se falta ao modelo, no todo ou em
parte, restrições contra translações ou rotações de corpo rígido.
Numa análise dinâmica as forças de inércia evitam que o modelo sofra movimento infinito,
contanto que todas as partes do modelo tenham alguma massa; portanto, mensagens de erro
numa análise dinâmica usualmente indicam algum outro tipo de problema na modelagem, tal
como plasticidade excessiva.
Tipo de análise
O ABAQUS pode executar muitos tipos diferentes de simulações. Todavia, neste documento
trata-se apenas de análises de tensões estáticas e dinâmicas.
Numa análise estática obtém-se a resposta da estrutura a longo prazo, em função das cargas
aplicadas. Já nas análises dinâmicas, o interesse está em obter a resposta dinâmica da estrutura
em função do carregamento aplicado, por exemplo, o efeito de uma carga súbita num
componente, tal como ocorre durante um impacto, ou a resposta de um edifício num
terremoto.
Requisitos de saída
Uma simulação com ABAQUS pode gerar uma quantidade considerável de resultados. Para
evitar o gasto excessivo de espaço em disco, pode-se limitar os dados de saída apenas aos
necessários para a adequada interpretação dos resultados.
4
2.2 Introdução ao ABAQUS/CAE
Model Tree
A Model Tree (árvore do modelo) dá uma visão geral gráfica do modelo e dos objetos que ele
contém, tais como componentes (parts), materiais, passos, cargas, e requisitos de saída. Além
disso, a Model Tree fornece ao usuário um meio conveniente e centralizado dele transitar
entre os diversos módulos da aplicação e gerenciar os muitos objetos que fazem parte de um
modelo numérico. Se o seu arquivo contém mais de um modelo, você pode usar a Model Tree
para mexer num modelo ou no outro. Quando se familiariza com a Model Tree, você descobre
que pode executar rapidamente a maioria das ações encontradas no menu principal, nas várias
toolboxes, e nos diversos gerenciadores (managers). Para mais informação, veja “Working
with the Model Tree,” Section 3.5 of the ABAQUS/CAE User's Manual.
5
2.3 Exemplo: criando um modelo de uma grua suspensa com ABAQUS/CAE
Este exemplo de uma grua suspensa, mostrado na Figura 2-5, introduz você no processo de
modelagem com o ABAQUS/CAE usando a Model Tree e mostrando os passos básicos que
devem ser seguidos para criar e analisar um modelo simples. A grua é uma estrutura bem
simples, constituída de uma treliça formada por barras articuladas, com o apoio esquerdo
engastado e o direito articulado com translação vertical impedida e horizontal liberada. As
barras podem girar livremente nos nós. A estrutura é impedida de se mover fora do seu plano.
Primeiro se faz uma simulação com o ABAQUS/Standard para determinar a deformação da
treliça sob carga estática, bem como o pico de tensão em suas barras, quando uma carga de
10 kN é aplicada, como mostrado na Figura 2-5. A simulação é executada uma segunda vez
no ABAQUS/Explicit admitindo-se a hipótese de que a carga é aplicada subitamente, para
estudar a resposta dinâmica da estrutura.
Um script Python para este exemplo está disponível em “Overhead hoist frame,” Section A.1.
Quando rodado no ABAQUS/CAE, esse script cria o modelo completo de análise para este
problema. Rode o script se você tiver dificuldades seguindo as instruções dadas abaixo, ou se
6
você quiser verificar o seu trabalho. No Appendix A, “Example Files.” são dadas instruções
sobre como localizar e rodar o script.
Como já mencionado, assume-se que você irá usar o ABAQUS/CAE para gerar o modelo.
Entretanto, se você não tem acesso ao ABAQUS/CAE ou outro pré-processador, o arquivo de
entrada que define este problema pode ser criado manualmente, como discutido em “Creating
an input file,” Section 2.3 of Getting Started with ABAQUS/Standard: Keywords Version.
As instruções deste guia pressupõem que você está usando um mouse com 3 botões. Assim, o
botão esquerdo é o botão 1, o do meio o botão 2 e o direito o botão 3. Se você estiver usando
um mouse de apenas 2 botões, deve clicar simultaneamente os dois botões para simular o
efeito do botão do meio.
2.3.1 Unidades
Antes de começar a definir este ou qualquer outro modelo, você deve decidir qual sistema de
unidade irá utilizar. O ABAQUS não possui um sistema de unidades nativo. Todos os dados
fornecidos pelo usuário devem ser especificados em unidades consistentes. Alguns sistemas
de unidades consistentes são mostrados na Tabela 2–1.
Você iniciará o problema da grua suspensa criando uma peça reticulada deformável bi-
dimensional. Você faz isso desenhando a geometria da treliça. O ABAQUS/CAE entra no
editor de geometria (Sketcher) automaticamente quando você cria uma peça.
7
Figura 2–6 Mensagens e instruções são mostradas na área de prompt (prompt area).
Clique no botão Cancel para cancelar a tarefa corrente. Clique no botão Previous para
cancelar o passo corrente na tarefa e retornar ao passo anterior (Figura 2-6).
1. Se você ainda não iniciou o ABAQUS/CAE, digite abaqus cae, onde abaqus é o
comando usado para executar o ABAQUS.
O ABAQUS/CAE então entra no módulo Part. A Model Tree aparece ao lado esquerdo
da janela principal. Entre a Model Tree e o canvas fica a Part module toolbox. Uma
toolbox contém um conjunto de ícones que permite aos usuários experientes bypassar o
menu principal. Para muitas ferramentas, quando você seleciona um item do menu
principal ou da Model Tree, a ferramenta correspondente é realçada na toolbox de forma
que você pode perceber sua localização.
3. Na Model Tree, clique duas vezes no contêiner Parts para criar uma nova peça.
Você usa a janela Create Part para nomear a peça, escolher seu espaço de modelagem,
seu tipo e característica básica e para configurar seu tamanho aproximado. Você pode
editar e renomear uma peça depois de criá-la; você pode também mudar seu espaço de
modelagem e o seu tipo mas não sua característica básica.
8
referência. Você deve selecionar esse valor pensando na maior dimensão da sua peça.
Relembra-se que o ABAQUS/CAE não usa unidades específicas, mas as unidades devem
ser consistentes durante toda a criação do modelo. Neste modelo usa-se o sistema SI de
unidades.
8. As posições dos nós na parte superior da treliça não são óbvias mas podem ser facilmente
determinadas tirando-se partido do fato que as barras da treliça formam ângulo de 60°
entre si. Neste caso, pode-se usar algumas facilidades que o software oferece para
determinar esses pontos.
Você pode criar alguns elementos auxiliares no Sketcher que ajudam a posicionar e
alinhar as entidades geométricas do seu modelo (essas facilidades são chamadas na
documentação do ABAQUS de construction geometry). O Sketcher permite adicionar
9
linhas de construção e círculos ao desenho; além disso, os próprios pontos isolados podem
ser considerados como auxiliares para a definição da geometria do modelo.
b. Entre com o valor 60.0 na prompt area como o ângulo que a construction line fará
com a horizontal.
c. Posicione o cursor no ponto (–1.0, 0.0) e clique nele para criar uma construction line.
9. De modo similar, crie construction lines passando pelos outros dois pontos criados no
passo 8.
a. Crie outra angular construction line fazendo 60° com a horizontal passando pelo
ponto (0.0, 0.0).
b. Crie duas angular construction lines fazendo 120° com a horizontal passando pelos
pontos (0.0, 0.0) e (1.0, 0.0). (Você terá que sair da ferramenta de desenho clicando
o botão do meio do mouse na viewport e então selecionando novamente a
ferramenta para entrar com outro valor de ângulo.)
10
Figura 2–7 Elementos auxiliares para construção do desenho do modelo: pontos e
linhas.
10. Se você cometer erros enquanto utiliza o Sketcher, pode apagar elementos da seguinte
maneira:
11. Crie linhas para definir a treliça. Quando você está criando entidades no desenho e move o
cursor sobre o esquema, o ABAQUS/CAE mostra determinados pontos pré-selecionados
(por exemplo, nas interseções entre elementos) que ajudam a alinhar os objetos com
precisão. Usando a ferramenta Create Lines: Connected localizada no canto superior
direito da toolbox do Sketcher, conecte os pontos criados com linhas. Também lembre-se
de criar as linhas internas representando as barras de travamento da treliça. O desenho
final é mostrado na Figura 2–8.
11
Figura 2–8 Esquema da geometria da treliça.
12. Da prompt area (na parte de baixo da janela principal), clique em Done para sair do
Sketcher.
Nota: Se você não consegue ver o botão Done na prompt area, continue clicando o
botão do meio do mouse na viewport até ele aparecer.
13. Antes de continuar, grave seu modelo num model database file.
Você deve sempre salvar seu modelo a intervalos regulares (por exemplo, a cada vez que você
comuta entre módulos); o ABAQUS/CAE não salva o modelo automaticamente.
Neste problema todas as barras do modelo são constituídas de aço e assumidas como elásticas
lineares com Módulo de Young igual a 200 GPa e coeficiente de Poisson de 0,3. Assim, você
vai criar um único material elástico linear com essas propriedades.
1. Na Model Tree, clique duas vezes sobre o contêiner Materials para criar um novo
material.
12
Mechanical Elasticity. Quando você seleciona uma opção de material, o
formulário de entrada de dados apropriado aparece abaixo do menu.
5. Digite o valor de 200.0E9 para o módulo de Young e o valor 0.3 para o coeficiente
de Poisson nos campos respectivos. Use [Tab] ou mova o cursor para uma nova célula
e clique nela para mudar de célula.
6. Clique OK para sair do editor de materiais.
Para o modelo em questão você criará uma única seção de treliça que será atribuída à
estrutura selecionando-se todo o modelo na viewport. A seção irá se referir ao material Steel
que você já criou, bem como definir a área da seção transversal para as barras da treliça.
Uma seção de treliça requer somente uma referência a um material e a área da seção
transversal. Lembre-se que as barras do modelo possuem seção circular com 0,005 m de
diâmetro. Assim, sua área de seção transversal é 1.963 × 10–5 m2.
Dica: Você pode usar a linha de comando (CLI) como uma calculadora simples. Por
exemplo, para calcular a área da seção transversal das barras da treliça, clique na guia no
canto inferior esquerdo da janela do ABAQUS/CAE para ativar a linha de comendo, digite
3.1416*0.005**2/4.0 no prompt de comando, e tecle [Enter]. O valor da área da seção
transversal será mostrado na CLI.
13
Para definir uma seção de treliça:
1. Na Model Tree, dê um duplo clique no contêiner Sections para criar uma seção.
1. Na Model Tree, expanda o ramo para a part chamada Frame clicando no símbolo “ ”
do contêiner Parts e, em seguida, clique no “ ” para expandir o item Frame.
2. Dê um duplo clique em Section Assignments na lista de atributos da peça que
aparece.
4. Clique o botão do meio do mouse na viewport ou clique em Done na prompt area para
aceitar a geometria selecionada.
A janela Edit Section Assignment aparece contendo uma lista de seções existentes.
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O ABAQUS/CAE atribui a seção de treliça à estrutura, colorindo-a de azul claro para
indicar que a região possui uma configuração de seção, e fecha a janela Edit Section
Assignment.
Cada peça (part) que você cria está orientada no seu próprio sistema de coordenadas e é
independente das outras peças do modelo. Embora possa conter muitas partes, um modelo
possui apenas uma montagem. Você define a geometria da montagem criando instâncias da
peça e então posicionando as instâncias relativamente umas às outras num sistema global de
coordenadas. Uma instância pode ser dependente ou independente. Instâncias de peças
independentes têm sua malha gerada individualmente, enquanto a malha da instância de uma
peça dependente é associada com a malha da peça original. Para mais detalhes sobre isso, veja
“Working with part instances,” Section 13.3 of the ABAQUS/CAE User's Manual. Por
default, instâncias de peças são sempre dependentes.
Para este problema você vai criar uma única instância da sua treliça. O ABAQUS/CAE
posiciona a instância de forma que a origem do esquema que define a estrutura se sobreponha
ao sistema de coordenadas default da montagem.
O ABAQUS/CAE cria uma instância da grua suspensa. Neste exemplo a única instância da
treliça define a montagem. A estrutura é mostrada no plano 1–2 do sistema global de
coordenadas (um sistema retangular cartesiano). Uma tríade no canto inferior esquerdo da
viewport indica a orientação do modelo com respeito à vista. Uma segunda tríade na viewport
indica a origem e orientação do sistema global de coordenadas (eixos -, -, e -). O eixo
global 1- é o eixo horizontal da grua, o eixo global 2 é o eixo vertical, e o eixo global 3 é
normal ao plano da estrutura. Para problemas bi-dimensionais como este o ABAQUS exige
que o modelo esteja num plano paralelo ao plano global 1-2.
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O ABAQUS/CAE gera o passo inicial automaticamente, mas o passo de análise deve ser
criado por você. Você deve também solicitar a saída de resultados para quaisquer passos de
análise.
Existem dois tipos de passos de análise no ABAQUS: passos de análise gerais, que podem ser
utilizados para analisar respostas lineares e não-lineares, e passos de perturbação linear, que
podem ser usados para analisar somente problemas lineares. No ABAQUS/Explicit estão
disponíveis somente passos de análise gerais. Para esta simulação você irá definir um passo de
perturbação estática linear. Procedimentos de perturbação são discutidos em Chapter 11,
“Multiple Step Analysis.”
Crie um passo de perturbação linear estática que se seguirá ao passo inicial de análise.
1. Na Model Tree, clique duas vezes no contêiner Steps para criar um passo.
O ABAQUS/CAE comuta para o módulo Step, e a janela Create Step aparece. Uma
lista de todos os procedimentos gerais e um nome default para o passo (“Step-1”) são
fornecidos.
2. Mude o nome do passo para “Apply load”.
3. Selecione Linear perturbation como o Procedure type.
4. Da lista de procedimentos de perturbação linear na janela Create Step selecione
Static, Linear perturbation e clique em Continue.
A janela Edit Step aparece com as configurações default para um passo de
perturbação estática linear.
5. A guia Basic é selecionada por default. No campo Description, digite “10 kN
central load”.
6. Clique na guia Other para ver seu conteúdo; você pode aceitar os valores default
fornecidos para o passo.
7. Clique em OK para criar o passo e sair da janela Edit Step.
As análises por elementos finitos podem gerar uma quantidade considerável de resultados. O
ABAQUS permite que você controle e gerencie essa saída de forma que somente os dados
estritamente necessários para interpretar os resultados de sua simulação sejam produzidos.
Quatro tipos de saída estão disponíveis para uma análise do ABAQUS:
• Os resultados são armazenados num arquivo binário neutro usado pelo
ABAQUS/CAE para pós-processamento. Esse arquivo é chamado de ABAQUS output
database file e possui extensão “.odb”.
• Tabelas impressas de resultados, escritas num arquivo tipo ABAQUS data file (.dat).
A saída do arquivo .dat está disponível apenas no ABAQUS/Standard.
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• Restart data usados para continuar uma análise interrompida, escritos num arquivo
tipo ABAQUS restart file (.res).
• Resultados guardados em arquivos binários para pós-processamento posterior com
software de terceiros, escritos num arquivo tipo ABAQUS results file (.fil).
Você irá utilizar apenas o primeiro desses arquivos na simulação da grua suspensa. Uma
discussão detalhada sobre a saída do arquivo .dat pode ser consultada em “Output to the
data and results files,” Section 4.1.2 of the ABAQUS Analysis User's Manual.
Por default, o ABAQUS/CAE escreve os resultados da análise no output database file (.odb).
Quando você cria um passo, o ABAQUS/CAE automaticamente gera a saída default para
aquele passo. Uma lista de variáveis pré-selecionadas escritas por default no output database
file é dada em ABAQUS Analysis User's Manual. Você não precisa fazer nada para aceitar
esses defaults. Você usa o Field Output Requests Manager para requisitar a saída de
variáveis que devem ser escritas com baixa freqüência no output database, acerca do modelo
inteiro, ou de uma grande porção do modelo. Você usa o History Output Requests Manager
para requisitar a saída de variáveis que devem ser escritas com altas freqüências no output
database referentes a uma pequena parte do modelo; por exemplo, o deslocamento de um
único nó.
Para este exemplo você irá examinar os requisitos de saída para o arquivo .odb e aceitar a
configuração default.
1. Na Model Tree, clique o botão direito do mouse no contêiner Field Output Requests
e selecione Manager do menu que aparece.
O ABAQUS/CAE mostra o Field Output Requests Manager. Esse gerenciador
mostra uma lista em ordem alfabética dos requisitos de saída do lado esquerdo da
janela. Os nomes de todos os passos da análise aparecem no topo da janela em ordem
de execução A tabela formada por essas duas listas mostra o estado de cada requisito
de saída em cada passo.
Você pode usar o Field Output Requests Manager para fazer o seguinte:
17
• A lista de variáveis requisitadas para os resultados.
• O status da requisição de saída (output).
3. No lado direito do Field Output Requests Manager, clique em Edit para ver
informações mais detalhadas acerca da requisição de saída.
O field output editor aparece. Na região Output Variables da janela, há uma text box
que lista todas as variáveis que serão listadas na saída. Se você altera um requisito de
saída é sempre possível torná-lo à configuração default clicando em Preselected
defaults acima da text box.
4. Clique nas setas próximas a cada categoria de variáveis de saída para ver exatamente
quais variáveis serão listadas. As caixinhas próximas ao título de cada categoria
permitem que você veja de relance se todas as variáveis naquela categoria serão
listadas. Uma marca preta indica que todas as variáveis serão listadas, enquanto uma
marca cinza indica que somente algumas variáveis serão listadas.
Com base nas seleções mostradas na base da janela, os dados serão gerados em
qualquer ponto default da seção no modelo e serão escritos no output database após
cada incremento durante a análise.
5. Clique em Cancel para fechar o field output editor, já que você não deverá desejar
fazer qualquer mudança nos requisitos default de saída neste momento.
6. Clique em Dismiss para fechar o Field Output Requests Manager.
7. Reveja o histórico dos requisitos de saída de forma similar clicando o botão direito do
mouse no contêiner History Output Requests na Model Tree e abrindo o history
output editor.
Condições prescritas, tais como cargas e condições de contorno, são dependentes dos passos
em que elas estão, o que significa dizer que você deve especificar o passo ou os passos nos
quais elas se tornam ativas. Agora que você definiu os passos da análise, você pode definir
condições prescritas.
Em análise estrutural, as condições de contorno são aplicadas àquelas regiões do modelo onde
os deslocamentos e/ou rotações são conhecidos. Tais regiões podem ter suas deslocabilidades
restringidas de forma a permanecerem fixas durante a simulação (ter deslocamentos ou
rotações nulas), ou, então, ter deslocamentos e/ou rotações não nulos especificados.
18
Neste modelo a porção inferior esquerda da treliça está completamente restringida, de tal
forma que não pode se mover em nenhuma direção. A porção inferior direita, entretanto, é
fixa na direção vertical mas é livre para se mover na direção horizontal. As direções nas quais
o movimento é possível (liberado) são chamadas “graus de liberdade” (degrees of freedom
[dof] ).
19
3. Na viewport, selecione o vértice inferior esquerdo da treliça como a região à qual a
condição de contorno será aplicada.
4. Clique o botão do meio do mouse na viewport ou clique em Done na prompt area para
indicar que você terminou de selecionar regiões.
A janela Edit Boundary Condition aparece. Quando você está definindo uma
condição de contorno no passo inicial, todos os graus de liberdade estão liberados por
default.
Neste exemplo todas as restrições de apoio estão nas direções globais 1- e 2-. Em muitos
casos são necessárias restrições em direções não alinhadas com as direções globais. Nesses
casos você pode definir um sistema de coordenadas local para aplicação das condições de
contorno. O exemplo de uma placa esconsa no Chapter 5, “Using Shell Elements,” demonstra
como fazer isso.
Agora que a treliça já está restringida você pode aplicar uma carga a ela. No ABAQUS o
termo load (como no módulo Load no ABAQUS/CAE) geralmente se refere a qualquer coisa
que induz uma mudança na resposta de uma estrutura em relação ao seu estado inicial,
incluindo:
• forças concentradas,
• pressões,
• condições de contorno não-zero,
• forças de corpo, e
• temperatura (com expansão térmica do material definido).
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Algumas vezes o termo load é usado para se referir especificamente a quantidades do tipo
força (como no Load Manager no módulo Load); por exemplo, forças concentradas,
pressões, e forças de corpo, mas não condições de contorno e temperatura. O real significado
do termo no caso em questão deve ser depreendido em função do contexto.
Nesta simulação será aplicada uma força concentrada de 10 kN no sentido negativo da direção
2- na parte central inferior da treliça; a força é aplicada durante um passo de perturbação
linear que você criou anteriormente. Na realidade, a situação de uma carga concentrada ou de
uma força aplicada num ponto nunca ocorre; a força sempre é aplicada sobre uma área finita.
Entretanto, se a área sendo carregada é pequena, é razoável tratá-la como carga concentrada.
4. Na viewport, selecione o vértice na parte inferior central da treliça como a região onde
a carga será aplicada.
5. Clique o botão do meio do mouse na viewport ou clique em Done na prompt area para
indicar que você terminou de selecionar regiões.
21
O ABAQUS/CAE mostra uma seta apontando para baixo no vértice indicado
para indicar que a força está aplicada no sentido negativo da direção 2-.
7. Examine o Load Manager e note que a nova carga está Created (ativada) no passo
de análise Apply load.
8. Clique em Dismiss para fechar o Load Manager.
Agora você vai gerar a malha de elementos finitos. Você pode escolher a técnica de geração
de malha que o ABAQUS/CAE irá utilizar para criar a malha, a forma do elemento, e o tipo
do elemento. A técnica de geração da malha para regiões unidimensionais (como as deste
exemplo) não pode ser mudada, ou seja, para o caso unidimensional só existe uma técnica de
geração de malha. O ABAQUS/CAE usa várias técnicas diferentes de geração de malha. A
técnica de geração de malha default atribuída ao modelo é indicada pela cor do modelo
quando você entra no módulo Mesh; se o ABAQUS/CAE mostra o modelo em laranja,
significa que a malha não pode ser gerada automaticamente sem a sua assistência.
Nesta seção você irá associar ao modelo um tipo particular de elemento implementado no
ABAQUS. Embora você vá associar o tipo do elemento agora, você poderia também esperar
até depois da malha ter sido criada.
Serão usados elementos de treliça bi-dimensionais para modelar a estrutura. Esses elementos
são escolhidos porque elementos de treliça, que só suportam tração e compressão axiais, são
ideais para modelar sistemas reticulados articulados tais como a grua suspensa deste exemplo.
1. Na Model Tree, expanda o item Frame dentro do contêiner Parts. Dê um clique duplo
em Mesh na lista que aparece.
22
Uma vez que o modelo é uma treliça bi-dimensional, somente elementos de treliça bi-
dimensionais são mostrados na página Line. Uma descrição do elemento tipo T2D2
aparece embaixo na janela. O ABAQUS/CAE irá associar elementos T2D2 elements
com os elementos na malha.
Criando a malha
A operação de gerar a malha é feita basicamente em duas etapas: primeiro você semeia as
bordas da instância da peça, e então você gera a malha da instância da peça. Você seleciona o
número de sementes com base no tamanho desejado do elemento ou no número de elementos
que você quer ao longo de uma borda, e o ABAQUS/CAE coloca nós da malha nos pontos
semeados quando é possível. Para este problema você irá criar um elemento para cada barra
da treliça.
Dica: Você pode exibir os números dos nós e dos elementos quando dentro do módulo Mesh
selecionando View Part Display Options no menu principal. Marque Show node labels e
Show element labels na página Mesh da janela Part Display Options que aparece.
Agora que você configurou sua análise, você vai criar um job associado ao seu modelo.
O ABAQUS/CAE comuta para o módulo Job, e a janela Create Job aparece com uma
lista de modelos no banco de dados de modelos. Quando você terminar de definir seu
job, o contêiner Jobs mostrará uma lista dos seus jobs.
23
2. Nomeie o job como Frame, e clique em Continue.
Tendo gerado o modelo para esta simulação, você agora está pronto para rodar a análise.
Infelizmente, é possível que haja erros no modelo, devido a dados incorretos ou omitidos.
Você deve executar um data check antes de rodar a simulação.
1. Assegure-se que Job Type está configurado para Data check. Na Model Tree, clique
com o botão direito do mouse no job Frame e selecione Submit do menu que aparece.
Isto submete seu job à análise.
2. Após submeter seu job, são mostradas algumas informações próximas ao nome do job
indicando seu status. O status do problema da grua suspensa indica uma das seguintes
condições:
• Submitted enquanto o job está sendo submetido à análise.
• Running enquanto o ABAQUS analisa o modelo.
• Completed quando a análise está completa, e a saída foi escrita no output
database.
• Aborted se o ABAQUS/CAE encontra algum problema no arquivo de entrada
ou na análise e aborta a análise. Além do mais, o ABAQUS/CAE reporta o
problema na message area (ver Figura 2–2).
1. Na Model Tree, clique o botão direito do mouse no job Frame e selecione Monitor do
menu que aparece para abrir a janela job monitor.
• Clique na guia Log para mostrar os tempos inicial e final para a análise que
aparecem no arquivo de log (.log).
• Clique nas guias Errors e Warnings para mostrar os primeiros 10 erros ou os
primeiros 10 avisos que aparecem nos arquivos de dados (.dat) e mensagens
24
(.msg). Se uma região particular do modelo está causando o erro ou o aviso,
será criado automaticamente um conjunto de nós ou elementos que contém
aquela região. O nome do conjunto de nós ou elementos aparece junto com o
erro ou mensagem, e você pode ver o conjunto usando grupos de visualização
(display groups) no módulo de visualização.
Não será possível executar a análise até que as causas dos erros ou mensagens
sejam corrigidas. Além do mais, você deve sempre investigar a razão de
quaisquer mensagens de alerta para determinar se a ação corretiva é necessária
ou se as mensagens podem ser ignoradas com segurança.
• Clique na guia Output para mostrar um registro de cada linha de dados escrita
no output database.
Faça qualquer correção necessária no seu modelo. Quando o data check concluir sem
mensagens de erro, a análise pode ser rodada. Para fazer isso, edite a definição do job e
configure o Job Type para Continue analysis; então re-submeta seu job para análise.
Você deve sempre executar um data check antes de rodar uma simulação para assegurar-se de
que o modelo foi definido corretamente e para verificar se há memória e espaço em disco
suficientes para completar a análise. Entretanto, é possível encadear a fase de data check com
a análise configurando o Job Type para Full analysis.
Se se prevê que a simulação vai levar um tempo grande para ser executada, pode ser
conveniente executá-la em background selecionando Queue como o Run Mode. (O resultado
dependerá de seu computador. Se você tem dúvidas sobre essa questão, consulte o seu
administrador do sistema sobre como rodar o ABAQUS no seu ambiente.)
Quando o job é completado com sucesso, você pode ver os resultados da análise com o
módulo de visualização. Na Model Tree, clique o botão direito do mouse no job Frame e
selecione Results do menu que aparece para entrar no módulo de visualização. O
25
ABAQUS/CAE abre o output database criado pelo job e mostra um gráfico rápido do modelo.
Um gráfico rápido é uma representação básica do modelo indeformado e é uma indicação de
que você abriu o arquivo desejado. Alternativamente, você pode clicar em Visualization na
lista de módulos localizada sob a toolbar, selecione File Open, e aponte para Frame.odb da
lista de arquivos de saída disponíveis e clique em OK.
Importante: Os gráficos rápidos não mostram resultados e não podem ser customizados, por
exemplo, para mostrar os números dos elementos ou nós. Você deve exibir o modelo
indeformado para customizar a aparência do modelo.
Agora você vai visualizar a figura do modelo indeformado e usar as opções de gráfico para
ativar a visualização dos números dos nós e dos elementos no gráfico.
26
Figura 2–11 Modelo indeformado.
1. Na página Labels da janela Undeformed Shape Plot Options, marque a opção Show
element labels.
2. Clique em OK.
27
O gráfico resultante é mostrado na Figura 2–13 (os seus números de elementos podem ser
diferentes dependendo da ordem com a qual você desenhou as barras da treliça).
Para desativar a visualização dos números dos nós e dos elementos na indeformada, repita o
procedimento acima e, na página Labels, desmarque as opções Show node labels e Show
element labels.
Agora você irá visualizar a deformada do modelo e usar as opções de visualização para
modificar o fator de escala e sobrepor a indeformada à deformada.
28
2. Da janela Deformed Shape Plot Options, clique na guia Basic caso ela já não esteja
selecionada.
3. Da área Deformation Scale Factor, marque a opção Uniform e entre com o valor
10.0 no campo Value.
4. Clique em Apply para exibir novamente a deformada.
Você pode usar o ABAQUS/CAE para verificar que o modelo está correto antes de rodar a
simulação. Você já aprendeu como plotar vistas do modelo e a visualizar os números dos nós
e dos elementos. Essas são ferramentas úteis para checar se o ABAQUS está usando a malha
correta.
29
2. Do menu principal, selecione View ODB Display Options.
3. Na janela ODB Display Options, clique na guia Entity Display.
4. Marque a opção Show boundary conditions.
5. Clique em OK.
Além das capacidades gráficas descritas acima, o ABAQUS/CAE permite a você escrever
dados num arquivo texto em formato tabular. Esse recurso é uma alternativa conveniente para
escrever dados de saída tabulados nos arquivos de dados (.dat). A saída gerada dessa forma
tem muitas utilidades; por exemplo, pode ser utilizada em relatórios escritos. Neste problema
você vai gerar um relatório contendo as tensões nos elementos, os deslocamentos nodais, e as
reações de apoio.
30
7. Na página Variable da janela Report Field Output, desligue U: Spatial
displacement, e selecione RF1 e RF2 dentre as variáveis disponíveis na lista RF:
Reaction force.
8. Na região Data no pé da página Setup, marque a opção Column totals.
9. Clique em OK.
As reações de apoio são acrescentadas ao arquivo do relatório, e a janela Report Field
Output é fechada.
Abra o arquivo Frame.rpt num editor de textos. O conteúdo desse arquivo é mostrado a
seguir.
===========================================================================
Stress output:
Field Output Report
Source 1
---------
ODB: Frame.odb
Step: "Apply load"
Frame: Increment 1: Step Time = 2.2200E-16
Minimum -294.116E+06
At Element 7
Int Pt 1
Maximum 294.116E+06
At Element 4
Int Pt 1
Displacement output:
Field Output Report
Source 1
---------
31
ODB: Frame.odb
Step: "Apply load"
Frame: Increment 1: Step Time = 2.2200E-16
Field Output reported at nodes for Region(s) FRAME-1: solid < STEEL >
At Node 2 1
Maximum 1.47058E-03 -5.E-33
At Node 4 5
Source 1
---------
ODB: Frame.odb
Step: "Apply load"
Frame: Increment 1: Step Time = 2.2200E-16
Field Output reported at nodes for Region(s) FRAME-1: solid < STEEL >
Minimum 0. 0.
At Node 4 3
32
Os deslocamentos nodais e os picos de tensão nos elementos, individualmente, são razoáveis
para essa treliça e para as cargas aplicadas?
É sempre uma boa idéia checar se os resultados da simulação satisfazem a princípios físicos
básicos. Neste caso, verifique se a soma das forças externas aplicadas à treliça é zero nas
direções vertical e horizontal.
Quais nós possuem forças verticais aplicadas a eles? Quais nós possuem forças horizontais?
Os resultados da sua simulação coincidem com aqueles mostrados aqui?
Nós vamos reprocessar a mesma análise no ABAQUS/Explicit para comparação. Desta vez
estaremos interessados na resposta dinâmica à mesma carga aplicada na mesma posição
porém subitamente. Antes de prosseguir proceeding, clique o botão direito do mouse em
Model-1 na Model Tree e selecione Copy Model do menu que aparece para copiar o modelo
existente para um novo modelo chamado Explicit. Faça todas as mudanças a seguir para o
modelo Explicit model (você deve recolher a árvore relativa ao modelo original para evitar
confusão). Você vai precisar substituir o passo estático por um passo explícito dinâmico,
modificar os requisitos de saída e alterar a definição do material, além de mudar o tipo de
elemento antes de re-submeter seu job.
A definição do passo deve mudar para refletir uma análise dinâmica explícita.
1. Na Model Tree, expanda o contêiner Steps. Clique o botão direito do mouse no passo
Apply load, e selecione Replace do menu que aparece.
2. Na janela Replace Step, selecione Dynamic, Explicit da lista General de
procedimentos disponíveis.
3. Na página Basic da janela Edit Step, digite “10 kN central load, suddenly
applied” na descrição do passo e configure o período de tempo para 0.01 s.
Porque esta é uma análise dinâmica na qual a resposta transiente da estrutura é de interesse, é
útil ter os deslocamentos do ponto central, onde a carga é aplicada, gravados ao longo do
tempo, registrando um histórico do fenômeno. O histórico dos deslocamentos pode ser
requisitado somente de um conjunto pré-selecionado. Assim, você deve criar um conjunto que
contém o vértice correspondente ao nó inferior central da treliça. Então você vai acrescentar
os deslocamentos aos requisitos de saída.
33
Para criar um conjunto:
3. Sob o campo Domain, selecione Set. O ABAQUS automaticamente fornece ima lista
de todos os conjuntos criados para um dado modelo. Neste caso você criou somente
um conjunto, chamado Center.
4. Na região Output Variables, desligue o resultado Energy e clique na seta à esquerda
da categoria Displacement/Velocity/Acceleration para revelar as opções de saída em
histórico para translações e rotações.
5. Marque U, Translations and rotations para que as translações e rotações para o
conjunto selecionado sejam escritas no arquivo de saída.
6. Clique em OK para salvar suas mudanças e fechar a janela. Dispense o History
Output Requests Manager.
Para que o ABAQUS/Explicit execute uma análise dinâmica, é necessário uma definição
completa do material, o que inclui especificar sua densidade. Para este problema assuma a
densidade do aço igual a 7800 kg/m3.
Como será discutido no Chapter 3, “Finite Elements and Rigid Bodies,” os elementos
disponíveis no ABAQUS/Explicit são um subconjunto daqueles disponíveis no
ABAQUS/Standard. Assim, para assegurar que você está utilizando um elemento válido em
sua análise, você deve alterar a biblioteca de elementos da qual os elementos são selecionados
para a biblioteca de elementos explícitos. O ABAQUS/CAE automaticamente filtra os tipos
34
de elementos disponíveis de acordo com a biblioteca selecionada. Após mudar a biblioteca de
elementos, você vai criar e rodar um novo job para a análise com o ABAQUS/Explicit.
1. Na Model Tree, expanda o item Frame dentro do contêiner Parts. Então dê um duplo
clique em Mesh na lista que aparece.
Plote a deformada do modelo. Para análise com grandes deslocamentos (a formulação default
do ABAQUS/Explicit) o fator de escala para os deslocamentos plotados possui o valor default
de 1. Altere o Deformation Scale Factor para 20 para que você possa ver mais facilmente as
deformações da treliça.
A animação da time history tem início num loop contínuo à sua velocidade máxima. O
ABAQUS/CAE mostra os controles do movie player no lado esquerdo da prompt area.
3. Altere o Mode para Play Once, e desacelere a animação movendo o slider Frame
Rate.
35
4. Você pode usar os controles da animação para iniciar, parar ou mostrá-la passo a
passo. Da esquerda para a direita, esses controles executam as seguintes funções: play,
stop, first image, previous image, next image, e last image.
A carga instantânea na treliça faz com que ela responda dinamicamente durante os 0.01 s da
análise. Você pode observar isso mais detalhadamente plotando o deslocamento vertical do nó
central, ou seja, plotando o conjunto de nós denominado Center.
Você pode criar curvas X–Y tanto dos history como dos field data armazenados no output
database (.odb). As curvas X–Y podem também ser lidas de um arquivo externo ou mesmo
serem digitadas dentro do módulo de visualização interativamente. Uma vez que as curvas
tenham sido criadas, seus dados podem ser posteriormente manipulados e plotados na tela na
forma gráfica. Neste exemplo você irá criar e plotar uma curva usando os history data.
O ABAQUS/CAE mostra a janela History Output. Para ver a descrição completa das
escolhas de variáveis, aumente a largura da janela History Output arrastando sua
borda direita ou esquerda.
Saindo do ABAQUS/CAE
Salve o database file do seu modelo; então selecione File Exit do menu principal para sair
do ABAQUS/CAE.
36
2.4 Comparação entre os procedimentos implícito e explícito
37
problemas de contato ou complexidade do material, resultando num grande número de
iterações. Tais análises são caras no ABAQUS/Standard porque cada iteração requer a
solução de um enorme sistema de equações lineares.
Outra vantagem do ABAQUS/Explicit é que ele requer muito menos espaço em disco e
memória do que o ABAQUS/Standard para a mesma simulação.
Figura 2–18 Custo versus tamanho do modelo quando usando os métodos explícito e
implícito.
38
3 Elementos finitos e corpos rígidos
• família
• graus de liberdade (diretamente relacionados à família do elemento)
• número de nós
• formulação
• integração
Cada elemento no ABAQUS possui um nome único, tal como T2D2, S4R, ou C3D8I. O
nome do elemento identifica cada um dos cinco aspectos de um elemento. A convenção para
os nomes dos elementos é explicada mais adiante.
Familia
A Figura 3–1 mostra as famílias de elementos mais comumente usadas numa análise de
tensões. Uma das maiores distinções entre as diferentes famílias de elementos é a tipologia do
elemento.
A primeira letra ou letras do nome do elemento indicam a qual família o elemento pertence.
Por exemplo, o S em S4R indica se tratar de um elemento de casca (Shell), enquanto o C em
C3D8I indica que é um elemento contínuo (Continuum).
Graus de liberdade
39
A seguinte numeração é utilizada para os graus de liberdade no ABAQUS:
1 Translação na direção 1
2 Translação na direção 2
3 Translação na direção 3
4 Rotação em torno do eixo 1
5 Rotação em torno do eixo 2
6 Rotação em torno do eixo 3
7 Empenamento em elementos de viga com seção aberta
8 Pressão acústica, poro pressão, ou pressão
9 Potencial elétrico
11 Temperatura para elementos contínuos ou temperatura no primeiro ponto através da
espessura em vigas e placas
12+ Temperatura nos outros pontos ao longo da espessura de vigas e placas
• Elementos que possuem nós apenas nos vértices, tais como o bloco de 8 nós mostrado
na Figura 3–2(a), usam interpolação linear em cada direção e são chamados de
elementos lineares ou elementos de primeira ordem.
• Elementos com nós no ponto médio das arestas, tais como o bloco de 20 nós mostrado
na Figura 3–2(b), usam interpolação quadrática e são chamados de elementos
quadráticos ou elementos de segunda ordem.
• Elementos triangulares ou tetraedros modificados com nós no ponto médio dos lados,
tais como o tetraedro de 10 nós mostrado na Figura 3–2(c), usam uma interpolação de
segunda ordem modificada e são chamados elementos modificados ou elementos de
segunda ordem modificados.
40
O ABAQUS/Standard dispõe de uma ampla gama de elementos lineares e quadráticos. O
ABAQUS/Explicit oferece somente elementos lineares, com exceção do elemento quadrático
de viga e do tetraedro e do triângulo modificados.
Formulação
Integração
O ABAQUS usa técnicas de integração numérica para integrar várias quantidades sobre o
volume de cada elemento. O ABAQUS avalia a resposta do material em cada ponto de
integração em cada elemento, usando quadratura Gaussiana. Alguns elementos contínuos no
ABAQUS podem usar integração completa ou integração reduzida. A escolha de um ou outro
método pode ter um efeito significativo na precisão dos resultados para um dado problema,
como discutido em “Element formulation and integration,” Section 4.1.
O ABAQUS usa a letra ‘R’ no final do nome do elemento para distinguir elementos com
integração reduzida. Por exemplo, o CAX4 é um elemento sólido linear axissimétrico de 4
nós com integração completa. Já o CAX4R é a versão do mesmo elemento porém com
integração reduzida.
O ABAQUS/Standard oferece tanto elementos com integração completa como com reduzida;
o ABAQUS/Explicit oferece somente elementos com integração reduzida, com exceção do
tetraedro e do triângulo modificados.
41
Biblioteca de elementos sólidos do ABAQUS/Standard
Para informações detalhadas sobre as opções de elementos sólidos, ver “Solid (continuum)
elements,” Section 14.1.1 of the ABAQUS Analysis User's Manual.
Quando se faz a permutação de todos esses vários elementos, o número de elementos sólidos
é bem grande, mais de 20 apenas para modelos tri-dimensionais. A precisão da simulação irá
depender fortemente do tipo de elemento utilizado no modelo. A questão sobre como
escolher qual desses elementos é o melhor para um determinado modelo pode parecer
assustadora, especialmente nos primeiros trabalhos. Todavia, você passará a ver essa seleção
como um conjunto de 20 peças que possibilita escolher a ferramenta apropriada, ou elemento,
para uma tarefa em particular.
Este capítulo discute o efeito que as diferentes formulações dos elementos e níveis de
integração têm sobre a acurácia de uma análise em particular. Também dá algumas linhas
gerais para orientar a escolha de um elemento sólido. Nisto consiste a base sobre a qual você
irá construir seu conhecimento à medida que se tornar mais experiente no uso do ABAQUS.
O exemplo no final desta seção permitirá colocar esse conhecimento em prática quando você
construir e analisar uma alça metálica.
Vamos demonstrar aqui a influência que a ordem do elemento (linear ou quadrática), sua
formulação e o nível de integração têm na precisão da simulação estrutural considerando a
análise estática da viga em balanço mostrada na Figura 4–1.
42
Figura 4–1 Viga em balanço submetida a uma carga concentrada na extremidade livre.
Este é o teste clássico para avaliar o comportamento de um dado elemento finito. Uma vez
que a viga é relativamente esbelta, normalmente ela seria modelada com elemento de viga.
Entretanto, ela será utilizada aqui para auxiliar na avaliação de vários elementos sólidos.
A viga possui 150 mm de comprimento, 2,5 mm de largura e 5 mm de altura, engastada numa
das extremidades. Na extremidade livre é aplicada uma carga de 5 N. O material possui
módulo de elasticidade, E, igual a 70 GPa e coeficiente de Poisson igual a 0,0. Usando a
teoria de viga, a deformação estática da extremidade da viga para a carga P dada será
P L3
δ tip =
3E I
onde I = bh3/12, L é o comprimento, b é a largura da seção e h a sua altura.
Para P = 5 N a flecha na extremidade é de 3,09 mm.
43
Para a simulação da viga acima foram usadas várias malhas diferentes de elementos finitos,
como mostrado na Figura 4–3. As simulações usam elementos com integração completa, tanto
lineares como quadráticos, e ilustram os efeitos tanto da ordem do elemento (primeira ou
segunda) como da densidade da malha adotada na precisão dos resultados.
A relação entre o valor da flecha na extremidade da viga, obtida nas várias simulações, e o
valor de 3,09 mm obtido com a teoria de viga é mostrada na Table 4–1.
Table 4–1 Relações entre as flechas obtidas com elementos com integração completa e a
flecha teórica obtida pela teoria de viga.
Elemento Malha
1×6 2 × 12 4 × 12 8 × 24
CPS4 0,074 0,242 0,242 0,561
CPS8 0,994 1,000 1,000 1,000
C3D8 0,077 0,248 0,243 0,563
C3D20 0,994 1,000 1,000 1,000
O efeito de shear locking faz com que os elementos se tornem muito rígidos à flexão. Isso
pode ser explicado. Considere um pequeno pedaço de material numa estrutura sujeita à flexão
pura. O material irá distorcer tal como mostrado na Figura 4-4. As linhas inicialmente
paralelas ao eixo horizontal assumem uma curvatura constante e as linhas na direção da
espessura permanecem retas. O ângulo entre as linhas horizontais e verticais permanece de
90°.
44
Figura 4–4 Deformação do material sujeito a um momento fletor M.
Para visualização, foram desenhadas linhas pontilhadas passando pelos pontos de integração.
É evidente que a linha superior aumentou de comprimento, indicando que a tensão na direção
1- , σ11, é de tração. Da mesma forma, o comprimento da linha pontilhada inferior diminuiu,
indicando que σ11 é de compressão. O comprimento das linhas pontilhadas verticais
praticamente não mudou (assumindo que os deslocamentos são pequenos); portanto, σ22 em
todos os pontos de integração é zero. Tudo isso é consistente com o estado de tensões
esperado para um pequeno pedaço de material submetido à flexão pura. Entretanto, em cada
ponto de integração o ângulo entre as linhas verticais e horizontais, que inicialmente era de
90°, mudou. Isto é incorreto: a tensão cisalhante num pedaço de material sujeito a flexão pura
é zero.
Essa tensão cisalhante espúria surge porque as bordas do elemento não podem se curvar. Sua
presença significa que a energia de deformação está produzindo deformação de cisalhamento
em vez da deformação de flexão pretendida, de forma que as flechas totais são menores. O
elemento é muito rígido.
O efeito de shear locking afeta apenas elementos lineares com integração completa sujeitos a
flexão. Esses elementos funcionam perfeitamente bem quando sujeitos a cargas diretas ou
cisalhamento. O shear locking não é um problema para elementos quadráticos, uma vez que
suas bordas são capazes de se curvarem (ver Figura 4–6). Note que as flechas estimadas com
elementos quadráticos mostradas na Table 4–1 estão bem próximas do valor teórico.
Entretanto, elementos quadráticos também irão sofrer algum locking se eles forem distorcidos
ou se a tensão de flexão tiver um gradiente. Ambos esses problemas podem acontecer nos
casos práticos.
45
Figura 4–6 Deformação de elementos quadráticos com integração completa, sujeitos a um
momento fletor M.
Elementos lineares com integração completa devem ser usados somente quando você está
claramente seguro de que as cargas irão produzir flexão mínima no seu modelo. Se você tem
dúvidas acerca do tipo de deformação que o carregamento irá produzir, use um tipo de
elemento diferente. Elementos quadráticos com integração completa podem também sofrer
locking sob estados de tensão complexos; assim, você deve checar os resultados
cuidadosamente se eles são usados exclusivamente no seu modelo. Entretanto, esses
elementos são muito úteis para modelar áreas onde há concentração local de tensões.
Elementos com integração reduzida usam, em cada direção, menos pontos de integração do
que os elementos com integração total. Elementos lineares com integração reduzida têm
apenas um único ponto de integração localizado no centróide do elemento (Atualmente, esses
elementos de primeira ordem no ABAQUS usam a formulação “uniform strain”, que é mais
precisa, onde valores médios dos componentes de deformação são calculados para o
elemento. Essa distinção não é importante para esta discussão). A localização dos pontos de
integração nos elementos quadrilaterais com integração reduzida são mostradas na Figura 4-7.
46
Table 4–2 Relações entre as flechas obtidas com elementos com integração reduzida e a
flecha teórica obtida pela teoria de viga.
Elemento Malha
1×6 2 × 12 4 × 12 8 × 24
*
CPS4R 20.3 1.308 1.051 1.012
CPS8R 1.000 1.000 1.000 1.000
*
C3D8R 70.1 1.323 1.063 1.015
**
C3D20R 0.999 1.000 1.000 1.000
* no stiffness to resist the applied load, ** two elements through width
Elementos lineares com integração reduzida tendem a ser muito flexíveis porque eles sofrem
um problema numérico próprio chamado “hourglassing” (se deformam assumindo a forma de
uma ampulheta = hourglass em inglês). Novamente, considere um único elemento com
integração reduzida modelando um pequeno pedaço de material sujeito à flexão pura (see
Figura 4–8).
47
reduzida é usado ao longo da espessura, todos os pontos de integração residem sobre a linha
neutra (tensão zero) e o modelo é incapaz de resistir a cargas de flexão (esses casos estão
marcados com um ‘*’ na Tabela 4-2).
Elementos lineares com integração reduzida são muito tolerantes a distorção; portanto, use
uma malha fina desses elementos em qualquer simulação onde os níveis de distorção puderem
ser muito altos.
48
formulação usada no ABAQUS/Standard não resulta em sobreposição de material nem em
um buraco ao longo da fronteira entre dois elementos, como mostrado na Figura 4–10.
49
Figura 4–12 Efeito de distorção paralela e trapezoidal de elementos de modo incompatível.
Quando os elementos de modo incompatível são retangulares, mesmo uma malha com apenas
um elemento ao longo da espessura da viga dá resultados muito próximos do valor teórico.
Entretanto, mesmo pequenos níveis de distorção trapezoidal tornam os elementos muito mais
rígidos. Distorção paralela também reduz a precisão do elemento porém em menor
intensidade.
Os elementos de modo incompatível são úteis porque podem oferecer alta precisão a um
baixo custo se forem usados apropriadamente. Entretanto, deve-se tomar cuidado para
assegurar que as distorções no elemento sejam pequenas, o que pode ser difícil quando
modelando geometrias complexas. Portanto, você deve novamente considerar a possibilidade
de usar os elementos quadráticos com integração reduzida em modelos com geometrias
complexas porque eles são muito mais sensíveis às distorções da malha. Numa malha
severamente distorcida, entretanto, o simples fato de mudar o tipo do elemento não produz
resultados mais precisos. A distorção da malha deve ser minimizada tanto quanto possível
para melhorar a precisão dos resultados.
Os elementos híbridos não estão disponíveis no ABAQUS/Explicit. Elementos que usam essa
formulação apresentam a letra “H” em seus nomes.
50
Poisson > 0,475). A borracha é um exemplo de um material com comportamento
incompressível. A resposta de um material com comportamento incompressível não pode ser
modelada com elementos regulares (exceto no caso de estado plano de tensões) porque a
tensão de compressão no elemento é indeterminada. Considere um elemento sob pressão
hidrostática uniforme (Figura 4–13).
Se o material é incompressível, seu volume não pode ser modificado sob esse carregamento.
Portanto, a tensão de compressão não pode ser computada do deslocamento dos nós; e, assim,
uma formulação de deslocamentos pura é inadequada para qualquer elemento com material
incompressível.
Uma descrição mais detalhada da análise de materiais tipo borracha é dada no Chapter 10,
“Materials.”
51
• Em três dimensões use elementos hexaédricos sempre que possível. Eles dão melhores
resultados a um custo mais baixo. Geometrias complexas podem dificultar a geração
de malhas com hexaedros; portanto, elementos tetraédricos e em cunha podem ser
necessários. As versões lineares desses elementos, C3D4 e C3D6, são elementos
pobres (são necessárias malhas finas para obter resultados precisos); em função disso,
esses elementos deveriam ser usados geralmente apenas quando necessários para
completar uma malha, e, mesmo assim, eles devem estar afastados das áreas onde se
requer resultados precisos.
• Alguns pré-processadores possuem algoritmos para geração livre de malha que
discretizam geometrias arbitrárias com elementos tetraédricos. Os elementos
tetraédricos quadráticos no ABAQUS/Standard (C3D10) devem fornecer resultados
razoáveis para problemas com pequenos deslocamentos sem contato. Uma alternativa
a este elemento é o elemento tetraédrico quadrático modificado (C3D10M) disponível
em ambos os módulos do ABAQUS (Standard e Explicit), que é robusto para grandes
deformações e problemas de contato e exibe um efeito mínimo de shear locking e
volumetric locking. Com qualquer que seja o elemento, todavia, a análise levará um
tempo para rodar equivalente ao de uma malha com elementos hexaédricos. Você não
deve utilizar uma malha contendo somente elementos tetraédricos lineares (C3D4): os
resultados serão imprecisos, a menos que você use um número extremamente grande
de elementos.
Neste exemplo você irá usar elementos sólidos para modelar o suporte metálico mostrado na
Figura 4–14.
52
O suporte está firmemente soldado a uma estrutura maciça numa das extremidades. A outra
extremidade possui um furo. Quando em serviço, um pino é colocado no furo do suporte. O
objetivo é determinar a deflexão estática do suporte quando uma carga de 30 kN é aplicada ao
pino no sentido negativo da direção 2-. Como o caso em questão é um problema estático,
pode-se usar o ABAQUS/Standard na análise. Você decide simplificar este problema fazendo
as seguintes hipóteses:
Depois de examinar a resposta estática do suporte, você fará modificações no modelo e usará
o ABAQUS/Explicit para estudar os efeitos transientes dinâmicos resultantes da aplicação
repentina de uma carga ao suporte.
Neste seção vamos discutir como usar o ABAQUS/CAE para criar o modelo completo para
esta simulação. Em “Connecting lug,” Section A.2 é fornecido um script para este problema.
Quando é rodado no ABAQUS/CAE, esse script cria o modelo de análise completo para o
problema. Rode este script se você encontrar dificuldades seguindo as instruções dadas abaixo
ou se você quiser checar seu trabalho. No Appendix A, “Example Files há instruções sobtre
como achar e rodar o script.
Iniciando o ABAQUS/CAE
Como sempre, o primeiro passo na criação de um modelo é definir sua geometria. Neste
exemplo você criará um corpo tridimensional deformável cuja característica básica é de um
sólido extrudado. Você primeiro vai desenhar o perfil bi-dimensional do suporte para
posteriormente extrudá-lo, transformando-o num sólido tri-dimensional.
Você tem que decidir qual sistema de unidades usará no seu modelo. O sistema SI de metros,
segundos, and kilogramas é recomendado; mas você pode usar outro sistema se preferir.
53
1. Na Model Tree, dê um duplo clique no contêiner Parts para criar uma nova parte. Na
janela Create Part que aparece, dê à peça o nome Lug, e aceite as configurações
default Modeling Space = 3D, Type = deformable, Base Feature/Shape = Solid e
Base Feature/Type = Extrusion. No campo Approximate size digite 0.250. Este
valor é duas vezes maior do que a maior dimensão da peça. Clique em Continue para
sair da janele Create Part.
2. Use as dimensões dadas na Figura 4–14 para desenhar o perfil do suporte. As
seguintes abordagens possíveis podem ser usadas:
a. Crie um retângulo com 0.100 m de comprimento por 0.050 m de largura
usando a ferramenta Create Lines: Connected localizada no canto superior
direito da toolbox do Sketcher. O retângulo deve ser aberto do lado direito,
como mostrado na Figura 4–15. Você pode se utilizar das coordenadas do
cursor, que aparecem no canto superior esquerdo da viewport, para orientar o
posicionamento dos vértices do retângulo.
Nota: As figuras nesta seção incluem anotações das dimensões com o objetivo
de esclarecer os desenhos. As ferramentas e podem ser usadas para
criar cotas horizontais e verticais, respectivamente, entre os vértices do
modelo. Essas ferramentas também podem ser acessadas selecionando-se
Add Dimension no menu principal.
54
b. Feche o perfil do retângulo aberto adicionando um arco semi-circular, como
mostrado na Figura 4–16, usando a ferramenta Create Arc: Center and 2
Endpoints, .
55
figura. Se necessário, use a ferramenta Create Dimension: Radial and
Edit Dimension Value para alterar o valor do raio.
A janela Edit Base Extrusion aparece. Para completar a definição desta parte,
você deve especificar a distância na qual o perfil será extrudado.
1. Na Model Tree, dê um duplo clique no contêiner Sections para definir uma nova
seção. Aceite Category = solid, Type = homogeneous; dê à seção o nome
LugSection. Clique em Continue.
2. Na janela Edit Section que aparece, aceite Steel como o material e 1 como o Plane
stress/strain thickness, e clique em OK.
1. Na Model Tree, expanda o item Lug contido no contêiner Parts e dê um duplo clique
em Section Assignments na lista de atributos que aparece.
2. Selecione a peça inteira como a região à qual a seção será associada clicando nela.
Quando a peça é realçada, clique em Done na prompt area.
3. Na janela Edit Section Assignment que aparece, aceite LugSection como a definição
de seção e clique em OK.
Uma montagem contém toda a geometria inclusa no modelo de elementos finitos. Cada
modelo ABAQUS/CAE contém uma única montagem. A montagem é inicialmente vazia,
56
mesmo que você já tenha criado uma parte. Você vai criar uma instância da peça no módulo
da montagem para incluí-la no seu modelo.
O modelo é orientado por default de forma que o eixo global 1- fica ao longo do
comprimento do suporte, o eixo global 2- é vertical, e o eixo global 3- fica na direção
da espessura.
Você agora vai definir os passos. Uma vez que as interações, cargas e condições de contorno
podem ser dependentes dos passos, os passos da análise devem ser definidos antes que esses
outros itens sejam especificados. Para esta simulação você definirá um único passo geral
estático. Ademais, você deve especificar os requisitos de saída para sua análise. Esses
requisitos irão definir quais informações serão armazenadas no output database file (.odb).
1. Na Model Tree, dê um duplo clique no contêiner Steps para criar um passo da análise.
Na janela Create Step que aparece, dê o nome LugLoad ao passo e aceite procedure
type = General. Da lista de procedimentos disponíveis aceite Static, General. Clique
em Continue.
2. Na janela Edit Step que aparece, entre com a seguinte descrição para o passo: Apply
uniform pressure to the hole. Aceite as configurações default e clique em
OK.
Como você vai usar o módulo Visualization para visualizar os resultados, você deve
especificar os dados de saída que você quer que sejam gravados no output database file. Um
conjunto de requisitos default são selecionados automaticamente pelo ABAQUS/CAE, tanto
para a opção history output requests como para field output requests. Edite estes requisitos de
forma que apenas deslocamentos, tensões e reações de apoio sejam gravados como field data
no output database file.
57
a. Clique na seta próxima a Stresses para mostrar a lista de tensões que estão
disponíveis para saída. Aceite a seleção para as componentes e invariantes de
tensões.
b. Na opção Forces/Reactions, marque apenas as reaction forces (selecionadas
por default) desmarcando concentrated force e moment.
c. Desmarque Strains e Contact.
d. Aceite o item default Displacement/Velocity/Acceleration.
e. Clique em OK, e clique em Dismiss para fechar o Field Output Requests
Manager.
4. Suprima todos os history output requests. Na Model Tree, clique o botão 3 do mouse
no contêiner History Output Requests e selecione Manager para abrir o History
Output Requests Manager. No History Output Requests Manager, selecione a
célula intitulada Created na coluna LugLoad se ela não estiver selecionada. Na parte
inferior da janela, clique em Delete e clique em Yes na janela de aviso que aparece.
Clique em Dismiss para fechar o History Output Requests Manager.
58
vista rotaciona interativamente; tente arrastar o mouse dentro e fora da trackball
virtual para observar a diferença no comportamento.
3. Selecione a extremidade esquerda do suporte (indicada na Figura 4–18) usando o
cursor. Clique em Done na prompt area quando a região apropriada estiver realçada
na viewport, e marque a opção ENCASTRE na janela Edit Boundary Condition que
aparece. Clique em OK para aplicar a condição de contorno.
O suporte está sujeito a uma pressão de 50 MPa distribuída na metade inferior do furo. Para
aplicar a carga corretamente, entretanto, a peça deve ser particionada (i.e., dividida) de forma
que o furo seja composto de duas regiões: uma metade superior e uma metade inferior.
Você deve usar o Partition toolset para dividir a peça ou a montagem em regiões. O
particionamento é utilizado por muitas razões; é comumente usado para definir o contorno de
materiais diferentes, para indicar a localização de cargas e restrições de apoio (como neste
exemplo), e para refinamento da malha. Um exemplo do uso do particionamento para efeito
da malha é discutido na próxima seção. Para mais informação sobre particionamento, veja o
Chapter 44, “The Partition toolset,” do ABAQUS/CAE User's Manual.
Instâncias dependentes de peças não podem ser modificadas ao nível da montagem (e.g., elas
não podem ser particionadas num módulo de montagem). A razão para essa restrição é que
todas as instâncias dependentes de uma peça devem ter geometria idêntica de forma a
poderem compartilhar a mesma topologia de malha com a peça original. Assim, qualquer
modificação na instância de uma peça dependente tem que ser efetuada na peça original (i.e.,
ao nível das definições da peça). Em contrapartida, instâncias independentes das peças podem
ser particionadas ao nível da montagem. Neste exemplo uma instância dependente de uma
peça (o default) foi criada; seguem as instruções correspondentes para o particionamento.
1. Na Model Tree, dê um duplo clique no item Lug no contêiner Parts para torná-lo
corrente.
2. Use a ferramente Partition Cell: Define Cutting Plane para dividir a peça ao
meio. Use o método dos 3 pontos (3 Points) para definir o plano de corte. Quando
você for selecionar um ponto, o ABAQUS/CAE realça os pontos selecionados:
vértices, pontos especiais (datum points), pontos médios em bordas, ou centros de
arcos. Neste modelo os pontos usados para definir o plano de corte estão indicados na
Figura 4–19. Novamente você vai precisar rotacionar a vista para facilitar a seleção.
59
3. Clique em Create Partition na prompt area depois que você terminar de selecionar os
pontos.
60
Você precisa considerar o tipo de elemento que será usado antes de iniciar a geração da malha
para um problema em particular. Por exemplo, uma malha adequada para elementos
quadráticos pode ser inadequada para elementos lineares com integração reduzida. Para este
exemplo, use elementos hexaédricos de 20 nós com integração reduzida (C3D20R). Após
selecionar o tipo do elemento, você pode definir a malha para o suporte. A decisão mais
importante em relação à definição da malha para este exemplo é quantos elementos usar no
entorno do furo do suporte. Uma malha possível para o suporte é mostrada na Figura 4–21.
Uma outra coisa a considerar quando definindo a malha é o tipo de resultados que se requer
da simulação. A malha da Figura 4–21 é uma malha grossa e, portanto, pouco promissora para
gerar resultados precisos de tensões. Para um problema como este, o número mínimo de
elementos a utilizar num arco de 90° é quatro; recomenda-se o dobro disso para obter
resultados razoavelmente precisos para as tensões. Entretanto, essa malha deve ser adequada
para estimar o nível global de deformação do suporte para as cargas aplicadas, que é o que
temos que determinar. A influência do refinamento da malha usada nesta simulação é
discutida na seção 4.4 “Mesh convergence”.
Malha estruturada
O método de malha por varredura (swept meshing) extruda uma malha gerada internamente ao
longo de um perfil curvo ou a revolve em torno de um eixo de revolução. Similarmente à
61
malha estruturada, a malha por varredura é limitada a modelos com topologias e geometrias
específicas.
Malha livre
A técnica de malha livre é a técnica mais flexível para a geração de malhas. Ela usa padrões
não pré-estabelecidos e pode ser aplicada à maioria dos modelos.
Quando você entre no módulo de malha, o ABAQUS/CAE atribui cores com determinados
códigos às regiões do modelo conforme os métodos que ele vai usar para gerar a malha:
• Verde indica que a região pode ser discretizada utilizando métodos estruturados.
• Amarelo indica que a região pode ser discretizada usando métodos de varredura.
• Rosa indica que a região pode ser discretizada usando malha livre.
• Laranja indica que a região não pode ser discretizada usando a forma default do
elemento e deve, portanto, ser particionada.
Instâncias dependentes das peças são coloridas de azul no nível de montagem. Você deve
comutar para o nível de visualização da peça (part-level view) para gerar a malha numa
instância dependente.
Neste problema você vai criar uma malha estruturada. Você irá constatar que o modelo
precisa ser particionado primeiro para usar essa técnica. Depois que as partições forem
criadas, será associada à peça uma semente global e então será gerada a malha.
1. Na Model Tree, expanda o item Lug sob o contêiner Parts e dê um duplo clique em
Mesh no menu que aparece.
62
2. Particione ambas as regiões do suporte verticalmente definindo um plano de corte
através dos três pontos mostrados na Figura 4–22 (use [Shift]+Click para selecionar
ambas as regiões simultaneamente).
4. Crie a segunda partição vertical definindo um plano de corte passando pelo ponto
especial que você acaba de criar e normal à linha central do suporte (como mostrado
na Figura 4–23).
Depois de particionar o suporte, todas as regiões da peça são coloridas de verde, o que (com
base nos controles de malha correntes) indica que serão usados elementos hexaédricos
estruturados em toda a peça.
63
Para atribuir uma semente global e gerar a malha:
3. Do menu principal, selecione Mesh Part. Clique em Yes na prompt area para gerar
a malha na instância da peça.
Neste ponto, a única tarefa faltando para a conclusão do modelo é a definição de um job. O
job pode então ser submetido de dentro do ABAQUS/CAE e o progresso da solução
monitorado interativamente.
Antes de continuar, renomeie o modelo para Elastic clicando o botão direito do mouse
sobre Model-1 na Model Tree e selecionando Rename do menu que aparece. Este modelo
posteriormente servirá de base para o exemplo do suporte discutido no
capítulo 10 “Materials.”
1. Na Model Tree, dê um cuplo cliqe no contêiner Jobs para criar um job. Dê ao job o
nome Lug e clique em Continue.
2. Na janela Edit Job, entre com a seguinte descrição: Linear Elastic Steel
Connecting Lug.
3. Aceite as configuraçõeds default e clique em OK.
1. Na Model Tree clique o botão direito do mouse sobre o job Lug e selecione Submit
para submeter seu job para análise.
Aparece uma janela para avisá-lo de que não foi requisitada history output para o
passo LugLoad. Clique em Yes para continuar com a submissão do job.
64
2. Na Model Tree, clique o botão direito do mouse sobre o job Lug e selecione Monitor
do menu que aperece para abrir o job monitor.
3. Quando o job for completado, clique em Dismiss para fechar o job monitor.
Na Model Tree, clique o botão direito do mouse sobre o job Lug e selecione Results para
entrar no módulo de visualização e automaticamente abrir o output database (.odb) file criado
por esse job. Alternativamente, da lista Module localizada sob a barra de ferramentas,
selecione Visualization para entrar no módulo de visualização; abra o arquivo .odb
selecionando File Open do menu principal e clicando duas vezes sobre o arquivo
apropriado.
65
Mudando a vista
A vista default é isométrica. Você pode alterar a vista usando as opções no menu View ou as
view tools na toolbar. Você pode também especificar uma vista informando ângulos de
rotação, viewpoint, fator de zoom ou fração da viewport a visualizar.
No método Viewpoint você entra com três valores que representam a posição X-, Y-, e
Z- de um observador. Você pode também especificar um vetor. O ABAQUS posiciona
seu modelo de forma que esse vetor aponta para cima.
Arestas visíveis
Diversas opções estão disponíveis para escolher quais arestas estarão visívels na vista do
modelo. Os gráficos anteriores mostram todas as arestas visíveis do modelo; A Figura 4–26
mostra apenas as arestas essenciais.
66
Figura 4–26 Deformada com apenas as arestas essenciais visíveis.
Estilo de renderização
Um modelo reticulado mostrando as arestas internas pode ser visulamente confuso para
modelos tridimensionais complexos. Três outros estilos de renderização fornecem opções
adicionais de visualização: hidden line, filled e shaded. Você pode selecionar o estilo de
renderização do menu Options no menu principal ou da barra de ferramentas: wireframe ,
hidden line , filled , e shaded . Para exibir o gráfico com linhas ocultas da
Figura 4–27, selecione Exterior edges na janela Deformed Shape Plot Options, clique em
OK para fechar a janela e selecione hidden line plotting para o deformed shape plot mode
clicando na ferramenta . A deformada será mostrada com as linhas ocultas até que você
selecione outra forma de exibição.
67
Figura 4–27 Deformada com as linhas ocultas invisíveis.
Você pode usar outros estilos de renderização, tais como filled e shaded mostrados nas figuras
4-28 e 4-29, respectivamente.
68
No estilo filled plot as faces dos elementos são coloridas com uma cor sólida. Já no estilo
shaded plot parece que há uma fonte de luz direcionada para o modelo. Esses estilos de
renderização podem ser muito úteis quando visualizando modelos tridimensionais complexos.
Gráficos com curvas de nível mostram a variação de uma variável ao longo da superfície do
modelo. Na documentação original do ABAQUS esses gráficos são chamados de contour
plots. Você pode criar contour plots renderizados em estilo filled ou shaded a partir dos
resultados disponíveis no output database.
Figura 4–30 Gráfico com as tensões de Von Mises (Filled contour plot).
A janela Field Output aparece; por default, a guia Primary Variable é selecionada.
69
O ABAQUS/CAE oferece muitas opções para customizar os gráficos. Para ver as opções
disponíveis clique em Contour Options na prompt area. Por default, o ABAQUS/CAE
automaticamente computa os valores mínimo e máximo mostrados no gráficos e divide
uniformemente a faixa entre esses valores em 12 intervalos. Você pode controlar os valores
mínimo e máximo que o ABAQUS mostra (por exemplo, para examinar variações dentro de
um conjunto fixado de limites), bem como o número de intervalos.
1. Na guia Limits da janela Contour Plot Options escolha Specify ao lado de Max;
então entre com o valor máximo de 400E+6.
2. Escolha Specify ao lado de Min; então entre com um valor mínimo de 60E+6.
3. Na guia Basic da janela Contour Plot Options, arraste o slider Contour Intervals
para mudar o número de intervalos para nove.
4. Clique em Apply.
Você pode cortar seu modelo de forma que superfícies interiores se tornem visíveis. Por
exemplo, você pode querer examinar a distribuição de tensões no interior da peça. Para essas
situações pode-se criar vistas em corte. Aqui, é feito um corte plano simples através do
suporte para visualizar a distribuição das tensões de Von Mises ao longo da espessura da
peça.
70
Para criar um corte:
Por default, as regiões acima e abaixo do corte são mostradas (como indicado pelas
check marks sob os símbolos on cut e below cut do View Cut Manager). Para
transladar ou rotacionar o corte, escolha Translate ou Rotate da lista de movimentos
disponíveis e entre com um valor ou arraste o slider na parte de baixo do View Cut
Manager.
4. Para ver o modelo completo de novo, desligue Cut-4 no View Cut Manager.
Para mais informações sobre view cuts, veja Chapter 35, “Cutting through a model,”
of the ABAQUS/CAE User's Manual.
Os valores máximo e mínimo de uma variável num modelo podem ser determinados
facilmente.
71
3. Clique em OK.
Uma das metas deste exercício é determinar a deformação do suporte no sentido negativo da
direção 2-. Você vai plotar a componente de deslocamento do suporte na direção 2 para
determinar o deslocamento máximo ocorrido na direção vertical. Na janela Contour Plot
Options, clique em Defaults para resetar os valores mínimo e máximo e o número de
intervalos para os seus valores default antes de prosseguir.
A janela Field Output aparece; por default, a guia Primary Variable é selecionada.
Por default, o ABAQUS/CAE mostra o model inteiro; entretanto, você pode escolher exibir
apenas um subconjunto do seu modelo, chamado de display group. Este subconjunto pode
conter qualquer combinação de instâncias das peças, geometria (células, faces, ou arestas),
elementos, nós, e superfícies do modelo corrente ou do output database. Para o modelo
corrente do suporte você vai criar um display group consistindo dos elementos na parte
inferior do furo. Como a carga foi aplicada nesta região, um conjunto interno é criado pelo
ABAQUS que pode ser usado para efeito de visualização.
Tendo selecionado esses itens, a lista do lado direito da janela Create Display Group
mostra as seleções disponíveis.
3. Usando esta lista, identifique o conjunto que contém elementos na parte inferior do
furo. Marque a opção Highlight items in viewport abaixo da lista de forma que o
contorno dos elementos no conjunto selecionado fiquem realçados em vermelho.
4. Quando o conjunto realçado corresponde ao grupo de elementos na parte inferior do
furo, clique em Replace para substituir a vista corrente do modelo por esse conjunto
de elementos.
72
O ABAQUS/CAE exibe, então, o subconjunto do seu modelo.
Ao criar um modelo ABAQUS, você pode querer determinar os rótulos das faces de um
elemento sólido. Por exemplo, você pode querer verificar se o load ID correto foi usado
quando as cargas foram aplicadas ou quando definindo superfícies de contato. Nessas
situações você pode utilizar o módulo de visualização para mostrar a malha depois de ter
rodado uma análise de datacheck que cria o output database file.
Para exibir os rótulos de identificação das faces e os números dos elementos no modelo
indeformado:
2. Mude o estilo de renderização para filled pois os rótulos das faces não podem ser
exibidos no modo wireframe; todas as arestas de elementos visíveis serão exibidas por
conveniência.
a. Marque a opção Filled em Render Style.
b. Marque a opção All edges em Visible Edges.
3. Clique na guia Labels, e marque as opções Show element labels e Show face labels.
4. Clique em OK para aplicar as opções de gráfico e fechar a janela.
5. Do menu principal selecione Plot Undeformed Shape.
No problema da grua suspensa, visto no início deste manual, foram geradas listagens de
resultados para o modelo inteiro. Para modelos mais complicados é conveniente escrever
esses dados para regiões selecionadas do modelo. Isto pode ser feito usando display groups
em conjunto com o recurso de geração de relatórios. Para o problema do suporte vamos gerar
as seguintes listagens de resultados:
Uma vez que nós não criamos conjuntos de geometria correspondentes a essas regiões, cada
um desses relatórios será gerado usando display groups cujos conteúdos estão selecionados na
viewport. Assim, comece criando e salvando display groups para cada região de interesse.
73
1. Do menu principal, selecione Tools Display Group Manager para abrir o ODB
Display Group Manager. Selecione All da lista de display groups disponível, e
clique em Plot para resetar o display group ativo e incluir todo o modelo.
2. No ODB Display Group Manager, clique em Create para criar um novo display
group. Na janela Create Display Group, selecione Elements da lista Item e Pick
from viewport como o método de seleção.
3. Na prompt area, ajuste o método de seleção para by angle; e clique na face do engaste
do suporte. Clique em Done quando todos os elementos na face do engaste tiverem
sido realçados na viewport. Na janela Create Display Group, clique em Replace
seguido por Save As. Grave o display group como built-in elements.
1. Na janela Create Display Group, selecione Nodes da lista Item e Pick from
viewport como o método de seleção.
2. Na prompt area, ajuste o método de seleção para by angle; e clique na face engastada
do suporte. Clique em Done quando todos os nós da face engastada do suporte
estiverem realçados na viewport. Na janela Create Display Group, clique em
Replace seguido por Save As. Grave o display group como built-in nodes.
1. Na janela Create Display Group, selecione All da lista de itens e clique em Replace
para resetar o display group ativo para incluir o modelo completo.
2. Na janela Create Display Group, selecione Nodes da lista Item e Pick from
viewport como o método de seleção.
3. Na prompt area, ajuste o método de seleção para individually e selecione os nós no
fundo do furo no suporte. Clique em Done quando todos os nós na parte de baixo do
furo estiverem realçados na viewport. Na janela Create Display Group, clique em
Replace seguido de Save As. Grave o display group como nodes at hole
bottom.
74
7. Na página com a guia Variable da janela Report Field Output, selecione position =
Unique Nodal. Desligue S: Stress components e selecione RF1, RF2 e RF3 da lista
de variáveis RF: Reaction force disponíveis.
8. Na região Data no pé da página Setup, desligue Column totals.
9. Clique em Apply.
10. No ODB Display Group Manager, selecione nodes at hole bottom para torná-lo o
display group corrente.
11. Na página Variable da janela Report Field Output, desligue RF: Reaction force e
selecione U2 da lista de variáveis U: Spatial displacement disponíveis.
12. Na região Data no pé da página Setup, desligue Column totals.
13. Clique em OK.
Abra o arquivo Lug.rpt num editor de textos. Uma parte da tabela de tensões nos elementos
é mostrada abaixo (a listagem original no arquivo é muito maior). Os resultados para cada
elementos são dados em cada ponto de integração. O ponto de integração associado com um
dado elemento é anotado sob a coluna Int Pt. O final da tabela contém informações sobre as
tensões máxima e mínima neste grupo de elementos. Os resultados indicam que o valor
máximo para a tensão de Von Mises no engaste é de aproximadamente 330 MPa. Seus
resultados podem diferir ligeiramente se sua malha não for idêntica à usada aqui.
Field Output Report
Source 1
---------
ODB: Lug.odb
Step: LugLoad
Frame: Increment 1: Step Time = 1.000
Field Output reported at integration points for Region(s) LUG-1: solid < STEEL >
Compare o valor máximo da tensão de Von Mises ao valor reportado no gráfico gerado
anteriormente; tem diferença? Os dois valores máximos (o do gráfico e o do relatório)
correspondem ao mesmo ponto no modelo? As tensões de Von Mises mostradas no gráfico
foram extrapoladas para os nós, enquanto que as tensões escritas no relatório correspondem
75
aos pontos de integração do elemento. Portanto, a localização da tensão de Von Mises
máxima no relatório não é exatamente a mesma que a mostrada no gráfico. Esta diferença
pode ser resolvida exigindo que as tensões informadas nos nós (extrapoladas a partir dos
pontos de integração do elemento e ainda ponderadas para todos os elementos contendo um
dado nó) sejam escritas no arquivo do relatório. Se a diferença for grande o suficiente para ser
considerada, isso pode indicar que a malha está muito grosseira para o problema.
Abaixo é mostrada a listagem com as reações de apoio. O valor Total no final da tabela
contém o valor líquido das componentes das reações de apoio para este grupo de nós. Os
resultados confirmam que a reação de apoio total na direção 2- nos nós restringidos é igual e
oposta à força aplicada de –30 kN naquela direção.
Field Output Report
Source 1
---------
ODB: Lug.odb
Step: LugLoad
Frame: Increment 1: Step Time = 1.000
Field Output reported at nodes for Region(s) LUG-1: solid < STEEL >
A tabela mostrando os deslocamentos dos nós ao longo do fundo do furo (listados abaixo)
indica que o fundo do furo se deslocou cerca de 0,3 mm.
Field Output Report
Source 1
---------
ODB: Lug.odb
Step: LugLoad
Frame: Increment 1: Step Time = 1.000
Field Output reported at nodes for Region(s) LUG-1: solid < STEEL >
76
Node U.U2
Label @Loc 1
--------------------------------
18 -314.201E-06
20 -314.201E-06
122 -314.249E-06
123 -314.249E-06
1194 -314.224E-06
1227 -314.224E-06
1229 -314.263E-06
Minimum -314.263E-06
At Node 1229
Maximum -314.201E-06
At Node 18
Agora você vai vai avaliar a resposta dinâmica do suporte quando a mesma carga é aplicada
repentinamente. A resposta transiente do suporte é de especial interesse. Você terá que
modificar o modelo para a análise com o ABAQUS/Explicit. Antes de continuar, copie o
modelo atual para um novo modelo chamado Explicit. Faça todas as mudanças
subsequentes para o modelo Explicit (você deve recolher a árvore relativa ao modelo
Elastic para evitar confusão). Antes de executar o job você precisará adicionar ao modelo a
densidade ao modelo do material, mudar o tipo de passo, e mudar o tipo do elemento. Além
disso, você terá que fazer modificações nos requisitos de saída.
77
4.3.4 Pós-processamento dos resultados da análise dinâmica
Plotando a deformada
Para ver as vibrações do suporte mais facilmente, modifique o fator de escala para 50. Além
disso, anime a história no tempo da deformada do suporte e reduza a frame rate da animação.
78
1. A energia é conservada?
2. A teoria de grandes deslocamentos é necessária para esta análise?
3. O pico de tensão é razoável? O material atinge o escoamento?
Pode-se utilizar gráficos X–Y para mostrar a variação de uma variável em função do tempo.
Pode-se criar gráficos X–Y tanto de dados de field output como de history output.
Para criar gráficos X–Y da energia interna e da energia cinética em função do tempo:
1. Do menu principal, selecione Result History Output para mudar a variável a ser
mostrada.
Da lista de variáveis disponíveis, selecione ALLIE para plotar a energia interna para o
modelo completo.
3. Clique em Plot.
79
4. Repita este procedimento para plotar ALLKE, a energia cinética para o modelo
completo (mostrada na Figura 4–35).
Tanto a energia interna como a energia cinética mostram oscilações que refletem as
vibrações do suporte. A energia cinética é transformada em energia interna (ou de
deformação) e vice-versa durante a simulação. A energia total é conservada (como é
esperado, uma vez que o material é elástico linear). Isso pode ser visto plotando-se
ETOTAL junto com ALLIE e ALLKE. O valor de ETOTAL é aproximadamente zero ao
longo do curso da análise. Os balanços de energia em análises dinâmicas são
discutidos em Chapter 9, “Nonlinear Explicit Dynamics.”
80
5. Selecione a página Elements/Nodes e realce Nodes no Item field. Escolha Pick from
viewport como o método de seleção para identificar o nó para o qual você quer dados
X–Y.
6. Na viewport, selecione um dos nós na parte de baixo do furo como mostrado na Figura
4–36. Clique em Done na prompt area.
7. Clique em Plot na janela XY Data from ODB Field Output para plotar os
deslocamentos nodais em função do tempo.
81
Assim, este problema poderia ter sido resolvido adequadamente usando teoria de
pequenas deformações. Isso teria reduzido o custo computacional da simulação sem
afetar significativamente os resultados. Os efeitos de não-linearidade geométrica são
discutidos em Chapter 8, “Nonlinearity.”
1. Selecione a página Variables na janela XY Data from ODB Field Output. Desative
a variável U2.
2. Mude o campo Position para Integration Point.
3. Clique na seta próxima a S: Stress components e marque Mises como a variável de
tensão para os dados X–Y.
4. Selecione a página Elements/Nodes, e realce Elements no Item field. Escolha Pick
from viewport como o método de seleção para identificar o nó para o qual você quer
dados X–Y.
5. Na viewport, selecione um dos elementos perto do engaste do suporte, como mostrado
na Figura 4–38. Clique em Done na prompt area.
82
6. Clique em Plot na janela XY Data from ODB Field Output para plotar as tensões de
Von Mises no nó selecionado em função do tempo.
O pico de tensão de Von Mises é da ordem de 500 MPa, como mostrado na Figura 4–39. Este
valor é maior do que o limite de escoamento do aço. Logo, o material escoou antes de atingir
essa tensão máxima. A não-linearidade dos materiais é discutida em Chapter 10, “Materials.”
83
4.4 Convergência da malha
É importante que você use uma malha suficientemente fina para assegurar que os resultados
da sua simulação são adequados. Malhas grossas podem dar resultados imprecisos tanto com
métodos implícitos como com métodos explícitos. A solução numérica dada pelo seu modelo
tende para um valor único à medida que você aumenta a densidade da malha. Os recursos
computacionais requeridos também aumentam à medida que a malha é refinada. Diz-se que a
malha convergiu quando qualquer aumento no refinamento da malha produz mudanças
desprezíveis na solução.
À medida que for ganhando experiência você vai aprender qual nível de refinamento produz
uma malha apropriada que fornece resultados aceitáveis para a maioria das simulações.
Entretanto, é sempre boa prática fazer um estudo de convergência da malha, onde você simula
o mesmo problema variando a densidade das malhas e depois compara os resultados. Você
pode confiar que seu modelo está produzindo uma solução precisa matematicamente se duas
malhas diferentes dão essencialmente o mesmo resultado.
Vamos considerar a influência da densidade da malha sobre três resultados particulares deste
modelo:
84
Figura 4–41 Locais onde os resultados são comparados no estudo de refinamento da malha.
Os resultados para cada uma das densidades de malha são comparados na Tabela 4-3,
juntamente com o tempo de CPU necessário para rodar cada simulação.
A malha grossa estima deslocamentos imprecisos no fundo do furo, mas as malhas normal,
fina e muito fina estimam resultados similares. A malha normal, portanto, converge se se
considera apenas os deslocamentos. A convergência dos resultados é plotada na Figura 4–42.
85
Todos os resultados estão normalizados em relação aos valores estimados pela malha grossa.
O pico de tensões no fundo do furo converge muito mais lentamente do que os deslocamentos
porque as tensões e deformações são calculadas a partir de gradientes de deslocamento; assim,
para estimar com precisão gradientes de deslocamento é necessária uma malha muito mais
fina do que a que seria necessária para calcular deslocamentos precisos.
É comum omitir pequenos detalhes num modelo de elementos finitos, tais como o raio de
curvatura de um canto, para simplificar a análise e manter o tamanho do modelo razoável.
Entretanto, a introdução de qualquer canto agudo num modelo vai levar a singularidade de
tensões na região do canto. Normalmente isso tem um efeito desprezível na resposta global do
modelo, mas as tensões calculadas nas proximidades da singularidade não são confiáveis.
86
Para simulações tridimensionais complexas, os recursos computacionais disponíveis
frequentemente ditam um limite prático para a densidade da malha. Neste caso você deve usar
os resultados da análise com muito cuidado. Malhas grosseiras frequentemente são adequadas
para estimar tendências e para comparar como diferentes conceitos se comportam uns em
relação aos outros. Entretanto, você deve ter cautela ao usar resultados de uma análise feita
com uma malha mais grossa, tanto para tensões como para deslocamentos.
Raramente é necessário uma malha uniformemente fina em toda a estrutura que está sendo
analisada. Deve-se usar uma malha fina principalmente nas áreas de altos gradientes de
tensões e pode-se usar uma malha mais grossa nas áreas com baixos gradientes de tensão ou
onde a magnitude das tensões não é de interesse. Por exemplo, a Figura 4-44 mostra uma
malha projetada para dar resultados precisos sobre a concentração de tensões no fundo do furo
da alça metálica.
Uma malha fina é usada somente na região onde ocorrem altos gradientes de tensão, e uma
malha grossa é usada nas outras regiões. Os resultados da simulação com o
ABAQUS/Standard com essa malha refinada são mostrados na Tabela 4–4. Esta tabela mostra
que os resultados são comparáveis àqueles da malha fina usada anteriormente, porém a
simulação com a malha refinada localmente requer muito menos tempo de CPU do que a
análise com uma malha muito fina.
Tabela 4–4 Comparação entre uma malha fina e uma malha refinada localmente.
Com freqüência é possível prever a localização das regiões de um modelo que estarão sujeitas
a altas tensões - e, portanto, as regiões onde uma malha fina será necessária – usando seu
conhecimento de componentes similares ou por meio de cálculos manuais. Essa informação
também pode ser conseguida usando-se inicialmente uma malha mais grosseira para
identificar as regiões de altas tensões e então refinar a malha nessas regiões. Este último
procedimento pode ser feito facilmente usando pré-processadores como o ABAQUS/CAE
onde o modelo numérico completo (i.e., propriedades do material, condições de contorno,
cargas, etc.) podem ser definidos com base na geometria da estrutura. É relativamente simples
87
gerar uma malha grossa na estrutura para a simulação inicial e então refinar a malha nas
regiões apropriadas, como indicado pelos resultados da simulação com a malha grossa.
O volume de literatura que tem sido escrita sobre o Método dos Elementos Finitos e as
aplicações de análises com elementos finitos é enorme. Na maior parte dos capítulos restantes
deste guia é fornecida uma lista de livros sugeridos e artigos que permitem explorar alguns
tópicos em maior profundidade. Conquanto as referências avançadas não serão de maior
interesse da maioria dos usuários, elas fornecem informação teórica detalhada para o leitor
interessado.
• Prathap, G., “The Poor Bending Response of the Four-Node Plane Stress
Quadrilaterals,” International Journal for Numerical Methods in Engineering, vol. 21,
825–835, 1985.
88
• Belytschko, T., W. K. Liu, and J. M. Kennedy, “Hourglass Control in Linear and
Nonlinear Problems,” Computer Methods in Applied Mechanics and Engineering, vol.
43, 251–276, 1984.
• Flanagan, D. P., and T. Belytschko, “A Uniform Strain Hexahedron and Quadrilateral
with Hourglass Control,” International Journal for Numerical Methods in Engineering,
vol. 17, 679–706, 1981.
• Puso, M. A., “A Highly Efficient Enhanced Assumed Strain Physically Stabilized
Hexahedral Element,” International Journal for Numerical Methods in Engineering,
vol. 49, 1029–1064, 2000.
• Simo, J. C. and M. S. Rifai, “A Class of Assumed Strain Methods and the Method of
Incompatible Modes,” International Journal for Numerical Methods in Engineering,
vol. 29, 1595–1638, 1990.
89
5 Usando elementos de casca
Os elementos de casca devem ser usados para modelar estruturas nas quais uma dimensão (a
espessura) é significativamente menor do que as outras e nas quais as tensões na direção da
espessura são desprezíveis. Uma estrutura, tal como um vaso de pressão, cuja espessura é
menor do que 1/10 de uma de suas dimensões globais típicas pode ser modelada com
elementos de casca. Alguns exemplos de dimensões globais são os seguintes:
Neste manual somente os elementos de casca convencionais são discutidos. Daqui em diante
vamos nos referir a esses elementos apenas como “elementos de casca”. Para mais informação
sobre os elementos de casca contínuos, ver “Shell elements: overview,” Section 15.6.1 of the
ABAQUS Analysis User's Manual.
A espessura da casca é necessária para descrever sua seção transversal e deve ser
especificada. Além disso, para especificar a espessura da casca você pode escolher se quer ter
uma espessura de seção transversal calculada durante a análise ou unicamente no início da
análise.
No caso de você escolher ter a espessura calculada durante a análise, o ABAQUS usa
integração numérica para calcular as tensões e deformações independentemente em cada
ponto da seção (ponto de integração) ao longo da espessura da casca, permitindo assim o
90
comportamento não-linear do material. Por exemplo, uma casca elasto-plástica pode escoar
nos pontos mais externos da seção enquanto os pontos mais internos permanecem em regime
elástico. A localização do único ponto de integração num elemento S4R (4 nós com
integração reduzida) e a configuração dos pontos da seção ao longo da espessura da casca é
mostrada na Figura 5–1.
Figura 5–1 Configuração dos pontos da seção numa casca integrada numericamente.
Você pode especificar qualquer número ímpar de pontos de integração ao longo da espessura
da casca quando as propriedades são integradas durante a análise. Por default, o ABAQUS
usa cinco pontos de integração ao longo da espessura de uma casca homogênea, o que é
suficiente para a maioria dos problemas não-lineares. Entretanto, deve-se usar mais pontos de
integração em simulações complicadas, especialmente quando se prevê flexão plástica
invertida (nove pontos normalmente são suficientes nesses casos). Para problemas lineares
três pontos na seção dão integração exata ao longo da espessura. Entretanto, calcular a
espessura do material uma vez no início da análise é mais eficiente para cascas elásticas
lineares.
O comportamento do material deve ser elástico linear quando a espessura da seção transversal
é calculada somente no início da simulação. Neste caso, todos os cálculos são feitos em
termos das forças resultantes e dos momentos ao longo de toda a seção transversal. Se você
solicita resultados em tensões e deformações, o ABAQUS apresenta resultados default para a
superfície inferior, para o plano médio e para a superfície superior.
A conetividade dos elementos de casca definem a direção da normal positiva, como mostrado
na Figura 5–2.
91
Figura 5–2 Normais positivas para cascas.
Para elementos de casca axissimétricos a direção positiva da normal é definida por uma
rotação de 90° no sentido anti-horário partindo do nó 1 em direção ao nó 2. Para os elementos
de casca tridimensionais a normal positiva é dada pela regra da mão direita rodando pelos nós
na ordem em que eles aparecem na definição do elemento.
A superfície superior de uma casca é a superfície na direção normal positiva e é chamada face
SPOS para definição de contato. A superfície inferior está na direção negativa da normal e é
chamada face SNEG para definição de contato. As normais devem ser consistentes entre
elementos de casca adjacentes.
A direção normal positiva define a convenção para aplicação de carga distribuída com base no
elemento e saída de resultados para quantidades que variam ao longo da espessura da casca.
Uma carga distribuída positiva aplicada a um elemento de casca produz uma carga que atua
na direção positiva da normal. (A convenção de sinal para carga distribuída baseada no
elemento, em elementos de casca, é contrária à convenção adotada para os elementos sólidos;
as convenções de sinais para cargas distribuídas aplicadas na superfície são idênticas tanto nos
elementos de casca como nos sólidos. Para mais informações sobre cargas distribuídas
aplicadas no elemento e aplicadas em superfícies, veja “Distributed loads,” Section 19.4.3 of
the ABAQUS Analysis User's Manual.)
As cascas no ABAQUS (com exceção dos elementos S3/S3R, S3RS, S4R, S4RS, S4RSW, e
STRI3) são formuladas como elementos realmente curvos; elementos de casca curvos exigem
atenção especial para o cálculo preciso da curvatura inicial. O ABAQUS calcula
automaticamente as normais à superfície nos nós de qualquer elemento de casca para estimar
a curvatura inicial da casca. A normal à superfície em cada nó é determinada usando-se um
algoritmo regularmente utilizado, que é discutido em detalhes em “Defining the initial
geometry of conventional shell elements,” Section 15.6.3 of the ABAQUS Analysis User's
Manual.
Com uma malha grossa como a mostrada na Figura 5–3, o ABAQUS pode determinar várias
normais à superfície independentes no mesmo nó para elementos adjacentes. Fisicamente,
múltiplas normais num único nó significam que existe uma dobra (um vinco) entre os
elementos que compartilham aquele nó. Não obstante seja possível modelar uma estrutura
92
assim, é mais comum modelar a casca com uma curvatura mais suave; o ABAQUS tenta
suavizar a curvatura da casca criando uma normal média em cada nó.
O algoritmo de suavização básico utilizado faz o seguinte: se as normais num nó para cada
elemento de casca ligado àquele nó fazem um ângulo entre si maior do que 20°, obtém-se
uma nova normal que é a média das originais. Essa nova normal, média das outras duas, será
usada naquele nó para todos os elementos ligados ao nó. Se o ABAQUS não conseguir
suavizar a casca, uma mensagem de alerta é registrada no arquivo de dados (.dat).
Há dois métodos que podem ser usados para contornar o algoritmo default. Introduzir linhas
de vinco numa casca curva ou modelar uma casca curva com uma malha grossa, ambos dando
os componentes de n2 como o 4º., 5º. e 6º. valores de dados seguindo as coordenadas nodais
(este método requer edição manual do arquivo de entrada criado pelo ABAQUS/CAE usando
um editor de textos); ou usando o Keywords Editor do ABAQUS/CAE; veja “Cross-section
orientation,” Section 6.1.2). Se ambos os métodos são utilizados, o último tem precedência.
Veja “Defining the initial geometry of conventional shell elements,” Section 15.6.3 of the
ABAQUS Analysis User's Manual, para maiores detalhes.
A superfície de referência da casca é definida pelos nós do elemento e pelas normais. Quando
modelando com elementos de casca, a superfície de referência coincide com a superfície
média da casca. Entretanto, surgem situações nas quais é mais conveniente definir a superfície
de referência a uma certa distância da superfície média da casca. Por exemplo, superfícies
criadas em pacotes CAD usualmente representam a superfície superior e a inferior da casca.
Neste caso pode ser mais fácil definir a superfície de referência coincidente com a superfície
do CAD e, portanto, deslocada em relação à superfície média da casca.
Pode-se usar recuos de superfície para definir uma geometria mais precisa da superfície para
problemas de contato onde a espessura da casca é importante. Uma outra situação onde o
deslocamento da superfície média pode ser importante é quando se modela uma casca com a
espessura variando continuamente. Neste caso, pode ser difícil definir os nós no plano médio
da casca. Se uma superfície é suave enquanto a outra é tosca, como em certas estruturas de
93
aeronaves, é mais fácil usar recuos de casca (shell offsets) para definir os nós na superfície
suave.
Os recuos (offsets) podem ser introduzidos especificando-se seu valor que é definido como
uma fração da espessura da casca medida a partir da superfície média da casca em relação à
superfície de referência, como mostrado na Figura 5–4.
Os graus de liberdade para a casca estão associados com a superfície de referência. Todas as
grandezas cinemáticas, incluindo a área do elemento, são calculadas nela. Grandes
deslocamentos para cascas curvas podem levar a erros de integração na superfície, afetando a
rigidez, a massa e a inércia rotacional da seção da casca. Para efeito de estabilidade, o
ABAQUS/Explicit automaticamente aumenta a inércia rotacional de elementos de casca
proporcionalmente ao quadrado do offset, o que pode conduzir a erros em análises dinâmicas
de cascas com grandes offsets. Quando são necessários grandes offsets em relação à superfície
média da casca, é melhor utilizar restrições multi-ponto ou restrições de corpo rígido.
Problemas de cascas geralmente caem em uma de duas categorias: problemas de cascas finas
e problemas de cascas espessas. Problemas de cascas espessas assumem que os efeitos da
deformação transversal por cisalhamento são importantes para a solução. Problemas de cascas
finas, por outro lado, assumem que a deformação transversal por cisalhamento é pequena o
suficiente para ser desprezada. A Figura 5–5(a) ilustra o comportamento de cascas finas ao
cisalhamento transversal: as linhas materiais que inicialmente são normais à superfície da
casca permanecem normais e retas durante a deformação. Portanto, assume-se que as
deformações transversais por cisalhamento se anulam (γ = 0). A Figura 5–5(b) ilustra o
comportamento ao cisalhamento transversal de cascas espessas: linhas materiais que
inicialmente são normais à superfície da casca não permanecem necessariamente normais à
superfície durante o processo de deformação, introduzindo assim flexibilidade ao
cisalhamento transversal (γ ≠ 0).
94
Figura 5–5 Comportamento de seções transversais de cascas em (a) cascas finas e (b) cascas
espessas.
Os elementos de casca especiais estão agrupados em duas categorias: elementos apenas para
casca fina e elementos apenas para casca espessa. Todos os elementos especiais de casca
aceitam grandes rotações porém somente pequenas deformações. Os elementos de casca fina
apenas forçam a restrição de Kirchhoff; ou seja, seções planas normais à seção média da casca
permanecem normais à seção média da casca. A restrição de Kirchhoff é forçada tanto na
formulação do elemento (STRI3) como numericamente por meio do uso de uma restrição de
penalidade. Os elementos somente de casca espessa são quadriláteros de segunda ordem e
podem produzir resultados mais precisos que os elementos de casca genéricos em aplicações
com pequenas deformações onde o carregamento é tal que a solução varie suavemente ao
longo da casca.
Para decidir se uma determinada aplicação é um problema de casca fina ou espessa, podemos
dar algumas dicas. Para cascas espessas a flexibilidade ao cisalhamento transversal é
importante, enquanto que para cascas finas é desprezível. A significância do cisalhamento
transversal numa casca pode ser estimada pela sua razão espessura-vão. Uma casca feita de
um único material isotrópico com uma razão maior do que 1/15 é considerada “espessa”; se a
razão é menos de 1/15, a casca é considerada “fina”. Essas estimativas são aproximadas; você
sempre deve checar os efeitos do cisalhamento transversal no seu modelo para verificar o
comportamento assumido para a casca. Como a flexibilidade ao cisalhamento transversal
pode ser significativa em estruturas de cascas compostas laminadas, essa razão deve ser muito
menor para que a teoria de placas finas seja aplicável. Cascas compostas com camadas
interiores muito concordantes (chamadas placas sanduíche) possuem rigidez muito baixa ao
cisalhamento transversal e devem quase sempre serem modeladas com elementos de casca
espessa; se a hipótese das seções planas permanecerem planas é violada, deve-se usar
elementos contínuos. Veja o tópico “Shell section behavior,” Section 15.6.4 of the ABAQUS
Analysis User's Manual, para detalhes sobre como verificar a validade de utilizar a teoria de
cascas.
Força cortante e deformações transversais estão disponíveis nos elementos de casca genéricos
e nos de casca espessa apenas. Os elementos tridimensionais estimam tensões de cisalhamento
95
transversais. O cálculo dessas tensões despreza o acoplamento entre as deformações de flexão
e de torção e assume pequenos gradientes espaciais para as propriedades dos materiais e
momentos fletores.
Os elementos de casca, ao contrário dos elementos sólidos, usam direções dos materiais locais
a cada elemento. Dados de materiais anisotrópicos, tais como dos compósitos reforçados por
fibras, e variáveis de saída dos elementos, como tensões e deformações, são definidas em
termos dessas direções locais dos materiais. Em análises com grandes deslocamentos os eixos
locais do material na superfície de uma casca rotacionam segundo a média dos movimentos
do material em cada ponto de integração.
O sistema de direções locais do material pode causar problemas algumas vezes; um caso
típico é o cilindro mostrado na Figura 5–7.
Para a maioria dos elementos na figura a direção local 1- é circunferencial. Entretanto, existe
uma linha de elementos que é normal ao eixo global 1-. Para esses elementos a direção local
1- é a projeção do eixo global 3- sobre a casca, fazendo a direção local 1- axial ao invés de
circunferencial. Um gráfico de curvas de nível de tensões na direção local 1-, , parecerá
96
muito estranho, já que para a maioria dos elementos é a tensão circunferencial, ao passo
que para alguns elementos é a tensão axial. Nestes casos é necessário definir direções locais
mais apropriadas para o modelo, como discutido na próxima seção.
Você pode substituir o sistema de coordenadas Cartesiano global por um sistema local
retangular, cilindrico ou esférico, como mostrado na Figura 5–8.
Você define a orientação do sistema de coordenadas locais ( , , ), bem como qual dos
eixos locais corresponde à direção do material (discutir com a Lilian – é “direção do material”
ou “direção material”? ). Assim, você deve especificar o eixo local (1, 2, or 3) que está mais
próximo de ser normal às direções materiais 1 e 2 e a uma rotação em torno do eixo. O
ABAQUS segue uma permutação cíclica (1, 2, 3) dos eixos e projeta o eixo seguindo sua
seleção sobre a região da casca para formar a direção material 1-. Por exemplo, se você
escolhe o eixo -, o ABAQUS projeta o eixo - sobre a casca para formar a direção material
1-. A direção material 2- é definida pelo produto vetorial da normal à casca com a direção
material 1-. Normalmente, a direção material 2- e a projeção dos outros eixos locais, neste
caso o eixo -, não coincidirão para cascas.
Se esses eixos locais não criam as direções materiais desejadas, você pode especificar uma
rotação em torno do eixo selecionado. Os outros dois eixos locais são rotacionados o mesmo
tanto antes de serem projetados sobre as superfícies da casca para dar as direções materiais
finais. Para que as projeções sejam interpretadas facilmente, o eixo selecionado deve estar o
mais próximo possível da normal à casca.
Por exemplo, se a linha central do cilindro mostrado na Figura 5–7 coincide com o eixo
global 3-, as direções materiais locais podem ser definidas de forma que a direção material 1-
é sempre circunferencial e a correspondente direção material 2- é sempre axial. O
procedimento é descrito a seguir.
97
Para definir direções materiais locais:
Neste exemplo você vai modelar a placa esconsa mostrada na Figura 5–9.
98
A placa é oblíqua de 30° em relação ao eixo global 1-, é engastada numa das extremidades e
na outra é apoiada de forma que pode se mover paralelamente ao eixo da placa. Na direção 3-
seus delocamentos são impedidos. Seu objetivo é determinar a flecha no meio do vão quando
a placa é submetida a uma carga uniformemente distribuída. Você deverá também avaliar se
uma análise linear é válida para este problema. Você executará a análise com o
ABAQUS/Standard.
Use o ABAQUS/CAE para criar o modelo para esta simulação. Um script Python é fornecido
em “Skew plate,” Section A.3. Quando rodado no ABAQUS/CAE, esse script cria o modelo
completo de análise para este problema. Rode esse script caso você encontre dificuldades
seguindo as instruções dadas a seguir ou se você quiser checar se seu trabalho ficou bom. No
Appendix A, “Example Files” são dadas instruções sobre como descompactar e rodar um
script.
Se você não tem acesso ao ABAQUS/CAE ou outro pré-processador, o arquivo de dados para
este problema pode ser criado manualmente, como discutido em “Example: skew plate,”
Section 5.5 of Getting Started with ABAQUS/Standard: Keywords Version.
Antes de começar a construir o modelo, decida-se sobre o sistema de unidades que vai
utilizar. As dimensões são dadas em cm, mas o carregamento e as propriedades do material
são dados em MPa e GPa. Como essas unidades não são consistentes entre si, você deve
escolher um sistema consistente para usar no seu modelo e converter os dados necessários
adequadamente. No exemplo que se segue são usadas as seguintes unidades: Newtons,
metros, kilogramas e segundos.
99
Inicie o ABAQUS/CAE e crie um corpo tridimensional deformável tendo uma casca plana
como característica base. Chama a peça de Plate e especifique um tamanho aproximado de
4.0. A seguir, sugere-se uma abordagem para a criação da geometria da peça:
1. No Sketcher crie uma linha vertical de 0,4 m usando a ferramenta Create Lines:
Connected.
2. Usando a ferramenta Create Construction: Line at an Angle, crie linhas auxiliares
orientadas a 30° com relação à horizontal passando por cada uma das extremidades da
linha criada anteriormente.
3. Usando a ferramenta Create Isolated Point, crie um ponto isolado a uma distância
horizontal de 1,0 m à direita da linha vertical. Então, crie uma linha auxiliar vertical
passando por este ponto.
4. Usando a ferramenta Create Lines: Connected, desenhe o retângulo esconso usando
os pontos de pré-seleção nas interseções das linhas auxiliares para posicionar seus
vértices.
100
contribuições tanto das tensões axiais, produzidas pela flexão da placa, como da tensão
transversal ao eixo da placa. Será mais fácil interpretar os resultados se as direções materiais
estiverem alinhadas com o eixo da placa e a direção transversal. Por essa razão, é necessário
um sistema local de coordenadas no qual a direção - coincide com a direção do eixo da
placa (i.e., fazendo 30° com o eixo global 1-) e a direção local - também está no plano da
placa. Seguindo as instruções dadas abaixo, defina as propriedades da seção da casca num
sistema de coordenadas material local (nondefault).
Figura 5–11 Sistema de coordenadas auxiliar usado para definir as direções materiais.
Depois que a malha tiver sido gerada e os elementos tiverem sido criados no modelo,
todas as variáveis dos elementos serão definidas nesse sistema local de coordenadas.
101
Criando a montagem, definindo um passo de análise e especificando os requisitos de
saída
Você vai particionar a placa em duas metades no centro do vão; isso vai permitir que você
crie um conjunto naquela posição. Você irá definir também conjuntos adicionais, em nível de
montagem, para facilitar outras definições de requisitos de saída e de condições de contorno.
Figura 5–12 Partição utilizada para definir um conjunto de geometria no meio do vão
da placa.
Dica: Conjuntos de geometria podem ser revistos expandindo-se o item Sets dentro do
contêiner Assembly na Model Tree e fazendo um duplo clique sobre o nome do conjunto na
lista que aparece. O conjunto selecionado é realçado na viewport e sua definição pode ser
editada se necessário.
102
Dentre os resultados que você precisa estão os deslocamentos nodais, as reações de apoio e as
tensões nos elementos. Esses dados serão usados para criar deformadas, gráficos de
distribuição em curvas de nível e listagens de resultados tabulados no módulo Visualization.
Como mostrado na Figura 5–9, a extremidade esquerda da placa está completamente fixada; a
extremidade direita está apoiada de forma que pode se mover sobre trilhos paralelos ao eixo
da placa. Como a direção desta última condição de contorno não coincide com os eixos
globais, você deve definir um sistema de coordenadas local que possua um eixo alinhado com
o eixo da placa. Você pode usar o sistema de coordenadas auxiliar que criou previamente para
definir as direções materiais locais.
Neste exemplo você vai associar condições de contorno a conjuntos além das regiões
selecionadas diretamente na viewport. Assim, quando solicitado a informar as regiões
às quais aplicar as condições de contorno, clique em Sets na prompt area da viewport.
2. Da janela Region Selection que aparece, selecione o conjunto EndB. Marque a opção
Highlight selections in viewport para se assegurar de que o conjunto correto foi
selecionado. A borda direita da placa deve estar realçada. Clique em Continue.
3. Na janela Edit Boundary Condition, clique em Edit para especificar o sistema local
de coordenadas no qual as condições de contorno serão aplicadas. Na viewport,
selecione o sistema de coordenadas auxiliar que você criou previamente para para
definir as direções locais. A direção local 1- deve ficar alinhada com o eixo da placa.
4. Na janela Edit Boundary Condition, fixe todos os graus de liberdade exceto U1.
A borda direita da placa está agora restringida de forma que só pode se mover na
direção do eixo da placa. Uma vez que a placa tenha sido discretizada e os nós do
modelo tenham sido gerados, todas as grandezas nodais explicitadas nos resultados
associadas com esta região (deslocamentos, velocidades, reações de apoio, etc.) serão
definidas neste sistema de coordenadas local.
103
Finalmente, defina uma carga distribuída uniforme aplicada sobre a placa, chamada
Pressure. Selecione ambas as regiões da peça usando [Shift]+Click e escolha o lado
superior da placa (Brown) como a superfície à qual a carga será aplicada. Você pode precisar
rotacionar a vista para distinguir mais claramente a face superior da placa. Especifique uma
carga de 2.E4 Pa.
Você deve responder às seguintes questões antes de escolher um tipo de elemento: a placa é
fina ou espessa? As deformações são pequenas ou grandes? No caso aqui a placa é realmente
fina, com uma relação espessura/menor_vão da ordem de 0,02 (a espessura é 0,8 cm e o
menor vão é de 40 cm.). Enquanto não é possível predizer a magnitude das deformações na
estrutura, assume-se que as deformações são pequenas. Com base nessa informação, escolha
elementos de casca quadráticos (S8R5) porque eles dão resultados acurados para cascas finas
em simulações com pequenas deformações. Para maiores detalhes sobre como escolher
elementos de casca, refira-se a “Choosing a shell element,” Section 15.6.2 of the ABAQUS
Analysis User's Manual.
Na Model Tree, expanda o item Plate dentro do contêiner Parts e dê um duplo clique em
Mesh na lista que aparece. Aplique sementes à peça usando um tamanho global para os
elementos de 0.1. Do menu principal, selecione Mesh Controls para especificar malha
estruturada para este modelo. Crie uma malha quadrilateral usando elementos de casca
quadráticos, com integração reduzida e cinco graus de liberdade por nó (S8R5).
Antes de continuar, renomeie o modelo para Linear. Este modelo posteriormente servira de
base para outra simulação no capítulo 8, que trata de não-linearidade.
104
Salve seu modelo num arquivo chamado SkewPlate.cae.
Submeta o job para análise e monitore o progresso da solução; corrija quaisquer erros no
modelo detectados pela análise preliminar e investigue as causas de eventuais mensagens de
alerta.
5.5.2 Pós-processamento
Na lista Module localizada sob a barra de ferramentas, cliquem em Visualization para entrar
no módulo de visualização. Então abra o arquivo “.odb” criado pelo job (SkewPlate.odb).
Use a indeformada para checar a definição do modelo. Verifique se as normais dos elementos
para o modelo da placa esconsa foram definidos corretamente e estão apontando no sentido
positivo da direção 3-.
A vista default é isométrica. Você pode modificar a vista usando as opções no menu View ou
nas ferramentas de view (tais como ) na toolbar.
105
4. Clique em OK.
Gráficos de símbolos
A janela Field Output aparece; por default, a guia Primary Variable é selecionada.
106
A janela Symbol Plot Options aparece; por default, a guia Basic é selecionada.
Você pode plotar valores principais das variáveis tensoriais, como as tensões, usando gráficos
de símbolos. Um gráfico de símbolos das tensões principais dão três vetores em qualquer
ponto de integração, cada um deles correspondendo a um valor principal orientado segundo a
direção principal correspondente. Valores de compressão são indicados por setas apontando
na direção do ponto de integração, enquanto valores de tração são indicados por setas
apontando para fora do ponto de integração. Você pode também plotar valores principais
individuais.
4. Para modificar o comprimento das setas, clique em Symbol Options na prompt area.
107
5. Clique na guia Color & Style; então clique na guia Tensor.
6. Arraste o slider Size para selecionar 2 como o comprimento da seta.
7. Clique em OK para aplicar as configurações e fechar a janela.
Figura 5–16 Gráfico de símbolo das tensões principais na superfície inferior da placa.
8. As tensões principais são mostradas no ponto 1 da seção, por default. Para plotar
tensões em pontos nondefault da seção, selecione Result Section Points do menu
principal para abrir a janela Section Points.
9. Selecione o ponto nondefault da seção desejado.
10. Num modelo complexo, as bordas dos elementos podem obscurecer os gráficos de
símbolos. Para suprimir a exibição das bordas do elemento, escolha Feature edges na
página Basic da janela Symbol Plot Options. A Figura 5–17 mostra um gráfico de
símbolo das tensões principais no ponto default da seção apenas com a borda global
visível.
Figura 5–17 Gráfico mostrando os vetores para as tensões principais com as bordas
dos elementos ocultas.
108
Direções materiais
7. Use as vistas pré-definidas disponíveis na toolbox para mostrar a placa como mostrado
na Figura 5–18. Nessa figura, a perspectiva é desativada. Para ativar a perspectiva,
clique na ferramenta na toolbar.
109
Avaliando os resultados com base em listagens
Uma outra forma de pós-processamento pode ser executada a partir do exame de listagens de
resultados. Com o auxílio de display groups, crie um relatório contendo as tensões no modelo
inteiro (componentes S11, S22 e S12), as reações de apoio nos nós apoiados (conjuntos EndA
e EndB), e os deslocamentos nos nós do meio do vão (conjunto MidSpan). Os dados das
tensões são mostrados abaixo.
Source 1
---------
ODB: SkewPlate.odb
Step: "Apply pressure"
Frame: Increment 1: Step Time = 1.000
Loc 1 : Integration point values at shell general ... : SNEG, (fraction = -1.0)
Loc 2 : Integration point values at shell general ... : SPOS, (fraction = 1.0)
Int Pt 4 4 3 2 4 4
Maximum 90.2378E+06 238.323E+06 10.5216E+06 103.31E+06 70.0676E+06 18.865E+06
At Element 28 48 2 24 48 12
Int Pt 4 4 2 3 4 4
As posições Loc 1 e Loc 2 identificam o ponto da seção no elemento onde a tensão foi
calculada. Loc 1 (correspondente ao ponto 1 da seção) reside na superfície SNEG da casca e
Loc 2 (correspondente ao ponto 3 da seção) reside na superfície SPOS da casca. As direções
materiais foram usadas para o elemento: as tensões se referem a um sistema de coordenadas
local.
Note que a hipótese de pequenas deformações foi válida para esta simulação. A deformação
axial correspondente ao pico de tensão é ε11 ≈ 0,0079. A deformação é considerada
tipicamente pequena se é menor que 4 ou 5%. Logo, uma deformação da ordem de 0,0079
está bem dentro da faixa apropriada para ser modelada com elementos S8R5.
110
Veja as reações de apoio e momentos na tabela abaixo:
Source 1
---------
ODB: SkewPlate.odb
Step: "Apply pressure"
Frame: Increment 1: Step Time = 1.000
As reações de apoio estão escritas no sistema global de coordenadas. Verifique que a soma
das forças e dos momentos de reação com as cargas aplicadas dá zero. A reação não-nula na
direção 3- equilibra a força vertical da carga aplicada (20 kPa × 1.0 m × 0.4 m). Além das
reações de apoio, a carga distribuída causa momentos de reação autoequilibrados nos graus de
liberdade rotacionais restringidos.
A tabela de deslocamentos (que não é mostrada aqui) mostra que a flecha no centro do vão é
de aproximadamente 5,3 cm, o que é aproximadamente 5% do comprimento da placa. Quando
rodamos essa análise como linear, assumimos que os deslocamentos são pequenos. É
questionável se esses deslocamentos são realmente pequenos em relação às dimensões da
estrutura; efeitos não-lineares podem ser importantes, requerendo investigação adicional.
Neste caso é necessário executar uma análise que considere não-linearidade geométrica, como
discutido no Chapter 8, “Nonlinearity.”
111
5.6 Exemplos ABAQUS relacionados
• “Pressurized fuel tank with variable shell thickness,” Section 2.1.6 of the ABAQUS
Example Problems Manual
• “Analysis of an anisotropic layered plate,” Section 1.1.2 of the ABAQUS Benchmarks
Manual
• “Buckling of a simply supported square plate,” Section 1.2.4 of the ABAQUS
Benchmarks Manual
• “The barrel vault roof problem,” Section 2.3.1 of the ABAQUS Benchmarks Manual
• Timoshenko, S., Strength of Materials: Part II, Krieger Publishing Co., 1958.
• Timoshenko, S. and S. W. Krieger, Theory of Plates and Shells, McGraw-Hill, Inc.,
1959.
• Ugural, A. C., Stresses in Plates and Shells, McGraw-Hill, Inc., 1981.
• Budiansky, B., and J. L. Sanders, “On the `Best' First-Order Linear Shell Theory,”
Progress in Applied Mechanics, The Prager Anniversary Volume, 129–140, 1963.
• Ashwell, D. G., and R. H. Gallagher, Finite Elements for Thin Shells and Curved
Members, John Wiley & Sons, 1976.
• Hughes, T. J. R., T. E. Tezduyar, “Finite Elements Based upon Mindlin Plate Theory
with Particular Reference to the Four-Node Bilinear Isoparametric Element,” Journal
of Applied Mechanics, 587–596, 1981.
• Simo, J. C., D. D. Fox, and M. S. Rifai, “On a Stress Resultant Geometrically Exact
Shell Model. Part III: Computational Aspects of the Nonlinear Theory,” Computer
Methods in Applied Mechanics and Engineering, vol. 79, 21–70, 1990.
5.8 Resumo
112
• Calcular a rigidez da seção transversal no início da análise é eficiente, mas apenas
materiais lineares podem ser considerados quando isso é feito; calcular a rigidez da
seção transversal durante a análise usando integração numérica permite usar tanto
materiais lineares como não-lineares.
• A integração numérica é efetuada num determinado número de pontos da seção ao
longo de sua espessura. Estes pontos da seção são os locais nos quais pode-se calcular
resultados para as variáveis do elemento. O ponto da seção mais externo reside na
superfície da casca.
• A direção da normal de um elemento de casca determina as superfícies positiva e
negativa do elemento. Para definir contato e interpretar os resultados para o elemento
corretamente, você deve saber a qual das superfícies está se referindo. A normal à
casca também define a direção na qual o carregamento aplicado à casca é considerado
positivo e pode ser plotada no módulo de visualização do ABAQUS/CAE.
• Elementos de casca usam direções materiais locais a cada elemento. Em análises com
grandes deslocamentos os eixos materias locais rotacionam junto com o elemento.
Pode-se definir sistemas de coordenadas locais nondefault. As variáveis dos
elementos, tais como tensões e deformações, são explicitadas nas direções locais.
• Pode-se também definir sistemas de coordenadas locais para os nós. Cargas
concentradas e condições de contorno são aplicadas no sistema de coordenadas locais.
Todos os dados de saída nodais, tais como os deslocamentos, também se referem ao
sistema local por default.
• Gráficos de símbolos podem auxiliar na visualização de resultados de uma simulação.
Eles são especialmente úteis para visualizar o movimento e a rota das cargas de uma
estrutura.
113
6 Usando elementos de viga
Por expandir...
114
8 Não-linearidade
Este capítulo discute a análise estrutural não-linear no ABAQUS. As diferenças entre análise
linear e não-linear estão resumidas a seguir.
Análise linear
Na análise linear existe uma relação linear entre as cargas aplicadas e a resposta do sistema
estrutural. Por exemplo, se uma mola linear se alonga estaticamente de 1 m sob uma carga de
10 N, ela se alongará de 2 m quando uma carga de 20 N for aplicada. Isto significa que em
uma análise linear a flexibilidade da estrutura precisa ser calculada apenas uma vez (basta
montar a matriz de rigidez e invertê-la). A resposta linear da estrutura para outros casos de
carga pode ser obtida multiplicando-se o novo vetor de cargas pela matriz de rigidez invertida.
Além disso, a resposta da estrutura a vários casos de carregamento pode ser escalonada por
constantes e/ou por sobreposição de carregamentos para que se possa determinar sua resposta
a um caso de carga completamente novo, já que o novo caso de carga seria a soma (um
múltiplo) dos anteriores. Este princípio de sobreposição de casos de carga assume que as
mesmas condições de contorno são admitidas para todos os casos de carregamento.
Análise não-linear
Diz-se que um problema estrutural é não-linear quando a rigidez da estrutura muda à medida
que ela se deforma. Todas as estruturas físicas são não-lineares. A análise linear é uma
aproximação conveniente que com frequência é adequada para questões de projeto.
Obviamente, a análise linear se mostrará inadequada para muitas simulações estruturais,
incluindo processos de fabricação como forjamento ou estampagem; análises de colisão; e
análises de componentes de borracha tais como pneus e calços de motores. Um exemplo
simples é uma mola com uma resposta de rigidez não-linear (ver Figura 8–1).
Se a rigidez depende dos deslocamentos, a flexibilidade inicial não pode mais ser multiplicada
pela carga aplicada para calcular o deslocamento da mola para qualquer carregamento. Numa
115
análise não-linear implícita a matriz de rigidez da estrutura tem que ser montada e invertida
muitas vezes durante o curso da análise, tornando a análise muito mais custosa de se resolver
do que uma análise implícita linear. Numa análise explícita o maior custo de uma análise não-
linear se deve a reduções no incremento de tempo estável. O incremento de tempo estável é
discutido mais adiante no Chapter 9, “Nonlinear Explicit Dynamics.”
Como a resposta de um sistema não-linear não é uma função linear da magnitude da carga
aplicada, não é possível criar soluções para diferentes casos de carga por superposição. Cada
caso de carga deve ser definido e resolvido como uma análise separada.
• não-linearidade do material;
• não-linearidade de contato;
• não-linearidade geométrica.
Figura 8–2 Curva tensão-deformação para um material elasto-plástico sob tração uniaxial.
Materiais tipo borracha podem ter seu comportamento aproximado por uma resposta não-
linear reversível (elástica) (ver Figura 8–3).
116
Figura 8–3 Curva tensão-deformação para um material tipo borracha.
A não-linearidade dos materiais pode ser relacionada a outros fatores além da deformação. As
propriedades dos materiais podem também ser uma função da temperatura e de outros campos
pré-definidos. Materiais com propriedades dependentes da taxa de deformação e de falha do
material são também formas de não-linearidade.
A flecha vertical da extremidade da viga está linearmente relacionada com a carga (para
pequenas deformações) até que ela toque o apoio. Ocorre então uma súbita mudança nas
condições de contorno da extremidade da viga, impedindo o aumento da flecha na
extremidade, e assim a resposta da viga não é mais linear. Não-linearidades de contato são
extremamente descontínuas: quando o contato ocorre durante a simulação, há uma mudança
significativa e instantânea na resposta da estrutura.
117
8.1.3 Não-linearidade geométrica
A terceira fonte de não-linearidade está relacionada a mudanças na geometria do modelo
durante a análise. Ocorre não-linearidade geométrica quando a magnitude dos deslocamentos
afeta a resposta da estrutura. Isto pode ser causado por:
Por exemplo, considere uma viga em balanço carregada verticalmente na extremidade (ver
Figura 8–5).
Pode-se pensar que grandes deslocamentos e rotações têm um efeito significativo na maneira
das estruturas resistirem às cargas. Todavia, os deslocamentos não têm que ser
necessariamente grandes em relação às dimensões da estrutura para que haja não-linearidades
geométricas importantes. Considere o “snap through” de um painel com uma leve curvatura
sujeito a uma pressão, como mostrado na Figura 8–6.
118
Neste exemplo há uma mudança dramática na rigidez do painel à medida que ele se deforma.
À medida que o painel “snaps through”, a rigidez se torna negativa. Dessa forma, embora a
magnitude dos deslocamentos, relativa às dimensões do painels, sejam bem pequenas, há uma
significativa não-linearidade geométrica nessa simulação, que deve ser levada em
consideração.
Uma diferença importante deve ser notada aqui: por default o módulo ABAQUS/Standard
assume pequenas deformações, enquanto o ABAQUS/Explicit assume grandes deformações.
As forças internas atuando em um nó são causadas pelas tensões nos elementos que contêm o
nó.
Para que o corpo esteja em equilíbrio estático, a força líquida atuando em qualquer nó deve
ser zero. Portanto, a sentença básica de equilíbrio estático é que as forças internas, I, e as
forças externas, P, devem equilibrar uma à outra.
P–I=0
119
O ABAQUS/Standard usa o método de Newton-Raphson para obter a solução para problemas
não-lineares. Numa análise não-linear a solução não pode ser calculada simplesmente pela
solução de um único sistema de equações lineares. Em vez disso, a solução é encontrada
aplicando-se as cargas especificadas gradualmente, trabalhando-se com incrementos até à
solução final. Portanto, o ABAQUS/Standard subdivide a simulação num número de
incrementos de carga e encontra a configuração de equilíbrio aproximada ao final de cada
incremento. Com frequência são necessárias várias iterações para determinar uma solução
aceitável para um dado incremento de carga. A soma de todas as respostas incrementais é a
solução aproximada para a análise não-linear. Assim, o ABAQUS/Standard combina
procedimentos incrementais e iterativos para resolver problemas não-lineares.
Esta seção introduz alguns novos termos para descrever as várias partes de uma análise. É
importante entender claramente a diferença entre um passo da análise, um incremento de
carga e uma iteração.
120
existe um limite de estabilidade para o incremento de tempo. O incremento de tempo
estável é discutido no Chapter 9, “Nonlinear Explicit Dynamics.”
• Uma iteração é uma tentativa de encontrar uma solução de equilíbrio num incremento
quando resolvendo o problema com um método implícito. Se o modelo não está em
equilíbrio no final da iteração, o ABAQUS/Standard tenta uma nova iteração. A cada
iteração a solução que o ABAQUS/Standard obtém deveria estar mais próxima do
equilíbrio; algumas vezes o ABAQUS/Standard pode precisar fazer muitas iterações
até obter uma solução de equilíbrio. Quando uma solução de equilíbrio é obtida então
o incremento está completo. Os resultados só ficam disponíveis ao final de um
incremento.
Convergência
121
O ABAQUS/Standard forma uma nova rigidez, Ka, para a estrutura, com base na sua
configuração atualizada, ua . O ABAQUS/Standard também calcula Ia nesta configuração
atualizada. A diferença entre a força total aplicada, P, e Ia pode agora ser calculada como:
Ra = P – Ia ,
Se Ra é zero em cada grau de liberdade no modelo, o ponto a na Figura 8–9 estaria sobre a
curva carga-deslocamento, e a estrutura estaria em equilíbrio. Num problema não-linear é
quase impossível ter Ra igual a zero, de forma que o ABAQUS/Standard a compara a um
valor de tolerância. Se Ra é menor do que a tolerância para a força residual, o
ABAQUS/Standard aceita a configuração atualizada da estrutura como a solução de
equilíbrio. Por default, esta tolerância é estabelecida como 0,5% de uma força média na
estrutura, distribuída no tempo. O ABAQUS/Standard automaticamente calcula esta
distribuição de força no tempo e no espaço ao longo da simulação.
Se a solução de uma iteração não converge, o ABAQUS/Standard executa uma outra iteração
para tentar equilibrar as forças internas e externas. Esta segunda iteração usa a rigidez Ka ,
calculada ao final da iteração anterior juntamente com Ra para determinar uma outra correção
de deslocamento, cb, que leva o sistema para uma posição mais próxima do equilíbrio (ponto b
na Figura 8–10).
O ABAQUS/Standard calcula uma nova força residual, Rb, usando as forças internas da nova
configuração da estrutura, ub. Novamente, a maior força residual em qualquer grau de
liberdade, Rb, é comparada com a tolerância para a força residual, e a correção do
deslocamento para a segunda iteração, cb, é comparada com o incremento de
deslocamento ∆ub = ub – uo. Se necessário, o ABAQUS/Standard efetuará iterações
adicionais.
Para cada iteração numa análise não-linear, o ABAQUS/Standard forma a matriz de rigidez
do modelo e resolve o sistema de equações. Isto significa que cada iteração é equivalente, em
custo computacional, à execução de uma análise linear completa. Deve ficar claro que o custo
computacional de uma análise não-linear no ABAQUS/Standard pode ser muitas vezes maior
do que o de uma análise linear.
122
Figura 8–10 Segunda iteração.
O número de iterações necessário para encontrar uma solução que convirja para um
incremento de carga irá variar dependendo do grau de não-linearidade do sistema. Por defaut,
se a solução não converge em 16 iterações ou se a solução parece divergir, o
ABAQUS/Standard abandona o incremento e reinicia com o tamanho do incremento ajustado
para 25% do valor anterior. É feita então uma tentativa de encontrar uma solução que convirja
com esse incremento de carga menor. Se a convergência desse segundo incremento falha
novamente, o ABAQUS/Standard reduz novamente o tamanho do incremento. Por default, o
ABAQUS/Standard permite um máximo de cinco “cutbacks” no tamanho do incremento antes
de interromper a análise.
123
Se o incremento converge em menos de cinco iterações, isto indica que a solução está sendo
encontrada com facilidade. Portanto, o ABAQUS/Standard automaticamente aumenta o
tamanho do incremento em 50% se dois incrementos consecutivos requererem menos que
cinco iterações para convergir para a solução.
Detalhes sobre o esquema de incremento automático de carga são fornecidos na janela Job
Diagnostics, como mostrado em detalhes em “Job diagnostics,” Section 8.4.2.
Numa análise não-linear um “passo” tem lugar num período finito de “tempo”, embora este
“tempo” não tenha significado físico a menos que efeitos inerciais ou rate-dependent behavior
(o comportamento do material depende da velocidade com que o carregamento é aplicado)
sejam importantes. No ABAQUS/Standard você especifica o incremento de tempo inicial,
∆Tinitial, e o tempo total do passo, Ttotal. A relação entre o incremento inicial de tempo e o
tempo total do passo especifica a proporção de carga aplicada no primeiro incremento. O
incremento de carga inicial é dado por:
∆Tinitial
× magnitude da carga
Ttotal
A escolha do incremento de tempo inicial pode ser crítica em certas simulações não-lineares
no ABAQUS/Standard, mas para a maioria das análises um incremento inicial da ordem de 5
a 10% do tempo total do passo usualmente é suficiente. Em simulações estáticas, o tempo
total do passo usualmente é configurado como 1,0, por conveniência, a menos, por exemplo,
em casos em que que o comportamento do material depende da velocidade com que o
carregamento é aplicado ou de modelos com amortecedores visco-elásticos. Com um tempo
total igual a 1,0 a proporção da carga aplicada é sempre igual ao passo de tempo corrente; i.e.,
50% da carga total é aplicada quando o passo de tempo é 0,5.
124
disponíveis. O ABAQUS/Standard vai terminar uma análise caso excessivas iterações
causadas por problemas de convergência reduzam o tamanho do incremento abaixo de um
valor mínimo. O incremento de tempo mínimo default permitido, ∆Tmin, é 10-5 vezes o tempo
total do passo. Por default, o ABAQUS/Standard não possui limite superior para o tamanho
do incremento de tempo, ∆Tmax, a não ser o próprio tempo total do passo. Dependendo da
simulação, você pode querer especificar os limites mínimo e máximo para os incrementos de
tempo. Por exemplo, se você prevê que sua simulação pode ter problemas obtendo uma
solução com um passo de carga muito grande, talvez porque o modelo possa sofrer
deformação plástica, você pode querer reduzir ∆Tmax.
Direções locais
Numa análise com não-linearidade geométrica as direções materiais locais podem rotacionar
com a deformação em cada elemento. Para cascas, vigas e elementos de treliça as direções
materiais locais sempre rotacionam com a deformação. Para elementos sólidos as direções
materiais locais somente rotacionam com a deformação se os elementos forem referidos a
direções materiais locais não-default; caso contrário, as direções materiais locais permanecem
constantes ao longo da análise.
Direções locais definidas nos nós permanecem fixas ao longo da análise; elas não rotacionam
com a deformação. Veja “Transformed coordinate systems,” Section 2.1.5 of the ABAQUS
Analysis User's Manual, para maiores detalhes.
Uma vez incluída a não-linearidade geométrica num passo, ela é considerada em todos os
passos subsequentes. Se os efeitos da não-linearidade geométrica não são requisitados num
passo subsequente, o ABAQUS emitirá uma mensagem informando que eles estarão sendo
considerados de qualquer maneira.
As grandes deformações num modelo não são os únicos efeitos importantes da não-
linearidade geométrica que são considerados quando se admite não-linearidade geométrica. O
ABAQUS/Standard também inclui termos no cálculo da rigidez dos elementos para
considerar o efeito de enrijecimento devido à ação das cargas (chamado enrijecimento por
carregamento). Esses termos melhoram a convergência das análises. Além disso, as forças de
membrana nas cascas e as cargas axiais nos cabos e vigas contribuem muito para a rigidez
dessas estruturas em resposta às cargas transversais. Ao incluir a não-linearidade geométrica
numa membrana, sua rigidez em resposta às cargas transversais é automaticamente
considerada.
125
8.3.3 Não-linearidade de contato
Se você quiser, você poder seguir as orientações dadas no fim deste exemplo para estender
sua simulação para uma análise dinâmica usando ABAQUS/Explicit.
Um script é fornecido em “Nonlinear skew plate,” Section A.6. Quando este script é rodado
no ABAQUS/CAE, ele cria um modelo de análise completo para este problema. Rode este
script se você sentir dificuldades em seguir as instruções dadas abaixo ou se você quiser
checar seu trabalho. Instruções de como buscar e rodar este script são dadas no Appendix A,
“Example Files.”
Abra o arquivo de dados do modelo SkewPlate.cae. Copie o modelo chamado Linear para
o modelo chamado Nonlinear.
Para o modelo não-linear da placa esconsa, você irá incluir os efeitos de não-linearidades
geométricas e mudar os requisitos de saída (output requests).
126
Definindo o passo
Na Model Tree, dê um duplo clique no passo Apply Pressure em baixo de Steps para editar
a definição do passo. Na guia Basic da caixa de diálogo Edit Step alterne para Nlgeom para
incluir os efeitos de não-linearidade geométrica, e estabeleça o tamanho do incremento inicial
para 0.1. O número máximo de incrementos é 100; ABAQUS pode usar menos incrementos
que este limite, mas irá parar a análise se necessitar de mais.
Você pode mudar a descrição do passo para refletir que ele é agora um passo de análise não-
linear.
Controle de saída
Em análise linear ABAQUS resolve as equações de equilíbrio uma vez e calcula os resultados
para esta única solução. Uma análise não-linear pode produzir um arquivo de saída muito
maior porque os resultados podem ser necessários no final de cada incrementos convergente.
Se você não selecionar os requisitos de saída cuidadosamente, os arquivos de saída se tornam
muito grandes, potencialmente o espaço em disco fica cheio em seu computador.
• O output database file e possui extensão (.odb) que contém dados num
formato binário neutro necessário para pós-processamento dos resultados com
ABAQUS/CAE;
• O data file e possui extensão (.dat) que contém tabelas impressas de
resultados selecionados (disponível somente no ABAQUS/Standard);
• O restart file (.res), que é usado para continuar uma análise; e
• O results file (.fil), que é usado para pós-processamento com software de
terceiros.
Somente o output database file (.odb) é discutido aqui. Se selecionar cuidadosamente, dados
podem ser salvos frequentemente durante a simulação sem usar excessivo espaço em disco.
Abra o Field Output Requests Manager. No lado direito da caixa de diálogo, clique em
Edit para abrir o field output editor. Remova o field requests editor definidos para o modelo
de análise linear, e especifique o default do field output requests selecionando Preselected
defaults sob Output Variables. Este pré-conjunto de variáveis de saída é o mais comumente
usado para procedimento estático geral.
Para reduzir o tamanho do arquivo de saida de dados, escreva o campo de saída para cada
segundo incremento. Se você tem interesse apenas pelo resultado final, você pode selecionar
ou The last increment ou definir a freqüência com que o output é salvo como um numero
grande. Resultados são sempre armazenados no final de cada passo, independente do valor
especificado, portanto, usando um valor grande conduz que apenas resultados finais sejam
salvos.
127
O history output request para deslocamentos dos nós no meio do vão pode ser obtido de
análise prévia. Você irá explorar estes resultados usando o X–Y plotting capability no módulo
Visualization.
Submeta o job a análise, e monitore o progresso da solução. Se qualquer erro for encontrado,
corrija o modelo; se algumas mensagens de advertência são emitidas, investigue a fonte delas
e tome as medidas corretivas necessárias.
Figura 8–12 shows the contents of the Job Monitor for this nonlinear skewed plate example.
A primeira coluna mostra o número do passo – neste caso há somente um passo. A segunda
coluna dá o número do incremento; a sexta coluna mostra o número de iterações que o
ABAQUS/Standard necessitou para obter uma solução convergente em cada incremento; a
oitava coluna mostra o tempo total do passo concluído, e a nona coluna mostra o tamanho do
incremento (∆T )
Este exemplo mostra como ABAQUS/Standard automaticamente controla o tamanho do
incremento e, portanto, a proporção da carga aplicada em cada incremento. Nesta analise
ABAQUS/Standard aplicou 10% do total da carga aplicada em cada incremento: você
especificou o ∆Tinitial para ser 0.1 e o tempo do passo para ser 1.0. ABAQUS/Standard
128
necessitou de três iterações para convergir a solução no primeiro incremento.
ABAQUS/Standard somente necessitou de duas iterações no segundo incremento, então ele
automaticamente aumentou o ∆T no quarto e quinto incremento. O ajuste no tamanho do
incremento final é feito para ser apenas o suficiente para completar a análise; neste caso o
tamanho do incremento final foi 0.0875.
129
8.4.3 Pós-processamento
Para começar este exercício, determine os available output frames (intervalo de incrementos
com que os resultados dos dados de saída foram escritos).
130
Exibindo a deformada e a indeformada do modelo
Exibir a deformada e a indeformada do modelo juntas por sobrepondo a indeformada sobre a
deformada. Rotacione a vista para obter uma vista similar a mostrada na Figura 8–19.
Você pode avaliar os resultados de outros incrementos salvos no arquivo de saída de dados
selecionando o apropriado quadro.
Todas a parcelas agora solicitadas irão usar os resultados do incremento 4. repita este
procedimento, substituindo o incremento de número de interesse, para mover através do
arquivo de saída de dados.
131
Você salvou os deslocamentos dos nós no meio (no conjunto Midspan) na parte do histórico
do arquivo de saída de dados NlSkewPlate.odb para cada incremento da simulação. Você
pode usar os resultados para criar X-Y plots. Em particular, você irar plotar o histórico de
deslocamentos verticais para os nós licalizados nas bordas e no meio da placa.
1. Primeiro, crie um grupo contendo uma vista modelo indeformado do conjunto de nós
no meio com o número dos nós ligados para determinar quais nós estão localizados
nas bordas do meio da placa.
2. Na barra do menu principal, selecione Result History Output.
3. Na caixa de diálogo do History Output que aparece, selecione (usando [Ctrl]+Click)
o movimento vertical de dois nós no meio da borda. As curvas são rotuladas da
seguinte forma: deslocamentos espaciais: U3 no nó xxx in NSET Midspan.
(use os rótulos dos nós para determinar que curvas você necessita selecionar.)
4. Clique Plot.
A natureza não-linear da simulação é claramente vista nas curvas: com o progresso da análise,
a rigidez da chapa. Os efeitos de não-linearidade geométrica significam que rigidez da
estrutura muda com a deformação. Nesta simulação a placa sai mais rígida, uma vez que
deforma devido aos efeitos de membrana. Portanto, o pico de deslocamentos resultante é
menor que o previsto pela análise linear, que não inclui este efeito.
132
Você pode criar curvas X-Y do histórico ou do campo de dados armazenados no arquivo de
saída de dados (.odb). Curvas X-Y podem também ser lidas de arquivos externos ou eles
podem ser digitados no módulo Visualização interativamente. Uma vez que as curvas foram
criadas, os seus dados podem se ainda manipulados e plotados para a tela em forma gráfica.
Tabular data
Crie um relatório de tabular data de deslocamentos do meio. Use o conjunto de nós Midspan
para cirar um grupo apropriado de exibição. O conteúdo dos relatórios são mostados abaixo.
Source 1
---------
ODB: NlSkewPlate.odb
Step: "Apply pressure"
Frame: Increment 6: Step Time = 1.000
At Node 1 2 1
Maximum -2.27869E-03 -747.394E-06 -45.4817E-03
At Node 2 1 2
Compare estes deslocamentos com os obtidos da análise linear no Chapter 5, “Using Shell
Elements.” O deslocamento máximo no meio nesta simulação e em torno de 9% menor que o
previsto na análise linear. Incluindo efeitos de não-linearidade geométrica na simulação reduz
a deflexão vertical (U3) no meio da placa.
Outra diferença entre as duas análises é que na simulação não-linear existem deflexões não
nulas nas direções -1 e -2. que efeitos podem causar deslocamentos não nulos, U1 e U2, na
análise não-linear? Porque a deflexão vertical é menor na análise não-linear?
133
A placa deforma em um formato curvo: a mudança geometria é levada em conta na simulação
não-linear. Como conseqüência, membrane effects cause some of the load to be carried by
membrane action rather than by bending alone. Isso faz com que a placa fique mais rígida.
Além disso, a carga de pressão, que é sempre normal a superfície da placa, começa a ter uma
componente nas direções -1 e -2 com a deformação da placa. A análise não-linear inclui os
efeitos desta rigidez e muda as direções da pressão. Nenhum destes efeitos são incluídos na
simulação linear.
As diferenças entre as simulações linear e não-linear são suficientemente grandes para indicar
que a simulação linear não é adequada para esta placa sob esta particular condição de
carregamento.
Para cinco graus de liberdade desta casca, tais como o elemento S8R5 usado nesta análise
ABAQUS/Standard não produz rotações totais nos nós.
Como exercício opcional, voce pode modificar o modelo e rodar uma análise dinâmica da
placa esconsa no ABAQUS/Explicit. Para fazer isso, você deve adicionar uma densidades de
7800 kg/m3 na definição do material de aço, substitua o passo atual por uma passo explicit
dynamic, e mude a biblioteca do elemento para Explicit. Além disso, você deve editar o
histórico de requisitos de saída para escrever as translações e rotações do conjunto MidSpan
para o arquivo de saída de dados. Estas informações serão úteis para avaliar a resposta
dinâmica da placa. Depois de feitas as mudanças apropriadas no modelo, você pode criar e
rodar um novo job para examinar os efeitos dinâmicos transientes na placa sob uma carga
repentina aplicada.
134
9 Problemas dinâmicos não-lineares com formulação explícita
O procedimento dinâmico explícito pode ser uma ferramenta efetiva para resolver uma vasta
gama de problemas de mecânica estrutural e de mecânica dos sólidos. Frequentemente é
usado como uma ferramenta complementar a um solver implícito, como o
ABAQUS/Standard. Do ponto de vista do usuário, as características que distinguem os
métodos implícito e explícito são as seguintes:
O método dinâmico explícito foi originalmente desenvolvido para analisar eventos dinâmicos
de alta velocidade que podem ser extremamente caros para analisar com programas
implícitos, tais como o ABAQUS/Standard. No capítulo 10 (“Materials”) é analisado um
exemplo assim, em que se avaliam os efeitos de uma carga de curta duração devido a uma
explosão, sobre uma placa de aço. Como a carga é aplicada muito rapidamente e é muito
severa, a resposta da estrutura muda rapidamente. O rastreamento preciso das ondas de
tensões através da placa é importante para capturar a resposta dinâmica. Como as ondas de
tensões estão associadas com as frequências mais altas do sistema, para obter uma solução
precisa são necessários muitos incrementos de tempo bem pequenos.
135
de estruturas sujeitas a cargas de impacto e subsequentemente sofrem interações de contato
dentro da própria estrutura. No capítulo 12 há um exemplo assim, que analisa o ensaio de
queda de uma placa de circuito. Nesse exemplo uma placa de circuitos acondicionada numa
embalagem de isopor cai de uma altura de 1 m sobre um piso rígido. O problema envolve o
impacto entre a embalagem e o piso, bem como mudanças nas condições de contato entre a
placa e a embalagem.
Por uma variedade de razões o ABAQUS/Explicit muitas vezes é bastante eficiente para
resolver certas classes de problemas que são essencialmente estáticos. Problemas de
simulação de processos quasi-estáticos envolvendo contatos complexos tais como forjamento,
laminação e estampagem de chapas caem nessas classes. Problemas de conformação de
chapas usualmente incluem deformações de membrana muito grandes, enrugamento e
condições de contato com atrito complexas. Problemas de conformação de volume são
caracterizados por grandes distorções, flash formation e problemas de contato com os moldes.
No capítulo 13 é apresentado um exemplo de simulação de conformação quasi-estática.
Cada um desses tipos de análise pode incluir efeitos de temperatura e transferência de calor.
Esta seção contém uma descrição algorítmica do solver do ABAQUS/Explicit bem como uma
comparação entre a integração do tempo implícita e explícita e uma discussão das vantagens
do método explícito.
136
nodal, , vezes as acelerações nodais, , iguala as forças nodais totais (a diferença entre as
forças externas aplicadas, , e as forças internas nos elementos, ):
Como o procedimento explícito sempre usa uma matriz de massa diagonal, ou condensada, a
solução para as acelerações é trivial; não há um sistema de equações simultâneas para
resolver. A aceleração de qualquer nó é completamente determinada pela sua massa e a força
líquida atuando nele, tornando os cálculos nodais pouco custosos.
As acelerações são integradas no tempo usando a regra da diferença central, que calcula a
mudança na velocidade assumindo que a aceleração é constante. Essa mudança na velocidade
é somada à velocidade do meio do incremento anterior para determinar as velocidades no
meio do incremento corrente:
1. Cálculos nodais.
a. Equilíbrio dinâmico.
137
b. Integração explícita no tempo.
que é um procedimento caro para modelos grandes. A matriz de rigidez efetiva, , é uma
combinação linear da matriz de rigidez tangente e da matriz de massa para a iteração. As
iterações continuam até que uma série de quantidades – força residual, correção do
138
deslocamento, etc. – estejam dentro de tolerâncias prescritas. Para uma resposta levemente
não-linear o método de Newton tem uma taxa de convergência quadrática, como ilustrado a
seguir:
Cada iteração é uma análise implícita que requer a solução de um grande sistema de equações
lineares, um procedimento que requer uma quantidade considerável de processamento, espaço
em disco e memória. Para problemas grandes, os requisitos da solução do sistema de equações
são dominantes em relação aos requisitos dos cálculos sobre os elementos e sobre o material,
que são similares para uma análise no ABAQUS/Explicit. À medida que o tamanho do
problema cresce, o custo da solução do sistema de equações cresce rapidamente, de forma que
na prática o tamanho máximo de uma análise implícita que pode ser resolvida numa dada
máquina frequentemente é ditada pela quantidade de espaço em disco e memória disponíveis
na máquina, além do tempo de computação necessário.
139
9.3 Incremento automático de tempo e estabilidade
Com o método explícito o estado do modelo é avançado através de um intervalo de tempo ∆t,
com base no estado no início do incremento no tempo t. O intervalo de tempo no qual o
estado pode ser avançado e ainda permanecer uma representação acurada do problema é
tipicamente bem pequeno. Se o incremento de tempo é maior do que este intervalo máximo de
tempo, diz-se que o incremento excedeu o limite de estabilidade. Quando o limite de
estabilidade é excedido pode ocorrer instabilidade numérica, que pode levar a uma solução
descontrolada. Geralmente não é possível determinar o limite de estabilidade exatamente,
motivo pelo qual adotam-se estimativas conservadoras. O limite de estabilidade tem um
grande efeito sobre a confiabilidade e precisão da simulação. Logo, ele deve ser determinado
consistentemente e conservativamente. Para eficiência computacional o ABAQUS/Explicit
escolhe o incremento de tempo de forma que ele seja muito próximo do limite de estabilidade,
todavia sem excedê-lo.
onde é a fração do amortecimento crítico no modo com a frequência mais alta (ressalta-se
que o amortecimento crítico define o limite entre movimento oscilatório e não-oscilatório no
contexto de vibração sem emortecimento (free-damped vibration). O ABAQUS/Explicit
sempre introduz um pequeno amortecimento na forma de viscosidade volumétrica (bulk
viscosity) para controlar oscilações de alta frequência). Talvez ao contrário da intuição de
engenharia, o amortecimento sempre reduz o limite de estabilidade.
A mais alta frequência atual no sistema baseia-se num complexo conjunto de fatores que
interajem e computacionalmente não é factível calcular seu valor exato. Alternativamente,
usa-se uma estimativa simples que é eficiente e conservadora. Ao invés de olhar para o
modelo global, estima-se a frequência mais alta de cada elemento individual no modelo, a
qual está sempre associada com o modo dilatacional. Pode ser demonstrado que a mais alta
140
frequência do elemento, determinada elemento a elemento, é sempre maior que a frequência
mais alta do modelo completo de elementos finitos.
Com base na estimativa elemento a elemento, o limite de estabilidade pode ser redefinido
usando o comprimento do elemento, , e a velocidade de onda do material, :
Para a maior parte dos tipos de elementos — um elemento quadrilateral distorcido, por
exemplo — a equação acima é somente uma estimativa do atual limite de estabilidade
elemento a elemento porque não está claro como o comprimento do elemento deveria ser
determinado. A menor distância do elemento pode ser usada como uma aproximação, mas a
estimativa resultante nem sempre é conservadora. Quanto menor o comprimento do elemento,
menor o limite de estabilidade. A velocidade de onda é uma propriedade do material. Para um
material elástico linear com coeficiente de Poisson igual a zero
O ABAQUS/Explicit usa equações como aquelas discutidas na seção anterior para ajustar o
incremento de tempo durante a análise de forma que o limite de estabilidade, baseado no
estágio corrente do modelo, nunca seja excedido. O incremento de tempo é automático e não
requer intervenção do usuário, nem mesmo é necessária uma sugestão inicial para o
incremento de tempo. O limite de estabilidade é um conceito matemático que resulta do
próprio modelo numérico. Como possui todos os detalhes relevantes, o programa de
elementos finitos pode determinar um limite de estabilidade eficiente e conservador.
Entretanto, o ABAQUS/Explicit permite ao usuário substituir o incremento automático de
tempo, se desejar. A seção 9.7, “Summary”, discute o controle manual do incremento de
tempo.
O incremento de tempo usado numa análise explícita deve ser menor do que o limite de
estabilidade do operador diferença central. Caso o incremento não seja suficientemente
pequeno tem-se uma solução instável. Quando a solução se torna instável, a resposta das
variáveis de interesse ao longo do tempo, tais como os deslocamentos, irá usualmente oscilar
141
com amplitudes crescentes. O balanço da energia total também irá mudar significativamente.
Se o modelo contém somente um tipo de material, o incremento de tempo inicial é
diretamente proporcional ao tamanho do menor elemento da malha. Se a malha contém
elementos de tamanho uniforme mas contém múltiplos materiais, o elemento com a maior
velocidade de onda determinará o incremento inicial de tempo.
Dois tipos de estimativas são usados para determinar o limite de estabilidade: elemento por
elemento e global. Uma análise sempre se inicia usando o método de estimativa elemento por
elemento e pode mudar para o método da estimativa global sob certas circunstâncias.
A estimativa elemento por elemento é conservadora; ela vai dar um incremento de tempo
estável menor do que o limite de estabilidade real que é baseado na máxima freqüência do
modelo inteiro. Em geral, restrições como condições de contorno e contato cinemático não
têm o efeito de comprimir o espectro dos autovalores, e a estimativa elemento a elemento não
leva isto em conta.
Uma vez que a densidade de massa influencia o limite de estabilidade, sob certas
circunstâncias escalonar a densidade de massa pode aumentar potencialmente a eficiência de
uma análise. Por exemplo, devido à complexa discretização de muitos modelos,
frequentemente existem regiões contendo elementos muito pequenos ou bastante distorcidos
que controlam o limite de estabilidade. Esses elementos com freqüência são poucos e podem
existir em áreas localizadas. Aumentando a massa apenas desses elementos que controlam o
processo, o limite de estabilidade pode ser aumentado significativamente, e o efeito sobre o
comportamento dinâmico global do modelo pode ser desprezível.
142
Os recursos de escalonamento de massa automático no ABAQUS/Explicit podem impedir que
elementos complicados atrapalhem o limite de estabilidade. Existem duas abordagens
fundamentais usadas em escalonamento de massa: definindo um fator de escala diretamente
ou definindo um incremento de tempo estável desejado, pelo processo elemento a elemento,
para os elementos cuja massa deve ser escalonada. Essas duas abordagens, descritas em
detalhe em “Mass scaling,” Section 7.16.1 of the ABAQUS Analysis User's Manual,
oferecem ao usuário algum controle adicional sobre o limite de estabilidade. Entretanto, tenha
cuidado ao empregar escalonamento de massa, uma vez que alterar a massa do modelo
significativamente pode modificar a física do problema.
O modelo do material afeta o limite de estabilidade por meio do seu efeito sobre a velocidade
de onda dilatacional. Num material linear a velocidade de onda é constante; portanto, as
únicas modificações no limite de estabilidade durante a análise resultam das mudanças na
dimensão do menor elemento. Num material não-linear, tal como um metal com plasticidade,
a velocidade de onda muda à medida que o material escoa e a rigidez do material muda. O
ABAQUS/Explicit monitora as velocidades de onda específicas no modelo ao longo da
análise, e o estado corrente do material em cada elemento é usado para estimativas de
estabilidade. Após o escoamento do material, a rigidez decresce, reduzindo a velocidade de
onda e, consequentemente, aumentando o limite de estabilidade.
O ABAQUS/Explicit permanece estável para a maioria dos elementos na maior parte das
circunstâncias. Entretanto, é possível definir elementos de mola, ou elementos tipo
amortecedor, tais que eles se tornem instáveis durante o curso da análise. Portanto, é útil ser
capaz de reconhecer uma instabilidade numérica quando ela ocorrer numa análise. Se a
instabilidade ocorre, o resultado será não-físico, sem limites e frequentemente caracterizado
por soluções oscilatórias.
143
10 Materiais
Você pode usar qualquer número de materiais diferentes na sua simulação. Cada definição de
material recebe um nome particular. Diferentes regiões de um modelo são associadas com
diferentes definições de materiais por meio da associação das propriedades da seção que se
refere ao nome do material.
144
10.2.1 Características de plasticidade em metais dúcteis
O alongamento do metal antes dele atingir o ponto de escoamento cria somente deformações
elásticas, as quais são inteiramente recuperadas se a carga aplicada é removida. Entretanto,
uma vez que a tensão no metal exceda o limite de escoamento, começam a ocorrer
alongamentos permanentes (plásticos). As deformações associadas com o alongamento
permanente são chamadas deformações plásticas. Tanto a deformação elástica como a plástica
se acumulam à medida que o metal se deforma na região pós-escoamento do diagrama tebsão-
deformação.
Um outro aspecto importante da plasticidade dos metais é que a deformação inelástica está
associada a um comportamento do material muito aproximado do imcompressível. Modelar
este efeito impõe severas restrições sobre o tipo de elementos que podem ser utiliados em
simulações elasto-plásticas.
145
correspondente à estricção porque o corpo de prova não “afina” quando se deforma sob cargas
de compressão. Um modelo matemático para descrever o comportamento plástico dos metais
deveria ser capaz de levar em conta as diferenças de comportamento sob compressão e sob
tração, independente da geometria da estrutura ou da natureza das cargas aplicadas. Esta meta
pode ser alcançada se as familiares definições de tensão nominal, F/Ao, e deformação
nominal, ∆L/Lo (onde o subscrito 0 indica um valor relativo ao estado indeformado do
material), são substituídas por novas medidas de tensão e deformação que levem em conta a
mudança na área durante as deformações finitas.
dL
dε =
L
L dL ⎛ L ⎞
ε =∫ = ln⎜⎜ ⎟⎟ ,
Lo L ⎝ Lo ⎠
F
σ=
A
onde F é a força no material e A a área corrente. Um metal dúctil sujeito a deformações finitas
vai ter o mesmo comportamento tensão-deformação em tração e em compressão se a tensão
verdadeira for plotada contra a deformação verdadeira.
Ao definir dados para plasticidade no ABAQUS, você deve usar tensões verdadeiras e
deformações verdadeiras. O ABAQUS precisa desses valores para interpretar os dados
corretamente.
146
L − Lo L Lo L
ε nom = = − = −1
Lo Lo Lo Lo
ε = ln(1 + ε nom )
Lo Ao = L A
Lo
A = Ao
L
F F L ⎛ L ⎞
σ= = = σ nom ⎜⎜ ⎟⎟
A Ao Lo ⎝ Lo ⎠
onde
Fazendo essa substituição final tem-se a relação entre tensão verdadeira e tensão e
deformação nominais:
147
As deformações obtidas em dados de ensaios do material usadas para definir o
comportamento plástico provavelmente não são as deformações plásticas no material. Em vez
disso, elas devem ser provavelmente as deformações totais no material. Você deve decompor
os valores das deformações totais em suas componentes de deformação elástica e deformação
plástica. A deformação plástica é obtida subtraindo-se da deformação total a parcela de
deformação elástica, definida como o valor da tensão verdadeira dividido pelo módulo de
Young (ver Figura 10–3).
onde:
é a deformação plástica verdadeira,
é a deformação total verdadeira,
é a deformação elástica verdadeira,
é a tensão verdadeira, e
é o módulo de Young
A curva tensão-deformação nominal da Figura 10–4 será usada como um exemplo de como
converter os dados de ensaio que definem o comportamento plástico do material para o
formato apropriado de entrada do ABAQUS. Os seis pontos mostrados na curva tensão-
deformação nominal serão usados para determinar os dados plásticos.
148
O primeiro passo é utilizar as equações relacionando as tensões e deformações verdadeiras
com as tensões e deformações nominais (mostradas anteriormente) para converter a tensão e a
deformação nominais em tensão e deformação verdadeiras. Uma vez que esses valores são
conhecidos, a equação relacionando a deformação plástica às deformações total e elástica
(mostradas anteriormente) podem ser usadas para determinar as deformações plásticas
associadas com cada valor de tensão de escoamento. Os dados conertidos são mostrados na
Tabela 10–1.
Enquanto as diferenças entre os valores nominais e verdadeiros são pequenas para pequenas
deformações, para grandes deformações as diferenças são bem significativas; portanto, é
extremamente importante fornecer ao ABAQUS os dados apropriados de tensão-deformação
caso as deformações esperadas da simulação sejam grandes.
Quando rodando uma análise, o ABAQUS/Explicit pode não usar os dados do material
exatamente como definido pelo usuário; por questões de eficiência, todos os dados do
material que são definidos em formato tabular são automaticamente regularizados. Os dados
do material podem ser funções da temperatura, de campos externos, e de variáveis de estado
interno, tais como a deformação plástica. Para cada ponto de cálculo no material, o estado do
material deve ser determinado por interpolação, e, por eficiência, o ABAQUS/Explicit adapta
as curvas definidas pelo usuário utilizando curvas próprias compostas de pontos igualmente
espaçados. São essas curvas de dados regularizados que o ABAQUS irá utilizar durante a
149
análise. É importante entender as diferenças que podem existir entre as curvas de dados
regularizados que o ABAQUS usa nas análises e as curvas de dados especificadas pelo
usuário.
Figura 10–5 Exemplo de dados do usuário que podem ser regularizados exatamente.
150
Interpolação entre pontos de dados
A natureza incompressível da deformação plástica nos metais impõe limitações sobre os tipos
de elementos que podem ser utilizados numa análise elasto-plástica. As limitações surgem
porque modelar o comportamento incompressível do material acrescenta restrições
cinemáticas a um elemento; neste caso as limitações forçam o volume nos pontos de
integração do elemento a permanecerem constantes. Em certas classes de elementos a
introdução dessas restrições de incompressibilidade tornam o elemento super-restringido.
Quando esses elementos não podem resolver essas restrições, eles sofrem de volumetric
locking, o que faz com que sua resposta seja muito rígida. O volumetric locking é acusado por
uma rápida variação da pressão hidrostática de elemento para elemento ou de ponto de
integração para ponto de integração.
(*) IMPORTANTE!!!
Os elementos sólidos com integração reduzida têm menos pontos de integração nos quais as
restrições de incompressibilidade devem ser satisfeitas. Portanto, eles não são super-
151
restringidos e podem ser utilizados para a maioria das simulações elasto-plásticas. Os
elementos de segunda ordem com integração reduzida do ABAQUS/Standard devem ser
utilizados com cautela se as deformações excedem 20–40% porque nessa magnitude eles
podem sofrer volumetric locking. Este efeito pode ser reduzido com o refinamento da malha.
Se você tiver que usar elementos de segunda ordem com integração completa, use as versões
híbridas, que são projetadas para modelar comportamento incompressível; entretanto, os graus
de liberdade a mais que esses elementos possuem vão tornar a análise mais cara
computacionalmente.
O único dado disponível relativo à característica inelastica do aço é sua tensão de escoamento
(380 MPa) e sua deformação na ruptura (0,15). Você decide assumir que o aço é
perfeitamente plástico: o material não encrua, e a tensão nunca pode exceder a 380 MPa (ver
Figura 10–8).
***In reality some hardening will probably occur, but this assumption is conservative; if the
material hardens, the plastic strains will be less than those predicted by the simulation.
A Python script is provided in “Connecting lug with plasticity,” Section A.8. When this script
is run through ABAQUS/CAE, it creates the complete analysis model for this problem. Run
152
this script if you encounter difficulties following the instructions given below or if you wish
to check your work. Instructions on how to run the script are given in Appendix A, “Example
Files.”
If you do not have access to ABAQUS/CAE or another preprocessor, the input file required
for this problem can be created manually, as discussed in “Example: connecting lug with
plasticity,” Section 8.4 of Getting Started with ABAQUS/Standard: Keywords Version.
10.4.1
10.4.1 Modifications to the model
Open the model database file Lug.cae, and copy the model Elastic to a model named
Plastic.
Material definition
For the Plastic model, you will specify the post-yield behavior of the material using the
classical metal plasticity model in ABAQUS. The initial yield stress at zero plastic strain is
380 MPa. Since you are modeling the steel as perfectly plastic, no other yield stresses are
required. You will perform a general, nonlinear simulation because of the nonlinear material
behavior in the model.
1. In the Model Tree, expand the Materials container and double-click Steel.
2. In the material editor, select Mechanical Plasticity Plastic to invoke the
classical metal plasticity model. Enter an initial yield stress of 380.E6 with a
corresponding initial plastic strain of 0.0.
Edit the step definition and output requests. In the Basic tabbed page of the Edit Step dialog
box, set the total time period to 1.0. Assume that the effects of geometric nonlinearity will
not be important in this simulation. In the Incrementation tabbed page, specify an initial
increment size that is 20% of the total step time (0.2). This simulation is a static analysis of
the lug under extreme loads; you do not know in advance how many increments this
simulation may require. The default maximum of 100 increments, however, is reasonably
large and should be sufficient for this analysis.
You will use the Visualization module to look at the results from this simulation. The output
requests will include history data in the vicinity of the built-in end of the lug and the bottom
of the hole. Before proceeding, create the geometry sets BuiltIn and HoleBot as indicated in
Figure 10–9 and Figure 10–10.
153
Figure 10–10 Geometry set HoleBot.
Open the Field Output Requests Manager. Edit the current output request to request the
default preselected field data at every increment. You will also need to write some history
data to the output database file to use with the X–Y plotting capability in the Visualization
module. Open the History Output Requests Manager. Create two new history output
requests. In the first one, request output of the displacements (U) for set HoleBot; in the
other, request output of the stresses (including stress invariants) (S), plastic strains and
equivalent plastic strains (PE, PEEQ), and total strains (E) for set BuiltIn (this region is
chosen because it is the location for which the stresses are most likely to be largest in
magnitude).
Loading
The load applied in this simulation is twice what was applied in the linear elastic simulation
of the lug (60 kN vs. 30 kN). Therefore, in the Model Tree, double-click Pressure load
underneath the Loads container, and double the magnitude of the pressure applied to the lug
(i.e., change the magnitude to 10.0E7).
Job definition
In the Model Tree, create a job named PlasticLugNoHard, and enter the following job
description: Elastic-Plastic Steel Connecting Lug. Remember to save your model
database file.
154
Submit the job for analysis, and monitor the solution progress. Correct any modeling errors,
and investigate the source of any warning messages. This analysis should terminate
prematurely; the reasons are discussed in the following section.
10.4.2
10.4.2 Job monitor and diagnostics
You can monitor the progress of your analysis while it is running by looking at the Job
Monitor.
Job Monitor
When ABAQUS/Standard has finished the simulation, the Job Monitor will contain
information similar to that shown in Figure 10–11. ABAQUS/Standard was able to apply only
94% of the prescribed load to the model and still obtain a converged solution. The Job
Monitor shows that ABAQUS/Standard reduced the size of the time increment, shown in the
last (right-hand) column, many times during the simulation and stopped the analysis in the
fourteenth increment. The information on the Errors tabbed page (see Figure 10–11)
indicates that the analysis terminated because the size of the time increment is smaller than
the value allowed for this analysis. This is a classic symptom of convergence difficulties and
is a direct result of the continued reduction in the time increment size. To begin diagnosing
the problem, click the Warnings tab in the Job Monitor dialog box. As shown in Figure 10–
12, many warning messages concerning large strain increments and problems with the
plasticity calculations are found here. These warnings are related since problems with the
plasticity calculations are typically the result of excessively large strain increments and often
lead to divergence. Thus, we suspect that numerical problems with the plasticity calculations
caused ABAQUS/Standard to terminate the analysis early.
155
Figure 10–12 Warnings: perfectly plastic connecting lug.
156
Job diagnostics
Enter the Visualization module, and open the file PlasticLugNoHard.odb. Open the Job
Diagnostics dialog box to examine the convergence history of the job. Looking at the
information for the first increment in the analysis (see Figure 10–13), you will discover that
the model's initial behavior is assumed to be linear. This judgement is based on the fact that
the magnitude of the residual, , is less than 10–8 (the time average force); the
displacement correction criterion is ignored in this case.
The model's behavior is also linear in the second increment (see Figure 10–14).
157
ABAQUS/Standard requires several iterations to obtain a converged solution in the third
increment, which indicates that nonlinear behavior occurs in the model during this increment.
The only nonlinearity in the model is the plastic material behavior, so the steel must have
started to yield somewhere in the lug at this applied load magnitude. The summary of the final
(converged) iteration for the third increment is shown in Figure 10–15.
ABAQUS/Standard attempts to find a solution in the fourth increment using an increment size
of 0.3, which means it is applying 30% of the total load, or 18 kN, during this increment.
After several iterations, ABAQUS/Standard abandons the attempt and reduces the size of the
time increment to 25% of the value used in the first attempt. This reduction in increment size
is called a cutback. With the smaller increment size, ABAQUS/Standard finds a converged
solution in just a few iterations.
Look more closely at the information for the first attempt of the fourth increment (this is
where the convergence difficulties first appear). For this attempt ABAQUS/Standard detects
large strain increments at the integration points of a number of elements, as shown in Figure
10–16. “Large” strain increments are those that exceed the strain at initial yield by 50 times;
some of these increments are also considered “excessive,” which implies the plasticity
calculations are not even attempted at the affected integration points. Thus, we see that the
onset of the convergence difficulties is directly related to the large strain increments and
problems with the plasticity calculations.
158
ABAQUS/Standard encounters renewed convergence difficulties in subsequent increments
until finally it terminates the job. In many of these increments ABAQUS/Standard cuts back
the time increment size because the strain increments are so large that the plasticity
calculations are not even performed. Thus, we conclude the overall convergence difficulties
are indeed the result of numerical problems with the plasticity calculations.
This check on the magnitude of the total strain increment is an example of the many
automatic solution controls ABAQUS/Standard uses to ensure that the solution obtained for
your simulation is both accurate and efficient. The automatic solution controls are suitable for
almost all simulations. Therefore, you do not have to worry about providing parameters to
control the solution algorithm: you only have to be concerned with the input data for your
model.
An interesting observation is made using the Job Diagnostics dialog box: in virtually all
attempts where convergence problems are encountered, the elements with large or excessive
strain increments are in the vicinity of the built-in end of the lug (where yielding begins)
while the node with the largest displacement correction is in the vicinity of the loaded end of
the lug. This implies that the loaded end wants to deform more than the built-in end can
support. Deformed model shape plots can help you pursue this observation further.
10.4.3
10.4.3 Postprocessing the results
Look at the results in the Visualization module to understand what caused the excessive
plasticity.
159
Create a plot of the model's deformed shape, and check that this shape is realistic.
The default view is isometric. You can set the view shown in Figure 10–17 by using the
options in the View menu or the view tools in the toolbar; in this figure perspective is also
turned off.
Figure 10–17 Deformed model shape using results for the simulation without hardening.
The displacements and, particularly, the rotations of the lug shown in the plot are large. Yet
they do not seem large enough to have caused all of the numerical problems seen in the
simulation. Look closely at the information in the plot's title for an explanation. The
deformation scale factor used in this plot is 0.02; i.e., the displacements are scaled to 2% of
their actual values. (Your deformation scale factor may be different.)
ABAQUS/CAE always scales the displacements in a geometrically linear simulation such that
the deformed shape of the model fits into the viewport. (This is in contrast to a geometrically
nonlinear simulation, where ABAQUS/CAE does not scale the displacements and, instead,
adjusts the view by zooming in or out to fit the deformed shape in the plot.) To plot the actual
displacements, set the deformation scale factor to 1.0. This will produce a plot of the model in
which the lug has deformed until it is almost parallel to the vertical (global Y) axis.
The applied load of 60 kN exceeds the limit load of the lug, and the lug collapses when the
material yields at all the integration points through its thickness. The lug then has no stiffness
to resist further deformation because of the perfectly plastic post-yield behavior of the steel.
This is consistent with the pattern observed earlier concerning the locations of the large strain
increments and maximum displacement corrections.
10.4.4
10.4.4 Adding hardening to the material model
The connecting lug simulation with perfectly plastic material behavior predicts that the lug
will suffer catastrophic failure caused by the collapse of the structure. We have already
mentioned that the steel would probably exhibit some hardening after it has yielded. You
suspect that including hardening behavior would allow the lug to withstand this 60 kN load
because of the additional stiffness it would provide. Therefore, you decide to add some
hardening to the steel's material property definition. Assume that the yield stress increases to
580 MPa at a plastic strain of 0.35, which represents typical hardening for this class of steel.
The stress-strain curve for the modified material model is shown in Figure 10–18.
160
Figure 10–18 Modified stress-strain behavior of the steel.
Modify your plastic material data so that it includes the hardening data. Edit the material
definition to add a second row of data to the plastic data form. Enter a yield stress of 580.E6
with a corresponding plastic strain of 0.35.
10.4.5
10.4.5 Running the analysis with plastic hardening
Create a job named PlasticLugHard. Submit the job for analysis, and monitor the solution
progress. Correct any modeling errors, and investigate the source of any warning messages.
Job Monitor
The summary of the analysis in the Job Monitor, shown in Figure 10–19, indicates that
ABAQUS/Standard found a converged solution when the full 60 kN load was applied. The
hardening data added enough stiffness to the lug to prevent it from collapsing under the 60 kN
load.
There are no convergence-related warnings issued during the analysis, so you can proceed
directly to postprocessing the results.
161
10.4.6
10.4.6 Postprocessing the results
Plot the deformed model shape with these new results, and change the deformation scale
factor to 2 to obtain a plot similar to Figure 10–20. The displayed deformations are double the
actual deformations.
Figure 10–20 Deformed model shape for the simulation with plastic hardening.
Contour the Mises stress in the model. Create a filled contour plot using ten contour intervals
on the actual deformed shape of the lug (i.e., set the deformation scale factor to 1.0) with the
plot title and state blocks suppressed. Use the view manipulation tools to position and size the
model to obtain a plot similar to that shown in Figure 10–21.
162
Do the values listed in the contour legend surprise you? The maximum stress is greater than
580 MPa, which should not be possible since the material was assumed to be perfectly plastic
at this stress magnitude. This misleading result occurs because of the algorithm that
ABAQUS/CAE uses to create contour plots for element variables, such as stress. The
contouring algorithm requires data at the nodes; however, ABAQUS/Standard calculates
element variables at the integration points. ABAQUS/CAE calculates nodal values of element
variables by extrapolating the data from the integration points to the nodes. The extrapolation
order depends on the element type; for second-order, reduced-integration elements
ABAQUS/CAE uses linear extrapolation to calculate the nodal values of element variables.
To display a contour plot of Mises stress, ABAQUS/CAE extrapolates the stress components
from the integration points to the nodal locations within each element and calculates the
Mises stress. If the differences in Mises stress values fall within the specified averaging
threshold, nodal averaged Mises stresses are calculated from each surrounding element's
invariant stress value. Invariant values exceeding the elastic limit can be produced by the
extrapolation process.
Try plotting contours of each component of the stress tensor (variables S11, S22, S33, S12,
S23, and S13). You will see that there are significant variations in these stresses across the
elements at the built-in end. This causes the extrapolated nodal stresses to be higher than the
values at the integration points. The Mises stress calculated from these values will, therefore,
also be higher.
The Mises stress at an integration point can never exceed the current yield stress of the
element's material; however, the extrapolated nodal values reported in a contour plot may do
so. In addition, the individual stress components may have magnitudes that exceed the value
of the current yield stress; only the Mises stress is required to have a magnitude less than or
equal to the value of the current yield stress.
You can use the query tools in the Visualization module to check the Mises stress at the
integration points.
163
3. Click OK.
4. Select the Mises stress output by clicking in the column to the left of S, Mises.
5. Make sure that Elements and the output position Integration Pt are selected.
6. Use the cursor to select elements near the constrained end of the lug.
ABAQUS/CAE reports the element ID and type by default and the value of the Mises
stress at each integration point starting with the first integration point. The Mises
stress values at the integration points are all lower than the values reported in the
contour legend and also below the yield stress of 580 MPa. You can click mouse
button 1 to store probed values.
The fact that the extrapolated values are so different from the integration point values
indicates that there is a rapid variation of stress across the elements and that the mesh is too
coarse for accurate stress calculations. This extrapolation error will be less significant if the
mesh is refined but will always be present to some extent. Therefore, always use nodal values
of element variables with caution.
The equivalent plastic strain in a material (PEEQ) is a scalar variable that is used to represent
the material's inelastic deformation. If this variable is greater than zero, the material has
yielded. Those parts of the lug that have yielded can be identified in a contour plot of PEEQ
by selecting Result Field Output from the main menu bar and selecting PEEQ from the
list of output variables in the dialog box that appears. Set the minimum contour limit to a very
small magnitude (for example, –1.E-4) of equivalent plastic strain by bringing up the
Contour Plot Options dialog box. Thus, any areas in the model plotted in dark blue in
ABAQUS/CAE still have elastic material behavior (see Figure 10–22).
164
It is clear from the plot that there is gross yielding in the lug where it is attached to its parent
structure. The maximum plastic strain reported in the contour legend is about 10%. However,
this value may contain errors from the extrapolation process. Use the visualization query tool
to check the integration point values of PEEQ in the elements with the largest plastic
strains. You will find that the largest equivalent plastic strains in the model are about 0.067 at
the integration points. This does not necessarily indicate a large extrapolation error since there
are strain gradients present in the vicinity of the peak plastic deformation.
The X–Y plotting capability in ABAQUS/CAE was introduced earlier in this manual. In this
section you will learn how to create X–Y plots showing the variation of one variable as a
function of another. You will use the stress and strain data saved to the output database (.odb)
file to create a stress-strain plot for one of the integration points in an element adjacent to the
constrained end of the lug.
In the model used in this discussion, the stress-strain data were saved for elements in the set
BuiltIn. All the elements in this set are adjacent to the constrained end of the lug. However,
consider the shaded element shown in Figure 10–23.
Because the stress and strain magnitudes will be largest in this element, you should plot the
stress and strain histories at an integration point in this element; the integration point should
be chosen so that it is the closest one to the top surface of the lug but not adjacent to the
constrained nodes. The numbering of the integration points depends on the element's nodal
connectivity. Thus, you will need to identify the element's label as well as its nodal
connectivity to determine which integration point to use.
165
3. Use the Query tool to obtain the nodal connectivity for this corner element (click in
the column to the left of Nodes in the Probe Values dialog box). You will have to
expand the Nodes column at the bottom of the dialog box to see the complete list; you
are interested in only the first four nodes.
4. Compare the nodal connectivity list with the undeformed model shape plot to
determine which is the 1–2–3–4 face on your C3D20R element, as defined in “Three-
dimensional solid element library,” Section 14.1.4 of the ABAQUS Analysis User's
Manual. For example, in Figure 10–24 the 276–552–313–79 face corresponds to the
1–2–3–4 face. Thus, the integration points are numbered as shown in the figure. We
are interested in the point that corresponds to integration point 5.
In the following discussion, assume that the element label is 41 and that integration point 5 of
this element satisfies the requirements stated above. Your element and/or integration point
numbers may differ.
To create history curves of stress and direct strain along the lug:
The Mises stress, rather than the component of the true stress tensor, is used because
the plasticity model defines plastic yield in terms of Mises stress.
This strain component is used because it is the largest component of the total strain
tensor at this point; using it clearly shows the elastic, as well as the plastic, behavior of
the material at this integration point.
166
Each of the curves that you have created is a history (variable versus time) plot. You must
combine these two plots, eliminating the time dependence, to produce the desired stress-strain
plot.
combine( ) appears in the text field at the top of the dialog box.
4. In the XY Data field, drag the cursor across E11 and MISES to select both data objects.
5. Click Add to Expression. The expression combine("E11", "MISES") appears in the
text field. In this expression "E11" will determine the X-values and "MISES" will
determine the Y-values in the combined plot.
6. Save the combined data object by clicking Save As at the bottom of the dialog box.
The Save XY Data As dialog box appears. In the Name text field, type SVE11; and
click OK to close the dialog box.
7. To view the combined stress-strain plot, click Plot Expression at the bottom of the
dialog box.
8. Click Cancel to close the dialog box.
This X–Y plot would be clearer if the limits on the X- and Y-axes were changed. Use the XY
Plot Options to do this.
2. Set the maximum range of the X-axis (E11 strain) to 0.09, the maximum range of the
Y-axis (MISES stress) to 500 MPa, and the minimum stress to 0.0 MPa.
3. Click the Titles tab, and select User-specified as the Title source for the X- and Y-
axes.
4. Customize the axis labels as they appear in Figure 10–25 by filling in the Title text
fields for the X- and Y-axes.
Figure 10–25 Mises stress vs. direct strain (E11) along the lug in the corner element.
167
5. Click OK to close the XY Plot Options dialog box.
6. It will also be helpful to display a symbol at each data point of the curve. Click XY
Curve Options in the prompt area.
8. Toggle on Show symbol. Accept the defaults, and click OK at the bottom of the
dialog box.
The stress-strain plot appears with a symbol at each data point of the curve.
You should now have a plot similar to the one shown in Figure 10–25. The stress-strain curve
shows that the material behavior was linear elastic for this integration point during the first
two increments of the simulation. In this plot it appears that the material remains linear during
the third increment of the analysis; however, it does yield during this increment. This illusion
is created by the extent of strain shown in the plot. If you limit the maximum strain displayed
to 0.01 and set the minimum value to 0.0, the nonlinear material behavior in the third
increment can be seen more clearly (see Figure 10–26).
Figure 10–26 Mises stress vs. direct strain (E11) along the lug in the corner element.
Maximum strain 0.01.
168
This stress-strain curve contains another apparent error. It appears that the material yields at
250 MPa, which is well below the initial yield stress. However, this error is caused by the fact
that ABAQUS/CAE connects the data points on the curve with straight lines. If you limit the
increment size, the additional points on the graph will provide a better display of the material
response and show yield occurring at exactly 380 MPa.
The results from this second simulation indicate that the lug will withstand this 60 kN load if
the steel hardens after it yields. Taken together, the results of the two simulations demonstrate
that it is very important to determine the actual post-yield hardening behavior of the steel. If
the steel has very little hardening, the lug may collapse under the 60 kN load. Whereas if it
has moderate hardening, the lug will probably withstand the load although there will be
extensive plastic yielding in the lug (see Figure 10–22). However, even with plastic
hardening, the factor of safety for this loading will probably be very small.
11 Análise multi-step
12 Contato
169
Apêndice C: Usando técnicas adicionais para criar e analisar um
modelo no ABAQUS/CAE
• Consiste de três partes diferentes e três instâncias distintas dessas partes ao invés de
apenas uma, como no modelo preliminar. Este tutorial ilustra como você posiciona as
instâncias dessas partes para criar a montagem e como definir o contato entre as
superfícies da montagem.
• Inclui peças que você irá desenhar usando técnicas avançadas de modelagem. Você irá
aprender como combinar esboços (sketches), elementos de apoio ao desenho (datum
geometry) e partições para definir as características de cada peça individualmente.
Você irá aprender também como editar uma peça editando uma característica e como
partes modificadas podem ser regeneradas.
Como no apêndice B, “Creating and Analyzing a Simple Model in ABAQUS/CAE,” você vai
aplicar propriedades às seções e também aplicar cargas e condições de contorno ao modelo;
também vai gerar a malha do modelo, configurar a análise e rodar um job. Ao final do tutorial
você irá visualizar os resultados da análise. O tutorial completo gasta cerca de três horas.
Este tutorial assume que você está familiarizado com as técnicas descritas no apêndice B
“Creating and Analyzing a Simple Model in ABAQUS/CAE,” incluindo:
• O uso das ferramentas de manipulação das vistas para rotacionar e fazer zoom de um
objeto na viewport.
• Seguir os prompts na prompt area.
• Usar o mouse para selecionar itens de menu, itens da toolbox e itens dentro da
viewport.
Durante este tutorial, você vai criar uma montagem composta de uma articulação unida por
um pino. A montagem e a malha finais são ilustradas na Figura C–1.
170
C.2 Criando a primeira metade da articulação
Para iniciar o tutorial, primeiro você vai criar a primeira peça (part) – metade da articulação.
Os modelos no ABAQUS/CAE são compostos de características (features); você cria uma
peça combinando características. Esta porção da articulação é composta das seguintes
características:
• Um cubo – a característica base, uma vez ser ele a primeira característica da peça.
• Um flange que se estende a partir do cubo. O flange também inclui um furo de grande
diâmetro através do qual o pino é inserido.
• Um pequeno furo no flange para lubrificação.
Para criar o cubo (a característica base), você dá um comando para criar uma peça sólida,
tridimensional, extrudada e dá um nome a ela. Então você esboça seu perfil e extruda esse
perfil de uma distância especificada para produzir a característica base da primeira peça da
articulação. O cubo desejado é mostrado na Figura C–2.
171
O texto na prompt area solicita que você preencha a janela Create Part. O
ABAQUS/CAE sempre mostra prompts na prompt area para guiar você durante o
procedimento.
5. No campo Approximate size, digite 0.2. Você deve modelar a articulação usando
‘metros’ como unidade de comprimento, e seu comprimento global é de 0,14 metros;
portanto, 0,2 metros é um tamanho aproximado suficientemente grande para essa peça.
Clique em Continue para criar a peça.
Importante: Para completar este tutorial com sucesso é importante que você use as
dimensões especificadas e não se desvie do exemplo; caso contrário você encontrará
dificuldade de montar o modelo.
8. Tecle [Escape] para abandonar a ferramenta retângulo e clique em Done para sair do
Sketcher.
Dica: Clicar o botão do meio do mouse na viewport tem o mesmo efeito de clicar no
botão Done na prompt area — neste contexto.
172
C.2.2 Adicionando o flange à característica base
Agora você vai adicionar uma outra característica – o flange – à característica base. Você
seleciona uma face do cubo para definir o plano de desenho e extrudará o perfil esboçado ao
longo de metade da profundidade do cubo. O cubo e o flange são mostrados na Figura C–3.
Figura C–4 Selecione a face reticulada para definir o plano de desenho. Selecione a
aresta indicada para posicionar a parte corretamente no Sketcher.
173
3. Selecione uma aresta do cubo que irá aparecer na vertical e à direita do sketch, como
mostrado na Figura C–4.
Dica: Para manter o tamanho original da folha e o espaçamento do grid para todos os
esboços numa parte, você pode selecionar a ferramenta opções enquanto desenha a
característica base — o cubo — desativando ambos os Auto settings.
O esboço do flange que você vai criar está ilustrado na Figura C–5. Para duplicar a
vista na figura, use a ferramenta opções novamente para modificar a opção “show
grid” para “1 out of 2 lines.”
4. Use o Zoom de forma a ver a área onde você vai desenhar o flange:
1. Da toolbar, selecione a ferramenta magnify .
2. Posicione o cursor próximo ao centro da viewport.
3. Clique o botão esquerdo do mouse e arraste para a esquerda até que o cubo
ocupe aproximadamente metade do espaço visível do Sketcher.
Reduzir a vista é necessário porque o flange é criado além das bordas do sketch plane
selecionado.
5. Da toolbox do Sketcher, selecione a ferramenta connected lines .
174
6. Desenhe os três lados de um retângulo, como mostrado na Figura C–6. Os quatro
vértices devem estar em (0.04, 0.02), (0.02, 0.02), (0.02, –0.02), e (0.04, –0.02).
Nota: Você não tem que deselecionar a ferramenta connected lines antes de
selecionar a ferramenta arc. Quando você seleciona uma nova ferramenta no Sketcher
o ABAQUS/CAE automaticamente abandona a anterior.
O ABAQUS/CAE desenha o arco no sentido horário à medida que você move o cursor
partindo do vértice superior. O arco resultante é mostrado na Figura C–7.
175
Nota: Quando você gera a malha de uma parte, o ABAQUS/CAE coloca nós onde
quer que haja vértices ao longo de uma borda; portanto, a localização do vértice na
circunferência do círculo influencia a malha final. Colocando o vértice do círculo em
(0.05, 0) resulta numa malha de alta qualidade.
13. Posicione o texto da dimensão e clique o botão direito do mouse para aceitar a posição
da cota, como mostrado na Figura C–8. Você pode posicionar a cota em qualquer
localização conveniente no desenho, embora você não possa mover o texto da cota
depois que você a posicionou.
14. Clique o botão do meio do mouse na viewport (ou tecle [ Escape]) para abandonar a
ferramenta radius dimension. Clique o botão do meio do mouse novamente para sair
do Sketcher (ou clique em Done).
176
Figura C–9 Esboço do flange mostrando a direção da extrusão.
Cada peça é definida por um conjunto de características, e cada característica é definida por
um conjunto de parâmetros. Por exemplo, a característica base (o cubo) e a segunda
característica (o flange) são ambas definidas por um esboço e uma profundidade de extrusão.
Você modifica uma peça modificando os parâmetros que definem suas características. Para o
exemplo da articulação você vai modificar o raio do furo no esboço do flange de 0,01 m para
0,012 m.
1. Na Model Tree, expanda o item Hinge-hole dentro do contêiner Parts. Então expanda
o contêiner Features que aparece.
Aparece uma lista mostrando os nomes de todas as características daquela parte. Neste
exemplo você criou duas características que são sólidos extrudados: a característica
base (o cubo), Solid extrude-1, e o flange, Solid extrude-2.
2. Clique o botão direito do mouse sobre Solid extrude-2 (o flange) nessa lista.
177
O ABAQUS/CAE mostra o esboço (sketch ) da segunda característica, e o editor de
características desaparece.
O flange inclui um pequeno furo usado para lubrificação, como mostrado na Figura C–10.
Para criar o furo no local desejado é necessário um plano auxiliar (datum plane) no qual será
esboçado o perfil do corte a ser extrudado na peça existente, como mostrado na Figura C–11.
178
Figura C–11 Vista bidimensional da posição do plano auxiliar em relação à peça da
articulação.
2. Crie um datum point ao longo da borda curva do flange através do qual o plano
auxiliar irá passar. Da janela Create Datum, selecione o datum type Point.
3. Da lista de métodos, selecione Enter parameter, e clique em Apply.
Nota: Qual é a diferença entre os botões OK e Apply? Quando você clica em OK, a
janela Create Datum fecha antes que você crie um datum. Quando você clica em
Apply, a janela Create Datum permanece aberta enquanto você cria o datum e está
disponível para que você possa criar o próximo datum. Clique em OK se você for
criar um único datum; clique em Apply se você for criar diversos elementos datum
auxiliares antes de avançar para um novo procedimento.
4. Selecione a borda curva, como mostrado na Figura C–12. Note a direção da seta
indicando a variação do comprimento do objeto de 0,0 a 1,0. Você não pode alterar a
direção dessa seta.
179
Figura C–12 Crie um datum point ao longo da borda curva do flange.
5. Na text box na prompt area, digite o valor de 0.75 para a fração do comprimento da
borda selecionada e tecle [Enter].
6. Crie um datum axis que irá definir a normal ao datum plane. Da janela Create
Datum, selecione Axis como o datum type. Selecione o método dos 2 pontos e clique
em Apply.
O ABAQUS/CAE realça os pontos que podem ser usados para criar o datum axis.
7. Selecione o ponto no centro do furo (criado quando você esboçou o perfil do furo) e o
datum point na borda curva.
Figura C–13 Crie um datum axis definido por dois datum points.
180
8. O passo final é criar o plano auxiliar normal ao datum axis. Da janela Create Datum,
selecione o datum type Plane. Selecione o método Point and normal e clique em
OK.
9. Selecione o datum point sobre a borda curva como o ponto através do qual passará o
plano.
10. Selecione o datum axis como a aresta que será normal ao datum plane.
A próxima operação cria o furo para lubrificação no flange extrudando um círculo a partir do
datum plane que você já criou. Primeiro, você precisa criar um datum point no flange que
indicará o centro do furo, como ilustrado na Figura C–15.
181
O ABAQUS/CAE mostra a janela Create Datum.
2. Crie um datum point ao longo da segunda borda curva do flange. Da janela Create
Datum, escolha o datum type Point.
3. Da lista de métodos, selecione Enter parameter e clique em Apply.
4. Selecione a segunda borda curva do flange, como mostrado na Figura C–16.
182
Figura C–17 Selecione a borda indicada para posicionar a parte corretamente na
grade do Sketcher.
O Sketcher inicia com os vértices, datums e bordas da parte projetados sobre o plano
do desenho como a geometria de referência.
10. Clique o botão do meio do mouse (ou tecle [Escape]) para abandonar ferramenta edit
dimension value. Clique em Done para sair do Sketcher.
11. Do menu Type na janela Edit Cut Extrusion, selecione Up to Face e clique em OK.
12. Selecione a superfície cilíndrica interna do furo da peça para indicar a face em direção
à qual a extrusão deve ser feita, como ilustrado na Figura C–18. (porque você pode
183
selecionar somente uma face, o ABAQUS/CAE não pede que você informe quando
terminou a seleção.)
Dica: Depois de rotacionar a parte, use a ferramenta cycle views para passar pelas
vistas anteriores (até um máximo de oito) e para restaurar a vista original.
184
14. Agora que você criou a primeira peça do seu modelo, é uma boa idéia salvar seu
modelo num arquivo:
a. Do menu principal, selecione File Save. A janela Save Model Database As
aparece.
b. Digite um nome para o modelo no campo Selection, e clique em OK. Não é
necessário escrever a extensão do nome do arquivo; o ABAQUS/CAE
acrescenta a extensão “.cae” automaticamente.
15. Caso você precise interromper este tutorial, salve seu modelo em qualquer momento e
saia do ABAQUS/CAE. Posteriormente você pode iniciar uma nova seção do
ABAQUS/CAE e reabrir o modelo salvo selecionando Open Database na janela
Start Session que aparece assim que o ABAQUS/CAE é carregado. O arquivo de
dados do modelo contém todas as peças, materiais, cargas, etc. que você criou, e você
poderá dar continuidade ao tutorial.
• Criar um material.
• Criar uma seção que inclui a referência ao material.
• Atribuir a seção à peça ou a uma região da peça.
Você vai criar um material com o nome Steel com módulo de Young igual a 209 GPa e
coeficiente de Poisson de 0,3.
1. Na Model Tree, clique duas vezes no contêiner Materials para criar um novo material.
185
C.3.2 Definindo uma seção
Em seguida você vai criar uma seção que inclui uma referência ao material Steel.
1. Na Model Tree, dê um duplo clique no contêiner Sections para criar uma seção.
3. No editor:
a. Aceite Steel como o material selecionado.
SE você definiu outros materiais, basta clicar na seta próxima a text box
Material para ver uma lista dos materiais disponíveis e escolher um deles.
b. Aceite o valor default para Plane stress/strain thickness e clique em OK.
Agora você vai atribuir a seção SolidSection à peça da articulação que você criou
anteriormente.
1. Na Model Tree, expanda o item Hinge-hole que está dentro do contêiner Parts e dê
um duplo clique em Section Assignments na lista que aparece.
2. Arraste um retângulo envolvendo toda a peça para selecioná-la inteira.
3. Clique o botão do meio do mouse para indicar que você terminou de selecionar as
regiões às quais a seção será atribuída.
A janela Edit Section Assignment aparece contendo uma lista das seções existentes.
A seção SolidSection é selecionada por default, uma vez que não há outras seções
definidas.
O ABAQUS/CAE atribui a seção à peça e colore toda a peça de verde água para
indicar que a região tem uma atribuição de seção.
186
C.4 Criando e modificando a segunda peça da articulação
O modelo contém uma segunda peça da articulação smiliar à primeira, exceto pelo furo de
lubrificação, que não existe na segunda peça. Você vai criar uma cópia da primeira peça e
deletar as características que formam o furo de lubrificação.
1. Na Model Tree, clique o botão direito do mouse sobre o item Hinge-hole dentro do
contêiner Parts e selecione Copy do menu que aparece.
2. Na text box existente na janela Part Copy, digite Hinge-solid e clique em OK.
O ABAQUS/CAE cria uma cópia da primeira peça e nomeia a cópia como Hinge-
solid. A cópia da primeira peça inclui a seção atribuída à peça original.
Agora você vai criar a peça sólida da articulação deletando as características que formam o
furo de lubrificação.
4. Do menu que aparece, selecione Delete. Quando você deleta uma característica
selecionada, o ABAQUS/CAE pergunta se você quer deletar alguma característica
dependente da característica que está sendo deletada. A característica sendo deletada é
chamada característica “mãe” ("parent" feature), e suas características dependentes
são chamadas “filhas” ("children"). O ABAQUS/CAE realça todas as características
que serão deletadas se a característica mãe for deletada. Dos botões na prompt area,
clique em Yes para deletar o datum point e todos os seus “afilhados”.
187
O ABAQUS/CAE deleta o datum point. O ABAQUS/CAE também deleta o datum
axis, o datum plane e o furo de lubrificação, porque eles são dependentes do datum
point deletado.
Importante: Você não pode recuperar características deletadas; entretanto, você pode
remover uma característica temporariamente, suprimindo-a.
A montagem final consiste de instâncias das duas peças da articulação que são livres para
girar em torno de um pino. Você irá modelar o pino como uma superfície de revolução rígida
tridimensional. Primeiro você cria o pino e associa o ponto de referência de corpo rígido;
então você restringe o pino aplicando restrições a este ponto de referência de corpo rígido.
Agora você vai criar o pino — uma superfície de revolução rígida tridimensional.
1. Na Model Tree, dê um duplo clique no contêiner Parts para criar uma nova peça.
O Sketcher inicia e mostra o eixo de revolução como uma linha tracejada magenta; seu
esboço não pode cruzar esta linha.
188
linha a mover (Use [Shift]+Click para selecionar ambos os vértices). O desenho e a
peça resultantes estão mostrados na Figura C–21.
Figura C–21 Crie o pino fazendo a revolução de uma superfície rígida analítica em
torno de um eixo.
Você precisa associar um ponto de referência de corpo rígido ao pino. Levando em conta que
você não irá atribuir massa ou inércia de rotação ao pino, o ponto de referência de corpo
rígido pode ser colocado em qualquer lugar na viewport. Você usa o módulo Load para
aplicar restrições ao ponto de referência ou para definir seu movimento. Qualquer restrição ou
movimento que você aplicar ao ponto de referência de corpo rígido afeta toda a superfície
rígida.
Você tanto pode selecionar o ponto de referência na viewport como pode entrar com suas
coordenadas. Neste tutorial você vai selecionar o ponto de referência na viewport, como
mostrado na Figura C–22.
189
Para atribuir o ponto de referência:
Sua próxima tarefa é criar instâncias das peças a fim de montar o modelo completo. Uma
instância de uma peça pode ser vista como uma representação da peça original; uma instância
não é uma cópia da peça. Depois de criadas, as instâncias podem ser posicionadas num
sistema de coordenadas global para criar a montagem.
Uma instância mantém sua associação com a peça original. Se a geometria da peça original é
modificada, o ABAQUS/CAE automaticamente atualiza todas as instâncias daquela peça para
refletir as modificações. Você não pode editar a geometria de uma instância de uma peça
diretamente. A montagem pode ter múltiplas instâncias de uma mesma peça; por exemplo, um
rebite que é usado repetidamente na montagem de uma chapa de metal.
Uma instância pode ser dependente ou independente. Instâncias independentes têm sua malha
gerada individualmente. Já a malha de instâncias dependentes está associada com a malha da
peça original. A geração de malha para peças é discutida em detalhes em “Meshing the
assembly,” Section C.11. Por default, as instâncias das peças são dependentes.
Quando você cria uma instância de uma peça o ABAQUS/CAE a posiciona de forma que a
origem do desenho que definiu a característica base se sobrepõe à origem do sistema global de
coordenadas da montagem. Além disso, o plano de desenho é alinhado com o plano X–Y do
sistema global de coordenadas.
Quando você cria a primeira instância da peça, o módulo Assembly mostra um gráfico
indicando a origem e a orientação do sistema global de coordenadas. Você pode usar este
gráfico para ajudar a decidir como posicionar uma determinada instância em relação ao
190
sistema global de coordenadas. Para este tutorial você vai manter fixa a parte da articulação
que tem o furo de lubrificação e vai mover a segunda peça e o pino em relação à primeira.
Para criar uma instância da peça da articulação que tem o furo de lubrificação:
A janela Create Instance aparece contendo uma lista de todas as peças do modelo
corrente — as duas partes articuladas e o pino, neste caso.
3. Clique em Apply.
Nota: A posição default da instância de uma peça é tal que a origem e os eixos X- e
Y- do desenho da característica base estão alinhados com a origem e os eixos X- e Y-
do sistema de coordenadas global. Por exemplo, a característica base da primeira
metade da articulação é o cubo criado inicialmente. O ABAQUS/CAE posiciona as
instâncias da articulação de forma que a origem do cubo fica localizada na origem do
sistema global de coordenadas e no alinhamento dos eixos X- e Y-.
Você vai criar uma instância da peça sem furo de lubrificação. Para separar a peça sem furo
da instância da peça com furo, você pede ao ABAQUS/CAE para deslocar a nova instância ao
longo do eixo X-.
191
2. Da janela Create Instance, selecione Hinge-solid e clique em OK.
Face paralela
A instância móvel se move até que as duas faces selecionadas fiquem paralelas.
Face a face
A instância móvel se move até que as duas faces selecionadas estejam paralelas e a uma
determinada distância uma da outra.
Borda paralela
A instância móvel se move até que as duas bordas selecionadas estejam paralelas.
A instância móvel se move até que as duas bordas selecionadas sejam colineares ou estejam a
uma distância especificada uma da outra.
192
Coaxial
A instância móvel se move até que as duas faces selecionadas sejam coaxiais.
Ponto coincidente
A instância móvel se move até que os dois pontos selecionados sejam coincidentes.
CSYS paralelo
A instância móvel se move até que os dois sistemas de coordenadas datum selecionados sejam
paralelos.
Contato
A instância móvel se move na direção de um vetor especificado até que as duas faces
selecionadas estejam a uma distância especificada uma da outra.
Neste exemplo nós vamos mover a peça sem furo enquanto a peça com furo permanecerá
fixa. Você vai aplicar três tipos de restrições de posição para posicionar as duas peças
corretamente.
1. Primeiro, aplique uma restrição de posição à peça sem furo de forma que os dois
flanges fiquem de frente um para o outro. Do menu principal, selecione Constraint
Face to Face.
2. Na instância móvel, selecione a face da peça mostrada na Figura C–24.
3. Na instância fixa (a peça com furo), selecione a face mostrada na Figura C–25. O
ABAQUS/CAE realça a face da instância móvel em vermelho e a face na instância
fixa em magenta.
193
Figura C–25 Selecionando a face na instância fixa.
4. Na prompt area, clique em Flip para mudar a direção da seta. Clique em OK quando
as setas estiverem apontando uma para a outra.
5. Na text box que aparece na prompt area, digite o espaçamento (0.04) que vai sobrar
entre as duas partes, medido ao longo da normal à face selecionada da parte fixa e
tecle [Enter].
O ABAQUS/CAE rotaciona a peça sem furo de forma que as duas faces selecionadas
fiquem paralelas e espaçadas de 0,04 metros, como mostrado na Figura C–26.
Figura C–26 Posição 1: Obrigando o flange da peça sem furo a ficar de frente para o
flange da peça com furo.
As duas peças se sobrepõem porque a posição da peça sem furo não é completamente
definida pela restrição que você aplicou. Você terá que aplicar mais duas restrições de
posição para chegar na posição desejada.
194
7. Selecione o furo do flange na peça sem furo, como mostrado na Figura C–27 (Você
vai achar mais útil mostrar o esquema em wireframe).
8. Selecione o furo do flange da peça com o furo de lubrificação, tal como mostrado na
Figura C–28.
9. Na prompt area, clique em Flip para mudar a direção da seta na instância móvel.
Clique em OK quando a seta estiver apontando para baixo.
10. Use a ferramenta de rotação da vista para conseguir uma vista de topo das duas
peças. Note que os dois flanges agora estão parcialmente sobrepostos, como mostrado
na Figura C–29.
195
Figura C–29 Posição 2: Forçando os dois furos nos flanges a se alinharem em relação
ao mesmo eixo.
11. Finalmente, adicione uma restrição para eliminar a sobreposição entre os dois flanges.
Do menu principal, selecione Constraint Edge to Edge.
12. Selecione a borda reta na peça sem furo mostrada na Figura C–30.
13. Selecione a borda correspondente na peça com furo, como mostrado na Figura C–31.
196
O ABAQUS/CAE mostra setas vermelhas em cada face selecionada.
14. As setas estão apontando na mesma direção por default e você pode clicar em OK
para aplicar a restrição.
Figura C–32 Posição final: forçando duas arestas, uma de cada peça, a ficarem na
mesma linha.
Agora você vai criar uma instância do pino e posicioná-la simetricamente dentro dos furos
dos flanges, usando restrições de posição e vetores de translação. Para definir um vetor de
translação, você pode selecionar vértices da montagem ou você pode entrar com as
coordenadas. Você pode determinar o vetor de translação usando a ferramenta Query.
197
extremidade do pino e a peça que contém o furo de lubrificação; os dois pontos a
selecionar estão ilustrados na Figura C–34.
Figura C–33 Forçando o pino a ficar alinhado com o eixo dos furos dos flanges.
198
O ABAQUS/CAE translada o pino uma distância de 0,02 na direção do eixo Z- e
mostra uma imagem temporária da nova posição do pino.
Antes que você aplique cargas ou condições de contorno ao modelo, ou defina contato dentro
do modelo, você deve definir os diferentes passos da análise. Após os passos terem sido
criados, você pode especificar em quais passos serão aplicadas as cargas, as condições de
contorno e as interações.
Quando você cria um passo, o ABAQUS/CAE seleciona um conjnto default de variáveis para
gravar resultados correspondentes ao procedimento de análise e seleciona uma freqüência
default com que os dados serão gravados no arquivo de resultados. Neste tutorial você vai
editar a freqüência default de gravação de resultados para o primeiro passo e editará a lista de
variáveis a serem registradas no segundo passo.
A análise que você vai fazer com o modelo da articulação consiste de um passo inicial e dois
passos gerais de análise:
199
• No primeiro passo geral da análise você permite que o contato seja estabelecido.
• No segundo passo geral da análise você modificará duas das condições de contorno
aplicadas ao modelo e aplicará uma carga distribuída a uma das peças da articulação.
O ABAQUS/CAE cria o passo inicial por default, mas você deve criar os dois outros passos
de análise.
1. Na Model Tree, clique duas vezes no contêiner Steps para criar um novo passo.
A janela Create Step aparece.
2. Na janela Create Step:
a. Dê o nome Contact ao passo.
b. Aceite o tipo de procedimento default (Static, General) e clique em Continue.
O editor de passos aparece.
3. No campo Description, digite Establish contact.
4. Clique na página Incrementation e delete o valor 1 que aparece no campo Initial.
Digite o valor 0.1 para o tamanho do incremento inicial.
5. Clique em OK para criar o passo e sair do editor.
O passo Contact aparece sob o contêiner Steps na Model Tree.
6. Use a mesma técnica para criar o segundo passo geral, estático chamado Load. Digite
Apply load no campo descrição e entre com 0.1 para o tamanho do incremento.
O passo Load aparece sob o contêiner Steps na Model Tree.
Você usa os field output requests para configurar quais variáveis deverão ser gravadas no
arquivo de saída em determinados intervalos de tempo, seja do modelo inteiro, seja de uma
parte do modelo. Os dados de saída são utilizados para gerar deformadas, diagramas de curva
de nível e animações dos resultados da análise. O ABAQUS/CAE grava cada variável
selecionada no arquivo de saída na freqüência especificada.
Você usa os history output requests para configurar as variáveis que serão gravadas no
arquivo de saída com uma freqüência alta, relacionadas a uma pequena porção do modelo; por
exemplo, o deslocamento de um único nó. O histórico de resultados é usado para gerar
gráficos X–Y e relatórios de dados dos resultados da sua análise. Quando você cria um
requisito de histórico de resultados, você deve selecionar os componentes individuais das
variáveis que você quer que sejam gravadas no arquivo de resultados.
As variáveis default para os passos Contact e Load para as quais serão gravados resultados
serão as seguintes:
• S (componentes de tensão)
• PE (componentes de deformação plástica)
• PEEQ (deformação plástica equivalente)
200
• PEMAG (magnitude da deformação plástica)
• LE (componentes de deformação logarítmica)
• U (translações e rotações)
• RF (reações de apoio)
• CF (forças concentradas e momentos)
• CSTRESS (tensões de contato)
• CDISP (Contact displacements)
Por default, o ABAQUS/CAE grava os resultados das variáveis default para um procedimento
estático geral a cada incremento dentro de um passo. No procedimento seguinte você vai
deletar a requisição para CDISP durante o passo Load, uma vez que ele não é necessário para
pós-processamento. Além disso, você vai mudar a freqüência de saída durante o passo
Contact de forma que os resultados sejam gravados apenas uma vez, no último incremento
do passo.
1. Na Model Tree, clique o botão direito do mouse no contêiner Field Output Requests
e selecione Manager do menu que aparece.
4. Clique na check box próxima a CDISP para desmarcar esta variável (ela não será
gravada).
A check box próxima a Contact permanece cinza claro com uma marca cinza escura
para indicar que nem todas as variáveis nesta categoria serão gravadas. O editor Edit
Field Output Request também indica o seguinte:
201
5. Clique em OK para modificar os requisitos de saída.
7. Marque The last increment para gerar saída somente durante o último incremento do
passo.
8. Clique em OK para modificar a requisição de saída.
9. Na parte de baixo do Field Output Requests Manager, clique em Dismiss para
fechar a janela.
Você pode definir conjuntos particulares de nós ou de elementos que contêm somente porções
selecionadas do seu modelo. Uma vez que você criou o conjunto, pode usá-lo para executar as
seguintes tarefas:
Neste exemplo você irá definir um conjunto de nós consistindo de um único nó. Você estará
então apto a monitorar os resultados para um grau de liberdade naquele nó quando você
submeter seu job para análise mais adiante neste tutorial.
1. Na Model Tree, expanda o contêiner Assembly e clique duas vezes no item Sets.
202
Figura C–36 Monitorando um grau de liberdade na peça sem furo.
Agora você vai definir contato entre regiões do modelo. O primeiro passo é criar as
superfícies que você vai incluir mais tarde nas interações.
203
C.8.1 Definindo uma superfície sobre o pino
Nesta seção você vai definir a superfície exterior do pino. Para esta situação pode ser melhor
visualizar apenas uma peça de cada vez enquanto você seleciona as superfícies a serem
definidas.
Cada lado do cilindro oco que representa o pino possui uma cor diferente associada
(ou marrom ou violeta), como mostrado na Figura C–37.
A cor marrom indica a superfície externa do pino e a cor violeta indica a superfície
interna. A superfície externa tem contato com as duas peças da articulação e é a
escolha desejada.
204
5. Dos botões na prompt area, clique em Brown para escolher a superfície externa.
Nesta seção você irá definir as superfícies nas peças da articulação necessárias para definir
contato entre as duas partes da articulação e entre essas partes e o pino.
5. Quando você tiver selecionado a face desejada, clique o botão do meio do mouse para
confirmar sua seleção.
6. Crie uma superfície chamada Inside-h que inclui a superfície cilíndrica interna da
peça com furo, como mostrado na Figura C–39.
205
Figura C–39 Selecionando a região para definir a superfície Inside-h.
Para modelar relações mecânicas entre superfícies que estão em contato ou muito próximas,
você deve criar interações. Para todos os efeitos, as interações são tratadas como objetos pelo
ABAQUS/CAE. A mera proximidade física de duas superfícies numa montagem não é
suficiente para indicar qualquer tipo de interação entre elas.
Cada uma dessas interações requer uma referência a uma propriedade de interação. As
propriedades de interação são coleções de informações que ajudam a definir certos tipos de
interações. Você irá criar uma propriedade de interação mecânica que descreve o
comportamento tangencial e normal entre as superfícies como sem atrito. Você vai chamar
essa propriedade de NoFric e irá usá-la nas três interações.
206
C.9.1 Criando uma propriedade de interação
Neste procedimento você vai criar uma propriedade de interação de contato mecânico.
Nesta seção você vai criar três interações de contato mecânico superfície-superfície. Cada
interação vai fazer referência à propriedade de interação que você acabou de criar.
3. Na janela:
a. Nomeie a interação HingePin-hole.
b. Selecione Initial da lista de passos.
c. Na lista Types for Selected Step, aceite a seleção default Surface-to-surface
contact (Standard).
d. Clique em Continue.
207
A janela Region Selection aparece contendo uma lista de superfícies que você definiu
anteriormente.
8. Na janela:
a. Aceite a seleção default Finite sliding para Sliding formulation.
b. Aceite a seleção default No adjustment para Slave Node/Surface
Adjustment.
c. Aceite NoFric como a propriedade de interação (Se foram definidas mais
propriedades, você deve clicar na seta próxima ao campo Contact interaction
property para ver a lista de propriedades disponíveis e selecionar a
propriedade de sua escolha).
d. Clique em OK para salvar a interação e fechar a janela.
9. Use as mesmas técnicas explicadas nos passos anteriores para criar uma interação
similar chamada HingePin-solid. Use Pin como a superfície master, Inside-s
como a superfície slave e NoFric como a propriedade de interação.
10. Crie uma interação similar chamada Flanges. Use Flange-h como a superfície
master, Flange-s como a superfície slave e NoFric como a propriedade de
interação.
11. Do Interaction Manager, clique em Dismiss para fechar a janela.
• Uma condição de contorno chamada Fixed que restringe todos os graus de liberdade
na extremidade da peça com furo, como mostrado na Figura C–40.
208
Figura C–40 Uma extremidade da peça é restringida.
• Uma condição de contorno chamada NoSlip que restringe todos os graus de liberdade
do pino enquanto o contato é estabelecido durante o primeiro passo da análise. Você
irá modificar essa condição de contorno no segundo passo da análise (o passo no qual
a carga é aplicada) de forma que os graus de liberdade 1 e 5 sejam liberados. A Figura
C–41 ilustra essa condição de contorno aplicada no ponto de referência.
• Uma carga chamada Pressure que será aplicada à extremidade da peça sem furo
durante o segundo passo da análise. A Figura C–42 ilustra a restrição de apoio e a
carga distribuída aplicada à peça sem furo.
209
Figura C–42 A segunda peça é restringida e carregada.
Você vai aplicar uma condição de contorno à face na extremidade da peça com furo para
manter a peça fixa no seu lugar durante a análise.
4. Selecione a face reticulada mostrada na Figura C–43 como a região onde a condição
de contorno será aplicada.
210
Figura C–43 Aplicando uma condição de contorno à extremidade da peça com furo.
Por default o ABAQUS/CAE seleciona somente objetos que estão mais próximos à
frente da tela, e você não pode selecionar a face desejada a menos que gire a peça.
Entretanto, você pode alterar as opções de seleção para modificar esse
comportamento.
5. Clique o botão do meio do mouse para indicar que você terminou de selecionar
regiões.
6. Na janela:
a. Marque os botões U1, U2 e U3 para restringir a extremidade da peça nas
direções 1-, 2- e 3-. Você não precisa restringir os graus de liberdade
rotacionais da peça porque na geração da malha serão utilizados elementos
sólidos que têm somente graus de liberdade translacionais.
b. Clique em OK para fechar a janela.
211
Dica: Você pode suprimir a visualização das setas das condições de contorno da
mesma forma que suprime a visualização de instâncias das peças. Clique na guia BC
na janela Assembly Display Options para ver as opções de visualização das
condições de contorno.
No primeiro passo geral da análise você irá estabelecer contato entre as duas peças da
articulação e entre as peças e o pino. Para fixar o pino durante este passo você deve aplicar
uma condição de contorno ao pino que restringe todos os seus graus de liberdade.
Objetos que você pode modificar em certos passos – tais como condições contorno, cargas e
interações – possuem managers especiais que permitem ao usuário modificar os objetos e
alterar seu estado em diferentes passos da análise.
Nesta seção você vai usar o boundary condition manager para modificar a condição de
contorno NoSlip de forma que a translação na direção 1- e a rotação em torno do eixo 2-
sejam liberadas durante o passo de carga.
212
Agora o Boundary Condition Manager mostra os nomes das duas condições de contorno
bem como seu estado em cada passo: ambas as condições de contorno são Created no passo
inicial e Propagated pelos passos subsequentes da análise.
2. No lado direito do manager, clique em Edit para indicar que você quer editar a
condição de contorno NoSlip no passo Load.
No primeiro passo da análise, no qual o contato é estabelecido, você irá restringir um único nó
da peça sem furo em todas as direções. Essas restrições, juntamente com o contato com o
pino, são suficientes para prevenir movimento de corpo rígido da peça sem furo. No segundo
passo da análise, no qual a carga é aplicada ao modelo, você vai remover a restrição na
direção 1-.
213
Figura C–45 Aplicando uma condição de contorno a um vértice da peça sem furo.
Em seguida, você vai aplicar uma carga distribuída à face extrema da peça sem furo. A carga
deve ser aplicada na direção 1- durante o segundo passo da análise.
1. Na Model Tree, dê um duplo clique no contêiner Loads para criar uma nova carga.
214
Figura C–46 Aplicando uma carga à peça sem furo.
4. Clique o botão do meio do mouse para indicar que você terminou de selecionar
regiões.
Aparecem setas na face da peça indicando a carga aplicada. As setas estão apontando
para fora da face porque você aplicou uma pressão negativa.
• Assegurar que as instâncias das peças podem ser discretizadas; pode ser necessário
criar partições adicionais para facilitar a geração da malha.
• Associar atributos da malha às instâncias das peças.
• Semear as instâncias.
• Gerar a malha.
Quando você entra no módulo Mesh, o ABAQUS/CAE colore regiões do modelo com cores
codificadas conforme os métodos que você vai utilizar para gerar a malha:
• Verde indica que uma região pode ser discretizada usando métodos estruturados.
• Amarelo indica que uma região pode ser discretizada usando-se métodos de varredura.
• Laranja indica que uma região não pode ser discretizada usando a forma default do
elemento (hexahedral) e deve ser particionada (alternativamente, você pode discretizar
qualquer modelo associando elementos tetraédricos ao modelo e usando a técnica de
malha livre).
Para este tutorial o ABAQUS/CAE indica que as peças da articulação precisam ser
particionadas para que possam ser discretizadas com elementos hexaédricos. Especificamente,
215
as áreas que circundam o furo no flange e o furo de lubrificação devem ser particionadas. As
peças particionadas são mostradas na Figura C–47.
Use as técnicas a seguir para auxiliar na seleção de faces e vértices durante o processo de
particionamento:
Nota: A vantagem das instâncias dependentes é que se você cria múltiplas instâncias
da mesma peça, precisa manipular e gerar malha apenas na peça original; essas
características são automaticamente herdadas pelas instâncias dependentes. Neste
tutorial você criou apenas uma instância de cada peça. Se tivesse criado várias
instâncias dependentes trabalharia com elas facilmente da mesma forma. Isso
permitiria a você criar partições e associar atributos à malha ao nível da montagem ao
invés de fazê-lo ao nível da peça. Você pode fazer com que uma instância dependente
216
se torne independente clicando o botão direito do mouse no seu nome dentro do
contêiner Instances na Model Tree e selecionando Make independent. No restante
deste tutorial assume-se que as instâncias permanecem dependentes.
O ABAQUS/CAE mostra a peça em laranja, o que indica que ela precisa ser
particionada para ser discretizada com elementos hexaédricos, como mostrado na
Figura C–48.
Figura C–48 Quando a peça aparece colorida de laranja, significa que ela não pode
ser discretizada sem ser particionada.
2. Use o campo Object que aparece na barra de contexto para mostrar a peça sem furo na
viewport. Esta peça também é colorida de laranja, indicando que ela precisa ser
particionada para ser discretizada com elementos hexaédricos.
3. Selecione o pino do campo Object na barra de contexto. O ABAQUS/CAE mostra o
pino em laranja porque ele é uma superfície analítica rígida e não pode ser
discretizado.
Assim, ambas as peças da articulação precisam ser particionadas para que possam ser
discretizadas com elementos hexaédricos; o pino não requer nenhuma medida
adicional. Comece particionando a peça sem furo.
4. Selecione a peça sem furo do campo Object na barra de contexto para mostrá-la na
viewport. Do menu principal, selecione Tools Partition para particionar a peça sem
furo.
217
5. Da janela Create Partition, escolha o tipo de particionamento Cell. Selecione o
método Extend face e clique em Apply.
6. Selecione a face a estender, como mostrado pela face reticulada na Figura C–49. Se
necessário, desligue a ferramenta closest object para tornar a face desejada
selecionável.
Figura C–49 Selecionando a face da peça sem furo a estender para criar a partição.
O ABAQUS/CAE colore de verde a porção do cubo na peça para indicar que essa
partição pode ser discretizada utilizando técnicas de malha estruturada; também colore
o flange da peça sem furo de amarelo para indicar que ela pode ser discretizada usando
malha por varredura.
218
8. Torne corrente na viewport a peça com o furo de lubrificação, selecionando-a do
campo Object que aparece na barra de contexto. Use um método similar àquele
descrito nos passos anteriores para criar uma partição entre o cubo e o flange desta
peça.
Novamente o cubo se torna verde para indicar que ele pode ser discretizado utilizando
malha estruturada, mas o flange contendo o furo de lubrificação permanece laranja,
indicando que você precisa executar partições adicionais para discretizar este flange.
Para que o ABAQUS/CAE possa discretizar o flange com o furo de lubrificação, ele deve ser
particionado nas regiões mostradas na Figura C–51.
219
O plano de corte precisa ser definido na célula sendo particionada. O plano de corte se
estende infinitamente e particiona a célula selecionada onde quer que haja uma
interseção.
3. Dos botões na prompt area, selecione 3 points.
O ABAQUS/CAE realça os pontos que você selecionou.
4. Selecione três pontos que cortem os flanges na metade com uma partição vertical,
como mostrado na Figura C–52.
Figura C–52 Selecione três pontos para usar no particionamento dos flanges flanges.
Dica: Você pode achar mais fácil selecionar os pontos desejados se você ampliar,
rotacionar e mover o modelo para obter uma vista mais conveniente.
220
Use o método Define cutting plane para criar as partições desejadas em cada peça da
articulação. Lembre-se que como o plano de corte se estende infinitamente os pontos
que o definem não precisam estar necessariamente nas células que estão sendo
particionadas; por exemplo, você pode selecionar pontos médios das arestas em volta
do cubo para definir o plano de corte através das regiões do flange de uma dada peça.
O plano se estende infinitamente e particiona as regiões selecionadas onde quer que
encontre uma interseção.
A coloração da peça indica que ela pode ser discretizada completamente, não sendo
necessárias mais partições.
9. Na prompt area, clique em Done para indicar que você terminou de particionar
células.
221
Figura C–55 O modelo particionado.
Nesta seção você vai usar a janela Mesh Controls para examinar as técnicas que o
ABAQUS/CAE irá usar para discretizar as peças e as formas dos elementos que o
ABAQUS/CAE vai gerar.
1. Você não pode discretizar uma superfície rígida analítica. Como resultado disso você
não pode aplicar controles de malha a uma superfície rígida analítica; nem tampouco
semeá-la ou atribuir um tipo de elemento a ela. Assim, você precisa se preocupar
somente com as peças da articulação. Como as instâncias são dependentes da
definição original da peça, você deve associar atributos de malha (controles, tipo e
tamanho da semente) para cada peça individualmente. Por conveniência, você vai
começar com a peça que tem o furo para lubrificação.
2. Torne a peça com furo corrente na viewport. Do menu principal, selecione Mesh
Controls.
3. Selecione a peça toda e clique em Done para indicar que sua seleção está completa.
A peça aparece em vermelho na viewport para indicar que ela foi selecionada e o
ABAQUS/CAE mostra a janela Mesh Controls.
222
C.11.4 Atribuindo o tipo de elemento
Nesta seção você vai usar a janela Element Type para examinar os tipos de elementos que
serão associados a cada peça. Por conveniência, você vai começar com a peça que tem o furo
para lubrificação.
1. Torne a peça com furo corrente na viewport. Do menu principal, selecione Mesh
Element Type.
2. Selecione a peça usando a mesma técnica descrita no procedimento para os controles
de malha e clique em Done para indicar que sua seleção está completa.
O próximo passo do processo de geração da malha é semear cada uma das instâncias das
peças. As sementes representam a localização aproximada dos nós e indicam a densidade alvo
da malha que você gostaria de gerar. Você pode escolher semear com base no número de
elementos a gerar ao longo de uma aresta ou no tamanho médio do elemento, or you can bias
seed distribution toward one end of an edge. Para este tutorial você irá semear as peças de
forma que elas tenham um tamanho médio de elemento de 0,004. Por conveniência, você vai
começar com a peça que tem o furo para lubrificação.
1. Torne a peça com furo corrente na viewport. Do menu principal selecione Seed
Part.
2. Selecione a peça com furo usando a mesma técnica descrita no procedimento pra os
controles de malha e clique em Done para indicar que sua seleção está completa.
223
3. Na janela Global Seeds que aparece, entre com o valor de 0.004 para o tamanho
global aproximado do elemento e clique em OK.
Nesta seção você vai gerar a malha do modelo. Por conveniência, você vai começar com a
peça que tem o furo para lubrificação.
1. Torne a peça com furo corrente na viewport. Do menu principal selecione Mesh
Part.
2. Clique em Yes na prompt area para criar a malha.
224
C.12 Criando e submetendo um job
Agora que configurou sua análise, você vai criar um job que é associado ao seu modelo e vai
submetê-lo para análise.
1. Na Model Tree, clique duas vezes no contêiner Jobs para criar um job.
Clique nas guias para ver o conteúdo do editor de jobs e reveja as configurações
default. Clique em OK para aceitar todas as configurações default para um job.
4. Na Model Tree, clique o botão direito do mouse no job PullHinge e selecione Submit
do menu que aparece para submeter o job à análise.
5. Na Model Tree, clique o botão direito do mouse no nome do job e selecione Monitor
do menu que aparece para monitorar a análise enquanto ela roda.
Uma janela aparece com o nome do seu job na barra de título e um gráfico de estado
para a análise. Aparecem mensagens no painel inferior da janela à medida que o job
prossegue. Clique nas guias Errors e Warnings para verificar se tem algum problema
na sua análise.
Uma vez que a análise está em andamento, um gráfico X–Y dos valores que você
selecionou para monitorar anteriormente no tutorial aparece numa janela separada na
viewport (você pode ter que rolar a tela para a direita para ver esse gráfico). Você pode
seguir a progressão do deslocamento daquele nó ao longo do tempo na direção 1- à
medida que a análise transcorre.
6. Quando o job é completado com sucesso, o status do job na Model Tree muda para
Completed. Agora você está pronto para ver os resultados da análise com o módulo
de visualização. Na Model Tree, clique o botão direito do mouse no nome do job e
selecione Results do menu que aparece.
225
ABAQUS/CAE requererá que você abra o output database file explicitamente,
utilizando o menu File.
Você vai visualizar os resultados da sua análise plotando um gráfico do modelo deformado.
Então você vai usar display groups para mostrar uma das peças da articulação; mostrando
apenas uma porção do modelo você pode ver resultados que não estariam visíveis quando se
mostra o modelo completo.
Nesta seção você vai mostrar um gráfico de curvas de nível do modelo e ajustar o fator de
escala das deformações.
Por default, todas as superfícies sem resultados (neste caso, o pino) são mostradas em
branco.
226
d. Clique em Dismiss para fechar a janela.
Figura C–57 Contour plot das tensões de von Mises com um fator de escala
das deformações reduzido.
6. Clique na guia Primary Variable da janela Field Output e selecione S11 da lista das
componentes de tensão Component. Clique em Apply para ver o gráfico das tensões
na direção 1-.
7. Da lista de opções Invariant, selecione Max. Principal e clique em Apply para ver
as máximas tensões principais no modelo.
8. Selecione quaisquer outras variáveis de interesse na janela Field Output.
227
9. Da lista de opções Invariant, selecione Mises e clique em Apply para mostrar as
tensões de von Mises novamente.
Agora você irá criar um display group que inclui somente os elementos que compõem a peça
com furo. Ao remover todos os outros elementos da vista você poderá visualizar resultados
para a superfície do flange que faz contato com a outra peça.
O gráfico do modelo inteiro é substituído por um gráfico que mostra apenas a peça
selecionada, como mostrado na Figura C–58.
Figura C–58 Usando display groups para visualizar um gráfico das tensões de von
Mises na peça com furo.
228
5. Use as ferramentas de manipulação da vista para ver a peça em diferentes ângulos.
Agora você pode ver resultados para superfícies da peça que antes eram ocultadas pela
peça sem furo.
6. Do menu principal, selecione Result Field Output e clique na guia Primary
Variable da janela Field Output que aparece.
7. Do topo da página Primary Variable, marque List only variables with results: e
escolha at surface nodes do menu.
8. Da lista de variáveis que aparece, selecione CPRESS e clique em Apply.
Para mais informação sobre o uso do módulo Visualization, consulte as seguintes seções:
229