Você está na página 1de 4

CAPÍTULO 7

Deus é Deus uno e trino.

João 3:27

Deus se revela como Pai, como Fillho e como Espírito.


Os primeinos textos biblicos que falam de Deus trino
ou triuno - sem usar estas express ões são textos
"itúrgicos", Ou seja, eles são usados nos cultos (1Co
13.13; Mt 28 19-20, Ef 1:4-6). A referéncia aos
profetas e à criação mostra fontes de conhecimento de
Deus além da pessoa e da obra de Jesus Cristo. São os
textos biblicos que falavam da relação entre o Pai e o
Filho, o Pai e o Espírito, o Filho e o Espirito e vice-versa.
Eram estes textos que revelavam uma pergunta dos/as
primeiros/as seguidores/as de Jesus Cristo: Como
devemos descrever melhor a relação entre o Deus criador, chamado por
o Jesus Pai, Jesus Cristo e o Espirito Santo? As primeiras respostas
surgiram nos cultos. Elas são confiss ões, não definidas. Não se descrevia
o como fazer da relação, mas o fato da relação. Veja mais um detalhe a
respeito: Mt 28.19-20 fala do Pai, do Filho e do Espinito Santo, 1Co
13.13 de Jesus Cristo, de Deus e do Espirito Santo e Ef 4:4-6 do Espirito
do Senhor Jesus Cristo e do Deus Pai. O mesmo fenômeno encontra-se
também num único autor (compare Rm 14:17; 15.16 e 15.30). Qual é a
import ância desta observação? A partir dela a relação é dificilmente
descrita como uma relação hierarquica. Deus, então, é comunh ão, e por
causa disso, chegou-se à conclus ão de que Deus não somente ama
outros/as, mas é amor.

Deus em relação à criação e à humanidade e Deus em si mesmo. Com


isso, distinguimos entre a revela ção de Deus para conosco e o nosso
pensar sobre Deus em si mesmo.
O que tem uma pergunta a ver com a outra? Isso não leva a meras
especula ções? Por um lado, precisa-se de cuidados, sim.
A Trindade econômica não é idêntica à Trindade imanente
(Significado de Imanente - Que existe sempre num dado objeto e é
inseparável dele.Que faz parte de maneira inseparável da essência
de um ser; inerente. De longa duração; que permanece, dura;
perdurável. Que está contido na parte da experiência possível,
fazendo com que a realidade seja percebida através da utilização
dos sentidos.)
Ou seja, nosso saber de Deus - que entendemos como revelado a nós - é
certamente parcial (1Co 13.9). Mas, no decorrer da história, a lgreja
precisava se manifestar. Por um lado já houve em seu mundo dois
modelos de Deus: o monoteismo judaico e o politeismo do mundo greco-
romano. Como se encaixaria aqui a nova religi ão, o cristianismo? De fato,
criavam-se modelos que variavam as propostas do monoteismo e do
politeismo. Alguns falaram da subordina ção do Filho ao Pai (arianismo,
tendencialmente monoteista), outros da superioridade do Filho e do Pai
sobre o Espirito. Conheceremos ainda as propostas clássicas (Tertuliano
|160-220]: uma substância - très pessoas; Origines |182 -253|:
homousios - très hipóstases). A doutrina da Trindade distingue-se do
politeismo greco-romano e do monoteismo - judaico. Mas, apesar dos
relativos consensos dos concilios, podemos ver que na parte ocidental do
mundo mediterrineo afirmava-se mais a união do Deus trino e, na parte
oriental, o que distingue Pai, Filho e Espirito. Quais são as consequencias?
Compare, por exemplo, as primeiras palavras do Credo Apostólico
(ocidental) - Creio."
Com as do Credo Nilceno o Constantinopolitano (ocidental e oriental) -
"Cremos. Veja também as pinturas de ressurrei ção de Cristo; no
ocidente, retrata-se somente o Cristo; no mundo grego, Cristo leva
sempre consigo os mártires do AT e do NT. Concilios que trataram da
questão da trindade: 325 dC: Nicéia; 381 d.C: Constantinopla; 400 d.C.:
Toledo; 589 Toledo; 1215 d.C: Concilio do Later ão; 1431-1447 d.C:
Concilio Floren ça.
Iremos explorar estas diferen ças e suas possiveis contribui ções para a
espiritualidade e as práticas das igrejas hoje em dia.
O mundo moderno tornou-se fantasioso, tem que ver
para crer. O que não pode ser convertido em fato, não
tem valor. Conhecer a Deus significa sofre-lo. Sofrer a
Deus significa experimentar em si mesmo a dor da morte
do homem velho e a dor do nascimento do novo. Quem
vê a Deus deve MORRER (Ex 33:20). Aquele que sofre
em comunhão com o Deus crucificado também poderá
louvar em comunhão com o Deus ressuscitado. Da
teologia da cruz nasce a teologia doxológica
(Manifestação gloriosa de Cristo), Práxis e adoração, não
cada um por si. A redescoberta da doutrina trinitária
começa com a superação do parcialismo de um pensamento puramente
fantasioso e com libertação da práxis do mero ativismo, convertendo-a numa
práxis(realização, prática, ação, atividade) evangélica liberada.

Ø Seria a verdade algo que não se experimenta?


Ø Deus é experimentável?
Ø É possível falar de Deus uno e trino por experiência própria?
Ø Mesmo quando a experiência se limita as pessoas que
experimentam, concentrando-se essa experiências em si própria,
deve-se perguntar apenas ou deve-se perguntar também o
inverso: Como eu experimento Deus?
Ø O que Deus significa para mim?
Ø Como sou por Ele determinado?

“Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento” (1 Co 14:15).

Pois bem, orar com o Espírito (pois isto é o que faz a pessoa que ora, ser
aceitável a Deus) é achegar-se a Deus sinceramente, consciente e
afetuosamente por meio de Cristo, a qual necessariamente é uma obra do
Espírito de Deus. Não há nenhum homem ou igreja no mundo que possa se
aproximar de Deus em oração, se não for com a ajuda do Espírito Santo:

“Porque por ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito.” (Efésios
2:18).

É por isso que Paulo diz:


“E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não
sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito
intercede por nós com gemidos inexprimíveis. E aquele que examina os corações
sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que segundo Deus intercede pelos
santos.” (Romanos 8:26-27).

O mesmo Espírito pessoalmente é quem revela estas coisas a nossas almas, e


quem as faz entender; pelo qual Cristo, quando prometeu enviar o Espírito, o
Consolador, disse aos seus discípulos: “Ele receberá do que é meu e vo-lo
anunciar”. É como se ele houvesse dito: “Eu sei que, por natureza estais em
trevas e ignorância para entender as minhas coisas, e embora proveis este
sistema ou o outro, vossa ignorância continuará, o véu está posto sobre o vosso
coração, e ninguém pode removê-lo, nem dar-lhes compreens ão espiritual,
senão o Espírito Santo.”

1 Coríntios 2:9,10 Mas, como está escrito:As coisas que o olho não viu, e o
ouvido não ouviu,e não subiram ao coração do homem,s ão as que Deus
preparou para os que o amam. Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito;
porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus.

1 Coríntios 2:13-14 As quais também falamos, não com palavras que a


sabedoria humana ensina, mas com as que o Espírito Santo ensina,
comparando as coisas espirituais com as espirituais. Ora, o homem natural não
compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não
pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.

Atos 8:31 E ele disse: Como poderei entender, se alguém não me


ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse.

1 Coríntios 3:1 E eu, irmãos, não vos pude falar como a


espirituais, mas como a carnais, como a meninos em Cristo.

Isaías 44:18 Nada sabem, nem entendem; porque tapou os


olhos para que não vejam, e os seus corações para que não
entendam.

Você também pode gostar