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CEMP – Ensino Médio

Professor: LAURA COVIELLO 3o Ano do Ensino Médio Turma: 3A

BIOLOGIA II – MUTUALISMO E CAMUFLAGEM

MIMETISMO

"O mimetismo é um mecanismo utilizado por algumas espécies, em que se observa uma espécie imitando
outra, sendo essa imitação física ou comportamental. O mimetismo é uma técnica utilizada por diferentes organismos
e pode ser conferida de três formas: mimetismo de ataque, em que o organismo mimético é o predador; mimetismo
defensivo, no qual a presa é mimética para afastar seu predador; e o mimetismo reprodutivo, o qual é realizado por
plantas que se assemelham às fêmeas de seus polinizadores "

"Um exemplo do mimetismo empregado pelo predador é o realizado pelo polvo mimético (Thaumoctopus mimicus).
Esse animal pode assumir a aparência de outra espécie, de modo a conseguir aproximar-se de sua presa. Realiza
também o mimetismo como forma de defesa imitando animais que afugenta predadores. Dentre as formas que o
polvo mimético pode assumir, podemos destacar: serpente marinha, arraia, linguado e caranguejo.

O polvo mimético pode imitar o comportamento e também a forma de outros animais.

Outra manifestação de mimetismo bastante conhecida ocorre entre a coral-falsa e a coral-verdadeira. Nesse
caso observamos que a coral-falsa imita o padrão da coral-verdadeira, e as duas serpentes são bastante semelhantes.
Esse mimetismo é um importante mecanismo de defesa, uma vez que a coral-verdadeira é peçonhenta,
diferentemente da falsa.

A coral-falsa é semelhante à coral-verdadeira, que é peçonhenta.


O mimetismo reprodutivo também é chamado de mimetismo comportamental. Ele é usado para vencer a
competição no momento da reprodução. Entre os exemplos está o da vespa macho, que passa a imitar o
comportamento da fêmea para enganar e afastar outros machos.

Um outro exemplo é o da orquídea Ophrys apifera, que imita a fêmea da abelha.

Essa planta também libera um odor semelhante


ao da abelha e atrai o macho. Assim, o zangão copula
com a flor por acreditar ser a abelha.

Na ação, fica com o corpo recoberto de pólen,


que será espalhado para outras plantas, auxiliando na
reprodução da orquídea.

→ Tipos
Existem diferentes tipos de mimetismo, entretanto, comumente vemos sua classificação em dois tipos básicos: o
batesiano e o mülleriano. Vejamos mais sobre esses, a seguir:

Mimetismo batesiano: O tipo mais clássico, em que uma espécie (que não causa danos e que pode servir de
alimento) mimetiza-se em outra que causa danos ou não é palatável. Nesse tipo de mimetismo, o aumento da
densidade dos indivíduos miméticos é prejudicial para o aprendizado dos predadores. Isso se deve ao fato de que, se
muitas espécies miméticas estiverem no local, o predador continuará alimentando-se da espécie, sem compreender os
sinais de advertência.

Um exemplo interessante de mimetismo batesiano ocorre entre a larva da mariposa Hemeroplanes ornatus e a cobra-
papagaio-verde. A larva dessa mariposa, quando é de alguma forma perturbada, infla sua cabeça e seu tórax, de modo
a ficar semelhante à serpente citada. Isso afasta os predadores. Além de parecer com a serpente, ela também imita
seu comportamento, movendo sua cabeça para a frente e para trás.

O mimetismo entre a cobra coral falsa e verdadeira também é um exemplo de mimetismo batesiano.
Mimetismo mülleriano: Nesse caso observamos que duas espécies não palatáveis (ou seja, que não apresentam
sabor agradável para predadores) ou que apresentam outros mecanismos de defesa assemelham-se. Nesse tipo de
mimetismo, o que se observa é que o aprendizado dos predadores é beneficiado com o aumento das espécies
miméticas e também com o aumento da outra espécie, pois ambos os casos permitem reforçar a associação entre o
seu padrão físico e seu mecanismo de defesa.

Um exemplo desse mimetismo ocorre entre a borboleta-monarca (Danaus plexippus) e a borboleta-vice-rei (Limenitis
archippus). Essa última apresenta forma e coloração semelhantes às presentes na monarca, entretanto, nesse caso, a
sinalização é verdadeira, pois ambas possuem nocividade.

A borboleta-monarca é uma borboleta não palatável.

A borboleta-vice-rei imita a borboleta-monarca."

CAMUFLAGEM
"A camuflagem é uma forma de defesa eficaz em que o animal torna-se menos visível no ambiente
em que vive e, dessa forma, evita que o predador consiga identificá-lo. Além dessa função de defesa, a
camuflagem pode ser uma forma de obter alimento, uma vez que, escondido, o predador pode contar com o
elemento surpresa para conseguir atacar a sua presa.
Na camuflagem, o animal altera sua cor ou forma, o que garante que ele fique invisível a olhos
desatentos, ou, ainda, apresenta pelos, penas, escamas, entre outras estruturas, que, durante os vários anos
de evolução, permaneceram no organismo como uma importante adaptação para ajudá-lo a esconder-se no
meio. Os polvos, por exemplo, possuem cromatóforos, que são células especializadas na mudança de cor e
que permitem ao organismo modificar e adquirir a coloração do ambiente. Já o urso polar possui pelos
brancos, que o ajudam a camuflar-se na neve, e é um importante exemplo da ação da seleção natural."
"A camuflagem pode ser de dois tipos:
Homocromia: nesse tipo, os organismos apresentam padrões de coloração que são geneticamente
fixados. Os organismos, nesse caso, possuem cor semelhante a areia, folhas, galhos ou outras estruturas,
tornando-os parecidos com o meio. Um exemplo é o camaleão, que apresenta cromatóforos para garantir
sua mudança de cor à medida em que ele desloca-se pelo ambiente. Outro exemplo é o peixe linguado, o
qual apresenta o corpo com coloração que imita o fundo do local onde esse animal vive.
Homotipia: é a camuflagem pelo chamado “comportamento de decoração”. Nesse caso, o organismo
é semelhante a alguma estrutura do ambiente em que vive. Como exemplos, podemos citar o bicho-folha,
que se assemelha a uma folha, e o bicho-pau, que apresenta grande semelhança com gravetos.

→ Qual a diferença entre camuflagem e mimetismo?

No mimetismo, as espécies apresentam características que as tornam semelhantes a outras espécies


perigosas. Esse é o caso, por exemplo, da cobra coral falsa e da cobra coral verdadeira. Na camuflagem, no
entanto, o que percebemos não é uma semelhança física e comportamental entre espécies e, sim, uma
tentativa de esconder-se no ambiente."

https://brasilescola.uol.com.br/biologia/camuflagem.htm

https://brasilescola.uol.com.br/biologia/camuflagem.htm

https://brasilescola.uol.com.br/biologia/mimetismo.htm

https://brasilescola.uol.com.br/biologia/mimetismo.htm

https://www.todamateria.com.br/mimetismo/

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