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CURITIBA
2013
JULIANO CARPEN SCHULTZ
GRR 20072557
CURITIBA
2013
ii
AGRADECIMENTOS
APRESENTAÇÃO
RESUMO
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1
Apud Persson, 2001.
2
2
Apud Juslin, 2001.
3
Apud Persson, 2001.
4
Apud Juslin, 2001.
3
sobre o compositor e período que a obra foi escrita. Neste contexto, a performance
musical torna-se convencional e a interpretação da obra a ser executada fica
determinada, em maior parte, pela intenção do compositor. Em outra tradição de
interpretação, o performer é mais livre e desenvolve uma interpretação que pode ser
guiada pelas emoções do próprio performer enquanto toca a música (ver Woody,
20005). Este processo geralmente ocorre quando o performer é o próprio compositor,
como em sessões de improviso. Essa divisão de tradições de interpretação varia
entre estilos e culturas. Entretanto, a primeira tradição geralmente está associada à
prática instrumental no contexto do repertório erudito ocidental, enquanto que a
segunda está associada à prática instrumental no contexto da música popular.
A literatura aponta duas principais abordagens acerca do conceito das
emoções musicais: uma abordagem categórica, que, segundo Ekman (1992)6 as
pessoas classificam as emoções musicais como categorias que são distintas entre
si. E existe também uma abordagem dimensional, que foca uma identificação de
emoções musicais baseada no deslocamento das emoções em um espaço formado
pela dimensão valência afetiva e pela dimensão arousal (Ramos & dos Santos,
2010). A dimensão valência afetiva parte do pressuposto de que a música possua
um valor afetivo, que é subjetivo. Tal dimensão refere-se ao grau de satisfação
provocado no ouvinte durante uma escuta musical (Ramos & Bueno, 2012). A
valência afetiva está relacionada à agradabilidade musical, podendo ser positiva ou
negativa (Ramos & Dos Santos, 2010). A dimensão arousal está relacionada ao
estado de excitação fisiológica do indivíduo durante uma escuta musical e parte do
pressuposto de que toda escuta musical provoca um estado de pré-ativação interna,
o que leva o ouvinte a prestar atenção na música. O aurousal pode provocar
reações motoras no ouvinte como bater o pé para acompanhar a música ou até
mesmo dançar (Ramos & Bueno, 2012).
O modelo dimensional considera que certas estruturas musicais podem ter
menor influência em certa dimensão de emoção que outras. Segundo Juslin (2001),
andamento, nível sonoro e articulação parecem ser mais importantes para o nível de
arousal, enquanto o timbre, combinado com o nível sonoro parece ser mais
importante para a valência emocional. Segundo Ramos et al (2011), os efeitos de
andamento e modo podem ser considerando parâmetros que modificam o arousal e
5
Idem.
6
Apud Ramos & Dos Santos, 2010.
4
2. COMUNICAÇÃO EMOCIONAL
7
Apud Juslin & Lindström, 2011.
6
8
Apud, Juslin & Persson, 2002.
9
Apud, Juslin & Persson, 2002.
8
10
Apud Juslin, 2001.
9
área são recentes, a literatura científica sugere que o pesquisador deva almejar
resultados e metas de curto alcance. Neste sentido, pesquisas na área apontam
para a busca de resultados mais gerais, ao invés da procura pela distinção entre
duas emoções mais sutis (entre Alegria, Entusiasmo e Euforia, por exemplo) (Juslin,
2001).
O Brunswikian lens model possui importantes implicações. Uma delas é que
não se pode esperar uma acurácia perfeita na comunicação entre intérprete e
ouvinte, pois se as pistas são ambíguas (por pertencerem a mais de uma emoção),
significa que esta acurácia possui um nível provável, mas não exato. Em segundo
lugar, para entender a comunicação emocional em uma situação, necessita-se
descrever tanto o processo de expressão quanto o de reconhecimento das emoções
em termos de mesmo conceito. Terceiro, devido as pistas serem
intercorrelacionadas em certa medida, muitas estratégias diferentes de utilização
das pistas podem levar a um nível similar de acurácia (cf. Dawes & Corrigan,
1974)11. Há um benefício associado à referida ambiguidade dentro do processo
comunicativo: devido a inexistência de uniformidade rígida na utilização das pistas,
os performers podem comunicar as emoções básicas de modo satisfatório sem
comprometer seu estilo único de tocar (Juslin, 2001).
Esse sistema proposto não é extremamente rígido e fechado. Ao mesmo
tempo em que ele busca facilitar a comunicação de emoções específicas, ele é
flexível na variação do modo como isso ocorrerá (Juslin & Lindström, 2011). Isso
vem a confirmar que o modelo não defende uma comunicação de emoção apenas
pelas pistas acústicas, visto que o performer também tem seu sua contribuição
particular com a criatividade e a expressão própria.
11
Apud, Juslin 2001.
11
12
Nos instrumentos de metais os lábios tem a função de embocadura e ao mesmo tempo de reed (Fuks &
Fadle, 2002).
13
é quanto ao timbre, que é mais “aveludado” e “suave”, menos brilhante. Por isso,
geralmente é encarregado de executar temas de caráter lírico (Almada, 2000).
O trombone tenor também é instrumento afinado em sib, mas não é
transpositor13 como o trompete. Possui vantagem em relação a grande capacidade
dinâmica, mas seu registro mais expressivo é o médio, geralmente usado em solos
mais líricos ou melodias “solenes” e “majestosas”. A região aguda é bastante
empregada em estilos populares, como samba, os quais, pela acentuação e ritmos
sincopados, pedem ataque preciso e sonoridade forte e brilhante (Almada, 2000).
Instrumentos de sopro exigem técnicas de respiração, movimentos de
braços, mãos e dedos, articulação da língua, postura corporal e controle da
embocadura. Também é importante o entendimento do comportamento acústico do
instrumento que se toca, de como ele funciona e fatores práticos que produzem o
som. Aspectos psicológicos, como dimensões estéticas da música e o estresse
emocional induzido por situações envolvendo a prática intensiva e a performance em
público, também estão envolvidas nesse processo. Todos esses elementos são
coordenados durante uma performance e devem ser treinados por meio de repetidos
e sistemáticos exercícios, com a supervisão de um professor experientes (Fuks &
Fadle, 2002). A qualidade deste treinamento tem implicação direta em aspectos
técnicos e expressivos que podem ser apresentados durante a performance musical.
A hipótese dessa pesquisa é a de que, apesar de o trombone e o trompete
pertencerem a mesma família (a dos metais), eles se utilizam de modos diferentes
entre si para comunicar emoções e, como consequência é possível que haja
diferentes níveis de acurácia na comunicação emocional entre performer e ouvinte.
Uma segunda hipótese surge a partir da análise que avaliará a comparação
das respostas emocionais de ouvintes músicos e não músicos. Em um estudo
desenvolvido por Ramos, Bueno e Bigand (2011), em que ouvintes músicos e não
músicos realizaram tarefas de associação emocional a trechos musicais modais, os
autores encontraram resultados que sugerem uma audição com foco atencional
mais analítico (em termos de harmonia) percebida em músicos e uma audição com
foco atencional mais emocional percebida em não músicos. Estas diferenças na
13
Instrumentos de sopro construídos em tamanhos diferentes. Tal variação do comprimento do tubo
faz com que produzam sons de diferentes alturas na mesma posição. Por razões práticas, mantém-se
o mesmo nome da nota para cada posição (dedilhado), apesar do som real não coincidir com o nome
da nota escrita. As notas são escritas em altura diferente daquela que realmente é tocada (Bohumil,
1996)
14
4. EXPERIMENTO I - CODIFICAÇÃO
14
Em anexo.
16
Tabela 2: Resumo da análise sintática dos juízes à respeito dos trechos musicais executados pelos
trombonistas e trompetistas.
Emoção Trombone Trompete
Alegria Modo predominantemente maior; Modo predominantemente maior;
andamento rápido; dinâmica andamento rápido; dinâmica
entre meio forte e forte; entre meio forte e forte;
articulação predominantemente articulação predominantemente
non legato, mas com uso de non legato, mas com uso de
18
Figura 2: Trecho da música Na Glória de Ary dos Santos e Raul de Barros, lançada em 1949.
Um exemplo de um ritmo tipicamente brasileiro, o choro.
5. EXPERIMENTO II - DECODIFICAÇÃO
escutar a música, aparecerá uma nova tela com uma das quatro escalas de 1 a 9
para julgamento emocional: Ex: “Alegria 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7 - 8 – 9”. Esta tarefa
consiste em você identificar o nível de emoção presente no trecho musical
reproduzido. Para isto, você apertará a tecla do número referente da escala de 1 a 9,
no qual 1 significa “pouca emoção” e 9 significa “muita emoção”. Após aparecer a
escala referente a uma emoção, uma nova tela se abrirá para que você dê o seu
julgamento de outra emoção, e assim por diante. Ou seja, a sequência das tarefas
para cada trecho musical será: escuta musical e julgamento de 4 emoções. Você
deverá proceder estas tarefas, de escuta e julgamento, nesta mesma sequência
para todos os outros trechos musicais. O experimento terminará quando aparecer na
tela a seguinte mensagem: “Aqui se encerra a sua contribuição nesse
experimento...”. Eu peço que vocês me comuniquem quando aparecer esta
mensagem na tela, porque esta mensagem significa o término do experimento.
Realizado o teste, peço que vocês mantenham no mesmo lugar e em silêncio, até
que os outros participantes terminem também. Alguma dúvida? Caso tenham
dúvidas ou problemas durante a realização do experimento, levantem o braço e eu
irei até vocês. Peço que vocês executem o experimento todo em completo silêncio, e
não se comuniquem com outros participantes”. Após a explicação, as dúvidas eram
esclarecidas, o horário era conferido e então autorizado o início do experimento.
Durante a realização do experimento, o número do participante e do computador era
anotado e preenchido no questionário complementar. Quando todos terminavam o
experimento de escuta, os respectivos questionários eram entregues e prontamente
respondidos pelos participantes. Respondidos os questionários, os participantes
eram liberados. Os dados registrados pelo E-Date eram recolhidos de cada
computador por meio de um pen-drive e salvos em um HD virtual. Então a sala era
preparada para outra sessão, caso houvesse. O tempo total médio de cada sessão
durou aproximadamente 50 minutos, sendo 10 minutos para as orientações, 25
minutos para a execução do experimento e 15 minutos para o preenchimento do
questionário complementar.
Análise de Dados: Primeiramente o teste ANOVA foi aplicado para
comparar as médias dos julgamentos emocionais dos trechos musicais
apresentados seguindo o design experimental 2 Categorias de ouvintes (músicos x
não músicos) x 2 Instrumentos (Trombone x Trompete) x 4 Emoções (Alegria x
Tristeza x Serenidade x Raiva). Um post-hoc Newmann Keuls foi empregado para
25
estabelecer uma análise pareada entre os trechos musicais (exemplo: médias dos
trechos referentes à emoção Alegria executados no trombone versus médias dos
trechos referentes à emoção Alegria executados no trompete e assim por diante com
as outras emoções). Um teste ANOVA mais detalhado foi aplicado sobre as
respostas emocionais específicas dos trechos que representavam determinada
emoção (exemplo: para os trechos que representavam a emoção Raiva, foram
levados em conta apenas as respostas emocionais da emoção Raiva, sendo
desconsiderados as respostas de Alegria, Serenidade e Tristeza para tais trechos).
Para complementar esse teste ANOVA, um post-hoc Newman Keuls foi aplicado
baseado no mesmo design experimental.
9,00
8,00 7,13
6,93 6,60 6,66 6,61
6,69 6,39 6,62
7,00 6,51
6,16
5,74
6,00 5,47 5,51 5,52
4,78
4,54
5,00
4,00
3,00
2,00
1,00
0,00
Alegria Raiva Serenidade Tristeza
Figura 3. Ilustra as médias dos trechos musicais encontradas (alcance 1 – 9) nos julgamentos
dos ouvintes em relação a cada emoção analisada no trombone e no trompete.
6
4,13 4,01
5 3,78
3,55
4 2,61
2,37 2,12 2,15 2,23 2,27 2,27 2,18
3
0
Alegria Raiva Serenidade Tristeza
Figura 4: Médias das respostas dos ouvintes em relação aos trechos musicais executados
pelos trombonistas e trompetistas para a emoção Alegria (alcance: 1-9).
7
5,47 5,51
6
4,544,78
5 4,19 4,34
3,55 3,79
3,25 3,18
4
2,71 2,86 2,57 2,87
2,03 2,43
3
0
Alegria Raiva Serenidade Tristeza
Figura 5: Médias das respostas dos ouvintes em relação aos trechos musicais executados
pelos trombonistas e trompetistas para a emoção Raiva (alcance: 1-9).
trechos executados no trompete, tanto com músicos quanto com não músicos. Este
resultado indica que não houve alta acurácia no processo de comunicação
emocional da emoção Serenidade. Comparando-se a média das respostas
emocionais dos ouvintes músicos na emoção Serenidade dos trechos executados ao
trombone, com a média das respostas emocionais dos ouvintes músicos na emoção
Tristeza executados no mesmo instrumento, verifica-se que a média das respostas
emocionais da emoção Tristeza foram maiores que a média da emoção Serenidade.
Isso pode ser observado na Figura 6, que indica as médias das respostas dos
ouvintes em relação aos trechos musicais executados pelos trombonistas e
trompetistas para a emoção Serenidade.
8 6,69
6,39
6,02 5,96
7 5,52 5,74
5,16
6 4,79
4,19
5 3,57
2,96
4 2,45
1,81 1,89 1,95
3 1,79
0
Alegria Raiva Serenidade Tristeza
Figura 6: Médias das respostas dos ouvintes em relação aos trechos musicais executados
pelos trombonistas e trompetistas para a emoção Serenidade (alcance: 1-9).
31
4 2,64 2,53
2,28
1,92 1,82 1,89
1,77 1,63
3
0
Alegria Raiva Serenidade Tristeza
Figura 7: Médias das respostas dos ouvintes em relação aos trechos musicais executados
pelos trombonistas e trompetistas para a emoção Tristeza (alcance: 1-9).
presente estudo pode ser explicado pela dificuldade encontrada por alguns
performers em encontrarem músicas do repertório brasileiro que comunicassem tal
emoção.
Pela análise das respostas dos questionários experimentais, verificou-se que
os performers reconhecem em seus instrumentos, trombone e trompete, um grande
potencial para a comunicação da emoção Raiva. Geralmente essa indicação está
vinculada à justificativa de o instrumento possuir grande potência sonora, ou então,
devido ao seu timbre. Além disso, quando questionados sobre as estratégias
utilizadas para a comunicação de tal emoção, muitos deles responderam que se
utilizaram da articulação pesada e dinâmica forte. Isso demonstra que os performers
possuem alguns conhecimentos sobre pistas acústicas que podem favorecer a
comunicação dessa emoção. Diante disso, presumem-se duas hipóteses para a
explicação dos processos psicológicos relacionados à comunicação dessa emoção:
a) o atonalismo como fator determinante para a comunicação da emoção Raiva,
uma vez que foi amplamente utilizado pelos trombonistas e eles obtiveram alta
acurácia na comunicação emocional; b) as pistas acústicas mais determinantes para
a comunicação emocional da Raiva são de responsabilidade do compositor (o modo,
o ritmo, a altura e a harmonia), uma vez que os performers sentiram dificuldade de
encontrar músicas no repertório brasileiro que comunicasse tal emoção.
Os resultados para a emoção Serenidade mostraram que não houve
acurácia no processo de comunicação emocional entre os grupos de ouvintes, uma
vez que não houve diferença entre as médias dos julgamentos de Serenidade e as
médias dos julgamentos de Tristeza para ambos os instrumentos, indicando que
ocorreu uma confusão no processo de comunicação emocional referente a essas
emoções. Isso pode ser explicado pela mescla de pistas acústicas presentes no
código acústico dessas duas emoções, sugeridas pelo código acústico originário do
Brunswikian Lens Model. Além disso, os resultados indicaram que músicos e não
músicos avaliaram diferentemente os trechos da emoção Serenidade para os
trechos executados ao trombone, em que os ouvintes associaram alguns trechos
apresentados para comunicar Serenidade com scores mais altos para a emoção
Tristeza. O mesmo não aconteceu com os trechos executados ao trompete. Isso
pode ser explicado pela diferença entre grupos de instrumentistas, em que
trompetistas diferiram entre si quanto ao modo musical empregado em suas
35
atencional mais emocional dos ouvintes não músicos, foi confirmada, pois os scores
das médias das respostas emocionais dos ouvintes não músicos foram mais altos
que os scores das médias dos músicos, confirmando os dados de Ramos, Bueno e
Bigand (2011).
6. DISCUSSÃO GERAL
7. CONCLUSÃO
De modo geral, parece haver duas pistas acústicas que são fundamentais e
determinantes no processo de comunicação emocional: o andamento e o modo. As
outras pistas, consideradas mais sutis, podem atenuar ou acentuar as emoções
intencionadas pelos intérpretes na comunicação emocional com seus ouvintes em
relação aos instrumentos trombone e trompete. O código acústico originário do
Brunswikian Lens Model não aborda o modo usado para comunicar as emoções
estudadas. Porém percebe-se que essa pista acústica é fundamental para o
processo de comunicação emocional principalmente das emoções Alegria e
Tristeza. Do mesmo modo, o atonalismo está vinculado à comunicação da emoção
Raiva.
Os performers do presente estudo utilizaram pistas acústicas não
contempladas pelo código acústico original do Brunswikian Lens Model, como
sincopas e uso de ritmos tipicamente brasileiros nos trechos representantes da
emoção Alegria, conseguindo, com o uso deste código, altos níveis de acurácia na
emoção Alegria. Isso significa que essas pistas acústicas empregadas no presente
estudo podem ampliar o código acústico apresentado por Juslin (2001). O mesmo
acontece com o atonalismo em relação à emoção Raiva.
A busca por um código acústico relacionado a cada emoção específica
contribui para um aprimoramento de aspectos expressivos empregados na
performance musical. Esse código, entretanto, não pode ser abordado de forma
rígida e inflexível, uma vez que parece não contemplar todos os aspectos
expressivos da performance do músico. Como mencionado anteriormente, o
performer tem o livre poder de decisão sobre a forma como administra esse código
acústico na expressão de suas emoções. Tal expressão parece ser modulada por
sua instrução musical, que pode ser predominantemente erudita, popular, híbrida ou
ainda envolver nuances oriundas de outras “subculturas” musicais. Isso torna
possível, por exemplo, que uma mesma música seja executada de forma diferente
por intérpretes distintos, porém, mantendo o mesmo objetivo expressivo da peça,
que está relacionado à comunicação de uma ou mais emoções. Entretanto, ainda
assim, os resultados obtidos nesta pesquisa podem dar uma contribuição valiosa
39
8. BIBLIOGRAFIA
Anexo 1
Ficha-convite
PROTOCOLO DE PESQUISA
Experimento I
1. Preparação
2. Realização do experimento
3. Salvando os dados
a) Para salvar o projeto pressionar o atalho no teclado: “Command + S”,
o arquivo será salvo na pasta pré selecionada;
b) Para exportar o arquivo em formato Wave: Clicar em File (na barra de
menu) – Export – Track as audio file; na janela que abrir, selecionar a
mesma pasta em que foi salvo o projeto, e na caixa de texto Save as
colocar o mesmo nome do projeto.
c) Salvar ambos os arquivos em dois pen-drives.
Termo de Consentimento
Nome:_______________________________________________________
Assinatura:_____________________________________
Questionário Experimental
N° do participante: ____________
Idade: _______________________
Sexo: ________________________
Nacionalidade: ___________________________
___________________________________________________________________
_____________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Quais as emoções que você acredita que seu instrumento seja capaz de melhor
comunicar? Por quê?
_____________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Por favor, nomeie as músicas que você utilizou para comunicar as emoções:
Alegria
___________________________________________________________________
_______________________________________________________________
Tristeza
___________________________________________________________________
_______________________________________________________________
Serenidade
___________________________________________________________________
_______________________________________________________________
Raiva
___________________________________________________________________
_______________________________________________________________
No caso de você ter tocado composições próprias ou improvisos, por favor, explique,
de forma livre, com suas palavras o porquê você deu o nome a cada uma das músicas que
você utilizou para comunicar as emoções:
Alegria
_____________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Tristeza
_____________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Serenidade
_____________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Raiva
_____________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Quais as vantagens que você acredita que seu instrumento possua em relação aos
outros instrumentos para comunicar emoção de forma a proporcionar uma experiência
musical agradável em seus ouvintes?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
_____________________________________________________________
___________________________________________________________________
_____________________________________________________________
___________________________________________________________________
Qual a sua opinião sobre o objetivo desse estudo? Você formulou alguma hipótese
sobre ele?
_____________________________________________________________
___________________________________________________________________
PROTOCOLO DE PESQUISA
Experimento II
1. Preparação
As sessões serão agendas para dias e horários que não interfiram nas
demais atividades do Departamento de Artes da Universidade Federal do Paraná e
que facilite a participação dos voluntários. O convite será feito por meio de redes
sociais online e via oral, sendo informados o dia, horário e local. O participante que
possuir interesse deverá confirmar sua presença com o pesquisador. No dia da
sessão experimental, cada participante será recebido na sala e acomodado em
frente a um computador, devendo aguardar até que todos os participantes estejam
presentes.
15
Essa será a única parte que se diferenciará para alguns microcomputadores: há quatro tipos
de disposição na ordem em que aparecerão as escalas para julgamento emocional. Essas
quatro disposições devem se alternar entre os computadores. Conforme a disposição que
estiver no computador, o nome do arquivo irá mudar. Por exemplo: computador 01,
disposição ATSR; computador 02, disposição TRAS e assim por diante (a ordem das letras
correspondem a cada emoção mensurada);
de uma escala de 1 à 9, na qual 1 significa "pouca emoção" e 9
significa "muita emoção". Você pode utilizar também valores
intermediários. As emoções envolvidas são: ALEGRIA, TRISTEZA,
SERENIDADE E RAIVA. Os quatro primeiros trechos são apenas
exemplos para que você se acostume com o manuseio do
equipamento. Aperte a barra de espaço para dar início ao
experimento!”
r) Apertar uma vez a barra de espaço;
s) Aparecerá na tela a seguinte mensagem: “Pronto?”;
t) Apertar uma vez a barra de espaço;
u) Escutar o primeiro estímulo musical (para verificar se o programa está
funcionando e se o volume está adequado para a realização do teste);
v) Aparecerá na tela as seguintes mensagens, uma emoção por vez:
“Alegria 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7 - 8 - 9", “Tristeza 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7 -
8 - 9", “Serenidade 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7 - 8 - 9"e Raiva “1 - 2 - 3 - 4 -
5 - 6 - 7 - 8 – 9”;16
w) Apertar uma vez a tecla de um dos números citados em cada emoção
(para verificar se o programa está funcionando normalmente);
x) Fechar o programa (pressionando Ctrl + Alt + Del);
y) Repetir esse procedimento até a letra “m”;
z) Deixar o microcomputador no modo “stand by”.
2. Realização do experimento
16
Conforme disposição das emoções que está em cada computador.
a) Acomodar os participantes em cada uma das cadeiras localizadas em
frente aos microcomputadores e pedir para que eles leiam e assinem
o termo de consentimento;
b) Pedir para que cada participante retire relógio, telefone celular, mp3,
mp4 ou qualquer outro aparelho que possa interferir durante a
realização do experimento;
c) Recolher os termos de consentimento preenchidos;
d) Dar as seguintes instruções:
“Vocês vão dar uma contribuição importante para nossos estudos em
Cognição Musical. Para isso, eu vou pedir que vocês executem pequenas tarefas,
uma de cada vez. Peço que vocês escutem todo o procedimento antes do início do
experimento".
e) Após o consentimento dos participantes, prosseguir com as
instruções:
“A primeira tarefa consiste de uma escuta musical: para realizá-la, você
deverá ouvir um trecho musical, por meio deste fone de ouvido. Na tela do seu
computador, está a seguinte mensagem: “Você vai dar a sua contribuição para um
estudo sobre Cognição Musical. Assine o termo de consentimento que está sobre a
mesa e aguarde novas orientações do pesquisador. Aperte a barra de espaço para
continuar!”. Pressionando uma vez a barra de espaço, aparecerá uma nova tela com
a seguinte mensagem: “Sua tarefa consiste em julgar as emoções que você
perceber nos trechos musicais que você ouvir. Este julgamento ocorrerá após cada
escuta musical, por meio de uma escala de 1 à 9, na qual 1 significa "pouca
emoção" e 9 significa "muita emoção". Você pode utilizar também valores
intermediários. As emoções envolvidas são: ALEGRIA, TRISTEZA, SERENIDADE E
RAIVA. Os quatro primeiros trechos são apenas exemplos para que você se
acostume com o manuseio do equipamento. Aperte a barra de espaço para dar
início ao experimento!”. Pressionando uma vez a barra de espaço, aparecerá uma
nova tela com a seguinte mensagem: “Pronto?”Quando você pressionar novamente
a barra de espaço, a música vai começar a tocar. Após escutar a música, aparecerá
uma nova tela com uma das quatro escalas de 1 a 9 para julgamento emocional: Ex:
“Alegria 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7 - 8 – 9”. Esta tarefa consiste em você identificar o nível
de emoção presente no trecho musical reproduzido. Para isto, você apertará a tecla
do número referente da escala de 1 a 9, no qual 1 significa “pouca emoção” e 9
significa “muita emoção”. Após aparecer a escala referente a uma emoção, uma
nova tela se abrirá para que você dê o seu julgamento de outra emoção, e assim por
diante. Ou seja, a sequência das tarefas para cada trecho musical será: escuta
musical e julgamento de 4 emoções. Você deverá proceder estas tarefas, de escuta
e julgamento, nesta mesma seqüência para todos os outros trechos musicais. O
experimento terminará quando aparecer na tela a seguinte mensagem: “Aqui se
encerra a sua contribuição nesse experimento...”. Eu peço que vocês me
comuniquem quando aparecer esta mensagem na tela, porque esta mensagem
significa o término do experimento. Realizado o teste, peço que vocês mantenham
no mesmo lugar e em silêncio, até que os outros participantes terminem também.
Alguma dúvida? Caso tenham dúvidas ou problemas durante a realização do
experimento, levantem o braço e eu irei até vocês. Peço que vocês executem o
experimento todo em completo silêncio, e não se comuniquem com outros
participantes”.
f) Esclarecer as dúvidas dos participantes, conforme o caso;
g) Declarar o início do experimento para todos os participantes, na
mesma hora;
h) Anotar, no questionário complementar de cada participante, a hora
correspondente ao início do experimento;
i) Preencher o campo “N° do participante” e “N° do computador” de
cada questionário complementar com o número atribuído a cada
participante. Este número deverá ser o mesmo número a ser salvo no
hardware de cada microcomputador (ver item 3, “salvando os dados”);
j) Quando cada participante finalizar o experimento, preencher no
questionário complementar correspondente o horário referente ao
término do experimento;
k) Quando todos os participantes terminarem o experimento, entregar a
eles uma caneta esferográfica preta e o questionário complementar a
ser preenchido (de acordo o “N° do participante” e “N° do
computador”);
l) Monitorar os participantes no preenchimento do referido questionário.
Atenção! Os questionários deverão ser preenchidos pelos próprios
participantes! O pesquisador deverá somente ser responsável pela
retirada de dúvidas que possam surgir durante a aplicação dos
questionários! ;
m) Após o preenchimento dos questionários, recolhê-los preenchidos e
arquivá-los em uma pasta;
n) Em silêncio, encaminhar cada participante para a porta da sala
experimental, retirá-los da sala e fechar novamente a porta;
3. Salvando dados
a) Após a saída do último participante da sala experimental, selecionar
os dados de cada participante (que já foram salvos automaticamente
após realização do teste no hardware do microcomputador - Pasta
“JulianoSchultz”) e copiá-los no pendrive do pesquisador para back
up. Importante: o número atribuído a cada participante deverá ser o
mesmo, tanto nos questionários complementares quanto nos
hardwares dos microcomputadores! Importante: para evitar confusão
no salvamento dos arquivos, estabelecer determinados
microcomputadores para os participantes ímpares e o outros
microcomputadores para os participantes pares!
b) Após a saída do último participante da sala experimental, preparar
novamente a sala para receber mais participantes (repetir o mesmo
procedimento referente aos itens 1.3. “Configuração do Equipamento”
em diante), caso tenha outra sessão em seguida.
Termo de consentimento
Questionário Experimental
Idade: ___________________________________
Sexo: ____________________________________
Nacionalidade: ____________________________
Lateralidade: ______________________________
Você é músico?
R: ___________
Se sim, responda:
Instrumentos que toca: ______________________________
Há quanto tempo: __________________________________
Estilo você prefere tocar: ____________________________
Qual a sua preferência musical para escuta (em termos de estilo)?
_________________________________________________________
Qual a sua opinião sobre o objetivo desse estudo? Você formulou alguma
hipótese sobre ele?
R : _________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________