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ÁREA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES

MESTRADO EM EDUCAÇÃO

Especialização matriculada

x Formação de professores

Organização e Gestão de Instituições Educacionais

Formação de professores: As TIC na Educação

Universidade matriculada:

x UNEATLANTICO

UNINI-MÉXICO

UNINI-PORTO RICO

DUPLA TITULAÇÃO UNEATLANTICO-UNINI-MX

DUPLA TITULAÇÃO UNEATLANTICO-UNINI-PR

Título proposto: O uso das Metodologias Ativas na Educação Infantil.

Autor/a: Ana Maria Brito Silva

Usuário do aluno: BRFPMME4442123

Email: anamaria.brito08@gmail.com

Grupo: 2021-10 (Mestrado em Educação - Formação de Professores)

Orientador(a) do Projeto Final (PV): Dra. Juliana dos Santos Rocha

Data: 31 de maio de 2023


FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANIDADES

TÍTULO DO PROJETO FINAL

O USO DAS METODOLOGIAS ATIVAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Dissertação para a obtenção do grau de:


Mestrado em Educação em Formação de Professores

Apresentado por:
Ana Maria Brito Silva
BRFPMME4442123

Orientadora:
Dra. Juliana dos Santos Rocha

TERESINA – PI, BRASIL


JANEIRO 2024
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho, ao meu esposo, Adaías Almeida Silva e amados filhos,
Adaías Abner, Abmael Alan e Abel André, que sofreram e perseveraram a cada dia
comigo, contribuindo para a conquista desta vitória, a direção e professores da Creche
Municipal “Professora Hildete”, pela parceria e contribuições nesta pesquisa, também a
professora Doutora Sidneya Gaya, pelo apoio, dedicação e orientações, minha mãe,
Maria dos Reis Silva Brito, por acreditar e incentivar meu progresso em todas as áreas
da minha vida e as minhas irmãs e irmãos, que incentivam e apoiam meus estudo.
AGRADECIMENTOS

Agradeço de forma especial ao meu grandioso Deus, que possibilita todas as


conquistas em minha vida toda honra e toda glória sejam dadas a ele. Aos professores
do Mestrado em Educação, com os quais tive o privilégio de desfrutar das ricas
experiências em suas ministrações, ao Centro Municipal de Educação Infantil “Professora
Hildete”, pelas informações que respaldam este estudo, aos companheiros e
companheiras da turma de Especialização em Formação de Professores, em especial à
Adriana Molin, pelos ricos momentos de discussões e pelas valiosas trocas de
conhecimentos e de experiências. Aos meus alunos, com quem tenho aprendido e
crescido nessa trajetória de ensinar e aprender. À minha querida família, com quem
tenho compartilhado todos os bons e maus momentos da minha vida. À família Batista
Esperança, que proporciona o apoio espiritual, sempre orando a Deus em meu favor.
COMPROMISSO DO AUTOR

Eu, Ana Maria Brito Silva, declaro que:

O conteúdo deste documento é um reflexo do meu trabalho pessoal e declaro que


ante qualquer notificação de plágio, cópia ou falta à fonte original, sou diretamente
responsável legal, econômico e administrativo sem afetar o orientador do trabalho, a
Universidade e quantas instituições colaboraram no referido trabalho, assumindo as
consequências derivadas de tais práticas.

Assinatura: ___________________________
RESUMO

O tema deste estudo é o uso de uma abordagem proativa na educação infantil. O


objetivo é identificar necessidades dos professores em termos de formação em métodos
proativos. A questão de pesquisa trata-se de: o que os professores da educação infantil,
necessitam saber sobre metodologias ativas para qualificar sua prática pedagógica junto
às crianças? O objetivo geral é desenvolver um projeto de formação em metodologias
ativas no centro Municipal de Educação Infantil Professora Hildete de Teresina, Piauí,
para professores permanentes buscando melhorar seu desempenho. No que tange a
abordagem metodológica trata-se de uma pesquisa de cunho misto, qualitativa e
quantitativa. Utilizando o questionário elaborado para esse fim utilizado em uma amostra
de 11 professores que atuam nas escolas foco do estudo e observando a prática
docente desses professores em ação. Com base nas respostas recebidas, foram
analisados os perfis docentes e as práticas docentes de cada professor. Verificou-se
que 11 professores examinados trabalham atualmente 40 horas semanais. Quanto à
utilização de metodologias ativas, todos reconhecem a sua importância para um ensino
mais eficaz, a partir da educação infantil. E embora apontassem que já estavam a tentar
implementar esta prática, realçaram a necessidade de educação e formação contínua,
para melhorar incessantemente. Considerando o dilema cuidado e educação que existe
na educação infantil, compõe-se através da pesquisa no desenvolvimento de um projeto
educativo voltado para a higiene bucal, apresentá-lo à direção escolar e implementá-lo
por meio de metodologias ativas, que o considerou adequado, de forma que será
executado nesta instituição.

Palavras-chave:
Educação Infantil. Metodologias Ativas. Formação de Professores.
ABSTRACT

The theme of this study is the use of a proactive approach in early childhood
education. The objective is to identify teachers' needs in terms of training in
proactive methods. The research question is: what do early childhood education
teachers need to know about active methodologies to qualify their pedagogical
practice with children? The general objective is to develop a training project in
active methodologies at the Professora Hildete Municipal Early Childhood
Education Center in Teresina, Piauí, for permanent teachers seeking to improve
their performance. Regarding the methodological approach, this is a mixed
qualitative and quantitative research. Using the questionnaire developed for this
purpose used in a sample of 11 teachers who work in the schools that are the
focus of the study and observing the teaching practice of these teachers in action.
Based on the responses received, the teaching profiles and teaching practices of
each teacher were analyzed. It was found that 11 teachers examined currently
work 40 hours a week. As for the use of active methodologies, everyone
recognizes their importance for more effective teaching, starting from early
childhood education. And although they pointed out that they were already trying to
implement this practice, they highlighted the need for continuous education and
training, to constantly improve. Considering the care and education dilemma that
exists in early childhood education, it consists of research into the development of
an educational project focused on oral hygiene, presenting it to the school
management and implementing it through active methodologies, which considered
it appropriate , so that it will be carried out in this institution.

Keywords:
Child education. Active Methodologies. Teacher training.
ÍNDICE

INTRODUÇÃO............................................................ Error: Reference source not found

2. Justificativa da investigação............................... 10Error: Reference source not found

3. Perguntas de investigação..................................... Error: Reference source not found

4. Objetivo geral......................................................... Error: Reference source not found

5. Objetivos específicos................................................................................................ 10

6. Variáveis ou Categoria de análise:.........................Error: Reference source not found

7. Categorias teóricas ou conceitos-chaves, teorias ou enfoque teórico relevantes ....Error:


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CAPÍTULO 1: MARCO TEÓRICO..............................Error: Reference source not found

1.1 Infância e Educação Infantil.................................. Error: Reference source not found

1.1.1 O papel da Educação Infantil: da sua origem aos dias atuais .................................. 16

1.2 Desempenho e capacitação docente na Educação Infantil Error: Reference source not
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1.2.1 Breve história da formação docente .................Error: Reference source not found

1.2.2 Capacitação e formação continuada ................Error: Reference source not found

1.3 Metodologias Ativas ............................................. Error: Reference source not found

1.3.1 Tipo de Metodologias Ativas ............................. Error: Reference source not found

1.3.2 Ludicidade e brincar X metodologias ativas na Educação Infantil Error: Reference


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CAPÍTULO 2: METODOLOGIA................................. Error: Reference source not found

2.1 Enfoque metodológico.............................................................................................

2.2 Descrição do contexto, dos participantes ou população e o período em que a


pesquisa foi realizada.............................................................................................

a) O contexto da pesquisa............................................................................................. 49

b) Participantes da pesquisa, amostra e período.......Error: Reference source not found

2.3 Estudo................................................................... Error: Reference source not found

2.3.1 Descrição da Coleta de dados...........................Error: Reference source not found

2.3.2 Descrição das ferramentas ou procedimentos para análise dos dados ..............
CAPÍTULO 3: RESULTADOS E DISCUSSÃO..........Error: Reference source not found

3.1 Os resultados ....................................................... Error: Reference source not found

Gráfico 1- Formação De Cada Docente .................... Error: Reference source not found

Gráfico 2- Tempo De Trabalho Na Área Da Educação ................................................

Gráfico 3- Recursos Utilizados Na Prática Pedagógica Error: Reference source not found

Gráfico 4- Metodologias Empregadas Com Mais Frequência Error: Reference source not
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Gráfico 5- Maiores Dificuldades Enfrentadas ...............................................................

Gráfico 6- Registro Dos Próprios Conhecimentos ConstruídosError: Reference source not


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Gráfico 7- Registro Dos Conhecimento Construídos Pelos Alunos Error: Reference source
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3.2 Discussão ............................................................. Error: Reference source not found

3.3 O Projeto De Capacitação ................................... Error: Reference source not found

Cartilha Educativa:Cuidando dos Dentes? ................Error: Reference source not found

Jogo de Tabuleiro: Aventurando-se pela Boca ..........Error: Reference source not found

Quebra-Cabeça de Escovação .............................. 58Error: Reference source not found

Jogo da Memória de Higiene Bucal............................ Error: Reference source not found

Teatro de Fantoches Odontológicos .......................... Error: Reference source not found

CONCLUSÕES........................................................... Error: Reference source not found

BIBLIOGRÁFIA.......................................................... Error: Reference source not found

APENDICE.................................................................. Error: Reference source not found


ÍNDICE DE FIGURAS

Gráfico 1 – Formação da amostra

Gráfico 2 – Tempo que trabalha na Educação Infantil

Gráfico 3 – Recursos utilizados na prática pedagógica

Gráfico 4 – Metodologias empregadas com mais frequência

Gráfico 5 – Maiores dificuldades enfrentadas

Gráfico 6 – Registro dos próprios conhecimentos construídos

Gráfico 7 – Registro dos conhecimentos construídos pelos alunos


ÍNDICE DE APÊNDICES

Apêndice A – Questionário da Pesquisa


INTRODUÇÃO

A educação pré-escolar é considerada a primeira etapa da educação básica


voltada ao desenvolvimento integral das crianças menores de 6 anos. A lei Nacional de
Políticas e Fundamentos da educação nº 9.394, promulgada em dezembro de 1996,
garante esse direito a todas as crianças brasileiras.

Este trabalho foi desenvolvido com alunos de 3/6 anos, no Centro Municipal de
Educação Infantil Professora Hildete, situada no município de Teresina- Piauí, onde haja
vista a necessidade de se cuidar da saúde bucal desde a infância. Desenvolvido através
de uma abordagem metodológica utilizando um questionário elaborado para 11
professores que atuam na escola, dessa forma com base nas respostas recebidas, foram
analisados os perfis docentes e as práticas de cada professor.

Desde a mais tenra idade das crianças devemos procurar promover a sua
autonomia, respeitar o seu desenvolvimento psicológico, afetivo e emocional. O papel do
professor é orientar e reorientar os processos de aprendizagem de acordo com as etapas
o ambiente e o material disponível. Portanto, os métodos aplicados refletem diretamente
se uma aprendizagem importante. As práticas educacionais podem basear-se em
metodologias tradicionais e vencidas ou em abordagens baseadas na mudança e
inovação.

O lúdico em metodologias ativas tem contribuído muito com a construção de


conhecimento dos educandos. Então, esse trabalho através do projeto de higiene bucal
na Educação Infantil tem o intuito de mostrar que o uso de atividades lúdicas em
metodologias ativas é muito importante na Educação Infantil, pois “A curiosidade, o que é
diferente e se destaca no entorno, desperta a emoção. E, com a emoção, se abrem as
janelas da atenção, foco necessário para a construção do conhecimento” (MORA, 2013,
p. 66 apud MORAN, 2018, p. 38).

O presente trabalho se justifica por caracterizar o desempenho, pautando as


necessidades de capacitação voltadas ao uso das metodologias ativas, como forma de
melhorar o desempenho dos professores. Resultando em um projeto de capacitação para
professores, como produto final, que consequentemente contribuirá com a aprendizagem
das crianças.

A partir da observação da atuação dos professores que compuseram a amostra


deste estudo, verificou-se que, mesmo eles participando frequentemente de cursos de
formação, palestras e seminários, ainda assim as suas práticas cotidianas não
apresentavam mudanças, e algumas ações ocorriam de forma quase que mecanizada,
sem o olhar e a intenção de explorar as possibilidades de aprendizagem de modo lúdico,
por meio de metodologias ativas.

Uma dessas situações que chamou a atenção, e pode ser considerada como o
fato que definiu esse estudo, foi o momento da higiene bucal realizada com as crianças
da Educação Infantil, na escola foco deste estudo. Este é um momento que acontece
todos os dias da mesma forma: as crianças são conduzidas até as pias, onde encontram
suas escovas dentais, já com o creme dental colocado anteriormente pelas professoras,
e ali são orientadas a realizar a escovação. Porém, apesar da importância dessa ação
em termos de higiene e saúde, não se observou um maior envolvimento pedagógico com
essa prática. As professoras até comentam que “os dentes precisam ser escovados para
que fiquem limpos”, no entanto, isso é feito de forma mecanizada, sem que se perceba
uma atenção para o momento.

Assim, partindo dessa situação identificada, constatou-se a necessidade de


realizar um projeto de capacitação para o uso de metodologias ativas, que fosse
direcionado para as vivências dessa escola e dos seus profissionais, tornando mais
significativo e demonstrando as possibilidades de que cada ação realizada na Educação
Infantil, seja permeada de objetivos claros, fazendo uso de recursos que exploram a
ludicidade.

A pesquisa bibliográfica nos indicou que nos últimos anos muito tem se
investigado e discutido sobre aspectos como importância de capacitação constante dos
professores. Em sentido semelhante, as metodologias ativas também podem-se perceber
que têm sido foco de diversos estudos, que analisam seu papel no fazer docente e na
aprendizagem significativa, considerando uma mudança no paradigma de que o
professor é o centro da prática pedagógica, e assumindo a percepção de que o aluno é
que deve ser o protagonista do processo ensino aprendizagem. Buscando identificar o
problema a ser resolvido, definição dos objetivos a serem alcançados, verificar a
necessidades de pesquisar, buscar estratégias de abordagens teóricas e conceitos
adotados nesse estudo, desenvolver estratégias da infância e educação infantil,
capacitação dos docentes, buscar metodologias ativas, tais com a ludicidade e
aprendizagem.

A infância é uma construção histórica e social, já que ela, simultaneamente, é


marcada pelo meio social e deixa sua marca, onde vive. A visão a respeito da criança
passou por diversas mudanças ao longo da História da humanidade, sendo influenciada
pelos acontecimentos históricos que moldaram a sociedade. (Franco, 2002).

A partir desta concepção de infância, a educação infantil, surgiu com a intenção


de formar na criança de hoje o cidadão de amanhã (Rousseau, 1979). No entanto, na
prática o que se construíram foram instituições com foco exclusivo no cuidado físico das
crianças, sem qualquer preocupação pedagógica (Habowski, Conte & Marchese, 2018).
Porém, sob a influência da Revolução Industrial e das mudanças nas estruturas
familiares, essas instituições assumem um papel educativo (Moraes, 2021).

A educação infantil é definida como uma etapa da educação, para as crianças, os


especialistas que trabalham nela, pois para atuar é necessária formação suficiente para
este fim. Neste contexto, é cada vez mais reconhecida a necessidade de formação
continuada de professores, sobretudo como reflexão crítica sobre a prática pedagógica.
(Freire, 2019).

De acordo com (Habovskis, Souza e Mārtiņš, 2020). A formação continuada de


professores contribui para a criação de um perfil multidimensional que permite que as
crianças sejam reconhecidas como indivíduos que formam e desenvolvem autonomia
com direitos, responsabilidades e necessidades próprias.

Para (Soares et al., 2021), é um importante recurso, a ser utilizado pelos


professores no fazer docente voltado ao reconhecimento da criança dentro de suas
potencialidades, são as metodologias ativas. Elas surgiram da necessidade de repensar
a sala de aula clássica. E sua principal característica é identificar o aluno como
protagonista de seu próprio conhecimento, onde o professor assume o papel de mediador
desse processo.
1- Justificativa de Investigação Problema

Por meio deste estudo, buscou-se responder à questão problema que era: Como
melhorar o desempenho dos professores estagiários e efetivos com o uso das
metodologias ativas, no contexto do Centro Municipal de Educação Infantil Professora
Hildete, em Teresina, Piauí?

Perguntas de investigação

 Quais são as metodologias utilizadas com maior frequência pelos


professores?
 As crianças tem papel ativo na construção do seu conhecimento no cotidiano
escolar?
 Qual o impacto da educação sobre a saúde bucal em crianças da educação
infantil?

Objetivo geral

A definição e o objetivo principal é a elaboração de um projeto de capacitação


sobre as metodologias ativas para os professores estagiários e efetivos, tal qual como
proposta de melhoria do Centro Municipal de Educação Infantil Professora Hildete em
Teresina, Piauí- Brasil, de forma, a melhorar o seu desempenho.

Objetivos Específicos

Praticar a prevenção de higiene bucal nas crianças, pois o professor tem muitas
oportunidades de observar áreas dos dentes das crianças que podem estar sujeitas a
cáries, onde nessa face a interação professor e aluno é constante.

Garantir que isto seja feito de forma segura, os profissionais de saúde oral locais
podem fornecer educação e formação ao pessoal de cuidados infantis e apresentações
de saúde oral às crianças e aos pais/responsáveis.
Atualmente a odontologia concentra-se principalmente na prevenção de doenças
bucais, que é um mecanismo de saúde mais simples, barato e inteligente.

Prevenir e buscar estratégias de reconhecimento de potenciais problemas,


aliados ao encaminhamento precoce dos estudantes para profissionais de saúde oral,
podem prevenir sofrimento infantil significativo.

Atualmente a cárie em tenra nessa idade é um problema de saúde significativo,


que pode eventualmente levar a padrões alimentares inadequados e afetar o
desenvolvimento físico das crianças. Além de ser uma questão estética, também pode
afetar a vida social, causando sentimentos de isolamento e constrangimento.
CAPÍTULO 1: MARCO TEÓRICO

Para a realização desse trabalho optou-se por um projeto de intervenção para


aplicação de questionários e observação, de forma a compreender melhor a situação
dentro da realidade pesquisada que é a saúde bucal dos alunos da Educação Infantil.

A fundamentação teórica acerca do tema foi desenvolvida por meio de pesquisa


bibliográfica, de modo a proporcionar boas reflexões, incentivando complementações de
pesquisas e debates para enriquecer o fazer pedagógico. Portanto, para o alcance dos
objetivos deste trabalho alinham-se alguns alicerces teóricos, levando em conta
concepções importantes defendidas pelos autores que embasaram esse estudo.

1.1. Infância e Educação Infantil

Para Andrade (2022), os debates que permeiam o ensino da educação infantil


também permeiam o desenvolvimento de ideias sobre crianças e escolas na educação
infantil. Considerando que o cotidiano das escolas de educação infantil não se afasta do
contexto das relações de poder e de saber que constituem os sujeitos, parece oportuno
examinar como se constrói a perspectiva da infância. Afinal, como disse Foucault (2021),
o poder não é um objeto natural, mas uma prática social e, portanto, é formado
historicamente.

O conceito de criança é definido pelos sistemas sociais. As condições que


dominam todas as épocas e sofrem inúmeras mudanças ao longo da história humana
podem ser monitoradas através do estudo das imagens, fotos, brinquedos e jogos
criados em diferentes momentos históricos, para que a infância possa ser entendida
como um conceito contínuo construção e evolução (Oliveira, 2013). A interpretação
destas expressões revela as diferentes formas como as relações entre adultos e
crianças são formadas, as formas como as experiências da infância são diferenciadas
nos espaços sociais.

Franco (2002, p. 30) afirma que a infância é uma grande construção histórica e
social, é inadequado e insuficiente assumir que existe uma população homogênea de
crianças, porque os processos históricos nos obrigam a olhar para as populações de
crianças que vivenciam processos de socialização desiguais. Portanto, o conceito de
criança parece estar relacionado a uma identidade construída historicamente, e seu
significado varia dependendo da época, classe social e etnia.

Desse modo, as crianças são descritas pelo ambiente social em que vivem e são
reconhecidas como seres que sentem e pensam o mundo à sua maneira e que podem
interagir com o seu ambiente e com outras pessoas para formar conhecimento. Um
sujeito social e histórico, parte do núcleo familiar em que a criança está inserida e em
uma sociedade de cultura específica em um momento histórico específico (Brasil, 1998,
p. 21).

Queiroz (2009) apresenta um breve relato do mundo infantil desde a sociedade


primitiva até a medieval. Ele informa que nos povos primitivos, a educação das crianças
estava relacionada com a imitação dos adultos, o que permitia que elas se apropriassem
dos modos de pensar e agir da comunidade em que estavam inseridas. Neste período, o
brincar representava a forma de aprender as regras sociais da vida cotidiana.

Já na Antiguidade, surgem as primeiras escolas, com isso a educação assume um


caráter intencional. Mesmo nesta época, o jogo já se mostrava como um elemento
importante para o desenvolvimento, com um papel educativo significativo, principalmente
nos anos iniciais da criança. Inclusive, Queiroz (2009, p. 14) comenta que “Platão vê no
jogo um revelador da psicologia da criança e destaca a importância do aprender
brincando, enfatizando que a brincadeira com ossos já propunha a concepção de justo e
injusto.”

No período Medieval, que sofreu forte influência da igreja Cristã, não se tinha a
concepção de infância, de forma que, a criança executava as mesmas tarefas que os
adultos, as crianças recebiam uma educação caracterizada pela disciplina coercitiva, que
tinha a finalidade de transmitir os princípios morais cristãos (Queiroz, 2009). Conforme
Cambi (citado em Franco, 2002, p. 31):

As crianças, na Idade Média, têm um papel social mínimo, sendo, muitas vezes,
consideradas no mesmo nível que os animais (sobretudo pela altíssima mortalidade
infantil, que impedia um forte investimento afetivo desde o nascimento), mas não na sua
especificidade psicológica e física, a tal ponto que são geralmente representadas como
‘pequenos homens’, tanto na vestimenta quando na participação na vida social. Até os
seus brinquedos são os mesmos dos adultos e só com a Época Moderna é que se irá
delineando uma separação.
Desta forma, se verifica que os acontecimentos históricos que moldaram a
sociedade como um todo, também implicaram em mudanças na perspectiva da visão de
criança. Segundo Ariès (ARIÈS, 2015, p.17-8):

Até por volta do século XII, a arte medieval desconhecia a infância ou não tentava
representa-la. É difícil crer que essa ausência se devesse à incompetência ou à falta de
habilidade. É mais provável que não houvesse lugar para a infância neste mundo (...) tal
é nosso ponto de partida. Como daí chegamos às criancinhas de Versalhes, às fotos de
crianças de todas as idades dos nossos álbuns de família?

As crianças são consideradas adultos pequenos isso pode ser percebido nas
ilustrações da época em que os corpos das crianças eram representados sem distinção
dos corpos dos adultos. Sua socialização ocorre, portanto, diretamente com os adultos,
onde aprendem valores, costumes e habilidades.

[...] a ideia de infância não existiu sempre e da mesma maneira, ao contrário, ela
aparece com a sociedade capitalista, urbano-industrial, na medida em que mudam a
inserção e o papel da criança na comunidade. Na sociedade feudal, a criança exercia um
papel produtivo direto (...), na sociedade burguesa ela passa a ser alguém que precisa
ser cuidada, escolarizada e preparada para uma atuação futura. Este conceito de
infância, é determinado historicamente pela modificação nas formas de organização da
sociedade. (Franco, 2002, p. 31-32).

Isso fica claro ao explicar o conceito de infância na sociedade brasileira. Os


adultos nas comunidades indígenas respeitam meninos e meninas e tentam integrá-los
em grupos sociais. Porém, com a colonização portuguesa, as crianças locais foram
doutrinadas como ferramenta de dominação. As crianças negras também têm sua
cultura negada. Os escravizados eram considerados trabalho futuro e não podiam
receber educação escolar. Aos filhos dos proprietários de plantações foram atribuídos
papéis sociais específicos, esperando que os meninos visitassem o mundo letrado e as
meninas ficassem restritas às atividades domésticas.

Embora convivessem em uma mesma época, num mesmo lugar, compartilhassem


brincadeiras, as crianças ocupavam relações sociais determinadas pelas relações de
poder (gênero, classe, etnia) [...] que incidiam sobre suas especificidades culturais,
desrespeitando suas diferenças (Brasil, 1998, p.12).

O conceito de infância parece ter existido ao longo da história, como resultado de


muitas mudanças, o objetivo das instituições de cuidados infantis também mudou e elas
começaram a promover a inclusão, assumindo um papel educativo de “cuidado e
nutrição” em vez de um papel de ajudantes e tutores. Entre o físico e o emocional,
considera os aspectos emocionais, cognitivos e sociais das crianças, considerando-as
como seres em desenvolvimento.

Concluir capítulo com um parágrafo relacionando essa história da infância com a


educação infantil, haja vista sua temática, e já fazendo uma introdução do capítulo que
vem a seguir, esses fechamentos e introduções dão maior fluidez ao texto.

1.1.1 O papel da Educação Infantil: da sua origem aos dias atuais

Romanticamente ligados à infância e às oportunidades de desenvolvimento


durante este período, não estão particularmente preocupados em esforçam-se por
promover o pleno desenvolvimento e a humanidade das crianças. Afinal, durante muito
tempo as crianças foram consideradas indivíduos ignorantes, uma “página em branco”
que precisava ser preenchida (Oliveira, 2013).

Segundo Narodovsky (1994, p. 24), a infância pode ser vista como “o mundo das
atividades e da produção educativa apropriada”, mas a mesma pedagogia que proclama
o “conceito de infância moderna” irá paradoxalmente abstrair os seus traços
característicos, na história do desenvolvimento humano.

A unificação final do processo ocorreu no século XVII, onde fala em educar a


criança: isso significa que a criança não se mistura mais com os adultos, mas aprende
sobre a vida diretamente através do contato com eles. Apesar do grande silêncio e da
demora, a criança foi separada dos adultos, colocada numa espécie de cela de
isolamento e depois libertada para o mundo, essa quarentena é na escola. “Então
começa o antigo processo de bloqueio infantil da escolaridade” (Áries, 1981, p. 10).

No século XVIII, a imagem das crianças mudou devido à introdução da


valorização e à reorganização das práticas educativas, e aumentou o interesse público
em como educar e ensinar as crianças. Porém, somente depois que a pedagogia
moderna passou a desenvolver a análise da infância no ambiente escolar, essa situação
possibilitou encontrar padrões gerais relacionados ao desempenho das crianças e criar
regras que norteiem a prática do professor dessa forma. Portanto, as crianças
desempenham um papel importante e são o centro das atenções no que diz respeito ao
ensino aprendizagem, principalmente na aquisição dos conhecimentos adquiridos
(Garantia e Moreau, 2000).

Segundo Luzuriaga (1987, citado em Garanhani & Moro, 2000), o século XVIII é
considerado o século da grande pedagogia e foi durante este período que a educação
acabou por assumir um lugar importante na sociedade. Com isso, a educação infantil
passa a ser formalizada em outros espaços, conferindo a essa educação um caráter mais
acadêmico e normalizado. As escolas começaram a justificar as suas ações com base
em princípios científicos que visavam o enquadramento e o controle social.

Conforme explicado, a infância na forma da pedagogia moderna, de acordo com


Baquero & Narodowski (1994, p. 63 citado em Nascimento, 2012, p. 59) O
reconhecimento da infância é um momento em que a criança vê, pensa e sente o mundo
à sua maneira diferente, é considerado o motor da pedagogia moderna. Portanto, o
comportamento do professor neste momento deve ser natural, levando em consideração
as características da infância que indicam diferenças em relação à mente adulta.

Segundo Rousseau (1979), as atividades educativas são centradas na criança,


onde criamos os futuros filhos de acordo com as “leis da natureza” e nos esforçamos
para criar uma sociedade harmoniosa e equilibrada. Em termos sociais, o objetivo da
educação é transformar as crianças em cidadãos. Portanto, a pedagogia toma o conceito
de educação como sua maior tarefa e defende que a educação ocorre no ambiente mais
natural, então a criança ao perceber que no ambiente escolar ela irá encontrar espaços
abertos e estimulantes para o seu próprio desenvolvimento fará da brincadeira uma
prioridade porque as crianças começam a aprender desde o nascimento. Dito isto, a
infância não é simples, pois justifica a necessidade de pensar, na educação infantil o
desenvolvimento psicológico é desenvolvido até a idade adulta, ou seja, a criança neste
caso é vista como um ser único que está vivendo um momento único em sua vida e que
possui certas características diferentes do que se pensava há muito tempo.

No final do século XVIII e início do século XIX, pesquisadores como Maria


Montessora na Itália, fundadora do método Montessori, nascida em 1870 em Montessori
foi médica, educadora, feminista e cientista, tornou-se particularmente conhecido pelas
suas pesquisas científicas e educacionais relacionadas com crianças com deficiência e
doenças do sistema nervoso central, defendendo que estas deveriam receber o mesmo
tratamento educacional que as crianças com deficiência (Habowski, Conte, & Marchese,
2018). O método montessoriano consiste na promoção da autonomia e da liberdade
individual, sempre respeitando os limites do desenvolvimento natural das habilidades
físicas, sociais e psicológicas da criança.

Com a Revolução Industrial, as mulheres passaram a trabalhar fora criando-se


então, a necessidade de um espaço que acolhesse estas crianças enquanto suas mães
estavam trabalhando. Estas instituições tinham somente o intuito de mantê-las limpas,
alimentadas e fora das ruas. As crianças, longe do convívio familiar em tempo integral,
atendidas com cuidados básicos com segurança, alimentação, higiene e acolhida afetiva,
muitas vezes, por pessoas com pouquíssima ou nenhuma profissionalização, eram
cuidadas (assistencialismo) em porões, sem nenhuma estrutura física e pedagógica
(Habowski, Conte & Marchese, 2018).

A industrialização começou no Brasil em meados da década de 1940. Com isso a


oferta de empregos aumentou e, portanto, devido às características das sociedades
tradicionais e aristocráticas, nas quais o papel das mulheres se limitava ao trabalho
doméstico e ao cuidado dos filhos, as mulheres tinham que trabalhar fora de casa, o que
não acontecia até agora. Estas alterações têm impacto direto na estrutura educativa,
criando centros de dia e jardins de infância direcionados para a faixa etária dos 0 aos 6
anos. Dessa forma, a unificação da república, a Revolução Industrial e as mudanças na
estrutura familiar trouxeram grandes mudanças à sociedade brasileira. (Moraes, 2021).

O atendimento institucional à criança pequena no Brasil e no mundo, apresenta ao


longo de sua história concepções bastante divergentes sobre sua finalidade social.
Grande parte destas instituições nasceu com o objetivo de atender exclusivamente às
crianças de baixa renda. O uso de creches e de programas pré-escolares como
estratégia para combater a pobreza e resolver problemas ligados à sobrevivência das
crianças foi durante muitos anos, justificativa para a existência de atendimentos de baixo
custo, com aplicações orçamentárias insuficientes, escassez de recursos materiais;
precariedade de instalações; formação insuficiente de seus profissionais e alta proporção
de crianças por adulto. (Brasil, 1998, p.17).

Relacionando a educação aos detalhes de bem-estar, do desenvolvimento infantil


e considera apenas a função de “cuidado” da criança. Existem muitas experiências de
infância diferentes. Há uma infância protegida pela família e pela sociedade e, no outro
extremo, há uma infância passada à margem da sociedade, sem condições de
sobrevivência e até mesmo utilizada como mão de obra barata.

Conforme Barbosa (2006, p. 15) refere “no Brasil, a partir da década de 1970, a
educação de crianças de 0 a 6 anos adquiriu um novo estatuto no campo das políticas e
das teorias educacionais”

A educação infantil na perspectiva do bem-estar na primeira infância, com o


tempo, isso se torna uma proposta pedagógica aliada ao cuidado, buscando atender as
crianças de formas importantes onde sua singularidade psicológica, emocional, cognitiva
ou física deve ser respeitada.
Devemos reconhecer a educação infantil como espaço de aprendizagem e
conhecimento, criar a necessidade de repensar a relação entre a pedagogia e a
educação infantil, orientada para práticas que visam salvar a infância e promover um
ambiente proposital que promova novas descobertas, levando em consideração
principalmente as fases de desenvolvimento da criança e da bagagem de cada uma

Esta dimensão leva em conta as particularidades do espaço em que se insere a


educação infantil e acomoda as necessidades dos alunos, mas enfatiza principalmente a
importância e o compromisso da educação infantil relacionados ao desenvolvimento
crítico e à autonomia, garantindo o acesso ao conhecimento que as pessoas criaram
historicamente.

No Brasil, a Constituição Federal de 1988 estabeleceu uma visão para as


crianças, incluir a educação infantil na educação básica com as disciplinas certas.
(Brasil, 1988). Esses direitos são regulamentados pela Lei da Criança e do Adolescente
(Lei Federal 8.969/1990), que esclarece o conceito de criança como cidadã. (Brasil,
1990).

Com isso, se evidencia nitidamente a mudança na Educação Infantil, que surgiu


voltada a cumprir uma demanda sanitarista, passou ao longo dos tempos. Na década de
1990, se intensificaram as discussões quanto ao seu real papel, buscando estabelecer
uma identidade própria para esta fase educacional, de modo a afastá-la da função
assistencial, e também da visão de preparatório para o Ensino Fundamental. Sobre este
aspecto, Moraes (2021, p. 83) esclarece que “a escola infantil era concebida como
preparatória, tanto para a escola primária, quanto para a vida, uma vez que era
considerado que a trajetória de vida futura dependia da puerícia e de seu
desenvolvimento.”

Com o passar dos anos, a partir de estudos de pedagogos, psicólogos, médicos e


outros, passou-se a enxergar a infância com outros olhos, modificando-se assim a visão
de educação. (Custódio, 2017).

Esse desenvolvimento tornou-se realidade no Brasil por meio da LDB, portaria nº


9.394/1996 define a educação infantil como o primeiro nível da educação básica
estadual. (Brasil, 1996). Contudo, ainda hoje, implementar uma educação infantil de
qualidade continua a ser um desafio que deve ser superado, assim ganhando a
capacidade de compreender, conhecer e reconhecer o caminho. (KUHLMANN JR., 2011).

Ter a capacidade de compreender, conhecer e reconhecer o caminho é um


grande desafio, principalmente para as crianças. O profissional deve buscar todo o
conhecimento disponível. É uma aprendizagem liderada por adultos que trabalha o
desenvolvimento das crianças, respeitando a sua individualidade e diferenças. (Custódio,
2017).

Neste contexto, as interações das crianças são importantes, pois trabalhar com
seus colegas o colocará no caminho da aquisição de conhecimento. Como sujeitos de
direitos, as crianças têm o direito de se desenvolver num ambiente favorável, sem a
intervenção de quaisquer fatores que possam impedir o seu desenvolvimento e potencial
biológico, emocional e cognitivo. Além de reconhecer a educação infantil como espaço de
aprendizagem e conhecimento, há necessidade de repensar a relação com a educação
infantil. A pedagogia na educação infantil concentra-se em práticas voltadas para a
educação das crianças. (Oliveira, 2013).

Neste conceito, o papel do professor é monitorar, incentivar e a atividade


pedagógica na educação pré-escolar não é impulsionada por processos de ensino e
aprendizagem, mas por processos mais amplos que priorizam e exploram os mais
diversos aspectos cognitivos, estimulando assim o desenvolvimento das crianças, uma
vez que a educação não é o objetivo desta escola. Etapa do ensino primário para
crianças menores de 6 anos.

“A escola de Educação Infantil, na contemporaneidade, contempla um aspecto


fundamental da sociabilidade humana.” (Andrade, 2022, p. 14). Assim, o professor na
Educação Infantil atua como o promotor da experiência social, por meio de um processo
organizado e dirigido, através do qual a criança irá assimilar e apropriar-se, o que vai
repercutir diretamente, não só no seu aprendizado, mas no seu desenvolvimento
psíquico.

Certamente, podemos discutir as concepções e práticas que ainda são


amplamente baseadas no assistencialismo e na educação tradicional na Educação
Infantil. Vamos explorar cada uma dessas abordagens:

1.1.2 Assistencialismo na Educação Infantil:

Definição: O assistencialismo na Educação Infantil refere-se a abordagens que


se concentram predominantemente em fornecer cuidados básicos e atender às
necessidades imediatas das Assistencialismo na Educação Infantil.

Características: Pode envolver práticas centradas na alimentação, higiene e


segurança, sem uma abordagem holística para promover o aprendizado e o
desenvolvimento cognitivo, emocional e social.
Críticas: Críticos argumentam que o assistencialismo isolado não é suficiente
para preparar as crianças para a vida escolar e social, pois negligencia a importância de
estimular a curiosidade, a criatividade e a autonomia.

1.1.3 Educação Tradicional na Educação Infantil:

Definição: A educação tradicional na Educação Infantil se baseia em métodos


pedagógicos mais formais e estruturados, com uma ênfase no ensino direto,
memorização e repetição.

Características: Pode incluir atividades como aulas expositivas, cópias de


textos, avaliações formais e uma abordagem mais centrada no professor, com menos
espaço para a expressão individual e a experimentação.

Críticas: Críticos argumentam que essa abordagem pode restringir a


criatividade, a autonomia e a curiosidade naturais das crianças, limitando seu potencial
de aprendizado por meio da exploração ativa e do jogo.

1.1.4 Desafios e Alternativas:

Desafios: Ambas as abordagens enfrentam críticas por potencialmente limitar o


desenvolvimento integral das crianças, focando demais em aspectos específicos ou
adotando métodos pouco flexíveis.

Alternativas: Abordagens contemporâneas na Educação Infantil promovem


métodos mais interativos, lúdicos e centrados na criança. Isso inclui abordagens
construtivistas, que enfatizam a aprendizagem por meio da exploração e da descoberta, e
pedagogias mais progressistas que consideram a importância do desenvolvimento
emocional e social.

Em muitos casos, a melhor abordagem pode envolver uma combinação


equilibrada de cuidados básicos, aprendizado lúdico e estímulos diretos, levando em
consideração as necessidades individuais de cada criança. O objetivo é proporcionar um
ambiente que promova o desenvolvimento integral, incluindo aspectos cognitivos, sociais,
emocionais e físicos.

1.2. Desempenho e capacitação docente na Educação Infantil

O desempenho e a capacitação docente na Educação Infantil desempenham


papéis fundamentais na construção de uma base sólida para o desenvolvimento das
crianças durante seus primeiros anos de vida. Professores na Educação Infantil
desempenham um papel crucial no modelamento de ambientes educacionais que
favorecem o aprendizado e crescimento das crianças. Para garantir um desempenho
eficaz, é essencial que os professores compreendam as características específicas dessa
faixa etária. Isso inclui a necessidade de aprendizado por meio do jogo, exploração e
interação social.

O envolvimento familiar também é uma dimensão importante do desempenho


docente na Educação Infantil. Professores eficazes trabalham em colaboração com os
pais, mantendo uma comunicação aberta sobre o progresso e as necessidades
individuais das crianças e reconhecem que a colaboração entre escolas e famílias é
essencial para o desenvolvimento holístico das crianças.

A formação de professores desempenha um papel importante na preparação de


professores para enfrentar os desafios específicos da educação infantil. Isto inclui
formação específica que aborda a compreensão do desenvolvimento infantil, métodos de
ensino apropriados e estratégias para resolver problemas comportamentais e
emocionais. A atualização contínua é importante, dados os avanços contínuos na teoria
educacional e nos resultados da pesquisa sobre o desenvolvimento infantil.

Uma abordagem multidisciplinar à formação de professores inclui não apenas


aspectos pedagógicos, mas também fatores sociais, emocionais e de saúde relacionados
com o bem-estar das crianças. Os professores devem estar preparados para
compreender as necessidades das crianças de forma holística, reconhecendo a
importância de apoiar o desenvolvimento social e emocional, bem como de ensinar
conteúdos académicos.

Os desafios que os professores enfrentam na educação infantil, como lidar com


problemas de comportamento e compreender as diferenças individuais, podem ser
superados por meio de estratégias eficazes. Isto inclui a implementação de abordagens
educativas centradas na criança, a construção de parcerias ativas com os pais, o
desenvolvimento de competências de comunicação eficazes e a procura de
oportunidades de formação contínua e de desenvolvimento profissional.

Em resumo, a qualidade da educação infantil está intimamente relacionada ao


desempenho e à formação dos professores. Investir na formação e no apoio contínuo
destes profissionais é essencial para criar experiências educativas ricas e significativas e
fornecer uma base sólida para o desenvolvimento futuro das crianças.

1.2.1 Breve história da formação docente


Os professores estão em formação constante desde o antigo Egito, onde sua
função primordial era o discurso, consequentemente a oratória era essencial para cargos
de prestígio, como membros do conselho. Já na Grécia antiga, os nobres, mestres da
retórica, faziam uso da fala, arte e poemas para compor discursos. Por sua parte, Roma,
na área da educação, mantinha semelhança com Grécia (Romanowski, 2007).

A educação na Idade Média era essencialmente católica, onde no século XVI,


ocorreu a reforma começando assim a organizar o aprendizado. É utilizado coletivamente
em escolas que admitem professores com conteúdo patriótico e fora da ordem religiosa.
Depois, com o advento da Revolução Industrial, as escolas começaram a ser utilizadas
para formar operários e o número de professores aumentou proporcionalmente
(Romanovsky, 2007).

No Brasil, as escolas públicas foram criadas como resultado das reformas


adotadas pelo Marquês de Pombal após a expulsão dos Jesuítas em 1749. Foi criada
uma “classe real” e, com a chegada da corte ao Brasil, foram instituídos diversos cursos
superiores. Com a crescente procura pelo ensino primário, escolas de “leitura e escrita”
de D. Pedro II, surgem preocupações com a formação de professores. Assim, em 1835,
foi criada a primeira escola normal com a finalidade de formar elites (Romanovsky, 2007).

Saviani (2009) explica que a formação de professores teve origem no Brasil, onde
foi separado em termos e princípios de aprendizagem que se desenvolvem em
competências profissionais, destacando que:

A partir do século XIX, a necessidade de universalizar a instrução elementar


conduziu à organização dos sistemas nacionais de ensino. Estes, concebidos como um
conjunto amplo constituído por grande número de escolas organizadas segundo um
mesmo padrão, viram-se diante do problema de formar professores – também em grande
escala – para atuar nas escolas. E o caminho encontrado para equacionar essa questão
foi a criação de escolas normais, de nível médio, para formar professores primários,
atribuindo-se ao nível superior a tarefa de formar os professores secundários. (Saviani,
2009, p.145).

No campo da educação profissional para um novo contexto social, nomeadamente


a formação de professores. (Justino, 2013). Portanto, a sociedade moderna tem várias
características, uma dessas mudanças que afetou todas as áreas do conhecimento,
especialmente a educação.

Meta 15: garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito


Federal e os Municípios, no prazo de 1 (um) ano de vigência deste PNE, política nacional
de formação dos profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do
art. 61 da Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurado que todos os
professores e as professoras da educação básica possuam formação específica de nível
superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam. Meta
16: formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinquenta por cento) dos professores da
educação básica, até o último ano de vigência deste PNE, e garantir a todos(as) os(as)
profissionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação,
considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino.
Meta 17: valorizar os(as) profissionais do magistério das redes públicas de educação
básica, de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos(as) demais profissionais com
escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência deste PNE. (Brasil, 2014).

Completar as disposições do artigo 13.º relativas à responsabilidade para os


professores, a Diretriz e Lei de Bases da Educação Nacional (LDB) possui um capítulo
especial dedicado à formação de profissionais da educação com foco nos professores,
onde o capítulo começa com os fundamentos metodológicos da gestão da educação.

Art. 61. A formação de profissionais da educação, de modo a atender aos


objetivos dos diferentes níveis e modalidades de ensino e as características de cada fase
do desenvolvimento do educando, terá como fundamentos:

I – A associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação em


serviço;
II – Aproveitamento da formação e experiências anteriores em instituições de
ensino e outras atividades. (Brasil, 2006).

Ainda hoje há movimentos a favor da formação adequada para os educadores. É


por isso que Paulo Freire escreve que:

Na formação permanente dos professores, o momento fundamental é o da


reflexão crítica sobre a prática. É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem
que se pode melhorar a próxima prática. O próprio discurso teórico, necessário à reflexão
crítica, tem de ser de tal modo concreto que quase se confunda com a prática. O seu
“distanciamento epistemológico” da prática enquanto objeto de sua análise deve dela
“aproximá-lo” ao máximo (Freire, 2019, p. 40).

Partindo do conceito e da percepção do que são as crianças, o perfil profissional


do professor de educação infantil deve ser multidimensional, pois abrange a temática da
formação e desenvolvimento autónomo com direitos, responsabilidades e exigências
próprias. Em última análise, é necessário construir e realizar um perfil da atividade
educativa rejeitando os estereótipos sobre mulheres e mães que historicamente foram
construídos sobre a profissão docente (Habovskis, Souza e Mārtins, 2020).

Porém, apesar dos processos teóricos do desenvolvimento infantil, compreender


“educação e cuidado” como processos indissociáveis, contrariamente a este
entendimento, as expressões da prática a pedagogia desenvolvida pelos professores
revelou uma desconexão entre esses dois processos. Pode-se, portanto, concluir que a
dicotomia educação/cuidado acaba por assumir dimensões perigosas e destrutivas
porque realça mal-entendidos sobre a forma como as crianças aprendem e se
desenvolvem. Assim, embora as práticas parentais sejam legitimadas como separadas
do processo educativo, as práticas parentais são vistas como prejudiciais ao cuidado.
Segundo Engers, Corrêa & Copetti (2021), no contexto da educação infantil, observa-se
que os educadores concentram suas práticas pedagógicas em temas como aspectos
relacionados à higiene física e bucal, prevenção de acidentes e promoção da saúde
através da educação.

Oliveira (2013) esclarece que as atividades de cuidado pessoal, buscam o


desenvolvimento da autonomia e da autoestima, e podem ser realizadas de forma a
explorar a ludicidade na construção de bons hábitos e regras saudáveis de forma
divertida e adequada ao ‘mundo’ da criança. Afinal, como Didonet (2003, p. 9) afirma:

Não há um conteúdo “educativo” na creche desvinculado dos gestos de cuidar.


Não há um “ensino”, seja um conhecimento ou um hábito, que utilize uma via diferente da
atenção afetuosa, alegre, disponível e promotora da progressiva autonomia da criança.

Nessa concepção, defende-se a ideia de integração entre cuidar e educar como


parcelas indissociáveis da educação na busca de melhor qualidade desta prática na
escola. Com isso, a educação poderá auxiliar no desenvolvimento e contribuir para a
formação de crianças felizes e saudáveis.

Alguns professores da primeira infância têm funções diferentes aspectos do


profissionalismo de um professor para trabalhos educativos, especialmente na área da
educação infantil. A originalidade deste ensino advém das características das próprias
crianças, das características do contexto de trabalho do educador e das características
dos processos e tarefas que realizam (Imbernon, 2010).

As competências utilizadas na educação pré-escolar devem ser orientadas para


um trabalho pedagógico que tenha em conta e valorize as diferentes linguagens que as
crianças utilizam para se expressarem e comunicarem com o seu meio. Moran (2000,
citado em Hickel, 2015, p. 76) afirma:

[...] O professor precisa encontrar-se em sua prática pedagógica, ou seja, realizar


uma análise sistêmica do processo, identificando quais os melhores meios e tecnologias
para atingir seus objetivos. O importante é sempre ampliar e dominar diferentes formas
de comunicação e prática, garantindo assim, que estudantes com diferentes padrões
cognitivos sejam contemplados.

Segundo Oliveira-Formosinho e Kishimoto (2002), essa necessidade existe em


criar uma pedagogia da educação infantil, desenvolvendo programas de formação que
conduzem ao crescimento profissional e pessoal dos professores e promovendo o
desenvolvimento profissional baseado no trabalho educativo e no cuidado infantil de
qualidade.

Com base na Pedagogia Científica, pode-se pensar um professor como um


pesquisador que reconstrói saberes compartilhados entre as crianças, que provoca trocas
de saberes culturais e visões de mundo entre as crianças, o que envolve relações
intersubjetivas que acontecem por meio de situações desafiadoras e questionamentos. O
professor será o facilitador, mediador e problematizador das aprendizagens das crianças
e ao se propor a educar, o próprio professor aprenderá na abertura com o saber delas.
(Habowski, Souza & Martins, 2020, p. 125).

Nesse sentido, Lima e Pimenta (2018, citado em Araújo & Holanda, 2021). Eles
ressaltam que ao pensar em preparar professores para atuar na área de educação infantil
é muito importante considerar pesquisas teóricas e pesquisas sobre infância, educação,
formatos de ensino e metodologias disponíveis, é um recurso que permite a análise
crítica do contexto histórico, social, cultural e organizacional em que a educação se
insere para intervir e mudar esta realidade.

1.1.2 Capacitação e Formação Continuada

A atuação em sala de aula, independentemente da idade dos alunos, é um


desafio, para professores experientes e ainda mais para àqueles que se encontram no
início de suas carreiras. Em se tratando da intenção de auxiliar os professores no início
de suas carreiras, Rabelo e Monteiro (2021, p. 3) comentam que “vários estudos
comprovam que poucas ações inovadoras de apoio ao professor iniciante têm sido
implementadas”.
Em geral, professores em início de carreira se veem sós em sua prática
profissional e em sua permanência nela. Em grande medida, professores iniciantes só
experienciaram a prática profissional durante curtos estágios obrigatórios que não os
preparam para o início da docência, o que gera dificuldades. (Rabelo & Monteiro, 2021, p.
3).

Nesse sentido, Imbernón(2010) enfatiza que o objetivo da formação é desenvolver


uma consciência crítica da aprendizagem, que permita aos professores analisar suas
próprias ações como professores, levando em consideração as atitudes e a imaginação
de cada indivíduo envolvido na educação um processo que estimula prioridades e valores
conflitantes através da aprendizagem e incentiva os participantes a refletirem sobre o que
fizeram como elemento fundamental da relação educativa.

Ocorre que esse modelo de formação remete uma grande descontextualização do


ensino, dos contextos reais dos educadores, pois procurava apresentar uma mesma
solução para problemas educativos e realidades diferentes, afinal, não levava em conta
questões como situação geográfica, social e educativa do professor, ou ainda, quais
eram as circunstâncias do problema educacional (Imbernón, 2010).

Com os avanços que ocorreram ao longo dos tempos, nos mais variados
segmentos, e que alcançaram os saberes pedagógicos, os processos de formação e
capacitação, passaram por modificações. Conforme explicam Rossi e Hunger (2020, p.
315) os momentos de reflexão das práticas educativas, por meio dos quais, se busca
desconstruir a ideia de formação como acumulação de cursos ou técnicas. Esse
processo traz a preocupação com a reconstrução permanente de uma identidade pessoal
e profissional.”

Segundo Imbernón (2010) a mudança não é um processo simples para ninguém


e, como resultado, o que se espera dos professores em formação não é um processo
simples, mas sim complexo e ele continuou explicando:

É complexo, porque se trata de uma mudança nos processos que estão


incorporados, como o conhecimento da matéria, da didática, dos estudantes, dos
contextos, dos valores, etc., que estão ancorados na cultura profissional que atua como
filtro para interpretar a realidade. Para mudar uma cultura tão arraigada na
profissionalização docente, aprendemos que isso requer: tempo (para as mudanças
culturais não vale curto prazo nem pressa); uma base sólida (a incerteza, embora seja
melhor que a certeza, pode ser uma má conselheira às vezes); uma adaptação à
realidade dos professores (à forma de ser, mas também aos contextos, às etapas, aos
níveis, às disciplinas, etc.); um período de experimentação e integração para a mudança,
ou seja, experimentá-la na prática diária e deixar que se integre, interiorize, nas próprias
vivências profissionais. (Imberón, 2010, p. 98).

A Educação Infantil explicada por Araújo & Holanda (2021). Certifica que o
professor e suas atividades lúdicas devem ser focados e incentivados, pois o professor
irá auxiliá-lo nos trabalhos teóricos e práticos, garantindo o desenvolvimento da sua
personalidade durante o processo de aprendizagem da educação pré-escolar.
Gomes et al. (2021, p. 110.209) explicam que “a formação continuada deve
atender às necessidades e desejos desses professores e forçá-los a pensar em novas
metodologias para que as práticas escolares possam ser reinventadas”.

Sobre os cursos de formação, iniciais ou permanentes, Carvalho (2017, p.3) faz


uma crítica, expressando que “[…] não adianta somente redefinir essas palavras; é
necessário contextualizá-las no próprio conteúdo e nas atividades de ensino que os
professores vão trabalhar”. Com isso, cada termo assume um significado específico no
processo de ensino e aprendizagem, tornando-se um conceito. Deste modo, os cursos de
formação continuada se propõem a criar atividades capazes de conduzir o professor à
discussão de novos conceitos, aplicando-os em âmbitos específicos.

A educação não é somente aquilo que os professores ensinam, às infâncias (sem


fala), mas também de um processo espontâneo e coletivo em que incorporam e
aprendem na sua forma e no seu próprio tempo. As crianças aprendem também por
estímulos do ambiente, cabendo aos professores não apenas transmitirem o
conhecimento, mas se disporem a preparar uma série de atividades, levando em
consideração o contexto em que vivem e o pensamento da criança.

Imbernón (2010, p. 30) explica que é necessária formação contínua. No início,


existe um clima de cooperação entre os professores ao ponto de não haver oposição ou
resistência significativa, mas eventualmente, “aqueles que não querem mudar ou que não
questionam o que acham que está a correr bem” não mudam. Em seguida, mencionou
que para oferecer educação é necessária pelo menos uma organização estável no
processo de formação de professores que garanta o respeito, a liderança democrática e a
participação de todos os membros, por fim, contextualizar e acomodar a diversidade
entre os professores envolvidos, reconhecendo que existem diferentes formas de pensar
e agir. Estes requisitos ajudam-nos a abraçar melhor a mudança e a conseguir realmente
maior inovação.
Nesse sentido, a educação continuada é necessidade de todos os/as
professores/as que desenvolvem atividades com crianças, está diretamente relacionada à
atividade docente e é enfatizada nos cursos de formação de professores/as. Porém, não
se resume à participação apenas como ouvinte de cursos, oficinas ou palestras; é
necessário o envolvimento com pesquisa que a leve a refletir e buscar soluções para os
problemas que afetam o cotidiano da escola. Todo conhecimento produzido só tem
eficácia se o professor conseguir inseri-lo em sua dinâmica pessoal e articulá-lo com seu
processo de desenvolvimento. (Andrade, 2022, p. 17- 18).

Corroborando com a ideia de cada vez mais, é fundamental na formação, o


contexto em que se dão as práticas educativas, ou seja, a própria instituição educacional
e a comunidade que a envolve, assumam uma importância decisiva, norteadora dos
trabalhos de capacitação que serão conduzidos. Imbernón (2010, p. 53)

Nesse sentido, o ato de formação contínua melhora gerações o sentido e o


significado das condições para se tornar professor. (Rossi, Ruim, 2020). Além disso, a
Resolução CNE/CEB nº. O artigo 4º de 2010 estipula que “[...] a formação profissional em
educação deve garantir a unificação da identidade profissional, a restauração da imagem
social dos educadores e a autonomia educacional dos indivíduos e dos grupos”. (Brasil,
2010).

Segundo Imbernón (2010, p. 44), “a formação contínua é “Promover o


desenvolvimento pessoal, profissional e institucional dos professores e fortalecer a
colaboração para a mudança de práticas”. Para isso, é importante utilizar metodologias
que promovam a participação ativa dos professores e os estimulem a refletir sobre a
prática que desenvolveram. (Gomes e outros, 2021).

A partir de pesquisas mais atuais sobre formação continuada de docentes, falar


também sobre os desafios da formação, haja vista que o resultado dessa dissertação
será uma proposta de capacitação, estes aspectos teóricos que serão fundamentais para
a análise dos resultados da pesquisa.

1.2.3 Temática da Formação Docente na Educação Infantil:

A temática da formação docente é crucial para aprimorar a qualidade da


Educação Infantil e garantir que os professores estejam preparados para enfrentar os
desafios contemporâneos. A formação docente não apenas molda o desempenho
individual dos educadores, mas também impacta diretamente o desenvolvimento integral
das crianças.
Abordagem Multidisciplinar:

 Importância: Uma formação docente eficaz deve abranger uma abordagem


multidisciplinar, indo além dos aspectos puramente pedagógicos. Isso implica
na compreensão das dimensões sociais, emocionais e de saúde,
reconhecendo a integralidade do desenvolvimento infantil.
 Referencial Atualizado: Incorporar abordagens contemporâneas que
considerem as últimas pesquisas sobre neurociência, psicologia do
desenvolvimento e teorias educacionais inovadoras.

Inclusão e Diversidade:

 Importância: A formação docente deve capacitar os professores a lidar com


a diversidade presente nas salas de aula, seja ela étnica, cultural, de gênero
ou de habilidades. A inclusão é um componente essencial para garantir que
todas as crianças tenham acesso a uma educação de qualidade.
 Referencial Atualizado: Utilizar referências contemporâneas que abordem
as questões de inclusão e diversidade na Educação Infantil, considerando a
evolução das políticas educacionais.

Tecnologia na Educação Infantil:

 Importância: Em um mundo cada vez mais digital, a formação docente deve


incluir o uso responsável e eficaz da tecnologia na Educação Infantil,
reconhecendo seu potencial como ferramenta educacional.
 Referencial Atualizado: Incorporar pesquisas e práticas pedagógicas
atualizadas sobre o uso da tecnologia, garantindo que os professores estejam
alinhados com as últimas tendências e diretrizes educacionais.

Desenvolvimento Socioemocional:

 Importância: Reconhecer a importância do desenvolvimento


socioemocional das crianças na Educação Infantil. A formação docente deve
capacitar os professores a promover ambientes que estimulem as habilidades
emocionais e sociais.
 Referencial Atualizado: Utilizar teorias contemporâneas que enfatizem a
importância do desenvolvimento socioemocional na infância e suas
implicações na aprendizagem.

Referencial Atualizado:
Para garantir a relevância da formação docente, é crucial utilizar um referencial
atualizado que leve em consideração as mudanças nas teorias educacionais,
descobertas científicas e evoluções nas práticas pedagógicas. A consulta a pesquisas
recentes, a participação em workshops e a colaboração com outros profissionais da área
são estratégias eficazes para manter a formação docente alinhada com os desafios e
necessidades atuais da Educação Infantil.

Em síntese, a temática da formação docente na Educação Infantil deve ser


abordada de maneira abrangente, considerando as dimensões multidisciplinares, a
inclusão, o uso da tecnologia e o desenvolvimento socioemocional, enquanto utiliza um
referencial atualizado para garantir a eficácia e relevância das práticas educacionais.

1.3. Metodologias Ativas

Embora muito se fale em metodologias ativas na atualidade, este método não é


uma inovação. Souza e Salvador (2019) informam que pesquisando a respeito de
propostas que indiquem o aprender como um processo ativo, constataram que Sócrates
(469 – 399 a.C.) foi um dos primórdios dessa concepção, pois, seu modo de ensinar se
dava por meio de perguntas, o que exigia dos alunos uma participação mais ativa durante
a aprendizagem.

Soares et al. (2021), sugere que uma metodologia ativa começa com a
necessidade de repensar a sala de aula clássica. Como resultado, a metodologia ativa
centra-se na ideia de que os alunos podem atuar como protagonistas do seu próprio
conhecimento e que o professor é o mediador desse processo. Contribuem para a
formação de alunos mais livres, independentes, autônomos e cooperativos, que se
tornam protagonistas do processo de aprendizagem, e cujos sujeitos não são informados
apenas pelos conteúdos disponibilizados pelo currículo.

Portanto, é importante ressaltar que uma metodologia ativa é o ponto de partida


caminha para processos mais avançados de reflexão, integração cognitiva, generalização
e reinterpretação de novas práticas (Moran, 2015). Segundo a análise de Sombrio &
Pereira (2022, p. 177), “a metodologia ativa visa mudar a lógica da pedagogia liderada
pelo professor por meio de atividades centradas no aluno”, mostrando claramente que
significa uma reinterpretação da visão educacional. É aqui que os alunos são
reconhecidos como um elemento-chave do processo de ensino-aprendizagem.

Silva Filho & Silva (2021) também argumentaram da mesma forma a metodologia
ativa proporciona, na verdade, a capacidade de diálogo e dialética no processo de ensino
e aprendizagem, colocando os alunos no papel de protagonistas. Portanto, como explica
Santos (2019), no caso da metodologia ativa, há alunos ativos e autônomos, por um lado,
e professores atenciosos e orientadores, por outro. As metodologias ativas envolvem os
alunos de forma autêntica na aprendizagem, no pensamento, na pesquisa, na
investigação, no questionamento e na expressão de opiniões. Interaja dinamicamente no
processo, não espere que seu professor lhe apresente tudo quando estiver pronto. É uma
forma de estimular os alunos e motivá-los a aprender de uma forma dinâmica que
conduza a uma verdadeira satisfação e aprendizagem.

Neste contexto, a criança atua como seu próprio agente ativo, onde durante o
desenvolvimento, os professores da primeira infância atuam como mediadores entre os
alunos e seu ambiente. Para isso, além das tarefas e orientações propostas, utilizamos
diversos recursos, incluindo espaço físico próprio da escola, mobiliário, equipamentos e
materiais (Oliveira, 2013).

Soares (2021) afirma que por meio das metodologias ativas, se alcançam novas
perspectivas para a aprendizagem, a qual deixa de ser o mero acúmulo de
conhecimentos, assumindo uma esfera de possibilidades mais abrangentes, em que o
foco principal está em promover o desenvolvimento de habilidades e competências.

Essa visão é apresentada na BNCC (Brasil, 2017, p. 56), que assim determina:

[...] O estímulo ao pensamento criativo, lógico e crítico, por meio da construção e


do fortalecimento da capacidade de fazer perguntas e de avaliar respostas, de
argumentar, de interagir com diversas produções culturais, de fazer uso de tecnologias
de informação e comunicação, possibilita aos alunos ampliar sua compreensão de si
mesmos, do mundo natural e social, das relações dos seres humanos entre si e com a
natureza.

Nesse sentido, Becker (1994) sugere que a metodologia ativa é uma teoria que
fornece uma nova perspectiva sobre a organização e o desenvolvimento da
aprendizagem e uma nova perspectiva sobre o mundo, a vida e as relações sociais.
Segundo Valente, Almeida & Geraldini (2017, p. 464), metodologia ativa pode ser definida
da seguinte forma:

[...] estratégias pedagógicas para criar oportunidades de ensino nas quais os


alunos passam a ter um comportamento mais ativo, envolvendo-os de modo que eles
sejam mais engajados, realizando atividades que possam auxiliar o estabelecimento de
relações com o contexto, o desenvolvimento de estratégias cognitivas e o processo de
construção de conhecimento.
As metodologias ativas utilizam problemas como estratégias, como o ensino-
aprendizagem, que visa atingir e motivar os alunos, começa com a reflexão, a análise e a
pesquisa a partir de um problema e o conecta com a história, para que as descobertas se
tornem importantes (Santos, 2019).

Os problemas podem levar à informação e eles criam conhecimento,


especialmente com o objetivo de resolver impasses e promover o seu próprio
desenvolvimento (Mitre, 2008). Com isso, os alunos assumem um papel cada vez mais
ativo, deixando de ser meros receptores de conteúdos e buscando efetivamente
conhecimentos relevantes para seus problemas e objetivos de aprendizagem, iniciativas
criativas, a curiosidade científica, o espírito de reflexão crítica, a capacidade de
autoavaliação, a cooperação no trabalho em equipe, a responsabilidade, a ética e a
sensibilidade para ajudar são qualidades básicas que devem ser desenvolvidas no perfil
de um indivíduo (Mitre, 2008).

A formação docente na Educação Infantil é uma área dinâmica e em constante


evolução, vital para preparar educadores para os desafios e oportunidades do cenário
educacional contemporâneo. No contexto da diversidade de abordagens pedagógicas,
torna-se essencial proporcionar aos professores uma formação abrangente que incorpore
metodologias ativas, reconhecendo a importância de práticas inovadoras no processo
educativo.

Dentro desse contexto, diversas metodologias ativas têm ganhado destaque. A


pedagogia construtivista, por exemplo, enfatiza a construção ativa do conhecimento pelas
crianças por meio de interações significativas com o ambiente e com os colegas. O
método Montessori, por sua vez, valoriza a autonomia da criança, proporcionando um
ambiente preparado e materiais específicos para estimular a exploração e o aprendizado
independente.

Além disso, a abordagem Reggio Emilia, originária da Itália, destaca a expressão


artística e a comunicação como veículos fundamentais para a aprendizagem,
promovendo a investigação e a descoberta. Outras metodologias, como a pedagogia
Waldorf, ressaltam a importância do desenvolvimento integral da criança, integrando
aspectos emocionais, artísticos e cognitivos em um currículo holisticamente concebido.

A formação docente contemporânea deve, portanto, considerar a riqueza e a


diversidade dessas metodologias ativas, capacitando os educadores a selecionar e
adaptar estratégias de ensino de acordo com as características individuais de seus
alunos e o contexto específico de suas salas de aula. Nesse sentido, a formação docente
não é apenas sobre transmitir conhecimentos, mas também sobre cultivar a capacidade
dos professores de se adaptarem a diferentes contextos e demandas educacionais,
promovendo ambientes de aprendizagem ricos e estimulantes para as crianças.

As metodologias ativas preconizam um paradigma educacional centrado no aluno,


que contrasta com os princípios mais tradicionais da educação. Elas compartilham a
visão de que o aprendizado é um processo ativo, onde o aluno desempenha um papel
central na construção de seu conhecimento, em oposição ao modelo mais tradicional,
que muitas vezes é centrado no professor como detentor do conhecimento.

No contexto das metodologias ativas, destaca-se a pedagogia construtivista, que


enfatiza a ideia de que o conhecimento é construído pelo próprio aluno através de suas
experiências e interações com o ambiente. Essa abordagem reconhece a importância do
pensamento crítico, da resolução de problemas e da aprendizagem significativa,
promovendo a participação ativa do estudante no processo educacional.

A pedagogia Montessori, por sua vez, preconiza a autonomia e a independência


da criança na busca pelo conhecimento. O ambiente de aprendizagem é projetado para
estimular a autodireção e a descoberta, incentivando a iniciativa e a autorregulação por
parte do aluno.

Na abordagem Reggio Emilia, a expressão artística e a comunicação são


consideradas ferramentas fundamentais para a construção do conhecimento. As crianças
são vistas como protagonistas ativos em seu próprio processo de aprendizagem,
envolvendo-se em projetos e investigações que emergem de seus interesses e
curiosidades.

A pedagogia Waldorf destaca o desenvolvimento integral do ser humano,


integrando aspectos emocionais, sociais e cognitivos. Os alunos são incentivados a
participar ativamente de atividades práticas e criativas, reconhecendo que a
aprendizagem vai além da mera assimilação de informações.

Em comum, essas metodologias ativas compartilham a crença fundamental no


papel ativo do aluno na construção de sua aprendizagem. Elas buscam criar ambientes
educacionais que estimulem a curiosidade, a experimentação e a participação ativa,
reconhecendo a singularidade de cada aluno e promovendo uma abordagem mais
personalizada e centrada no desenvolvimento integral. Essa mudança de paradigma visa
não apenas transmitir conhecimento, mas também cultivar habilidades e atitudes que
prepararão os alunos para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo.
1.3.1 Ludicidade e brincar x metodologias ativas na Educação Infantil

As metodologias ativas na educação infantil, desenvolve o processo de brincar


socialmente construído, no qual as crianças aprendem a brincar com outras pessoas
através da sua própria cultura e as suas brincadeiras estão imbuídas dos costumes,
valores e conhecimentos do seu grupo social. Queiroz (2009) revelou que as crianças
brincam desde as sociedades primitivas, utilizando recursos naturais como areia, água,
pedras e árvores para se adaptarem ao mundo objetivo e criarem um mundo simbólico.
Oliveira (2013), destaca que “os jogos contribuem para o equilíbrio emocional das
crianças e promovem o processo de difusão de manifestações sociais” (p. 130).

Segundo Cardoso e Silva (2006), brincar é responsabilidade da criança,


logicamente, os jogos e brinquedos diferem consoante a época e a cultura a que a
criança pertence, mas a sua função como atividade que desempenha um papel
insubstituível na constituição física da criança não se altera e reflete uma oportunidade de
encontro consigo mesmo e com os outros. Destacando esse ponto, Cardoso e Silva
(2006, p. 133) observam que “a brincadeira é considerada uma das atividades mais
importantes da infância”. Eles citam Piaget (1978), Caillois (1990) e Huinzig (1993) como
autores que estudaram a brincadeira e concluíram que “a brincadeira permite o
desenvolvimento individual e a aprendizagem além das atividades naturais das crianças”.
(Cardoso & Silva, 2006, p. 133).

No mesmo sentido, Oliveira (2013, p. 187) explica o seguinte: A brincadeira é o


recurso privilegiado de desenvolvimento da criança pequena por acionar e desenvolver
processos psicológicos — particularmente a memória e a capacidade de expressar
elementos com diferentes linguagens, de representar o mundo por imagens, de tomar o
ponto de vista de um interlocutor e ajustar seus próprios argumentos por meio do
confronto de papéis que nele se estabelece, de ter prazer e de partilhar situações plenas
de emoção e afetividade.

É por meio do brincar que a criança se torna ativa do seu próprio aprendizado, de
maneira que, o “lúdico pode ser utilizado como promotor da aprendizagem nas práticas
escolares, possibilitando a aproximação dos alunos com o conhecimento.” (Soares et al.,
2021, p. 45).

Queiroz (2009, p. 26) relata que nas atividades recreativas, as crianças convertem
seus conhecimentos prévios em conceitos gerais que utilizam quando brincam e ativam
seu pensamento para resolver problemas que são importantes para elas.
[...] ressalta as brincadeiras como propiciando a socialização das crianças, na
medida em que elas permitem a apropriação da cultura infantil e tal apropriação é o
mecanismo pela qual a criança vai selecionando os elementos desta cultura, traduzindo o
universo ambiental da qual fazem parte naquele momento. (Autor, ano, página)

Nem é preciso dizer que brincar não é apenas uma atividade. A diversão é uma
forma de obter informações e respostas e desta forma as crianças desenvolvem
flexibilidade, vontade de experimentar, encontrar novos caminhos, conviver com os
outros, ter confiança, pensar, descobrir, sobreviver e preservar, aprender, ajuda a fazer
suposições, isso significa que surgirão novas oportunidades de vencer.

Segundo Queiroz (2009), as crianças são seres inerentemente lúdicos, brincar é


usado como aprendizagem social e cultural, nesse sentido, Soares et al. (2021) enfatizam
que a brincadeira ocupa um lugar importante na aprendizagem nos ambientes escolares,
especialmente para crianças menores de 3 anos, faixa etária onde a brincadeira e a
realidade ainda não estão separadas.

A ludicidade se expressa de muitas maneiras, sobretudo através dos jogos,


brinquedos e brincadeiras. Em função disso na educação infantil, é através da ludicidade,
jogos cooperativos, a dança e a experimentação como formas de ensinar ativamente as
crianças”, apesar de não as denominarem, especificamente como metodologias ativas.

As atividades lúdicas devem estar associadas aos objetivos da formação integral,


no intuito de proporcionar a aprendizagem da criança, devendo ser articuladas de forma
integrada, conforme a realidade sociocultural da criança, seu estágio de desenvolvimento
e o processo de construção de conhecimentos. (Queiroz, 2009, p. 27).

Santos, Lessa & Arueira (2022) afirmam que o lúdico assume papel importante
nas metodologias ativas em função da sua flexibilidade, já que sua estrutura não é rígida,
de uma forma que, momentos de brincar, não representam simplesmente distração ou
passatempo, e exemplificam que:

[...] a brincadeira de faz de conta, […] é uma atividade séria a partir da qual a
criança aprende e se desenvolve. […] um meio de favorecer seu desenvolvimento motor,
cognitivo, afetivo e como maneira de interagir e respeitar umas as outras. (Santos, Lessa
& Arueira, 2022, p.4).

A metodologia ativa de ensino aprendizagem busca envolvem os alunos tornando-


os protagonistas da arquitetura, pois o conhecimento contribui significativamente no
processo de educação em saúde, principalmente na primeira infância, por meio de
conversas e brincadeiras, (Engers, Corrêa & Copetti (2021).

A importância das metodologias ativas no nível de ensino da Educação Infantil


reside na sua capacidade única de promover um ambiente de aprendizado dinâmico e
adaptado às características específicas das crianças em seus primeiros anos de vida.
Essas abordagens pedagógicas não apenas reconhecem, mas também valorizam a
natureza ativa e curiosa das crianças, proporcionando um papel central para elas na
construção de sua própria aprendizagem.

Em primeiro lugar, as metodologias ativas na Educação Infantil enfatizam o


engajamento direto e prático das crianças com o conhecimento. Por meio de experiências
interativas, como jogos, atividades práticas e projetos, as crianças são incentivadas a
explorar, experimentar e descobrir. Essa abordagem não apenas torna o processo de
aprendizado mais significativo, mas também estimula o desenvolvimento de habilidades
cognitivas, motoras e sociais de forma integrada.

Além disso, ao promover a participação ativa, as metodologias ativas na


Educação Infantil contribuem para o desenvolvimento da autonomia e da iniciativa nas
crianças. Elas aprendem a tomar decisões, resolver problemas e expressar suas ideias
de maneira mais independente, construindo uma base sólida para o desenvolvimento de
habilidades essenciais ao longo da vida.

Outro aspecto relevante é a promoção do desenvolvimento socioemocional.


Metodologias ativas favorecem a interação social, a colaboração e a expressão
emocional, criando um ambiente que valoriza a diversidade e o respeito mútuo. Esse
contexto contribui para o fortalecimento das habilidades socioemocionais das crianças,
como empatia, trabalho em equipe e autoconhecimento.

Além disso, as metodologias ativas na Educação Infantil são particularmente


eficazes na adaptação aos diferentes ritmos de aprendizagem das crianças, respeitando
suas individualidades. Esse enfoque personalizado contribui para a construção de uma
base sólida para o desenvolvimento acadêmico futuro.

Em suma, a importância das metodologias ativas na Educação Infantil reside na


criação de um ambiente de aprendizado que reconhece e potencializa as características
únicas das crianças nessa fase crucial do desenvolvimento. Ao promover a participação
ativa, a autonomia, a interação social e a adaptação às diferentes necessidades, essas
abordagens contribuem significativamente para um desenvolvimento infantil saudável e
abrangente.
As metodologias ativas são abordagens pedagógicas que colocam o aluno no
centro do processo de aprendizagem, promovendo a participação ativa, a autonomia e o
desenvolvimento de habilidades além da simples assimilação de conteúdo. Ao contrário
do modelo tradicional, onde o professor desempenha um papel mais central na
transmissão de conhecimento, as metodologias ativas reconhecem o aluno como um
agente ativo na construção do próprio conhecimento.

Todas as metodologias ativas compartilham a ideia central de que os alunos não


são apenas receptores passivos de informações, mas sim participantes ativos na
construção do próprio conhecimento. Elas visam desenvolver habilidades como
pensamento crítico, resolução de problemas, comunicação eficaz e colaboração,
preparando os alunos não apenas para absorver informações, mas para aplicá-las de
maneira significativa em diversas situações. Essas abordagens reconhecem a
importância de uma educação mais centrada no aluno, que promova a autonomia, a
criatividade e a capacidade de adaptação.

A aplicação de metodologias ativas na educação infantil é crucial para promover o


desenvolvimento integral das crianças, estimulando não apenas o conhecimento
acadêmico, mas também habilidades socioemocionais, criatividade e autonomia. Aqui
estão algumas metodologias ativas adequadas para a educação infantil.

Pedagogia de Projetos: Características as crianças são envolvidas em


projetos temáticos que exploram diferentes áreas de conhecimento. O aprendizado
ocorre de maneira integrada e significativa. Um exemplo prático é desenvolver um projeto
sobre animais, envolvendo pesquisas, artes, dramatização e a criação de um ambiente
interativo na sala de aula.

Aprendizagem Baseada em Brincadeiras: Uma característica é a integração


de conteúdo através de brincadeiras e jogos educativos, proporcionando aprendizado
lúdico e prazeroso. Um exemplo prático é a utilização de jogos que abordem conceitos
matemáticos, como contar, classificar e comparar, de maneira divertida e interativa.

Cantinhos de Aprendizagem: Caracterizada pela organização do ambiente


escolar em diferentes cantinhos temáticos, nos quais as crianças podem explorar
materiais e atividades relacionadas a diferentes áreas do conhecimento. Um exemplo
prático é o cantinho da leitura, cantinho da arte, cantinho da matemática, cada um com
atividades específicas e atrativas.
Aprendizagem Significativa: Suas características é o relacionamento do
conteúdo com experiências prévias das crianças, tornando a aprendizagem mais
significativa. Um exemplo prático é associar conceitos matemáticos simples, como
contagem, ao contexto do cotidiano das crianças, como o número de brinquedos na sala.

Histórias Interativas: Sua característica é a utilização de histórias e contos


como ponto de partida para atividades práticas e exploratórias. Um exemplo prático é
após ler uma história sobre plantas, as crianças podem plantar sementes, observar o
crescimento das plantas e registrar suas descobertas em um diário.

Roda de Conversa: Uma característica é a promoção de diálogos e discussões


em grupo, incentivando a expressão oral, a escuta ativa e o desenvolvimento da
linguagem. Um exemplo prático é a realização de rodas de conversa para compartilhar
experiências, histórias e ideias sobre temas relacionados ao currículo.

Exploração Sensorial: Uma característica é o estímulo aos sentidos das


crianças através de atividades sensoriais que promovem a descoberta e a exploração.
Um exemplo prático é a oferta de materiais com texturas diversas para as crianças
explorarem, como areia, massinha, água, entre outros.

Essas metodologias ativas na educação infantil buscam respeitar a natureza


curiosa e exploratória das crianças, proporcionando um ambiente de aprendizado que
seja ao mesmo tempo desafiador, envolvente e adaptado às suas necessidades e
interesses específicos. Elas são fundamentais para o desenvolvimento integral e para
estabelecer uma base sólida para o aprendizado ao longo da vida.

A utilização de metodologias ativas na educação infantil é de extrema importância


para o desenvolvimento integral das crianças, pois essas abordagens reconhecem e
valorizam a natureza lúdica, curiosa e exploratória da primeira infância. Aqui estão alguns
pontos que destacam a importância dessas metodologias nesse nível de ensino:

Estímulo do Desenvolvimento Cognitivo:

As metodologias ativas na educação infantil proporcionam ambientes de


aprendizagem ricos em estímulos cognitivos. Atividades lúdicas e desafiadoras
contribuem para o desenvolvimento de habilidades cognitivas, como resolução de
problemas, pensamento crítico, observação e classificação.

Promoção da Autonomia:
Ao permitir que as crianças participem ativamente do processo de aprendizagem,
as metodologias ativas incentivam o desenvolvimento da autonomia. Elas aprendem a
fazer escolhas, a tomar decisões e a se tornarem mais independentes, habilidades
essenciais para o seu crescimento.

Desenvolvimento Socioemocional:

As atividades colaborativas, discussões em grupo e interações sociais promovidas


por metodologias ativas contribuem para o desenvolvimento socioemocional das
crianças. Elas aprendem a compartilhar, a resolver conflitos, a expressar emoções e a
construir relações positivas com os colegas.

Aprendizado Significativo:

As metodologias ativas na educação infantil buscam conectar o aprendizado com


a realidade e as experiências das crianças, tornando o conhecimento mais significativo.
Isso favorece a retenção de informações e o estabelecimento de conexões entre os
conceitos aprendidos e o mundo ao seu redor.

Estimulo à Criatividade e Imaginação:

Atividades que envolvem brincadeiras, expressão artística, histórias interativas e


projetos criativos proporcionam um espaço para que as crianças expressem sua
criatividade e imaginem soluções inovadoras. A criatividade é uma habilidade
fundamental que se desenvolve de maneira especial na infância.

Preparação para o Aprendizado Futuro:

Ao desenvolver habilidades como pensamento crítico, colaboração e resolução de


problemas desde cedo, as metodologias ativas preparam as crianças para enfrentar os
desafios do aprendizado futuro. Elas se tornam mais adaptáveis, flexíveis e capazes de
aprender de maneira contínua ao longo da vida.

Desenvolvimento da Linguagem e Comunicação:

Rodas de conversa, atividades de contação de histórias e projetos que envolvem


a expressão oral contribuem para o desenvolvimento da linguagem e da comunicação
das crianças. Isso é fundamental para o sucesso acadêmico e social.

Criação de um Ambiente Positivo de Aprendizagem:


Metodologias ativas criam ambientes de aprendizagem positivos, nos quais as
crianças se sentem motivadas e engajadas. Isso contribui para o desenvolvimento de
uma atitude positiva em relação à escola e ao aprendizado.

Portanto, ao utilizar metodologias ativas na educação infantil, os educadores têm


a oportunidade de nutrir o potencial único de cada criança, criando bases sólidas para um
futuro de aprendizado significativo e bem-sucedido. Essas abordagens respeitam a
individualidade das crianças e reconhecem a importância de cultivar não apenas
conhecimentos acadêmicos, mas também habilidades socioemocionais e a paixão pelo
aprendizado.

1.3.2 Temática de Formação Docente

A formação de professores é um tema fundamental no contexto da educação, pois


está diretamente relacionada à qualidade do ensino e ao desenvolvimento dos alunos. O
tema da formação de professores inclui muitos aspectos inter-relacionados que moldam a
prática pedagógica e têm impacto direto no processo de aprendizagem.

No âmbito da formação de professores, é importante abordar questões


relacionadas à teoria educacional, à metodologia de ensino, à avaliação da
aprendizagem, ao uso da tecnologia em sala de aula e à importância do desenvolvimento
de competências socioemocionais. Além disso, é importante explorar as mudanças nas
necessidades educacionais da sociedade atual e como os educadores podem se adaptar
a essas necessidades em mudança.

Um elemento-chave deste tema é também a reflexão sobre a formação


continuada. Professores devem buscar oportunidades de atualização e aprimoramento ao
longo de suas carreiras, incorporando novas abordagens pedagógicas, estratégias
inovadoras e ferramentas tecnológicas para enriquecer suas práticas de ensino.

A inclusão e diversidade são tópicos cruciais na formação docente, destacando a


importância de promover ambientes inclusivos e equitativos nas salas de aula. Isso
envolve a compreensão das necessidades específicas de cada aluno, o respeito à
diversidade cultural e a implementação de práticas que considerem as diferenças
individuais.

A formação docente não se limita apenas à transmissão de conhecimentos


acadêmicos, mas também abrange o desenvolvimento de habilidades interpessoais,
éticas e de liderança. Professores desempenham um papel fundamental na formação de
cidadãos críticos, responsáveis e participativos na sociedade. É, portanto, importante
abordar estes vários aspectos de forma integrada ao estudar o tema da formação de
professores em textos escritos, destacando a complexidade e a importância deste
processo na melhoria do ensino e do sucesso dos alunos.

Certamente, a temática da formação de professores é bastante ampla e


complexa. Vamos explorar alguns aspectos adicionais que podem enriquecer a discussão
sobre esse tema:

Abordagem Prática e Teórica: A formação de professores deve equilibrar teoria e


prática. Os educadores precisam adquirir conhecimentos teóricos sólidos, mas também
devem estar preparados para aplicar esses conhecimentos de maneira prática em
situações reais de sala de aula. A integração entre teoria e prática contribui para uma
formação mais eficaz.

Aprendizagem ao longo da vida: A formação docente não é um processo


estático, mas sim um compromisso contínuo com a aprendizagem ao longo da vida. Os
professores devem estar abertos a atualizações constantes, participando de cursos,
workshops, seminários e outras atividades que promovam o desenvolvimento
profissional.

Colaboração e Comunidade de Prática: A promoção da colaboração entre


professores e a criação de comunidades de prática são elementos essenciais na
formação docente. A troca de experiências, o compartilhamento de práticas bem-
sucedidas e a discussão de desafios contribuem para um ambiente de aprendizado
colaborativo.

Avaliação Formativa: A formação de professores deve incluir estratégias de


avaliação formativa, permitindo que os educadores recebam feedback contínuo sobre seu
desempenho. Isso não apenas ajuda no aprimoramento individual, mas também contribui
para o desenvolvimento de uma cultura de melhoria constante nas instituições
educacionais.

Ética Profissional: Questões éticas desempenham um papel crucial na formação


docente. Professores devem ser orientados sobre dilemas éticos comuns em sala de
aula, promovendo práticas éticas no ensino, respeitando a diversidade e garantindo a
equidade.

Desenvolvimento de Habilidades socioemocionais: A formação de


professores deve incorporar a importância do desenvolvimento de habilidades
socioemocionais nos alunos. Professores capacitados para lidar com aspectos
emocionais e sociais contribuem para um ambiente educacional mais saudável e
favorável ao aprendizado.

Inovação e Tecnologia Educacional: A formação docente deve incluir o uso


responsável e efetivo da tecnologia na educação. Professores precisam estar atualizados
sobre as últimas tendências tecnológicas e capacitados para integrar ferramentas digitais
de maneira pedagogicamente eficaz.

Autoconhecimento e Bem-estar: A reflexão sobre a prática e o desenvolvimento


do autoconhecimento são aspectos importantes na formação de professores. Além disso,
a promoção do bem-estar emocional é crucial para que os educadores possam
desempenhar seu papel de maneira saudável e equilibrada.

Explorar esses elementos adicionais na temática da formação de professores


proporciona uma visão abrangente e holística desse processo essencial para o
aprimoramento da educação.

CAPÍTULO 2: METODOLOGIA

2.1 Enfoque metodológico

Este estudo foi desenvolvido usando uma abordagem mista e, de acordo com
Paranhos et al. (2016), os métodos mistos caracterizam-se pelo procedimento de coletar,
analisar e combinar métodos quantitativos e qualitativos em um mesmo estudo, de forma
que a interação mútua seja alcançada por meio de diferentes métodos, fornecendo as
seguintes possibilidades.

A pesquisa mista é uma abordagem metodológica que integra elementos


quantitativos e qualitativos no mesmo estudo para proporcionar uma compreensão mais
ampla e profunda de um determinado fenômeno. Esta abordagem combina os aspectos
de coleta e análise de dados típicos da pesquisa quantitativa, buscando dados
numéricos e padrões estatísticos, com métodos qualitativos que exploram aspectos
subjetivos, contextuais e interpretativos.

A pesquisa é descrita como mista porque os temas que estudo são


multifacetados. Ao analisar o projeto de Higiene Bucal na Educação Infantil, percebemos
que era importante compreender não apenas os aspectos a serem mensurados, mas
também o contexto, as percepções e as experiências dos participantes envolvidos.

A integração de abordagens quantitativas e qualitativas permite uma


compreensão mais holística e contextual dos fenómenos relevantes. A recolha de dados
quantitativos utilizando, fornece uma imagem estatística e generalizável das tendências
e relações existentes. Isso é importante para identificar padrões e testar hipóteses que
possam contribuir para o conhecimento científico sobre Higiene Bucal.

Ao mesmo tempo, a recolha de dados qualitativos utilizando métodos qualitativos


permite uma exploração aprofundada das percepções, motivações e experiências dos
participantes. Esta abordagem qualitativa enriquecerá a nossa compreensão dos
contextos sociais, culturais e pessoais que influenciam o fenómeno em estudo.

Em vez de se limitar a uma única perspectiva, a combinação destas abordagens


proporciona uma análise mais abrangente e precisa. Além disso, a triangulação dos
resultados, a comparação e o contraste dos dados quantitativos e qualitativos
contribuirão para a validação e fiabilidade dos resultados.

Ao escolher métodos de investigação mistos, pretendo não apenas responder a


questões específicas de investigação, mas também explorar as nuances e
complexidades do fenómeno de forma holística. Isto fortalecerá a base teórica, a
aplicabilidade prática e a relevância social dos resultados obtidos, enriquecerá o
conhecimento acadêmico e promoverá o progresso na compreensão do Projeto Higiene
Bucal na Educação Infantil.

É necessário compreender os procedimentos metodológicos que norteiam o


estudo. Nessa etapa é apresentado o tipo de pesquisa que foi utilizada, a amostra da
coleta de dados, a análise e interpretação dos dados, de forma que está se constitui
como uma das mais importantes partes do estudo, pois através de uma metodologia bem
feita, é possível alcançar melhores resultados.
2.2 Descrição do contexto, dos participantes ou população e o
período em que a pesquisa foi realizada
a) O contexto da pesquisa

O contexto de desenvolvimento da pesquisa foi no Centro Municipal de Educação


Infantil Professora Hildete, CNPJ 07499292/0001-06, Código do INEP 22023011. Código
do CMEI 44548, localizada na rua Padre Cícero N.º 3690, na Vila São Francisco, zona
sul do município de Teresina-Piauí. A escola está situada em uma área de periferia e tem
uma população de baixa renda, onde a maioria dos moradores trabalham de forma
informal ou desempregados.

Primeiro fale todas as idades que a escola atende, depois especifique a idade de
cada turma/ciclo. Os alunos da turma do maternal tem a idade de 3 anos ou a completar
até 31 de maio. Os alunos da turma do primeiro período com a idade de 4 anos ou a
completar até 31 de maio. A turma do segundo período tem a idade de 5 anos ou a
completar até 31 de maio. As turmas são organizadas conforme orientação dos órgãos
competentes quanto a faixa etária por turma. O período da manhã começa às 07:20h e
termina às 11:20h, o período da tarde começa às 13:00h e termina às 17:00h.

A escola funciona nos turnos manhã e tarde, e atende 150 alunos, na faixa etária
dos 03 aos 06 anos, divididos em 7 turmas. Em cada turma há entre 21 a 25 alunos. A
gestão escolar é democrática, portanto, todas as programações, cronogramas e
atividades são desenvolvidas com a participação de todos os profissionais que ali atuam.

Em termos de infraestrutura, a escola dispõe de salas adequadas para a


Educação Infantil, banheiros para funcionários e para alunos, sendo que os de uso das
crianças é adaptado com trocador e fraldário. Também conta com cozinha e refeitório,
devidamente mobiliados. Além disso, tem sala de vídeo, brinquedoteca, biblioteca,
parquinho interno e externo.

Os alunos que frequentam esta escola moram na comunidade em que a escola


está inserida. Suas famílias são de classe baixa, muitos em situação de vulnerabilidade
social. Seus pais trabalham ao longo do dia, ou estão desempregados, exercendo
atividades informais, sem uma renda fixa, daí a necessidade que as crianças frequentem
a escola, são todos de nacionalidade brasileira.
Na escola atuam 11 professores, sendo que cinco são efetivos e seis são
contratados temporariamente. Estes profissionais trabalham de forma exclusiva nesta
escola, com cargas horárias de 40h semanas, sendo que os professores possuem 1/3
dessa carga horária remunerada destinada a produção de atividades, sem os alunos.

b) Participantes da pesquisa, amostra e período

Desta forma, pode-se afirmar que o estudo teve como sujeitos da pesquisa uma
amostra formada pelos 11 profissionais que atuam nesta escola que trabalharam no
período da pesquisa.

Para Paranhos et al. (2016), a amostras representam elementos importantes na


pesquisa científica é que os pesquisadores coletem informações relacionadas a vários
assuntos de pesquisa, selecionem variáveis analiticamente importantes e conduzam um
projeto de pesquisa. Existem duas razões principais pelas quais os autores usam
amostras. O primeiro diz respeito ao aspecto da poupança de tempo e o segundo diz
respeito à poupança de recursos. Isso porque catalogar informações sobre todas as
observações do universo comum impossibilitaria a pesquisa devido ao tempo consumido
e aos recursos necessários, coleta, tabulação e análise de dados.

Segundo Mattar (1993), uma amostra é uma porção de uma população extrair é
um subconjunto de uma população composto por unidades de observação que devem ter
as mesmas características da população selecionada para participar do estudo.
Segundo Mattar (1993), existem diferentes tipos, de amostras e plano amostral,
no entanto, é necessário distinguir fundamentalmente entre amostras probabilísticas e
amostras não probabilísticas.

Malhotra (2001) explica que a amostragem não probabilística depende de: O


julgamento pessoal do pesquisador é mais importante do que a capacidade de selecionar
os elementos da amostra. Os pesquisadores podem decidir aleatoriamente ou
intencionalmente quais elementos incluir na amostra. Amostras não probabilísticas
podem fornecer boas estimativas das características da população.

O período total que o estudo abrangeu dois meses, ao longo do ano de 2023.
Durante esses meses, ocorreram as coletas e aplicação dos instrumentos da pesquisa
(entrevistas e questionários) e desenvolvimento e apresentação do projeto de
capacitação em metodologias ativas para professores que atuam na Educação Infantil.

2.3 Estudo

Os passos desse estudo seguem uma estrutura básica, aqui estão os passos
gerais desse estudo, com algumas ferramentas e abordagens utilizadas seguidas de
autores relevantes:
Formulação do Problema de Pesquisa: Este é o ponto de partida, onde foi
identificado e define claramente o problema que será investigado. Segundo Gil (2002), a
formulação do problema é crucial para orientar a pesquisa de maneira específica. Dessa
forma o estudo foi norteado com base nos objetivos específicos. Assim, buscando
alcançar as características do desempenho dos professores da escola pesquisada,
investigou-se por meio de um questionário elaborado para este fim, a percepção que a
amostra tem de seu fazer docente.
Revisão Bibliográfica: Antes de iniciar o estudo, foi revisado e feito literaturas
existentes sobre o tema. Autores como Booth, Colomb e Williams (2008) destacam a
importância da revisão bibliográfica para situar a pesquisa no contexto atual do
conhecimento.
Definição Metodológica: Foi feito a escolha a abordagem e os métodos que
seriam utilizados no estudo. Autores como Creswell (2014) fornecem orientações sobre a
escolha de metodologias qualitativas, quantitativas ou mistas, dependendo dos objetivos
da pesquisa. O objetivo era identificar as necessidades de capacitação dos professores
pesquisados, com a utilização das metodologias ativas, foi atingido através do
questionamento sobre as dificuldades que a amostra encontra na sua prática
profissional, assim como aspectos relacionados com opções de capacitação e formação
que estes profissionais tenham participado e tenham acesso. Criando um projeto de
capacitação sobre metodologia ativas, de forma a melhorar o desempenho dos
professores.

Elaboração do Questionário: como a pesquisa envolvia a coleta de dados


por meio de questionários, foi fundamental desenvolver perguntas claras e objetivas.
Segundo Babbie (2016), o questionário deve ser validado para garantir sua
confiabilidade.

Aplicação do Questionário: O questionário foi administrado aos participantes


da pesquisa. Autoras como Fraenkel e Wallen (2008) fornecem insights sobre as
melhores práticas na administração de questionários para garantir a qualidade dos dados
coletados.

Análise de Dados: Após a coleta, os dados foram analisados, com a


Metodologia ativas de maneira mista. Para análise quantitativa, Hair et al. (2010)
oferecem orientações sobre técnicas estatísticas. O objetivo específico é avaliar a
viabilidade e viabilidade do projeto de formação desenvolvido, o que se concretiza
mediante a apresentação do projeto à direção escolar e aos professores que compõem a
escola, que são foco deste estudo. A amostra identifica percepções e opiniões sobre a
contribuição que pode ser dada através da implementação do projeto.

Interpretação dos Resultados: Os resultados foram interpretados à luz da


literatura existente e das questões de pesquisa. Creswell (2014) destaca a importância de
vincular os resultados às questões da pesquisa e propor implicações práticas ou teóricas.

Redação do Relatório Final: Foi descrito o relatório final do estudo. Autores


como Swales (2011) oferecem diretrizes para a redação acadêmica, incluindo a estrutura
do artigo, clareza na apresentação dos resultados e discussão de limitações.

Divulgação dos Resultados: Os resultados do estudo foram compartilhados


com a comunidade acadêmica e/ou profissional. Autores como APA (American
Psychological Association) (2010) fornecem padrões para a apresentação e citação de
resultados em publicações acadêmicas. Trabalhar dessa forma obtém melhores
resultados no desempenho da função, pois propõem uma aprendizagem transformadora
e significativa; diferente do que ocorre com os professores que aplicam uma metodologia
tradicional baseada na repetição e transmissão de conhecimentos de forma rígida, onde
os alunos passivos que buscam aprender por meio da memorização.

2.3.1 Descrição da Coleta de Dados

Uma técnica de coleta de dados é um conjunto de regras ou processos, em


outras palavras, é a parte prática da coleta de dados (Lakatos, Marconi, 2003).

Segundo Cervo e Bervian (2002, p. 48) questionário de pesquisa, “[...] significa:


“Como obter respostas a perguntas usando fórmulas escritas pelos próprios
informantes.” Pode incluir perguntas abertas e/ou fechadas. As respostas abertas
permitem respostas mais ricas e variadas, enquanto as fechadas facilitam a tabulação e
à análise dos dados.
Da mesma forma, Marconi e Lakatos (1996, p. 88) definem questionário
estruturado como “(.) um conjunto de questões estruturadas respondidas por escrito sem
a presença do pesquisador”. Dentre as vantagens dos questionários, algumas se
destacam usar questionários permite alcançar mais pessoas e é mais econômico. A
padronização das perguntas permite uma interpretação mais uniforme por parte dos
entrevistados, o que não só garante a confidencialidade do entrevistado, mas também
facilita a edição e comparação das respostas selecionadas.

A coleta de dados foi uma etapa essencial para avaliar a eficácia das intervenções
propostas e compreender as práticas, conhecimentos e atitudes relacionadas à saúde
bucal dos participantes. Vamos explorar uma descrição geral do processo de coleta de
dados para o projeto de promoção de higiene bucal:

Formulação de Objetivos e Hipóteses: Antes de iniciar a coleta de dados,


foi crucial estabelecer objetivos claros para o projeto, como melhorar a frequência de
escovação entre os participantes. Com base nos objetivos, foi formulado hipóteses
específicas que foram testadas durante a coleta de dados.

Desenvolvimento de Instrumentos de Coletas: Foi Elaborado o


instrumento de coleta de dados (questionários), onde o objetivo era estar alinhado aos
objetivos do projeto. Utilizando dessa forma perguntas específicas sobre práticas de
higiene bucal, conhecimento sobre cuidados dentários e comportamentos relacionados.

Piloto dos Instrumentos: Antes de implementar os instrumentos em larga


escala, realizei um piloto com uma pequena amostra para identificar possíveis problemas,
ajustar perguntas ambíguas e garantir a clareza das instruções.

Coleta de Dados Quantitativos: Realizei a coleta de dados quantitativos por


meio de questionários estruturados. Certifique-se de garantir a confidencialidade e
anonimato das respostas.

Observações Diretas: Complementei os dados quantitativos com observações


diretas.

Avaliação do Ambiente: foi avaliado o ambiente em que ocorreu as práticas de


higiene bucal. Analise a disponibilidade de recursos, como escovas de dentes e pasta
dental, e a adequação das instalações para incentivar a higiene bucal.
Análise de Dados: Realizei a análise dos dados coletados, utilizando métodos
estatísticos para os dados quantitativos e técnicas de análise de conteúdo para dados
qualitativos. Avaliei as hipóteses formuladas no início do projeto são suportadas pelos
dados.

Apresentação dos Resultados: Elaborei um relatório detalhado dos


resultados, destacando descobertas significativas, padrões emergentes e áreas de
melhoria. Com base nos resultados, foram feitas recomendações para aprimorar as
práticas de higiene bucal e promover a conscientização sobre a importância da saúde
bucal.

2.3.2 Descrição das ferramentas ou procedimentos para a análise dos


dados.

A análise e interpretação dos dados de Marconi e Lakatos (2003), fala que os


pesquisadores decidem como descrever e analisar os resultados que esperam obter do
estudo. Nesse sentido, Triviños (1987, p. 160) define a interpretação dos dados da
seguinte forma, visando dar mais significado aos dados passou, então depois de coletar
todos os dados sobre isso é necessário trabalho de desenvolvimento, analisar e
interpretar para encontrar respostas para problemas eu recomendo.

Maximiano (2004) enfatiza que interpretação é decodificação. Trata-se de dar


significado e valor aos estímulos. Um processo cognitivo que transforma a realidade em
padrões reconhecidos por muitas pessoas.

Foram realizadas formas de organização de análise e interpretação dos


resultados obtidos após de usar cada dispositivo de estudo para coletar os dados, a
pesquisadora começou a categorizar as informações obtidas, onde dessa forma as
informações quantitativas foram coletadas em computador por meio do programa Excel,
que também criou tabelas e gráficos com percentuais, tornando a análise dos dados
mais fluida.

A primeira etapa foi a caracterização dos professores, feita por meio de um


questionário utilizado como metodologia a introdução de Higiene Bucal, quanto aos meios
o estudo bibliográfico inicialmente, posteriormente a pesquisa de campo para a
constatação e confrontação dos dados obtidos. E quanto aos fins, a pesquisa de caráter
descritivo, com abordagem qualitativa. Sendo a pesquisa realizada através do estudo de
campo, na qual teve o questionário como instrumento.

Foi uma entrevista estruturada seguindo um modelo de entrevista que se baseia


em um roteiro preestabelecido com as mesmas perguntas para todos os candidatos,
com as principais características da entrevista a imparcialidade e a inflexibilidade, tanto
por parte do recrutador, quanto a do entrevistado. Onde a segunda etapa e possibilitou
ao entrevistado rever suas metodologias utilizadas em sala, identificando a sua
necessidade de uma capacitação voltada para as metodologias ativas. Essas entrevistas
foram semiestruturadas.

2.3.3 Estado do Conhecimento

A investigação na área da educação em higiene oral na educação infantil tornou-


se um importante campo de investigação que visa cultivar hábitos saudáveis desde cedo.
Vários estudos destacam a importância da educação em saúde bucal nas escolas como
uma forma eficaz de prevenir problemas dentários e aumentar a conscientização sobre
práticas adequadas de higiene bucal.

Uma das principais direções de pesquisa concentra-se na eficácia dos programas


de educação especial para crianças em idade pré-escolar. O estudo avaliou a
implementação de estratégias lúdicas e educativas, como jogos, atividades interativas e
histórias, para tornar o aprendizado da higiene bucal mais interessante e acessível às
crianças.

A pesquisa também examina o impacto dos ambientes escolares na promoção da


saúde bucal. Foram avaliados fatores como presença de profissionais qualificados,
disponibilidade de materiais educativos e integração de práticas de higiene bucal no
currículo escolar. O objetivo destes estudos é identificar as melhores práticas para a
criação de ambientes que promovam a formação de hábitos saudáveis desde cedo.

Outra importante área de investigação é a avaliação do impacto da intervenção


precoce na prevenção de doenças bucais em crianças. Por exemplo, foram estudados os
resultados de campanhas supervisionadas de escovagem dentária, do uso de flúor e da
introdução de rotinas regulares de higiene oral nas escolas. Medir o sucesso destas
intervenções ajudará a estabelecer diretrizes de formação mais eficazes.
O estudo também aborda as barreiras à implementação eficaz de programas de
educação em saúde dentária nas escolas, incluindo questões socioeconómicas, culturais
e logísticas. Compreender estas questões é essencial para desenvolver estratégias que
atendam às necessidades específicas de cada comunidade e grupo de crianças. Em
resumo, o principal objetivo da investigação no domínio da educação em higiene oral na
primeira infância é contribuir para a melhoria da saúde oral das crianças, fornecendo
informações valiosas sobre o desenvolvimento de políticas e práticas educativas que
promovam hábitos saudáveis desde a primeira infância.

Seguindo a análise de conteúdo de Bardin é uma abordagem metodológica que


visa extrair significados de um conjunto de texto, tornando-se uma ferramenta útil para
examinar pesquisas sobre higiene bucal na educação infantil. Ao aplicar essa técnica,
alguns elementos-chave da análise de conteúdo foram explorados tais como:

Definição de Objetivos: Identificar os objetivos específicos da análise, como


compreender as percepções das crianças sobre saúde bucal, avaliar a eficácia de
intervenções educacionais ou analisar as barreiras à promoção da saúde bucal.

Seleção de Documentos: a escolhas dos documentos foram relevantes para a


análise, como artigos científicos, relatórios de pesquisa, entrevistas com profissionais de
saúde, ou materiais educativos sobre saúde bucal na educação infantil.

Interpretação e Conclusão: Interpretar os resultados em relação aos objetivos


da análise. Extrair conclusões significativas sobre o estado atual da pesquisa em saúde
bucal na educação infantil e sugira implicações práticas ou áreas para pesquisas futuras.

A análise de conteúdo de Bardin oferece uma estrutura robusta para explorar e


compreender a riqueza de informações disponíveis na área de saúde bucal, contribuindo
para o avanço do conhecimento e práticas eficazes de promoção da saúde bucal na
Educação Infantil.

CAPÍTULO 3: RESULTADOS E DISCUSSÃO


A definição e objetivo principal deste projeto foi a formação de professores
permanentes e temporários em metodologia ativa e uma proposta para melhorar o
desempenho do centro municipal de formação pré-escolar da Professora Hildete em
Teresina, Piauí, Brasil. Observando vários fatores, tais como: Que metodologias os
professores utilizam com mais frequência? As crianças assumem um papel ativo na
construção do seu conhecimento todos os dias na escola? E qual o impacto da educação
na saúde oral das crianças pré-escolares?

Desta forma, procuramos praticar a higiene oral preventiva nas crianças. Isso
ocorreu porque ouve interação constante entre professores e alunos. Para fazer isso com
segurança, os profissionais de odontologia locais podem oferecer educação e
treinamento para a equipe de cuidados infantis e apresentações de saúde bucal para
crianças e pais/responsáveis. Estratégias de prevenção e detecção para reconhecer
potenciais problemas, aliadas ao encaminhamento precoce dos estudantes para
profissionais de saúde bucal, podem prevenir sofrimento significativo nas crianças.

3.1 OS RESULTADOS

Com base nos questionários, entrevistas e observações obtiveram-se informações


importantes para a condução deste estudo. Inicialmente buscou-se identificar o perfil dos
professores que compõem a amostra desta pesquisa. Constatou-se que todos os
pesquisados são do gênero feminino, motivo pelo qual, a partir deste ponto, se faz uso de
linguagem no feminino sempre que se fizer referência à amostra ou aos indivíduos da
pesquisa.

Desse formas as relações Reflexivas e Analíticas sobre observação no projeto de


higiene bucal na educação infantil, buscou-se:

A Integração Curricular e Engajamento das Crianças: Observou-se que a


integração curricular, conectando a promoção da saúde bucal a diversas disciplinas,
resultou em um maior engajamento das crianças. Análise que essa abordagem
multifacetada não apenas enriquece o aprendizado, mas também demonstra a eficácia
de incorporar a saúde bucal em contextos mais amplos, tornando a educação mais
relevante para as crianças.

Atividades Lúdicas e Resultados Comportamentais: As atividades lúdicas


implementadas, como jogos e histórias, demonstraram impacto positivo nos
comportamentos das crianças em relação à higiene bucal. Analisando essa abordagem
criativa não só torna o aprendizado mais divertido, mas também cria associações
positivas, contribuindo para a formação de hábitos saudáveis de maneira mais eficaz.

Participação dos Pais e Sustentabilidade Práticas: A participação dos


pais no projeto foi variável, impactando diretamente a sustentabilidade das práticas de
higiene bucal em casa. Analisando que isso destaca a necessidade de estratégias
específicas para envolver os pais e fortalecer a colaboração escola-família, garantindo a
continuidade dos hábitos saudáveis além do ambiente escolar.

Escovação Supervisionada e Mudanças de Comportamento: As


sessões de escovação supervisionada foram eficazes na demonstração prática das
técnicas corretas, refletindo em mudanças positivas no comportamento das crianças.
Analisando assim que a abordagem prática reforça a importância da modelagem
comportamental, sugerindo que experiências visuais e interativas têm impacto
significativo na aprendizagem de hábitos de higiene bucal.

Avaliação Continua e Adaptação de Estratégias: A implementação de


avaliações contínuas permitiu ajustes nas estratégias conforme necessário para
maximizar o impacto do programa. Analisando que a flexibilidade na adaptação do
projeto com base em avaliações contínuas reflete uma abordagem sensível às
necessidades específicas das crianças, garantindo a eficácia a longo prazo.

Colaboração entre Profissionais da Saúde e Educadores: A colaboração


entre profissionais de saúde bucal e educadores foi percebida como uma força motriz
para o sucesso do projeto. A sinergia entre esses profissionais destaca a importância de
uma abordagem integrada para a promoção da saúde oral na escola, reforçando a ideia
de que a colaboração é fundamental para resultados duradouros.

Essas reflexões e análises destacam a importância de uma abordagem holística,


envolvendo aspectos educativos, práticos e colaborativos para o sucesso de um projeto
de higiene bucal na Educação Infantil. A compreensão desses elementos contribui para o
refinamento contínuo das estratégias, promovendo uma abordagem mais eficaz na
promoção da saúde bucal entre as crianças.

A faixa etária das participantes foi de 26 a 60 anos. Entre elas, 10 têm mais de 35
anos. Todos residem na Vila São Francisco, zona sul do município de Teresina-Piauí-
Brasil, onde está localizada a escola foco deste estudo. Dos 11 profissionais estudados,
05 são professoras em período integral e 06 são estagiárias, todos atuando atualmente
apenas nesta escola. Contudo, quatro das professoras em tempo integral já atuavam na
educação infantil em escolas privadas. A carga horária de todas as disciplinas foi de 40
horas semanais, das quais 13 horas e 20 minutos foram destinadas ao planejamento e
preparação das atividades.

Com relação à formação, das 11 profissionais que responderam esta pesquisa,


verificou-se que 10 têm formação superior em Pedagogia, sendo que dessas, 03 têm
também Pós-graduação, e, somente 01 não tem nível superior concluído, porém, está
cursando o 9º semestre de Pedagogia, conforme se verifica no Gráfico 1.

Gráfico 1 – Formação de cada Docente

Fonte: própria (2023).


Daquelas profissionais que já concluíram o ensino superior, as datas de
conclusão variam de 1993 ao corrente ano, 2023. Com relação ao tempo que trabalham
na Educação Infantil, a pesquisa revelou que 02 profissionais atuam na Educação Infantil
a menos de 01 ano, 01 a menos de 03 anos, 01 a menos de 05 anos, sendo que a
maioria, 06 das pesquisadas trabalha com Educação Infantil a mais de 05 anos, e 01 a
15 anos, como se observa no Gráfico 2.

Gráfico 2 –Tempo de trabalho na área da Educação

Fonte: própria (2023).

Todos as entrevistadas indicaram que geralmente tiveram um bom desempenho


em sala de aula. Esta aula incentiva a participação ativa dos alunos. E no que diz
respeito aos recursos que utilizam para a aprendizagem, a pesquisa constatou que 9 em
cada 11 entrevistados afirmaram utilizar vídeos, 8 afirmaram utilizar smartphones e jogos
educativos e 6 afirmaram utilizar redes sociais. Apenas 01 especialista escolheu
aplicativos que utilizam números, tablets e laptops, e apenas 01 pessoa respondeu que
utiliza outras fontes, conforme mostra o Gráfico 3.

Gráfico 3 – Recursos utilizados na prática pedagógica


Fonte: própria (2023).

Já a investigação quanto aos materiais disponíveis na escola e utilizados


pelas professoras, revelou que todas as professoras têm acesso aos livros didáticos e à
lousa, sendo que 09 acessam aparelhos de som e livros paradidáticos, 08 recorrem a
atividades impressas e brinquedos educativos, 04 fazem uso de computadores, e
somente 02 utilizam a tv, sendo de destas, 01 o faz por meio de agendamento de uso em
dias pré-determinados.

O questionamento relacionado com à base que fundamenta as aulas, 10


professoras responderam que suas aulas são baseadas mais em metodologias
inovadoras, e 01 reconhece que as metodologias tradicionais é que norteiam seu fazer
docente.

A maioria da amostra desta pesquisa, 10 profissionais, revelou que sempre


costuma desenvolver em sala de aula atividades que estimulam a participação ativa dos
alunos, sendo que somente 01 indicou que não tem essa prática ocorre às vezes. Elas
esclareceram que essas atividades podem ser: dinâmicas, jogos participativos e
educativos, como jogos de memória, atividades lúdicas, onde todos possam se envolver
e participarem, contação de histórias, músicas, danças, leitura coletiva, dramatização,
cartazes, resolução de problemas, explicações sobre como fazem cálculos, material
concreto, desafios, brincadeiras com letras, palavras e números.

Em relação às metodologias comumente usadas: Frequência, aprendizagem


baseada em projetos foi utilizada por 9 professores, aulas de exposição foram uma opção
para 6 professores, metodologias como aprendizagem baseada em problemas, sala de
aula invertida e brincadeira foram exploradas por apenas 02 professores e apenas 01
professor usei esse método: Como pode ser observado no Gráfico 4, os alunos sentem-
se protagonistas no processo de aprendizagem.

Gráfico 4 – Metodologias empregadas com mais frequência

Fonte: própria (2023).

Todas as profissionais pesquisadas responderam que consideram adequado o


uso das metodologias ativas na Educação Infantil, sendo que justificaram afirmando que:
“Sim, pois torna a aula mais atrativa”; “Aluno precisa pensar e participar sobre as
atividades propostas”; “É utilizada a participação dos alunos em sala de aula”; “O aluno
fica mais ativo”; “Faz com que o desenvolvimento aconteça com mais agilidade”; “A
aprendizagem é mais efetiva”; “Porque o aluno tem que sentir que ele pode fazer e
construir a maneira de ver seu aprendizado no mundo de forma concreta”.

Com relação às maiores dificuldades encontradas em seu fazer docente, a falta


de estrutura e a falta de apoio tecnológico, foram indicadas por 05 das pesquisadas, a
falta de atualização pedagógica foi relacionada por 02 professores como uma grande
dificuldade, e 01 pesquisada ainda acrescentou que sonha com salas de aulas mais
equipadas com tecnologias para que as crianças sintam que a escola esteja
acompanhando o ritmo da modernidade, que eles muitas vezes, já tem na própria casa,
como se verifica no Gráfico 5.
Gráfico 5 – Maiores dificuldades enfrentadas

Fonte:
própria
(2023).

Da

amostra pesquisada, 06 afirmaram que tem o hábito de registrar seus próprios


conhecimentos construídos ao longo de sua carreira, enquanto que 05 não fazem esses
registros, como se observa no Gráfico 6.

Gráfico 6 – Registro dos próprios conhecimentos construídos

Fonte: própria (2023).


Já com relação ao registro dos conhecimentos
construídos por seus alunos, 07 informaram que costumam fazer, e 05 não fazem, como
se pode verificar no gráfico 7.
Gráfico 7 – Registro dos conhecimentos construídos pelos alunos

Fonte: própria (2023).

A participação em uma formação (curso ou treinamento), aconteceu há menos de


1 ano para todos estes profissionais. Sendo que, todos revelaram que gostariam de
participar de mais eventos de especialização profissional.

Segundo as respostas expressas pelas professoras pesquisadas, as metodologias


ativas são entendidas, como: “Métodos inovadores que facilitam o docente”; “Uma
metodologia que leva o aluno a pensar e participar ativamente, fazendo parte do
processo”; “É a metodologia na qual utiliza da ação e participação do aluno”; “Quando a
criança participa junto com o educador”; “Melhora a qualidade do ensino”; “Metodologia
em que o aluno participa”; “Práticas que professor desenvolve para melhorar a
aprendizagem dos alunos”; “São novas práticas de ensino que incentivam a participação
dos alunos”; “Metodologias que ativem o protagonismo dos alunos”; “São processos de
aprendizagem em que os alunos participam ativamente da construção”; “Que é uma
maneira ou jeito de melhorar o processo ensino aprendizagem, onde o aluno é
protagonista no processo ensino aprendizagem. Melhor dizendo constrói o saber
juntamente com o professor”.

Levando em consideração informações obtidas em pesquisas bibliográficas; os


resultados do estudo de campo são discutidos e um projeto de formação de professores
das escolas estudadas é desenvolvido.
3.2 DISCUSSÃO

3.2.1 Conscientização sobre a Importância da Higiene Bucal na


Educação Infantil

A implementação de atividades educativas visando a conscientização das


crianças sobre a importância da higiene bucal revelou-se essencial para estabelecer uma
base sólida de conhecimento. A categoria "Conscientização" destaca que a construção
de uma compreensão sólida sobre a relevância da higiene bucal é fundamental para o
sucesso a longo prazo do projeto, influenciando diretamente as atitudes das crianças em
relação à saúde oral.

A abordagem voltada para a conscientização sobre a importância da higiene bucal


no projeto desenvolvido na Educação Infantil revelou-se não apenas uma etapa inicial,
mas um pilar essencial para a formação de hábitos saudáveis entre as crianças. Ao
analisarmos esta categoria à luz do projeto, percebemos a relevância de estabelecer uma
compreensão sólida desde cedo.
Refletindo sobre a implementação de atividades educativas, notamos que estas
desempenharam um papel crucial na construção do conhecimento das crianças sobre a
importância da saúde bucal. Autores como Bardin em suas pesquisas sobre educação
em saúde bucal, destacam que a conscientização é um elemento fundamental para a
promoção de comportamentos preventivos.

As atividades desenvolvidas para alcançar esse objetivo foram cuidadosamente


planejadas, levando em consideração a faixa etária das crianças e utilizando métodos
pedagógicos adequados. Foi utilizada uma estratégia de combinação de elementos
visuais, lúdicos e interativos, consistente com a compreensão de Bardin sobre a
importância do envolvimento emocional na aprendizagem.

Análises observacionais mostram que a sensibilização não se limita à


transferência de informação, mas também inclui a criação de atitudes positivas em
relação à higiene oral. Observamos que os autores enfatizam que atitudes positivas
formadas desde cedo contribuem para a formação de um comportamento de longo prazo.

Neste contexto, as atividades recreativas são essenciais, jogos educativos e


histórias interativas não só transmitem conhecimento, mas também estimulam o interesse
das crianças, tornando o aprendizado da higiene bucal uma experiência positiva e
prazerosa. Os métodos lúdicos de aprendizagem, destaca-se a eficácia desta abordagem
na criação de conexões positivas com a aprendizagem.

Portanto, olhando para a categoria de sensibilização para a importância da


higiene oral, o projeto não só desempenha um papel informativo precoce, mas também
cria a base emocional e atitudinal necessária para o desenvolvimento de práticas
saudáveis a longo prazo em crianças pré-escolares. . . Esta abordagem reflexiva reforça
a importância da sensibilização como elemento chave na promoção da saúde oral desde
a primeira infância.

3.2.2 Conscientização sobre as Atividades Lúdicas e Educativas na


Higiene Bucal

A sensibilização para atividades recreativas e educativas tem-se revelado uma


parte importante dos projetos de higiene oral desenvolvidos na educação infantil.
Pensando nesta abordagem, fica claro que as atividades planejadas desempenham um
papel importante na formação de hábitos saudáveis e no incentivo a atitudes positivas
em relação à higiene bucal nas crianças.

A implementação de atividades lúdicas e educativas no contexto deste projeto


baseou-se na compreensão de educadores renomados como Bardin, que enfatiza a
importância de envolver crianças pré-escolares em formas educativas. A adoção desta
estratégia não só facilita a transferência de conhecimentos, mas também torna a
aprendizagem sobre higiene oral uma experiência envolvente.

A sensibilização para as atividades recreativas é um fator importante na


promoção da participação ativa das crianças. Jogos educativos, histórias interativas e
outras abordagens criativas foram cuidadosamente integrados, levando em consideração
a natureza curiosa e exploratória dessa faixa etária, destaca que a aprendizagem
através do jogo não apenas estimula o interesse, mas também fortalece a retenção de
informações.

A observação das atividades lúdicas e educativas evidenciou não apenas a


transmissão de conhecimento técnico sobre higiene bucal, mas também a promoção de
atitudes positivas em relação ao autocuidado. A educação emocional na infância,
destaca que experiências positivas relacionadas à aprendizagem contribuem para o
desenvolvimento de uma atitude proativa em relação à saúde.
Além disso, a análise reflexiva destaca que a conscientização sobre atividades
lúdicas não se restringe apenas às crianças, mas também envolve os educadores. Criar
e implementar atividades interessantes requer um conhecimento profundo da psicologia
infantil e de métodos de ensino eficazes.

Portanto, ao considerar a compreensão das atividades lúdicas e da educação em


higiene bucal na educação infantil, pode-se concluir que esta abordagem não é apenas
instrutiva, mas também inspiradora. Combinando estas dimensões, o projeto não só
fortalece a base de conhecimento das crianças, mas também lança as sementes de
atitudes positivas e práticas de cuidados orais que podem crescer ao longo das suas
vidas.

3.2.3 Participação dos Pais e Sustentabilidade das Práticas da Higiene


Bucal na Educação Infantil

A participação ativa dos pais emergiu como um elemento crucial ao


considerarmos a sustentabilidade das práticas de higiene bucal desenvolvidas na
Educação Infantil. A reflexão sobre essa categoria ressalta que a colaboração entre a
escola e os pais desempenha um papel fundamental na consolidação dos hábitos
saudáveis adquiridos pelas crianças.

A implementação de estratégias para envolver os pais no projeto de higiene bucal


demonstrou resultados variados, destacando a necessidade de uma abordagem
personalizada e sensível à diversidade de contextos familiares. A observação revelou que
famílias participativas desempenharam um papel vital na sustentação das práticas de
higiene bucal em casa, enquanto a falta de envolvimento dos pais pode representar um
desafio na manutenção desses hábitos fora do ambiente escolar. Pois o envolvimento
parental é um fator determinante na formação de hábitos saudáveis em crianças.

A conscientização sobre a importância da participação dos pais não apenas como


espectadores, mas como colaboradores ativos, é crucial para garantir a continuidade das
práticas de higiene bucal fora da escola.

A análise reflexiva também revela que estratégias eficazes para envolver os pais
incluem comunicação transparente e orientações claras sobre como podem apoiar a
higiene bucal em casa. A troca aberta de informações entre educadores e pais é
essencial para criar parcerias bem-sucedidas e sustentáveis.

Além disso, a conscientização sobre a participação dos pais não se limita apenas
à transmissão de informações, mas também à criação de um ambiente que encoraje a
prática da higiene bucal como uma atividade familiar. Estratégias que integram a higiene
bucal às rotinas diárias e incentivam a participação conjunta pais-filhos fortalecem a
sustentabilidade desses hábitos.

Portanto, ao considerar o âmbito do envolvimento dos pais na educação pré-


escolar e a sustentabilidade das práticas de higiene oral, é importante reconhecer que a
colaboração eficaz entre as escolas e os pais é fundamental. A sensibilização para a
importância desta participação não só destaca a nossa responsabilidade partilhada na
promoção da saúde oral, mas também fortalece a base para práticas sustentáveis e
saudáveis para as crianças.

3.2.4 Escovação Supervisionada e Mudanças no Comportamento

A introdução da escovagem dentária supervisionada revelou-se uma


estratégia eficaz no projeto de higiene oral na educação pré-escolar e teve um
impacto significativo na mudança de comportamento das crianças relacionadas
com os cuidados orais. Se você pensar bem, esta categoria mostra que a prática
supervisionada vai além da simples execução técnica e desempenha um papel
importante na formação de hábitos saudáveis e duradouros.

A observação atenta das sessões de escovagem supervisionada mostrou


que esta abordagem prática proporciona uma compreensão mais profunda das
técnicas de escovagem adequadas. As odontopediatrias, enfatizam não só que a
escovação supervisionada ensina técnica adequada, mas também a importância
de dedicar tempo e atenção a esses hábitos diários.

A análise reflexiva também revelou mudanças comportamentais positivas


entre as crianças que participaram das sessões de orientação. Conhecido por
suas pesquisas sobre comportamento infantil, Bardin enfatiza que o aprendizado
prático, principalmente quando supervisionado, cria associações positivas e
constrói atitudes proativas. Enfatizamos que a presença de modelos, bem como
de formadores de profissionais de saúde oral, é muito importante na
sensibilização para a escovagem dentária supervisionada. Observar como as
crianças respondem a este modelo comportamental mostra que a escovagem
supervisionada dos dentes não é apenas uma atividade técnica, mas também
uma experiência social que tem um impacto positivo no comportamento das
crianças.

Além disso, a consideração desta categoria sugere que a escovação


supervisionada não é uma atividade independente, mas sim parte de um processo
educacional mais amplo. Estratégias que combinam escovação supervisionada
com elementos lúdicos, educativos e de participação potencializam os efeitos
positivos na formação de hábitos duradouros.

Portanto, ao considerar a escovação dentária supervisionada e seu


impacto no comportamento das crianças na educação pré-escolar, percebe-se
que essa prática vai além do técnico. Isto torna-se uma experiência formativa que,
ao longo do tempo, molda atitudes e comportamentos em direção a uma higiene
oral saudável e sustentável.

3.2.5 Avaliação Contínua e Adaptação de Estratégias

A incorporação da avaliação contínua e a flexibilidade na adaptação de


estratégias no projeto de higiene bucal na Educação Infantil emerge como um
componente essencial, destacando a importância de uma abordagem dinâmica e
sensível às necessidades em constante evolução das crianças.

A reflexão sobre a categoria de avaliação contínua revela que a implementação


de avaliações periódicas desempenha um papel crucial na compreensão do impacto do
projeto nas práticas de higiene bucal das crianças. Essa prática vai além da simples
medição de conhecimento técnico, pois busca compreender as atitudes, comportamentos
e desafios enfrentados pelas crianças no contexto da higiene bucal.

A análise reflexiva sugere que a avaliação contínua não é uma atividade isolada,
mas uma ferramenta para informar a adaptação de estratégias. As metodologias de
ensino, são uma avaliação contínua, sendo uma fonte valiosa de feedback, permitindo
ajustes precisos e oportunidades de melhoria no decorrer do projeto.

Além disso, a compreensão da adaptação das estratégias destaca a necessidade


de uma abordagem flexível. A observação das respostas das crianças, a eficácia de
métodos de ensino específicos e as mudanças no ambiente escolar são fatores
importantes para orientar a adaptação de estratégias, pois a adaptabilidade é essencial
para otimizar o engajamento e a aprendizagem.

A análise mostra também que a avaliação contínua e a aplicação de estratégias


não se limitam aos aspectos educacionais, mas implicam colaboração entre profissionais
de saúde bucal e educadores. A comunicação aberta e a troca de opiniões entre
especialistas aumentam a eficácia global do projeto.

Portanto, ao considerar a avaliação contínua e a adaptação de estratégias na


higiene bucal da Educação Infantil, a reflexão ressalta que essa abordagem não apenas
melhora a eficácia do projeto, mas também cultiva uma mentalidade de aprendizado
contínuo. Essa dinâmica, centrada nas necessidades das crianças, reforça a ideia de que
a avaliação contínua não é apenas uma ferramenta de medição, mas um motor propulsor
para aprimoramento constante e resultados mais impactantes.

3.2.6 Colaboração entre Profissionais da Saúde e Educadores

A colaboração entre profissionais de saúde e educadores em projetos de higiene


oral infantil é essencial para o sucesso e a sustentabilidade das práticas de higiene oral.
A análise reflexiva destas categorias revela parcerias operacionais, bem como
abordagens integradas que maximizam os benefícios para o desenvolvimento infantil.

Um olhar mais atento a esta colaboração mostra que a sinergia entre


profissionais de saúde dentária e educadores foi a força motriz do sucesso do projeto.
Ao combinar o conhecimento técnico dos profissionais de saúde e a experiência docente
dos professores, criou-se uma abordagem holística que vai além de fornecer
informações sobre higiene bucal. A análise reflexiva mostra que a colaboração eficaz
não se limita à troca de informações, mas também inclui o desenvolvimento de
estratégias integradas. Enfatiza-se que a interação contínua entre profissionais de saúde
e educadores enriquece as abordagens educacionais, proporcionando uma
compreensão mais ampla das necessidades das crianças.
O reconhecimento da colaboração entre profissionais de saúde e educadores
destaca a importância de canais de comunicação eficazes. Reuniões regulares,
workshops conjuntos e um ambiente propício à troca de ideias fortalecem as parcerias,
garantindo que ambas as partes estejam alinhadas nos objetivos e estratégias para
promover a higiene oral.

Além disso, as observações mostram que esta colaboração se estende para além
do ambiente escolar. Incentivar a participação de profissionais de saúde oral em eventos
familiares, como reuniões de pais e professores, pode ter um impacto positivo para além
da sala de aula e construir uma rede de apoio abrangente.

Portanto, ao considerar a colaboração entre profissionais de saúde e educadores


no domínio da higiene oral na educação pré-escolar, é claro que uma tal abordagem
integrada não só otimizará o impacto do projeto, mas também servirá como um modelo
para uma colaboração interdisciplinar valiosa. Esta parceria exemplar não só beneficia
diretamente as crianças em ambientes escolares, mas também promove uma cultura de
saúde oral para além da sala de aula.

3.3 ANALISE DE CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE A IMPORTÂNCIA DA


HIGIENE BUCAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL

A pesquisa de campo evidenciou que as metodologias ativas são consideradas


como importantes e que devem ser aplicadas desde a Educação Infantil. Sendo que, a
pesquisa bibliográfica indicou que são ferramentas que contribuem de modo expressivo
na elaboração de conceitos e significados quando se trata de aprendizagem de crianças,
pois se utilizam do diálogo e da ludicidade, dentre outros recursos. (Engers, Corrêa &
Copetti, 2021). Afinal, a ludicidade se expressas de inúmeras formas (Andrade & Santos,
2020).

Importante mencionar que no contexto pedagógico a ludicidade não representa


de modo algum a falta de planejamento, mas sim, remete à uma percepção do professor
que intencionalmente recorre a este recurso para dar significado à sua prática em
relação à criança. (Souza & Salvador, 2019).

Conforme os resultados obtidos, se constatou que as profissionais pesquisadas,


mesmo dispondo de recursos tecnológicos na escola, como computadores, televisores,
dão preferência para o uso de outros recursos que possibilitam maior interação das
crianças, destacando-se que em sua maioria não fazem uso de aparelhos de televisão
na sua prática docente com a Educação Infantil. Sendo que, quando questionadas sobre
o uso específico de tecnologias, a maioria indicou vídeos com coreografias de danças
infantis e jogos educacionais, o que remete a consideração de que buscam integrar à
criança, levando-a a participar de forma ativa, mesmo quando as tecnologias são
exploradas. Essa condição vem de encontro com a condição de que a base das aulas da
expressiva maioria dessa amostra, ser metodologias inovadoras, em que, por meio de
atividades bem variadas, procuram estimular a participação ativa dos seus alunos.

Neste sentido, a pesquisa bibliográfica destacou que cabe ao professor encontrar


quais são os melhores elementos, recursos e tecnologias a serem utilizados no seu fazer
docente, de forma a garantir o desenvolvimento de todas a potencialidades da criança.
(Hinckel, 2015).

Se ainda pensarmos nos resultados da investigação de campo, os profissionais


que trabalham na educação infantil pareciam frequentar cursos e formações
regularmente, mas todos manifestaram o desejo de participar em mais oportunidades de
formação. Acredito que a formação deve ser contínua e totalmente apoiada por uma
fundamentação teórica que mostre que a formação de professores deve ser objeto de
reflexão crítica e não de proporcionar pedagogia e conteúdo a serem abordados em sala
de aula. Sobre suas atividades de aprendizagem. (Freire, 2019).

Por meio da pesquisa bibliográfica, evidenciou-se que a Educação Infantil é


fundamentada em uma dicotomia formada pelo cuidar e pelo educar. (Engers, Corrêa &
Copetti, 2021). Com base nesta percepção, os planejamentos para esse nível de ensino,
que vai até os 06 anos, costumam trazer atividades voltadas aos cuidados com higiene,
por exemplo. Com a intenção de promover a construção de hábitos saudáveis
adequados às regras sociais. (Oliveira, 2013).

Em função desse aspecto, os professores de Educação Infantil, incluem em suas


práticas pedagógicas temas relacionados com cuidados higiênicos com o corpo, que são
abordados de forma lúdica e repercutem em ações que promovem a saúde. (Engers,
Corrêa & Copetti, 2021).
Assim, por meio de ações que fazem uso da ludicidade, podem ser realizadas
atividades relacionadas com cuidados pessoais, que, além de contribuírem para a
construção de hábitos de saúde, também promovem o desenvolvimento da autonomia e
da autoestima. (Oliveira, 2013).

Neste sentido, entendeu-se pertinente desenvolver um projeto de capacitação


para os professores da escola pesquisada, voltado para o uso de metodologias ativas na
higiene bucal das crianças da Educação Infantil.

3.4 O Projeto de capacitação

Título do projeto:

Metodologias ativas na higiene bucal

Justificativa:

Levando-se em consideração que os alunos da Educação Infantil estão em


estágios de desenvolvimento motor variados, de forma que, algumas crianças
apresentam níveis mais avançados de repertório motor em relação às outras, é
importante que as atividades propostas possibilitem que as crianças desenvolvam
habilidades motoras por meio de brincadeiras, realizando movimentos estabilizadores,
locomotores e manipulativos, inicialmente de forma isolada, para, posteriormente
praticá-los de modo combinado.
Objetivo:

O objetivo geral deste projeto é capacitar os professores de Educação Infantil


para implementar metodologias ativas no ensino de higiene bucal, de modo a promover
uma maior conscientização e adesão de práticas saudáveis entre as crianças, em um
ambiente de aprendizado positivo e participativo.

A ideia central do projeto é familiarizar os professores com os princípios da


higiene bucal e sua importância na infância, introduzindo metodologias ativas de ensino
para serem aplicadas no contexto da Educação Infantil. O projeto apresenta uma série
de sugestões de materiais educativos e atividades práticas relacionadas à higiene bucal
que podem ser desenvolvidas por estes profissionais.
Esta capacitação foi desenvolvida com foco nos profissionais que participaram
da pesquisa de campo do presente estudo, porém, o conteúdo deste projeto, pode ser
adaptado e utilizado por outras instituições de ensino, tanto públicas quanto privadas, de
forma a capacitar os professores de Educação
Infantil.

Metodologia:

A metodologia escolhida para a realização deste projeto de capacitação, envolve


workshops e palestras, presenciais ou online, destinadas a fornecer informações sobre
higiene bucal e metodologias ativas. Além da elaboração de materiais didáticos, como
cartilhas e jogos educativos, que poderão ser usados pelos professores. Também serão
feitas a atividades práticas, em que os professores poderão praticar as metodologias
ativas para ensinar higiene bucal às crianças.
Duração:

O projeto conta com um cronograma inicial com duração de 01 mês, ao longo do


qual ocorrerão 05 encontros. No primeiro será feito o workshop com um dentista infantil,
trazendo informações importantes sobre a saúde bucal das crianças. No segundo
encontro será feita uma palestra sobre metodologias ativas na Educação Infantil. No
terceiro e quartos encontros serão elaborados materiais didáticos. No quinto e último
encontro esses materiais serão utilizados de forma prática, sendo realizada uma
avaliação quanto à sua funcionalidade a partir da ótica das metodologias ativas.
Perspectiva:
Com a realização deste projeto se espera que os professores sejam capacitados
em metodologias ativas para ensinar higiene bucal, de forma que consigam alcançar a
compreensão por parte das crianças sobre a importância da higiene bucal e práticas
saudáveis, o que, pode resultar na redução nas taxas de cárie e outros problemas
bucais entre as crianças. Para tanto, apresenta-se a seguir alguns materiais compõem
esta capacitação.

Cartilha Educativa: Cuidando dos dentes!

Elaborar uma cartilha com ilustrações coloridas e outros desenhos para que as
crianças possam pintar, de dentes, escova de dentes, creme e fio dental. Os textos na
cartilha devem ser curtos e diretos. A cartilha terá 8 folhas, e deverá ser trabalhada em
sala de aula, podendo ser levada para casa.
Conteúdo:
Folha 1: Inicialmente deve explicar sobre a importância de cuidar dos dentes
para manter o sorriso. Apresentar um desenho de um rosto sorridente, com dentes
brancos e saudáveis.
Folha 2: Apresentar por meio de ilustrações os diferentes tipos de dentes, como
os dentes de leite e os dentes permanentes. As crianças aprenderão sobre as funções
de cada tipo de dente e como identificá-los.
Folha 3: Explicar sobre os vilões que podem prejudicar os dentes, como
bactérias e alimentos açucarados, que podem causar cáries e como evitá-los. Deve ter
desenhos de bactérias e alimentos açucarados como vilões, com expressões faciais
engraçadas e travessas, de modo a tornar o conceito mais compreensível para as
crianças.
Folha 4: Ensinar uma rotina de cuidados com os dentes, destacando a
importância de escovar os dentes, usar o fio dental e visitar o dentista regularmente.
Mostrar ilustrações do passo a passo da escovação correta, com uma criança
segurando uma escova de dentes e espuma de pasta de dente, pode ser útil.
Folha 5: Hora de Escovar os Dentes. Exercitar de modo prático a escovação
dos dentes, por meio de uma atividade divertida, incluindo uma música sobre o tema,
que tornará a escovação ainda mais alegre.
Folha 6: Abordar a Alimentação Saudável como elemento que torna os Dentes
Felizes. Mostrar alimentos como, como maçãs, cenouras e leite, que são bons para os
dentes e como fazer escolhas saudáveis.
Folha 7: Explicar que o Dentista é um Amigo que ajuda a manter os dentes
saudáveis. Falar sobre como ocorre uma consulta ao dentista, destacando que não
precisam ter medo. Mostrar ilustrações de dentista sorridente e amigável, de modo a
ajudar a dissipar o medo que as crianças possam ter das visitas ao dentista.
Folha 8: Os cuidados com os dentes todos os dias. Para encerrar a cartilha,
reforce a ideia de que cuidar dos dentes deve ser um hábito diário, incentivando as
crianças a praticarem o que a cartilha apresenta, para garantir um sorriso saudável.
Uma ilustração de uma criança seguindo uma rotina diária de cuidados com os dentes,
desde acordar até dormir.

Jogo de Tabuleiro: Aventurando-se pela boca

O Jogo de Tabuleiro Aventurando-se pela Boca é uma atividade lúdica que tem a
finalidade de promover uma educação para crianças desde a Educação Infantil, sobre a
importância da higiene bucal e cuidados dentários. Trata-se de um jogo divertido e
interativo que ajuda as crianças a aprenderem sobre a saúde bucal enquanto se
divertem.

Faixa etária indicada: Crianças em idade pré-escolar e no ensino fundamental


(aproximadamente de 3 a 10 anos).

Objetivo do jogo: O objetivo do jogo é ensinar às crianças a importância de


escovar os dentes, usar fio dental e ir ao dentista, ao mesmo tempo que melhora as
habilidades cognitivas, como tomada de decisões e resolução de problemas, onde
dessa forma o aluno desenvolve autonomia e coordenação motora fina e ampla.
Elementos do Jogo:

Tabuleiro: Um tabuleiro colorido e atrativo que representa um cenário dental,


com ilustrações de dentes, escovas de dente, fio dental, e cadeiras de dentista.
Peças do Jogo: Cada jogador escolhe uma peça colorida (pode ser em forma
de um personagem ou um dente) para representar seu personagem no tabuleiro.
Cartas de Ação: Um baralho de cartas que contém ações que os jogadores
devem realizar, tais como “Escove os dentes por 2 minutos – avance 02 casas”, “Visite o
dentista – vá até onde está escrito “dentista””, “Evite o consumo de doces – deve pular
até a próxima casa depois de um doce”, “Use o fio dental – avance 03 casas”. As cartas
de ação também podem incluir perguntas relacionadas à higiene bucal, que se a criança
acertar, avança no tabuleiro, se errar, retrocede.
Cartas de Desafio: Um conjunto de cartas que apresentam desafios
específicos relacionados à saúde bucal. Por exemplo, “Você comeu muitos doces hoje.
Volte 2 casas.”
Dado: Um dado com números de 1 a 6 para determinar o movimento dos
jogadores pelo tabuleiro.
Como Jogar:

Cada jogador escolhe uma peça e coloca-a na posição de largada no tabuleiro.


Os jogadores alternam jogando o dado e movem suas peças pelo tabuleiro de
acordo com o número tirado.
Quando um jogador cai em uma casa que corresponde a uma carta de ação, ele
deve pegar uma carta de ação e seguir as instruções.
Se um jogador cair em uma casa que corresponde a uma carta de desafio, ele
deve enfrentar o desafio e seguir suas instruções. Isso pode envolver penalidades ou
recompensas relacionadas à higiene bucal.
O objetivo é chegar à “Casa do Dentista” no final do tabuleiro, onde os jogadores
podem aprender sobre a importância de visitar o dentista regularmente.
Vencedor: O jogo pode ser jogado por tempo determinado ou até que todos os
jogadores alcancem a “Casa do Dentista”. O jogador que chegar lá primeiro ou o
jogador com o melhor cuidado bucal no final do jogo pode ser declarado vencedor.
Benefícios Educacionais:

• Ensina sobre a importância da higiene bucal.

• Promove habilidades de contagem, tomada de decisões e resolução de


problemas.
• Incentiva a aprendizagem através da diversão e da interação social.

• Aborda o medo de ir ao dentista, tornando-o uma experiência positiva.

Este jogo é uma ferramenta eficaz para ensinar às crianças sobre a saúde bucal
de uma forma lúdica e educativa, ao mesmo tempo em que proporciona momentos de
diversão e aprendizado em grupo

Quebra-cabeças de Escovação
O Quebra-cabeças de Escovação é uma ferramenta útil para ilustrar visualmente
os passos corretos da escovação, tornando o aprendizado divertido.
Idade Recomendada: Crianças em idade pré-escolar e no ensino fundamental
(aproximadamente de 3 a 10 anos).
Objetivo: ensinar às crianças a sequência correta e os passos da escovação
dentária, enquanto promove habilidades de resolução de problemas e coordenação
motora fina.
Componentes do Quebra-cabeças:

Painel ou Cartão do Quebra-cabeças: Um painel de tamanho adequado ou


um cartão resistente com uma imagem de uma boca com dentes desenhados.
Os dentes estão separados e numerados para indicar a ordem de escovação.

Peças do Quebra-cabeças: Peças recortadas que representam uma escova


de dente, pasta de dente e fio dental.
Como Jogar:
O painel ou cartão do quebra-cabeças é colocado na mesa.

As peças do quebra-cabeças (escova de dente, pasta de dente e fio dental) são


distribuídas entre as crianças ou jogadores.
As crianças começam a montar o quebra-cabeças, colocando as peças nos
locais corretos para representar a sequência de escovação. Isso envolve colocar a
escova de dente na mão e, em seguida, aplicar a pasta de dente, além de adicionar o fio
dental entre os dentes.
À medida que as crianças montam o quebra-cabeças, elas aprendem e
internalizam a ordem correta dos passos da escovação dental.
Os jogadores podem discutir e verificar entre si se a montagem do quebra-
cabeças está correta.
Vencedor: Não há um vencedor tradicional neste jogo, pois o objetivo principal
é a aprendizagem e a prática da sequência correta da escovação dental.
Benefícios Educacionais:

• Ensina visualmente a sequência correta da escovação dental.

• Reforça a importância da higiene bucal desde uma idade precoce.

• Melhora a coordenação motora fina das crianças.

• Promove habilidades de resolução de problemas e colaboração entre os


jogadores.
O Quebra-cabeças de Escovação é uma maneira eficaz e lúdica de ensinar às
crianças os passos corretos para a escovação dos dentes, incentivando uma prática
saudável de cuidados bucais desde cedo. Além disso, promove o aprendizado ativo e a
compreensão das crianças sobre a importância da higiene bucal.

Jogo da memória de higiene bucal

O Jogo de Memória da Higiene Bucal para crianças é uma ótima maneira de


ensinar aos pequenos a importância dos cuidados dentários de forma divertida e
educativa.

Materiais necessários:

 Papelão ou cartolina para jogar cartas.


 Canetas coloridas decorativas, lápis de cor.
 Tesoura.
 Adesivos.
 Imagens ou ilustrações relacionadas à higiene bucal (por exemplo, escova de
dentes) pasta de dente, fio dental, dentes inteiros.
 Impressora disponível se você não desenhar sozinho mão.
Passos para criar o jogo:

Defina o número de cartas: Decida quantas cartas você deseja incluir no


jogo. Você pode começar com 10 a 20 pares de cartas, dependendo da idade das
crianças.
Desenhe ou imprima as imagens: Desenhe ou imprima as imagens
relacionadas à higiene bucal em cada carta. Certifique-se de ter duas cópias de cada
imagem, pois os jogadores precisam encontrar pares idênticos.
Decore as cartas: Use canetas coloridas, lápis de cor ou outros materiais de
arte para decorar as cartas e torná-las atraentes para as crianças. Por exemplo, você
pode adicionar sorrisos, olhos engraçados ou cores vibrantes.
Escreva instruções: Nas regras do jogo, explique que o objetivo é encontrar
pares de cartas com imagens relacionadas à higiene bucal.
Corte as cartas: Corte todas as cartas cuidadosamente para que elas tenham
o mesmo tamanho e sejam todas iguais.
Misture as cartas: Coloque todas as cartas com a face para baixo em uma
mesa e misture-as bem.
Jogando o jogo: Os jogadores se revezam virando duas cartas por vez,
tentando encontrar pares idênticos.

Se um jogador encontrar um par correspondente, ele retira as cartas da mesa e


ganha um ponto.

Caso contrário, as cartas são viradas de volta para baixo, e o próximo jogador
tenta sua sorte.
O jogo continua até que todas as cartas tenham sido combinadas.

O jogador com o maior número de pares correspondentes no final vence.

Educação durante o jogo: Enquanto as crianças jogam, aproveite a


oportunidade para explicar a importância de cada item de higiene bucal que aparece
nas cartas. Por exemplo, quando uma criança encontra uma carta com uma escova de
dentes, você pode explicar como é importante escovar os dentes após as refeições para
manter os dentes saudáveis.
Prêmios e incentivos: Considere oferecer pequenos prêmios ou incentivos às
crianças que jogarem bem ou que mostrem um bom entendimento dos conceitos de
higiene bucal.
O objetivo principal é tornar a aprendizagem sobre higiene bucal divertida e
envolvente para as crianças. Portanto, encoraje a diversão e a participação ativa
durante o jogo. Este jogo de memória é uma maneira lúdica de ensinar às crianças a
importância dos cuidados com a saúde bucal, enquanto elas se divertem brincando.
Certifique-se de adaptar o jogo à idade e ao nível de compreensão das crianças
envolvidas para obter os melhores resultados

Teatro de Fantoches Odontológicos


O Teatro de Fantoches Odontológicos é uma atividade educativa envolvente
para crianças de até 6 anos que tem como objetivo ensinar conceitos importantes de
higiene bucal de uma maneira divertida e interativa.

Materiais Necessários:

Fantoches: Adquira ou crie fantoches que representem personagens


relacionados à odontologia, como dentes, uma escova de dentes, um tubo de creme
dental e um dentista. Eles podem ser comprados prontos ou feitos à mão com tecido,
feltro ou papelão.
Cenário: Prepare um cenário simples que represente um consultório
odontológico ou uma cena de escovação de dentes. Você pode usar uma
pequena mesa como base e decorá-la com papel colorido, cartolina ou tecido
para criar o ambiente.

História: Elabore uma história curta e envolvente que destaque a importância


da higiene bucal e os passos corretos para escovar os dentes.
Músicas e Efeitos Sonoros: Você pode incorporar músicas e efeitos sonoros
relacionados à história para torná-la mais divertida.
Passo a passo:
Preparação Prévia: Antes de realizar o teatro de fantoches, ensaie a história
com os fantoches e certifique-se de que os movimentos e as vozes dos fantoches
estejam bem ensaiados.
Cenário Montado: Coloque o cenário em um local visível da sala de aula, de
forma que todas as crianças possam ver claramente.
Introdução: Comece explicando para as crianças que elas assistirão a uma
história especial sobre a importância de cuidar dos dentes. Mostre os fantoches e
explique quem são os personagens.
Apresentação da História: Inicie a história com os fantoches, envolvendo as
crianças na trama. Por exemplo, você pode contar a história de um dente chamado
“Dentito” que não gostava de ser escovado, mas que aprendeu a importância disso
quando foi visitar o “Dentista Sorriso”.
Interação: Durante a história, incentive as crianças a participarem respondendo
a perguntas e fazendo gestos de escovação sempre que os personagens escovarem os
dentes.
Ensino de Higiene Bucal: Use a história para ensinar passo a passo como
escovar os dentes corretamente. Demonstre com os fantoches e repita a importância de
escovar após as refeições.
Atenção ao Dentista: Destaque a ideia de que visitar o dentista regularmente
é importante e não deve ser motivo de medo.
Participação das Crianças: Ao longo da história, permita que as crianças
interajam com os fantoches, façam perguntas e expressem suas opiniões sobre a
higiene bucal.
Conclusão: Termine a história com uma mensagem positiva sobre a
importância de cuidar dos dentes e promova a escovação dos dentes após a história.
Discussão: Após o teatro, discuta com as crianças o que aprenderam e
incentive-as a compartilhar suas próprias experiências com a higiene bucal.

Atividade Prática: Para reforçar o aprendizado, proponha uma atividade


prática, como escovar os dentes das escovas de dentes de pelúcia das crianças ou criar
cartões de lembrete para escovar os dentes.
Um teatro de fantoches odontológicos é uma maneira lúdica e eficaz de ensinar
as crianças sobre higiene bucal e promover hábitos saudáveis desde cedo. Certifique-se
de tornar a experiência mais interativa e divertida, para manter o interesse das crianças
e reforçar a importância do cuidado com os dentes.
CONCLUSÕES

Ao chegar ao término desse trabalho de Dissertação, o qual foi construído com a


finalidade de buscar respostas para questões relacionadas ao uso de metodologias
ativas pelos professores da Educação Infantil, como forma de melhorar seu
desempenho profissional, através de estudos teóricos confrontando-os com resultado de
pesquisas in loco de atividades práticas do exercício da docência dos pesquisados na
escola em que trabalham, é possível refletir sobre alguns resultados alcançados.

Levando em conta que a pergunta de pesquisa foi: Como melhorar o


desempenho dos professores estagiários e efetivos com o uso das metodologias ativas,
no contexto do Centro Municipal de Educação Infantil Professora Hildete, em Teresina,
PI? foi possível constatar que a maioria dos pesquisados já vêm utilizando metodologias
ativas no seu fazer docente, porém, isso não significa que a realização de cursos e/ou
projetos de capacitação no melhor uso desses recursos seja dispensável. Ao contrário,
todos os pesquisados indicaram interesse em estar em contínua formação,
reconhecendo que somente dessa forma a educação pode alcançar seus objetivos.

A partir de uma análise mais aprofundada do material obtido por meio dos
questionários aplicados, bem como pela observação na escola, tornou-se possível
chegar a algumas conclusões em relação ao perfil dos professores pesquisados, bem
como a forma que poderia ser elaborado o projeto de capacitação voltado ao uso de
metodologias ativas.

Verificou-se, por exemplo, que todos possuem bons conhecimentos sobre


pedagogia, pois a única professora que não possui nível superior em Pedagogia, está
cursando o nono ano deste curso. Além disso, todos eles costumam participar de
formações frequentemente, inclusive, todos o fizeram a menos de um ano. Todos
reconhecem a importância do uso de metodologias ativas na Educação Infantil como
uma ferramenta para promover uma aprendizagem mais significativa. E mesmo todas
indicando que procuram usar recursos inovadores em suas práticas pedagógicas, ainda
assim, a observação revelou que algumas rotinas do cotidiano escolar acontecem de
forma quase que automática, de forma mecânica, sem a devida interação com as
crianças, ou o uso de qualquer recurso que explore aspectos lúdicos, por exemplo.

Uma situação em que nitidamente se evidencia essa condição descrita, ocorre


no momento da higiene bucal das crianças. Cada turma é conduzida até a pia de
escovação, onde encontram suas escovas já com o creme dental colocado, e são
orientadas a realizarem a higiene de suas bocas. Isso ocorre todos os dias após cada
uma das refeições. No entanto, em momento algum, antes ou depois dessa ação, as
professoras fazem uso de algum recurso lúdico para nortear essa prática.

Com isso, se percebeu que as formações que elas vêm participando, apesar de
contribuírem para a sua construção enquanto profissionais, não estão conseguindo lhes
apresentar formas práticas de usar as teorias a que são apresentadas.

Dentro deste contexto identificado, o projeto a formação descrita neste artigo


atende ao objetivo geral deste trabalho, que é desenvolver um projeto de formação em
metodologia ativa para estagiários e professores permanentes do Centro Municipal de
Educação Infantil Professora Hildete Teresina, Piauí - Brasil.

O projeto preparado descreve algumas das atividades propostas a serem


realizadas, onde para explorar isso, realizamos um estudo com crianças da educação
infantil, utilizando a metodologia ativa do processo de higiene bucal. Claramente, este
projeto não se limita a estas situações e pretende demonstrar que a metodologia
proativa pode ser utilizada numa variedade de situações enfrentadas pelos professores
da pré-escola.
O projeto desenvolvido foi apresentado à direção da escola foco deste estudo,
que o considerou adequado e de fácil aplicação, comprometendo-se a executá-lo com
as profissionais que ali atuam, de modo a capacitá-las para desenvolver com as
crianças o ensino de hábitos de higiene bucal de modo interativo e lúdico.

Assim, após todo o estudo, avaliações das respostas aos questionários,


observações realizadas e pesquisa bibliográfica, pode-se afirmar que a questão
problema deste estudo foi respondida e os objetivos alcançados. Contudo, deixasse
ainda ressaltadas algumas sugestões para a escola, com base nas respostas que a
amostra deu quanto as suas principais dificuldades. Sugere-se que a escola desenvolva
um treinamento prático, com pessoas qualificadas, para o melhor uso das tecnologias
que a escola disponibiliza para uso dos professores como recurso pedagógico para a
Educação Infantil.
Além disso, dificuldades relacionadas a uma estrutura precária por parte da escola
podem ser minimizadas com o desenvolvimento de um projeto com a participação de
todas as professoras, indicando possibilidades de mudanças e melhoramentos para que
se alcance a devida adequação, de modo que, a estrutura deixe de ser considerada uma
grande dificuldade pelas professoras que ali atuam.

Na prática pedagógica é importante a realização de projetos como: O


envolvimento das partes interessadas é alcançado e as escolas podem convidar os pais
e outros membros da comunidade a contribuir dentro das instalações escolares para
bons resultados para o bem público.

Também se sugere a inclusão nos programas de formação que os professores


participam, de atividades como: oficinas pedagógicas, rodas de conversa e treinamentos
a partir das necessidades dos professores. Que amplie a visão do professor
constantemente, principalmente sobre a concepção da criança enquanto protagonista e
autônoma, entendendo-a como sujeito ativo, construtora do seu próprio
desenvolvimento, possuidora de grande capacidade de explorar espaços, fazer escolhas
das brincadeiras, das músicas, dos jogos, dos materiais e do ambiente, favorecendo o
desenvolvimento das diversas linguagens, promovendo práticas de ressignificação do
conhecimento e desenvolvimento de habilidade, bem como considerar as
especificidades afetivas, sociais, emocionais e cognitivas para conceber seu
desenvolvimento integral como lhe é assegurado pela BNCC para crianças de 6 meses a
5 anos e 11 meses.
São necessários esforços promocionais por parte das instituições educativas.
Força das relações sociais entre família e escola praticar a participação ativa diariamente
para todos os envolvidos no processo de aprendizagem leva a comportamentos e
emoções positivas para superar os métodos tradicionais de ensino.

Conseguiu-se vislumbrar professoras que conseguem realizar um trabalho


competente, bem planejado, e que procuram utilizar os recursos de dispõem da melhor
forma que conseguem. São profissionais que reconhecem a condição de que o
professor não deve ser “apenas transmissor de conhecimento”, primando pela
competência técnica e o compromisso político de ajudar na formação de cidadãos, a
partir da escolha de uma teoria que respalde a sua prática, e tendo presente a ideia de
que os alunos precisam ser protagonistas do seu aprender. Que não desistem mesmo
com a escassez de recursos necessários. São profissionais que utilizam também de
pesquisas via internet para ampliar seus conhecimentos na busca por atividades que
promovam metodologias ativas a fim de atender as necessidades do educando.

Por tanto, os desafios continuam para o profissional que busca constantemente


superar seus limites e não se conformar com o sistema educacional arcaico, rígidos e
centralizado na escola tradicional

Contudo, encerra-se esse estudo com a certeza do dever cumprido, afinal, fez-se
o necessário para a realização do mesmo. Apesar disso, cabe mencionar que esta
pesquisa não exauriu o tema, e obviamente, pode ser aprofundado, trazendo ainda mais
melhorias para a educação, as quais, são sempre necessárias. A intenção foi dar
continuidade as propostas de debates, reflexões e contribuir ainda mais com uma
educação de qualidade. As mudanças ainda são enormes que precisam ocorrer nesse
sistema educacional dominado pelo sistema político que dentre outras falhas, não
investe em estruturas adequadas e condizentes com uma Educação Infantil. Não
valoriza o profissional da educação como deveria. Seguimos com confiança em um
futuro melhor para nossas crianças brasileiras que tem na escola um refúgio e abrigo
que muitas vezes não é encontrado em casa.

Esta pesquisa foi relevante para meu crescimento profissional e pessoal. Durante
as coletas de dados conheci professoras comprometidas e dedicadas com o fazer
docente, utilizando do seu próprio salário para proporcionar uma aula e um ambiente
escolar agradável, com métodos de ensino bem planejados que promovam a
participação ativas dos alunos. Adquirir um novo olhar sobre a construção de uma
educação inovadora, com metodologias que favoreçam o pleno desenvolvimento da
criança mediante o planejamento de situações lúdicas e prazerosas, intencionalmente
direcionadas e, complementadas, dependendo da situação de ensino e aprendizagem,
com recursos tecnológicos apropriados. Mergulhei em novos conhecimentos sobre a
criança como ser histórico e de direitos, suas potencialidades, seu desenvolvimento
integral nas diversas linguagens e habilidades. E a construção histórica que a sociedade
fez e está fazendo sobre esse ser chamado criança. As concepções de criança e
infância que tem sido ressignificados ao longo da história de acordo com o contexto
social.

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APÊNDICE

Apêndice A: Questionário sobre Educação Infantil

Olá!
Antes de tudo agradecemos muito pelo seu interesse em colaborar com nossa
pesquisa.
Essa pesquisa tem objetivo acadêmico, ou seja, as informações prestadas aqui
são sigilosas e sua participação é anônima.
Não existe resposta certa ou errada. Queremos saber sua opinião sobre o
trabalho desenvolvido na Educação Infantil.
Essa pesquisa será para obter dados na elaboração do trabalho final do mestrado
em educação.
Obrigada por sua participação.
Ana Maria Brito Silva

1. Qual a sua formação? *


( ) Pedagogia
( ) Magistério
( ) Sou estudante de pedagogia
( ) Sou estudante de licenciatura
( ) Licenciatura
( ) Pós-graduação
Outro:

2. Caso tenha assinado estudante de pedagogia ou licenciatura, digite qual


período está cursando.

Sua resposta

3. Qual é a sua idade? *

Sua resposta

4. Em que ano concluiu o curso de graduação?

Sua resposta

5. Há quanto tempo trabalha na Educação Infantil?


( ) Menos de 1 ano
( ) De 1 a 3 anos
( ) De 3 a 5 anos
( ) Mais de 5 anos
Outro:

6.Você atua em:


( ) Escola pública
( ) Escola particular
( ) Ambas

7. Dos recursos abaixo, quais são utilizados em sua prática? (pode assinalar
mais de uma opção):
( ) Vídeos
( ) Redes sociais
( ) Smartphone
( ) Tablet
( ) Aplicativos
( ) Jogos educacionais
Outro:

8. Você costuma desenvolver em sala de aula atividades que estimulam a


participação ativa dos alunos?
( ) Sempre
( ) Às vezes
( ) Nunca

9. Caso tenha marcado "sempre" ou "às vezes", especifique quais atividades


utiliza:

Sua resposta

10. Quais materiais tecnológicos existem na sua escola que auxiliam o aluno
na aprendizagem em sala aula? (pode escolher mais de uma opção):
( ) Computador
( ) Aparelho de som
( ) Livros didáticos
( ) Livros paradidáticos
( ) Atividades impressas
( ) Lousa
( ) Brinquedos educativos
Outro:

11. Você acredita que suas aulas são baseadas mais em:
( ) Metodologias tradicionais
( ) Metodologias inovadoras

12. Quais metodologias costuma empregar com frequência?


( ) Aprendizagem baseada em projetos
( ) Aprendizagem baseada em problemas
( ) Aula investida( Flipped Classroom)
( ) Gamificação
( ) Aula expositiva
Outro:
13. Você considera adequado o uso das metodologias ativas na Educação
Infantil?
( ) Sim
( ) Não

14. Justifique rapidamente sua resposta.

Sua resposta

15.Quais são as maiores dificuldades em seu fazer docente?


( ) Falta de estrutura
( ) Falta de apoio tecnológico
( ) Falta de atualização pedagógica
Outro:

16. Você tem o hábito de registrar seus próprios conhecimentos construídos


ao longo de sua carreira?
( ) Sim
( ) Não

17. Você tem hábito de registrar os conhecimentos construídos por seus


alunos?
( ) Sim
( ) Não

18. Há quanto tempo atrás você participou de uma formação (curso ou


treinamento)?
( ) Há menos de 1 ano
( ) Entre 1 ano e 2 anos
( ) Há mais de 2 anos

19. Você gostaria de participar de mais eventos de especialização


profissional?
( ) Sim
( ) Não

20. O que você entende por Metodologias Ativas?


Sua resposta

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