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INFORMÁTICA

BANCO DE DADOS
Professor Léo Matos
1. CONCEITO
Um Banco de Dados é uma coleção de dados
relacionados.
1.1 SGBD
É uma coleção de ferramentas e programas que
permitem aos usuários a criação do banco de dados
e a manipulação dos seus registros.

Exemplos: Oracle, MySql, PostgreSQL, Microsoft


Access, Microsoft SQL Server
FUNÇÕES DE UM SGBD
• Definição, construção, manipulação e compartilhamento de bancos
de dados entre diversos usuários e aplicações.
• Proteção do banco de dados.
• Manutenção e evolução.
• Controle de redundâncias.
• Backup e recuperação.
• Múltiplas Interfaces para o usuário.
• Integridade referencial (regras de negócio).
1.1 BANCO DE DADOS RELACIONAL
Organiza os dados em tabelas (relações), formadas por
linhas e colunas.
Nome: João
Sobrenome: Silva
Idade: 38
Profissão: Engenheiro
Nome: Alice
Sobrenome: Silva
Idade: 14
Profissão: Estudante
Nome Sobrenome Idade Profissão
• Na terminologia do modelo relacional, uma linha é
chamada de tupla.

• Uma coluna é chamada de atributo.

• A tabela é chamada de relação.

• O tipo de dados que descreve os tipos de valores


que podem aparecer em cada coluna é chamado de
domínio.
a) Chave primária (primary key)
São colunas “campos” nas tabelas que aceitam somente
um valor único e não podem ter valores nulos. Por
exemplo, CPF do funcionário na tabela Funcionário.
b) Chave estrangeira ou externa
São colunas “campos” nas tabelas que são cópias de outras
colunas “campos” de tabelas relacionadas e que podem ter
valores nulos. Por exemplo, CPF do funcionário na tabela
Dependente que é relacionada à tabela Funcionário.
Chave Primária

Tabela Clientes

Chave estrangeira

Tabela Dependentes
c) Chave Candidata
São super-chaves de tamanho mínimo, candidatas a serem
chaves primárias da relação. Ou seja, atributo ou conjunto de
atributos que permitem identificar de forma inequívoca
qualquer tupla dessa relação.
DESENVOLVIMENTO UM SBD
Análise de requisitos

Modelo Conceitual

Modelo Lógico

Modelo Físico
1.2 MODELAGEM DE DADOS

Modelar significa criar um modelo que explique as


características de funcionamento e comportamento de um
banco de dados a partir do qual ele será criado, facilitando
seu entendimento e seu projeto, através das
características principais que evitarão erros de
programação, projeto e funcionamento.
a) Modelo Conceitual
É o modelo de mais alto nível, ou seja, que esta mais próximo
da realidade dos usuários. O nível conceitual é desenvolvido
com alto nível de abstração, a partir dos requisitos do
sistema, extraídos na fase de levantamento de requisitos.
Registra QUE dados podem aparecer no banco, mas não registra
COMO estes dados estão armazenados no SGBD.
DER (DIAGRAMAS DO MODELO ENTIDADE E
RELACIONAMENTO)

Entidades

Atributos

Relacionamentos

Ligações
Entidades
É um objeto ou evento do mundo real sobre o qual
desejamos manter um registro. Uma entidade pode
ter existência física ou abstrata.
Atributos
É uma propriedade elementar (característica) de uma Entidade ou
de um Relacionamento que, de alguma forma, os descreve ou
identifica. Por exemplo: funcionário tem nome, endereço etc.; livro
tem ISBN, autor, título etc..
Tipos de Atributos
• Simples
• Composto
• Multivalorado
• Determinante
• Derivado
Relacionamentos
São as associações lógicas entre as entidades.

Funcionário Vinculo Dependente


Grau de um Relacionamento
O Grau determina quantas entidades participam de um
relacionamento.

São eles: Unário (recursivo, alto relacionamento),


Binário e Ternário.
Unário (recursivo, grau 1)
uma entidade se relaciona com ela
mesma.

Funcionário Gerencia Pessoa Casamento


Relacionamento binário (grau 2)

é um relacionamento que liga dois tipos diferentes de


entidades. É o mais comum dos tipos de relacionamentos.

Vendedor Vende Produto

Aluno Faz Curso


Relacionamento ternário (grau 3)
é um relacionamento em que três entidades estão
interligadas por um mesmo relacionamento.

Cliente Pedido Vendedor

Tipo de Pagamento
Cardinalidade
A Cardinalidade indica quantas ocorrências de uma Entidade
participam do relacionamento.
Tipos de cardinalidade quanto ao relacionamento:
• UM para MUITOS (1:N)
• UM para UM (1:1)
• MUITOS para MUITOS (N:M).
Um-para-Um (1:1)
Indica que uma ocorrência da entidade A pode se
relacionar exclusivamente com uma ocorrência da
entidade B e vice versa.

1 1
Gerente Chefia Seção
Um-para-Muitos (1:n)
Uma ocorrência da entidade A pode se relacionar com
várias ocorrências da entidade B, porém o inverso não
é permitido.
1 N
Seção Trabalha Funcionário
Muitos-para-Muitos (n:m)
Um registro da tabela primária pode se corresponder
com vários registros da tabela secundária. De igual
modo, cada registro da tabela secundária pode estar
relacionado a vários registros da tabela primária.

N M
Cliente Compra Produto
Cardinalidade mínima e máxima
(Restrição de Cardinalidade)
Entidade Associativa
Uma entidade associativa é um termo usado na teoria
relacional e de entidade-relacionamento. Um banco de
dados relacional requer a implementação de uma relação
base para resolver relacionamentos muitos-para-muitos.
Uma relação base que representa este tipo de entidade é
chamada, informalmente, de "tabela associativa“.
N M
Cliente Compra Produto
Entidade-tipo fraca
Representa um conjunto de entidades que não possuem
existência independente, ou seja, dependem da existência de
alguma outra entidade-tipo "forte" relacionada com a mesma.
Exemplo: um funcionário possui dependentes. Um funcionário
(entidade-tipo forte) pode “existir” independentemente da
"existência" de dependentes (entidade-tipo fraca).

Funcionário Vinculo Dependente


b) Modelo Lógico
Descreve como os
dados serão
armazenados no banco
e também seus
relacionamentos.
• Definição de chaves
• Normalização
• integridade referencial
NOTAÇÃO DE BACHMAN
NOTAÇÃO É DE GALINHA (JAMES MARTIN)
DIAGRAMA DE TABELAS
c) Modelo Físico
Descreve, por meio de alguma linguagem, como será feita a
armazenagem no banco. Nesse nível se escolhe qual Sistema
gerenciador de Banco de dados (SGBD) será usado, levando
em consideração o modelo lógico adotado.
• SGBD já escolhido
• Tipos de dados
• Tamanho dos campos
• Restrições
1.4 PARTICIPAÇÃO PARCIAL E TOTAL

a) Participação Total
Empregado somente pode existir se estiver relacionado com algum
departamento.

b) Participação Parcial
Departamento pode existir mesmo não tendo nenhum empregado
(Participação Parcial).

Empregado Trabalha Departamento


1.5 GENERALIZAÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO
A generalização e a especiaização são conceitos usados para representar
objetos do mundo real que possuem os mesmos atributos e que podem
ser categorizados e que podem ser representados em uma hierarquia que
mostra as dependências entre entidades de uma mesma categoria.
1.6 NORMALIZAÇÃO

Normalização é um processo baseado nas chamadas formas


normais. Uma forma normal é uma regra para ser aplicada na
construção das tabelas do banco de dados para que estas
fiquem bem projetadas.

Objetivo: evitar anomalias e informações redundantes no


projeto de banco de dados.
Primeira Forma Normal (1FN)

Uma tabela deve possuir:


• Apenas valores atômicos.
• Não há grupos de atributos repetidos.
• Existe uma chave primária (Candidata).
• Não possui atributos multivalorados, compostos ou relações
aninhadas (uma tabela dentro da outra).
tabela_cliente

cod_cliente Nome Endereço Cep *Telefone


1989 João Santana Rua Anchieta, 35 - Sé - São Paulo / SP 72230-256 328393992
374752848
2344 César Ferreira R. Aurora, 451, Santa Efigênia, região central 73455-256 328393992
1245 Juliana Rio de Janeiro. Sede. Rua Félix da Cunha, 41 - 20260-300 345552353
Sebastiana Tijuca.RJ
1FN aplicada
tabela_cliente
cod_cliente Nome Sobrenome Cidade Estado Endereço Cep
1989 João Santana São Paulo São Paulo Rua Anchieta Sé 35 72230-256
2344 César R. Aurora, 451, Santa Efigênia, região central 73455-256
Ferreira São Paulo São Paulo
1245 Juliana Rua Félix da Cunha, 41 20260-300
Sebastiana Tijuca Rio de Janeiro

tabela_telefone
cod_cliente Telefone
1989 328393992
1989 374752848
2344 328393992
1245 345552353
Segunda Forma Normal
(2FN)
Uma tabela está na 2ª forma normal se:
• Tiver passado pela 1FN.
• Todos os atributos não chave forem dependentes de todas as
partes da chave primária.
• Não existam dependências parciais.
Os passos para se chegar a 2FN são:
• Identificar todos os atributos que não sejam dependentes
de toda a chave primária.
• Retirar estes atributos da entidade.
• Criar uma nova entidade com estes atributos.
tabela_peças
cod_peça cod_fornecedor Estado_Fornecedor Qtde_estoque Telefone_Fornecedor Qtde_caixas
290 123 São Paulo 445 997979575 45
224 454 Brasília 456 798989898 42
425 123 São Paulo 545 985647868 51
2FN aplicada
tabela_peças
cod_peça cod_fornecedor Qtde_estoque Qtde_caixas
290 123 445 45
224 454 456 42
425 123 545 51

tabela_fornecedor

cod_fornecedor Estado_Fornecedor Telefone_Fornecedor


123 São Paulo 997979575
454 Brasília 798989898
123 São Paulo 985647868
Primeira Forma Normal
(3FN)
Uma tabela está na forma normal se:
• Tiver passado pela 2FN.
• Não existirem dependências transitivas (nenhum atributo não
chave, pode depender de outro atributo não chave).
Os passos para se chegar a 3FN são:
• Identificar atributos não chave, que descrevem ou
dependem de outros atributos que não são chave.
• Remover estes atributos da entidade.
• Criar uma nova entidade com os atributos identificados.
3FN aplicada
tabela_pedidos

num_pedido cod_atendente nome_atendente cod_curso curso data_pedido


1 1 Carlos 234 Designer Gráfico 10/01/2018
2 2 Cleyton 234 Designer Gráfico 02/02/2018
3 2 Cleyton 212 Web Designer 03/02/2018
3FN aplicada
tabela_pedidos

num_pedido cod_atendente cod_curso data_pedido


1 1 234 10/01/2018
2 2 234 02/02/2018
3 2 212 03/02/2018

tabela_atendente tabela_curso
cod_atendente nome_atendente cod_curso curso
1 Carlos 234 Designer Gráfico
2 Cleyton 212 Web Designer
235 3D Max
246 Desenho Industrial
1.7 ESQUEMAS DO BANCO DE DADOS
• É uma descrição do banco de dados.
• É especificado durante o projeto do banco de dados.
• Os esquemas são alterados com pouca freqüência.
• É armazenado no dicionário de dados “catálogo”.
• As informações armazenadas no dicionário de dados são chamadas
de metadados.
• O dicionário de dados será usado pelo SGBD e também pelos
usuários que precisam de Informações sobre a estrutura do banco de
dados.
Um dicionário de dados é um repositório centralizado
com informações sobre os dados, tais como: significado,
relacionamentos, origem, uso e formatos.

O dicionário de dados é um repositório (documento) que


descreve, de forma estruturada, o significado, origem,
relacionamento e uso dos dados.
• Definição precisa sobre elementos de dados.
• Perfis de usuários, papéis e privilégios.
• Descrição de objetos.
• Restrições de integridade.
• Estrutura geral da base de dados.
• Dicionários de dados auxiliam a manter a integridade
de sistemas.

• Dicionários de dados facilitam a integração entre


diferentes sistemas.

• Dicionários de dados auxiliam a tarefa de manutenção


de sistemas.

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