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Ativismo digital cresce no Brasil e terá papel neste ano de eleições

“A sociedade quer mais espaços democráticos, livres e seguros para se engajar em pautas
e se fazer ouvida”, afirma diretora de plataforma de petições

POR CHANGE.ORG | 17.01.2022 17

O brasileiro está, a cada ano, mais atuante em formas alternativas de mobilização e


manifestação política, como movimentos e abaixo-assinados na internet. O chamado
“ativismo digital” ganhou, em 2021, ao menos 5 milhões de novos participantes, segundo
dados da plataforma Change.org. Com 39 milhões no total, o contingente de usuários do
site de petições corresponde à soma das populações dos Estados do Rio de Janeiro e
Minas Gerais
O dado sugere que 16% dos brasileiros querem exercer sua cidadania para além do
voto na urna a cada quatro anos. A partir desta modalidade de ativismo, eles vêm
apresentando demandas e cobrando ação de políticos e autoridades para os problemas
que afetam a sociedade. Em ano de eleição, esse fenômeno deve ganhar ainda mais
relevância
[...]
De 2020 para 2021, o aumento de brasileiros atuando no ativismo digital por meio de
abaixo-assinados foi de quase 15%. Uma análise mais detida dos números da Change.org
mostra um crescimento de 246% de adeptos a essa forma de ativismo nos últimos quatro
anos. Em 2017, apenas 11,2 milhões de pessoas tinham alguma atuação na plataforma de
petições.

Disponível em:
https://www.cartacapital.com.br/blogs/change-org/ativismo-digital-cresce-no-brasil-e-tera-pa
pel-neste-ano-de-eleicoes/ Acesso em 17 de agosto de 2023.

Texto 2

Quando as redes sociais favorecem um “ativismo preguiçoso”


São meios eficientes quando não se requer mais do que o compromisso dos usuários

JAVIER CALVO, 31 MAI 2015 - 18:05 BRT

[...] Hoje em dia, para muita gente, entrar no Facebook ou no Twitter significa
mergulhar em um grande protesto, onde as pessoas comentam sem parar artigos das
edições digitais da imprensa e notícias dos onipresentes casos de corrupção entre políticos
e empresários, convocam atos políticos ou simplesmente desabafam contra aqueles que
consideram como os responsáveis pelo desastre de nosso país.
[...] O paradoxo é que o Facebook me mostra um entorno social e a rua, outro. As
redes sociais fervem de agitação política. No mundo “real”, nada muda. [...]
A realidade, aparentemente, é que as redes sociais criam bolhas ideológicas. Duas
pesquisas divulgadas nos últimos meses ratificam essa ideia. Segundo um estudo do Pew
Research Center, as pessoas de direita tendem, predominantemente, a ter amigos que
concordam com suas ideias políticas e a fazer parte de grupos com ideias parecidas,
enquanto os esquerdistas têm uma tendência maior a apagar ou bloquear amigos por causa
de divergências políticas. Outro estudo, publicado na revista Science, confirma que as
pessoas constroem uma espécie de “sala de espelhos” digital de suas próprias opiniões, e
que o usuário médio das redes tem apenas cerca de 23% de amigos com ideias políticas
diferentes das suas. Além disso, os especialistas no assunto descobriram que o Facebook e
o Twitter amplificam aquilo que, em ciência política, se chama “espiral do silêncio”: os
usuários têm medo de publicar opiniões políticas quando pensam que elas podem ser lidas
por outros com ideias diferentes. [...]

Disponível em:
https://brasil.elpais.com/brasil/2015/05/31/internacional/1433106323_876086.html . Acesso
em 17 de agosto de 2023.

A partir da leitura dos Textos Motivadores abaixo e com base em seu conhecimento
de mundo, desenvolva um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema abaixo. Seu
texto deverá ser produzido em prosa e conter no mínimo 20 e no máximo 30 linhas.

Tema: Ciberativismo - vantagens e perigos

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