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Tia Ciata foi um verdadeiro núcleo de resistência cultural, servindo de ponto de

encontro para vários grupos que difundiam e mesclavam ritmos e costumes, sendo o lugar
responsável pelo desenvolvimento e consolidação do Samba no Brasil.
Mesmo tendo um papel fundamental na construção da cultura nacional, como a conhecemos
hoje, Tia Ciata não é protagonista nos registros históricos do Brasil, e Mariana Campos acredita
que ela não é a única: “Assim como ela, tantas outras mulheres negras que foram
fundamentais na construção da identidade nacional e tiveram suas trajetórias inviabilizadas,
uma vez que vivemos em um país marcado pelo machismo e por um racismo estrutural que
atravessa gerações”, comenta a diretora. Infelizmente parte do seu legado se perdeu nos anos
1940, quando foi construída e fundada a Avenida Presidente Vargas, uma via expressa que
eliminou todas as moradias entre a Cidade Nova e a Candelária, no centro do Rio, incluindo as
duas ruas onde a baiana morou. No final das contas, a Pequena África segue sendo reduto de
ancestralidade e palco para o carnaval, hoje considerado o maior espetáculo a céu aberto da
Terra.

Jennyfer, THPEM 3A

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