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CURSO: História
Justificativa
Equipe
Para a construção dos dados que foram empregados, utilizei uma equipe de 3
pessoas. Essas analises foram realizadas na quadra do Cacique de Ramos. Os
principais aspectos observados foram: o cenário; as pessoas e suas condutas,
as regras do grupo social, as formas de transgressões, flexibilizações e
permanências; as relações entre os sujeitos, entre os sujeitos e o espaço; a
preservação, a importância para o bairro de Ramos.
História
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(Walter, Chiquita, Sereno, Alomar, Jorginho e Mauro), família Espírito Santo
(Aymoré e Conceição). Pode-se dar destaque também a outras pessoas
importantes na fundação e nas apresentações como a mãe de Bira Presidente,
Conceição de Souza Nascimento, filha de santo de Mãe Menininha do Gantois,
que preparava todo o lado espiritual dos componentes do grupo através de
preceitos e patuás, e mestre Dinho do Apito, diretor de bateria. Aliás, segundo
consta, o Cacique floresceu depois que D. Conceição benzeu a tamarineira,
árvore símbolo do bloco. Reza a lenda que quem for lá, se tiver talento, ficará
famoso.” (cantorasueligushi, 2011). Um dos Fundadores, Ubiracy o “Bira
presidente” da família Felix do Nascimento diz em depoimento: “Minha mãe,
Conceição, foi uma das primeiras filhas de santo da Mãe Menininha do
Gantois. Ela colocou um preceito aqui dentro da árvore, que quem viesse com
um dote seria identificado e se tornaria uma pessoa famosa”, explica Bira.
(multirio, 2017). Esse sincretismo religioso já é característica, dos primórdios do
samba na qual bênçãos, trabalhos e músicas eram feitos e criados em terreiros
de candomblé. Segundo o pesquisador musical Ricardo Cravo Albin ilustra em
seu dicionário que “A própria Mãe Menininha do Gantois foi quem abençoou e
fez um trabalho nos pés da tamarineira (árvore em torno da qual aconteciam as
famosas rodas de sambas da agremiação). O bloco não tem samba-enredo e
temas desenvolvidos pelos compositores. Em 1962, o tema do desfile foi "Água
na boca", samba de autoria de Agildo Mendes, que se tornou o hino do bloco.
Outros temas foram "Arco e flecha" e "Querem me derrubar ", ambos de autoria
de Chiquita; "Coisinha do pai", de Almir Guineto, Luíz Carlos e Jorge Aragão;
"Vou festejar", de autoria de Jorge Aragão, Dida e Neoci Dias; "Chinelo novo",
de (João Nogueira e Niltinho Tristeza). Mais tarde, vários desses sambas foram
gravados com sucesso nas vozes de outros intérpretes da música popular
brasileira. Por sua ala de compositores passaram Jorge Aragão, Niltinho
Tristeza, João Nogueira, Dida, Neoci Dias, Almir Guineto, João Nogueira,
Sereno, Agildo Mendes, Chiquita, Marcílio, Bira Presidente, Wastir e Valdir.
Sua fantasia é composta das cores preta, branca e detalhes de cor vermelha,
tendo como base a defesa e o resgate da cultura do índio brasileiro.” (Albin,
2006). Porem reza a lenPodemos dizer que o Cacique de Ramos, não só
mudou a estética dos blocos de carnaval, mais através dos seus compositores
e a roda de samba da tamarineira, a introdução de 2 instrumentos (o Banjo por
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Almir Guineto e o Tantan por Sereno) vinha a ser criado o pagode. “Surgia
assim o grupo Fundo de Quintal, composto por alguns desses compositores,
tendo em sua primeira formação Jorge Aragão, Almir Guineto, Sereno, Neoci
Dias (filho de João da Baiana), Bira Presidente, Ubirany e Sombrinha.”
(cantorasueligushi, 2011). Esse tipo de reunião informal que proporcionou o
nascimento do Fundo de Quintal e deu nome ao grupo (nos fundos de um
velho quintal suburbano) passou a designar uma forma muito procurada de
diversão popular, os “pagodes de fundo de quintal”. O termo pagode ganhou,
no Rio de Janeiro, primeiro, acepção de “reunião de sambistas”; que se
estendeu depois às composições nelas cantadas; Na acepção de festas ou
festividades, desde os primeiros anos da República tem-se notícia de pagodes
em casas de famílias cariocas, assim como nos terreiros das escolas de samba
e em festas públicas na Penha e da Glória. Porém, a denominação ganhou
força e se expandiu mesmo no Rio a partir da década de 1970, a partir dos
pagodes do Clube do Samba (no Méier), Tia Doca (Oswaldo Cruz), Pagode do
Arlindinho (Cascadura e depois na Piedade), Cacique de Ramos, dentre outros.
A Rivalidade
O Bafo da Onça é mais antigo que o Cacique de Ramos. O bloco foi fundado
dentro de um botequim do bairro carioca do Catumbi, em meados dos anos
cinquenta. Seu principal fundador foi um carpinteiro e policial chamado
Sebastião Maria; um sujeito que, durante os dias de carnaval, formava uma
espécie de bloco do eu sozinho e costumava sair pelas ruas do bairro
fantasiado de onça-pintada.
Seu Tião Carpinteiro tinha ainda o hábito de começar a tomar uns gorós no dia
de Santos Reis - data que marcava, para ele, o início das festas de Momo - e
só encerrar os trabalhos na quarta de cinzas. Ocorre que o Seu Tião bebia
tanto, mas bebia tanto, que acabava ficando com um hálito meio pesado.
Parecia, de fato, que comia carniça. Durante uma das carraspanas
contumazes, amigos do Catumbi, sob a liderança do carpinteiro, resolveram
criar um bloco de carnaval. Todos sairiam fantasiados de onças-pintadas. O
nome do bloco, é evidente, já nasceu pronto.
O Bafo cresceu e virou atração do carnaval da cidade. As mulatas do
Sargentelli, João Roberto Kelly, Oswaldo Nunes e Dominguinhos do Estácio
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eram figuras populares nos furdunços que a turma do Catumbi promovia. A
popularidade foi tamanha que o próprio Bira Presidente, fundador e eterno
dirigente do Cacique, admite que o bloco dos apaches de Ramos foi criado
com o objetivo de superar as onças pintadas do Catumbi.
O Tombamento
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CONSIDERANDO que, pela ala de compositores do Grêmio Recreativo
Cacique de Ramos, passaram diversos baluartes da música brasileira, tais
como: Jorge Aragão, Niltinho Tristeza, João Nogueira, Dida, Neoci Dias, Almir
Guineto, João Nogueira, Sereno, Agildo Mendes, Chiquita, Marcílio, Bira
Presidente, Wastir e Valdir;
DECRETA:
Patrimônio Cultural.
EDUARDO PAES
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Eduardo Paes, foi à nova sede do tradicional bloco Cacique de Ramos. A
pedido dos moradores, a quadra recebeu uma cobertura e passa a contar com
um centro cultural, espaço de convivência erguido no edifício-sede. Com
investimento superior a R$ 1 milhão, a reforma, executada pela Riourbe,
também beneficiou os alunos da Escola Municipal Clóvis Beviláqua, vizinha da
agremiação, que passaram utilizar a quadra durante a semana para a prática
de esportes (rio, 2010). Um espaço anexo foi projetado em leve estrutura de
aço, revestido com chapas pintadas com as cores do bloco. O local recebe os
visitantes e serve como ante-sala para eventos e ensaios da agremiação, além
de abrigar as tradicionais feijoadas de domingo. O espaço também abriga
exposições de fotografias de carnavais antigos. Além disso, a fachada da
agremiação voltou a exibir as características originais da época de sua
construção. A entrada do grêmio, bem como seu entorno e espaço anexo
receberam tratamento paisagístico, novo mobiliário e melhorias nos acessos.
Conclusão
Bibliografia:
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Cacique de Ramos e Cordão do Bola Preta Patrimônios do Carnaval Carioca,
Multirio,2015. Disponível em:
http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/leia/reportagens-
artigos/reportagens/1029-cacique-de-ramos-e-cordao-da-bola-preta-
patrimonios-do-carnaval-carioca. Acesso em: 09 mai. 2020.