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A Juventude no AT e no NT testamento
Date Taught @23/10/2023

Fundamentos Teológicos para as Novas


Matéria
Gerações

Status In progress

Educação grego-romana
No primeiro século a.C., as crianças com seis ou sete anos eram enviadas para escolas organizadas com professores
treinados. Entre as famílias mais ricas, mais meninos do que meninas. Educação formal: escrever, ler, aritmética básica,
combinada com educação física.

Aos doze anos, aqueles que podiam pagar, e somente os meninos, iam para um segundo estágio (linguagem, literatura,
música filosofia, retórica básica). As garotas continuavam sua educação em casa, aprendendo as tarefas esperadas de uma
mulher em casa.

Próximo estágio: idade de dezesseis. Escola de retórica: literatura, linguagem, habilidades retóricas para pronunciamentos
públicos.

Elite: finalizava o estudo formal por volta dos dezoito.

Transição para a fase adulta: entre 14 e 15 anos, o pai trazia o filho (meninos) para serem registrados como cidadãos. Esse
era o primeiro estágio na tomada de responsabilidades de adultos. Em alguns casos, essa transição era marcada com fazer a
barba do menino pela primeira vez. Essa barba era guardada em um lugar especial.

Cultura Judaica de educação


Crianças são percebidas como uma benção (Sl 127:3-5), e por isso a esterilidade da mulher era uma grande vergonha.

Obrigação dos pais e da comunidade: ensinar e perpetuar a fé da criança (Dt. 4:9; 6:7; 11:19; 31:12-13).

Deuteronômio 4:9: “Tão somente guarda-te a ti mesmo e guarda bem a tua alma, que te não esqueças daquelas coisas
que os teus olhos têm visto, e se não apartem do teu coração todos os dias da tua vida, e as farás saber a teus filhos e
aos filhos de teus filhos.”

Deuteronômio 6:4-7: “Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR. Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de
todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força. Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração;
tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao
levantar-te.”

Havia muita forte cultura de perpetuação da fé e da identidade religiosa.

"Ensine essas crianças na aprendizagem e os exercite nas leis, e os faça conhecer os atos de
seus predecessores, para que os imitem, e que sejam nutridos nas leis desde a infância, e nem as
transgridam, nem tenham qualquer desculpa por sua ignorância delas." Josefo, Contra Apion
[egípcio helênico que escreveu contra os judeus], 2.25 §204

Educação disciplinar era um tópico importante na literatura de sabedoria (Pv 13:24; 22:15).

Provérbios 22:15: “ A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a afastará dela.”

Eclesiástico 30:1-13 (Jesus Ben Sirá, início do segundo século a.C.), (A educação): 1. Aquele que ama seu filho usará
com freqüência o chicote, para, no seu fim, alegrar-se. 2. Aquele que educa seu filho terá nele motivo de satisfação e entre
os conhecidos gloriar-se-á dele. 3. Aquele que instrui seu filho causará inveja ao inimigo e entre os amigos se mostrará
feliz. 4. O pai morre, é como se não morresse porque deixa depois de si alguém semelhante a ele. 5. Durante a vida, ele o
vê e se alegra e ao morrer não se entristece. 6. Para os inimigos deixa um vingador, alguém que retribuirá generosamente

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aos amigos os benefícios. 7. Aquele que mima o filho cuidará de suas feridas, e a cada grito suas entranhas se
comoverão. 8. Um cavalo não domado torna-se intratável, um filho entregue a si mesmo torna-se atrevido. 9. Mima teu
filho e ele te aterrorizará, brinca com ele e ele te entristecerá. 10. Não rias com ele se não queres sofrer com ele: acabarás
por ranger os dentes. 11. Não lhe dês liberdade na juventude e não feches os olhos diante de suas tolices. 12. Obriga-o a
curvar a espinha na sua juventude, bate-lhe nos flancos enquanto é menino; do contrário, uma vez obstinado, te
desobedecerá e ser-te-á motivo de contrariedade. 13. Educa teu filho e forma-o bem para que não te aborreças com a sua
insolência.” (Bíblia de Jerusalém)

Educação na cultura judaica


Lar: centro de educação e religião, ensino do trabalho/profissão realizado pela família.

A menina era preparada para o casamento. Ela era preservada virgem para isso. Ela também era treinada como competente
administradora da casa (Pv 31:10-31).

Eclesiástico 42:9-11: “9. Sem o saber, uma filha causa a seu pai inquietações, o cuidado por ela tira-lhe o sono: se jovem,
que ela não passe do tempo de se casar; se casada, que ela não se torne odiosa; 10. se virgem, que ela não seja
profanada e não fique grávida na casa paterna. Tendo um marido, que ela não erre; casada, que ela não seja estéril. 11.
Fortifica a vigilância sobre uma filha audaciosa, a fim de que ela não faça de ti motivo de irrisão para teus inimigos, o
assunto da cidade, a chacota do povo, e não te desonre aos olhos de todos.” (Bíblia de Jerusalém).

Para meninos, a educação era primariamente religiosa, com foco na Torá: aprendizagem do hebraico bíblico, memorização de
longas passagens das Escrituras.

Próximo estágio: aprender os comentários/explicações da Torá por professores antigos da lei. No primeiro século, passagem
de casa para escolas formais, no primeiro século.

Possivelmente as sinagogas locais funcionavam como ambiente para educação formal.

Meninos começavam a educação formal entre 6 e 7 anos. Idade similar ao sistema greco-romano.

Ritual de transição para a vida adulta (bar mitzvah): 13 anos (responsabilidade diante da comunidade e suas tradições –
estudo adicional e observância da Torá).

O ápice da educação judaica era ser discípulo de um mestre.

Mateus 14:25-29: “Na quarta vigília da noite, foi Jesus ter com eles, andando por sobre o mar. E os discípulos, ao verem-
no andando sobre as águas, ficaram aterrados e exclamaram: É um fantasma! E, tomados de medo, gritaram. Mas Jesus
imediatamente lhes disse: Tende bom ânimo! Sou eu. Não temais! Respondendo-lhe Pedro, disse: Se és tu, Senhor,
manda-me ir ter contigo, por sobre as águas. E ele disse: Vem! E Pedro, descendo do barco, andou por sobre as águas e
foi ter com Jesus.”

Por que Pedro quis andar sobre às águas?

Mateus 10:25: “Basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo, como o seu senhor. Se chamaram Belzebu ao dono
da casa, quanto mais aos seus domésticos?”

O casamento
Arranjos prévios, ocorriam na idade aproximada de 15 anos para meninas e 18 para meninos

"(1) Aos cinco, estudo das Escrituras; (2) aos dez, estudo da Mishná; (3) aos treze, deveres
religiosos; (4) aos quinze, estudo do Talmude; (5) aos dezoito, casamento; (6) aos vinte,
responsabilidade de prover uma família; (7) aos trinta, plena força; (8) aos quarenta, entendimento;
(9) aos cinquenta, conselho; (10) aos sessenta, velhice; (11) aos setenta, idade avançada; (12)
aos oitenta, força notável; (13) aos noventa, uma coluna curvada; e (14) aos cem, ele é como um
cadáver que já passou e se foi deste mundo". Mishná, Divisão 4, The Order of Damages, Abot,
5:21 A).

O valor da criança e juventude na igreja


Linguagem de criança usada metaforicamente para o crescimento cristão e o discipulado – imaturidade (1Co 13:11; 14:20; Hb
5:13; 1Pd 2:2).

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Nos evangelhos, as crianças representam um padrão ao qual os discípulos deveriam aprender (Mt 18:1-5; Mc 9:33-37; 10:13-
16).

A mocidade não deveria ser desprezada.

1 Timóteo 4:12: “Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no
procedimento, no amor, na fé, na pureza.”

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