Jesus, Nosso Influencer

Há uma preocupação nessa geração a respeito da criação de filhos. Aqueles que

cresceram na era pós-segunda guerra mundial já quase não conseguem conversar a
mesma língua com os contemporâneos do advento da internet. Isso porque, se
respirarmos por um instante e refletirmos sobre as diferenças, podemos simplificar de
tal forma:

Quando enviávamos uma mensagem para alguém, era necessário escrever em um papel,
este papel teria que passar por instituições, como o correio ou transportadoras, levaria
dias, semanas ou meses, até chegar ao destinatário. Tudo isso, imaginamos, se
permaneceu na mesma logica desde 3.000 a.C com os pombos correios. Depois,
mensageiros a cavalos e camelos. Depois, temos até o caso do soldado grego que correu
42km de uma cidade para outra para enviar uma mensagem, dando origem ao que
chamamos hoje de “Maratona”. Depois vieram as ferrovias. Depois, os carros.

Hoje, basta sacarmos um aparelho do bolso. Não precisamos de mais nada do que
nossos dedos. Não há papel. Apenas luz. E parece ser quase na velocidade da própria
luz que a mensagem é checada e despachada. Ao invés de endereços, somente um nome
com uma frase de efeito (opcional) que chamamos de “status”. Tudo de forma invisível,
via satélite. Uma tecnologia fora do nosso alcance ocular nu.

Como poderia existir uma comunicação se entre essas duas realidades há um abismo tão
grande? Pois estou falando aqui, somente do aspecto comunicativo e tecnológico. Sem
citar os efeitos causados por tal.

A geração anterior a nossa sofreu grande influencia pela tecnologia televisionada.

Antes, a arte que só existia no teatro, em grande parte, para retratar a cultura local;
agora tinha um alcance imensurável. Essa tecnologia provou ser poderosa para levar a
humanidade a fins catastróficos como a ideologia nazista. E o que as redes sociais estão
levando à essa geração?

A fim de trazer algum tipo de provocação sobre isso, vamos primeiro entender que as
redes sociais fazem parte do compilado de atração e sedução deste mundo. E entenda
bem. Tudo que existe neste mundo, o maligno irá tentar tirar proveito. As redes sociais
que pais usam, são exemplo para os seus filhos. Mas seus filhos, estão expostos a outras
informações que nem sempre os pais acompanham. Isso faz parte da natureza da
internet: a velocidade.

No caso, não há outra maneira de dizer. Nós precisamos desacelerar.

Certamente sentiremos aquele vazio, certo tédio, certa carência por não ter as curtidas e
visualizações. E será que precisamos? E outra pergunta mais aterrorizante: Se nós,
adultos, nos sentimos assim, imagine nossas crianças que ainda estão aprendendo a lidar
com suas próprias emoções.
Se há alguma dúvida sobre o poder devastador das influências das mídias, deixe te dar
outra pista: você, produto deste Século XX ou XXI.

Você viveu a sua fase da adolescência. Você sabe como é. Muitas perguntas, poucas
respostas. Hormônios e bravura surgem de forma ascendente. Esse interlúdio da
melodia da vida, entre a infância para a maturidade plena. Essa fase, cientificamente
existe. Mas se eu te disser que a forma como você viveu é fruto de gerações
influenciadas pela televisão? Sim, você é um produto. E muitos ganham dinheiro pelo
seu comportamento.

Quem foram os ídolos dos homens que te fizeram assim?

a) Elvis Presley. Símbolo da fama, estrelismo, fortuna.

b) James Dean. Símbolo do antissocial, da rebeldia, da inconsequência.
c) Cola-cola. Símbolo do consumismo e do exibicionismo.
d) Marlyn Monroe. Símbolo sexual e da cobiça.

Ora, será tão diferente do que encontramos agora nas redes sociais? A diferença é que
não temos só um Elvis Presley. Mas temos clones e clones desses vários símbolos
explodindo nas nossas telas.

É claro que temos outras grandes vantagens nessas tecnologias, mas antes de nos
achegarmos a essas coisas boas, precisamos ir para a fonte de todo o bem que pode
existir. É necessário se separar disso tudo. Se após ler\ouvir essas palavras você sentiu
certa culpa, então talvez essa mensagem será para você.

Antes de continuarmos, é preciso compreender duas coisas sobre a Palavra meditada:

Não somos desse mundo. Nossos filhos não são deste mundo. Nossa missão é neste
mundo, mas o mundo não a entenderá. E você não deve esperar que te aceitem.

Vamos meditar em João 17, onde Jesus ora pelos seus discípulos. Vamos levar essa
oração para a nossa casa e para as próximas gerações.

Essa oração é divida em 5 blocos. Vamos entender essa oração parte a parte, mas
também criando um diálogo com o tema: gerações de fé.

1 Bloco: Orar por si mesmo e pela obra do Pai.

1Jesus falou essas coisas e, levantando os olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora;
glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti, 2assim como
lhe deste poder sobre toda carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe
deste. 3E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a
Jesus Cristo, a quem enviaste. 4Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a
obra que me deste a fazer. 5E, agora, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com
aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse.
Você percebe que o Deus Pai é quem dá as pessoas para Jesus. É através dEle que todos
somos criados. Portanto, seus filhos, são um presente de Deus. Isso é uma verdade
consensual entre os cristãos. Os pais cristãos exerce uma autoridade sobre a casa. Mas a
sua autoridade tem uma prioridade. Isto é, não é somente sobre boa educação, bons
modos, ou ler e escrever adequadamente. Mas sobre a Vida Eterna. Devemos orar pela
nossa saúde espiritual, nos humilhando diante da Sua vontade.

2 Bloco: Ora pelos apóstolos.

Do Versiculo 6 ao 19

6Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste; eram teus, e tu mos
deste, e guardaram a tua palavra. 7Agora, já têm conhecido que tudo quanto me
deste provém de ti, 8porque lhes dei as palavras que me deste; e
eles as receberam, e têm verdadeiramente conhecido que saí de ti, e creram que me
enviaste.

Aqui oramos pela nossa família já estabelecida. Sendo assim, o glorificar ao Pai é
manifestar o Seu nome em tudo perante os homens, mas principalmente no guardar a
Palavra. Uma vida cristã sem aprofundamento bíblico corre sério risco de sofrer
apostasia devido às ofertas do mundo. Jesus diz: “receberam, e tem verdadeiramente
conhecido... e creram”. Para ser verdadeiro, deve estar alinhado ao conhecer. E só
conhecemos verdadeiramente através da Palavra.

“Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for
correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se
houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas.” Filipenses 4:8

Agora Jesus começa a sua petição.

9Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são
teus.10E todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e nisso sou
glorificado.

Se seus filhos são Dele, não são do mundo. Se você tem filhos e os ensina a glorificar a
Deus e a Palavra, agora temos mais uma coisa que por maioria das vezes é a questão
mais difícil de responder: você entregaria seu filho a Deus? Você abriria mão dele para
que o Pai fosse glorificado? Assim como Ana fez com Samuel, você teria essa
coragem?

Samuel foi entregue ao Templo. E ele não foi desamparado pelos pais. (Sm 2 18) a
bíblia nos conta que seu pais o visitava de ano em ano, e lhe trazia a túnica quando o seu
pai também ia oferecer o sacrifício. Assim, o sacerdote abençoava o casal e Ana deu
mais 3 filhos e 2 filhas.

Isso significa que a unção sobre a sua casa é conforme a entrega, a confiança e serviço
que você presta ao Senhor.
 O que gerou essa atitude de Ana e seu marido, Elcana?

Em 1Sm. 10.5; 19.20 temos o termo “Rancho de profetas” sendo empregado nas
escrituras. Ao que tudo indica, teria sido o primeiro seminário teológico dos tempos
bíblicos, ou seja, uma “Escola de profetas”. Essa escola teria sido organizada por
Samuel, que acumulou o ministério de profeta, sacerdote e Juiz. Vamos ver novamente
esse termo sendo usado nos tempos de Elizeu.

Isso mostra como a atitude corajosa de um casal abençoou gerações futuras devido à sua
devoção. De certo que podemos pensar: “Bem, mas isso era naqueles tempos”, para dar
uma boa desculpa para nosso medo de perder as rédeas dos nossos filhos.

A comunhão com o Espirito Santo, que nos revela o amor perfeito do Pai, lança fora
todo o medo. (1Jo 4,18) Se não há coragem em você para assumir que TODAS as suas
coisas são Dele antes, pois tudo provém Dele, é necessário rever o quanto você está
confiando no Senhor. Encorajo-te a buscar mais crescimento espiritual em comunhão,
adoração, Palavra e na oração.

Comunhão, pois Jesus está orando pelos discípulos. “Com” e “pela” sua casa, sua igreja.

Adoração, pois todo o ministério dele é sobre manifestar o Pai.

Palavra, pois são os ensinamentos das verdades que nos levam a crer cada vez mais.

Oração, pois é isto que Jesus está fazendo com pedidos para serem atendidos, criando
um relacionamento.

11E eu já não estou mais no mundo; mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai
santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como
nós. 12Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado
aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para
que a Escritura se cumprisse.

Aqui temos algo importantíssimo sobre a nossa saúde emocional. Muitas pessoas se
magoam facilmente quando:

1- Amizades são afetadas por conta do abandono da sã doutrina.

2- Relacionamentos são afetados pela descrença em Jesus.

Seja família ou amigos, aqueles que perdemos para este mundo, temos que saber que a
nossa cidadania é do céu. Logo nossa cultura e caráter é transformada e não pode ter
alinhamento com as que são do mundo. (Rm 2:12)

Se amamos alguém, devemos mantê-los próximos da sã doutrina. Devemos orar para

que Deus os guarde. Mas, se algum deles se perder, mesmo que seja alguém próximo,
saiba que ainda isso estava antecipado nas Escrituras.
Como agir então? Existe uma receita, como diz em Timóteo: Deus não nos deu espirito
de temor, mas de fortaleza (comunhão e oração), amor (santificação e serviço) e
moderação (paz)

Muitos pais se apavoram com a ideia de quem um dia seus filhos podem se desviar, e
isso é compreensível. Mas a quem eles recorrem quando esses anseios surgem? Não
raro os ver correndo para satisfazerem a vontade de seus filhos, a fim de mantê-los por
perto. Mas eles não sabem que assim, eles estão criando futuros adultos frágeis e
dependentes. Esses pais também são feridos e precisam de cura.

Por outro lado, aqueles pais que pensam que seus filhos devem experimentar as dores
para, possivelmente, voltarem como o filho pródigo, se esquecem de que o pai desse
personagem bíblico (no tal momento, com um membro de importância a menos);
continuou o trabalho árduo em casa, afim de que quando o filho voltasse, ele fosse
recebido com a festa e depois fosse ganho também pelo admirável exemplo. Esses pais
recorrem às duras broncas, acusações e murmurações. Qual filho voltaria se o ambiente
do mundo e o ambiente de casa tem um acusador?

A pergunta que fica todos nós é: Como temos agido? A quem temos recorrido?
Normalmente, recorremos aos dois extremos. Creio que essa geração é um combo das
duas coisas. Mas essa oração nos traz a receita para a fortaleza, o amor e a paz.

Caso nosso filho se perca?

A perdição de alguém que amamos é algo triste, mas é algo que devemos esperar. Até
Jesus perdeu a Judas.

Vejamos o perfil de Judas pelo ângulo do teólogo Joel Bittencourt:

Judas Iscariotes tinha um perfil idealizador, era criativo, intuitivo e pensamento no

futuro, um dos mais instruídos entre os discípulos, tinha dificuldade de entender a si
próprio e não era sincero ao lidar consigo mesmo. Também tinha um lado organizador
acentuado, eficiente, habilidoso e com muito tato e paciência apurada, desempenhou
com eficiência a função árdua de tesoureiro do grupo apostólico, era um grande
executivo, um financista capaz e previdente, era de uma organização persistente,
nenhum dos doze jamais criticou Judas.

Parece alguém difícil de perder numa jornada ministerial, ou no circulo de amizade, ou

na própria família, não?

O caso de Judas ilustra a verdade daquele versículo: "Há um caminho que parece justo
para o homem, mas o fim dele é a morte". Pv 14:12.

Isso mostra que a moralidade, instrução e educação, não é o suficiente para a Vida
Eterna.
13Mas, agora, vou para ti e digo isto no mundo, para que tenham a minha alegria
completa em si mesmos. 14Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não
são do mundo, assim como eu não sou do mundo.

A graça é derramada para todos, mas nem todos reconhecem a Palavra. E se você
guarda a Palavra será odiado, uma hora ou outra. Temos ensinado isso aos nossos
filhos? Qual a solução para isso? Misericórdia.

Você não é deste mundo e aquele que te guarda é superior a este mundo.

Na CONFIANÇA no PAI, Jesus diz:

15Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. 16Não são do mundo,
como eu do mundo não sou. 17Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.

Enquanto ficamos pedindo para Jesus voltar logo para sairmos logo deste mundo, veja
que Jesus pede para Deus não nos tirar do mundo, mas nos proteger do maligno que
domina esse mundo. Isso, porque temos uma missão! Temos ensinado sobre essa
missão?

18Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. 19E por

eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na
verdade.

Veja que Jesus finaliza esse bloco dizendo que ele se santifica. Nossos filhos serão
exemplo partindo de nós. A bíblia diz que os pais santificam os filhos (1Co 7:14). Os
pais, e as histórias que contam, os assuntos que conversam, são as influências que o
filho terá.

Mas é claro, não adianta você dizer que deseja que seu filho seja corajoso como Davi,
mas não o deixar estar frente a frente com Golias. Sabemos que antes de Davi enfrentar
Golias, enfrentou leões o ursos que fizeram ele ter a coragem necessária para derrotar o
Gigante. E você se lembra o motivo de Davi ter enfrentado os ferozes animais? Ele
cuidava das ovelhas. Os filhos precisam de responsabilidade e disciplina. Saber que
precisam cuidar de certas coisas, em determinado tempo, para tais funções. E acima de
tudo, saber deixa-los sozinhos, sem perder a confiança de que Deus também está com
eles.

3 Bloco – Jesus ora pelos que, no futuro, hão de crer nele pela unidade do seu povo.

20Eu não rogo somente por estes, mas também por aqueles que, pela sua palavra,
hão de crer em mim; 21para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e
eu, em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me
enviaste. 22E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como
nós somos um. 23Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade,
e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim e que tens amado a eles
como me tens amado a mim.
Sua missão é se santificar, para que sejamos UM, em perfeita unidade em Deus,
ensinando a AMAR e SER AMADO. Nos dispondo a sermos enviados, mas também a
enviar nossas sementes.

Jesus confia que você terá um espirito forte, amoroso e equilibrado para pregar o
evangelho e formar gerações de caráter transformado. Você confia de que apesar de
aflições, prejuízos, perdas, e até mortes físicas e espirituais; você será guardado? Você
confia que Ele guardará os seus?

4 Bloco – Jesus ora para que um dia, vejamos a sua Glória.

24Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam
comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me hás amado
antes da criação do mundo. 25Pai justo, o mundo não te conheceu; mas eu te
conheci, e estes conheceram que tu me enviaste a mim.

Veja como Jesus finaliza essa oração: o Pai é justo e amoroso. Em unidade conosco.
Isso basta para confiarmos que Ele é Poderoso em nossas fraquezas. Ou seja, muitas
vezes é necessário perder um pouco de controle, para que Ele assuma o controle. Se
ainda neste mundo recebemos alegria de viver por Ele, como se Ele derramasse sua
Glória a conta gotas, imagina como será na Eternidade?

5 Bloco – Jesus ora pela continuidade ministerial

26E eu lhes fiz conhecer o teu nome e lho farei conhecer mais, para que o amor
com que me tens amado esteja neles, e eu neles esteja.

Jesus ora dizendo que trabalhará cada vez mais para que o conhecimento de Deus
aumente entre os seus. Este conhecimento é manifestado através da presença do Seu
Amor em nossas vidas. Em outras palavras, o maior influencer que temos é o nosso
Senhor Jesus. Esteja ativo na sua obra e você estará fazendo parte de uma cultura
celestial, do Reino de Jesus, e formando caráter de futuras gerações. Será que você está
pronto para repassar a sua mensagem e influência?

Referencias:

Bíblia Pentecostal ARC – pg 432 – 1Sm 1 e 2

O Evanegelho Reunido – pg 429 – A oração de Jesus

https://pt.linkedin.com/pulse/os-12-ap%C3%B3stolos-de-jesus-e-suas-personalidades-
joel-bitencourt-serra
https://www.sympla.com.br/evento-online/escola-de-profetas-modulo-i/902795