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Módulo 2: Orixás
Aula 10: Orixá Omolu
ORIXÁS
ORIXÁ OMOLU
O Médico dos Pobres e o Senhor dos Cemitérios.
Obaluayê quer dizer "rei e dono da terra" sua veste é palha e
esconde o segredo da vida e da morte. Está relacionado à terra quente
e seca, como o calor do fogo e do sol - calor que lembra a febre das
doenças infectocontagiosas. Domina completamente as doenças que
rege. Ao mesmo tempo em que as causa, tem poder de cura sobre elas.
O nome de Obaluayê às vezes é usado especificamente para o
Omolu jovem, que é mais agressivo; Omolu é o nome mais usado para o
Omolu velho, mais introvertido.
Em algumas tribos africanas, Omolu era apenas uma das formas
de um orixá chamado Xapanã, deus da doença, figura aterradora e muito
temida no culto. Na prática, porém, os nomes de Omolu e Obaluayê são
usados como sinônimos para um mesmo conceito, o orixá da doença.
Nunca estão totalmente satisfeitos, sempre querem mais...Mesmo quando acham que tudo está contra
eles, persistem em seus propósitos. Para os filhos de Obaluaiyê importam os fins, não os meios. Aparentemente
fortes, são na verdade frágeis e volúveis e, se sujeitam a rígidas disciplinas e regras morais.
Reservado, solitário, simples, trabalhador, serviçal, depressivo, doentio.
SIGNIFICADO DO NOME
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Informações
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SINCRETISMO RELIGIOSO
OFERENDAS
LOCAL DE ENTREGA
No cemitério (geralmente no Cruzeiro).
MATERIAIS
Pipoca, bife acebolado, bolinhos de milho, acaçá. Banana da terra. Deburu (pipoca), feijão preto, camarão, obi,
akasá, adun, aberen, Velas, charutos, suas comidas e bebidas preferidas.
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EXEMPLO DE OFERENDA
7 velas brancas e 7 velas pretas e brancas, um alguidar com pipoca, 5 bananas da terra em volta, 7 copos de
água
DEBURU
É o milho de pipoca estourado em uma panela, em alguns lugares com óleo, em outros com areia. Nesse último
caso, é preciso peneirar a areia dessa pipoca depois de pronta. Ao final, a pipoca colocada em um alguidar
(vasilha de barro) e enfeitado com pedacinhos de coco.
ABERÉM
É prato típico da cozinha da Bahia, bolinho de origem afro-brasileira, feito de milho ou arroz moído na pedra,
macerado em água, salgado e cozido em folhas de bananeira secas.
ACAÇÁ
Feito com milho branco ou vermelho, que fica de molho em água de um dia para o outro, e deve ser depois
passado em um moinho para formar a massa que será cozida em uma panela com água, sem parar de mexer,
até ficar no ponto. Este se adivinha quando a massa não dissolve, se pingada em um copo com água. Ainda
quente, pequenas porções da massa devem ser embrulhadas em folha de bananeira já limpa, passada no fogo
e cortada em pedaços de igual tamanho, para ficar tudo harmonioso.
Colocar a folha na palma da mão esquerda e colocar a massa. Com o polegar dobrar a primeira ponta da folha
sobre a massa, dobrar a outra ponta cruzando por cima e virando para baixo, fazendo o mesmo do outro lado.
O formato que resulta é o de uma pirâmide retangular.
Todos os orixás recebem o acaçá como oferenda.
ABADÔ
Feitas de farinha de milho, ou amendoim, previamente torrados, passado no moinho, misturado com farinha
de mandioca, sal e açucar, também chamado de fubá de milho ou fubá de amendoim pelo povo de santo.
BIFE DE OMULU E OBALUAÊ
Um bife de porco feito no azeite-de-dendê com cebola.
CANJICA DE MILHO VERDE
Desfolha-se as espigas e limpa-se toda a barba, debulha e tritura-se na pedra de mó, pilão após vai peneirando
várias vezes o produto obtido. Se estiver úmido derrama-se um pouco de água sobre a massa que agarrar na
peneira ajudando com a mão para passar. Após deixa-se descansar que é para o milho assentar no fundo d’água.
Rala-se o coco e tira-se o primeiro leite grosso com um pouco de água fresca e guarda-se a parte. Tira-se mais
leite e tempera com sal, açúcar, manteiga, leva-se ao fogo para ferver, depois, despeja-se com cuidado a água
em que esta assentado o milho jogando-o na fervura, sem parar de mexer, sempre na mesma direção que é
para não desandar. Quando estiver pulando junta-se o leite grosso e espera-se que tome ponto de canjica,
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mexendo sempre para não pegar no fundo conhece-se o ponto de canjica da seguinte forma, em uma vasilha
com água fria pinga-se a canjica, se empastar, está no ponto se dissolver está crua. Também em um pires, deixa-
se pingar a canjica e esfriar, inclinando o pires, se correr e deixar o lugar limpo está cozida. Então retira-se do
fogo e despeja-se em travessa de louças ou tabuleiros de folhas. É preferível não polvilhar imediatamente com
canela, pois assim dura mais e custa a azedar. A canjica bem feita é fria, vidrada e treme na faca quando cortada.
Tem consistência de geleia, quando o milho esta verde ou leva muito coco costuma rachar e não fica compacta.
MILHO COZIDO
Limpa-se as espigas de barbas e passa-se uma a uma ligeiramente no rolo. Leva-se ao fogo para cozinhar em
água e sal.
CARIMÃ
Também chamada Fubá é a massa de mandioca fermentada. Para obter o Carimã arranca-se a mandioca e bota-
se de molho num cesto ou poço apropriado coberto de folhas. Deixa-se debaixo d’água durante 3 dias então
descasca-se, lava-se e põe num saco. Despeja-se uma lata d’água no saco e bate-se numa pedra até escorrer
tudo. Espreme-se dentro d’água e pendura-se. Então esfarela e deixa secar, em lugar que te sol para não mofar.
Para ser guardada muito tempo, após secar passa-se o rolo ou uma garrafa até ficar como farinha de reino.
Molha-se a carimã lavada no leite de coco grosso. Tempera-se com sal e açúcar a ponto. Deita-se e asa na grelha.
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