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Agosto, 2023
Sumário:
• 5.1 - A agonia da guerra civil europeia (1939-1941)
(1884-1970)
(1889-1945) (1869-1940) Édouard Daladier foi um
foi um político alemão que foi um político britânico do político francês, membro
serviu como líder do Partido Conservador, do Partido Radical, e que
Partido Nazista, Chanceler Primeiro-Ministro do Reino ocupou o cargo de
do Reich e Führer da Unido entre maio de 1937 Presidente do Conselho
Alemanha Nazista de e maio de 1940. da França por 3 vezes.
1934 até 1945.
5.1 - A agonia da guerra civil europeia (1939-1941)
Objetivos de Hitler às vésperas da guerra:
1. Reduzir espaços de influência da França sobre o continente;
2. Buscar a aliança da Grã-Bretanha ou, pelo menos, sua neutralidade para a conquista da Europa
Oriental, incluindo a União Soviética;
3. Construir um império colonial na África, com a concordância dos britânicos;
4. Enfrentar os Estados Unidos;
5. Partilhar o mundo com os japoneses. Tais objetivos não foram formulados ao mesmo tempo.
Alguns autores, aliás, argumentam que Hitler planejou a guerra com a finalidade de manter os
objetivos tradicionais da política externa alemã, ou seja, a instauração de um Império Germânico
no leste, em território russo. Outros associam a guerra ao fanatismo nacionalista anti-semita ou
ao almejado fortalecimento econômico. (Saraiva,2003, p.171.)
• A Segunda Guerra Mundial se dá início em
setembro de 1939, à sua verdadeira
mundialização, a partir de maio de 1941,
foi o momento mais dinâmico.
• “Paris e Londres Deixariam de ser os
principais centros da gravitação de poder
internacional para ceder lugar a
Washington e Moscou e, pelo menos até
1945, a Berlim e Tóquio.” (Saraiva, 170,
2003).
• “Guerra Europeia” foi desencadeada em
setembro de 1939, com a invasão da
Polônia por Hitler.
• Quase nada acontecia de novo no Front.
• Líderes políticos franceses e britânicos
decidiram retardar ao máximo as
ofensivas.
• Forças mobilizadas de cada país:
• Sentimento de superioridade pelos
britânicos e franceses.
Alemanha, França e Inglaterra... Esses Chopes Dourados
quando a geração de meu pai
batia na minha
a minha achava que era normal
• Alemanha perdeu a guerra de 1914-1918, e jamais haviam que a geração de cima
só podia educar a de baixo
admitido “a vergonha de Versalhes” e perdoado aqueles que batendo
“haviam apunhalado a Alemanha pelas costas”. quando a minha geração batia na de vocês
ainda não sabia que estava errado
mas a geração de vocês já sabia
• Na França, havia o público e os partidos com opiniões divididas, e e cresceu olhando a geração de cima
muitos não sabia que estavam em guerra. aí chegou esta hora
em que todas as gerações já sabem de tudo
e é péssimo
• Para os britânicos, a guerra era mais ideológica do que nacional, ter pertencido à geração do meio
o inimigo era Hitler e não o povo alemão. tendo errado quando apanhou da de cima
e errado quando bateu na de baixo
- Jorge Wanderley.
• Estratégia franco-britânica – vencer a Alemanha pelo cercamento dos mares, pela ruína
econômica.
• 1939: Decisões norte-americanas marcadas pela relativização da neutralidade, no qual
autorizaram a venda de armas no sistema cash and carry, o que animou os britânicos.
• Começo de guerra marcado por um passo lento e defensivo.
• Franceses e britânicos exigiam que os alemães cessassem as agressões e reparassem
os danos impostos à Polônia e à Tchecoslováquia.
• 6 de outubro de 1939: Hitler propõe a paz.
• Chamberlain e Daladier não aceitam.
• Só lhes interessava a paz caso, houvesse a substituição do governo na Polônia e a
retomada da influência franco-britânica.
• Guerra Greco-Italiana
(1940 - 1941)
5.2 - A mundialização da guerra e a emergência dos flancos (1941-1945)
• 1941- momento crucial de inflexão das relações internacionais
contemporâneas.
• Ataque alemão contra a União Soviética (JUNHO)
• Ataque japonês contra bases norte-americanas (DEZEMBRO)
• DECADÊNCIA das antigas potências.
• Final de 1945: o mundo já se modificara plenamente.
• 1947: balança de poder internacional era outra.
5.2.1- O fim do poder britânico e a emergência norte-americana: o novo conceito de
superpotência
• Os britânicos, que haviam perdido muitos navios mercantes e tinham o ritmo de
construção naval limitado pelo esforço de guerra, enfrentavam três problemas:
- Uso dos navios para a compra das mercadorias norte-americanas
- Pagamento dos produtos adquiridos nos Estados Unidos pelo sistema “cash-and-
carry”
- Utilização das reservas monetárias para o pagamento desses encargos
• Início de 1941:
- Hitler enfrentava os britânicos no norte da África.
- A batalha do Atlântico se inclinava para os alemães.
• Sistema de reciprocidade:
- Tornava os países beneficiários da ajuda
norte-americana dependentes das novas
práticas comerciais lideradas pelos Estados
Unidos e do projeto de abertura total das
economias aos capitais e produtos norte-
americanos.
1941- emergia um novo conceito: o de superpotência.
Sexto ponto:
• Engajava os Estados Unidos, de vez, na guerra europeia
• Depois de exortar os povos à paz e à segurança, o texto da carta falava da
"destruição final da tirania nazista".
O ataque japonês contra a base
naval de Pearl Harbor
• Roosevelt buscava um pretexto mais claro para
levar a opinião pública do seu país para o seio da
guerra. Os japoneses ofereceram essa
oportunidade.
• Pearl Harbor, nas ilhas do Havaí, não era o
pretexto procurado por Roosevelt, que imaginava
ataques japoneses nas Filipinas e nas índias
Neerlandesas.
• Sendo assim, em dezembro de 1941, os Estados
Unidos uniram as duas guerras paralelas, a da
Asia e a da Europa, em uma só.
5.2.2 - A arrancada soviética à busca de espaços: o nascimento de um
gigante tio flanco oriental
Ataque alemão à União Soviética
(22 de junho de 1941)
• Outro significativo momento de
ruptura da Segunda Guerra Mundial
• Berlim e Moscou romperiam o jogo de
cortejo mútuo para assumir posições
antagônicas.
• O conflito dos alemães contra os
russos era impostergável.
• Dezembro 1941:
- Contenção do avanço alemão nas portas de Moscou
- Primeira perda hitlerista de uma Blitzkriege
- Força do inverno russo
1944- "rolo compressor" dos soviéticos forçou o recuo gradual das tropas alemãs
na Ucrânia, na Bielo-Rússia e na Polônia.
- O curso da conflagração levava, assim, a balança de poder para os aliados.
América Latina e
a África
América Latina e seus Posicionamentos Durante a Guerra
• Os países latino-americanos oscilaram entre neutralismo e alinhamento.
• Houve em 1940 a II conferência dos chanceleres Americanos, é firmado um
acordo entre os países da região que qualquer ataque a um país americano
significa um atentado a todo o continente.
• Após o ataque a base americana de Pearl Harbor e consequente entrada
dos EUA à guerra, a solidariedade dos países e posta em xeque e os
países latino-americanos tomam os seguintes posicionamentos:
O Brasil se manifesta, porém as declarações de Vargas junto a existência
de grupos pró-nazistas no governo não foram suficientes para inclinar a
política exterior brasileira a favor dos aliados
A Argentina manifesta discreto apoio aos nazistas.
Chile, Peru, Bolívia e Paraguai também declaram neutralidade.
• Os EUA procuram alinhar os interesses dos países latino-americanos aos seus
e entendem que o apoio brasileiro era fundamental para alimentar o pan-
americanismo conduzido por Washington.
III Conferência de Chanceleres (CONFERÊNCIA DO RIO DE JANEIRO)
• Ocorreu em janeiro de 1942 a conferência do Rio de Janeiro, onde Roosevelt
dirigiu-se a Vargas antes da conferência para garantir aproximação brasileira
através de acordos.
• A relevância da conferência para o destino dos países latino-americanos no
contexto da guerra é irrefutável, pois:
A crise da hegemonia britânica e a transferência gradual do eixo de poder
para os Washington e Berlim afastaram os interesses franco-britânicos na
região.
Os Estados Unidos já haviam substituído os britânicos nos campos dos
comércios e finanças.
• Roosevelt aposta no fim do neutralismo inicial dos países da região em
favor de uma franca política de alinhamento aos Estados Unidos, sob
liderança regional do Brasil.
• Durante a conferência, os EUA indicam chanceler brasileiro Oswaldo
Aranha para a primeira comissão, que trataria da proteção hemisférica ocidental
e também indicam o chanceler mexicano Ezequiel Padilla para a
segunda comissão, responsável pela solidariedade econômica.
• A conferência foi agitada e expôs diferentes visões dos governos sul-
americanos em relação a guerra:
Argentina e Chile defendiam a neutralidade.
Brasil e Estados Unidos defendiam uma harmonia pan-americana.
• As 41 resoluções da Conferência do Rio de Janeiro conduzem os países
latino-americanos para a entrada na guerra, pois:
Há a recomendação de ruptura com o eixo à adesão aos princípios da Carta
do Atlântico, passando por medidas policias e jurídicas contra as atividades
julgadas subversivas no interior dos países.
• Tudo determinava aos países da região uma forte relação ocidentalista e
aliancista sob a liderança dos Estados Unidos.
O Brasil na Segunda Guerra Mundial
• Era visto como peça-chave na
ligação da América à África,
sobretudo devido às bases militares
localizadas no nordeste do país.
• Participa de importantes
campanhas na Itália e conquista
importantes vitórias.
A África na segunda guerra mundial
• Na África, a guerra não foi um fenômeno localizado apenas no norte do
continente e reverberou todo o continente, e também não se restringiu à luta
de alemães e italianos contra os britânicos.
• As consequências da guerra no continente foram:
Impacto econômico notório em várias partes do continente, que
permitiram a preparação do ambiente para o processo de
descolonização.
Representou através do recrutamento de colonizados para lutarem para
suas metrópoles uma violência a mais no conjunto de desigualdades
estruturais.
A participação no conflito foi levada como uma brecha para o ensaio de
ideais nacionalistas que se proliferaram pelo continente.
• A guerra expôs a falibilidade da dominação colonial.
5.3) A Nova
ordem
internacional: o
mundo já é outro
Uma Nova Ordem Mundial Pós-Guerra:
• Bombardeio em Hiroshima e Nagasaki em 1945;
• Berlim já se encontrava fora do jogo;
• Assim, dois polos centrais se firmam: Washington e Moscou
• Alianças de conjunturas: Agonia europeia perante a
hegemonia americana-soviética que ia se consolidando no
mundo.
• Dois grandes problemas para as duas superpotências:
Gerenciamento da paz pós-conflito e o reordenamento da
economia mundial.
5.3.1 - O Preâmbulo de um novo tempo nas Relações Internacionais:
• 1941: Adesão da URSS aos princípios da Carta Atlântica com
interesse de liderar as redefinições estratégicas pós-guerra;
• 1942: Vulnerabilidade da URSS perante ao front oriental e a
consolidação da aliança anglo-soviética;
• 1943: Desconfiança americana aumentava em relação à União
Soviética e o Diretório entre EUA, Reino Unido, URSS e China a
respeito da Alemanha Nazista.
O COMEÇO DE UMA NOVA ERA – 1943:
• Enfraquecimento da aliança entre a União Soviética e os países
Aliados;
• Questão polonesa: A Polônia reage sobre seu exílio político
demandado por Londres e Stalin demonstra importância à região.
• Questão italiana: A ascensão de Mussolini gera inseguranças em
Stalin. Assim, foi proposta uma troca da Polônia pela Itália.
• Conferência de Moscou (19 e 30 de Outubro de
1943): Teve como decisão final a capitulação da
Alemanha, ocupação do seu território pelos Aliados
e o desarmamento completo da região.
• Declaração do Ciaro (1° de Dezembro de 1943):
Exigia que o Japão devolvesse todas as suas
conquistas do grande projeto Ásia Oriental.
• Euforia de Teerã (28 de Novembro e 1° de
Dezembro de 1943/44): Ocorriam mais
negociações sobre o futuro da Alemanha.
Armistícios consagraram a influência da URSS na
Europa Oriental. O desânimo dos EUA nas
negociações se torna evidente e a relação URSS x
U.K surge numa troca de potências.
• Conferência de Yalta (Fevereiro de 1945):
Consagrou de fato a divisão dos demais países
Aliados e a URSS e o poder soviético em ascensão
na Europa Oriental, assim, surgindo um
unilateralismo soviético nas negociações.
5.3.2 - As Nações Unidas e o Grande Gerenciamento da Paz
• Todos os países demonstram interesse em conseguir a paz.
• A desconfiança entre a URSS x EUA se torna mais evidente.
• Truman já organizava uma forma de obter a paz parcial por meio da
cooperação internacional.
• Carta de São Francisco (1945): Reforçava a presença dos Aliados no
Conselho de Segurança e também o nível de poder soviético e americano
em frente ao comércio internacional.
• Conferência de Potsdam (1945): Mais oposição entre os Aliados e a
URSS em relação ao destino da Itália sem Mussolini e a reparação da
Alemanha.
• Durante essas conferências, ataques em Hiroshima, Nagasaki e Berlim
eram executados pelas duas potências, assim, eliminando qualquer tipo de
ameaça à nova ordem mundial bipolar.
• Tratado da Paz de Paris (1947): Marca, de fato, a paz parcial entre as
duas potências. Iniciando um período de armistício militar das duas partes
mas iniciando outro período de tensões, a Guerra Fria.
Referências
SARAIVA, José Flávio Sombra (COORD.). História das relações internacionais contemporâneas: da sociedade
internacional do século XIX à era da globalização. 2. ed., rev. e atual. São Paulo, SP: Saraiva, 2003. (livro
eletrônico).
HOYOS, FRANCISCO MARTÍNEZ. Chamberlain ante Hitler, ¿se podía amansar a la bestia?. Espanha, 26 mar. 2021.
Disponível em: https://www.lavanguardia.com/historiayvida/propuestas/20210326/6238025/podia-amansar-bestia.html.
Acesso em: 27 set. 2023.