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DINÂMICA DO K E

ADUBAÇÃO

PROF. DANIEL SCOTÁ

:
K trocável e não trocável
• Não trocável: não disponível, pode ser estrutural ou fixo.
Estrutural: 98% do K está na crostra terrestre, na estrutura. (Pode se tornar disponível
através do intemperismo).
Fixo: Refere-se ao potássio que está fortemente ligado às estruturas minerais do solo, como
as argilas micáceas e feldspatos. Esse tipo de potássio é considerado não trocável a curto
prazo, o que significa que não está prontamente disponível para as plantas absorverem, pois
sua liberação é um processo mais lento.
• Trocável: Está disponível no solo, nos colóides, como íon positivo (K+)
Guarde essa
informação!
As plantas absorvem o
potássio principalmente por
difusão, que é um processo
passivo e depende do
gradiente de concentração
do nutriente entre a solução
do solo e as raízes.
Principais funções do potássio na planta

Fotossíntese O potássio é necessário para ativar várias enzimas envolvidas na fotossíntese, o


processo pelo qual as plantas convertem a luz solar em energia química (açúcares).
Uma fotossíntese eficiente é crucial para o crescimento e a produção de biomassa
nas plantas.

Transporte de açúcares O potássio desempenha um papel fundamental no transporte de açúcares


produzidos na fotossíntese para os órgãos de armazenamento e de frutificação,
como grãos e frutos. Essa distribuição eficiente de açúcares é essencial para o
desenvolvimento adequado dos frutos e grãos.

Osmorregulação O potássio ajuda na regulação do equilíbrio osmótico das células vegetais, mantendo
o turgor celular. Isso é especialmente importante para o crescimento das células
reprodutivas e para a manutenção da firmeza e qualidade dos frutos.

Síntese de proteínas e enzimas O potássio é essencial para a síntese de proteínas e enzimas envolvidas em várias
etapas do desenvolvimento dos frutos e grãos, incluindo a formação de compostos
aromáticos e de sabor.

Divisão celular O potássio é necessário para a divisão celular adequada e para o crescimento das
células dos frutos e grãos, garantindo sua expansão e preenchimento adequados.

Resistência a estresses O potássio contribui para a resistência das plantas a estresses abióticos, como seca,
frio e salinidade, o que pode afetar negativamente o desenvolvimento e a produção
de frutos e grãos.
Perdas de K no
sistema.
As grandes perdas
estão na
superfície.
Sistema de adubação com Potássio.
K NÃO se movimenta tão rápido como se pensa!

Metodologia de Grande parte do contato do K com as raízes acontece por difusão,


requer umidade próximo as raízes, a planta “bebe” o potássio.
aplicação.
Sulco ou superficial?
A lanço é apenas por questão
de logística de aplicação, de
mecanização, mas sempre que
for possível, fazer no sulco de
plantio é melhor.

Adubação a lanço deve ser feito


para complementar dose,
manter os níveis de K no solo.
No entanto, sempre que
possível fazer também no sulco
de plantio, respeitando as
doses.
E o problema de
salinização fazendo no
sulco?

• O grande problema
não é
necessariamente as
doses, e sim as
distâncias entre o
fertilizante e a
semente, por isso, se
atentar a
mecanização, 4 a 5 cm
é suficiente.

Queimadura: o adubo por ser um sal, retira, “rouba” a água da


semente, danificando a semente (e o adubo).
• Solos arenosos podem propiciar mais
queimas (KCL) porque esse tipo de solo
retém menos água.

• A dose máxima segundo a literatura (no


sulco de plantio) é de aproximadamente
50 a 60 kg ha de K2O que vai dar entre
80 a 120 kg de KCL, mas isso pode
variar de solo e contexto, o restante, o
ideal é em cobertura.
• Mas o mais importante é a distância da
semente, que seria de aproximadamente
4 a 5 cm, ao lado e abaixo (quando é o
caso).
Como manejar
corretamente a
adubação como k?
• O nosso maior foco deve estar em equilibrar a
exportação de K com a manutenção, grande parte do
K será exportado pelos grãos, frutos, pela produção
como um todo, sendo assim, o mais importante não
é corrigir o solo quanto aos níveis de K, e sim fazer a
manutenção do que será retirado pelas plantas.

• Por exemplo, em uma correção de solo com K2O


aplicamos cerca de 70 kg/ha, e um cultivo de soja
que produz cerca de 5 t vai exportar cerca de 100
kg/ha de K2O.

Ou seja, precisamos de mais K para manter do que para


corrigir.
Principais • Informações importantes
adubos
Cloreto de potássio, vermelho ou branco?

• A coloração vermelha em
alguns grânulos de cloreto
de potássio é apenas uma
contaminação no material
de origem, o ferro, os
brancos não contem.
• A eficiência agronômica
de ambos é igual.
Pó de rocha.

• A questão é: Quantos %
solúvel em água? Agora é
saber o custo-benefício por
Kg de K2O. (Além dos outros
elementos que vem junto)

• Obs: não quantifique apenas


o insumo, mas também o
custo para aplicação.
• Lembre-se, é preciso verificar
logística, eficiência
agronômica (principalmente
solubilidade) e aplicação.
Adubação foliar
• Ainda há muitas controvérsias, pouco resultado
científico. No geral, não há necessidade de aplicação
foliar se o manejo via solo foi feito da forma correta,
toda demanda da planta é suprida via solo.

• Em alguns casos específicos de deficiência


nutricional, ou ate mesmo para enchimento de grãos
(*sem muito resultados experimentais) é possível
utilizar, mas ainda assim, o manejo via solo é o
melhor caminho.

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