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LER => Texto de Sh´mot - Parashá Bo em Hebraico RESUMO DA PARASHÁ 15 – BO (Vá)
D’us fala para Moshê e Aharon irem até o faraó
para que este liberte o povo judeu da escravidão, e se assim não o fizer, D’us castigará o Egito enviando a 8a. praga, gafanhotos, que cobrirá toda a terra e acabará com todo alimento e plantações que restaram, após a praga de granizo.
Ao saber que Moshê pretendia levar todo o povo
judeu, homens, mulheres, criancas e todo o seu gado, o faraó não permitiu que todos partissem, mas apenas os homens. O faraó volta as costas para Moshê e Aharon e então D’us manda os gafanhotos, dando início a destruição. A praga só é interrompida quando o faraó novamente implora a Moshê que reze a D’us para que interrompa a praga. Mas logo em seguida, assim que desapareceram os gafanhotos, endureceu novamente seu coração não deixando os judeus partirem. D’us então envia a 9a. praga: a escuridão completa. As trevas só afetavam os egípcios que permaneciam no mesmo lugar, sentados ou em pé, sem poder se mover por três dias, e somente para os judeus havia luz. O faraó apela novamente para Moshê, mas permite que partam desde que deixem seu gado para trás. Moshê não concorda, pois, o gado serviria de oferta de sacrifícios para D’us. O faraó então não os deixa partir.
D’us envia a última praga ao Egito: morte aos
primogênitos. D’us instruiu Moshê e Aharon sobre o mês de Aviv que será para o povo judeu o primeiro dos meses do ano e todos os detalhes envolvendo o Cordeiro Pascal, que seriam preparados para a refeição que precede o Êxodo. O sangue dos cordeiros foi colocado como sinal nas casas dos judeus para que D’us "saltasse" sobre suas casas, ferindo somente os egípcios.
D’us estabelece a comemoração de Pêssach e a
proibição de ingerirmos alimentos fermentados. Também nos instrui, através de Moshê e Aharon, sobre a obrigação de todos os anos, nesta data, relatarmos o Êxodo do Egito e os milagres com que Ele nos libertou da escravidão a nossos filhos, em todas as gerações. A parsha termina estabelecendo a mitsvá de Pidyon Haben (Resgate do Primogênito) e da colocação de tefilin.
Chabad.org MISTÉRIOS REVELADOS DA PARASHÁ 15 – BO
Primeiramente o nome da Parashá é BO, que
significa “venha” e este nome se extrai do primeiro verso que diz: “Vaiomer IHWH el Moshê BO el Parot”. E disse o Eterno a Moshé, venha, chegue ao Faraó.
Nós percebemos que o Eterno ordena a Moshé
(Moisés) que vá ao encontro ao Faraó. Na verdade, este confronto não é de homens, mas representa o antagonismo, uma dualidade entre Elohim e os deuses do Egito, entre a luz e as trevas. Temos certeza que Moshê travou uma luta espiritual. No Egito haviam muitos shedim (demônios) representados pelos deuses deles.
Tal como Moshê enfrentou o Faraó, nós temos
também que travar batalhas espirituais contra as trevas. Não há no judaísmo o conceito de que esta batalha de Moshê tenha sido contra HaSatan, pois este é inferior, bastando o Eterno “estalar os dedos” e ele está vencido. O Eterno é soberano, o todo poderoso! Não obstante, a batalha existe entre o ser humano e HaSatan. Este leva o homem a descumprir os mandamentos do Eterno. Os essênios tinham profundo conhecimento quanto a questão da soberania do Eterno. Para eles, quando o homem revela a Torá, é uma fonte de atuação das trevas. O pecado atrai os demônios para agirem na vida de uma pessoa. Os shedim atuam por meio de possessão de uma pessoa. A pessoa perde o discernimento. A outra maneira é a opressão. A pessoa recebe uma influência do pensamento, como se a mente fosse invadida por pensamentos que fazem com que essa pessoa venha a pecar. Se você é servo do eterno e percebe que começa a ter pensamento que venham a induzi- lo a pecar, afaste este pensamento, pois pode ser uma sugestão demoníaca, devendo ser evitada.
Os essênios entendiam que quando o ser humano
se santifica, obedecendo a Torá, promove a atração dos anjos e do próprio Eterno. Então a verdadeira libertação passa por um processo de eliminação do pecado, anulando-se as opressões e influências dos anjos caídos. Essa é a chave da batalha espiritual.
A obediência e santificação são blindagens,
armaduras de Elohim. Outra coisa, para os Essênios não havia uma divisão entre os mundos físico e espiritual. Este é tão presente quanto o físico, daí a necessidade de travar batalhas espirituais. A própria Kabalá antiga fala desse dualismo. Yeshua deu autoridade aos talmidim (discípulos), concedeu autoridades para expulsarem espíritos que agem na vida das pessoas. Nós não podemos desprezar isso, pois os “shedim” (demônios) existem, e o seres humanos devem se capacitar para não ser atingidos por eles.
Sobre o endurecimento do coração do Faraó,
tratamos na parashá passada. Em resumo, o Faraó já era ruim. Não há injustiça por parte do Eterno. Em verdade o Faraó nunca desejou o arrependimento. Fazer teshuvá é sair do caminho do mal e retornar ao caminho do bem, da Torá. No talmud , Mishná diz que se uma pessoa peca dizendo que depois fará a teshuvá, não lhe será concedida a oportunidade para fazer a teshuvá, para se arrepender, pois já está pecando, pois está com más intenções. Ora, isso demonstra que a pessoa está de má fé com o próprio Eterno. Uma coisa é pecar por ignorância, a pessoa não quer pecar e acaba pecando, é uma coisa, mas naquele exemplo é diferente.
No texto de Tanía , Igueret haTeshuvá, texto
chassídico, diz que o arrependimento somente é aceito pelo Eterno se você se arrependeu verdadeiramente, devendo abandonar o pecado. Yeshua falou várias vezes, “Vá e não peques mais”. Se a pessoa continua pecando é porque ela não se arrependeu.
O cristianismo fala que a lei acabou, foi pregada
no madeiro. Ora, pecado significa violar a lei. Se a lei acabou, não existe mais pecado. Isso é contraditório. Pecado é violação da Torá.
O perdão do Eterno está disponível para aqueles
que não queriam pecar. David pecou, mas ele abandonou o pecado.
Em Hebreus 10:28-29 está escrito que
“Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue da aliança com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?”
Já havia graça no antigo testamento, aparece mais
de 200 vezes a palavra “chessed”.
No midrash, explica que os gafanhotos (8ª praga)
destruiu a alimentação dos egípcios, pois foi uma punição para eles, vez que escravizaram o povo de Israel que trabalhavam a terra e os egípcios que ficavam com o seu fruto. Quanto à 9ª praga, a escuridão, também foi um castigo, pois muitos israelitas foram presos e jogados em prisões escuras. No momento em que os egípcios tinham a escuridão os israelitas possuíam a luz, tanto material quanto espiritual. Quando à 10ª praga, a morte dos primogênitos, foi a punição dos egípcios foi pela morte dos meninos israelitas, decretado por faraó.
Em êxodo 12:6, diz que a pessach (páscoa) seria
celebrada no mês de Aviv, no 14º dia. O primeiro mês não é do calendário gregoriano, mas sim do calendário judaico. Ora, o cristianismo celebra a páscoa na data celebrada pela igreja católica. Nós netzarim, seguimos o calendário bíblico, e não a idolatria romana. Outra curiosidade, depois do cativeiro da Babilônia, passaram a chamar o mês de Aviv de Nissan. Nissan tem origem no mês Nissano, em homenagem ao deus “ano” o deus do céu. Nissan não consta na Torá, e é dedicado a um deus pagão.
Ainda, a parashá diz que deveria aspergir o sangue
do cordeiro nas portas e seria o cordeiro comido com pão (rametz) sem fermento e marô (ervas amargas) e não haveria a morte dos primogênitos hebreus, após esse procedimento. Diz também que isso é estatuto para sempre. Analisemos: o Eterno falou para pegarmos um cordeiro (sê, em hebraico) que deveria ser imolado e seu sangue aspergido, em prol dos israelitas. João Batista por sua vez disse ao ver Yeshua: “Eis o cordeiro de Elohim, que tira o pecado da terra”.
Em uma festa da pessach, Yeshua disse, “coma,
isso é o meu corpo” e diante do cálice disse, “este é o meu sangue” (Mt 26:26-28). Não existe santa ceia instituído na Bíblia. Yeshua não instituiu isso, mas disse para lembrar deste ato, em sua memória (Fazer isso uma vez por mês é errado). Frank Viola, escritor cristão, fala expressamente que a santa ceia cristã tem origem nas religiões idólatras. Nós relembramos isso em pessach, 14º dia de Aviv.
Alguns do judaísmo messiânicos asseveram que
mesmo que alguns judeus neguem a Yeshua estarão salvos. Isso é uma heresia. (Devarim 18:18). A kapará somente se faz pelo sangue. Vaycrá/Lev 17:11. O judeu que negar a Yeshua, como terá a salvação? Sem kapará não obterão a vida eterna. O judeu que não aceita Yeshua necessita meditar nisso. Ora, sem sangue não se faz expiação. O Próprio Talmud explica isso.
Massechet Zevarim 6A – Certamente a expiação só pode
ser feita por sangue. Massechet Yomá 5A – está escrito: será que a imposição na cabeça do animal faz a expiação? Não. É o sangue que faz a expiação em virtude da vida.
Conclusão, tanto a Torá quanto o Talmud afirmam
que a expiação dos pecados se faz pelo sangue, e tal raciocínio foi adotado pelos ketuvim natzarim (Novo Testamento) em Hebreus 9:32 ao falar que a Kapará é feita pelo sangue do Mashiach. É impossível obter a vida eterna sem Yeshua HaMashiach. Yeshua diz em Mt 10:32-33 “Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus. Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei também diante de meu Pai, que está nos céus.” Ainda, em João 3:33 diz que “Aquele que o aceita confirma que Elohim é verdadeiro”. Há muitos outros textos que mostram o derramamento do sangue como elemento necessário pela salvação. Há vários textos bíblicos que confirmam que Yeshua haMashiach é necessário para a salvação: João 3:16-21, 10:27-28, 11:25-26, 14:6-7, 15:5-6, 15:26-25, Lucas 12:8-9, 2Co3:14-16, 1Jo 2:23, e muitos outros.
Não se iludam, quem negar Yeshua, está negando
sua salvação. Sh´mot 12:5 fala de “Setamim” – cordeiro sem defeito, e Yeshua nunca cometeu pecado 1João 3:4 e hb 4:15. Vimos que nosso povo aplicou o sangue nos umbrais, e os primogênitos não foram atingidos. Da mesma forma, Yeshua foi imolado, levado ao madeiro por todos nós. Sofreu por você e por mim. O Castigo que nos traz a paz estava sobre ele. Apocalipse chama Yeshua como Melech HaMelachim (Rei dos Reis), título dado ao Eterno. O Tanach diz que só o Eterno é o Adonai Adonim (Senhor dos Senhores) e habitou entre nós. Yeshua escolheu vir ao mundo pobre, vendido por um discípulo, para que você e eu fossemos comprados. Yeshua foi preso para que sejamos libertos. Yeshua foi humilhado para que sejamos exaltados. Yeshua foi espancado , para que nós fossemos abraçados pelo Eterno como filhos. Yeshua morreu por você, por mim, por todos nós. E o que nós estamos dispostos a fazer por Yeshua.
Bo – venha, chega. Dizemos, Bo El Yeshua
HaMashiach. Todos nós só temos vida eterna com Yeshua. Ele é o caminho, a verdade e a vida, e que esse shiur (aula) possa chegar aos irmãos judeus, e aos goim (gentios) . Yeshua era judeu, guardava as festas bíblicas, judeu zeloso, fez aliança renovada com a casa de Yhudá e voltará para cumprir as profecias, pois ele morreu como servo sofredor, como Mashiach Ben Yosef, e agora retornará como Yeshua Ben David, como Rei dos Reis e Senhor dos Senhores. Ele instituirá aqui na terra o seu reio de shalom.
Tefilah – Eterno nós te agradecemos em nome de Yeshua
HaMashiach, sê conosco pai. Que tua palavra possa tocar nossos corações. Elohei Há´yvrim, elohei Avraham, elohei Itzchaki, elohei Yacoov. Ó Eterno nós oramos, que o Senhor possa Pai, impactar essa geração. Que todos possam fazer a verdadeira Teshuvá, não somente com a boca, mas com a genuína intenção em seus corações. Que mais gentios ingressem na aliança por meio de Yeshua HaMashiach, e sejam enxertados na Oliveira que é Israel, vivendo como judeus zelosos. Também as tribos perdidas, que possam chegar, “BO”. E cremos que todo Israel será salvo (Rm). Que possamos fazer teshuvá ao Yeshua HaMashiah. Amén.
Shabat shalom. Aharon Ben Há´Levi, 22 de janeiro de 2021 – 09 Shevat 5781.