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PG-MA-SMA-SMA-

NEXA – Complexo MA Código


025-PT
Padrão Gerencial Revisão 1.3 (11/08/2018)
Título:
Área SMA
Gestão de animais peçonhentos e venenosos
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1. OBJETIVO

Este procedimento visa informar todos os funcionários próprios e terceiros quanto aos cuidados que
devem ter na presença de animais peçonhentos e venenosos existentes em áreas de trabalho.

2. APLICAÇÃO

Aplica-se aos funcionários próprios e contratados que venham a realizar serviços na Unidade em áreas
de riscos conforme constantes deste Padrão.

3. REFERÊNCIAS
PG-SUS-GMA-001-PT Avaliação de risco
PG-SUS-SSO-003-PT Análise de incidentes e gerenciamento de crise
PG-SUS-SSO-025-PT Animais peçonhentos

4. DEFINIÇÕES
4.1. Animais Peçonhentos

São todos aqueles que secretam substâncias tóxicas (venenos) e dispõem de órgãos especializados
para sua inoculação (presas ou ferrões). Exs.: Serpentes, Aranhas, Escorpiões, Lacraia, Abelha,
Vespa, Marimbondos e Arraias.
4.2. Animais Venenosos

Normalmente aplicado aos animais capazes de produzir veneno numa glândula secretória ou num
grupo de células e que pode libertar esses venenos no momento da picada ou mordida.
4.3. Tipos de Acidentes

Acidente Botrópico: São responsáveis por 90% dos acidentes ofídicos no Brasil. Caracterizadas por dor
imediata, de intensidade variável.

Acidente Crotálico: responsáves por 10% das ocorrências. Caracterizada por mal estar geral, sudorese
ou secura da boca.

Acidente Elapidico: Tais acidentes representam menos de 0,5%. Caracterizada por semelhança ao de
envenenamento crotálico, porém, de maior gravidade.

Acidentes Colubrídeos: Apenas ferimentos superficiais na pele, não havendo inoculação da peçonha.

Acidentes Aracnídeos: Os acidentes são classificados em leve (com sintomatologia


predominantemente local) com taquicardia e agitação secundária à dor. O principal sintoma é dor local
de intensidade variável, irradiando à raiz do membro picado.

Acidentes Escorpionicos: Importantes não só pela freqüência com que ocorrem em algumas regiões,
mas também pela gravidade. A dor é o principal sintoma, de intensidade variável.

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5. PROCEDIMENTOS E RESPONSABILIDADES / AUTORIDADES
5.1. SMA

Participar do comitê multidisciplinar responsável pela aplicação da metodologia, nos trabalhos de


identificação do risco crítico animais peçonhentos.

Capturar animais peçonhentos quando solicitado pela área de SSMA.


5.2. Posto Médico

Manter convênio com os centros de serviço de saúde do município com o objetivo de monitorar e
garantir a existência de soro antiofídico.

O monitoramento é realizado mensalmente junto as secretarias de saúde do município e o controle de


disponibilidade do soro é controlado pelo ambulatório médico da unidade.

Identificar e controlar as pessoas que possuem hipersensibilidade a picada de insetos através do


questionário de saúde.

Grantir o pronto atendimento com o atendimento a acidentes pessoais envolvendo picadas de animais
peçonhetos conforme plano de emergência.
5.3. DHO

Garantir a atualização das matrizes e LNT’s dos colaboradores e prover treinamento nas instruções
pertinentes para todas as pessoas envolvidas no manuseio, captura e remoção de animais
peçonhentos e venenosos.
5.4. Coordenador/Supervisor

Gerenciar e executar todo o processo do risco crítico animais peçonhentos da sua área;

Garantir a sinalização de áreas de riscos envolvendo animais peçonhentos;

Promover a revisão da Planilha Avaliação de Riscos diante de quaisquer mudanças e/ou análise e
investigação de acidentes/ quase-acidentes envolvendo animais peçonhentos

Enviar sua equipe para treinamento de reciclagem de acordo com a programação.

Supervisionar se sua equipe utiliza os EPI´s necessários quando em áreas de risco envolvendo
animais peçonhentos.

Comunicar o setor de SSMA (horário administrativo) ou portaria (horário turno), quando da presença de
animais peçonhentos em sua área para que seja promovida a captura.
5.5. Gestor de Contrato

Gerenciar e executar todo o processo do risco crítico de animais peçonhentos em conjunto com o
preposto da Contratada.
5.6. Executante de atividades em áreas de risco

Utilizar os EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual) aplicáveis de acordo com a situação como:
luvas, botas, óculos, perneiras, macacão, máscaras, chapéu/capacete com véu protetor entre outros.

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Realizar a verificação de utensílios e vestimentas antes de utilizá-los (visual, sacudir, bater).

Inspecionar a área de trabalho antes de iniciar qualquer atividade a fim de identificar possível presença
de animais peçonhentos.
5.7. Guardião

Acompanhar a implementação de ações e avaliação de sua eficácia referente ao Protocolo SGV


Animais Peçonhentos.

Realizar auto-avaliação, análise crítica e auditorias para determinar o status do desempenho e avaliar a
capacidade em assegurar conformidade contínua.

Atender à Auditoria Corporativa pilar SGV Segurança.

Trocar Informações entre as unidades operacionais da Nexa.

Garantir que todas as pessoas que atuam em áreas de risco sejam treinadas no padrão.

Manter atualizado o catálogo dos principais animais peçonhentos e venenosos existentes na unidade.

Adquirir equipamentos para manuseio, captura e remoção de animais peçonhentos e venenosos.

Mapear e classificar áreas críticas para gerenciamento de risco.

6. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
6.1. Disposições Específicas

O catálogo dos principais animais peçonhentos e venenosos existentes estão disponíveis na área de
SSMA e ambulatário médico da unidade.

A unidade dispõe de equipamentos de captura/remoção de animais peçonhentos e venenosos:

 Kit de captura .
 Macacões de apicultor para captura e manuseio de abelhas e vespa.

Os kits e materiais de capturas estão disponíveis na área de SSMA e na brigada de emergência.

As áreas de risco de incidência de animais peçonhentos ou venenosos estão identificadas por placas,
além de existir um mapa de risco disponível na área de SSMA.

Prevenção

A unidade possui plano de limpeza de manuteção paisagística incluído a execução de (aceiros e


roçadas) para facilitar a identificação da presença de qualquer animal peçonhento / venenosos, bem
como dificultar a fixação de ninho ou esconderijo para os mesmos.

As atividades em área de vegetação quando não são realizadas por equipes, isto é realizada por
trabalhador solitário o mesmo faz uso de equipamentos de comunicação (Rádio ou Celular).

A unidade possui também um controle de pragas e roedores, garantindo assim um bloqueio de


entradas de serpentes em prédios e depositos.

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O SGA da unidade possui programa de preservação da flora e fauna que garante o equilíbrio ecológico
das epécies, mantendo assim os animais na áreas de vegetação e também o controle populacional
com a presença de predadores naturais.
6.2. Constatações de Animais

Quando detectado a presença de serpentes, aranhas, lacraias, escorpiões assim como ninhos de
vespas, abelhas, marimbondos nas áreas, deverá ser de imediato comunicado a área de SSMA
(horário administrativo) ou Portaria (horário turno), para providências de captura e remoção.

Somente pessoal treinado e autorizado pode fazer a captura e remoção desde que atendido aos
seguintes requisitos:
 Treinamento específico em animais peçonhentos a cada 02 anos, com carga no horária no
mínimo de 8h (Teórica/Prática), realizado por empresa especializada;
 Efetividade do treinamento comprovada através de avaliação prática pelo instrituaro e emissão de
certicificado;
 Dispositivo e material para captura e acondicionamento disponíveis;
 Se for imprescindível a realização da atividade/tarefa no local.

As Serpentes, aranhas, lacraias, escorpiões quando capturados deverão ser soltos nas áreas de
reserva legal da unidade.
6.3. Capturando Serpentes

Para captura de animais peçonhentos e venenosos deve-se utilizar as especificações contidas no

PO-MA-SMA-SMA-009-PT do qual descreve os passos de como identificar, sinalizar, preparar material,


capturar, remover e registrar.

O registro é feito na área de SSMA através de palnilha de controle de Captura que fica disponível na
área de SSMA.
6.4. Medidas a serem tomadas em caso de acidentes

As medidas de primeiro socorro em caso de emergência devem seguir as diretrizes especificadas no


padrão de atendimento de emrgência.

6.5. Tipos de Serpentes e Sintomas

As serpentes peçonhentas são divididas em 2 tipos:

Fosseta loreal presente- Órgão sensorial termorreceptor (orifício situado entre o olho e a narina), daí
a denominação popular de “serpente de quatro ventas” (fig.1). indica com segurança que a serpente é
peçonhenta e é encontrada nos gêneros Bothrops, Crotalus e Lachesis.

Todas as serpentes destes gêneros são providas de dentes inoculadores bem desenvolvidos e móveis
situados na porção anterior maxilar (fig. 2).

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Fosseta loreal ausente- As serpentes do gênero Micrurus não apresentam fosseta loreal (fig.4) e
possuem dentes inoculadores pouco desenvolvidos e fixos na região anterior da boca (fig.5).

Fig.4 Fig.5

 Cascavel gênero Crotalus


a) Identificado pela presença de chocalho.

b) Sintomas
- Ausência de dor no local da picada;
- Sem evidencia de lesão no local da picada.
- Dificuldade em manter os olhos abertos e sonolência;
- Visão turva e dupla;
- Pálpebras caídas e fácies de bêbado.

 Jararaca; Jaracuçu e Urutu gênero Bothrops


a) Identificado através de fosseta loreal. Se possuir fosseta trata-se de cobra venenosa

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b) Sintomas
- Dor e inchaço no local da picada;
- Sangramento local, gengiva ou pele são freqüentes;
- Mais tardiamente, queda de pressão arterial e insuficiência renal.

 Coral gênero Micrurus


a) Identificação difícil, na coral verdadeira os anéis contornam todo corpo da serpente.Em
caso de duvida na identificação da coral verdadeira ou falsa, tomar as ações
considerando que seja a verdadeira.

b) Sintomas
- Sintomas semelhantes ao acidente causado por cascavel, acrescidos de sensação
de fraqueza muscular e sufocação.
- Grande preocupação em virtude da gravidade dos sintomas, mas felizmente pouco
comum.

 Surucucu gênero Lachesis.


a) Maior serpente peçonhenta das Américas. Habita Amazônia e Mata Atlântica. Apresenta-se
com escamas eriçadas.

b) Sintomas
- Quadro clínico semelhante ao botrópico, acrescido de diarréia e queda da pressão
arterial.

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6.6. Tipos de Aranhas

Existem várias espécies e no Brasil 03 gêneros se destacam:

 Loxosceles (Aranha marrom)


 Phoneutria (Aranha Armadeira)
 Latrodectus (Viúva Negra)

a) Sintomas e tratamentos
- Tratamento Sintomático: Maioria dos casos – Alívio da dor: Anestésico local, Anestésico
sistêmico e compressas quentes no local.
- Tratamento específico: Casos graves e Crianças – Hospitalização e apresentando dor
local, vômitos, sudorese, agitação, priaprismo e hipertensão arterial.
- Aplicação de Soro Antiaracnídeo.
6.7. Tipos de Escorpiões

 Escorpião preto Tityus bahiensis e amarelo Tityus serrulatus

a) Sintomas e tratamentos
- Tratamento sintomático : Maioria dos casos – Alívio de dor: Anestésico local e sistêmico
- Tratamento específico: Caso graves e crianças – Hospitalização e apresentado dor local,
vômitos, náuseas, sudorese, agitação, priaprismo e hipertensão ou hipotensão arterial,
arrítmicas cardíacas, etc.
- Aplicação de Soro Antiescorpiônico

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6.8. Abelhas, marimbondos e outros
a) Sintomas e tratamentos
- Tratamento sintomático: Maioria dos casos – Alívio de dor: Anestésico local e sistêmico
- Tratamento específico: Caso graves e crianças – Hospitalização e apresentado dor local,
vômitos, náuseas, sudorese , agitação, priaprismo e hipertensão ou hipotensão arterial,
arrítmicas cardíacas, etc.
- Aplicação de soro específico.
6.9. Análise Critica

A unidade deve realizar análise crítica anualmente do risco crítico animais peçonhentos abordando no
mínimo os seguintes itens:

 Ocorrências envolvendo animais peçonhentos e venenosos


 Controle de capturas
 Treinamentos e capacitação
 Resultado de auditorias e inspeções
 Análise do padrão gerencial
 Melhoria contínua do processo de animais peçonhentos.

7. ANEXOS

Não se aplica

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