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ª Flavia Daniel Vianna – Curso Licitações EAD VENDA E


REPRODUÇÃO EXPRESSAMENTE PROIBIDAS Copyright ©, Vianna & Consultores - Todos os
direitos reservados

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AUTORA FLAVIA DANIEL VIANNA


1. Advogada especialista e instrutora na área das licitações e contratos administrativos;
2. Pós-graduada em Direito Administrativo pela Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo (PUC/SP);
3. Coordenadora Técnica e consultora jurídica da Vianna & Consultores Associados Ltda;
4. Autora das seguintes obras:
● Livro: “Ferramenta contra o Fracionamento Ilegal de Despesa – A União do Sistema de
Registro de Preços e a Modalidade Pregão” – Ed. Scortecci – 2009 –SP
● Livro “Manual do Sistema de Registro de Preços (SRP)” – Ed. Synergia - 2015
● “Coletânea de Jurisprudências referentes à matéria das Licitações e Contratações
Administrativas” –Ed. Vianna – 2004 – SP (Esgotada)
● Coleção E-book “Pregão Eletrônico – com ênfase na prática” (prelo)
5. Co-autora das obras:
● Livro: “Subsídios para Contratação Administrativa” – Editora INGEP – 2011 – SP.
● Livro: “Subsídios para Contratação Administrativa” – Legislação Essencial e Questões
Práticas – Volume 1 – Editora INGEP – 2012 – Porto Alegre.
● Livro: Licitação com micros e pequenas empresas – Atualizado pela LC 147/2014 –
2015 – SP.
● Livro: Licitações Públicas – Homenagem ao jurista Jorge Ulisses Jacoby Fernandes –
Editora NP, 2016
6. Autora dos cursos online (a distância) desenvolvido pela Vianna & Consultores,
disponíveis em www.viannaconsultores.com.br
7. Autora de dezenas de artigos científicos, publicados em periódicos e revistas
especializadas no tema e E-books sobre Licitações e Contratos Administrativos.
8. Integrante do Comitê Técnico da Revista Síntese Licitações, Contratos e Convênios, da
Editora IOB.
9. Articulista/Colaboradora Permanente dos principais periódicos do Brasil e Colunista
de Revistas Especializadas sobre Licitações e Contratos Administrativos

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Identificar Quando Utilizar cada Modalidade de Licitação

1. Identificar Quando Utilizar cada Modalidade.............................04


2. Pregão.........................................................................................05
3. Aplicação Subsidiária? O Que é Isso?.......................................07
4. Características do Pregão.........................................................07
5. Modalidades Concorrência, Tomada de Preços
e Convite..........................................................................................14
6. Características em Comum das Modalidades Clássicas da
8.666................................................................................................15
7. Características Individuais das Modalidades Clássicas da
8.666................................................................................................19
8. Convite.........................................................................................19
9.Tomada de Preços........................................................................22
10. Concorrência..............................................................................24
11. Leilão.........................................................................................26
12. Concurso....................................................................................27
13. Pregão – A Modalidade Obrigatória...........................................29

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1. Identificar quando utilizar cada modalidade


Pregão, Convite, Tomada de Preços, Concorrência, Concurso e Leilão.
Qual modalidade devo adotar em minha licitação? (servidor)
Quais diferenças entre uma e outra na licitação que vou participar?
(fornecedor)

A modalidade nada mais é que a forma pela qual será executada


aquela licitação.
A importância de conhecer e entender quais são as modalidades e
suas diferenças, é que cada modalidade possui ritos diferentes quanto a
prazos, valores, universo de licitantes, procedimento mais simplificado ou
mais burocrático etc.
Nesse momento você precisa aprender as diferenças entre uma
modalidade e outra, para depois aprender a operar (Administração) e
participar (fornecedor) da licitação em cada uma delas!
Por isso essa aula você será apresentado às modalidades, mas o
passo a passo de cada uma você verá nas próximas aulas.
São chamadas de modalidades de licitação o Pregão, a
Concorrência, a Tomada de Preços, o Convite, o Leilão e o Concurso.

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2. Pregão
Essa modalidade pode ser realizada na forma PRESENCIAL ou na forma
ELETRÔNICA. Por isso você vai ouvir falar em Pregão Presencial e Pregão
Eletrônico (é uma modalidade só, com duas formas de operar – em uma
sessão pessoalmente ou pela internet).
O Pregão não existe na Lei nº 8.666/93. Ele nasceu em julho de 19971
na ANATEL. Depois foi editada a Medida Provisória 2.026, em 4 de maio de
2000, instituindo o pregão apenas no âmbito da União. Esta MP foi
reeditada por 18 (dezoito) vezes e renumerada, até ser convertida na Lei nº
10.520 de 17 de julho de 2002 (Lei Nacional do Pregão).
Preciso citar que antes mesmo de aparecer a Lei 10.520/2002, na
esfera federal, o Pregão Presencial foi regulamentado pelo Decreto Federal
3.555 de 08 de agosto de 2000 e, o Pregão Eletrônico, instituído pelo
Decreto Federal nº 3.697/2000 (revogado) e atual Decreto Federal nº
5.450, de 31 de maio de 2005.

Atualmente a legislação do Pregão é a seguinte:


▪ Lei nº 10.520/02 (Válida em todo território Nacional)
▪ Aplicação subsidiária da Lei nº 8.666/93 (Válida em todo território
Nacional)
▪ Esfera federal: Decretos nº 3.555/002 e 5450/05.
▪ Demais esferas: Podem instituir normas específicas, aplicáveis
restritamente ao âmbito federativo de cada ente, desde que não
contrariem as normas gerais de licitação.

Existe uma curiosidade interessante que você precisa entender: a


Lei nº 10.520/02 foi confeccionada com os olhos voltados ao pregão
presencial. Por isso, qualquer órgão/entidade que quiser adotar o pregão
presencial, pode fazer, basta aplicar nessa licitação todos critérios da Lei
10.520/02.

1
Nasceu na Agência Nacional de Telecomunicações, pela Lei Geral de Telecomunicações – Lei 9.472 de
16.7.1997, que autorizava a adoção do pregão para aquisição de bens e serviços comuns (Arts. 54 a 57)
apenas na ANATEL. Após, o pregão foi estendido a todas as agências reguladoras, pela Lei Federal nº
9.986 de 18 de julho de 2000 (Art. 37)
2
Como o Decreto 3.555/00 é anterior à Lei 10.520, contradições existentes entre estes dois diplomas,
deverá prevalecer a Lei 10.520/02.

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Mas não podemos dizer o mesmo do Pregão Eletrônico!


Isso porque a Lei 10.520/02 indicou que o pregão eletrônico poderia
ser utilizado nos termos de regulamento específico (art. 1º, § 1º, Lei
10.520/02).
Ora, na esfera federal você já viu que existe um regulamento só para
isso: o Decreto nº 5.450/05. Mas não se aplica às demais esferas, como você
já aprendeu.
Então Estados, DF, Municípios, Pode Legislativo, Judiciário,
Ministério Público, Tribunais de Contas, para implantarem o pregão
eletrônico, necessitam de um regulamento próprio, detalhando as normas
sobre pregão eletrônico.

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3. APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA? O QUE É ISSO?

Só faltou agora você entender o que significa “aplicação subsidiária


da Lei nº 8.666/93 ao Pregão”.
Isso implica em duas regras fáceis:
1) O pregão possui um tratamento normativo próprio, a Lei
10.520/2002! Assim, se existir contradição entre as normas da Lei
10.520/2002 e da Lei 8.666/93, valerá a primeira (princípio da
especialização), restando excluída a segunda;
2) Em caso de omissões ou lacunas da Lei 10.520/02 (seriam matérias
nas quais a Lei do Pregão não tratou ou tratou insuficientemente), será
aplicável a Lei 8.666/93 (ex.: contratos administrativos, são regidos pela
8.666).

4. CARACTERISTICAS DO PREGÃO
▪ Sem limite de valor: não importa o valor da licitação, do contrato. Desde
que o objeto seja comum, pode adotar o pregão.

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▪ Objeto comum: são aqueles objetos de aquisição habitual/rotineira da


Administração Pública; apresentam características que encontrem no
mercado padrões usuais de especificação e; possibilitem o julgamento
objetivo pelo menor preço3.

O objeto que pode ser adquirido por pregão são bens e serviços comuns –
qualquer serviço incluindo engenharia4.

3
PEREIRA JUNIOR, Jessé Torres. Comentários à lei das licitações e contratações da administração
pública. 8. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2009, p. 1057.
4
Súmula 257/2010 – TCU: O uso do pregão nas contratações de serviços comuns de engenharia
encontra amparo na Lei nº 10.520/2002 .
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Mas obras, não. A Lei n° 10.520/025, quando determina o uso de


pregão para aquisição ou contratação de bens ou serviços comuns, elimina
qualquer possibilidade de contratação de obras através do instituto.

Bens e serviços comuns, pela definição legal (art. 1º da Lei 10.520/02) são
“aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser
objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no
mercado”.

5Art. 1º Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação na modalidade de pregão, que será regida por esta
Lei.

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▪ Lances + Negociação = redução do valor contratado. Essa redução é


significativa pois no pregão existe uma fase de lances (todos os
proponentes podem oferecer menores preços). Finalizada a etapa
competitiva, o pregoeiro ainda negocia com o primeiro colocado,
alcançando um valor ainda menor para o órgão/entidade.
Nas modalidades tradicionais (concorrência, tomada de preços e convite)
os licitantes possuem apenas uma oportunidade de ofertar seus preços,
através da proposta escrita, não existe etapa de lances!

▪ Condução pelo pregoeiro auxiliado pela equipe de apoio: quem conduz


a sessão do pregão é chamado de Pregoeiro. E o pregoeiro tem uma equipe
que o auxilia (não toma decisões, apenas ajuda) chamada de equipe de
apoio.

▪ Qualquer um participa, basta atender aos requisitos do edital se for


pregão presencial e se for eletrônico precisa estar credenciado no sistema
onde ocorrerá a sessão.

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▪ Procedimento ágil, rápido, sessão concentrada que termina em poucas


horas.
O primeiro ponto que torna o pregão muito mais rápido é inversão das
fases de habilitação e julgamento das propostas.
Para você entender melhor, a sessão da licitação tem duas fases principais
- Habilitação: verifica toda documentação das empresas.
- Julgamento das propostas: verifica propostas das empresas,
objeto e preço

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Nas licitações por concorrência, tomada de preços e convite, a


Comissão de Licitação (a Administração) precisa analisar todos os
documentos de todas as empresas, um por um (imagina o trabalhão!)
sendo que só uma empresa vai ganhar !!!

Depois que termina toda essa análise, precisa abrir (regra) uma
etapa de recurso das decisões que tomou na etapa de habilitação (isto é,
precisa deixar todos os licitantes que não concordem com alguma atitude
da Comissão, possam recorrer).
Só depois dessa maratona, passa para a abertura das propostas para
verificar quem vai vencer. E ainda tem mais uma etapa recursal, das
decisões que a Comissão tomou sobre julgamento das propostas (quem foi
classificado, desclassificado).

No pregão isso é invertido: o pregoeiro abre as propostas, começa


a fase de competição, quando termina a etapa de lances verifica os
documentos de habilitação somente do primeiro colocado (claro, só se ele
for inabilitado analisa do segundo). Só essa inversão já reduz um tempo
gritante!

DICA: É muito comum confusão com os termos “habilitar, inabilitar,


classificar, desclassificar”. Então aprenda aqui a forma correta para você
nunca errar na utilização do termo:
Fale que a empresa foi habilitada ou inabilitada quanto à análise de seus
documentos, na fase de habilitação.
E de outro lado, apenas da fase de julgamento de propostas (objeto e
preço), que você vai dizer que a empresa foi classificada ou desclassificada.
Agora ficou fácil, né?

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O segundo ponto responsável pelo pregão ser muito mais rápido, é


a fase recursal unificada. O pregoeiro não fica abrindo duas fases recursais.
Ele termina toda a sessão e abre no fim da sessão uma etapa só de recurso
(quem se sentiu violado tem esse único momento para recorrer).
Isso permite, muitas vezes, que a sessão do pregão se inicie e
termine até no mesmo dia !
Nas modalidades clássicas (Concorrência, Tomada de Preços e
Convite), a fase recursal ocorrerá em dois momentos distintos: após a
habilitação e após o julgamento das propostas.

Prazo de Publicidade é o intervalo de prazo entre a publicação do


edital até a data da sessão.
No pregão o prazo de publicidade é de, no mínimo, 8 (oito) dias úteis.
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5. MODALIDADES CONCORRÊNCIA, TOMADA


DE PREÇOS E CONVITE

São as modalidades clássicas da Lei nº 8.666/93.


Para você entender melhor o porquê dessas modalidades, quando
a Lei nº 8.666/93 foi criada, foi por engenheiros! Por isso as regras da 8.666
foram feitas com o olhar voltado para a engenharia (para obras e serviços
de engenharia).
Mas é claro que nem só de Obras vive a Administração!

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Daí que a famosa 8.666 é utilizada para compra de bens,


contratação de serviços gerais, e claro para obras, serviços de engenharia.
Mas imagina só a dificuldade de usar um regime todo complexo e
elaborado, que é usado por exemplo para contratar a construção de um
prédio, e você ter que usar o mesmo sistema para comprar canetas ?
Foi com esse enfoque que surgiu a necessidade de uma modalidade
mais ágil, rápida, eficiente para comprar objetos comuns. Daí surge o
PREGÃO !
Tanto que hoje utilizar o pregão quando o objeto for comum é uma
obrigação na esfera federal (quem obriga é o Decreto Federal nº 5.450/05,
art. 4º, § 1o).
As demais esferas (Estados, Municípios, DF, Tribunais de Contas,
Ministério Público, Poder Legislativo, Poder Judiciário) como não se aplica
automaticamente o Decreto 5450/05, podem ou não prever a
obrigatoriedade em regulamento próprio.
Por isso é comum afirmar que as demais modalidades (clássicas da
8.666) acabaram ficando para contratações de objetos “não-comuns” (ex.
obras ou serviços não-comuns).

Vamos conhecer agora as características em comuns destas


modalidades clássicas da 8.666.

6. CARACTERÍSTICAS EM COMUM DAS


MODALIDADES CLÁSSICAS DA 8.666

1- A adoção em função do VALOR DA CONTRATAÇÃO.

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Você deve verificar o valor da contratação, distinguir se é


obra/serviço de engenharia ou se é compra/outros serviços, e aplicar o
quadro abaixo para chegar na modalidade correta:

Obras e serviços de engenharia


Modalidade Depois Decreto 9.412/18
Convite Até R$ 330.000,00 (trezentos e trinta mil reais)

Tomada de Preços Até R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos


mil reais)
Concorrência Acima de R$ 3.300.000,00 (três milhões e
trezentos mil reais)

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Compras e outros serviços


Modalidade Depois Decreto 9.412/18

Convite Até R$ 176.000,00 (cento e setenta e seis mil


reais)
Tomada de Preços Até R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e
trinta mil reais)
Concorrência Acima de R$ 1.430.000,00 (um milhão,
quatrocentos e trinta mil reais)

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Saiba que a Lei nº 8.666/93 prevê em seu art. 23 outros valores


(defasados). Não se assuste ao abrir a Lei neste artigo e encontrar valores
diferentes! Você precisa saber que os valores do art. 23 estão
desatualizados, você deve aplicar os valores aqui do quatro acima, que
foram atualizados (depois de quase 3 décadas) pelo Decreto nº 9.412/18.
Esse Decreto apesar de ser federal, como tratou da atualização dos
valores (gerais) com fundamento no art. 120 da Lei nº 8.666/93, esses
novos valores atualizados do quadro acima valem em todo Brasil, ok? Todos
os Poderes, todas as esferas.
DICA QUE VAI MUDAR SUA VIDA!
Cuidado, mesmo os servidores e fornecedores mais experientes
desconhecem o fracionamento ilegal da despesa.
Já vou explicar direitinho isso pra você. Por hora só preciso que você grave
a seguinte informação: os valores acima não são considerados por licitação
e sim, por natureza do objeto no exercício financeiro!
Só mais um pouquinho e já voltamos a falar sobre isso , tudo bem?

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2 – Primeiro analisa documentos de todas empresas (habilitação), depois


proposta (exceto se o órgão adotou a inversão das fases)

A regra na 8.666 é, durante a sessão da licitação, primeiro efetuar a


etapa de HABILITAÇÃO das empresas e, somente depois, a fase de
JULGAMENTO DAS PROPOSTAS.
Em Alguns Estados e Municípios houve a inversão das fases de
habilitação e julgamento de propostas, assim como ocorre no pregão
(apenas sem a etapa de lances), gerando celeridade.
Porém você só pode adotar essa inversão nas modalidades clássicas
se tiver alguma legislação na sua esfera autorizando, caso contrário: segue
o regramento geral da 8.666/93: primeiro habilitação, depois propostas!

7. CARACTERÍSTICAS INDIVIDUAIS DAS


MODALIDADES CLÁSSICAS DA 8.666
Conheça agora as características individuais de cada uma das
modalidades da 8.666/93.

8. CONVITE
▪ Utilizada nas contratações de pequeno vulto;

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▪ Só participam convidados ou cadastrados, da seguinte forma:


- convidados (mínimo de 3) sejam eles cadastrados ou não;
- não-convidados somente se forem cadastrados e manifestem
interesse em participar até 24 h antes da sessão;

▪ Rito menos formal (carta-convite não é publicada para convocação, são


remetidos aos fornecedores e afixado no quadro de avisos, prazos
menores);

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▪ Primeiro analisa documentos de todas empresas (habilitação), depois


proposta (exceto se o órgão adotou a inversão das fases);
▪ Adotada pelo valor da contratação (considerado objeto no exercício
financeiro);
▪ Também pode ser usada em licitações internacionais, quando não houver
fornecedor do bem ou serviço no País, desde que na correspondente faixa
de valor dessa modalidade.

PRAZO DE PUBLICIDADE: prazo mínimo para o envio da carta-


convite e sua afixação no quadro de avisos da repartição, até a data fixada
para recebimento das propostas, é de 5 (cinco) dias úteis (art. 21, § 2º, inc.
IV da Lei nº 8.666/93).

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9.TOMADA DE PREÇOS
▪ Utilizada para contratações de valores medianos.

▪ Só participam cadastrados ou não-cadastrados que atendam todas


condições de cadastramento até 3 dias antes da sessão.

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▪ Primeiro analisa documentos de todas empresas (habilitação), depois


proposta (exceto se o órgão adotou a inversão das fases)
▪ Adotada pelo valor da contratação (considerado objeto no exercício
financeiro);
▪ Também pode ser usada em licitações internacionais, observado seu
limite de valor, e desde que o órgão ou entidade disponha de cadastro
internacional de fornecedores.

PRAZO DE PUBLICIDADE: O prazo mínimo entre a divulgação do


aviso e a data marcada para entrega das propostas na tomada de preços,
será de 15 (quinze) dias. Quando se tratar de tomada de preços do tipo
‘melhor técnica’ ou ‘técnica e preço’, o prazo será de 30 (trinta) dias.
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10. CONCORRÊNCIA
▪ Utilizada para contratações de grandes valores.

▪ Possui procedimento mais complexo, com prazos maiores


▪ Qualquer um pode participar (basta atender ao edital, sem restrições de
cadastro)
▪ Primeiro analisa documentos de todas empresas (habilitação), depois
proposta (exceto se o órgão adotou a inversão das fases)
▪ Adotada pelo valor da contratação, mas sem limitação superior (teto);

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▪ Qualquer que seja o valor de seu objeto, será utilizada para: a) compra ou
alienação de bens imóveis, ressalvado o disposto no art. 19; b) Concessões
de direito real de uso ou concessão de serviço público (Lei 8987/93, art 2º,
II); c) licitações internacionais, (admitindo-se, observados os valores-
limites, a Tomada de Preços quando o órgão/entidade dispuser de cadastro
internacional de fornecedores ou o convite, quando não houver fornecedor
do bem ou serviço no Brasil)
▪ Usada também para a venda de bens móveis avaliados, isolada ou
globalmente, em quantia superior ao limite previsto no art. 23, inciso II,
alínea "b", da Lei 8.666/93 (observando que, caso a quantia não seja
superior a este limite, poderá ser utilizado o leilão, conforme art. 17, § 6º).

PRAZO PUBLICIDADE: prazo mínimo entre a divulgação do edital e


a data fixada para a entrega das propostas dos licitantes, é de 30 (trinta)
dias. Quando se tratar de concorrência do tipo ‘melhor técnica’ ou ‘técnica
e preço’ ou adotar regime de empreitada integral, o prazo será de 45
(quarenta e cinco) dias.

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11. LEILÃO

▪ Utilizada para alienar bens móveis ou imóveis da Administração


▪ Venda de bens móveis se o valor for até R$ 1.430.000,00 (acima deste
valor deve ser usada a Concorrência)
▪ Alienação de bens imóveis prevista no art. 19 (quando a origem do bem
for derivado de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento).

PRAZO DE PUBLICIDADE: O prazo mínimo para a divulgação do


aviso contendo o resumo do edital de Leilão é de 15 (quinze) dias (art. 21,
§ 2º, inc. III, Lei nº 8.666).

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12. CONCURSO
▪ Utilizada para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico
▪ O vencedor leva um prêmio ou remuneração

▪ Deve ter um regulamento trazendo todas as regras daquele concurso


(desde apresentação dos trabalhos, até a qualificação dos concorrentes e
remuneração ou prêmio que será concedido).
▪ Quem julga é uma comissão especial integrada por pessoas de reputação
ilibada e que possuam reconhecido conhecimento na matéria (apenas
nessa comissão que julga o concurso, os membros podem ser servidores ou
não).
▪ Não confundir com concurso público que recruta pessoal para cargo ou
emprego (37, II, CF/88).

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PRAZO DE PUBLICIDADE: prazo mínimo para a divulgação do aviso


contendo o resumo do edital de concurso, é de 45 (quarenta e cinco) dias,
conforme art. 21, § 2º, inc. I, alínea “a” da Lei nº 8.666/93.

DICA: COMO DEFINIR A MODALIDADE DE LICITAÇÃO A SER ADOTADA


O principal diferenciador de quando se adota concorrência, tomada de
preços e convite, é o valor (preço) da contratação.
E quanto ao pregão, sendo objeto comum, a preferência é sempre do
pregão.

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13. PREGÃO – A MODALIDADE OBRIGATÓRIA

No momento de analisar o objeto da licitação, você verificou que


trata-se de objeto comum, é obrigatório adotar o pregão?
Se você for da esfera federal, é sim! Precisará adotar,
preferencialmente o eletrônico. Apenas se comprovar a inviabilidade de
sua adoção, o presencial. E, somente se conseguisse comprovar a
inviabilidade de adotar o Pregão Presencial, que poderia adotar
Concorrência, TP ou Convite !
Isso porque o Decreto nº 5.450/04 te obriga a essa ordem.6

Se você for dos Estados, Municípios, DF, Poder Legislativo,


Executivo, precisa ver se existe alguma legislação própria aí no seu ente,
órgão ou entidade com regras similares, que obrigam a adotar o pregão
para objetos comuns.

Isso porque essa obrigatoriedade, não está na Lei Nacional do


Pregão, não é norma geral, e não se aplica automaticamente às demais
esferas, cada uma podendo ter normas próprias nesse sentido.

Exceto se você (mesmo sendo do Estado, Município, DF, outros


Poderes) receber verbas voluntariamente repassadas pela União, daí se
aplica a você também nas contratações que utilize essas verbas federais,

6No mesmo sentido: SANTANA, Jair Eduardo. Pregão presencial e eletrônico. 3 .ed. Belo Horizonte: Fórum, 2009, p.72; CORDEIRO,
Valéria. Formação e capacitação de pregoeiros. 1. Ed. Curitiba: Negócios Públicos, 2008, p.128.

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toda legislação federal, inclusive o Decreto 5450/05 e a obrigatoriedade do


Pregão (além de, nesses casos, o TCU também orientar ser ele o
responsável pelo julgamento dessas contas).7

No caso de entidades privadas sem fins lucrativos que receberem


voluntários da União, “deverão observar os princípios da impessoalidade,
moralidade e economicidade, sendo necessária, no mínimo, a realização de
cotação prévia de preços no mercado antes da celebração do contrato”8

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Exercício obrigatório definindo a modalidade


▪ Envio de WhatsApp para a professora Flavia Vianna com as respostas das
seguintes indagações (este ebook é apenas 0,2% do curso Completo de
Licitações)
1 – Um órgão federal precisa comprar canetas no montante de R$
100.000,00 (Cem Mil Reais). Qual modalidade adotar?
(Apenas para o curso integral CLIQUE AQUI PARA COMEÇAR)

2 – A Prefeitura de Jacarezinho precisa construir um prédio. O valor total


gasto nessa empreitada será de R$ 3.000.000,00 (três milhões). Qual
modalidade adotar?
(Apenas para o curso integral CLIQUE AQUI PARA COMEÇAR)

7
Decreto Federal n° 5.504 de 5 de agosto de 2005.
8
Decreto Federal nº 6.170/2007.

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