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trf 1ª Região

Legislação específica
Lei n. 8.429/1992 e Alterações

Livro Eletrônico
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
Lei n. 8.429/1992 e Alterações
Prof. Daniel Mesquita

SUMÁRIO
1. Apresentação do Curso.............................................................................3
2. Apresentação da Aula...............................................................................5
3. Improbidade Administrativa......................................................................5
Resumo.................................................................................................... 28
Questões de Concurso................................................................................ 32
Gabarito................................................................................................... 54
Questões Comentadas................................................................................ 55

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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
Lei n. 8.429/1992 e Alterações
Prof. Daniel Mesquita

DANIEL MESQUITA
Sócio do escritório D’Almeida Cordeiro & Mesquita Advogados.
Procurador do Distrito Federal. Mestre em “Constituição e Sociedade”
pelo Instituto Brasiliense de Direito Público – IDP. Pós-graduado em
Direito Público. Bacharel em Direito pela Universidade Federal de
Brasília. Professor de Direito Administrativo II e III do IDP. Professor de
cursos preparatórios para concursos desde 2012. Cargos e ocupações
anteriores: Técnico Judiciário do Superior Tribunal de Justiça; Analista
Judiciário – Área Judiciária do Tribunal Superior Eleitoral; Procurador
Federal. Membro de bancas examinadoras de diversos concursos (entre
2008 e 2011). Coautor dos livros: Direito Administrativo – 4001 questões
comentadas, Ed. Método, 2013 (1ª edição) e 2016 (2ª edição); Direito
Constitucional – 4001 questões comentadas, Ed. Método, 2014; Direito
Administrativo, Série Advocacia Pública, Volume 3, Ed. Método. Autor
de diversos artigos jurídicos.

1. Apresentação do Curso

Olá, concurseiro(a)!

Bem-vindo(a) ao curso de Legislação Específica, exceto Regimento In-

terno, para Analista e Técnico Judiciário na Área Administrativa, para o

TRF-1ª Região.

Você deve estar pensando: esse curso é suficiente para a minha aprovação?

É, sim! E vou explicar a razão.

O nosso material é específico. Vai abordar todo o conteúdo cobrado no edital.

As aulas trarão também questões comentadas da matéria que já caíram em outros

concursos e inéditas. Traremos várias questões da Lei de Improbidade Administra-

tiva (Lei n. 8.429/1992) e da Resolução n. 230/2016. A maioria delas serão ques-

tões já cobradas em concursos aplicados pelo CESPE ou CEBRASPE. Assim, você

não vai precisar procurar questões em sites de questões – eu já fiz isso para você!

Antes de começarmos a aula, quero deixar umas dicas sobre como estudar es-

sas leis. Muitos não gostam de estudar lei seca, pois consideram o assunto penoso

e difícil de aprender. Porém, o conteúdo está no edital e você precisa estudá-lo. Se

você estudar, você vai passar. E se você quer passar, a dificuldade será superada.
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Apesar de o material ser completo, sempre leia as aulas deste curso com

a redação das Leis n. 8.429/1992 e Resolução CNJ n. 230/2016 abertas ao

lado. Isso sempre me ajudou muito nos concursos: sempre que lia uma apostila,

uma doutrina ou mesmo o caderno, ficava com a lei do tema aberta ao lado para

reforçar a memorização. Além disso, muitas vezes o examinador busca a redação

literal da lei e a coloca na prova, noutras vezes, a mudança que ele faz na norma

é sutil. Assim, quando você ler a questão, você já vai saber que já leu aquilo em

algum lugar e terá mais chances de acertar.

Outra dica: depois de estudar todo este curso, faça uma leitura completa das

leis acima mencionadas na semana que antecede a prova.

Por fim, uma última dica fundamental para uma boa preparação é a resolução

de exercícios. Como afirmei anteriormente, as bancas examinadoras, de um modo

geral, repetem as questões, com sutis diferenças.

Você que está nessa vida de buscar um cargo público tem que ter sempre em

mente: SE VOCÊ ESTUDAR, VOCÊ VAI PASSAR. E SE VOCÊ PASSAR, VOCÊ VAI SER

CHAMADO!

Hoje eu estou aqui desse lado, tentando passar o caminho das pedras pra você,

mas lembre-se de que eu já estive aí, onde você está agora. Veja que já fui aprova-

do em vários concursos e que já fui, inclusive, examinador de bancas de concurso.

Mas nem tudo na vida são louros. Na minha fase de concursando, obtive também

derrotas e reprovações. Desanimei por algumas vezes, mas continuei firme em

meu objetivo, pois só não passa em concurso quem para de estudar! Espero que a

minha experiência possa ajudá-lo.

Eu sempre digo que o estudo para concursos é como uma espera na parada de

ônibus: quanto mais você fica lá, mais próximo está de o ônibus chegar. Se você

sair da parada (= dos estudos), o ônibus vai passar, e você vai perdê-lo.

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Mas você não pode ficar na parada de boca aberta olhando pro vento. Você tem

que ficar estudando de 6 a 8 horas por dia, com planejamento, cobrindo todo o

conteúdo do edital, lendo aulas e a letra da lei e treinando com exercícios.

Neste curso, vamos tomar cuidado com os erros mais comuns, aprofundar os

conteúdos mais recorrentes e dar a matéria na medida certa, assim como um bom

médico prescreve um medicamento. Para que esse medicamento seja suficiente, ele

deve atacar todos os sintomas e, ao mesmo tempo, deve ser eficiente contra o foco

da doença. Isso quer dizer que não podemos deixar nenhum ponto do edital para

trás. Você terá a sua disposição todos esses instrumentos para encarar a batalha.

2. Apresentação da Aula

Nesta aula, apresentarei a Lei n. 8.429/1992, que trata dos atos de Improbida-

de Administrativa.

É uma excelente oportunidade para você conhecer a tão falada lei de impro-

bidade. Você vai aprender quais são os atos considerados ímprobos, quais são os

procedimentos administrativo e judicial para se apurar atos de improbidade etc.

Então, vamos ao trabalho! Seja bem-vindo(a)!

3. Improbidade Administrativa

O fundamento constitucional para a responsabilização pelos atos de improbida-

de administrativa encontra-se no § 3º do art. 37 da Constituição Federal. Veja:

Art. 37., § 3º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direi-


tos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento
ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

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Esse dispositivo alcança a administração pública direta e indireta de qualquer

dos Poderes, em todos os entes da Federação. É uma norma constitucional de efi-

cácia limitada.

Em 1992, ocorreu sua necessária regulamentação, mediante a edição da Lei n.

8.429/1992, de caráter nacional, ou seja, de observância obrigatória para a União,

os estados, o DF e os municípios.

Vamos aos principais pontos dos atos de improbidade.

a. Sujeitos Ativos (quem comete a improbidade)

Neste tópico, veremos quem são as pessoas que podem praticar atos de impro-

bidade administrativa e, consequentemente, sofrer as penalidades. Observe que

essas serão as pessoas que terão legitimidade para figurar no polo passivo da ação

judicial de improbidade administrativa.

As normas da Lei n. 8.429/1992 são endereçadas precipuamente aos agentes

públicos, com sentido bastante amplo, pois abrange todo aquele que exerce, ain-

da que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação,

contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo,

emprego ou função nas entidades passíveis de ser enquadradas como sujeito pas-

sivo de atos de improbidade administrativa.

Não é preciso ser servidor público ou ter vínculo empregatício para enquadrar-se

como sujeito ativo da improbidade administrativa.

Até mesmo o estagiário do Poder Público pode ser sujeito ativo da improbidade,

pois se enquadra no conceito amplo de “agente público” inserido na lei.

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Contudo, uma pessoa que não seja agente público não tem como prati-

car um ato de improbidade administrativa isoladamente (o STJ já decidiu

isso). Para sua conduta ser enquadrada na Lei n. 8.429/1992 e sofrer as sanções

nela estabelecidas, deve ocorrer uma das seguintes hipóteses:

1. a pessoa induz um agente público a praticar ato de improbidade;

2. a pessoa pratica um ato de improbidade junto com um agente público, ou

seja, concorre para a prática do ato;

3. a pessoa se beneficia, de forma direta ou indireta, de um ato de improbidade

que não praticou.

Está sujeito às sanções de improbidade aquele que apenas se beneficia, direta ou

indiretamente, de um ato de improbidade.

b. Sujeitos Passivos (vítimas da improbidade)

Sob uma perspectiva geral ou mediata, os atos de improbidade administrativa

vitimam a sociedade brasileira, globalmente considerada. Entretanto, um particu-

lar pessoa física ou uma empresa privada que nenhuma relação específica

tenha com o Poder Público não pode ser diretamente alvo de um ato de

improbidade administrativa.

As entidades que podem ser diretamente atingidas por atos de improbidade ad-

ministrativa (vítimas imediatas do ato) são:

• a administração pública direta e indireta, de qualquer dos Poderes da União,

dos estados, do DF e dos municípios;

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• empresa incorporada ao patrimônio público e entidade para cuja criação ou

custeio o erário haja concorrido com mais de 50% do patrimônio ou da receita

anual;

• entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de

órgão público, bem como aquela para cuja criação ou custeio o erário haja

concorrido ou concorra com menos de 50% do patrimônio ou da receita anu-

al, limitando-se a sanção patrimonial, nesses casos, à repercussão do ilícito

sobre a contribuição dos cofres públicos.

c. Natureza das sanções cominadas e cumulação de instâncias

O art. 37, § 4º, CF, acima transcrito, traz um rol de consequências mínimas

atribuídas à prática de atos de improbidade administrativa, não sendo, portanto,

taxativo. Por essa razão, há previsão legal de outras sanções.

A Lei n. 8.429/1992 estabelece sanções de natureza administrativa (perda da

função pública, proibição de contratar com o Poder Público, proibição de receber

do Poder Público benefícios fiscais ou creditícios), civil (ressarcimento ao erário,

perda dos bens e valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, multa civil) e polí-

tica (suspensão dos direitos políticos). Grosso modo, pode-se dizer que essa lei só

prevê sanções de natureza cível (em contraposição à expressão “sanção penal”).

Veja a redação dos arts. 5º, 6º e 7º da Lei n. 8.429/1992:

Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa,
do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano.
Art. 6° No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro benefi-
ciário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio.
Art.  7° Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou
ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável
pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos
bens do indiciado.
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Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá sobre
bens que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimo-
nial resultante do enriquecimento ilícito.

Como se vê, se houver lesão ao patrimônio público, dar-se-á o integral res-

sarcimento do dano, além de outras sanções previstas na lei. No caso de enri-

quecimento ilícito, o agente público ou terceiro beneficiário perderá os bens ou

valores acrescidos ao seu patrimônio, além das demais sanções previstas. Além

disso, a indisponibilidade dos bens do agente público recairá sobre os bens que

assegurem o integral ressarcimento do dano ou sobre o acréscimo patrimonial.

E se aquele que lesou o patrimônio púbico falecer, os filhos respondem pela im-

probidade?

Conforme preceitua o art. 8º do referido diploma legal, o sucessor daquele que

causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às

cominações da lei até o limite do valor da herança.

A Lei n. 8.429/1992 não estabelece sanções penais pela prática de improbidade

administrativa. Entretanto, as penalidades nela cominadas são aplicáveis indepen-

dentemente de outras sanções, previstas em outras leis.

Assim, um mesmo ato enquadrado na Lei n. 8.429/1992 pode corresponder

também a um crime previsto em outra lei (p. ex.: a corrupção passiva é crime pre-

visto no Código Penal e pode ser caracterizada como ato de improbidade, incorren-

do no agente na sanção penal e nas previstas na Lei n. 8.429/1992). Nesse caso,

serão instaurados, em regra, processos concomitantes.

E se o processo administrativo absolver o agente público, pode o processo penal

condenar?

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Sim, caro(a) concurseiro(a), pois há a independência das instâncias.

A vinculação entre o resultado de uma esfera na outra só acontece quando o Poder

Judiciário absolve com fundamento na inexistência do fato ou na ausência

de autoria.

d. Descrição legal dos atos de improbidade administrativa

Os atos de improbidade administrativa são classificados em 3 grandes grupos

pela Lei n. 8.429/1992, em ordem decrescente de gravidade das condutas e san-

ções: que importam em enriquecimento ilícito, que causam prejuízo ao erário e que

atentam contra os princípios da administração pública.

Para que se configure a prática de ato de improbidade administrativa, seja ele

descrito no art. 9º (enriquecimento ilícito), 10 (prejuízo ao erário) ou 11 (violação

aos princípios da administração) da Lei n. 8.429/1992, deve estar caracterizado

o dolo do agente na prática desses atos (EREsp 875.163). Somente no caso do

ato de improbidade previsto no art. 10 da Lei n. 8.429/1992 é que o STJ

admite a culpa grave. Veja o seguinte trecho do julgamento da AIA 30 pelo STJ:

2. Não se pode confundir improbidade com simples ilegalidade. A improbidade é ile-


galidade tipificada e qualificada pelo elemento subjetivo da conduta do agente. Por
isso mesmo, a jurisprudência do STJ considera indispensável, para a caracterização de
improbidade, que a conduta do agente seja dolosa, para a tipificação das condutas des-
critas nos artigos 9º e 11 da Lei 8.429/1992, ou pelo menos eivada de culpa grave, nas
do artigo 10. (AIA . 30/AM, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, CORTE ESPECIAL,
julgado em 21/09/2011, DJe 28/09/2011)

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Vamos, sem demora, ao primeiro grupo:

i. Ato de improbidade administrativa que importa em enriquecimento

ilícito

Segundo o art. 9º da Lei n. 8.429/1992, o ato de improbidade que importa em

enriquecimento ilícito é aquele que visa auferir qualquer tipo de vantagem patri-

monial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego

ou atividade nas entidades passíveis de ser enquadradas como sujeito passivo de

atos de improbidade administrativa.

LEMBRE-SE: É PRECISO DOLO PARA CARACTERIZAR ESSE ATO DE IMPROBIDA-

DE. Segundo o STJ, improbidade não se confunde com mera ilegalidade. Improbi-

dade é uma ilegalidade qualificada pelo dolo do agente.

Rol EXEMPLIFICATIVO de condutas:

1. receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer

outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percenta-

gem, gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que

possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribui-

ções do agente público;

2. perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição,

permuta ou locação de bem móvel ou imóvel ou a contratação de serviços

pelas entidades passíveis de serem vítimas de atos de improbidade adminis-

trativa por preço superior ao valor de mercado;

3. perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação,

permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente es-

tatal por preço inferior ao valor de mercado;

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4.  utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou

material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer

das entidades passíveis de serem vítimas de atos de improbidade administra-

tiva, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros

contratados por essas entidades;

5. receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para

tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfi-

co, de contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar

promessa de tal vantagem;

6. receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para

fazer declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qual-

quer outro serviço, ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou caracte-

rística de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer dessas entidades;

7. adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou

função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à

evolução do patrimônio ou à renda do agente público;

8. aceitar emprego ou comissão ou exercer atividade de consultoria ou asses-

soramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de

ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do

agente público, durante a atividade;

9. perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de

verba pública de qualquer natureza;

10. receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente,

para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado;

11. incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou

valores integrantes do acervo patrimonial das entidades passíveis de serem

vítimas de atos de improbidade administrativa;


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12. usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do

acervo patrimonial dessas entidades.

No caso de enriquecimento ilícito, independentemente das sanções penais, civis

e administrativas previstas na legislação específica, o responsável pelo ato de im-

probidade está sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada

ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato (art. 12, I, da Lei n.

8.429/1992):

1.  perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio;

2. ressarcimento integral do dano, quando houver;

3. perda da função pública;

4. suspensão dos direitos políticos de 8 a 10 anos;

5. pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimo-

nial;

6. proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos

fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de

pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 10 anos.

ii. Ato de improbidade administrativa que causa prejuízo ao erário

De acordo com o art. 10 da Lei n. 8.429/1992, consiste em qualquer ação ou

omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação,

malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades passíveis

de ser enquadradas como sujeito passivo de atos de improbidade administrativa.

Rol EXEMPLIFICATIVO de condutas:

1. facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio

particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores in-


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tegrantes do acervo patrimonial das entidades passíveis de ser vítimas de atos

de improbidade administrativa;

2. permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens,

rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial dessas entidades,

sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à es-

pécie;

3.  doar à pessoa física ou jurídica, bem como ao ente despersonalizado, ainda

que de fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do

patrimônio de qualquer dessas entidades, sem observância das formalidades

legais e regulamentares aplicáveis à espécie;

4. permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do

patrimônio de qualquer dessas entidades, ou ainda a prestação de serviço por

parte delas, por preço inferior ao de mercado;

5. permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por

preço superior ao de mercado;

6. realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamen-

tares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea;

7.  conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalida-

des legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;

8. frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo indevidamente;

9. ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regu-

lamento;

10. agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que

diz respeito à conservação do patrimônio público;

11. liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou in-

fluir de qualquer forma para a sua aplicação irregular;

12. permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente;


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13. permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equi-

pamentos ou material de qualquer natureza de propriedade ou à disposição

de qualquer das entidades passíveis de serem vítimas de atos administrativos,

bem como o trabalho de servidor público, empregados ou terceiros contrata-

dos por essas entidades;

14. celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de

serviços públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades

previstas na lei; 

15. celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dota-

ção orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei.

No caso de prejuízo ao erário, independentemente das sanções penais, civis e

administrativas previstas na legislação específica, o responsável pelo ato de im-

probidade está sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada

ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato (art. 12, II, da Lei n.

8.429/1992):

1. ressarcimento integral do dano;

2. perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer

essa circunstância;

3. perda da função pública;

4. suspensão dos direitos políticos de 5 a 8 anos;

5. pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano;

6. proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos

fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de

pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 5 anos.

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iii. Atos de improbidade administrativa decorrentes de concessão ou

aplicação indevida de benefício financeiro ou tributário

ATENÇÃO PARA A INOVAÇÃO LEGISLATIVA INSERIDA NO ART. 10 – A DA LEI N.

8.429/1992!!!

Agora, é ato de improbidade administrativa qualquer ação ou omissão para con-

ceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem

o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar n. 116, de 31 de julho de 2003.

Esse art. 8º-A da LC n. 116/2003 trata do ISS, o imposto sobre serviços de

qualquer natureza, e diz que a alíquota mínima desse imposto é de 2%. Assim,

para coibir guerra fiscal entre municípios, a lei de improbidade não deixa o prefei-

to baixar de 2% a alíquota do ISS e não deixa o prefeito conceder outros tipos de

benefícios tributários sobre o ISS. Veja a redação do dispositivo:

Art. 8o-A. A alíquota mínima do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza é de 2%


(dois por cento). (Incluído pela Lei Complementar n. 157, de 2016)
§ 1o O imposto não será objeto de concessão de isenções, incentivos ou benefícios tri-
butários ou financeiros, inclusive de redução de base de cálculo ou de crédito presumido
ou outorgado, ou sob qualquer outra forma que resulte, direta ou indiretamente, em
carga tributária menor que a decorrente da aplicação da alíquota mínima estabelecida
no caput, exceto para os serviços a que se referem os subitens 7.02, 7.05 e 16.01 da
lista anexa a esta Lei Complementar. (Incluído pela Lei Complementar n. 157, de 2016)

“E qual a penalidade para quem infringe essa norma, professor?”


As penas estão previstas no art. 12, IV, da Lei n. 8.429/1992. São elas:
• perda da função pública;
• suspensão dos direitos políticos de 5 a 8 anos; e
• multa civil de até 3 vezes o valor do benefício financeiro ou tributário con-

cedido. 
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Por fim, vale destacar que o município credor do ISS que foi prejudicado pela

redução indevida da alíquota pode ingressar com a ação de improbidade contra o

prefeito. Veja o dispositivo da LIA:

Art. 17, § 13. Para os efeitos deste artigo, também se considera pessoa jurídica inte-
ressada o ente tributante que figurar no polo ativo da obrigação tributária de que tratam
o § 4º do art. 3º e o art. 8º-A da Lei Complementar n. 116, de 31 de julho de 2003. (Incluído pela
Lei Complementar n. 157, de 2016)

iv. Ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios

da administração pública

Com base no art. 11 da Lei n. 8.429/1992, abrange qualquer ação ou omissão

que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade

às instituições.

Além disso, o art. 4º do referido diploma legal determina que os agentes públi-

cos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita observância

dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos

assuntos que lhe são afetos.

LEMBRE-SE: É PRECISO DOLO PARA CARACTERIZAR ESSE ATO DE IMPROBIDA-

DE. Segundo o STJ, improbidade não se confunde com mera ilegalidade. Improbi-

dade é uma ilegalidade qualificada pelo dolo do agente.

Rol EXEMPLIFICATIVO de condutas:

1. praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele

previsto na regra de competência;

2. retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;

3. revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e

que deva permanecer em segredo;

4.  negar publicidade aos atos oficiais;

5.  frustrar a licitude de concurso público;


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6. deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;

7. revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respec-

tiva divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o

preço de mercadoria, bem ou serviço;

8. descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização e aprovação de con-

tas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas.

9. deixar de cumprir a exigência de requisitos de acessibilidade previstos na le-

gislação. (Atenção para o último inciso inserido na lei.)

No caso de violação aos princípios da administração pública, independentemen-

te das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica,

o responsável pelo ato de improbidade está sujeito às seguintes cominações, que

podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade

do fato (art. 12, III, da Lei n. 8.429/1992):

1. ressarcimento integral do dano, se houver;

2. perda da função pública;

3. suspensão dos direitos políticos de 3 a 5 anos;

4. pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração perce-

bida pelo agente;

5. proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos

fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de

pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 3 anos.

Quanto às sanções previstas para as três modalidades de improbidade (prejuízo ao

erário, enriquecimento ilícito e violação a princípios), o art. 21 da Lei n. 8.429/1992

assim prevê:

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Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei independe:


I – da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena de ressar-
cimento;
II – da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal
ou Conselho de Contas.

Perceba: só é necessária a comprovação da existência de dano ao patrimônio pú-

blico para aplicar a sanção de ressarcimento, o que significa que as demais sanções

independem de dano.

Perceba: mesmo que as contas do agente público tenham sido APROVADAS pelo

TCU, ele pode ser condenado por ato de improbidade e se sujeitar às sanções da

Lei n. 8.429/1992.

Além disso, para a fixação das penas a serem concretamente aplicadas, o juiz

levará em conta a extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial

obtido pelo agente (art. 12, parágrafo único, da Lei n. 8.429/1992).

e. Declaração de bens

A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de

declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser

arquivada no serviço de pessoal competente.

São excluídos da declaração apenas os objetos e utensílios de uso do-

méstico.

A declaração de bens deverá ser atualizada anualmente e na data em que o

agente público deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou função.

E qual é a sanção para aquele que não declara?

Observe a redação da Lei n. 8.429/1992, amigo(a):

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Art. 13., § 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem pre-
juízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração
dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.

Você viu bem: DEMISSÃO SERÁ A SANÇÃO APLICADA!

O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia da declaração anual de bens

apresentada à Delegacia da Receita Federal na conformidade da legislação do im-

posto sobre a renda e proventos de qualquer natureza, com as necessárias atuali-

zações, para suprir a referida exigência.

f. Procedimento administrativo e processo judicial

i. Âmbito administrativo

Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competen-

te para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de

improbidade.

Entretanto, constitui crime a representação contra agente público ou terceiro

beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente, cuja pena é a de

detenção de 6 a 10 meses e multa (art. 19 da Lei n. 8.429/1992).

 Obs.: além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o denunciado

pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado.

Atendidos os requisitos da representação, a autoridade determinará a ime-

diata apuração dos fatos, mediante a instauração de um processo administrativo

disciplinar.

A comissão encarregada da instrução do processo administrativo deve dar co-

nhecimento da existência dele ao Ministério Público e ao tribunal de contas compe-

tente, os quais poderão designar representante para acompanhar o proce-

dimento administrativo.
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Veja a redação do art. 15 da Lei n. 8.429/1992:

Art. 15. A comissão processante dará conhecimento ao Ministério Público e ao Tribunal


ou Conselho de Contas da existência de procedimento administrativo para apurar a prá-
tica de ato de improbidade.
Parágrafo único. O Ministério Público ou Tribunal ou Conselho de Contas poderá, a re-
querimento, designar representante para acompanhar o procedimento administrativo.

Isso não quer dizer que o Ministério Público pode interferir na realização do proces-

so administrativo a cargo da Administração Pública. Se o MP achar que as coisas

não estão indo bem, ele pode adotar as providências de sua alçada, como instaurar

inquérito civil ou criminal, mas não pode ter qualquer participação no processo ad-

ministrativo em si.

ii. Âmbito judicial

Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão representa-

rá ao Ministério Público ou à procuradoria do órgão para que requeira ao

juízo competente, em sede de ação cautelar, a decretação do sequestro dos

bens (incide sobre bens específicos, quantos sejam necessários para assegurar o

êxito da execução) do agente ou terceiro que tenha enriquecido ilicitamente ou

causado dano ao patrimônio público, seguindo-se o rito previsto no Código de

Processo Civil.

Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o exame e o bloqueio de

bens, contas bancárias e aplicações financeiras mantidas pelo indiciado no exterior,

nos termos da lei e dos tratados internacionais.

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É importante ressaltar que o Ministério Público não depende de representação

para pedir ao Poder Judiciário as medidas cautelares cabíveis. Ele tampouco de-

pende de provocação até mesmo para atuar com o propósito de apurar a prática de

ato de improbidade administrativa (ver art. 22 da Lei n. 8.429/1992).

A ação principal (ação judicial de improbidade administrativa), que terá o rito

ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica

interessada, dentro de 30 dias da efetivação da medida cautelar.

Obs.:
 Maria Sylvia Di Pietro considera essa ação uma espécie de ação civil pública,

posição que vem sendo adotada pelo Ministério Público, com ampla aceita-

ção da jurisprudência, sendo aplicável, residualmente, a Lei n. 7.347/1985

(Lei da Ação Civil Pública).

Como podemos perceber, há uma legitimação ativa concorrente para propor a ação

de improbidade administrativa: Ministério Público e pessoa jurídica contra a qual o

ato de improbidade foi praticado.

No caso de a ação principal ter sido proposta pelo Ministério Público, a pessoa

jurídica interessada poderá abster-se de contestar o pedido ou atuar ao lado do

autor, como litisconsorte, desde que isso se afigure útil ao interesse público, a juízo

do respectivo representante legal ou dirigente.

Se o Ministério Público não intervir no processo como parte, atuará obrigatoria-

mente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade.

Conforme informação já exposta, caso tenha sido efetivada medida caute-

lar, o prazo para ajuizamento da ação principal é de 30 dias, contados da efetiva-

ção da medida cautelar.

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A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações pos-

teriormente intentadas que tenham a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto.

Há um juízo prévio da existência de fundamentos suficientes para sustentar a de-

manda. Após o recebimento da inicial, o juiz, no prazo de 30 dias, em decisão fun-

damentada, rejeitará a ação, se convencido da inexistência do ato de improbidade,

da improcedência da ação ou da inadequação da via eleita.

Recebida a petição inicial, será o réu citado para apresentar contestação.

�Obs.1: caberá agravo de instrumento contra a decisão que receber a petição inicial.

�Obs.2: caso seja reconhecida a inadequação da ação de improbidade em qualquer

fase do processo, o juiz extinguirá o processo sem julgamento do mérito.

A sentença que julgar procedente ação civil de reparação de dano ou decretar

a perda dos bens havidos ilicitamente determinará o pagamento ou a reversão dos

bens, conforme o caso, em favor da pessoa jurídica prejudicada pelo ilícito.

A Fazenda Pública, quando for o caso, promoverá as ações necessárias à com-

plementação do ressarcimento do patrimônio público.

A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam

com o trânsito em julgado da sentença condenatória.

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Entretanto, a autoridade judicial ou administrativa competente poderá de-

terminar o afastamento do agente público do exercício do cargo, emprego ou fun-

ção, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à ins-

trução processual (ATENÇÃO!!! Observe que é a única medida cautelar prevista

na Lei n. 8.429/1992 que pode ocorrer na esfera administrativa). O afastamento

temporário não é uma sanção, e sim uma medida cautelar, não havendo

contraditório e ampla defesa prévios.

É vedada a transação, acordo ou conciliação nas ações por atos de improbidade

administrativa, com base no princípio da indisponibilidade do interesse público.

Essa vedação ao acordo na ação de improbidade consta do art. 17, § 1º, da LIA.

Esse dispositivo foi retirado da LIA pela MP n. 703/15, mas essa medida provisó-

ria caiu sem que fosse convertida em lei. Assim, voltou a valer a redação original

da lei de improbidade que veda acordos, transação e conciliação na ação de

improbidade.

g. Juízo competente

O STF declarou inconstitucional o dispositivo legal (art. 84, §§ 1º e 2º, do CPP)

que previa o foro por prerrogativa de função nas ações de improbidade administra-

tiva. Isso ocorreu na ADI 2797. A partir daí, a regra geral é que não existe foro

especial por prerrogativa de função nas ações de improbidade, apenas nas

ações criminais.

Entretanto, no julgamento da Reclamação 2138, o STF decidiu que os juízes

de primeira instância são incompetentes “para processar e julgar ação civil de im-

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probidade administrativa ajuizada contra agente político que possui prerrogativa de

foro perante o Supremo Tribunal Federal, por crime de responsabilidade, conforme

o art. 102, I, ‘c’, da Constituição”.

Assim, a regra geral foi excepcionada para admitir o foro por prerrogativa de

função nas ações de improbidade contra os agentes políticos que possuem foro pri-

vilegiado nos crimes de responsabilidade.

A partir desse julgado, o STJ passou a afirmar que “o julgamento das autori-

dades – que não detêm foro constitucional por prerrogativa de função, quanto

aos crimes de responsabilidade –, por atos de improbidade administrativa, conti-

nuará a ser feito pelo juízo monocrático da justiça cível comum de 1ª instância”

(REsp 1106159).

Desse modo, OS PREFEITOS, por exemplo, NÃO TÊM QUALQUER FORO

PRIVILEGIADO EM AÇÃO DE IMPROBIDADE (RESP 401472).

Entretanto, diversas outras autoridades já conseguiram foro privilegiado para

ações de improbidade. Destacamos algumas delas:

O STF, na QO na Pet n. 3.211-0, declarou que “compete ao Supremo Tribu-

nal Federal julgar ação de improbidade contra seus membros”, ou seja, os

Ministros do STF têm foro privilegiado em ação de improbidade.

A partir disso, o STJ passou a afirmar que “não há competência de primeiro

grau para julgar ação semelhante – de improbidade – contra membros de outros

tribunais superiores ou de tribunais de segundo grau, como no caso” (AgRg na Sd

208/AM, Corte Especial). Nos casos dos membros dos tribunais superiores, a

competência para julgar ação de improbidade é do STF (art. 102, I, c, da

Constituição), e, no caso dos tribunais de segundo grau, a competência é

do STJ (Rcl 4.927/DF, Corte Especial).

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O Superior Tribunal de Justiça admite até mesmo foro por prerrogativa de fun-

ção em ação de improbidade para Secretário de Estado, desde que previsto na

Constituição Estadual. No RESP 1235952, o STJ afirmou que cabe ao Tribunal de

Justiça julgar ação de improbidade contra Secretário de Estado quando houver pre-

visão de foro privilegiado na Constituição Estadual.

Assim, muito cuidado ao afirmar que não há foro privilegiado em ação de im-

probidade.

Por fim, vale lembrar que as ações de improbidade administrativa estão

expressamente excluídas da competência dos Juizados Especiais Federais.

h. Prescrição

As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas na Lei n. 8.429/1992

podem ser propostas:

1. até 5 anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão

ou de função de confiança; (ATENÇÃO QUANTO AO TERMO INICIAL DA

CONTAGEM: APÓS O TÉRMINO DO MANDATO!!!)

2. dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas dis-

ciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de

exercício de cargo efetivo ou emprego.

O art. 37, § 5º, da CF, trouxe um dispositivo interessante, que dá a entender que

os danos causados no erário são imprescritíveis. Assim, o Estado pode entrar com

a ação de reparação de danos 10, 20 ou 50 anos após a data do dano sofrido. Leia

o dispositivo:

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§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer


agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas
ações de ressarcimento.

Contudo, esse tema foi levado ao Supremo Tribunal Federal, uma vez que a im-

prescritibilidade viola a segurança jurídica. Imagine se você bater com seu carro no

carro do INSS e 50 anos depois você recebe a citação para pagar o valor do dano.

Seria injusto, não seria?

É justamente por isso que, no julgamento do RE 669069, o STF, em sede de re-

percussão geral (decisão com conteúdo vinculante e válida para todos os tribunais

do Brasil e para toda a Administração Pública), decidiu que “é prescritível a ação

de reparação de danos à Fazenda Pública decorrente de ilícito civil”.

Assim, no exemplo da batida do carro, o INSS tem que ficar esperto e entrar

com a ação no prazo prescricional de 5 anos.

Não há ainda decisão expressa do STF no caso da prescrição quando o dano de-

correr de ato de improbidade. Tudo indica que o STF vai considerar que é im-

prescritível a pretensão do Estado de ter a reparação de dano decorrente

de ato de improbidade. Se isso cair na sua prova, pode marcar que esse

dano decorrente da improbidade é imprescritível, pois há vários julgados no

Superior Tribunal de Justiça nesse sentido.

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RESUMO

Agora vamos ao resumo da improbidade administrativa.

Quanto à improbidade administrativa, seu fundamento constitucional encontra-se

no § 4º do art. 37 da Constituição Federal:

Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a


perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na
forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

Uma pessoa que não seja agente público pode praticar ato de improbidade, des-

de que ocorra uma das seguintes hipóteses:

1. a pessoa induz um agente público a praticar ato de improbidade;

2. a pessoa pratica um ato de improbidade junto com um agente público, ou

seja, concorre para a prática do ato;

3. a pessoa se beneficia, de forma direta ou indireta, de um ato de improbida-

de que não praticou.

A Lei n. 8.429/1992 estabelece sanções de natureza administrativa (perda da

função pública, proibição de contratar com o Poder Público, proibição de receber do

Poder Público benefícios fiscais ou creditícios), civil (ressarcimento ao erário, per-

da dos bens e valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, multa civil) e política

(suspensão dos direitos políticos). Grosso modo, pode-se dizer que essa lei só prevê

sanções de natureza cível (em contraposição à expressão “sanção penal”).

A Lei n. 8.429/1992 não estabelece sanções penais pela prática de improbidade

administrativa. Entretanto, as penalidades nela cominadas são aplicáveis indepen-

dentemente de outras sanções, previstas em outras leis.

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Para que se configure a prática de ato de improbidade administrativa, seja ele

descrito no art. 9º (enriquecimento ilícito), 10 (prejuízo ao erário) ou 11 (violação

aos princípios da administração) da Lei n. 8.429/1992, deve estar caracterizado

o dolo do agente na prática desses atos (EREsp 875.163). Somente no caso do

ato de improbidade previsto no art. 10 da Lei n. 8.429/1992 é que o STJ

admite a culpa grave (AIA 30, STJ).

Segundo o art. 9º da Lei n. 8.429/1992, o ato de improbidade que importa em

enriquecimento ilícito é aquele que visa auferir qualquer tipo de vantagem patri-

monial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego

ou atividade nas entidades passíveis de ser enquadradas como sujeito passivo de

atos de improbidade administrativa.

De acordo com o art. 10 da Lei n. 8.429/1992, o ato de improbidade consiste

em qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial,

desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres

das entidades passíveis de ser enquadradas como sujeito passivo de atos de im-

probidade administrativa.

Cuidado com a inovação legislativa. Agora, é ato de improbidade administrativa

qualquer ação ou omissão para conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou

tributário contrário ao que dispõem o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Comple-

mentar n. 116, de 31 de julho de 2003.

Esse art. 8º-A da LC 116/2003 trata do ISS, o imposto sobre serviços de qual-

quer natureza, e diz que a alíquota mínima desse imposto é de 2%. Assim,

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para coibir guerra fiscal entre municípios, a lei de improbidade não deixa o prefeito

baixar de 2% a alíquota do ISS e não deixa o prefeito conceder outros tipos de be-

nefícios tributários sobre o ISS.

Com base no art. 11 da Lei n. 8.429/1992, o ato de improbidade abrange qual-

quer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade,

legalidade, e lealdade às instituições.

Perceba: só é necessária a comprovação da existência de dano ao patrimônio

público para aplicar a sanção de ressarcimento, o que significa que as demais san-

ções independem de dano.

Perceba: mesmo que as contas do agente público tenham sido APROVADAS

pelo TCU, ele pode ser condenado por ato de improbidade e se sujeitar às sanções

da Lei n. 8.429/1992.

A Lei n. 8.429/1992 prevê que os agentes públicos devem prestar declaração

anual de seus bens, sob pena de demissão. Será demitido, ainda, aquele que

prestar declaração falsa.

Há uma legitimação ativa concorrente para propor a ação de improbidade admi-

nistrativa: Ministério Público e pessoa jurídica contra a qual o ato de improbidade

foi praticado.

Há um juízo prévio da existência de fundamentos suficientes para sustentar a

demanda. Após o recebimento da inicial, o juiz, no prazo de 30 dias, em decisão

fundamentada, rejeitará a ação, se convencido da inexistência do ato de improbi-

dade, da improcedência da ação ou da inadequação da via eleita.

O STF declarou inconstitucional o dispositivo legal (art. 84, §§ 1º e 2º, do CPP)

que previa o foro por prerrogativa de função nas ações de improbidade administra-

tiva. Isso ocorreu na ADI 2797. A partir daí, a regra geral é que não existe foro

especial por prerrogativa de função nas ações de improbidade, apenas nas

ações criminais.
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As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas na Lei n. 8.429/1992

podem ser propostas:

• até 5 anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão

ou de função de confiança; (ATENÇÃO QUANTO AO TERMO INICIAL DA

CONTAGEM: APÓS O TÉRMINO DO MANDATO!!!)

• dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas dis-

ciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de

exercício de cargo efetivo ou emprego.

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QUESTÕES DE CONCURSO

1. (2017/CESPE/TRE-BA/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) De

acordo com a Lei n. 8.429/1992 — Lei de Improbidade Administrativa —, servidor

público que, utilizando-se do cargo que ocupa, facilitar o enriquecimento ilícito de

terceiros, causando prejuízo ao erário, estará sujeito à pena de

a) proibição do recebimento de qualquer benefício até o total ressarcimento do

dano.

b) perda dos valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio.

c) suspensão da função pública.

d) suspensão dos direitos políticos até o integral ressarcimento do dano ao erário.

e) pagamento de multa civil, cujo valor deve ser equivalente ao valor do dano

causado.

2. (2017/CESPE/PREFEITURA DE BELO HORIZONTE – MG/PROCURADOR MUNICI-

PAL) De acordo com o disposto na Lei de Improbidade Administrativa — Lei n.º

8.429/1992 —, assinale a opção correta.

a) A efetivação da perda da função pública, penalidade prevista na lei em apreço,

independe do trânsito em julgado da sentença condenatória.

b) A configuração dos atos de improbidade administrativa que importem em en-

riquecimento ilícito, causem prejuízo ao erário ou atentem contra os princípios da

administração pública depende da existência do dolo do agente.

c) O sucessor do agente que causou lesão ao patrimônio público ou que enrique-

ceu ilicitamente responderá às cominações da lei em questão até o limite do valor

da sua herança.

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d) O responsável por ato de improbidade está sujeito, na hipótese de cometimento

de ato que implique enriquecimento ilícito, à perda dos bens ou dos valores acres-

cidos ilicitamente ao seu patrimônio, ao ressarcimento integral do dano e à perda

dos direitos políticos.

3. (2017 CESPE/TRE-PE/CONHECIMENTOS GERAIS – CARGO 3) Considerando, por

mera hipótese, que Sérgio seja servidor público da autarquia X e que, no desem-

penho de atividades do seu cargo, pratique ato de improbidade administrativa,

assinale a opção correta.

a) Se o ato em questão atentar contra os princípios da administração pública, Sér-

gio responderá tanto por ação quanto por omissão, tenha ele agido de forma dolosa

ou culposa.

b) Qualquer pessoa terá legitimidade para, perante a autoridade administrativa

competente, apresentar representação solicitando a instauração de investigação

para apurar a prática do ato de improbidade.

c) Caso o referido ato cause lesão ao erário, Sérgio poderá ter os direitos políticos

suspensos de oito a dez anos.

d) Sérgio somente sofrerá as sanções previstas em lei se houver efetiva ocorrência

de dano ao patrimônio público.

e) A ação de improbidade contra Sérgio somente poderá ser proposta pela pessoa

jurídica lesada, ou seja, a autarquia X.

4. (2017/CESPE/TRE-PE/CONHECIMENTOS GERAIS – CARGO 6) Um empresário,

proprietário de determinada empresa que firmou contrato com o Poder Público,

contribuiu para a prática de ato de improbidade administrativa levado a efeito por

servidor público de determinado órgão estatal.

Nessa situação hipotética,


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a) o servidor público só estará sujeito ao disposto na Lei de Improbidade Adminis-

trativa se pertencer a órgão da administração direta.

b) o empresário só estará sujeito às disposições da Lei de Improbidade Adminis-

trativa se o ato de improbidade lhe tiver beneficiado.

c) o servidor só estará sujeito às disposições da Lei de Improbidade Administrativa

se tiver sido nomeado para o cargo mediante concurso público.

d) o servidor estará sujeito às disposições da Lei de Improbidade Administrativa

ainda que exerça suas funções de forma transitória.

e) o empresário, por não ser agente público, não estará sujeito ao disposto na lei

de improbidade.

5. (2017/CESPE/TRE-PE/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Um empre-

gado de determinada sociedade de economia mista permitiu que terceiro enri-

quecesse ilicitamente, em detrimento do patrimônio público, embora não tenha

facilitado a prática do ato que resultou no enriquecimento do terceiro nem tenha

concorrido para a sua prática.

Nessa situação, o empregado

a) cometeu ato de improbidade administrativa que importa em enriquecimento

ilícito.

b) cometeu ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário.

c) não cometeu ato de improbidade administrativa, pois empregados de sociedade

de economia mista não estão sujeitos às cominações da Lei de Improbidade Admi-

nistrativa.

d) não cometeu ato de improbidade, pois o ato de permitir o enriquecimento ilícito

de terceiro não está expressamente configurado como improbidade administrativa

no ordenamento jurídico brasileiro.

e) não cometeu ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios

da administração pública, pois agiu mediante omissão culposa.

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6. (CESPE/2012/PC-AL/DELEGADO DE POLÍCIA) O responsável por cometer ato de

improbidade sofrerá a sanção de suspensão dos direitos políticos, pena esta aplicá-

vel a todas as hipóteses de cometimento de ato de improbidade.

7. (CESPE/2015/STJ) Membros do Ministério Público não podem sofrer sanções por

ato de improbidade administrativa em razão de seu enquadramento como agentes

políticos e de sua vitaliciedade no cargo.

8. (CESPE/2015/FUB/ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO) Julgue o item subsecuti-

vo, com base nas disposições da Lei n. 8.429/1992.

Organização privada que não possua a maior parte do seu patrimônio formada por

capital público poderá ser vítima de improbidade administrativa, caracterizando-se

como sujeito passivo.

9. (CESPE/2015/FUB/ADMINISTRADOR) No que tange à improbidade administrati-

va e ao processo administrativo federal, julgue o seguinte item.

Em relação ao alcance subjetivo da improbidade administrativa, verifica-se que os

órgãos da administração direta e indireta dos três poderes e de qualquer um dos

entes federados configuram-se como sujeitos passivos imediatos do ato caracteri-

zado pela improbidade administrativa.

10. (CESPE/2015/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA) Os sucessores

da pessoa que causar lesão ao patrimônio público ou enriquecer-se ilicitamente

poderão sofrer as consequências das sanções patrimoniais previstas na Lei de Im-

probidade Administrativa até o limite do valor da herança.

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11. (CESPE/2015/FUB/CONHECIMENTOS BÁSICOS) Com base nas disposições

contidas nas Leis n. 8.112/1990 e n. 8.429/1992, julgue os itens subsequentes.

Suponha que determinado servidor público federal tenha permitido, de forma cul-

posa, a realização de despesas não autorizadas em lei. Nessa hipótese, embora

tenha sido cometido ato de improbidade administrativa que causou prejuízo ao

erário, nos termos da lei, não se exige o ressarcimento integral do dano, haja vista

a inexistência de dolo na conduta do servidor.

12. (CESPE/2015/TRE-GO/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Acerca de

improbidade administrativa e controle da administração pública, julgue item a

seguir.

Embora possa corresponder a crime definido em lei, o ato de improbidade adminis-

trativa, em si, não constitui crime.

13. (CESPE/2015/DPU/DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL DE SEGUNDA CATEGORIA)

O rol de condutas tipificadas como atos de improbidade administrativa constante

na Lei de Improbidade (Lei n. 8.429/1992) é taxativo.

14. (CESPE/2015/DPU/DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL DE SEGUNDA CATEGORIA)

Em relação a improbidade administrativa e responsabilidade civil do servidor públi-

co federal, julgue o item subsequente.

A responsabilidade civil do servidor público pela prática, no exercício de suas fun-

ções, de ato que acarrete prejuízo ao erário ou a terceiros pode decorrer tanto de

ato omissivo quanto de ato comissivo, doloso ou culposo.

15. (CESPE/2016/TCE-PA/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO) A utilização de veí-

culo da administração pública para fins particulares pode ser considerada ação de

enriquecimento ilícito.

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16. (CESPE/2015/MEC/CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA OS POSTOS 9, 10, 11 E

16) Com base nas Leis n. 8.112/1990 e n. 8.429/1992, julgue o item a seguir. O

agente público que, no exercício de suas funções, enriquece ilicitamente deve per-

der os bens acrescidos irregularmente ao seu patrimônio.

17. (CESPE/2015/FUB/CONHECIMENTOS BÁSICOS) Maria, servidora pública fede-

ral estável, integrante de comissão de licitação de determinado órgão público do

Poder Executivo federal, recebeu diretamente, no exercício do cargo, vantagem

econômica indevida para que favorecesse determinada empresa em um proce-

dimento licitatório. Após o curso regular do processo administrativo disciplinar,

confirmada a responsabilidade de Maria na prática delituosa, foi aplicada a pena

de demissão.

Considerando essa situação hipotética, julgue os itens a seguir, com base na legis-

lação aplicável ao caso.

A infração praticada por Maria caracteriza-se como ato de improbidade administra-

tiva que importa enriquecimento ilícito.

18. (CESPE/2015/FUB/CONHECIMENTOS BÁSICOS – NÍVEL INTERMEDIÁRIO) À

luz do disposto na Constituição Federal de 1988 acerca da administração pública,

julgue o item a seguir.

A pretensão de se aplicar sanção ao agente por ato de improbidade administrativa

é imprescritível.

19. (CESPE/2015/FUB/ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO) Julgue o item subsecu-

tivo , com base nas disposições da Lei n.º 8.429/1992.

Servidor público que possibilita o uso de patrimônio público sem as formalidades

necessárias, ainda que, com esse ato, não tenha obtido ganho pessoal nem causa-

do dano ao erário, não comete improbidade administrativa.

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20. (CESPE/2015/FUB/ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO) Julgue o item subsecu-

tivo, com base nas disposições da Lei n.º 8.429/1992.

O pagamento de despesa sem prévio empenho caracteriza ato de improbidade

administrativa, da mesma forma que o pagamento de despesa antes da sua li-

quidação.

21. (CESPE/2015/TRE-GO/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Acerca de

improbidade administrativa e controle da administração pública, julgue item a seguir.

A sanção de perda da função pública decorrente de sentença em ação de improbi-

dade administrativa não tem natureza de sanção administrativa.

22. (2016/VUNESP/IPSMI/PROCURADOR) Com base na Lei n. 8.429/1992, assina-

le a alternativa correta.

a) O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer

ilicitamente está sujeito às cominações da lei de improbidade administrativa até o

limite do valor da herança.

b) Qualquer eleitor poderá representar à autoridade administrativa competente

para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de im-

probidade.

c) A legitimidade ativa para ajuizamento de ação de improbidade administrativa é

exclusiva do Ministério Público.

d) Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário frustrar a

licitude de concurso público.

e) Será punido com a pena de suspensão, sem prejuízo de outras sanções cabíveis,

o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo

determinado, ou que a prestar falsa.

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23. (2017/VUNESP/TJM-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO) É ato de improbi-

dade administrativa que causa prejuízo ao erário:

a) perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de ver-

ba pública de qualquer natureza.

b) receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente,

para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado.

c) revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que

deva permanecer em segredo.

d) revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respecti-

va divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço

de mercadoria, bem ou serviço.

e) conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades

legais ou regulamentares aplicáveis à espécie.

24. (2016/VUNESP/TJ-SP/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS –

PROVIMENTO) Nos termos da Lei no 8.429/1992, pode ser responsabilizado por ato

de improbidade administrativa

a) não apenas o agente público, mas também o particular ou o terceiro beneficiado

pelo ato.

b) o representante da pessoa jurídica que receba subvenção, benefício ou incenti-

vo de órgão público, se o instrumento formalizado entre as partes contiver previsão

expressa de responsabilidade.

c) apenas o agente público enriquecido ilicitamente no exercício de mandato, car-

go, emprego ou função pública.

d) o agente público, objetivamente, e seus prepostos de qualquer nível ou hierar-

quia, culposamente.

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25. (2015/VUNESP/TJ-SP/ESTATÍSTICO JUDICIÁRIO) Assinale a alternativa corre-

ta a respeito da Lei de Improbidade Administrativa (Lei n° 8.429/1992).

a) A Lei de Improbidade não se aplica àquele que não é agente público.

b) O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer

ilicitamente está sujeito às cominações dessa Lei até o limite do valor da herança.

c) Quando o ato de improbidade ensejar enriquecimento ilícito, caberá à autorida-

de administrativa decretar a indisponibilidade dos bens do indiciado.

d) Ocorrendo lesão ao patrimônio público, independentemente de dolo ou culpa do

agente, este deverá ressarcir integralmente o dano ao erário.

e) A Lei de Improbidade estabelece a pena de prisão ao agente público que come-

ter ato que redunde em prejuízo ao erário ou enriquecimento ilícito.

26. (2015/VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO) O agente pú-

blico que se recusar a prestar declaração dos bens exigida pela Lei Federal n o

8.429/1992, dentro do prazo determinado,

a) estará sujeito à penalidade de multa de até 25% (vinte e cinco por cento) de

seus vencimentos anuais

b) será punido com a pena de demissão a bem do serviço público, sem prejuízo de

outras sanções cabíveis

c) estará sujeito à suspensão dos vencimentos até que apresente a declaração

devida.

d) poderá ser punido com a pena de repreensão.

e) pagará multa por dia de atraso equivalente a 10% (dez por cento) do corres-

pondente ao valor da remuneração que percebe por dia de trabalho.

27. (2015/VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO) A respeito da

ação de improbidade administrativa, considerando o previsto na Lei Federal n.

8.429/1992, é correto afirmar que


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a) na ação principal, será seguido o rito sumário, sendo cabível a realização de

transação, acordo ou conciliação.

b) em qualquer fase do processo, reconhecida a inadequação da ação de improbi-

dade, o juiz ex­tinguirá o processo com julgamento do mérito, não podendo ser a

ação novamente intentada.

c) a sentença que julgar procedente ação civil de reparação de dano ou decretar a

perda dos bens havidos ilicitamente determinará o pagamento em favor do Fundo

Nacional de Interesses Difusos.

d) a ação principal poderá ser proposta pela pessoa jurídica interessada, atuando

nesse caso, obrigatoriamente, o Ministério Público como fiscal da lei, sob pena de

nulidade.

e) estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá­-la e ordenará a notifica-

ção do requerido, para oferecer manifestação por escrito no prazo de 10 (dez) dias.

28. (2015/VUNESP/MPE-SP/ANALISTA DE PROMOTORIA). Considerando o que es-

tabelece, expressamente, a Lei de Improbidade Administrativa (Lei n°8.429/1992),

é correto afirmar que

a) será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de

outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos

bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.

b) quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar en-

riquecimento ilícito do agente ou de particular, caberá à autoridade administrativa

responsável pelo inquérito decretar a indisponibilidade dos bens do indiciado.

c) a sentença que julgar procedente ação civil de reparação de dano ou decretar

a perda dos bens havidos ilicitamente determinará o pagamento ou a reversão dos

bens, conforme o caso, em favor de Fundo gerido pelo Ministério Público.


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d) na fixação das penas previstas na Lei de Improbidade, o juiz levará em conta a

extensão do dano causado, o grau de culpabilidade do agente e o proveito patrimo-

nial obtido pelo beneficiário do delito.

e) no caso de enriquecimento ilícito, além de ficar sujeito à pena criminal previs-

ta nessa Lei, perderá o agente público ou terceiro beneficiário os bens ou valores

acrescidos ao seu patrimônio.

29. (2016/VUNESP/PREFEITURA DE ROSANA-SP/PROCURADOR DO MUNICÍPIO)

Assinale a alternativa que corretamente discorre sobre previsões relativas à impro-

bidade administrativa, previstas na Lei Federal n° 8.429/1992.

a) Revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que

deva permanecer em segredo constitui ato de improbidade que importa enriqueci-

mento ilícito ou causa dano ao erário.

b) Não estão sujeitos às penalidades da Lei Federal n° 8.429/1992, os atos de

improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção,

benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público.

c) As disposições da Lei Federal n° 8.429/1992 são aplicáveis, no que couber,

àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática

do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.

d) Exercer atividade de consultoria ou assessoramento para pessoa jurídica que

tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão decor-

rente das atribuições do agente público, durante a atividade, é ato de improbidade

administrativa que causa dano ao erário.

e) Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na

legislação específica, o responsável pelo ato de improbidade fica sujeito às comi-

nações da Lei Federal n° 8.429/1992, que deverão ser aplicadas sempre de forma

cumulativa, mas graduadas de acordo com a gravidade do fato.

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30. (2016/VUNESP/CÂMARA MUNICIPAL DE POÁ-SP/OFICIAL LEGISLATIVO) De

acordo com a Lei n° 8.429/1992, o agente público que se recusar a prestar decla-

ração dos bens, dentro do prazo determinado, ou a prestar falsa, será

a) advertido por escrito, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.

b) suspenso de suas funções por 90 (noventa) dias, sem prejuízo de outras san-

ções cabíveis.

c) punido com a pena de demissão a bem do serviço público, sem prejuízo de ou-

tras sanções cabíveis.

d) punido com a cassação de seus direitos políticos e deverá fazer o ressarcimento

ao erário, no valor de quatro salários-mínimos vigentes.

e) banido do serviço público por dez anos e deverá fazer o ressarcimento ao erário,

no valor de dez salários-mínimos vigentes.

31. (2017/VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO) O procedimento

administrativo previsto na Lei Federal n° 8.429/1992, destinado a apurar a prática

de ato de improbidade,

a) será iniciado por representação, que será escrita ou reduzida a termo, podendo

o representante permanecer anônimo, se assim o desejar.

b) poderá acarretar o exame e o bloqueio de bens, contas bancárias e aplicações

financeiras mantidas pelo indiciado no exterior, se for o caso.

c) poderá compreender o decreto de sequestro dos bens do agente ou terceiro que

tenha enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público.

d) impedirá a apuração dos fatos pelo Ministério Público, caso se conclua pela im-

procedência das acusações.

e) deverá ser levado ao conhecimento do Ministério Público e do Tribunal ou Con-

selho de Contas, pela Comissão Processante.

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32. (2017/VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO) Suponha que Se-

cretário da Fazenda de um estado qualquer da Federação aceite exercer, nas horas

vagas, concomitantemente ao exercício do cargo público, atividades de consultoria

a empresas sujeitas ao recolhimento do ICMS, tributo estadual. Nesse caso, à luz

do previsto na Lei Federal n° 8.429/1992, a conduta descrita pode ser considerada

a) ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da Adminis-

tração Pública.

b) ato de improbidade administrativa que importa enriquecimento ilícito.

c) indiferente, pois não caracteriza nenhuma das hipóteses de ato de improbidade

administrativa previstas.

d) ato de improbidade administrativa decorrente de concessão ou aplicação inde-

vida de benefício financeiro ou tributário.

e) ato de improbidade administrativa que causa prejuízo ao Erário.

33. (2017/VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO) No processo judi-

cial de improbidade administrativa, o Ministério Público

a) se não intervir no processo como parte, atuará obrigatoriamente, como fiscal da

lei, sob pena de nulidade.

b) atuará somente como fiscal da lei, mas promoverá as ações necessárias à com-

plementação do ressarcimento do patrimônio público.

c) atuará somente como autor, não intervindo se a pessoa jurídica interessada

propuser a ação ordinária.

d) é o único legitimado a propor a ação ordinária, dentro de trinta dias da efetiva-

ção da medida cautelar.

e) poderá abster-se de contestar o pedido, ou poderá atuar ao lado do autor, desde

que isso se afigure útil ao interesse público, a juízo do Procurador Geral de Justiça.

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34. (2017/VUNESP/CRBIO-1a REGIÃO/ANALISTA – ADVOGADO) As sanções pre-

vistas na Lei de Improbidade Administrativa

a) são aplicáveis independentemente da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio

público, salvo quanto à pena de ressarcimento

b) não podem ser impostas a membros do Conselho Regional de Biologia, porque

são eleitos para o exercício de mandato.

c) não se aplicam aos atos de improbidade praticados contra o patrimônio de en-

tidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão

público.

d) não são cabíveis em caso de omissão culposa, ainda que enseje perda patrimo-

nial nas entidades referidas na lei.

e) quando implicarem na perda da função pública e na suspensão dos direitos polí-

ticos, se efetivarão independentemente do trânsito em julgado da sentença conde-

natória, assegurada a reintegração em caso de improcedência da ação.

35. (2017/VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO) Assinale a alterna-

tiva que corretamente discorre sobre as penas previstas na Lei de Improbidade

Administrativa.

a) No caso de condenação por ato de improbidade administrativa decorrente de

concessão ou aplicação indevida de benefício financeiro ou tributário, não cabe a

aplicação da pena de perda da função pública.

b) A aplicação das penas previstas na Lei de Improbidade Administrativa impede

a aplicação das demais sanções penais, civis e administrativas previstas em legis-

lação específica.

c) Na fixação das penas previstas na Lei de Improbidade Administrativa, o juiz

levará em conta a extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial

obtido pelo agente.


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d) A pena de proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou

incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de

pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, terá o prazo máximo de 2 (dois) anos.

e) As penas previstas na Lei de Improbidade Administrativa deverão ser aplicadas

cumulativamente, exceto quando se tratar de ato de improbidade administrativa

que atente contra os princípios da Administração Pública.

36. (2017/VUNESP/TJ-SP/PSICÓLOGO JUDICIÁRIO) A Lei de Improbidade Admi-

nistrativa prevê que

a) não configura ato de improbidade a aquisição, para si, no exercício de mandato,

cargo, emprego ou função pública, de bens cujo valor seja desproporcional à evolução

do patrimônio ou à renda do agente público, pois não importa enriquecimento ilícito.

b) estão sujeitos às suas penas somente os agentes públicos investidos em cargos

efetivos que causem lesão ao erário de forma dolosa e com o propósito de enrique-

cer ilicitamente.

c) a utilização de trabalho de servidores públicos na execução de obra ou serviço

particular, de interesse privado da autoridade a que estão subordinados, não confi-

gura ato de improbidade pela ausência de lesividade.

d) suas disposições são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo

agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se

beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.

e) frustrar a licitude de concurso público configura ato de improbidade administra-

tiva que causa prejuízo ao erário.

37. (VUNESP/TJ-SP/2013/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO) No tocante à Lei de

Improbidade Administrativa (Lei n.º 8.429/1992), é correto afirmar que

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a) as ações destinadas a levar a efeito as sanções previstas nessa Lei podem ser

propostas até 20 (vinte) anos após o término do exercício de mandato, de cargo

em comissão ou de função de confiança.

b) a aplicação das sanções previstas nessa Lei depende da aprovação ou rejeição

das contas pelo Tribunal ou Conselho de Contas.

c) as disposições dessa Lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não

sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade.

d) a autoridade judicial competente somente poderá determinar o afastamento do

agente público do exercício do cargo após o trânsito em julgado da sentença con-

denatória.

e) a aplicação das sanções previstas nessa Lei depende da aprovação ou rejeição

das contas pelo órgão de controle interno.

38. (2015/VUNESP/PC-CE/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL DE 1a CLASSE) Consti-

tui ato de improbidade administrativa, importando enriquecimento ilícito, auferir

qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo,

mandato, função, emprego ou atividade, nas entidades mencionadas na Lei n.

8.429/1992, sujeitando o infrator, além do pagamento de multa civil, a

a) perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento

integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos

políticos de 5 a 8 anos e proibição de contratar com o Poder Público ou receber be-

nefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por

intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 2 anos.

b) perda dos bens e valores acrescidos ilegalmente ao patrimônio, da função pú-

blica, suspensão dos direitos políticos de 3 a 5 anos e proibição de contratar com

o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou

indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio ma-

joritário, pelo prazo de 3 anos.


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c) perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de 4 a 8 oito anos e

proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fis-

cais ou creditícios, pelo prazo de 5 anos.

d) perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento

integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos

políticos de 8 a 10 anos e proibição de contratar com o Poder Público ou receber be-

nefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por

intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 10 anos.

e) perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao seu patrimônio, ressarci-

mento integral do dano, quando houver, perda da função pública e suspensão dos

direitos políticos de 2 a 8 anos.

39. (2015/VUNESP/PC-CE/ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL DE 1a CLASSE) O Policial

Civil que recebe vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta,

para tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotrá-

fico, de contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, cometerá um

a) ato de improbidade administrativa e estará sujeito à perda da função pública,

nos termos da Lei que regula as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos

de enriquecimento.

b) crime, porém não estará sujeito ao sancionamento da Lei que regula as sanções

aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento.

c) ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da adminis-

tração, previsto na Lei que regula as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos

casos de enriquecimento

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d) simples ato de imoralidade administrativa, porém não estará sujeito ao sancio-

namento da Lei que regula as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de

enriquecimento.

e) ato de improbidade administrativa que causa prejuízo ao erário, previsto na Lei

que regula as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento.

40. (2014/VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO) Com relação aos

atos de improbidade previstos na Lei Federal n. 8.429/1992, é correto afirmar que

a) a conduta ímproba somente será considerada caracterizada se comprovados o

enriquecimento ilícito do agente público, o dano ao erário e a prática de ato aten-

tatório aos princípios da Administração Pública.

b) a fim de que uma conduta seja considera ímproba, é necessário que seja prati-

cada por agente público em sentido estrito, e que importe em violação a princípio

da Administração Pública, dano ao erário e enriquecimento ilícito.

c) a conduta de improbidade na espécie enriquecimento ilícito pressupõe a per-

cepção da vantagem patrimonial ilícita obtida pelo exercício da função pública em

geral, podendo haver ou não, concomitantemente, dano ao erário.

d) o pressuposto exigível para os atos de improbidade por violação a princípios é

a vulneração em si dos princípios administrativos, cumulada com o enriquecimento

ilícito ou com o dano ao erário.

e) os atos de improbidade que causam dano ao erário são caracterizados pela

ocorrência de dano ao patrimônio de pessoas como a União, Estados e Municípios,

e, concomitantemente, enriquecimento ilícito de agente público, já que não há

dano ao erário sem que alguém se locuplete indevidamente.

41. (2014/VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO) João é escrevente

técnico judiciário do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e, estando sujeito

à apresentação da declaração de bens prevista na Lei Federal n. 8.429/1992, apre-


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sentou a declaração devida em maio de 2014. No entanto, posteriormente, verifi-

ca-se que João afirmou na declaração não possuir bens imóveis, o que, no entanto,

não é verdade, já que João é proprietário de apartamento na cidade de São Paulo,

onde reside e trabalha, desde 2010. É constatado também que o imóvel é de valor

modesto, de aquisição compatível com os rendimentos de João e sua esposa. Neste

caso, em relação à conduta de João, é correto afirmar que a Lei de Improbidade

Administrativa

a) comina a sanção de suspensão para a conduta de João, que embora não tenha

enriquecido ilicitamente, deixou de apresentar os dados corretos na declaração.

b) prevê sanção de multa a João, por não haver prestado a declaração de bens de

forma correta ao Tribunal de Justiça.

c) considera que João está sujeito a penas disciplinares nas quais serão conside-

radas a natureza e a gravidade da infração e os danos que dela provierem para o

serviço público.

d) considera João sujeito à pena de demissão a bem do serviço público, sem pre-

juízo de outras sanções cabíveis, por haver prestado declaração de bens falsa.

e) não impõe qualquer sanção pela conduta de João, já que seu patrimônio, em si,

é lícito, o que é o cerne da Lei de Improbidade Administrativa.

42. (VUNESP/TJ-SP/2013/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO) No tocante à Decla-

ração de Bens, prevista na Lei de Improbidade Administrativa (Lei n.º 8.429/1992),

é correto afirmar que

a) não supre a exigência contida na Lei de Improbidade Administrativa a entrega,

em substituição à Declaração de Bens, da cópia da declaração anual de bens apre-

sentada à Delegacia da Receita Federal.

b) a posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de

declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser

arquivada no serviço de pessoal competente.


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c) a declaração de bens será quinquenalmente atualizada e na data em que o

agente público deixar o exercício do mandato.

d) somente será punido com a pena de demissão a bem do serviço público, sem

prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que prestar falsa declaração

de bens.

e) será punido com a pena de repreensão escrita o agente público que se recusar

a prestar declaração dos bens.

43. (VUNESP/PC-SP/2013/INVESTIGADOR DE POLÍCIA) Assinale a alternativa cor-

reta a respeito da Lei de Improbidade Administrativa (Lei n.º 8.429/1992).

a) Na ação judicial de improbidade administrativa, a perda da função pública e a

suspensão dos direitos políticos se efetivam com o deferimento da liminar pela au-

toridade judiciária competente.

b) Além de outras penalidades, aquele que cometer ilícito previsto na Lei de Im-

probidade Administrativa ficará sujeito à cassação de seus direitos políticos.

c) As penas cominadas pela Lei de Improbidade Administrativa são específicas e

individualizadas, não podendo atingir o sucessor daquele que causar lesão ao pa-

trimônio público ou se enriquecer ilicitamente.

d) Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar

enriquecimento ilícito, caberá à vítima representar à autoridade judiciária, para a

indisponibilidade dos bens do indiciado.

e) Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo

de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração

dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.

44. (VUNESP/PC-SP/2014/DELEGADO DE POLÍCIA) De acordo com a Lei n.

8.429/1992, a ação de improbidade, em caso de enriquecimento ilícito,


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a) seguirá o rito ordinário e será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa

jurídica interessada.

b) deve ser proposta no prazo de 45 dias da efetivação da medida cautelar de se-

questro.

c) deve ser proposta no prazo de 60 dias da efetivação da medida cautelar de se-

questro.

d) seguirá o rito sumário e será proposta exclusivamente pelo Ministério Público.

e) seguirá o rito ordinário e será proposta exclusivamente pelo Ministério Público.

45. (VUNESP/TJ-PA/2014/JUIZ) Acerca da improbidade administrativa, há en-

tendimento do Superior Tribunal de Justiça que:

a) qualquer irregularidade, ainda que meramente administrativa, ou transgressão

disciplinar, está apta a caracterizar a improbidade administrativa.

b) é punível a tentativa de improbidade quando o resultado não ocorreu por motivo

alheio à vontade do agente.

c) o uso de veículo oficial para mero transporte de móvel particular do agente pú-

blico a sua residência não caracteriza improbidade administrativa.

d) o princípio da insignificância aplica-se aos atos de improbidade administrativa.

e) a prática de tipo penal é suficiente para caracterizar a improbidade administra-

tiva.

46. (2014/VUNESP/DESENVOLVE-SP/ADVOGADO) Para que as penalidades previs-

tas na Lei n.º 8.429/1992 (Improbidade Administrativa) sejam aplicadas, é neces-

sária a observância das regras do devido processo legal estampado no bojo do re-

ferido texto normativo. A respeito do processo judicial para apuração de atos ilícitos

praticados por autoridades públicas, é correto afirmar que


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a) a ação principal seguirá pelo rito ordinário e deverá ser proposta, pelo Ministé-

rio Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de 30 dias da efetivação da

medida cautelar.

b) se o Ministério Público não for parte, atuará, facultativamente, como fiscal da

lei, sob pena de nulidade.

c) a ação principal seguirá pelo rito sumário e poderá ser proposta pelo Ministé-

rio Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de 30 dias da efetivação da

medida cautelar.

d) se o Ministério Público não for parte, atuará, obrigatoriamente, como fiscal da

lei, sob pena de anulabilidade do procedimento.

e) a ação principal seguirá pelo rito ordinário e deverá ser proposta pelo Ministério

Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de 30 dias da distribuição da

medida cautelar.

47. (VUNESP/MPE-ES/2013/PROMOTOR DE JUSTIÇA) A ação de improbidade ad-

ministrativa:

a) tem como objetivo tão somente proteger a moralidade administrativa.

b) prevê a possibilidade da concessão de tutela cautelar (de evidência) de indispo-

nibilidade de bens.

c) possui como legitimados ativos todos aqueles indicados como legítimos para a

ação civil pública.

d) possui natureza preventiva.

e) tem natureza penal, haja vista que a Lei n.º 8.429/1992 traz condutas típicas

em seu artigo 12.

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GABARITO

1. b 26. b

2. c 27. d

3. b 28. a

4. d 29. c

5. b 30. c

6. C 31. e

7. E 32. b

8. C 33. a

9. C 34. a

10. C 35. c

11. E 36. d

12. C 37. c

13. E 38. d

14. C 39. a

15. C 40. c

16. C 41. d

17. C 42. b

18. E 43. e

19. E 44. a

20. C 45. b

21. C 46. a

22. a 47. b

23. e

24. a

25. b

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QUESTÕES COMENTADAS

1. (2017/CESPE/TRE-BA/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) De

acordo com a Lei n. 8.429/1992 — Lei de Improbidade Administrativa —, servidor

público que, utilizando-se do cargo que ocupa, facilitar o enriquecimento ilícito de

terceiros, causando prejuízo ao erário, estará sujeito à pena de

a) proibição do recebimento de qualquer benefício até o total ressarcimento do

dano.

b) perda dos valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio.

c) suspensão da função pública.

d) suspensão dos direitos políticos até o integral ressarcimento do dano ao erário.

e) pagamento de multa civil, cujo valor deve ser equivalente ao valor do dano

causado.

Letra b.

Nos termos do art. 10 da Lei de Improbidade:

Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer
ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação,
malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º
desta lei, e notadamente:
(...)
XII – permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente;

Assim, houve ato de improbidade que causa lesão ao erário, e não enriquecimento

ilícito. Agora, leia o inc. II do art. 12 da Lei n. 8.429/1992:

II – na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores
acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função
pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil
de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou rece-
ber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos;
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Assim, dentre as penas, o agente pode ser condenado a perda dos bens acrescidos

ilicitamente.

a) Errado. A perda de qualquer benefício é pelo prazo de 5 anos, nos termos do

inciso II do art. 12 da Lei n. 8.429/1992.

c) Errada. A sanção é a perda da função pública.

d) Errado. A suspensão dos direitos políticos é de 5 a 8 anos.

e) Errado. O pagamento de multa civil é de até 2 vezes o valor do dano.

2. (2017/CESPE/PREFEITURA DE BELO HORIZONTE – MG/PROCURADOR MUNICI-

PAL) De acordo com o disposto na Lei de Improbidade Administrativa — Lei n.º

8.429/1992 —, assinale a opção correta.

a) A efetivação da perda da função pública, penalidade prevista na lei em apreço,

independe do trânsito em julgado da sentença condenatória.

b) A configuração dos atos de improbidade administrativa que importem em en-

riquecimento ilícito, causem prejuízo ao erário ou atentem contra os princípios da

administração pública depende da existência do dolo do agente.

c) O sucessor do agente que causou lesão ao patrimônio público ou que enrique-

ceu ilicitamente responderá às cominações da lei em questão até o limite do valor

da sua herança.

d) O responsável por ato de improbidade está sujeito, na hipótese de cometimento

de ato que implique enriquecimento ilícito, à perda dos bens ou dos valores acres-

cidos ilicitamente ao seu patrimônio, ao ressarcimento integral do dano e à perda

dos direitos políticos.

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Letra c.

Nos termos do seguinte dispositivo da Lei n. 8.429/1992:

Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer


ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança.

a) Errada. Nos termos do seguinte dispositivo da Lei n. 8.429/1992:

Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam


com o trânsito em julgado da sentença condenatória.

b) Errada. O enriquecimento ilícito só se caracteriza com o dolo, assim como aten-

tar contra os princípios da administração. Somente o ato de improbidade que causa

prejuízo ao erário pode se caracterizar por dolo ou culpa grave.

d) Errada. Nos termos do seguinte dispositivo da Lei n. 8.429/1992:

Art. 5° “Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa,
do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano”.

Ademais, o art. 12 não menciona perda dos direitos políticos, mas suspensão dos

direitos políticos nos casos previstos.

3. (2017/CESPE/TRE-PE/CONHECIMENTOS GERAIS – CARGO 3) Considerando, por

mera hipótese, que Sérgio seja servidor público da autarquia X e que, no desem-

penho de atividades do seu cargo, pratique ato de improbidade administrativa,

assinale a opção correta.

a) Se o ato em questão atentar contra os princípios da administração pública, Sér-

gio responderá tanto por ação quanto por omissão, tenha ele agido de forma dolosa

ou culposa.

b) Qualquer pessoa terá legitimidade para, perante a autoridade administrativa

competente, apresentar representação solicitando a instauração de investigação

para apurar a prática do ato de improbidade.


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c) Caso o referido ato cause lesão ao erário, Sérgio poderá ter os direitos políticos

suspensos de oito a dez anos.

d) Sérgio somente sofrerá as sanções previstas em lei se houver efetiva ocorrência

de dano ao patrimônio público.

e) A ação de improbidade contra Sérgio somente poderá ser proposta pela pessoa

jurídica lesada, ou seja, a autarquia X.

Letra b.

Nos termos do seguinte dispositivo da Lei n. 8.429/1992:

Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente


para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbi-
dade.

a) Errada. O enriquecimento ilícito só se caracteriza com o dolo, assim como aten-

tar contra os princípios da administração. Somente o ato de improbidade que causa

prejuízo ao erário pode se caracterizar por dolo ou culpa grave.

c) Errada. Segundo o art. 12 da Lei de Improbidade, a suspensão dos direitos po-

líticos se dá, no caso de enriquecimento ilícito, de 8 a 10 anos, no caso de dano ao

erário, de 5 a 8 anos, e, no caso de violação a princípios, de 3 a 5 anos.

d) Errada. Nos termos do seguinte dispositivo:

Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei INDEPENDE:


I – da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena de ressar-
cimento;

e) Errada. Nos termos do seguinte dispositivo:

Art. 17. A ação principal, que terá o rito ORDINÁRIO, será proposta pelo Ministério Pú-
blico ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida
cautelar.

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Lei n. 8.429/1992 e Alterações
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4. (2017/CESPE/TRE-PE/CONHECIMENTOS GERAIS – CARGO 6) Um empresário,

proprietário de determinada empresa que firmou contrato com o Poder Público,

contribuiu para a prática de ato de improbidade administrativa levado a efeito por

servidor público de determinado órgão estatal.

Nessa situação hipotética,

a) o servidor público só estará sujeito ao disposto na Lei de Improbidade Adminis-

trativa se pertencer a órgão da administração direta.

b) o empresário só estará sujeito às disposições da Lei de Improbidade Adminis-

trativa se o ato de improbidade lhe tiver beneficiado.

c) o servidor só estará sujeito às disposições da Lei de Improbidade Administrativa

se tiver sido nomeado para o cargo mediante concurso público.

d) o servidor estará sujeito às disposições da Lei de Improbidade Administrativa

ainda que exerça suas funções de forma transitória.

e) o empresário, por não ser agente público, não estará sujeito ao disposto na lei

de improbidade.

Letra d.

Nos termos do seguinte dispositivo da Lei n. 8.429/1992:

Art. 2º Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce,
ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação,
contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, empre-
go ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.

a) Errada. Nos termos dos seguintes dispositivos da Lei n. 8.429/1992:

Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou


não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incor-
porada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja
concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita
anual, serão punidos na forma desta lei.

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Lei n. 8.429/1992 e Alterações
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Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não
sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele
se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.

b) Errada. Nos termos do seguinte dispositivo da Lei n. 8.429/1992:

Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não
sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele
se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.

c) Errada. Nos termos do art. 2º acima transcrito.

e) Errada. Nos termos do art. 3º acima transcrito.

5. (2017/CESPE/TRE-PE/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Um empre-

gado de determinada sociedade de economia mista permitiu que terceiro enri-

quecesse ilicitamente, em detrimento do patrimônio público, embora não tenha

facilitado a prática do ato que resultou no enriquecimento do terceiro nem tenha

concorrido para a sua prática.

Nessa situação, o empregado

a) cometeu ato de improbidade administrativa que importa em enriquecimento

ilícito.

b) cometeu ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário.

c) não cometeu ato de improbidade administrativa, pois empregados de sociedade

de economia mista não estão sujeitos às cominações da Lei de Improbidade Admi-

nistrativa.

d) não cometeu ato de improbidade, pois o ato de permitir o enriquecimento ilícito

de terceiro não está expressamente configurado como improbidade administrativa

no ordenamento jurídico brasileiro.

e) não cometeu ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios

da administração pública, pois agiu mediante omissão culposa.

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Letra b.

Confira explicação da alternativa a.

a) Errada. Nos termos dos seguintes dispositivos da Lei n. 8.429/1992:

Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer
ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação,
malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º
desta Lei, e notadamente:
XII – permitir, facilitar ou contribuir para que terceiro se enriqueça ilicitamente;

Assim, o ato de improbidade em questão é tipificado na lei como ato que causa

lesão ao erário.

c) Errada. Nos termos dos seguintes dispositivos da Lei n. 8.429/1992:

Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ain-
da que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, con-
tratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego
ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior [administração direta, indireta
ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade
para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta
por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei].

Assim, os empregados de sociedade de economia mista estão sujeitos ao regime

da Lei de Improbidade Administrativa.

d) Errada. Nos termos do art. 10, XII, da Lei n. 8.429/1992.

e) Errada. Ele também violou os princípios da administração, pois não agiu de for-

ma diligente no exercício da função.

6. (CESPE/2012/PC-AL/DELEGADO DE POLÍCIA) O responsável por cometer ato de

improbidade sofrerá a sanção de suspensão dos direitos políticos, pena esta aplicá-

vel a todas as hipóteses de cometimento de ato de improbidade.

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Certo.

A Constituição Federal nos diz:

Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a


perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na
forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

Veremos a seguir que em todas as modalidades está presente a suspensão dos

direitos políticos.

7. (CESPE/2015/STJ) Membros do Ministério Público não podem sofrer sanções por

ato de improbidade administrativa em razão de seu enquadramento como agentes

políticos e de sua vitaliciedade no cargo.

Errado.

Concurseiro(a), esse assunto foi um dos mais comentados em 2015, pois o STJ de-

cidiu que é possível, no âmbito de ação civil pública de improbidade administrativa,

a condenação de membro do Ministério Público à pena de perda da função pública,

prevista no art. 12 da Lei n. 8.429/1992. (STJ. 1ª Seção. MS 20.335-DF, Rel. Min.

Benedito Gonçalves, julgado em 22/4/2015 (Info 560)).

8. (CESPE/2015/FUB/ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO) Julgue o item subsecutivo,

com base nas disposições da Lei n.º 8.429/1992.

Organização privada que não possua a maior parte do seu patrimônio formada por

capital público poderá ser vítima de improbidade administrativa, caracterizando-se

como sujeito passivo.

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Certo.

O parágrafo único do art. 1º da Lei n. 8429/1992 determina que:

Art. 1 Parágrafo único – Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de
improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, bene-
fício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja
criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinquenta
por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção
patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.

9. (CESPE/2015/FUB/ADMINISTRADOR) No que tange à improbidade administrati-

va e ao processo administrativo federal, julgue o seguinte item.

Em relação ao alcance subjetivo da improbidade administrativa, verifica-se que os

órgãos da administração direta e indireta dos três poderes e de qualquer um dos

entes federados configuram-se como sujeitos passivos imediatos do ato caracteri-

zado pela improbidade administrativa.

Certo.

Vejamos como a Lei n. 8.429/1992 trata o assunto:

Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou


não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Pode-
res da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa
incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário
haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da re-
ceita anual, serão punidos na forma desta lei.
Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade
praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incenti-
vo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio
o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinquenta por cento do patrimônio
ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercus-
são do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.

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10. (CESPE/2015/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA) Os sucessores

da pessoa que causar lesão ao patrimônio público ou enriquecer-se ilicitamente

poderão sofrer as consequências das sanções patrimoniais previstas na Lei de Im-

probidade Administrativa até o limite do valor da herança.

Certo.

Conforme preceitua o art. 8º do referido diploma legal, o sucessor daquele que

causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às

cominações da lei até o limite do valor da herança.

11. (CESPE/2015/FUB/CONHECIMENTOS BÁSICOS) Com base nas disposições

contidas nas Leis n. 8.112/1990 e n. 8.429/1992, julgue os itens subsequentes.

Suponha que determinado servidor público federal tenha permitido, de forma cul-

posa, a realização de despesas não autorizadas em lei. Nessa hipótese, embora

tenha sido cometido ato de improbidade administrativa que causou prejuízo ao

erário, nos termos da lei, não se exige o ressarcimento integral do dano, haja vista

a inexistência de dolo na conduta do servidor.

Errado.

O art. 5º da Lei n. 8.429/1992 dispõe que:

Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa,
do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano.

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12. (CESPE/2015/TRE-GO/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Acerca de

improbidade administrativa e controle da administração pública, julgue item a seguir.

Embora possa corresponder a crime definido em lei, o ato de improbidade adminis-

trativa, em si, não constitui crime.

Certo.

Tecnicamente, é incorreto dizer que o ato de improbidade administrativa é crime,

pois corresponde a uma espécie de ilícito de natureza cível, e não criminal. Lem-

bre-se de que, para uma conduta ser considerada crime, é preciso que a lei assim

o defina.

13. (CESPE/2015/DPU/DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL DE SEGUNDA CATEGORIA)

O rol de condutas tipificadas como atos de improbidade administrativa constante

na Lei de Improbidade (Lei n. 8.429/1992) é taxativo.

Errado.

A lei de improbidade confere uma interpretação exemplificativa do rol que é exigido.

14. (CESPE/2015/DPU/DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL DE SEGUNDA CATEGORIA)

Em relação a improbidade administrativa e responsabilidade civil do servidor públi-

co federal, julgue o item subsequente.

A responsabilidade civil do servidor público pela prática, no exercício de suas fun-

ções, de ato que acarrete prejuízo ao erário ou a terceiros pode decorrer tanto de

ato omissivo quanto de ato comissivo, doloso ou culposo.

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Certo.

É indispensável lembrar-se das seguintes informações na hora da prova:

1. quando ocorrer o descumprimento de algum princípio administrativo, restará

provado o dolo;

2. quando ocorrer o enriquecimento ilícito, este estará regado de dolo;

3. já nos casos em que ocorrer lesão ao erário, este terá dolo ou culpa.

A Lei n. 8.112/1993 dispõe em seu art. 112 o seguinte:

Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou cul-


poso, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.

15. (CESPE/2016/TCE-PA/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO) A utilização de veí-

culo da administração pública para fins particulares pode ser considerada ação de

enriquecimento ilícito.

Certo.

Caracteriza enriquecimento ilícito, conforme expresso no art. 9º da Lei 8429/1992:

Utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material


de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades passí-
veis de serem vítimas de atos de improbidade administrativa, bem como o trabalho de
servidores públicos, empregados ou terceiros contratados por essas entidades;

16. (CESPE/2015/MEC/CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA OS POSTOS 9, 10, 11 E

16) Com base nas Leis n.º 8.112/1990 e n.º 8.429/1992, julgue o item a seguir.

O agente público que, no exercício de suas funções, enriquece ilicitamente deve

perder os bens acrescidos irregularmente ao seu patrimônio.

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Certo.

O art. 6° da Lei n. 8.429/1992 determina que:

Art. 6° No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro benefi-


ciário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio.

17. (CESPE/2015/FUB/CONHECIMENTOS BÁSICOS) Maria, servidora pública fede-

ral estável, integrante de comissão de licitação de determinado órgão público do

Poder Executivo federal, recebeu diretamente, no exercício do cargo, vantagem eco-

nômica indevida para que favorecesse determinada empresa em um procedimento

licitatório. Após o curso regular do processo administrativo disciplinar, confirmada

a responsabilidade de Maria na prática delituosa, foi aplicada a pena de demissão.

Considerando essa situação hipotética, julgue os itens a seguir, com base na legis-

lação aplicável ao caso.

A infração praticada por Maria caracteriza-se como ato de improbidade administra-

tiva que importa enriquecimento ilícito.

Certo.

A Lei n. 8.429 (Lei de Improbidade Administrativa) estabelece o seguinte:

Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito


auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo,
mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta
lei, e notadamente:
I – receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra
vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratifica-
ção ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou
amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público.

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18. (CESPE/2015/FUB/CONHECIMENTOS BÁSICOS – NÍVEL INTERMEDIÁRIO) À

luz do disposto na Constituição Federal de 1988 acerca da administração pública,

julgue o item a seguir.

A pretensão de se aplicar sanção ao agente por ato de improbidade administrativa

é imprescritível.

Errado.

Os atos imprescritíveis são aqueles que causarem prejuízo ao erário, conforme es-

tabelece o art. 37 § 5º da CF.

Já o art. 142 da Lei n. 8.112/1990 dispõe que:

Art. 142. A ação disciplinar prescreverá: 


I – em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposen-
tadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão;
II – em 2 (dois) anos, quanto à suspensão; 
III – em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.

19. (CESPE/2015/FUB/ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO) Julgue o item subsecu-

tivo, com base nas disposições da Lei n.º 8.429/1992.

Servidor público que possibilita o uso de patrimônio público sem as formalidades

necessárias, ainda que, com esse ato, não tenha obtido ganho pessoal nem causa-

do dano ao erário, não comete improbidade administrativa.

Errado.

O art. 10, inc. II, da Lei n. 8429/1992, preconiza que:

Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer
ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação,
malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º
desta lei, e notadamente:
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II – permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas,
verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art.
1º desta lei, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à
espécie.

20. (CESPE/2015/FUB/ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO) Julgue o item subsecu-

tivo, com base nas disposições da Lei n.º 8.429/1992.

O pagamento de despesa sem prévio empenho caracteriza ato de improbidade ad-

ministrativa, da mesma forma que o pagamento de despesa antes da sua liquidação.

Certo.

A Lei n. 8429/1992, em seu art. 10, inc. VI e IX, dispõe o seguinte:

Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer


ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação,
malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º
desta lei, e notadamente:
VI – realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares
ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea
IX – ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regula-
mento.

21. (CESPE/2015/TRE-GO/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Acerca de

improbidade administrativa e controle da administração pública, julgue item a seguir.

A sanção de perda da função pública decorrente de sentença em ação de improbi-

dade administrativa não tem natureza de sanção administrativa.

Certo.

Vamos aqui fazer um paralelo para não confundirmos a perda da função pública

com demissão! São duas coisas similares, mas existe diferença.

Demissão é uma sanção administrativa, ou seja, expulsão do servidor do cargo que


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antes ocupava. Produz efeitos para o órgão do qual o funcionário fazia parte.

Já a perda da função pública é uma sanção civil, ou seja, a perda da capacidade

do indivíduo de agir como agente público. Lembre-se de que se estende a toda a

administração, e não somente ao órgão onde atuava.

22. (2016/VUNESP/IPSMI/PROCURADOR) Com base na Lei n. 8.429/1992, assinale

a alternativa correta.

a) O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer

ilicitamente está sujeito às cominações da lei de improbidade administrativa até o

limite do valor da herança.

b) Qualquer eleitor poderá representar à autoridade administrativa competente

para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de im-

probidade.

c) A legitimidade ativa para ajuizamento de ação de improbidade administrativa é

exclusiva do Ministério Público.

d) Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário frustrar a

licitude de concurso público.

e) Será punido com a pena de suspensão, sem prejuízo de outras sanções cabíveis,

o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo

determinado, ou que a prestar falsa.

Letra a.

Corresponde ao art. 8º da Lei n. 8.429/1992.

b) Errada. Contraria o art. 14 da LIA:

Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente


para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de impro-
bidade.
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c) Errada. Contraria o art. 17 da LIA:

Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Públi-
co ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida
cautelar.

d) Errada. Contraria o art. 11, V, da LIA:

Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da
administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade,
imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:
V – frustrar a licitude de concurso público;

e) Errada. Contraria o art. 13, § 3º, da LIA:

Art. 13. Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo
de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos
bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.

23. (2017/VUNESP/TJM-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO) É ato de improbi-

dade administrativa que causa prejuízo ao erário:

a) perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de ver-

ba pública de qualquer natureza.

b) receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente,

para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado.

c) revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que

deva permanecer em segredo.

d) revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respecti-

va divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço

de mercadoria, bem ou serviço.

e) conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades

legais ou regulamentares aplicáveis à espécie.


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Letra e.

É ato que causa prejuízo ao erário:

Lei n. 8.429/1992, Art. 9°, VII – conceder benefício ADMINISTRATIVO ou FISCAL

sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;

a) Errada. É ato que importa em enriquecimento ilícito:

Art. 9°, IX – perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação


de verba pública de qualquer natureza;

b) Errada. É ato que importa em enriquecimento ilícito:

Art. 9°, X – receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamen-


te, para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado;

c) Errada. É ato que atenta contra os princípios da Administração:

Art. 11., III – revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições
e que deva permanecer em segredo;

d) Errada. É ato que atenta contra os princípios da Administração:

Lei n. 8.429/1992, Art. 11., VII – revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de
terceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou econômica
capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço.

24. (2016/VUNESP/TJ-SP/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS –

PROVIMENTO) Nos termos da Lei n 8.429/1992, pode ser responsabilizado por ato

de improbidade administrativa

a) não apenas o agente público, mas também o particular ou o terceiro beneficiado

pelo ato.

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b) o representante da pessoa jurídica que receba subvenção, benefício ou incenti-

vo de órgão público, se o instrumento formalizado entre as partes contiver previsão

expressa de responsabilidade.

c) apenas o agente público enriquecido ilicitamente no exercício de mandato, cargo,

emprego ou função pública.

d) o agente público, objetivamente, e seus prepostos de qualquer nível ou hierarquia,

culposamente.

Letra a.

Alternativa de acordo com o expresso no art. 3º da Lei n. 8.429/1992:

As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo
agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se be-
neficie sob qualquer forma direta ou indireta.

b) Errada. Está sujeito a ato de improbidade, sim, por imposição legal (e não por

contrato), nos termos do art. 1°, parágrafo único, da LIA:

Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade
praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incenti-
vo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio
o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinquenta por cento do patrimônio
ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do
ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.

c) Errada. Não é apenas o agente público que pode responder por improbidade,

mas também o terceiro que se beneficia do ato, nos termos do art. 3º da Lei n.

8.429/1992:

Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não
sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele
se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.

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d) Errada. A responsabilidade do agente público é subjetiva (dolo ou culpa), e não

objetiva. Veja o art. 5° da Lei n. 8.429/1992:

Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do


agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano.

25. (2015/VUNESP/TJ-SP/ESTATÍSTICO JUDICIÁRIO) Assinale a alternativa corre-

ta a respeito da Lei de Improbidade Administrativa (Lei n° 8.429/1992).

a) A Lei de Improbidade não se aplica àquele que não é agente público.

b) O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer

ilicitamente está sujeito às cominações dessa Lei até o limite do valor da herança.

c) Quando o ato de improbidade ensejar enriquecimento ilícito, caberá à autorida-

de administrativa decretar a indisponibilidade dos bens do indiciado.

d) Ocorrendo lesão ao patrimônio público, independentemente de dolo ou culpa do

agente, este deverá ressarcir integralmente o dano ao erário.

e) A Lei de Improbidade estabelece a pena de prisão ao agente público que come-

ter ato que redunde em prejuízo ao erário ou enriquecimento ilícito.

Letra b.

Está de acordo com o art. 8º da Lei n. 8.429/1992:

O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente


está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança.

a) Errada. Contraria o seguinte dispositivo da Lei n. 8.429/1990:

Art.  3º As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, ÀQUELE QUE MESMO
NÃO SENDO AGENTE PÚBLICO, induza ou concorra para a prática de ato de improbidade
ou dele se beneficie de qualquer forma direta ou indireta.

Ou seja, mesmo se a pessoa não for agente público, poderá ser aplicada essa lei.
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c) Errada. Contraria o seguinte dispositivo da Lei n. 8.429/1992:

Art. 7º [...] caberá à autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar


ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado.

d) Errada. Contraria o seguinte dispositivo da Lei n. 8.429/1992:

Art. 5º Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa,
do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano.

É preciso, sim, verificar a existência de dolo do agente.

e) Errada. Não há pena de prisão. A alternativa contraria o seguinte dispositivo da

Lei n. 8.429/90:

Art. 12, Inciso I – Nas hipóteses de enriquecimento ilícito a pena será de perda dos
bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano,
quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de 8 a 10
anos, pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e
proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou
creditícios pelo prazo de 10 anos.
Inciso II – Nas hipóteses prejuízo ao erário a pena será de perda dos bens ou valores
acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer essa circunstância perda da função
pública, suspensão dos direitos políticos de 5 a 8 anos, pagamento de multa civil de
até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios pelo prazo de 5 anos.

26. (2015/VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO) O agente pú-

blico que se recusar a prestar declaração dos bens exigida pela Lei Federal n o

8.429/1992, dentro do prazo determinado,

a) estará sujeito à penalidade de multa de até 25% (vinte e cinco por cento) de

seus vencimentos anuais

b) será punido com a pena de demissão a bem do serviço público, sem prejuízo de

outras sanções cabíveis

c) estará sujeito à suspensão dos vencimentos até que apresente a declaração

devida.
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d) poderá ser punido com a pena de repreensão.

e) pagará multa por dia de atraso equivalente a 10% (dez por cento) do corres-

pondente ao valor da remuneração que percebe por dia de trabalho.

Letra b.

Basta verificar a redação do art. 13 da Lei n. 8.429/1992:

Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação


de declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser
arquivada no serviço de pessoal competente.
§ 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de
outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens,
dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.

27. (2015/VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO) A respeito da

ação de improbidade administrativa, considerando o previsto na Lei Federal n o

8.429/1992, é correto afirmar que

a) na ação principal, será seguido o rito sumário, sendo cabível a realização de

transação, acordo ou conciliação.

b) em qualquer fase do processo, reconhecida a inadequação da ação de improbi-

dade, o juiz ex­tinguirá o processo com julgamento do mérito, não podendo ser a

ação novamente intentada.

c) a sentença que julgar procedente ação civil de reparação de dano ou decretar a

perda dos bens havidos ilicitamente determinará o pagamento em favor do Fundo

Nacional de Interesses Difusos.

d) a ação principal poderá ser proposta pela pessoa jurídica interessada, atuando

nesse caso, obrigatoriamente, o Ministério Público como fiscal da lei, sob pena de

nulidade.

e) estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá­-la e ordenará a notifica-

ção do requerido, para oferecer manifestação por escrito no prazo de 10 (dez) dias.

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Letra d.

De acordo com o art. 17, § 4º, da Lei n. 8.429/1992:

§ 4º O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará obrigatoria-


mente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade.

a) Errada. Contraria o seguinte dispositivo da Lei n. 8.429/1992:

Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Públi-
co ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida
cautelar.

b) Errada. Contraria o seguinte dispositivo da Lei n. 8.429/1992:

Art. 17, § 11º – A ação pode ser intentada novamente e em qualquer fase do processo,
reconhecida a inadequação da ação de improbidade, o juiz extinguirá o processo sem
julgamento do mérito.

c) Errada. Contraria o seguinte dispositivo da Lei n. 8.429/1992:

Art. 18. A sentença que julgar procedente ação civil de reparação de dano ou decretar a
perda dos bens havidos ilicitamente determinará o pagamento ou a reversão dos bens,
conforme o caso, em favor da pessoa jurídica prejudicada pelo ilícito.

e) Errada. Contraria o seguinte dispositivo da Lei n. 8.429/1992:

Art. 17, §7º Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a
notificação do requerido, para oferecer manifestação por escrito, que poderá ser instru-
ída com documentos e justificações, dentro do prazo de quinze dias

28. (2015/VUNESP/MPE-SP/ANALISTA DE PROMOTORIA). Considerando o que es-

tabelece, expressamente, a Lei de Improbidade Administrativa (Lei n. 8.429/1992),

é correto afirmar que

a) será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de

outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos

bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.


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b) quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar en-

riquecimento ilícito do agente ou de particular, caberá à autoridade administrativa

responsável pelo inquérito decretar a indisponibilidade dos bens do indiciado.

c) a sentença que julgar procedente ação civil de reparação de dano ou decretar

a perda dos bens havidos ilicitamente determinará o pagamento ou a reversão dos

bens, conforme o caso, em favor de Fundo gerido pelo Ministério Público.

d) na fixação das penas previstas na Lei de Improbidade, o juiz levará em conta a

extensão do dano causado, o grau de culpabilidade do agente e o proveito patrimo-

nial obtido pelo beneficiário do delito.

e) no caso de enriquecimento ilícito, além de ficar sujeito à pena criminal previs-

ta nessa Lei, perderá o agente público ou terceiro beneficiário os bens ou valores

acrescidos ao seu patrimônio.

Letra a.

Está de acordo com o seguinte dispositivo da Lei n. 8.429/1992:

Art. 13., § 3º Será punido com a pena de DEMISSÃO, a bem do serviço público, sem
prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declara-
ção dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.

b) Errada. Contraria o seguinte dispositivo da Lei n. 8.429/1992:

Art.  7° Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar


enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito
representar ao ministério público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado.

c) Errada. Contraria o seguinte dispositivo da Lei n. 8.429/1992:

Art. 18. A sentença que julgar procedente ação civil de reparação de dano ou decretar a
perda dos bens havidos ilicitamente determinará o pagamento ou a reversão dos bens,
conforme o caso, em favor da pessoa jurídica prejudicada pelo ilícito.

d) Errada. Contraria o seguinte dispositivo da Lei n. 8.429/1992:

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Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na


legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes
cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a
gravidade do fato: (...) Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei o juiz
levará em conta a extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido
pelo agente.

e) Errada. Contraria o seguinte dispositivo da Lei n. 8.429/1992:

Art. 6° No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro benefi-


ciário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio.

29. (2016/VUNESP/PREFEITURA DE ROSANA-SP/PROCURADOR DO MUNICÍPIO)

Assinale a alternativa que corretamente discorre sobre previsões relativas à impro-

bidade administrativa, previstas na Lei Federal n° 8.429/1992.

a) Revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que

deva permanecer em segredo constitui ato de improbidade que importa enriqueci-

mento ilícito ou causa dano ao erário.

b) Não estão sujeitos às penalidades da Lei Federal n. 8.429/1992, os atos de

improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção,

benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público.

c) As disposições da Lei Federal n° 8.429/1992 são aplicáveis, no que couber,

àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática

do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.

d) Exercer atividade de consultoria ou assessoramento para pessoa jurídica que

tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão decor-

rente das atribuições do agente público, durante a atividade, é ato de improbidade

administrativa que causa dano ao erário.

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e) Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na

legislação específica, o responsável pelo ato de improbidade fica sujeito às comi-

nações da Lei Federal n. 8.429/1992, que deverão ser aplicadas sempre de forma

cumulativa, mas graduadas de acordo com a gravidade do fato.

Letra c.

Está de acordo com o seguinte dispositivo da LIA:

Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não
sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele
se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.

a) Errada. Esse fato configura improbidade do art. 11. Confira o seguinte trecho

da Seção III (Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os Princípios

da Administração Pública) da LIA:

Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da


administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade,
imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente: 
[...] III – revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e
que deva permanecer em segredo;

b) Errada. Contraria o seguinte dispositivo da Lei n. 8.429/1992:

Art. 1° Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de im-
probidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício
ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação
ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de 50% do patrimônio ou da
receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito
sobre a contribuição dos cofres públicos.

d) Errada. Atos de Improbidade Administrativa que Importam Enriquecimento Ilí-

cito, nos termos do art. 9º da LIA:

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VIII – aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessora-


mento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou
amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público, durante
a atividade;

e) Errada. Contraria o seguinte dispositivo da Lei n. 8.429/1992:

Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na


legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes
cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a
gravidade do fato: [...]

30. (2016/VUNESP/CÂMARA MUNICIPAL DE POÁ-SP/OFICIAL LEGISLATIVO) De

acordo com a Lei n. 8.429/1992, o agente público que se recusar a prestar decla-

ração dos bens, dentro do prazo determinado, ou a prestar falsa, será

a) advertido por escrito, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.

b) suspenso de suas funções por 90 (noventa) dias, sem prejuízo de outras san-

ções cabíveis.

c) punido com a pena de demissão a bem do serviço público, sem prejuízo de ou-

tras sanções cabíveis.

d) punido com a cassação de seus direitos políticos e deverá fazer o ressarcimento

ao erário, no valor de quatro salários-mínimos vigentes.

e) banido do serviço público por dez anos e deverá fazer o ressarcimento ao erário,

no valor de dez salários-mínimos vigentes.

Letra c.

Basta ter ciência do seguinte dispositivo da LIA:

Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação


de declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser
arquivada no serviço de pessoal competente.
§ 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de
outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens,
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31. (2017/VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO) O procedimento

administrativo previsto na Lei Federal n. 8.429/1992, destinado a apurar a prática

de ato de improbidade,

a) será iniciado por representação, que será escrita ou reduzida a termo, podendo

o representante permanecer anônimo, se assim o desejar.

b) poderá acarretar o exame e o bloqueio de bens, contas bancárias e aplicações

financeiras mantidas pelo indiciado no exterior, se for o caso.

c) poderá compreender o decreto de sequestro dos bens do agente ou terceiro que

tenha enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público.

d) impedirá a apuração dos fatos pelo Ministério Público, caso se conclua pela im-

procedência das acusações.

e) deverá ser levado ao conhecimento do Ministério Público e do Tribunal ou Con-

selho de Contas, pela Comissão Processante.

Letra e.

De acordo com o art. 15 da LIA:

Art. 15. A comissão processante dará conhecimento ao Ministério Público e ao Tribunal


ou Conselho de Contas da existência de procedimento administrativo para apurar a prá-
tica de ato de improbidade.

a) Errada. Contraria o seguinte dispositivo da Lei n. 8.429/1992:

Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente


para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de impro-
bidade.
§ 1º A representação, que será escrita ou reduzida a termo e assinada, conterá a qua-
lificação do representante, as informações sobre o fato e sua autoria e a indicação das
provas de que tenha conhecimento.

b) Errada. Contraria o seguinte dispositivo da Lei n. 8.429/1992:

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Art. 16. Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o exame e o bloqueio de


bens, contas bancárias e aplicações financeiras mantidas pelo indiciado no exterior, nos
termos da lei e dos tratados internacionais.

c) Errada. Contraria o seguinte dispositivo da Lei n. 8.429/1992:

Art. 16. Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão representará ao


Ministério Público ou à procuradoria do órgão para que requeira ao juízo competente a
decretação do sequestro dos bens do agente ou terceiro que tenha enriquecido ilicita-
mente ou causado dano ao patrimônio público.
§ 1º O pedido de sequestro será processado de acordo com o disposto nos arts. 822 e 825
do Código de Processo Civil.

d) Errada. Contraria o seguinte dispositivo da Lei n. 8.429/1992:

Art. 14. A autoridade administrativa rejeitará a representação, em despacho funda-


mentado, se esta não contiver as formalidades estabelecidas.

Combinado com o seguinte dispositivo:

Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto nesta lei, o Ministério Público, de ofício,
a requerimento de autoridade administrativa ou mediante representação formulada de
acordo com o disposto no art. 14, poderá requisitar a instauração de inquérito policial
ou procedimento administrativo.

32. (2017/VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO) Suponha que Se-

cretário da Fazenda de um estado qualquer da Federação aceite exercer, nas horas

vagas, concomitantemente ao exercício do cargo público, atividades de consultoria

a empresas sujeitas ao recolhimento do ICMS, tributo estadual. Nesse caso, à luz

do previsto na Lei Federal n° 8.429/1992, a conduta descrita pode ser considerada

a) ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da Adminis-

tração Pública.

b) ato de improbidade administrativa que importa enriquecimento ilícito.

c) indiferente, pois não caracteriza nenhuma das hipóteses de ato de improbidade

administrativa previstas.
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d) ato de improbidade administrativa decorrente de concessão ou aplicação inde-

vida de benefício financeiro ou tributário.

e) ato de improbidade administrativa que causa prejuízo ao Erário.

Letra b.

Para responder a essa questão, basta ter conhecimento do seguinte dispositivo da

Lei n. 8.429/1992:

Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito


auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo,
mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta
lei, e notadamente:
VIII – aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessora-
mento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou
amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público, durante
a atividade;

33. (2017/VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO) No processo judi-

cial de improbidade administrativa, o Ministério Público

a) se não intervir no processo como parte, atuará obrigatoriamente, como fiscal da

lei, sob pena de nulidade.

b) atuará somente como fiscal da lei, mas promoverá as ações necessárias à com-

plementação do ressarcimento do patrimônio público.

c) atuará somente como autor, não intervindo se a pessoa jurídica interessada

propuser a ação ordinária.

d) é o único legitimado a propor a ação ordinária, dentro de trinta dias da efetiva-

ção da medida cautelar.

e) poderá abster-se de contestar o pedido, ou poderá atuar ao lado do autor, desde

que isso se afigure útil ao interesse público, a juízo do Procurador Geral de Justiça.

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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
Lei n. 8.429/1992 e Alterações
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Letra a.

O Ministério Público, além de ser um dos legitimados para propor a ação, pode re-

ceber denúncias, determinar a apuração dos fatos, ou ainda agir de ofício. Se o MP

não propõe a ação, ele deve atuar obrigatoriamente como fiscal da lei, sob pena de

nulidade (art. 17, § 4º).

b) Errada. Contraria o seguinte dispositivo da Lei n. 8.429/1992:

Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Públi-
co ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida
cautelar.
§ 2º A Fazenda Pública, quando for o caso, promoverá as ações necessárias à comple-
mentação do ressarcimento do patrimônio público.

c) Errada. Contraria o seguinte dispositivo da Lei n. 8.429/1992:

Art. 17, § 4º O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará obri-
gatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade.

d) Errada. Contraria o seguinte dispositivo da Lei n. 8.429/1992:

Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Públi-
co ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida
cautelar.

d) Errada. Não existe qualquer disposição nesse sentido na Lei n. 8.429/1992.

34. (2017/VUNESP/CRBIO-1a REGIÃO/ANALISTA – ADVOGADO) As sanções pre-

vistas na Lei de Improbidade Administrativa

a) são aplicáveis independentemente da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio

público, salvo quanto à pena de ressarcimento

b) não podem ser impostas a membros do Conselho Regional de Biologia, porque

são eleitos para o exercício de mandato.


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c) não se aplicam aos atos de improbidade praticados contra o patrimônio de en-

tidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão

público.

d) não são cabíveis em caso de omissão culposa, ainda que enseje perda patrimo-

nial nas entidades referidas na lei.

e) quando implicarem na perda da função pública e na suspensão dos direitos polí-

ticos, se efetivarão independentemente do trânsito em julgado da sentença conde-

natória, assegurada a reintegração em caso de improcedência da ação.

Letra a.

De acordo com o seguinte dispositivo da LIA:

Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei independe:


I – da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena de ressar-
cimento;

b) Errada. Contraria o seguinte dispositivo da Lei n. 8.429/1992:

Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce,
ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação,
contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, empre-
go ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.

c) Errada. Contraria o seguinte dispositivo da Lei n. 8.429/1992:

Art. 1° [...] Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de
improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefí-
cio ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja cria-
ção ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinquenta por cento
do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à
repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.

d) Errada. Contraria os seguintes dispositivos da Lei n. 8.429/1992:

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Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa,
do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano.
[...]

Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer
ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação,
malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º
desta lei, e notadamente:

e) Errada. Contraria o seguinte dispositivo da Lei n. 8.429/1992:

Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam


com o trânsito em julgado da sentença condenatória.

35. (2017/VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO) Assinale a alterna-

tiva que corretamente discorre sobre as penas previstas na Lei de Improbidade

Administrativa.

a) No caso de condenação por ato de improbidade administrativa decorrente de

concessão ou aplicação indevida de benefício financeiro ou tributário, não cabe a

aplicação da pena de perda da função pública.

b) A aplicação das penas previstas na Lei de Improbidade Administrativa impede

a aplicação das demais sanções penais, civis e administrativas previstas em legis-

lação específica.

c) Na fixação das penas previstas na Lei de Improbidade Administrativa, o juiz

levará em conta a extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial

obtido pelo agente.

d) A pena de proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou

incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de

pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, terá o prazo máximo de 2 (dois) anos.

e) As penas previstas na Lei de Improbidade Administrativa deverão ser aplicadas

cumulativamente, exceto quando se tratar de ato de improbidade administrativa

que atente contra os princípios da Administração Pública.


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Letra c.

Está de acordo com o art. 12, parágrafo único, da LIA:

Na fixação das penas previstas nesta lei o juiz levará em conta a extensão do dano cau-
sado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente.

a) Errada. Contraria os seguintes dispositivos da Lei n. 8.429/1992:

Art. 10-A. Constitui ato de improbidade administrativa qualquer ação ou omissão para


conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem
o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar n. 116, de 31 de julho de 2003. (In-
cluído pela Lei Complementar n. 157, de 2016) (Produção de efeito)

Art. 12. IV – na hipótese prevista no art. 10-A, perda da função pública, suspensão dos
direitos políticos de 5 (cinco) a 8 (oito) anos e multa civil de até 3 (três) vezes o valor
do benefício financeiro ou tributário concedido. (Incluído pela Lei Complementar n. 157,
de 2016)

b) Errada. Contraria o seguinte dispositivo da Lei n. 8.429/1992:

Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na


legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes
cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a
gravidade do fato:

d) Errada. As penas são as já mencionadas no art. 12, IV, da LIA.

e) Errada. Contraria os seguintes dispositivos da Lei n. 8.429/1992:

Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na


legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes
cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a
gravidade do fato:
III – na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da fun-
ção pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa
civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de
contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios,
direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio
majoritário, pelo prazo de três anos.

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36. (2017/VUNESP/TJ-SP/PSICÓLOGO JUDICIÁRIO) A Lei de Improbidade Admi-

nistrativa prevê que

a) não configura ato de improbidade a aquisição, para si, no exercício de mandato,

cargo, emprego ou função pública, de bens cujo valor seja desproporcional à evolu-

ção do patrimônio ou à renda do agente público, pois não importa enriquecimento

ilícito.

b) estão sujeitos às suas penas somente os agentes públicos investidos em cargos

efetivos que causem lesão ao erário de forma dolosa e com o propósito de enrique-

cer ilicitamente.

c) a utilização de trabalho de servidores públicos na execução de obra ou serviço

particular, de interesse privado da autoridade a que estão subordinados, não confi-

gura ato de improbidade pela ausência de lesividade.

d) suas disposições são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo

agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se

beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.

e) frustrar a licitude de concurso público configura ato de improbidade administra-

tiva que causa prejuízo ao erário.

Letra d.

De acordo com o seguinte dispositivo da LIA:

Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não
sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele
se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.

a) Errada. Contraria o seguinte dispositivo da Lei n. 8.429/1992:

Art. 9° (enriquecimento ilícito) VII – adquirir, para si ou para outrem, no exercício de


mandato, cargo, emprego ou função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja
desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público;

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b) Errada. Contraria o seguinte dispositivo da Lei n. 8.429/1992:

Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não
sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele
se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.

c) Errada. Contraria o seguinte dispositivo da Lei n. 8.429/1992:

Art. 9º [enriquecimento ilícito] IV – utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, má-


quinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição
de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de
servidores públicos, empregados ou terceiros contratados por essas entidades;

e) Errada. Contraria o seguinte dispositivo da Lei n. 8.429/1992:

Art. 11 [contra os princípios da Administração]


V – frustrar a licitude de concurso público;

37. (VUNESP/TJ-SP/2013/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO) No tocante à Lei de

Improbidade Administrativa (Lei n. 8.429/1992), é correto afirmar que

a) as ações destinadas a levar a efeito as sanções previstas nessa Lei podem ser

propostas até 20 (vinte) anos após o término do exercício de mandato, de cargo

em comissão ou de função de confiança.

b) a aplicação das sanções previstas nessa Lei depende da aprovação ou rejeição

das contas pelo Tribunal ou Conselho de Contas.

c) as disposições dessa Lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não

sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade.

d) a autoridade judicial competente somente poderá determinar o afastamento do

agente público do exercício do cargo após o trânsito em julgado da sentença con-

denatória.

e) a aplicação das sanções previstas nessa Lei depende da aprovação ou rejeição

das contas pelo órgão de controle interno.

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Letra c.

Vide o art. 3º da LIA:

Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não
sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele
se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.

38. (2015/VUNESP/PC-CE/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL DE 1a CLASSE) Consti-

tui ato de improbidade administrativa, importando enriquecimento ilícito, auferir

qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo,

mandato, função, emprego ou atividade, nas entidades mencionadas na Lei n.

8.429/1992, sujeitando o infrator, além do pagamento de multa civil, a

a) perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento

integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos

políticos de 5 a 8 anos e proibição de contratar com o Poder Público ou receber be-

nefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por

intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 2 anos.

b) perda dos bens e valores acrescidos ilegalmente ao patrimônio, da função pú-

blica, suspensão dos direitos políticos de 3 a 5 anos e proibição de contratar com

o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou

indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio ma-

joritário, pelo prazo de 3 anos.

c) perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de 4 a 8 oito anos e

proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fis-

cais ou creditícios, pelo prazo de 5 anos.

d) perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento

integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos

políticos de 8 a 10 anos e proibição de contratar com o Poder Público ou receber be-


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nefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por

intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 10 anos.

e) perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao seu patrimônio, ressarci-

mento integral do dano, quando houver, perda da função pública e suspensão dos

direitos políticos de 2 a 8 anos.

Letra d.

Aconselho que você saiba as penalidades, porque, só em 2015, o tema caiu 2 ve-

zes. No caso de enriquecimento ilícito, independentemente das sanções penais,

civis e administrativas previstas na legislação específica, o responsável pelo ato

de improbidade está sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas

isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato (art. 12, I, da Lei

n. 8.429/1992): perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio;

ressarcimento integral do dano, quando houver; perda da função pública; suspen-

são dos direitos políticos de 8 a 10 anos; pagamento de multa civil de até três

vezes o valor do acréscimo patrimonial; proibição de contratar com o Poder

Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indireta-

mente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário,

pelo prazo de 10 anos.

39. (2015/VUNESP/PC-CE/ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL DE 1a CLASSE) O Policial

Civil que recebe vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta,

para tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotrá-

fico, de contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, cometerá um

a) ato de improbidade administrativa e estará sujeito à perda da função pública,

nos termos da Lei que regula as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos

de enriquecimento.
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b) crime, porém não estará sujeito ao sancionamento da Lei que regula as sanções

aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento.

c) ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da adminis-

tração, previsto na Lei que regula as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos

casos de enriquecimento

d) simples ato de imoralidade administrativa, porém não estará sujeito ao sancio-

namento da Lei que regula as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de

enriquecimento.

e) ato de improbidade administrativa que causa prejuízo ao erário, previsto na Lei

que regula as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento.

Letra a.

Vimos no rol exemplificativo de condutas: receber vantagem econômica de qual-

quer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou

declaração a que esteja obrigado;

Quanto às penalidades: No caso de enriquecimento ilícito, independentemente das

sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o

responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem

ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato (art.

12, I, da Lei n. 8.429/1992): perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao

patrimônio;ressarcimento integral do dano, quando houver; perda da função pú-

blica; suspensão dos direitos políticos de 8 a 10 anos; pagamento de multa civil de

até três vezes o valor do acréscimo patrimonial; proibição de contratar com o Poder

Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indireta-

mente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário,

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40. (2014/VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO) Com relação aos

atos de improbidade previstos na Lei Federal n. 8.429/1992, é correto afirmar que

a) a conduta ímproba somente será considerada caracterizada se comprovados o

enriquecimento ilícito do agente público, o dano ao erário e a prática de ato aten-

tatório aos princípios da Administração Pública.

b) a fim de que uma conduta seja considera ímproba, é necessário que seja prati-

cada por agente público em sentido estrito, e que importe em violação a princípio

da Administração Pública, dano ao erário e enriquecimento ilícito.

c) a conduta de improbidade na espécie enriquecimento ilícito pressupõe a per-

cepção da vantagem patrimonial ilícita obtida pelo exercício da função pública em

geral, podendo haver ou não, concomitantemente, dano ao erário.

d) o pressuposto exigível para os atos de improbidade por violação a princípios é

a vulneração em si dos princípios administrativos, cumulada com o enriquecimento

ilícito ou com o dano ao erário.

e) os atos de improbidade que causam dano ao erário são caracterizados pela

ocorrência de dano ao patrimônio de pessoas como a União, Estados e Municípios,

e, concomitantemente, enriquecimento ilícito de agente público, já que não há

dano ao erário sem que alguém se locuplete indevidamente.

Letra c.

Segundo o art. 9º da Lei n. 8.429/1992, o ato de improbidade que importa em

enriquecimento ilícito é aquele que visa auferir qualquer tipo de vantagem patri-

monial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego

ou atividade nas entidades passíveis de ser enquadradas como sujeito passivo de

atos de improbidade administrativa.

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41. (2014/VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO) João é escrevente

técnico judiciário do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e, estando sujeito

à apresentação da declaração de bens prevista na Lei Federal n. 8.429/1992, apre-

sentou a declaração devida em maio de 2014. No entanto, posteriormente, verifi-

ca-se que João afirmou na declaração não possuir bens imóveis, o que, no entanto,

não é verdade, já que João é proprietário de apartamento na cidade de São Paulo,

onde reside e trabalha, desde 2010. É constatado também que o imóvel é de valor

modesto, de aquisição compatível com os rendimentos de João e sua esposa. Neste

caso, em relação à conduta de João, é correto afirmar que a Lei de Improbidade

Administrativa

a) comina a sanção de suspensão para a conduta de João, que embora não tenha

enriquecido ilicitamente, deixou de apresentar os dados corretos na declaração.

b) prevê sanção de multa a João, por não haver prestado a declaração de bens de

forma correta ao Tribunal de Justiça.

c) considera que João está sujeito a penas disciplinares nas quais serão conside-

radas a natureza e a gravidade da infração e os danos que dela provierem para o

serviço público.

d) considera João sujeito à pena de demissão a bem do serviço público, sem pre-

juízo de outras sanções cabíveis, por haver prestado declaração de bens falsa.

e) não impõe qualquer sanção pela conduta de João, já que seu patrimônio, em si,

é lícito, o que é o cerne da Lei de Improbidade Administrativa.

Letra d.

Veja o diz a LIA:

Art. 13., § 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem pre-
juízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração
dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.

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42. (VUNESP/TJ-SP/2013/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO) No tocante à Decla-

ração de Bens, prevista na Lei de Improbidade Administrativa (Lei n. 8.429/1992),

é correto afirmar que

a) não supre a exigência contida na Lei de Improbidade Administrativa a entrega,

em substituição à Declaração de Bens, da cópia da declaração anual de bens apre-

sentada à Delegacia da Receita Federal.

b) a posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de

declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser

arquivada no serviço de pessoal competente.

c) a declaração de bens será quinquenalmente atualizada e na data em que o

agente público deixar o exercício do mandato.

d) somente será punido com a pena de demissão a bem do serviço público, sem

prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que prestar falsa declaração

de bens.

e) será punido com a pena de repreensão escrita o agente público que se recusar

a prestar declaração dos bens.

Letra b.

No art. 13 da Lei de Improbidade Administrativa, obtemos a resposta:

Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresen-


tação de declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio priva-
do, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente.
§ 1° A declaração compreenderá imóveis, móveis, semoventes, dinheiro, títulos, ações,
e qualquer outra espécie de bens e valores patrimoniais, localizado no País ou no ex-
terior, e, quando for o caso, abrangerá os bens e valores patrimoniais do cônjuge ou
companheiro, dos filhos e de outras pessoas que vivam sob a dependência econômica
do declarante, excluídos apenas os objetos e utensílios de uso doméstico.
§ 2º A declaração de bens será anualmente atualizada e na data em que o agente pú-
blico deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou função.
§ 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de
outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens,
dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.
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§ 4º O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia da declaração anual de bens


apresentada à Delegacia da Receita Federal na conformidade da legislação do Imposto
sobre a Renda e proventos de qualquer natureza, com as necessárias atualizações, para
suprir a exigência contida no caput e no § 2° deste artigo.

43. (VUNESP/PC-SP/2013/INVESTIGADOR DE POLÍCIA) Assinale a alternativa cor-

reta a respeito da Lei de Improbidade Administrativa (Lei n. 8.429/1992).

a) Na ação judicial de improbidade administrativa, a perda da função pública e a

suspensão dos direitos políticos se efetivam com o deferimento da liminar pela au-

toridade judiciária competente.

b) Além de outras penalidades, aquele que cometer ilícito previsto na Lei de Im-

probidade Administrativa ficará sujeito à cassação de seus direitos políticos.

c) As penas cominadas pela Lei de Improbidade Administrativa são específicas e

individualizadas, não podendo atingir o sucessor daquele que causar lesão ao pa-

trimônio público ou se enriquecer ilicitamente.

d) Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar

enriquecimento ilícito, caberá à vítima representar à autoridade judiciária, para a

indisponibilidade dos bens do indiciado.

e) Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo

de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração

dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.

Letra e.

Como vimos anteriormente,

Art. 13., § 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem pre-
juízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração
dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.

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Lei n. 8.429/1992 e Alterações
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44. (VUNESP/PC-SP/2014/DELEGADO DE POLÍCIA) De acordo com a Lei

n.o 8.429/1992, a ação de improbidade, em caso de enriquecimento ilícito,

a) seguirá o rito ordinário e será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa

jurídica interessada.

b) deve ser proposta no prazo de 45 dias da efetivação da medida cautelar de se-

questro.

c) deve ser proposta no prazo de 60 dias da efetivação da medida cautelar de se-

questro.

d) seguirá o rito sumário e será proposta exclusivamente pelo Ministério Público.

e) seguirá o rito ordinário e será proposta exclusivamente pelo Ministério Público.

Letra a.

Mais uma questão com a letra da lei:

Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Públi-
co ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida
cautelar.
§ 1º É vedada a transação, acordo ou conciliação nas ações de que trata o caput.
§ 2º A Fazenda Pública, quando for o caso, promoverá as ações necessárias à comple-
mentação do ressarcimento do patrimônio público.

45. (VUNESP/TJ-PA/2014/JUIZ) Acerca da improbidade administrativa, há en-

tendimento do Superior Tribunal de Justiça que:

a) qualquer irregularidade, ainda que meramente administrativa, ou transgressão

disciplinar, está apta a caracterizar a improbidade administrativa.

b) é punível a tentativa de improbidade quando o resultado não ocorreu por motivo

alheio à vontade do agente.

c) o uso de veículo oficial para mero transporte de móvel particular do agente pú-

blico a sua residência não caracteriza improbidade administrativa.

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d) o princípio da insignificância aplica-se aos atos de improbidade administrativa.

e) a prática de tipo penal é suficiente para caracterizar a improbidade adminis-

trativa.

Letra b.

Segundo a decisão proferida na 2ª Turma do STJ no REsp 1014161 (17/09/2010):

É punível a tentativa de improbidade administrativa nos casos em que as condutas

não se realizam por motivos alheios ao agente, haja vista a ocorrência a de ofensa

aos princípios da Administração Pública.

46. (2014/VUNESP/DESENVOLVE-SP/ADVOGADO) Para que as penalidades previs-

tas na Lei n.º 8.429/1992 (Improbidade Administrativa) sejam aplicadas, é neces-

sária a observância das regras do devido processo legal estampado no bojo do re-

ferido texto normativo. A respeito do processo judicial para apuração de atos ilícitos

praticados por autoridades públicas, é correto afirmar que

a) a ação principal seguirá pelo rito ordinário e deverá ser proposta, pelo Ministé-

rio Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de 30 dias da efetivação da

medida cautelar.

b) se o Ministério Público não for parte, atuará, facultativamente, como fiscal da

lei, sob pena de nulidade.

c) a ação principal seguirá pelo rito sumário e poderá ser proposta pelo Ministé-

rio Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de 30 dias da efetivação da

medida cautelar.

d) se o Ministério Público não for parte, atuará, obrigatoriamente, como fiscal da

lei, sob pena de anulabilidade do procedimento.


e) a ação principal seguirá pelo rito ordinário e deverá ser proposta pelo Ministério

Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de 30 dias da distribuição da

medida cautelar.
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Letra a.

Essa questão também é cópia da letra da lei. O examinador cobra que você saiba

o que diz o art. 17. Leia:

Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Públi-
co ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida
cautelar.

47. (VUNESP/MPE-ES/2013/PROMOTOR DE JUSTIÇA) A ação de improbidade

administrativa:

a) tem como objetivo tão somente proteger a moralidade administrativa.

b) prevê a possibilidade da concessão de tutela cautelar (de evidência) de indispo-

nibilidade de bens.

c) possui como legitimados ativos todos aqueles indicados como legítimos para a

ação civil pública.

d) possui natureza preventiva.

e) tem natureza penal, haja vista que a Lei n. 8.429/1992 traz condutas típicas em

seu artigo 12.

Letra b.

Para responder a essa questão, recorremos ao art. 16 da Lei n. 8.429/1992, que

dispõe:

Art. 16. Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão representará ao


Ministério Público ou à procuradoria do órgão para que requeira ao juízo competente a
decretação do sequestro dos bens do agente ou terceiro que tenha enriquecido
ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público.
§ 1º O pedido de sequestro será processado de acordo com o disposto nos arts. 822 e
825 do Código de Processo Civil. (Dos procedimentos cautelares específicos).

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