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Aula | Bases e Métodos de Avaliação Aplicados à Estética Capilar

Olá! Sejam bem-vindos à aula prática do curso Bases e Métodos de Avaliação Aplicados
à Estética Capilar. Lembro da importância de fazer a leitura do material complementar
que foi disponibilizado ao longo das aulas do curso . 📚
Agora, vamos para a prática dos testes mais usados na prática clínica. É importante
frisar que os testes devem ser elencados de acordo com a queixa principal do paciente.
Então, certifique-se se o paciente está tendo uma queda excessiva de cabelo, se o
crescimento capilar está, ou não, dentro da normalidade, e por aí vai.

Vamos iniciar com o teste de tração suave (pull test). Esse teste é realizado com o
polegar e o indicador, e, então, é feita a prega de mais ou menos 50 fios. É preciso
pegar de forma rente ao couro cabeludo.

Aí, é feito um deslizamento suave. Se, com o deslizamento, houver uma perda de mais
✔️
de 6 fios, o teste é positivo .

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O teste deve ser feito em várias regiões do couro cabeludo, e o paciente deve estar
posicionado mais ou menos na altura do nosso processo xifóide para facilitar a
visualização do couro cabeludo. Se não for possível, o paciente pode ficar deitado na
maca enquanto você se posiciona atrás do couro cabeludo. Aí, ele movimenta a cabeça
de acordo com a necessidade de avaliação.

Então, no teste, você deve tracionar a mecha com o polegar e o indicador de forma
rente ao couro cabeludo, e deslizar os dedos até o final do cabelo. Nessa paciente, em
todas as áreas de teste, não houve perda de fios.

O próximo teste é o teste do sinal de dobra ou sinal de pregueamento de Jacquet. O


objetivo dessa avaliação é ver se o paciente realmente apresenta unidades
pilossebáceas. Lembro que o restante do nosso corpo não tem uma quantidade de
unidade pilossebácea tão considerável quanto o couro cabeludo, então, fazendo o
pregueamento de Jacquet em outras regiões, a dobra surge facilmente. Porém, em um
couro cabeludo dentro da normalidade, essa dobra não acontece em função da
quantidade de unidades pilossebáceas.

Se fizermos a prega na testa da paciente, a dobra surge sem nenhum esforço, porque
há uma quantidade menor de unidades pilossebáceas.

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Porém, no couro cabeludo, o pregueamento não resulta em dobras, porque há uma
grande quantidade de unidades pilossebáceas. Então, o teste é negativo . ❌

⚠️ Atente aos falsos positivos e falsos negativos, conforme vimos nas aulas teóricas.
Trecho da aula “Escalas validadas e exames clínicos”

É preciso ter cuidado com o “falso positivo” e o “falso negativo”. A alopecia areata, por
exemplo, pode indicar um “falso positivo” quando a afecção está em plena recuperação, e
o “falso negativo” pode ser evidenciado em algumas alopecias cicatriciais onde se teve
intensa fibrose do couro cabeludo, advindas de alterações como queimaduras, lúpus
eritematoso, entre outros.

Então, muito cuidado com esse teste, e lembre da importância de conhecer bem o
paciente para que o teste não dê um falso positivo ou falso negativo.

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Temos outro teste, que é o teste da janela de crescimento. Esse exame deve ser
aplicado quando a queixa do paciente é que o seu cabelo não está crescendo. O
esperado é que o cabelo cresça 1 cm/mês.

No teste, deve-se selecionar uma área de 1 cm² no couro cabeludo em uma região
pouco visível, porque será feita a raspagem do cabelo neste local. O objetivo é analisar
se o cabelo está, ou não, crescendo. O teste deve ser feito em uma região aprovada pelo
paciente.

A raspagem pode ser feita nesta região mais posterior.

Feita a raspagem, deve-se analisar o crescimento do cabelo por semana ou mês.

Agora, vamos falar sobre as posições para registro fotográfico. Vamos relembrar
alguns cuidados que devemos ter nesse processo:
- A posição dos pacientes deve ser padronizada nos registros;
- O cabelo do paciente precisa estar limpo e seco;
- O corte do cabelo deve ser mantido igual no tratamento;
- A distância da câmera deve ser sempre a mesma;
- O plano de fundo das fotos precisa ser sempre igual.

Padronize as fotos para conseguir acompanhar a evolução do paciente. A paciente já


está posicionada para o registro fotográfico. Como podemos visualizar, o fundo é
padronizado e branco, e a paciente está com uma mão sobre a outra e uma toalha em
cima delas.

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A paciente deve posicionar o queixo na toalha para fazer o registro da região anterior. É
possível registrar também as regiões laterais.

Depois, a paciente posiciona a testa na toalha para possibilitar a visualização da parte


mais central.

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Então, vamos para o registro da região posterior. O paciente deve se virar para a
parede, e colocamos um travesseiro debaixo da toalha para posicionar a parte posterior
central e occipital.

Finalizamos o passo a passo da fotografia capilar. Agora, vamos para a prática com
tricoscopia.

Para esse teste, precisamos lembrar do conceito de normalidade do couro cabeludo. É


preciso haver regularidade na densidade e na coloração, 2 ou mais pelos em cada
unidade folicular, etc. Esteja atento a esses padrões.

Dentro das afecções, existem algumas alterações que podem ser observadas, como
rarefação na alopecia androgenética, e por aí vai. Agora, vamos ver o passo a passo de
como fazer essa avaliação.

Já estou com o dermatoscópio, e, como comentamos na aula teórica, a qualidade da


imagem depende do dermatoscópio adquirido (aqueles que têm um maior número de

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pixel resultam em uma imagem mais nítida). Lembro que o paciente deve estar
posicionado de forma a permitir uma visualização completa do couro cabeludo.

Você pode contar com o auxílio de um pente e de prendedores para separar o cabelo.
Posicionamos o dermatoscópio e regulamos o zoom, que depende se o seu objetivo é
visualizar melhor o couro cabeludo ou a haste capilar.

Agora, vamos filmar a tela do computador, porque o nosso dermatoscópio é ligado à


tela com o uso de um USB.

Conseguimos visualizar as unidades foliculares, se há a presença de mais de um fio em


um único folículo, a coloração e a densidade do cabelo… Quando temos algum grau de
alopecia, há a presença de alguns pelos terminais e alguns pelos velos. Aqui, podemos
ver uma coloração e densidade regulares.

Também é possível analisar a haste capilar, verificando se o cabelo está mais


quebradiço, e por aí vai.

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É possível aproximar e visualizar se há algum grau de inflamação no couro cabeludo, se
há folículos vazios, etc.

Para quem busca trabalhar na área capilar, a tricoscopia é fundamental. O


dermatoscópio também é importante porque, na hora da avaliação, é possível tirar
fotos e registrar para posterior análise da evolução do paciente.

A nossa aula finaliza por aqui. Espero ter contribuído para a sua prática clínica. Até
mais! 💜

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