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1. Introdução...................................................................... 3
2. Cabeça............................................................................ 3
3. Olhos................................................................................ 7
4. Ouvidos.........................................................................12
5. Boca e faringe............................................................14
6. Nariz e seios paranasais........................................16
7. Pescoço........................................................................18
Referências Bibliográficas .........................................22
EXAME DA CABEÇA E PESCOÇO 3
1. INTRODUÇÃO 2. CABEÇA
O exame clínico da cabeça e do pes- O médico deverá avaliar a cabeça do
coço, independentemente da espe- paciente observando tamanho, for-
cialidade médica, deverá incluir a ca- ma e contornos. Caso você encontre
beça, os olhos, as orelhas, o nariz, a alguma deformidade, é importante
boca, a faringe e o pescoço como um pensar em trauma e, caso essa não
todo, que corresponde aos linfonodos, seja a queixa do paciente, questionar
artérias carótidas, glândula tireoide e sobre traumas passados.
traqueia. Em crianças, a medida do perímetro
É imprescindível que o médico sai- cefálico é extremamente importante
ba avaliar cada estrutura e que ele para se avaliar macrocefalia ou mi-
conheça o normal, para que consi- crocefalia. Uma macrocefalia pode
ga reconhecer quando encontrar o ser resultado de anomalias congêni-
anormal. tas ou hidrocefalia, que corresponde
a um acumulo de líquido cérebro-
SE LIGA! Para o exame físico da cabeça
-espinhal nos ventrículos cerebrais.
e do pescoço são utilizados os métodos Já a microcefalia pode ser causada
semiológicos de inspeção, palpação e por inúmeros problemas, como por
ausculta. exemplo o Zika Vírus, que em 2015
A avaliação é realizada inicialmente com causou o maior surto de microcefalia
a inspeção e a palpação, que geralmen-
da história do Brasil.
te são feitas simultaneamente e a aus-
culta é realizada, majoritariamente para Nos adultos, a cabeça pode estar re-
avaliar a glândula tireoide e os vasos do
lativamente aumentada devido a uma
pescoço.
acromegalia, que é uma alteração de-
vido a uma secreção excessiva de GH.
Nos próximos tópicos, vamos des- Após analisar a cabeça, o examinador
crever como funciona cada parte do deve observar as fácies (o rosto) do
exame clínico das estruturas anterior- paciente. Ela é a resultante dos traços
mente mencionadas. Elas devem ser anatômicos com a expressão fisionô-
avaliadas separadamente, mas man- mica do paciente. Não se deve ana-
tendo em mente que o paciente é um lisar apenas os elementos estáticos,
ser integral, então os achados devem mas também o olhar, se existe bati-
ser analisados em conjunto. mento das asas do nariz, a posição da
boca etc.
Algumas patologias imprimem traços
característicos na face. Com o tempo
de prática (e conhecendo bem sobre
EXAME DA CABEÇA E PESCOÇO 4
SAIBA MAIS!
Aqui apresento algumas fotos de fácies típicas. Analise cada uma e estude sobre as patolo-
gias descritas. Assim fica mais fácil memorizar e reconhecer quando encontrar!
1. 2. 3. 4.
5. 6. 7. 8.
Caspa
Pediculose
Implantação dos
cabelos
Tamanho
Quantidade
CABEÇA
Fácies Forma
Elementos estáticos
Crianças Contornos
Olhar
Perímetro cefálico
Lesão
Micro ou macrocefalia
Posição da boca
EXAME DA CABEÇA E PESCOÇO 7
SAIBA MAIS!
O reflexo fotomotor controla o diâmetro das pupilas em resposta à luminância de luz que in-
cide sobre a retina. Ele auxilia na adaptação da visão a vários níveis de iluminação. Quando
existe muita luminosidade, as pupilas se contraem, diminuindo a chegada de luz na retina. O
inverso ocorre e ela dilata quando existe pouca luminosidade, afim de chegar mais luz à retina.
Existem dois tipos de reflexo: o direto e o consensual.
Se estimularmos apenas um olho com um feixe de luz, mantendo o outro longe da iluminação,
o reflexo direto, como o nome já diz, corresponde ao reflexo da pupila que está sendo dire-
tamente estimulada; já o consensual, corresponde ao reflexo que ocorre com o olho que não
está recebendo o feixe de luz.
Se um paciente apresentar uma lesão no nervo óptico (NC II), ele não apresentará constrição
em nenhuma das pupilas quando o olho anormal for iluminado. Ou seja, perderá tanto o re-
flexo direto, quanto o consensual. Entretanto, ao se iluminar o olho sem alteração, os reflexos
são mantidos.
Se a lesão for no nervo oculomotor (NC III) ou no tronco cerebral, a pupila anormal não se con-
trairá tanto no reflexo direto ou no consensual. Já a normal, se contrairá normalmente quando
iluminado qualquer um dos olhos.
Profundidade e sensibilidade
Exoftalmômetro
Sinais de icterícia
Tamanho
Tamanho
Neovascularização Cor
Perda da transparência
Reflexos e desvios
Orifícios
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Corpos estranhos
Fístulas
Cistos
Sinais flogísticos
Cerume
Inspeção
OUVIDOS
Otoscopia Palpação
Mastoidites
Otites
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Mucosa alveolar
Dentes
Língua
Assoalho da boca
Bochechas e lábios
INSPEÇÃO
BOCA E
FARINGE
Sinas flogísticos
Inspeção
Lesões em tecidos moles
Sinais flogísticos
Ausência dentária
Presença ou não de exsudato
Lesões ósseas
Ulcerações
Halitose
Pseudomembranas
Avaliar a presença
de alterações
Lesões
que caracterizem
fácies típicas
INSPEÇÃO
Pouco sensível
Edema de mucosa
RINOSCOPIA RINOSCOPIA
RINOSCOPIA
POSTERIOR ANTERIOR
Pólipos
Parte posterior
da fossa nasal
Exsudato
Cornetos nasais e seus
Através da Hipertrofia de cornetos respectivos meatos
cavidade bucal
Desvio de septo Septo nasal
SAIBA MAIS!
O exame dos linfonodos da cabeça e do pescoço geralmente é realizado juntamente com
o exame de outros grupos ganglionares e descrito no exame físico geral. Entretanto, essa
descrição fica a critério do médico, podendo também ser descrito separadamente conforme
a região avaliada.
Na região da cabeça e do pescoço, os grupos ganglionares avaliados são:
• Linfonodos occipitais e auriculares posteriores, que recebem a linfa do couro cabeludo,
pavilhão da orelha e orelha interna;
• Linfonodos submaxilares, amigdalianos e submentonianos, que recebem a linfa da orofa-
ringe, língua, lábios, dentes e glândulas salivares;
• Linfonodos cervicais profundos e supraclaviculares, que recebem a linfa dos órgãos intra-
torácicos e intra-abdominais.
A semiotécnica dos linfonodos se faz pela inspeção e palpação. Como dito anteriormente,
durante a inspeção, o médico irá buscar sinais flogísticos e adenomegalia importante. A pal-
pação é realizada com as polpas digitais e a face ventral dos dedos médio, indicador e anular.
Nesse exame deverá ser avaliada a localização dos linfonodos, o tamanho/volume, a consis-
tência, a mobilidade, a sensibilidade e se existe alguma alteração na pele no local do linfonodo.
Acantose nigricans
Alteração de cor
Pulsação carotídea
Linfonodomegalia
Presença de bócio
Turgência de jugular
Simetria
INSPEÇÃO
PESCOÇO
AUSCULTA PALPAÇÃO
Localização
Mobilidade
CONJUNTIVA E
ESCLERA
LINFONODOS CARÓTIDA TIREOIDE TRAQUEIA
CÓRNEA, PUPILA
E CRISTALINO
Localização Localização
Localização/desvio
Tamanho/volume Tamanho/volume
ACUIDADE VISUAL E Mobilidade
Consistência Sopros Simetria
VISÃO DE CORES Ausculta/presença
Mobilidade Pulsação Consistência
de secreção e corpo
Sensibilidade Temperatura e sopros
estranho
Alterações da pele Sensibilidade
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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Bates - Propedêutica Médica - Lynn S. Bickley. 11ª Edição. 2015. Editora Guanabara
Koogan.
Semiologia Médica - Celmo Celeno Porto - 7ª Edição. 2013. Editora Guanabara Koogan.
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