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enfermagem

eSpediátrica
DesHISTiFiCadA
UM GUIA DE AUTOAPRENDIZAGEM
Lengthheight-for-age BOYS

ONVERTE OS TÓPICOS ESSENCIAIS


CT. ele,nentos fáceis de aprendizagem
Ensina a APLICAR AS APRENDIZAGENS
asituações reais

Discute as DOENÇAS que mais


frequentemente afetam as CRIANÇAS

Inclui PERGUNTAS e um EXAME FINAL HOW


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-4t.
TALE
YOU?
utilizando o estilo NCLEX®

CONTÉM, diagramas, quadros


e ILUSTRAÇÕES
a QHOI38 NOLYNIIIWA 2h
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L Joyce Y. Johnson, PhD, RN, CCRN


USODIDACTA Jim Keogh, RN
L
LUSODIDACTA
Esta cdiçåo de Enfernagem Pediátrica Desmistificada de Joyce Y. Johnson, PhD.
publicada por acordo com McGraw-Hill Companies, Inc.
Copvright 2010 by The MeGraw-Hill Companies, Inc. All rights reserod RN,CCRN eJames Keogh, RN é
Direitos reservados para a Língua Portuguesa ®, 2012
LUSODIDACTA - Soc. Port. de Material Didáctico, Lda,
Titulo original em Inglês:
Pediatric Nursing Demystified
Titulo em Português:
Enfemagem Pediátrica Desmistificada
Autor:
Joyce Y. Johnson
James Keogh
Tradução:
Maria José de Góis Paixão

Revisão Técnica:
1iaise de Góis Paixão
Tashacâ0:
Niaroues
aker@gmail.com
Iatpressão e Acabamento:
AnLonio Coelho Dias, S.A.
L SODIDA CTA- Soc. Port. de Material Didáctico, Lda.
erio Cannas, 5-A -2670-427 LOURES
e 219839 840 - Fax: 219 839 848
iacta@lusodidacta.pt
odidacta.pt
52Ncoiginat: 978-0-07-160915-9
1SB desta edição: 978-989-8075-33-8
Depósito Legal: 344875/12
Nota:
a investigaço e
Oconhecimento e as boas práticas nesta área estão em alteracão constante. A medida que cla pelos proce-
no tratanento
riencia alargam o nosso conhecimento, podem ser necessárias mudanças na prática, dos responsáveis
junto
Os leitores ficam assim alertados para procurar a informação mais atualizada, recomendadas, o método e especiti
sua
dimentos ou fabricantes dos produtos, paraverificar as doses ou composições prestador de cuidados, com base na
cada
cidades da administração, e as contraindicações. E da responsabilidade do tratamento para
e o melhor OSautoresassumem
experiência e conhecimento do cliente, fazer o diagnóstico, determinar dosagens
o editor nem relacionadascoma
cliente, e tomar todas as precauções de segurança adequadas. Com base na lei, nemprovenientes ou
qualquer tipo de responsabilidade por lesão ou dano a pessoas ou propriedades,
utilização do material contido neste livro. volume, oudeparte5
reproduçãodeste outro)semper
Reservados todos os direitos para a Língua Portuguesa. Éproibida a duplicação ougravação,fotocópiaou
do mesmo, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrónico,mecânico,
missão expressa do Editor.
CAPÍTULO 10
Doenças
Neurológicas

0bjetivos de Aprendizagem
Ao terminar o capítulo, oestudante será capaz de:
Compreender o conceito de convulsão.
2 ldentificar os sintomas de meningite.
Conhecer as intervenções para a cncefalite.
Explicar os estádios da Síndrome de Reyc.
2 Reconhecer os defeitos do tubo neurai.
6
Informar as famílias sobre os tumores cereirais.
Cuidar de uma criança
8
Avaliar uma diagnosticada com paralisia cerebral.
criança com Síndrome de Down.
0 Explicar teste para a distrofia muscular de Duchenne.
o
Intervir junto de uma criança com Síndrome de Guillan-Barré.
Explicar os diferentes tipos de
hidrocefalia.
216 Enfermagem Pediátrica Desmistificada

PALAVRAS CHAVE
Anencefalia
Astrocitoma
Convulsão mioclónica Estado epilético
Convulsão parcial complexa Gliomas
Ausência Convulsão parcial simples
Convulsão acinética Hidrocefalia comunicante
Convulsão clónica
Convulso tónica Hidrocefalia não comunicante
Desmielinização Meningiomas
Convulsão de grande Encefalocelo Meningite bacteriana
mal
Escala de coma de Glasgow Meningite viral
Convulsão de pequeno Espasmos infantis
mal
Espinha bífida oculta Mielomeningocelo
Paralisia cerebral atáica
Convulso febril Espinha bífida quística Paralisia cerebral atetoide
Paralisia cerebral espástica

Lobo parietal Encéfalo

Lobo occipital Lobo Frontal

Cerebelo -Lobo temporal

Espinal medula
Tronco cerebral

FIGURA 10-1

INTRODUÇÃO Osistema
neurológico divide-se em três categorias: Sistema nervoso
central
(SNC), sistema nervoso perifrico (SNP)e sistema nervoso autónomo ((SNA).
Doenças Neurológicas 217
CAPÍTULO10,/

SISTEMA NERVOS0 CENTRAL


0SNCéformado pelo cérebro e pela medula espinal. Océrebro estácontido
nocrânio. A
fontanela anterior e posterior do crânio estão abertas permitindo
ao cérebro crescer. A fontanela posterior encerra por volta das 8 semanas de
idade e a fontanelaanterior encerrapor volta dos 18 meses.
O cérebroea medula espinal estão cobertas por uma membrana de três
camadas designadas meninges. Coletivamente protegem océrebro ea medula
espinal. As camadas meníngeas têm as seguintes designações:
O Dura-máter: éa membrana externa que dobra o cérebro em comparti
mentos.
O
Aracnoideia: éa membrana intermédia, de tecido fibrosoe elástico que
contém uma estrutura esponjosa de líquido subaracnoideu.
OPia-máter: é a terceira camada ea mais fina que contém pequenoS vasos
sanguíneos.

LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIAN0
Osangue na rede capilar designada plexo coroide forma um líquido claro
designado líquido cefalorraquidiano (LCR). O LCR contém água, glucose,
proteínas e minerais. O LCR rodeia o cérebro ajudando a absorver o choque
ea reduzir as forças aplicadas ao cérebro.
OLCR preenche também as quatro cavidades cerebrais denominadas ven
trículos. Cada hemisfério cerebral contém um ventrículo. Um terceiro ven
trículo está localizado no centro e um quarto na fossa posterior, na base do
cérebro.
OLCR é reabsorvido pelos vasos sanguíneos nas vilosidades aracnoides.

CÉREBRO
Océrebro divide-se em três áreas: encéfalo, cerebelo e tronco cerebral.

Encéfalo
O
encéfalo é ocentro neryoso que controla as atividades motoras, a informa
Çao sensorial e a inteligência. A camada externa do encéfalo e designada cór
ex cerebral e consiste em células neuronais vulgarmente designadas matèria
Cinzenta. A camada interna doencéfalo contém axónios e gânglios basais. Os
aAOnTos são referidos como matéria branca. Os gânglios basais controlam o
equilibrio e a coordenação motora.
AS hssuras dividem o encéfalo longitudinalmente em dois hemisférios. Os
hemisférios estão ligados porfibras nervosas que formam ocorpo caloso, que
transmite impulsos entre os hemisférios. Ohemisfério esquerdo controla o
ado direito do corpo enquantoo hemisfério direito controla o lado esquerdo.
218
Enfermagem Pediátrica Desmistificada
Por baixo do corpo caloso fica o tálamo. )
tálamo é
transmissão que transporla os dados percetuais de
para o córtex cercbral, ajudando-0 a gerir a outrasuma eStaçao
áreas do de te.
Por baixo do tálamo fica o hipotálamo, o qualinformação.
regula a pressão cérehro
atemperatura, o apetite, arespiração e o sono.
Outras fissuras dividemo córtex cerebral em quatro lobos.
vius separa os lobos frontal e parietal do lobo temporal. A .Afissura sanguinea,
de Syl.
separa os lobos parietais do lobo frontal. A fissura de seRolando
fissura occipitoparietal
lobos parietais do lobo occipital. Separa os
Cada um dos lobos controla uma função:
O Lobo frontal: Movimento dos músculos voluntários de
(área
personalidade, comportamento, julgamento, resolução de Broca),
memória, inteligência, funções autonómicas.
posta cardíaca.
probl\eemas,res-
resposta emocional
OLobo temporal: Interpreta a linguagem falada, o cheiro, o paladar ea
audição.
OLobo parietal: Interpreta a informação sensorial.
OLobo occipital: Interpreta os estímulos visuais.

Cerebelo
Ocerebelo localiza-se na base do cérebroeéresponsável por manter atonici:
dade muscular, o equilíbrio, os músculos lisos e a coordenação dos impulsos
para os músculos.

Tronco Cerebral
Otronco cercbral conccla aespinal medula a outras partes do cérebro. Divi
de-se em irês partes:
O Mesencéfalo: o centro reflexo do olho.
ajuda na
O Ponte: Regula a mastigação, a secreção de saliva, opaladare
respiração, no equilíbrio e na audição.
cardíaca e respiratora.
O Bulboraquidiano: Ajuda a função vasomotora,

ESPINAL MEDULA
transportamos
Aespinal medula tem 31 pares de nervos raquidianos
que pard
motores do cérebro tais
impulsos sensoriais para o cérebro e os impulsoS impulsos reflexos
OSistema nervoso periférico. A espinal medula gera controlo cerebral.
como reflexos tendinosos profundos que estão fora do

Sistema Nervoso Periférico


do sistenma neurológico
O SIstema nervoso periférico é a parte
SNCe que se divide em dois subsistemas:
cAPÍTULO10/ Doenças Neurológicas 219

o Sistema nervoso somático: Responsável pela função voluntária, pelas


ações reflexas e pelos processos mentais conscientes e subconscientes.
oSistema nervoso autónomo: Responsável pela função involuntária.
Osistema nervOSOautónoMo divide-se em dos sistemas opostos:
o Sistema nervOso simpático: Consome energia libertando catecolaminas
adrenérgicas.
oSistema nervoso parassimpático: Conserva energia absorvendo acetilco
lina, uma neuro-hormona colinérgica.
O sistema nervoso periférico consiste tambénm em 31 nervos raquidianose
12pares de nervos cranianos. Os nervos raquidianos estendem-se a partir da
espinal medula formando uma rede que transmite impulsos das terminações
nervosas parao cérebro e do cérebro para as terminações nervosas.
Os nervos raquidianos são identificados pela sua origem vertebral:
O Cervical (C1a C8).
O Torácico (T1 a T12).
O Lombar (L1 a L5).
o Coccígeo.
Os nervos cranianos transmitem os impulsos motores e sensoriais entre o
tronco cerebraleo pescoço. Os nervos cranianos são assim designados:
OI Nervo olfativo - sensorial: Olfato.
OII Nervo ótico - sensorial: Visão.
OIII Oculomotor comum - motor: Movimento do olho para cima, para
baixo, para dentro.
OIV Patético - motor: Movimento do olhopara baixo e para dentro.
OV Trigémio - sensorial: reflexo da córnea, sensibilidade da facee cabeça;
motor: Movimento da mandíbula.
OVIAbdutor ou oculomotor externo - motor: Movimento lateral do olho.
O VII Facial - sernsorial: Gosto; motor: Expressão facial.
O VIllAuditivo ou estatoacústico - sensorial: Audição e equilíbrio.
OIX Glossofaríngeo - motor: função da garganta.
OX Vag0 - sensorial: Laringe, garganta, pulmões, coração e trato digestivo;
motor: Deglutição, frequência cardíaca, reflexo faríngeo.
OXI Espinhal - motor: rotação da cabeça, ombro.
0 XII Hipoglosso - motor: Língua.

CONVULSÕES
0Que Correu Mal?
Descargas anormais dos neurónios no SNC provocam movimentos invo
Tuntarios bruscos por um tempo limitado. Estes movimentos são designados
convulsivos e são provocados por lesão durante o nascimento, infeções ou
defeitos congénitos.
220 Enfermagem Pediátrica Desmistificata
H£ 12 tipos de convulsões. As convulsões
epilepsia. São definidos da seguinte forma: recorrentes são
O Convulsão tónica: inconsciência,
mantida.
contração muscular
OConvulsão clónica: Contração muscular alternada
considerada
continuae rigrdezs
petitivos rítmicos. Com movimentos re.
O Convulsão tónico-clónica (grande mal): A atividade
OCorre simultaneamente nos dois hemisférios cerebrais eelétrica anorrma
do córtex para o tronco cerebral. Começa com uma fase depois
por inconsciência, contração muscular contínua e t
rigidezónica progr
expreside
a
fase éseguida por uma fase clónica que se manifestapor mantida. Esta
culares alternadas num movimento rítmico repetitiv. contrações mus.
O Convulsão parcial simples: Aatividade elétrica anormal
hemisfério cerebral ou numa área do córtex 0corre num
cerebral. Não há
consciência e dura menos de 30 segundos. perda de
O Convulsão parcial complexa:A atividade elétrica anormal ocorre num
hemisfério cerebral ou numa área do córtex cerebrale resulta em.t
ternância da consciência que dura até 5 minutos seguida de período de
confusão após a convulsão.
Ausência (pequeno mal): Perda de consciência breve que dura menos
de 30 segundos,sem confusão após a convulsão ecom perda minima do
tónus postural ou sem perda do tónus.
OConvulsão atónica : Perda do tónus postural que causa um movimento
de queda.
OConvulsäo mioclónica: Espasmo involuntário e perda do tónus corporal que
resuita em sensação dequeda e que ocorre frequentemente ao adormecer ou
ao acordar. Não há perda de consciência ou confusão após a convulsão.
O Convulsão acinética: Perda breve do tónus muscular e da
consciência.
ou anomalas
OEspasmos infantis:Atrasos no desenvolvimento neurológico
neurológicas resultam em movimentos abruptos de contração da cabeça t
resolvem por volta dos 2 anos.
do pesCoÇOque se iniciam aos 2meses e se valores acimade
o Convulsão febril: Asubida brusca da temperatura para
resultar em con-
39C em crianças entre os 6 meses e os seis anos pode
vulsão tónica/clónica com duração inferior a 15 minuios.
convulsões com
dura-
série de
OEstado epilétic0: Convulsão contínua ou de consciência.
0
ção superior a 30 minutos durante os quais há perda
periodo pós convulsão pode durar até 2 horas.

Sinais e Sintomas
O Tónica:
" Inconsciência
Contrações musculares contínuas
Rigidez mantida
Doenças Neurológicas
CAPÍTULO10/ 221

oClónica:
. Contração muscular alternada num padrão rítmico repctitivo
" Síincope
" Incontinência
Morder a língua
" Suspensão da respiração
Tónico-clónica:
" Inconsciência
Contração muscular contínua
Rigidez mantida
Contração muscular alternada num padrão rítmico repetitivo
Síncope
Incontinência
" Morder a língua
Suspensão da respiração
OParcial simples:
Contração muscular contínua e rigidez com movimentos sacudidos da
face, pescoço e extremidades
" Desvio dos olhos
" Vira a cabeça
OParcial complexa:
Alteração da consciência
" Piscar
Movimentos dos lábios
" Sonambulismo
" Mascar
Terrores noturnos
" Chuchar
O Ausência:
" Breve perda de consciência
perda mínima
Sem perda do tónus posiural ou
" Piscar os olhos
" Rodar os olhos
Pálpebras descaídas
OAtónica:
" Perda do tónus postural
O Mioclónica:
involuntários
" Movimentos sacudidos
" Perda do tónus corporal
" Queda
" Flexão do tórax
O Acinética:
" Perda breve da
consciência
Perda breve do tónus muscular
A222 Enfermagem Pediátrica Desmistlficata
OEspasmo infantil:
" Movimentos abruptos de contração da cabeça e
do
OFebril:
" Temperatura >39°C pescoço
" Inconsciência
Contracção muscular contínua
" Rigidez
" Contração muscular alternada com movimentos
tivos e rítmicos
Síncope
espasmódicos,
" Incontinência
" Morder alingua
" Suster a respiração
OEstado epiléptico:
" Inconsciência
" Contração muscular contínua
"Rigidez
" Contração muscular alternada com movimentos espasmódicos, Tepeti-
tivos e rítmicos
Síncope
" Incontinência
"Morder a lingua
" Suster a respiração

Resultados dos Exames


OGlicemia dado que um nível baixo pode precipitar uma convulsão.
ONívelde eletrólitos dado que valores alterados de sódio podem precipitar
uma convulsão.
para determinar se estào
O Níveis séricos de frmacos anticonvulsivantes
dentro dos níveis terapêuticos e não em níveis tóxicos. cerebras
(TAC) para identificar lesões
0 Tomografia axialcomputorizada
que possam causar convulsões.
identificar lesöes cerebrais quepossa
ORessonância magnética (RM) para
causar convulsões.
OPunção lombar para excluir a possibilidade de meningite.
deconvulsões
nãoepile-
Eletroencefalograma (EEG) para diferenciação
ticas e convulsões epiléticas.

Tratamento
Convulsões com duração de 5 minutos são autolimitadas. terapêuticade
O administrar
OConvulsões com duração entre 5 e 10 minutos:
acordo com prescrição médica.
CAP*TUL010/ Doenças Neurológicas 223

O Administrar um único medicamento para rcduzir os efeitos secundários


de medicamentos múltiplos.
OTransferir a criança paraa unidade de cuidados intensivos após 45
minutos.
Pode ser necessária uma cirurgia para remover aporção do cércbro que
estáa causar a convulsão.

Intervenção de Enfermagem
O Manter a via aérea.
Colocar a criança em posição lateral para prevenir aspiração.
Elevar ligeiramente a cabeceira da cama para prevenir aspiraço.
D Administrar oxigénio a 100% através de máscara, se a criança estiver
hipoxémica.
Monitorizar a frequência respiratória pois a depressão respiratória pode
indicar aumento da pressão intracraniana.
OMonitorizar os sinais vitais.
O Monitorizar continuamente a oximetria de pulso.
OMonitorizaro nível de consciência.
OAlmofadar as grades da cama ou berço para prevenir lesões.
ODocumentar as características da convulsão.
O Determinar o peso da criança para facilitar o cálculo da medicação.
OExplicar aos pais que a criança deve utilizar uma pulseira de identificação
dizendo que tem risco de convulsão. Os pais devem tambémn informnar
a escola e os prestadores de cuidados sobre as convulsões da criança e
explicar que devem deitar a criança de lado, protegê-la de lesões durante
uma convulsão e não colocar nada na boca da criança.

Alerta de enfermagem Durante uma convulsão, nunca colocar nada na


boca da criança. Manter a via aérea colocand0-a deitada de lado.

MENINGITE
0Que Correu Mal?
Amembrana meningea que cobre o cérebro e a espinal medulaestá inflama
da, habitualmente por bactérias ou vírus mas pode tanbém ser por fungos,
protozoários ou exposição atóxicos.
A meningite bacteriana é amais comum e os agentes tipicamente envol
vidos são Streptococcus pmeumoniae, Neisseria meningitides ou Hemophilus
infuenzae. A incidência de meningite por H. influenzae deeresceu desde o
uso rotineiro davacina que começoua ser utilizada entre ascrianças no inicio
dosanos 1990. Outros organismos que causam meningite bacteriana incluem
StaphylococcUs aureus, Escherechia colie Pseudomonas.
A224
Enfermagem Pediátrica Desmistificada
Tipicanmente, os organismos atingem o SNC
ou por contacto direto (fratura do crânio, a através da corrente
A meningite bacteriana é mais comum nos partir de infeções
trato respiratório superior são mais frequentes. meses
As
friOS, quandodosas sisnaus)ngu.inea
pessoas que vivem em do
tes fechados, tais como prisões, quartéis ou dormitórios
escolares
infeçõesamben-
risco de surtos de meningite bacteriana devido à
probabilidade de esstão em maior
As meningites virais podem seguir-se a outras
parotidite, herpes simplex ou zoster, enterovirus ou infeções contágio.
rubéola virais tais como
Os doentes com compromissoimunológico têm um risco
ningite füçngica quer por via hemática quer por contaminaçãoacrescidoode me-
tococcus neoformans pode ser o agente causal nestes doentes directa.
OCryp-
A meningite bacteriana temn ainda uma taxa de mortalidade
plica tratamento hospitalar. Alguns doentes ficarão com sequelaselevada eim-
cas a seguir ao episódio agudo. A meningite viral é habitualmente neurológi-
da. A meningite fúngica ocorre habitualmente em doentes com autolimita-
imunológico. compromisso

Alerta de enfermagem Isolar sempre um doente com suspeita de meningi:


te bacteriana até confirmação do diagnóstico.

Sinais e Sintomas
ORigidez do pescoço devido a irritação meníngea e dos nervos raquidia
nos.

ORigidez da nuca(dor durante a flexão da cabeça sobre o tórax)) devido a


irritação meníngea e dos nervos raquidianos.
O Cefaleias devido a aumento da pressão intracraniana.
Náuseas e vómitos devido a aumento da pressão intracraniana.
irritacãc dos nervos cranianos.
O Fotofobia (sensibilidade àluz) devido a
O Febre devido a infeção.
OMal-estar e fadiga devido a infeção.
OMialgia (dores musculares) devido a infeção viral.
OPetéquias na infeção meningocócica. aumentoda pressåo
O Convulsões devido a irritação cerebral causada pelo
intracraniana.
forçaa
OFontanelaanterior hipertensa nos lactentes. decúbito dorsal,resistência
se
OSinal de Kernig quando, com a criança em posterior
manifesta dor e
flexão da anca e da perna. A criança sefete
àextensão da perna. dorsal,
em decúbito involuntáia
O Sinal de Brudzinski quando, com a criança
mostra contração
a cabeça sobre o tórax. Um sinal positivo
das ancas e joelhos.
CAPÍTULO10/ Doenças Neurológicas 225

Resultados dos Exames


O Punção lombar para análise, no LCR, de glucose (baixa na meningite
bacteriana), proteinas (elevadas na meningite bacteriana) contagem de
células (neutrófilos elevados na meningite bacteriana) eexame cultural.
o Observa-se aumento da pressão no LCR.
OPCR (reação em cadeia da polimerase) do LCR para deteção de infeção
por microrganismos bacterianos ou virais.
o Cultura e sensibilidade: Os resultados podem levar até 72 horas.
O Hemocultura para identificação do microrganismo causador da infeção.
O Tomografia cerebral para excluir que a causa dos sintomas possa estar
numa lesão que ocupa espaço.

Tratamento
Iniciar antibióticos logo que possível para melhorar o prognóstico na
meningite bacteriana:
" PenicilinaG
Ceftriaxone
Cefotaxima
Vancomicina+ ceftriaxone oucefotaxima
" Ceftazidina
O As infecções por fungos são tipicamente tratadas com:
" Anfotericina B
" Fluconazole
Flucitosine
o Administrar corticoesteroides para diminuir a inflamação na infeção
pneumocócica:
" Dexametasona
Administrar diuréticos osimóticos para diminuição do cdena cerebral:
Manitol
Administrar analgésicospara as celaleias, se necessário:
" Paracetamol
Administrar anticonvulsivantes, se necessário:
Fenitoina,fenobarbital
OAdministrar Decadron (IV) cada 6 horas durante 4 dias, para reduzir
perda auditiva e lesão neurológica grave.
ORepouso nacama até haver melhoriana irritaço neurológica.
0 Administrar Dextrose a 5% com Soro Fisiológico e potássio (dois terços
das necessidades hídricas de manutenção) para reduzir a pressão intra
craniana.
ODieta zero.
ORestrição hídrica.
226
Enfermagem Pediátrica Desmistificada
Intervenção de Enfermagem
O Monitorizar obalanço hídrico.
OManter oquarto escuro devido àfotofobia.
O Manter o quarto tranquilo. Colocar sinal de silêncio
Monitorizar afunção neurológica pelo menos cada na 2 aporta.
4
caçòes no estado mental, nível de consciência.
simetria dos movimentos faciais, sinais de reação pupilar, horas, modifi.-
niana.
da diinstcruracrsoa-,
aumnento presso
OPrecauções face a convulsões, de acordo com política
OMedidas isolamento,
de de
acordo com política a institucional.
institucional
ganismo (meningocócica).
OIntervenções em bloco.
eomicror-
OElevar a cabeceira da cama a 30° para diminuir a pressão
OManter oxigénio e aspiração disponíveis àcabeceira da cama. intracraniana.
o Utilizar cobertor de arrefecimento se a
temperatura ultrapassar 38.5°c
OPalpara fontanela anterior para identificar alterações na pressão
niana. intracra-
OMedir operímetro cefálico em cada turno para identificar aumento da
pressão intracraniana.
OAvaliar as competências motoras.
O Avaliar os sinais vitais.
0Avaliar o nível de consciência.
0 Explicar a necessidade das restrições tais como o repouso. Informar da
disponibilidade da vacinapara a meningite meningocócica. Existem dois
tipos de vacinas contrao meningococo: As vacinas polissacáridas, mais
antigas e, desde 2001, as vacinas conjugadas.

REVISAO PARCELAR 1
Eo enfermeiro responsável pela triagem no Serviço de Urgência onde chega uma criat
pescoço
ça de 5 anos acompanhada pelo pai. Opai informa que a criança tem febre e o
rigido. O que faria? anda pelo
a. Pedir ao pai para fazer o registo e esperar pela chamada pois a criança
seu pé
b. Isolar imediatamente a criança
C. Perguntar ao pai háquanto tempo estáa criança com febre
d. Pedir ao pai para levar a criança ao médico de família
Resposta:

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