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DA
E
CABEÇA
PESCOCO
Introdução
Semiologia em Cirurgia de
A cirurgia de cabeça e pescoço é uma
Cabeça e Pescoço especialidade que tem por finalidade
diagnosticar e tratar os pacientes que
tenham cistos e tumores da área da
Dr Lesemky Cattebeke cabeça e pescoço, excluindo-se o tumores
Mestre em ORL e CCP Unifesp-EPM cerebrais e do sistema nervoso central.
Universidade Federal do Amazonas Fonte: Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço – www.sbccp.org.br
2 11/12/2023
Importante
Anamnese rigorosa
História patológica pregressa
História social
Hábitos
Exame físico
Exame O. R. L. e dentário
Inspeção: localização
pele
Palpação: tamanho
volume
consistência
mobilidade HUGV AAL
Linfonodos Superficiais
Zonas do Pescoço
Corpo estranho
autor
Tomografia Computadorizada de
Tecidos moles do pescoço Face
Sinusites crônicas:
• Produzem osteíte
crônica, com
formação óssea ao
longo das paredes
das cavidades
paranasais.
Interesse da TC e RM No pescoço
Espaço parotídeo
Espaço Retrofaríngeo
Espaço para faríngeo
Espaço Mastigatório
Espaço carotídeo
Espaço mucoso faríngeo
Botelho, J. B.; Orl e CCP para estudantes,2000 Bailey,J.B.;Head and Neck Surgery
Tecidos moles do pescoço Tecidos moles do pescoço
angiografia superseletiva
Tireóide Tireóide
Palpação Radionucleotídeos
Punção aspirativa com agulha fina Pertecnetado 99Tc de
Informação funcional sódio
Dosagens Hormonais, Radionucleotídeos Isótopos Iodados I
123 e I131
Informação anatômica
Ultrassom, TC, RNM, radiologia normal
Paratireóide Orelhas
Estudos de localização pré-operatória não Radiografias simples : Shüller, Mayer e
são usados em vários centros Chaussé III, Stevens e Towne
Exames para localizar hipertrofia Exame de escolha para o estudo por
Ultrassonografia imagem das orelhas : Tomografia
Tomografia Computadorizada computadorizada
Ressonância magnética, angiografia Exame detalhado da orelha interna, cadeia
ossicular, colesteatoma da orelha média e
Radionucleotídeos ( 201Tl e 99mTc malformações do aparelho auditivo
sestamibi)
Bailey,J.B.;Head and Neck Surgery Botelho, J. B.; Orl e CCP para estudantes,2000
Orelhas
Ressonância Magnética - Tumores do ACP
Neurinoma do nervo
vestíbulococlear
Dr Lesemky Cattebeke
O CA de laringe é o mais comum da cabeça e pescoço após o de
pele
O principal fator de risco é o tabagismo (porém está diminuindo)
o Outros fatores de risco: DRGE, agentes irritantes e HPV
o Os principais HPV responsáveis são o 11, 16 e 20
Mais comum em homens, de 50-60 anos
Lesões pré-malignas da laringe
o São respostas a irritantes como tabaco, álcool, refluxo GE,
inalantes
o A leucoplasia é a lesão mais comum
o Ordem de evolução (progressão histológica): leucoplasia,
eritroplasia, hiperplasia focal, metaplasia escamosa, displasia
leve, displasia moderada, displasia acentuada, CA in situ, CA
invasivo
o Dx: anamnese e laringoscopia
o Tratamento: causa,vitamina A, corticoides inalatórios,
bloqueador dos canais de próton, biópsia, laser
Diagnóstico de lesões malignas da laringe
o Tumores supraglóticos (III e IV arcos branquiais): metástase
rápida
Epiglote, espaço pré-epiglótico, pregas e ventrículos
laríngeos
Metástase rápida para linfonodos da zona II e III do
pescoço (mais próximos)
19% dos cânceres
Poucos sintomas precoces
Disfonia tardia, disfagia e odinofagia, dispneia, dor,
sensação de corpo estranho, otalgia e hemoptise
o Tumores glóticos (V e VI arcos): dá menos metástase que os
outros, porque está circundado por cartilagem
Cordas vocais, comissura anterior
76% dos cânceres
Poucas metástases para linfonodos
Sintomas precoces
Prognóstico bom
Disfonia precoce, dispneia ou estridor, dor, sensação de
corpo estranho, disfagia tardia
o Tumores infraglóticos (V e VI): metástase rápida
1 cm abaixo das pregas vocais até a cricoide
Metástase para linfonodos pré-traqueais
Sintomas tardios
Prognóstico ruim
Disfonia e dispneia ou estridor, dor, sensação de corpo
estranho, disfagia tardia
TTO: laringectomia total
o Exame laringológico:
Exame físico e oroscopia
Palpação do pescoço
Biópsia
Exames de imagem:
TC (infiltração
Ressonância magnética
Padrão ouro: laringoscpia
É o melhor para lesões iniciais
PS: os tumores glóticos são os mais diagnosticados
o Estadiamento (sistema TNM)
T1, T2, T3, T4a, T4b (metástase a distância)
N (linfonodos): N1 (< 3 cm), N2 (entre 3-6 cm; unilateral),
N3 (> 6 cm; bilateral)
o Tratamento de lesões malignas da laringe
Estadiamento I e II
Radioterapia: sequelas – queimação, disfagia,
estraga o dente); só pode fazer 1x
Cirurgia isolada (para o I)
Cirurgia + radioterapia
HPV é sensível à quimio e à radio; cigarro é menos
sensível
Estadiamento II, III e IV
Cordectomias, epiglotectomias
Laringectomias parciais
Laringectomiatotal modificada
Laringectomia total: último recurso
Cirurgias a laser
Traqueostomia
Esvaziamentos ganglionares
Esvaziamentos parciais ou funcionais
Esvaziamentos radicais
O prognóstico está relacionado com a metástase
para linfonodos! Se não tiver, o prognóstico é
melhor
CI – TUMORES DE LARINGE
Supra-
glóticos
Glóticos
Infra-
glóticos
Pacientes tabagistas
Anatomia:
Cartilagem tireoidea
Cricóidea: estrutura em anel; dentro dessa estrutura fibrocartilaginosa temos as cordas vocais
(importância: cone cartilaginoso que impede que os tumores que aparecem na corda vocal saiam
Traquéia
Tumores supraglóticos
- 15%
- Área extensa, então não causa dispneia. Normalmente causa problemas na deglutição
- 70- 80%
- Primeiro possuem crescimento local (dentro do tecido cônico cartilaginoso, não conseguem se
espalhar)
Tumores infra-glóticos
- < 5%
- Paciente só vai apresentar dispneia quando o tumor estiver ocupando 70-80% da traqueia,
podendo apresentar estridor, dispneia e tiragem intercostal. Quando acometendo ate 50% o
Funções da laringe: respiratória (principal), esfincteriana (evita que o alimento caia na árvore respiratória)
e fonatória.
Cordas vocais: possuem banda ventriculares, quando você fala ela fecha, deixa so um espacinho
aberto e quando vc respira ela abre, evita que quando você ta engolindo alguma coisa entre na
arvore respiratória. Quando uma pessoa tem tumor na corda vocal, que atua principalmente na
Ela tem uma “tampa” – epiglote. A epiglote fecha a fenda glótica. A epiglote é como se fosse a
tampa do vaso sanitário (fenda glótica). Quando você tá falando ela abre e quando tá engolindo ela
fecha.
- Quando você tem um tumor na epiglote, vai prejudicar a função esfincteriana, então a pessoa
sente uma sensação de entalo, uma sensação de corpo estranho na garganta, como se tivesse
engolido um espinha de peixe, como se tivesse uma bola na garganta. Pode ter engasgo.
Supraglote: epiglote e a região ao redor da glote. Quando você fala de tumores supraglóticos,
Principal: laringoscopia (existia antigamente o espelho de Garcia, que você colocava na boca,
puxando a língua do paciente. Atualmente você tem o laringoscópio rígido e o flexível, o otorrino
geralmente tem.)
Tumores glóticos são os principais que vão ter o estadiamento, os infraglóticos e supraglóticos
Tumores T1: possui as cordas vocais móveis (mobilidade de corda vocal normal). Dificilmente você
vê numa TC ou RNM, vai ter que fazer laringoscopia, são tumores pequenos. Pode ter disfonia,
mas as duas cordas vocais estão se movendo. Cancer que só acomete a lamina própria, bem
Tumor T3: já realmente tem corda vocal totalmente paralisada. Mas dentro da laringe ainda
Tumor T4: corda vocal também paralisada, com a diferença de que ele já começa a infiltrar
Tratamento
T3 já tem um pouco de infiltração na musculatura, sendo a primeira opção cirurgia e depois faz
radioterapia.
T4 tb melhor tratamento é a cirurgia. Quando você tem câncer infiltrando osso e cartilagem, ele não pega
bem a radioterapia.
Se for só tecidos moles, a radioterapia tem um bom resultado. Digamos que você tenha um tumor na
corda vocal, se tiver no meio dela, ele responde melhor, se tiver na ponta, muito próximo da cartilagem, já
não responde tão bem à radioquimioterapia. Então é melhor vc fazer primeiro a cirurgia.
A radio/quimioterapia nem sempre dá melhor qualidade vocal: Se o tumor for muito grande, vai ter uma
cicatrização, essa área vai ficar endurecida e as vezes a qualidade vocal não fica tão boa, fica equivalente
a ter uma cirurgia bem feita. Então, por exemplo, se vc tem um tumor pequeno so de mucosa, as vezes é
melhor você fazer um enxerto, uma cirurgia e vc vai conseguir curar o paciente.
que isso. Mas o paciente, na maioria das vezes, não quer operar, ele tem medo de ficar com a voz
prejudicada. Mas é melhor você fazer uma cirurgia do que uma radio, porque a radioterapia ela tem efeitos
colaterais e so pode ser feita uma vez. Se oce começar a radio e fizer uma dose máxima no pescoço,
uma dose de 63 centigrates (dose máxima), você não pode, depois, se o paciente tiver uma recidiva, não
tem como fazer radioterapia denovo, vai ter que operar, fazer laringectomia total, tirar a laringe toda.
Exemplo: paciente chegou com T4 de laringe – indicação de cirurgia, uma laringectomia parcial ou total +
traqueostomia terminal (paciente vai respirar direto pela traqueia). Quando o paciente não quer fazer essa
- Protocolo de preservação de órgão: altas doses de quimioterapia e radioterapia. Possui em torno de 50-
60% de chance dele ficar curado. Se fizer a cirurgia e depois as duas, a chance de cura vai pra 70-80%.
Metástases
T3 e T4 – fazem metástase para linfonodos do pescoço, são tumores linfofilicos. Esses tumores
que fazer esvaziamento ganglionar de todas essas zonas, tirando todas as cadeias de linfonodos.
linfonodo, o prognóstico dele é lá embaixo. Se, por exemplo, o paciente tem um tumor com N positivo, ele
já é um T3, T4, um paciente de estadiamento ruim. O prognostico dele é muito reservado. A chance de
Tem alguns pacientes que fizemos laringectomia total e eles conseguem falar depois. Existem
alguns aparelhos, laringe eletrônica, fisioterapia, fonoterapia que consegue fazer com que o
paciente fale usando o esôfago. A voz não depende so das cordas vocais, 80 – 90% da voz
depende mais da boca, da língua, por incrível que pareça. O paciente mesmo sem a corda vocal,
se ele tiver uma boa articulação ele consegue “momento estranho da aula em q ele começa a
mostrar como o paciente fala kkkk” Tem pacientes q engolem o ar e falam arrotando. Tem
aplificadores que amplificam a voz, não consegue falar frases longas, mas pequenas frases sim,
O que é Bócio?
• Aumento da glândula tireoide
• Geralmente decorre da preencha de 1 ou mais nódulos no tecido tireoidiano
• Associado majoritariamente ao hipertireoidismo (T4 livre aumentado)
• Podem ser:
§ Uninodular ou multinodular
§ Simples (função tireoidiana normal) ou tóxico (hiperfunção tireoideana)
Indicações Cirúrgicas
• Nódulos tireoidianos volumosos Primeiro realiza a cirurgia e depois faz a
• Câncer tireoidiano ablação com iodo, pois quanto menor a
1. Tireoidectomia total + esvaziamento ganglionar massa tireoidiana, mais eficaz o iodo é!
2. Radioiodo ablação IODO 131
• Bócio mergulhante
NÓDULOS TIREOIDIANOS
Viviane Ferreira
Nesses casos de baixo risco, evita-se fazer
iodo terapia, acompanha-se o nódulo
Estatísticas
• O risco de desenvolver um nódulo de tireoide durante a vida é de 10%
• Quanto maior a idade da mulher maior a possibilidade de encontrar um nódulo na tireoide
• Exames ultrassonográficos de triagem encontraram ao menos 1 nodulo na tireoide em mais de
50% das mulheres com idade superior a 60 anos
Caso clínico
D. Marieta, 68 anos CIRURGIA?
TSH: 4,5 (ref.: 1-5) e T4Livre 0,7 (Ref. 0,63 a 2,2) ALCOOLIZAÇÃO?
Ultrassonografia: 2 nodulos, bilaterais, 1,5 cm e 0,7 cm ACOMPANHAMENTO?
Nódulos de difícil palpação, moveis SUPRESSÃO DO TSH COM T4?
Boa condição social PAAF?
USG: tipo II
O que fazer?
Caso clínico
Doroteia, 24 anos
TSH: 2 (ref.: 1-5) e T4Livre 1,1 (Ref. 0,63 a 2,2)
Não fuma, não bebe, nega dor ou outros sintomas PAAF
Ultrassonografia: 1 nódulo tipo 3, esquerdo, de 1,8 cm de
diametro
Nódulos palpável, móvel a deglutição, endurecido
O que fazer?
Viviane Ferreira
Conduta:
• Palpação
• Punção aspirativa com agulha fina
• Informações funcionais: dosagem de hormônios, radionucleotideos
• Informação anatômica: USG, TC, RNM, RX
ULTRASSONOGRAFIA
Viviane Ferreira
TIREOIDECTOMIA TOTAL SOLUÇÃO:
OU PARCIAL? BIOPSIA DE CONGELAÇÃO
• Cirurgia realizada concomitantemente à analise patológica, ou seja, primeiro realiza uma retirada
parcial e envia para o laboratório de patologia, minutos depois pós analise, será tomada a decisão se
fecha o paciente ou retira o restante da glândula.
• Aumenta o tempo de procedimento cirúrgico e anestésico
• Também pode falhar
• Nem todos os nódulos são avaliados, microcarcinomas podem passar despercebidos;
• Estatística:
• O carcinoma diferenciado da tireoide (CDT) é a neoplasia endócrina maligna mais comum, abrangendo
95% dos tumores malignos de tireoide;
• Os CDTs sao classificados em 2 tipos histológicos: Papiliferos (80%) e Foliculares (15%)
• A incidência de CDTs aumentou mundialmente nos últimos 30 anos (nos EUA 2,4x) principalmente devido ao
aumento dos carcinomas papiliferos diagnosticados.
CARCINOMA PAPILÍFERO
CARCINOMA FOLICULAR
• Segunda forma mais comum de CA de tireoide
• População mais idosa, 50 anos ou mais
• Mulheres 3:1 homens
• Incidência maior em locais deficientes em iodo
• Subtipo com células oxifilicas: células de HURTLE
• 60- 70 anos
Viviane Ferreira
• patologia: material coloide intraluminal
• disseminação Hematogênica:
• vascular: pulmão, osso e fígado (33%)
• linfático: rara (maior agressividade)
• esvaziamento cervical se linfonodos visíveis ou nódulo maior de 2 cm zonas II, II, IV VI e VII
do pescoço
• cintilografia pós Tratamento com TSH alto – pesquisa de corpo inteiro – PCI
• iodoterapia radioativa 150 a 200 mci de iodo 131
• atenção: a cintilografia é realizada primeiramente a cada 3 meses e depois de 6 em 6 meses
depois da cirurgia
TIREOGLOBULINA SÉRICA
Estatísticas
§ a mortalidade manteve-se estável nestes 30 anos
§ a sobrevida de 20 para CA papilifero é de 95% e para folicular 70-80%
§ tumores abaixo de 1 cm são curáveis pela cirurgia em até 98%
§ Os CDTs respondem à terapia supressiva com levotiroxina e iodo radioativo
§ Tumores de mal prognostico: 6% ca medular, 20-30% MEN2A e 1% anaplasico
CARCINOMA MEDULAR
Ele disse que não cobraria, mas pelo peso na consciência vamos lá:
§ Representa 5-10% dos CA de tireoide
§ Origem: células parafoliculares (Celulas C)
§ Marcador biológico: calcitonina, além de: serotonina, PG, VIP, CEA, histaminase
§ Formas:
§ Esporádicos- 80%; atingem de forma unilateral;
indivíduos de 50-60 anos
§ Familiares – 20%; indivíduos de 21-34 anos
§ NEM 2B: agressivo; sobrevida de 5 anos <35%
§ Diagnostico:
§ Bócio uni ou multinodular
§ Linfonodos cervicais
§ Síndromes paraneoplásicas (diarreia 30%)
§ Dosagem de calcitonina plasmática: b
§ asal; estimulada pelo cálcio ou pentagastrina
valor normal <300pg/cc
300-1000: bócio
Viviane Ferreira
CARCINOMA ANAPLÁSICO
§ Extremamente Agressivo
§ 1-5% Dos Carcionomas
§ Mulheres Idosas
§ Ocorre por indiferenciacao de tumor pre existente
§ Sobrevida após 1 ano: excepcional
§ Disseminação linfática e hematogenica
§ Diagnostico:
§ Historia de bócio
§ Rápido crescimento
§ Compressão: disfagia, dispneia, dor, disfonia, fixação
§ Metástases: cervicais sao as mais comuns; a distancia (50%)
§ Ag pesquisado: TIREOGLOBULINA- ANAPLASICO
CALCITONINA – MEDULAR
Ag LINFOCITARIO - LINFOMA
Viviane Ferreira