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Vocatio: O encontro do Eu -

Aula 3
Data @November 22, 2023

Encontro do eu (Aula 1) + Encontro do próximo (Aula 2) = vida de apostolado

Conhecendo quem eu sou (vocações, talentos) e quem são os outros, é necessário


agora buscarmos o meio pra chegar ao apogeu das nossas vidas.

Como encontrar esse meio?


Trabalho.

Mas o que é o trabalho?


Definição “Keviniana”: meio pelo qual eu coloco os talentos que recebi de Deus a
serviço do próximo.

O que eu posso considerar um trabalho?

“Ora, se eu tenho uma vocação e estou trabalhando com outra


coisa, eu estou sacrificando meus talentos em prol de dinheiro”

Essa afirmação não é verdadeira. No fim, temos de lidar com a vida real e isso pode
ser nosso Isaque, sacrifício, a ser feito. Vivemos da vida real, e não da vocação,
estabilidade, família, falta de grana. Assim sendo, muitas das vezes nossas
vocações não serão desenvolvidas de forma integral, mas de forma parcial.

Realidade - seremos cobrados por ela, e não pelo mundo ideal. Os talentos
são uma forma de transformar o mundo ideal na realidade. Mas então a

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pergunta, somos como Deus? Conseguimos mudar essa realidade num estalar
de dedos e fazer conforme queremos?

Não e, por isso, parte da vocação está no ato de se abandonar a divina providencia,
aceitar as condições de vida mesmo que elas sejam contraditórias a vocação, ainda
que haja o esforço de aplicar a vocação na vida, mesmo que de forma parcial.

Princípio: o cumprimento da vocação parte do princípio da liberdade, da


responsabilidade.

Emprego x Trabalho - Há uma busca por emprego, mas não por trabalho. Isso é
ceifar sua liberdade, tornar-se escravo de si mesmo. Se você, conscientemente se
impôs numa condição em que suas habilidades estariam sendo ceifadas, a
responsabilidade é sua.

O que realmente importa é que nosso trabalho nos permita cumprir parcialmente
nossa vocação.

O mínimo necessário para que eu cumpra minha vocação, já significa uma vocação
plenamente realizada. O ambiente não sequestra minha vocação, mas permita que
eu a cumpra, em maior ou menor grau.

👉🏻 CVII - No fim, a vocação a santidade transcende todas as outras e, por


meio dela, cumprimos todas as outras, com nós mesmos e com o
próximo.

A vocação não muda, o ambiente sim.

E esse ambiente é onde iremos exercer nossa vocação, independente do grau em


que podemos exerce-la. Nesse lugar deixamos nosso Isaque, ao tentarmos
sacrificá-lo, vemos que há um outro cordeiro pra ser imolado, o cordeiro da nossa
própria vontade.

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Esse cordeiro é concedido por Deus, é o “jeitinho”. a forma concedida por Deus para
que não sacrifiquemos nossa Isaque, que é a nossa vocação.

A totalidade da vocação é exercida na parcialidade dos deveres de estado.


Vocação multifacetada, os deveres de estado são os meios para exerce-la

Paralelo teológico com a transubstanciação

Ao ser dita a fórmula, Nosso Senhor não é dividido na hóstia, mas é multiplicado, a
ponto de que qualquer partícula da hóstia, contém Nosso Senhor por completo.
Assim é com nossas vocações, elas são exercidas em sua totalidade, mesmo que
de forma parcial, em partículas, por mais contraditório que soe.

Por fim, não há maior ou menor grau, sempre há a totalidade.

Quando entendemos que devemos servir aos outros, quando entendemos a nossa
vocação, os deveres de estado como meio de exerce-la, etc.

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