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IEQ PINEVILLE – ESCOLA BÍBLICA

LIÇÃO 9- Tomé, o melancólico que se tornou crente


Texto Básico: João 11.6-16;14.4-6; 20.24-29
Texto Devocional: João 14.1-6
Texto Chave: João 20.29 “Disse-lhe Jesus: Porque me viste creste? Bem aventurados os que não
viram e creram.”

Alvo da Lição: Estudar a vida de Tomé e reconhecer que dúvida é um efeito na vida espiritual do
crente e pode levá-lo ao fracasso; que existe uma felicidade especial reservada àquela fé que
não requer provas.

Depois de uma noite de oração, Jesus escolheu, dentre Seus discípulos, aqueles aos
quais deu o nome de apóstolos. Eram doze homens: homens que mudaram o mundo! Cada um
deles tinha personalidade e características próprias, temperamentos peculiares. Uns eram
extrovertidos; uns eram sanguíneos, outros coléricos; uns eram melancólicos e outros
fleumáticos. Por que teria Jesus escolhido pessoas tão diferentes para compor o colégio
apostólico?

1. Por que Jesus escolheu pessoas tão diferentes para compor o chamado Colégio Apostólico (o
grupo dos doze apóstolos)?

Dentre esses homens, vamos destacar um melancólico, para que o conheçamos melhor.

2. Quem era Tomé? De onde veio, o que fazia e qual significado de seu nome?

Trata-se de Tomé, em aramaico Thomás, que quer dizer “gêmeo”, embora não
saibamos de quem ele era gêmeo. Em grego, seu nome Dídimo (Jo 11.16), também significa
“gêmeo”. Segundo algumas fontes informativas, ele também era conhecido como Judas Tomé,
“Judas, o gêmeo”.
Por certo a sua atividade profissional era a pescaria, assim como a outros apóstolos. É
bem provável que morasse na Galiléia (Jo 21.1). Entretanto não sabemos como se deu sua
conversão e vocação.
Conhecemos seu caráter pelos escritos de João. É no evangelho de João que Tomé
recebe especial destaque.
3. Por que Tomé é caracterizado como uma pessoa de temperamento melancólico?

Ele foi o mais melancólico, o mais pessimista, o mais incrédulo, o mais franco dos
apóstolos. Não cria em nada que não pudesse ver. Tinha uma atitude crítica, era um inquiridor
da verdade e, por isso, ela sempre lhe foi revelada de maneira prática.
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É maravilhoso saber que o Senhor é Deus dos pessimistas, dos teimosos, dos
melancólicos. Ele foi o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó. Ele foi o Deus de Pedro, de
Paulo, de Tomé. E Ele é o nosso Deus também!

I- O acontecimento em Betânia ( Jo 11.6-16)

4. Em qual momento da vida de Jesus, Tomé, pela primeira vez marcou sua presença?

Foi quando chegou a notícia da doença de Lázaro, o amigo de Jesus, que Tomé marcou
sua presença no grupo apostólico, Jesus resolveu voltar para Judéia. Os discípulos se
mostraram receosos, pois, por duas vezes, Jesus tinha sofrido atentado. Tomé sabia que o
Mestre poderia ser morto, e reconhecia que o perigo que ameaçava o Senhor Jesus também
ameaçava Seus discípulos. Voltou-se, então, para os seus companheiros e disse: ”Vamos
também nós para morrermos com Ele” (Jo 11.16)

5. Quando falou: ”Vamos também nós para morrermos com Ele” , Tomé estava
demonstrando uma atitude corajosa de morrer por Jesus, ou estava expressando o
pessimismo de um temperamento melancólico?

Por um lado, foi uma atitude corajosa de Tomé. Isso era dedicação, devoção ao Senhor.
Ele mostrou-se disposto a morrer com Jesus. Ele preferia morrer com o Mestre a viver sem Ele.
Por outro lado, foi uma expressão pessimista, de uma alma melancólica e depressiva.
Parecia um homem sem esperança, resignado, sem sorte: “Vamos morrer com ele”. Estaria
Tomé, realmente, disposto a morrer com Jesus? Não é isso que lemos na narrativa do
Calvário. Lucas, o médico amado, quando narra a crucificação de Jesus afirma: ”Entretanto
todos os conhecidos de Jesus permaneceram a contemplar de longe estas coisas”(Lc 23.49).
Onde estava sua dedicação e devoção ao Senhor?
Aplicação
Nós não podemos morrer com Jesus, mas estaremos dispostos a morrer por Jesus? A nossa
fidelidade ao Senhor chega ao ponto de morrer por ele?

II. O acontecimento no cenáculo (Jo 14.4-62)


Vamos encontrar, agora, o melancólico Tomé, no cenáculo, celebrando a última Páscoa,
na companhia do Mestre amado. Jesus estava falando, instruindo e confortando os discípulos,
pois Sua partida estava muito próxima.

6. Quando Jesus estava conversando com os discípulos sobre a Sua partida, que estava
próxima, e falando do caminho da casa do Pai, como Tomé demonstrou falta de conhecimento a
respeito do Senhor

Quando Jesus deu a entender aos discípulos que eles conheciam o caminho da casa do
Pai, Tomé, demonstrando total ignorância, foi honesto, prático e franco: “Senhor, não sabemos
para onde vais; como saber o caminho?” (Jo 14.5)

7. Aproveitando a pergunta de Tomé, o que Jesus ensinou acerca de Si mesmo


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Com essa pergunta, Tomé deu oportunidade para que Jesus fizesse uma das maiores
revelações sobre Sua Pessoa, ao dizer que Ele é não somente o caminho, mas a verdade e a
vida.
“Onde eu vou?”. Para o Pai. “Qual o caminho?”. Eu sou o caminho. “Como encontrá-lo?”.
Somente por mim.
Tomé recebeu de Jesus muito mais que esperava. Cristo, o único caminho para Deus.
Toda verdade está em Sua pessoa. Ele é a vida que deve ser vivida por todos.

III. O acontecimento pós ressurreição (Jo 20.24-29)


Jesus já havia morrido e ressuscitado dentre os mortos. Já havia aparecido a algumas
mulheres e dez apóstolos que estavam reunidos. Faltavam dois: Judas que já estava morto e
Tomé (Jo 20.24)

8. O que Tomé perdeu, por não estar com os outros apóstolos quando Jesus apareceu?

Não sabemos qual a razão da ausência de Tomé quando Jesus apareceu aos Seus
discípulos. Talvez tenha sido devido a sua melancolia, ou pessimismo, ou incredulidade. O que
sabemos é que ele perdeu a bênção maravilhosa de ver Cristo ressurreto, de ouvir Sua voz, de
falar com Ele. Perdeu, também, a companhia dos irmãos.
Quando deixamos de nos reunir com nossos irmãos para cultuar o Senhor, sofremos
inúmeras perdas. Perdemos a fé, a esperança, o amor, a oportunidade do crescimento
espiritual, a bênção da comunhão. É com muita razão que o escritor da Epístola aos Hebreus
diz: “Não deixemos de congregar-nos, como é de costume de alguns” (Hb 10.25)

9. Qual a atitude de Tomé quando soube que Jesus ressuscitara e aparecera aos demais
apóstolos?.

Quando Tomé soube que Jesus havia ressuscitado, não pôde acreditar. Isso era demais
para ele.

10. Qual a prova que Tomé queria ter para crer na ressurreição de Jesus?

Tomou uma posição: só acreditaria se tivesse provas concretas.” Se eu não vir nas
mãos algum acreditarei”(Jo20.25). Ele se mostrou presunçoso, insolente, obstinado: estava
decidido a não acreditar e não bastaria ver Jesus, teria que colocar o dedo em Suas feridas.
Que homem teimoso! Fraquejou quanto à fé, deixando-se assaltar pelas dúvidas.
11. Por que Jesus apareceu e permitiu que Tomé fizesse o que desejava?

Jesus, que sabe de tudo, que conhece o coração dos homens, atendeu a exigência de
Tomé. No domingo seguinte, estando o grupo reunido, inclusive Tomé, Jesus apareceu e disse
ao incrédulo: Veja as minhas mãos e ponha seu dedo nelas. Estenda a mão e ponha no meu
lado. Pare de duvidar e creia!’ (Jô 20.27

12. Qual a expressão de Tomé que revela a sua declaração de fé?”


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No mesmo instante, o incrédulo se tornou crente e fez a maior declaração de fé do Novo


Testamento: “Senhor meu, e Deus meu!”(Jo 20,28)

13. O que Jesus disse para repreender Tomé?

Não era necessário colocar o dedo nas feridas! Então ele creu e reconheceu que Jesus
é o próprio Deus e Senhor da sua vida. Ele admitiu a deidade de Cristo e seu Senhorio. Apesar
disso recebeu uma reprimenda do Mestre: “Por que me viste, creste? Bem aventurado os que
não viram e creram”(Jo 20.29)

Aplicações para minha vida


1. A dúvida revela defeito na vida espiritual e certamente levará o crente ao fracasso.
2. Tiago diz, na sua epístola, que quem duvida é semelhante à onda do mar, impelida e
agitada pelo vento (Tg 1.6). Foi Jesus quem acalmou o mar revoltoso. Ele pode fazer
o mesmo na minha mente atribulada e no meu coração duvidoso.
3. Jesus ressurreto está vivodiante de mim, mostrando os Seus ferimentos, dizendo:
“Não sejas incrédulo, mas crente. Bem aventurado os que não viram e creram”.

Conclusão
Tomé viu Jesus, novamente, por ocasião da segunda grande pesca (Jo
21.2). Pela última vez, encontramo-lo, reunido com o grupo apostólico, no
cenáculo em Jerusalém, em oração, aguardando a descida do Espírito Santo.
Graças a Deus, ele não tinha dúvidas quanto à vinda do Consolador.
Diz a tradição, narrada por cristãos primitivos, que Tomé foi missionário
na Síria, na Pártia, na Pérsia, e na Ìndia. Na Índia, onde passou por muitas
provas, foi martirizado. Se realmente foi assim, Tomé provou que estava
pronto a morrer pelo Seu Mestre.

Fonte: Revista Gente que fez – Escola Bíblica


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LIÇÃO 10 - Barnabé, o filho da exortação

Texto Básico: Atos 4:32-37


Texto Devocional: Filipenses 2.1-11
Texto Chave: Atos 4.36 “José, a quem os apóstolos deram o sobrenome de Barnabé, que quer dizer
filho da exortação.”

Alvo da Lição: Mostrar, pelo exemplo de Barnabé, os principais valores da vida cristã.

Barnabé foi um dos personagens destacados da comunicação cristã primitiva. Era judeu,
de uma família de sacerdotes, da tribo de Levi e Natural de Chipre, uma ilha do mediterrâneo
(At 9.36). Segundo o testemunho de Lucas, “era homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé
(At 11.24). Certamente em decorrência disso,foi enviado de Jerusalém a Antioquia para cuidar
da igreja ali recém formada (At 11.22). De Antioquia foi designado, juntamente com Paulo, para
um empreendimento missionário entre os gentios – a primeira viagem missionária de Paulo. (At
13.1-3)
Seu nome judeu era José. Para ressaltar uma característica peculiar, os apóstolos
chamavam-no de Barnabé (At 4.36), interpretado por Lucas como filho da exortação (ou
consolação). Barnabé foi um tipo de consolador, um exortador, um paracleto (chamado para o
lado de outro a fim de ajudá-lo). Vale salientar que parakletos é um título que Jesus dá ao
Espírito Santo no evangelho de João.
Barnabé como filho da exortação, se coloca ao lado de outros com o fim de ajudá-los,
apresentando duas fortes marcas: generosidade e discipulado.

I- A marca da generosidade (At 4.32-37)


A marca da generosidade é uma das mais importantes dentre aquelas que foram
responsáveis por tornar a comunidade cristã primitiva rigorosamente singular em sua época (At
4.34-35; 2.44-45). A exemplo disso, a Narrativa de Lucas apresenta Barnabé como aquele
indivíduo que se pôs ao lado do necessitado: “como tivesse um campo, vendendo-o, trouxe o
preço e o depositou aos pés dos apóstolos” (At 4.37). Essa generosidade de Barnabé, refletida
na nova comunidade, possui dois fundamentos básicos, ambos propriedades essenciais da
cultura da nova comunidade.

1- A igualdade dos homens


A igualdade de todos os homens é asseverada na doutrina de Paulo (Gl 3.28) e
confirmada nas ações de Barnabé. Essa confirmação dá-se no campo mais difícil: a economia.
A prática de compartilhar o que se tem com os que não têm leva a eliminar o seguinte
contraste: abastados versus necessitados. As expressões “pois nenhum necessitado havia
entre eles” (v.34) e “distribuía a qualquer um, a medida que alguém tinha necessidade” (v.35)
mostra que tal prática erradicava o problema da necessidade no seio da nova comunidade.
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Todos eram continuamente supridos por causa da efetividade que os vinculava fortemente
(v.32)
Repartir o que se tem com quem não tem, corresponde com exatidão à expectativa de
Jesus a respeito de Seus discípulos: “Vendei os vossos bens e dai esmolas” (lc 12.3) e, “se
queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pobres, e terás um tesouro no céu; depois
vem e segue-me” (Mt 19.21); bem como corresponde à compreensão de arrependimento de
João Batista (lc 3.11)

Aplicação
Ao compartilhar os seus bens com os necessitados , Barnabé mostrou-se um autêntico discípulo de
Jesus.

2- A grandeza dos homens


a. Repartir o que se tem com os que não têm, além de eliminar a necessidade, é também
um ato de valorização do ser humano. Primeiro, por ser totalmente voluntário: “Ninguém
considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía,: tudo, porém, lhes
era comum” (At 4.32). Esse texto informa que havia quem possuísse propriedade e
vendendo-a, não precisava depositar o valor aos pés dos apóstolos (At 5.4). Não era
proibido possuir. Vendia quem quisesse. Repartir é uma ação livre e voluntária que
exalta o ser humano, pois o homem vê o seu próprio valor refletido no semelhante.
b. Repartir é um ato que valoriza o ser humano por elevá-lo acima do objeto. No ato de
vender uma propriedade e repartir o seu valor com outros se considera que o homem é
bem maior que o objeto, pois o autor desfaz-se do objeto para servir ao homem. As
coisas existem para o bem estar de todos os homens igualmente. A vida humana vale
mais que as coisas (Lc 12,23; Mt 6.25)

II- A marca do discipulador


Barnabé revelou-se um mestre. Um discipulador de estirpe admirável. Por isso e para
isso foi enviado à Antioquia (At 11.19-24) e, também lá, foi reconhecido como tal (At 13.1). É
importante, então, apresentar as altruístas características do seu ministério de discipulador.

1- O interesse desmedido pelo discípulo


O interesse desmedido de Barnabé aparece primeiramente quando Paulo sofre rejeição
da Igreja de Jerusalém, por parecer suspeito ( At 9.26-27). O fato é que Paulo saiu de
Jerusalém com a missão de perseguir os cristãos e, após algum tempo, retornou alegando ser
cristão. Provavelmente essa alegação foi interpretada como uma estratégia de perseguição. No
entanto Barnabé, numa atitude corajosa e arriscada, colocou-se ao lado de Paulo para, como
advogado, justificá-lo perante os apóstolos.
Depois disso, Paulo viajou para Tarso (At 9.30) e, ao surgir uma comunidade em
Antioquia (At 11.19-21), Barnabé foi enviado para assistí-la (At 11.22). De Antioquia, Barnabé
dirigiu-se a Tarso em busca de Paulo, para juntos servirem ao Senhor na igreja gentílica de
Antioquia (At 11.25-26).
O interesse de Barnabé por Paulo é claro, mostra que enxergava valor onde todos
negavam. É uma visão idêntica à de Jesus, que viu num brutal perseguidor de Sua igreja, um
vaso de honra a Seu nome (At 9.15-16).
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Quantas pessoas há em nosso meio cujo potencial é grande e inexplorado! É necessário


que haja cristãos visionários do tipo de Barnabé, capazes de transformar quem está no
anonimato em grandes vultos.

2- Humildade face a projeção do discípulo


Barnabé chamou Paulo para ajudar a Igreja em Antioquia da Síria, reconhecendo os
dons do apóstolo. Ele estava tão dominado por uma consciência de reino, que a humildade
se tornou um dos pontos mais salientes em seu ministério de discipulado. Naquela ocasião
Paulo já possuía uma década de experiência cristã e ministerial. Estava, portanto,
relativamente maduro.
Mas a força e a sabedoria de Paulo nunca o tornaram um rival de Barnabé. Pelo
contrário. Por essas virtudes, Barnabé viu nele um companheiro necessário para o sucesso
de seu ministério.
Quando os dois foram enviados pela igreja da Antioquia para uma viagem
missionária (At 13.1), logo se notou a projeção de Paulo. Ele realizou milagre (At 13.8-12) e
fez discurso (At 13.16-41). Segundo Lucas, Paulo foi crescendo, e seu mestre diminuindo.
Não se vê vestígio de inquietude em Barnabé por causa da ascensão de Paulo. O conflito
que os separou teve outra razão.
A atitude de Barnabé em relação ao discípulo é como a de João Batista em
relação a Jesus: “Convém que ele cresça, e que eu diminua” (Jo 3.30). Essa visão de reino
o situa além dos seus interesses pessoais e os do discípulo: importa abençoar os homens e
glorificar a Deus. Nas Palavras de Paulo: “Nada fazer por partidarismo ou vanglória, mas
por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo” (Fp 2.3)

Aplicação
Que tenhamos essa visão de Barnabé para que a igreja de Jesus seja o palco da bênçao dos
homens e da glória de Deus, e nunca palco de rivalidade e glórias humanas!

3- Sabedoria e coragem pra enfrentar um problema teológico (At 15)


A maioria dos primeiros crentes na igreja primitiva era composta de judeus, mas
depois muitos gentios foram convertidos, especialmente de Antioquia. Alguns homens
vieram de Jerusalém a Antioquia, ensinar que a circuncisão era essencial para a Salvação
(V.11), um ensino que Paulo e Barnabé contestavam. A igreja em Antioquia decidiu que a
disputa tinha de ser resolvida em Jerusalém. Mandou uma delegação para lá, chefiada por
Barnabé e Paulo, para se encontrar com os líderes de Jerusalém. Após muito debate,
Pedro usou a palavra e explicou: “Cremos que fomos salvos pela graça do Senhor Jesus,
como também aqueles o foram (v.11). No Concílio em Jerusalém (49 d.C) Paulo e Barnabé
defenderam a tese (v.12) de que a circuncisão não era necessária para a salvação. Após
ouvi-los, Tiago deu o seu parecer (v. 19-20). Paulo, Barnabé e os outros voltaram para
Antioquia onde foi lida a carta do Concílio para alegria de toda igreja. Nos versículos 25 e
26, vemos o alto conceito e estima que os líderes de Jerusalém dispensaram a Barnabé e
Paulo chamando-os “os nossos amados Paulo e Barnabé, homens que têm exposto a vida
pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo”.
Vemos nesse incidente o cuidado pelo bem-estar de suas ovelhas e a
preocupação de Barnabé com a sã doutrina. Ele se mostrou um homem sábio e espiritual.
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Aplicação
Quantas vezes, hoje em dia, faltam sabedoria e coragem para resolver os problemas que surgem no
meio da igreja.

4- Persistência em face da deficiência do discípulo (At 15.36-41)


Barnabé e Paulo haviam concluído a primeira viagem missionária. Quando planejavam a
segunda, surgiu um conflito entre os dois que resultou em separação. O fato é que Barnabé
insistiu em levar João Marcos (v.37). Paulo resistiu fortemente a essa decisão, com a alegação
de que João Marcos era desertor (v.38). Paulo relembrou o episódio ocorrido em Perge da
Panfília quando João Marcos os abandonou durante a primeira viagem (At 13.13). Ambos
mantiveram-se irredutíveis em suas opiniões, a ponto de se separarem. Barnabé e João
Marcos foram para um lado, enquanto Paulo e Silas foram para outro (At 15.40-41)
O erro de João Marcos é fato. A reação de Paulo, porém, parece errada se
considerarmos o que ele diz anos depois sobre o rapaz: “pois me é útil para o ministério” (2 Tm
4.11). Ao rejeitar a companhia de Marcos, Paulo lhe negou uma segunda chance. Assim Paulo
quebrou a parceria com seu companheiro, visto que, por sua característica peculiar de
consolador, Barnabé não se negou a oferecer uma nova oportunidade a quem havia tropeçado.
Como Jesus Cristo, Barnabé não esmagou o caniço quebrado e não apagou a mecha
que fumegava (Mt 12.20). Exercer misericórdia é um princípio indiscutivelmente válido, tal
como Barnabé fez com Marcos. Pela misericórdia, Barnabé transformou um inútil (At 15.38) em
alguém “muito útil ao ministério” (2 Tm 4.11).

Aplicação
Estaríamos dispostos a dar uma segunda chance a alguém, na igreja, que falhou?

Conclusão
Por todas essas coisas, confere-se a Barnabé o título que Le foi
atribuído pelos apóstolos: filho da exortação.
A sua aparição no Novo Testamento revela com absoluta grandeza de
dispor a si para o crescimento do próximo com indizível interesse, profunda
humildade e incansável perseverança. Também é da natureza de dispor a
propriedade para o bem estar de outros por considerá-los seus iguais e da
mesma grandeza. Enfim, Barnabé usou sua vida para abençoar os homens e
glorificar a Deus. Que Deus nos dê a graça de imitar Barnabé.

Fonte: Revista Gente que fez – Escola Bíblica


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