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O APÓSTOLO PEDRO
Simão foi pescador (Mt.4.18), até o dia em que, conduzido por seu irmão André
(João1.40), conheceu o Senhor Jesus, o qual lhe chamou "Pedro" (Petros), nome grego que
significa "pedra", o mesmo que "Cefas" em aramaico (João 1.42). Era chamado também de
"Simão Barjonas", ou seja, Simão, filho de Jonas (Mt.16.17), ou filho de João (Jo.21.15).
Devido ao uso de mais de um idioma, era comum as pessoas possuírem mais de um nome.
Um hebraico, outro grego; ou um em latim, outro em aramaico, ou até mesmo dois nomes
numa mesma língua.
O caso de Simão é bastante peculiar. Jesus lhe deu um novo nome: Pedro. Não lhe
bastaria ser "famoso". Precisava ser firme e inabalável. Afinal, firmeza era o que mais lhe
faltava naqueles primeiros anos de serviço ao Mestre. Em seus momentos de debilidade, era
chamado de "Simão" (Lc.22.31; Mc.14.37; João 21.15-17). Era o "velho homem" em ação,
com toda a sua fraqueza natural.
Quando conhecemos o Senhor Jesus, ele muda o nosso nome. Muitos, antes de se
converterem, eram chamados de "mentirosos", "enganadores", etc. Depois, passam a ser
conhecidos como honestos, trabalhadores, bons cidadãos, etc. Quando o suposto convertido
não vive à altura do evangelho, então fica conhecido como "crente desonesto", "crente
mentiroso", etc. Tornou-se o seu "último estado pior do que o primeiro".
Pedro pronunciou a mais célebre declaração dita por um discípulo: "Tú és o Cristo,
o Filho do Deus vivo." (Mt.16.16). E também: "Para quem iremos nós, Senhor. Tu tens as
palavras da vida eterna." (João 6.68). Por outro lado, cometeu grave erro ao repreender o
Mestre dizendo: "Senhor, tem compaixão de ti. Isso de modo nenhum te acontecerá."
(Mt.16.22). Imediatamente, ouviu a mais severa repreensão de Cristo: "Para trás de mim,
Satanás!" (Mt.16.23).
Observamos que Simão Pedro saía na frente dos discípulos em qualquer situação,
fosse para errar ou acertar. Com isso, conseguia grandes elogios e também repreensões.
Pedro teve experiências ímpares, maravilhosas, e também fracassos vergonhosos. Vejamos
alguns exemplos:
* Alguns episódios da vida de Cristo foram testemunhados apenas por Pedro, Tiago
e João. Até a ordem em que esses nomes aparecem no texto nos mostra a preeminência de
Pedro (Lc.8.51; Mt.17.1; Mt.26.37).
Durante algum tempo, sua vida foi muito contraditória. Se Pedro vivesse nos nossos
dias e tivéssemos de formar uma comissão na igreja, ou uma equipe para um trabalho
especial, talvez não o escolheríamos. Contudo, Jesus o escolheu. E não acontece assim
também conosco? Num momento estamos "andando sobre as águas" e, "no próximo
versículo" já começamos a afundar. Talvez também tenhamos muitas vezes negado a Cristo
através das nossas ações e palavras. Contudo, Jesus nos escolheu e já nos conhecia antes
que pudéssemos acertar ou errar. O mais importante é o conserto. Se caímos precisamos
nos levantar rapidamente, seguir adiante, e procurar evitar novas quedas. Pedro negou a
Cristo três vezes. Confrontado por sua consciência e pelo olhar do Mestre, chorou
amargamente, arrependido do seu fracasso (Lc.22.61-62). Passados cinqüenta dias, Pedro
estava pregando a respeito da ressurreição de Cristo. Afinal, sua vocação não foi cancelada
pelo pecado. No dia de Pentecostes, Pedro estava entre os que foram cheios do Espírito
Santo, inaugurando assim a igreja do Senhor Jesus.
O registro dos erros de Pedro são bastante oportunos pois, além de evidenciarem a
sinceridade dos escritores bíblicos, servem para derrubar a tese de uma suposta
infalibilidade apregoada por alguns.
Tantas falhas deveriam ter sido suficientes para que Pedro não viesse a ser
idolatrado por tantas pessoas. Contudo, todos os seus erros não foram bastantes.
O escritor de Atos dos Apóstolos concentrou-se na pessoa e nas obras de Pedro até o
capítulo 12. Afinal, foi considerado como uma das "colunas da igreja" (Gálatas 2.9).
ESBOÇO
Autoria
Apesar de ter sido considerado homem inculto e iletrado (At.4.13), Pedro escreveu uma
epístola de alto nível. Talvez aquele rótulo advenha do fato de Pedro não ter freqüentado as
universidades gregas da época, nem ter sido um escriba ou doutor da lei. Contudo, isso não
significa que ele fosse analfabeto e ignorante. Se lhe faltava muito da vasta cultura grega, o
mesmo não se pode dizer quanto ao idioma, pois o grego era falado por todas as classes
sociais. Além disso, falava o aramaico e talvez o hebraico.
Como todo bom judeu, Pedro tinha todo o conhecimento da lei de Moisés e demais
Escrituras do Velho Testamento.
A forma do seu texto pode também ter sido influenciada pela mão de Silvano, que foi seu
amanuense (I Pd.5.12).
A autoridade do autor fica evidente. Além de ser apóstolo (I Pd.1.1), Pedro foi "testemunha
das aflições de Cristo" (I Pd. 5.1). Seu ensino estava, portanto, bem fundamentado, sendo
digno de aceitação.
Data - Os comentaristas sugerem datas entre 63 e 68 d.C. O ano mais indicado é 64.
Durante algum tempo, Pedro foi contrário à evangelização dos gentios. Vemos, portanto
que, por ocasião do envio dessa epístola, tal problema já tinha sido superado. Agora Pedro
já aceita os gentios e os considera tão dignos do evangelho e do reino de Deus quanto os
judeus.
O apóstolo chega a tomar palavras ditas a Israel no Velho Testamento, aplicando-as aos
gentios que fazem parte da igreja. "...Antes não éreis povo, mas agora sois povo de
Deus...". (I Pd.2.9-10). Outros textos desenvolvem esse paralelismo entre a igreja e Israel,
citando o sacrifício e o templo numa nova perspectiva (I Pd.1.19; 2.4-5).
A epístola foi dirigida aos irmãos que moravam em regiões por onde Paulo passou e fundou
igrejas. Por quê Pedro escreveria para eles? Isso faz com que alguns entendam que, quando
essa epístola foi produzida, Paulo já teria morrido. O fato Silvano e Marcos, antigos
companheiros de Paulo, estarem com Pedro também é usado como argumento a favor dessa
hipótese.
Circunstância – A carta foi escrita numa época de grande perseguição imperial contra a
igreja após o incêndio em Roma. No livro de Atos, os principais perseguidores eram os
judeus. No período em que Pedro escreveu, os perseguidores passaram a ser os gentios
(4.3,4,12).
Provas - 1.7
Sangue - 1.19
Pedras - 2.4
Cristo - 2.6
Em tais circunstâncias, é necessário que nos lembremos de quem somos. Nossa identidade
pode estar sendo questionada pelos homens, pelo diabo (Mt.4.2) ou até mesmo por nós
mesmos. Pedro então enfatiza essa realidade espiritual que, muitas vezes, é desafiada por
uma realidade aparente adversa. Ele utiliza enfaticamente o verbo ser: "Não éreis povo...";
"Agora sois... povo de Deus, geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido..."
(2.9-10). "Sois guardados, mediante a fé, para a salvação." (1.5). "Sois edificados como
casa espiritual." (2.5).
O autor lembra aos seus leitores o que Cristo fez por eles (1.2,3,19; 2.5,21; 3.18). Nos
momentos difíceis é bom lembrarmos o que Jesus fez por nós e qual é o nosso vínculo com
ele. O inimigo procura colocar tudo isso em dúvida na hora da tentação.
ESBOÇO COMENTADO
O autor começa sua epístola falando sobre a salvação e a herança no céu. Os irmãos que
estavam padecendo perseguições poderiam questionar sobre o efeito de sua conversão.
Talvez alguns estivessem esperando uma herança na terra, uma vida tranqüila e próspera.
Deus pode nos dar todo tipo de bênção material, mas isso não é uma promessa de Cristo
para todo aquele que nele crê. Isso depende da vontade de Deus para cada pessoa. O que ele
promete a todos nós é a vida eterna, uma herança nos céus.
- Obedientes (1.14).
Após a conversão, temos um caminho pela frente: é a vida cristã prática. Pedro
menciona situações e relações do cotidiano. O pecado é mencionado como um risco
constante (2.11-12; 4.1-6; 1.13-16). Pedro, que um dia disse que não negaria a Cristo e
acabou negando três vezes, está bem consciente de que o pecado pode acontecer, embora
não deva. Diante desse risco real, o autor nos aconselha a orar e vigiar (4.7; 5.8-9) .
Contudo, a vida cristã apresentada por Pedro não é apenas espiritual. Não se resume
à oração e à vigilância. Ele ensina o serviço cristão, exemplificado através da hospitalidade
e do ministério (4.9-11). Não basta orar; é preciso agir, trabalhar.
O Sofrimento é o tema principal da epístola. Esse elemento também faz parte da vida cristã.
Esta era a situação vivida pelos destinatários da carta. O autor diz que não devemos
estranhá-lo, como se fosse algo anormal (4.12). Então, devemos concluir que o mesmo faz
parte do plano de Deus para nós, pois ele assim o quer (3.17). Trata-se de algo necessário
(1.6). Tais afirmações podem ser chocantes. Por quê Deus quer que soframos? Não é que
ele queira o sofrimento em si, mas sim o resultado do processo. Existem virtudes que não
serão adquiridas de outra forma. O sofrimento tem grande força didática. "Te deixei ter
fome... para te dar a entender que nem só de pão viverá o homem..." (Dt.8.3).
O sofrimento pela causa do evangelho trará como conseqüência a glória. Esta é outra
palavra importante na epístola, indicando glória presente na vida do cristão, glória futura e
também a vanglória (1.24); (1.7,8,11,21; 2.12,20; 4.11,13,14,16; 5.1,4,10). O sofrimento é
de pequena duração quando comparado com a glória eterna que nos aguarda (1.6; 5.10.
Veja também Rm.8.18).
Queremos a glória (e às vezes até mesmo a vanglória), mas sofrimento... jamais. Queremos
colher o fruto sem plantar sua erva. Queremos participar da glória de Cristo em sua vinda,
mas não queremos participar dos seus sofrimentos. Pedro vincula tais elementos (1.11;
4.13; 5.1). Para justificar a necessidade e a utilidade do sofrimento, Pedro cita Cristo como
exemplo (2.21; 3.18). O mesmo apóstolo se diz testemunha das aflições de Cristo e
participante da glória. Com isso, ele deixa subentendida sua própria participação nos
sofrimentos pelo evangelho.
Diante do sofrimento somos levados a procurar seus motivos. Perguntamos: por quê está
acontecendo isso? O que eu fiz para merecer isso? Assim, olhamos para trás em busca da
causa. O sofrimento pelo pecado pode ser assim compreendido. Podemos olhar para trás e
reconhecer nossa falha. Muitas vezes, porém, não conseguimos ligar o fato presente ao erro
cometido. No caso do sofrimento permitido por Deus sem que tenhamos pecado, devemos
olhar para frente e perguntar: para quê está acontecendo isso? Mesmo que não possamos,
em muitos casos, saber o propósito específico, sabemos, de modo geral, que toda
adversidade que nos ocorre vem para o nosso próprio crescimento. Todo exercício físico,
corretamente realizado, contribui para o desenvolvimento e manutenção da boa forma
muscular. Tais exercícios não são leves nem suaves. Se assim fossem, seriam inúteis.
Assim são as provações e adversidades que enfrentamos. São exercícios para o espírito e
para o caráter. Por meio deles nossa fé cresce, nossa paciência e nossa experiência se
desenvolvem. O produto do sofrimento faz com ele se justifique e seja até mesmo
valorizado por escritores bíblicos como Pedro e Paulo (Rm.5.3-5).
O ouro é retirado da jazida em estado bruto, cheio de sujeira e deformidades. Contudo, não
será rejeitado por isso. Da mesma forma Deus nos resgata: sujos e deformados. Ele não
rejeita a sua vida, por mais sujo que você esteja. Podemos até lavar aquela pepita de ouro,
mas isso não será suficiente. Algumas impurezas estão encrustadas no metal. Então, o
ourives precisa levá-lo ao fogo (Malaquias 3.2). Pedro compara o fogo às tribulações e diz
que assim como o ouro precisa passar pelo fogo, da mesma forma nossa fé precisa ser
provada para que sejamos aprovados (I Pd.1.7). O fogo, por mais destruidor que seja, só
destrói as impurezas do ouro. No final do processo, o metal está limpo, brilhante, e muito
mais valorizado. Assim acontece conosco.
Em sua primeira epístola, Pedro menciona muitos termos negativos e muitos outros
positivos. Pode parecer conflito ou paradoxo, mas não é. Nossa vida é assim. Todos os
elementos negativos do processo são necessários para que os positivos se manifestem. É
uma relação necessária. Sem morte não haverá ressurreição. Primeiro vem o fogo, depois o
brilho e o valor. Só não é necessário o pecado nem o sofrimento que dele advém, já que não
produz nenhum benefício, exceto uma lição que deveria ter sido aprendida de outra forma.
NEGATIVAS
Sofrimento - 5.9
Fogo - 1.7.
Provação - 4.12
Vitupério - 4.14
Padecimento - 5.10
POSITIVAS
Fé - 1.21; 5.9
Muitas vezes, as experiências negativas são presentes, enquanto que o benefício está
indicado para o futuro (I Pd.1.4-5; 4.13; 5.1,4,6,10). Contudo, já no tempo presente
experimentamos a esperança, a paz, a alegria, o amor, a misericórdia, etc. A glória, ou
exaltação, é o principal elemento localizado no futuro, vinculado à segunda vinda de Cristo.
Nesse bloco são incluídos diversos conselhos sobre comportamento, amor mútuo, serviço e
novamente sobre o sofrimento.
DESTAQUES DA CARTA
PEDRAS VIVAS
O texto de Mateus 16.16-18 tem sido objeto de muitas discussões. Seria Pedro a
pedra fundamental da igreja? Em sua primeira epístola, o apóstolo diz que todos os cristãos
são "pedras vivas" e que Cristo é a principal pedra da construção que é a igreja. Se é assim,
então Pedro continua pedra, como é o significado do seu nome. A igreja está firmada sobre
o fundamento dos apóstolos e profetas. Eles foram as pedras fundamentais da igreja.
Porém, Cristo é a pedra principal. Sem ele, a construção não existiria.
Qual é a relação entre tais pedras e a igreja? Tal fundamento está diretamente ligado
às vidas, obras e ensinamentos desses homens, os apóstolos e profetas. Eles foram os
primeiros a compor a igreja do Senhor. O próprio Jesus, por sua vez, é a pedra principal
pois deu sua própria vida para que a igreja existisse. Foi ele quem resgatou com seu sangue
todos aqueles que fariam parte dessa construção espiritual.
Voltando às palavras de Pedro, todos nós somos pedras vivas, fazendo parte da
igreja. Não fazemos parte do fundamento, pois a igreja já existia antes de nós. Porém,
fazemos parte da obra, estando apoiados sobre os que nos antecederam e servindo de base
para os que se inspiram em nosso testemunho e palavra ( I Pd.2.4-8; I Cor.3.11; Ef.2.20-
22).
"Porque também Cristo morreu uma só vez pelos pecados, o justo pelos injustos,
para levar-nos a Deus; sendo, na verdade, morto na carne, mas vivificado no espírito; no
qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão; os quais noutro tempo foram rebeldes,
quando a longanimidade de Deus esperava, nos dias de Noé, enquanto se preparava a
arca; na qual poucas, isto é, oito almas se salvaram através da água." (I Pd.3.18-20).
A pergunta inicial é: Jesus foi ao inferno? O texto de Pedro não está dizendo isso,
mas esta tem sido, muitas vezes, a interpretação adotada, principalmente por causa de
outros textos bíblicos, dos credos da igreja católica e dos livros apócrifos, alguns dos quais
mencionam explicitamente a descida de Cristo ao inferno entre sua morte e sua
ressurreição. Por exemplo podemos citar o chamado "credo dos apóstolos" e os apócrifos:
"Evangelho de Bartolomeu" e "Evangelho de Nicodemos". Um paralelo entre tais escritos e
os textos bíblicos mencionados produzem a interpretação correspondente.
Como ele foi? Em seu espírito em carne e espírito Através do Espírito Santo De jeito
humano nenhum.
A quem ele Aos justos Aos ímpios (todos ou A justos e Aos anjos A ninguém
pregou? só aos da época de ímpios. caídos.
Noé)
Sofrer
Com que Salvar os justos Salvar os ímpios Salvar a Declarar Nenhum
objetivo? todos sua vitó- (batismo
ria de
fogo?)
Dizer que Cristo foi em carne e espírito ao inferno, seria o mesmo que ele estava
vivo antes da ressurreição. Se carne e espírito estão juntos, então não estamos falando de
Cristo durante seus três dias em estado de morte.
Dizer que o Espírito Santo foi ao inferno resgatar alguém é fazer uma grande
confusão entre as funções das pessoas da trindade. Tal equívoco se dá pelo fato de que
algumas traduções usam a palavra "Espírito" com letra maiúscula em I Pd.3.18.
Aqueles que dizem que Cristo não foi ao inferno, afirmam que ele foi se apresentar
ao Pai após sua morte. Mencionam como argumento as palavras de Jesus ao ladrão
crucificado: "Hoje estarás comigo no paraíso." (Lc.23.43 e 46). Como explicariam então o
texto de Pedro? Calvino chegou a afirmar que a cruz foi o "inferno" experimentado por
Cristo. Para os anabatistas, este mundo foi o "inferno" ao qual Cristo desceu ao encarnar.
Pelo que ficou registrado nos livros, até o século IV d.C. era plenamente aceita a
idéia de que Cristo tenha mesmo descido ao inferno, assim identificado como o "lugar dos
mortos". Somente a partir do século V é que passou-se a questionar tal sentido. Nesse
tempo, Agostinho propôs o seguinte entendimento para o texto de Pedro: o evangelho teria
sido anunciado aos mortos no tempo em que os mesmos estavam vivos. Assim, os
contemporâneos de Noé teriam ouvido a pregação antes do dilúvio. O espírito de Cristo,
mencionado em I Pd.3.18, estaria agindo através de Noé, o pregoeiro da justiça. Tal
interpretação, bastante inteligente, não explica o texto de I Pd.4.5-6, onde todos os mortos
parecem estar envolvidos. Além disso, o texto de I Pd.3.18-20 fala que a pregação foi
dirigida a "espíritos em prisão" e não a pessoas vivas.
O texto de Atos (2.27-31) talvez seja o mais claro para que se conclua que Cristo foi
ao inferno. O autor utiliza a palavra Hades. Esta palavra estaria sendo usada em referência a
um lugar espiritual? ou simplesmente à sepultura? (2.29) ou apenas ao estado de morte?
(2.31). Algumas versões usam a palavra "hades" (A.R.C.) enquanto outras a traduzem
como "morte" (Thompson e A.R.A). A versão católica dos Monges de Maredsous
menciona "região dos mortos", o que não indica um sentido estritamente físico ou
espiritual. A bíblia das Edições Loyola utiliza a expressão "mansão dos mortos". A versão
do padre Antônio Pereira de Figueiredo traduz "hades" como "inferno".
A palavra "hades" é grega e se origina da mitologia dos gregos, sendo utilizada para
identificar o lugar espiritual para onde vão os mortos. O hades estaria divido em duas
partes: O "elísio" para os bons e o "tártaro" para os maus. Os hebreus tinham uma
concepção semelhante sobre a região dos mortos. Chamavam-na de seol, ou sheol, também
com um lugar para os justos e outro para os ímpios. Entretanto, sheol também significa
sepultura. Como o Novo Testamento foi escrito em grego, então foram usadas as palavras
gregas que mais se aproximavam do conceito hebraico. Assim, a dúvida sobre lugar físico
ou espiritual prevalece.
Hades (às vezes traduzido como inferno): At.2.27,31; Mt.11.23; 16.18; Lc.10.15;
Lc.16.23; Ap.1.18; 6.8; 20.13-14.
Geena (às vezes traduzido como inferno): Mt.5.22,29,30; 10.28; 18.9; 23.15; 23.33;
Lc.12.5; Tg.3.6; Mc.9.43-48.
O Velho Testamento passa a idéia de que o Sheol é um lugar para onde vão todos os
mortos, bons e maus. É normalmente identificado com o hades do Novo Testamento. Veja
que em Atos 2, a citação do Salmo 16, troca Sheol por Hades.
É bastante antiga a idéia de que alguém pudesse descer ao hades com alguma
missão. De acordo com a mitologia grega, Hércules teria ido até lá. Histórias semelhantes
são encontradas na literatura babilônica, egípcia, e romana. Conforme Orígenes, houve
entre os judeus a crença de que os profetas do Velho Testamento tenham ido ao seol, onde
continuariam seu ministério de pregação. Tal suposição aparece também no Talmude.
Assim, a crença de que Cristo teria ido ao inferno não seria de difícil aceitação. Alguns,
como Clemente de Alexandria, chegaram a dizer que os apóstolos também teriam ido ao
hades após suas mortes para pregar e que também os demais cristãos teriam essa missão.
Isso seria usado por alguns para justificar mortes de pessoas jovens (J.Paterson Smith).
Afinal, segundo essa tese, essas pessoas teriam grande trabalho a executar na região dos
mortos.
Apresentamos, a seguir, outro quadro comparativo sobre o assunto, destacando a
posição denominacional e de alguns líderes e teólogos.
Cristo foi e Cristo foi e Cristo não foi Cristo foi mas Cristo salvou
salvou os justos salvou a todos ao inferno. não salvou apenas algumas
ninguém pessoas
Marcion Wolf
Tertuliano Buddeus
Aretius
* Calvino
Alguns livros apócrifos afirmam que Cristo esvaziou o inferno, salvando todos os
que ali estavam. Essa idéia serve bastante aos que pregam o "universalismo", que consiste
na crença em uma salvação universal. Tais teólogos afirmam que ninguém escapará do
alcance da graça de Deus e, finalmente, todos serão salvos, até mesmo os anjos caídos. Se
assim fosse, então não precisaríamos pregar o evangelho.
É bem provável que Jesus tenha anunciado o evangelho aos justos do Velho
Testamento, embora o texto de I Pedro 3.18-20 não os mencione. O fato é que muitos deles
ressuscitaram após a ressurreição de Cristo, conforme está em Mateus 27.51-53. Davi disse:
"Não deixarás minha alma no hades." Além de estar profetizando sobre Cristo, ele não
poderia também estar falando sobre sua própria alma, conforme uma interpretação literal do
Salmo?
Os ímpios mortos também teriam ouvido a respeito do evangelho mas não poderiam
ser salvos. Contudo, tal conhecimento serviria para legitimar a autoridade de Cristo para
julgá-los no último dia. "... Áquele que está preparado para julgar os vivos e os mortos.
Pois é por isto que foi pregado o evangelho até aos mortos..." (I Pd.4.5-6).
Jesus teria descido para tomar as chaves da morte e do inferno das mãos do Diabo?
Os calvinistas dizem que isso não faz sentido, já que o Diabo nunca teve tais chaves. Por
outro lado, podemos também questionar: quem disse que o Diabo mora no inferno? Pelo
que sabemos, ele habita o planeta terra e circula pelas regiões celestiais. Muitas vezes o
inferno é mencionado pelas pessoas como um lugar onde o Diabo mora e faz suas reuniões
estratégicas com os seus demônios. Em algumas dessas supostas reuniões, eles estão
eufóricos com seus planos e realizações. Não estaríamos alimentando um folclore religioso
com tudo isso? Afinal, a bíblia mostra o inferno como um lugar de tormento e não de
reuniões satânicas. Se o Diabo lá estivesse, estaria sofrendo tormentos e não fazendo
planos.
Autoria
Data – 64 d.C.
ESBOÇO
No relato de toda essa experiência cristã, Pedro utiliza diversas palavras que podem
ser divididas em dois grupos: ações divinas e ações humanas. O início da nossa caminhada
se dá pela operação do "divino poder" do Senhor (1.3). A partir daí, o homem tem muito a
fazer.
Seus dons (1.3) - ele nos deu tudo. Acrescentai bondade, conhecimento,
temperança, paciência, piedade, amor fraternal,
amor ágape. (1.5)
Se Pedro estava exortando (1.12-15) os irmãos a fazerem a sua parte no que diz
respeito ao crescimento espiritual, é porque eles poderiam, depois de tudo o que Deus fez,
ter cruzado os braços e parado no meio da estrada. Nesse caso, o resultado seria: a visão
curta ou mesmo a cegueira espiritual, o esquecimento das primeiras experiências com Deus
e o tropeço que poderia levar à queda (1.9-10; 3.17).
Os tempos e modos dos verbos encontrados no texto nos ajudam a ver uma
trajetória traçada e uma ordem de avanço. Alguns verbos estão no passado, indicando o
lugar de onde saímos e aquilo que Deus já fez por nós. Alguns deles, no pretérito perfeito,
indicam ações consumadas por Deus. È algo que foi feito e não se vai se repetir. Outros
verbos estão no gerúndio e indicam uma ação constante. É presente, mas ainda não foi
encerrada. São ações contínuas de Deus a nosso favor e ações contínuas da nossa parte em
busca do alvo. Outros verbos estão no futuro e apontam para o resultado desejado.
Destacam-se também aqueles que estão no modo imperativo e indicam ordem para que
avancemos em nosso caminho com Deus.
Alcançaram fé (1.1) Nos tem dado Acrescentai (1.5) Não vos deixarão
promessas (1.4) ociosos (1.8).
Havendo escapado
da corrupção (1.4)
Lendo o quadro anterior, cada coluna, da esquerda para a direita, percebemos a idéia
de movimento, de progresso com o passar do tempo.
O ponto de chegada ou objetivo a ser alcançado pode ser compreendido através das
expressões: "para que por elas vos torneis participantes da natureza divina" (1.4), ".. não
vos deixarão ociosos nem infrutíferos" (1.8) e "vos será amplamente concedida a entrada no
reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo" (1.11).
Enquanto que no capítulo 1, Pedro falava a respeito dos cristãos fiéis, agora ele passa a se
referir aos falsos mestres, seu caráter, suas obras e o conseqüente castigo. Esses são os que
andam pelo "caminho de Balaão" (2.15). Sabendo de sua morte iminente (1.14), o autor
está preocupado com aqueles que talvez o sucederão e aos demais apóstolos na liderança da
igreja.
Os falsos mestres:
São comparados aos anjos caídos, aos contemporâneos de Noé e aos habitantes de
Sodoma e Gomorra (2.4,5,6).
- Apesar de todo esse conteúdo maligno, tais homens apresentam uma aparência positiva.
Afinal, são líderes, são mestres, e prometem liberdade aos seus seguidores (2.1,2,19). São
fontes... sem água. São nuvens .... também sem água (II Pd.2.17; Jd.12). O aspecto é
promissor mas não produzem nada de positivo.
Pedro encerra sua obra com um capítulo escatológico. Após ter falado sobre dois
caminhos, dois tipos de vida, o apóstolo fala sobre a segunda vinda de Cristo (3.4) e,
novamente, trás à tona o tema do juízo, comparado ao dilúvio dos dias de Noé (3.7). Está
em destaque a aparente demora da "parousia".
Pedro adverte que o tempo de Deus é diferente do nosso. "Um dia para Deus é como
mil anos e mil anos como um dia". (3.8).
Enquanto que o dilúvio foi a destruição dos ímpios e suas obras através da água,
Pedro nos diz que o fim desta nossa era se dará por meio de um "dilúvio de fogo". O
apóstolo "desenha" um cenário "apocalíptico" iluminado pelas chamas da ira divina. O fogo
abrasará (3.10,12), destruirá (3.7) e fará derreter (3.12). Serão atingidos: os céus
(3.7,10,12), a terra (3.7,10) e todas as coisas que nela há (3.10-11). Semelhantemente ao
texto de Apocalipse 21.1, Pedro também fala de novos céus e nova terra (II Pd.3.13;
Is.65.17).
AUTORIA – João, o apóstolo. Seu nome não é mencionado em suas três epístolas. Não
obstante, sua autoria foi confirmada por Policarpo, Papias, Eusébio, Irineu, Clemente de
Alexandria e Tertuliano. O nome "João" significa "graça de Deus". Era judeu, pescador
(Mt.4.21), irmão de Tiago, filho de Zebedeu e Salomé (Compare Mt.27.56 e Mc.15.40). Foi
chamado de discípulo amado – Jo.13.23; 19.26; 21.20. Foi o discípulo mais íntimo do
Mestre. Até no momento da crucificação, João estava presente. Isso mostra sua disposição
de correr risco de vida para ficar ao lado de Jesus. Apesar de ter fugido no momento da
prisão de Cristo, João voltou pouco tempo depois.
São várias as citações a respeito de João nos evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas. Seu
nome é omitido no seu evangelho (João 20.2; 19.26; 13.23; 21.2). Encontram-se referências
ao apóstolo também em At.4.13; 5.33,40; 8.14; Gl.2.9; 2 Jo.1; 3 Jo.1; Apc.1.1,4,9. Na
segunda e na terceira epístola, ele se apresenta como "o presbítero". Podendo se apresentar
como apóstolo, demonstrou humildade ao utilizar título mais simples. Em Apocalipse,
apresenta-se como "servo".
Após o exercício do seu ministério em Jerusalém, João foi pastor em Éfeso, onde morreu
entre os anos 95 e 100. Policrates (ano 190), bispo de Éfeso, escreveu: "João, que se
reclinara no seio do Senhor, depois de haver sido uma testemunha e um mestre, dormiu em
Éfeso."
Data de escrita da primeira epístola – Final do primeiro século, entre os anos 95 e 100.
CARACTERÍSTICAS
A carta apresenta denúncia contra os falsos e incentivo aos verdadeiros cristãos. O autor é
incisivo, direto, totalmente convicto. Sua afirmações são muito fortes no sentido de apontar
o erro e a verdade.
O propósito da carta está bem definido com também vimos no evangelho (João 20.31). A
epístola foi escrita:
Entendemos que o autor estava bastante preocupado com a igreja, em seu estado presente e
futuro. Os demais apóstolos já haviam morrido e falsos mestres apareciam por toda parte.
Alertando os irmãos, o apóstolo ficaria mais tranqüilo e sua alegria seria completa (1.4).
Seu alerta é contra o pecado (2.1) e contra as heresias (2.26). São duas portas para o diabo
entrar nas vidas e nas igrejas. Embora as duas coisas estejam intrinsicamente ligadas, as
heresias apresentam um elemento muito perigoso. Todo tipo de pecado deve ser evitado,
mas se, eventualmente, cometermos algum, confessaremos e seremos perdoados (1.7,9;
2.1). A heresia entretanto, constitui-se num caminho de afastamento de Deus. A heresia, do
tipo mencionado por João, leva à apostasia. Então, tem-se uma situação muito perniciosa
em que a pessoa está errada mas pensa que está certa. Trata-se de um estado de pecado sem
reconhecimento, sem confissão, sem arrependimento e, consequentemente, sem perdão.
Aquele que passa a crer numa doutrina contrária à cruz, como pode ser perdoado? Não é
que Deus se recuse a perdoá-lo, mas a própria pessoa não acredita na única solução divina,
que é o sacrifício de Cristo. A reversão desse quadro é possível, mas muito difícil. O
melhor é a prevenção contra as heresias e isso se faz através do conhecimento e apego à
Palavra de Deus.
A situação da igreja inspirava cuidados. Notamos isso pelo que se lê nas cartas às sete
igreja da Ásia (Apc.2 e 3). As heresias grassavam em muitas comunidades. Em Apocalipse,
livro escrito na mesma época, João menciona as expressões "sinagoga de Satanás" (Ap.2.9),
"nicolaítas" (Ap2.6,15), "doutrina de Balaão"(Ap.2.14), etc.
O gnosticismo, sistema que mistura idéias filosóficas, crenças judaicas e cristãs, era uma
das principais fontes de heresias da época. Assim, muitos cristãos se tornaram gnósticos.
Criam em Jesus mas negavam a realidade de sua encarnação e morte. O fato de se
denominarem cristãos criava uma situação confusa. Quem eram os verdadeiros cristãos? Os
que criam de uma forma ou os que criam de outra?
1 – "Quem é o mentiroso senão aquele que nega que Jesus é o Cristo?" (I Jo.2.22).
2 – "Quem é o que vence o mundo senão aquele que crê que Jesus é o Filho
de Deus?" (I Jo.5.5).
Quem – 4.7,8,9,10.
É possível passar de um lado para o outro. Esse trânsito pode ser chamado
conversão ou, no sentido contrário, apostasia. João disse que "passamos da morte para a
vida." (3.14). E o seu cuidado era para que não acontecesse o processo contrário com
alguns irmãos que, envolvidos pela heresia, pudessem passar da verdade para a mentira.
A heresia é uma doutrina errada, mas isso pode não estar tão claro no início. O que
chega até nós é simplesmente uma doutrina. Esta deve ser então identificada. Por meio dos
parâmetros encontrados na epístola, o autor identifica a doutrina, o mestre e o espírito que
está por trás (2.22-23, 4.1-6). As chaves identificadoras são:
Estes são os "instrumentos" que nos farão identificar a verdade e a mentira. Tais
indicadores são complementares entre si. Se alguém negar que Cristo é o Filho de Deus,
estará reprovado. Não está na verdade. Se alguém afirma que Cristo é o Filho de Deus mas
nega sua encarnação e morte, estará reprovado. Se alguém diz ter uma fé correta a respeito
de Cristo, então o próximo teste é a relação com os irmãos. Se a pessoa odeia os irmãos ou
lhes nega auxílio nas necessidades, então estará reprovada. Se a pessoa ama o mundo, anda
segundo o mundo, vive de modo agradável ao mundo, pecando habitualmente, então está
do lado da mentira. A relações com os irmãos e com o mundo constituem evidências
visíveis do tipo de relação que temos com Cristo, uma vez que esse vínculo é espiritual e
invisível.
No cenário da verdade e da mentira precisamos nos localizar. Onde estamos? João usa
diversas vezes o verbo "estar". Em algumas delas, ele se preocupa em "localizar"
espiritualmente as pessoas. Se guardamos a palavra e amamos os irmãos, isso indica que
"estamos" em Cristo. Quem não ama seu irmão, "está" nas trevas. Finalizando, o autor diz
que "estamos" em Cristo, que é o verdadeiro Deus. (I Jo.2.5,6,9; 5.20).
Podemos ter nossa posição muito bem definida. Entretanto, vamos mantê-la? Um outro
verbo muito importante para João é "permanecer". Lembre-se do capítulo 15 do evangelho
de João: "Permanecei em mim e eu permanecerei em vós". "Se alguém permanece em mim
e eu nele, esse dá muito fruto." "Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora."
"Se vós permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós pedireis o que
quiserdes e vos será feito." "Permanecei no meu amor...", etc.
COMBATE AO GNOSTICISMO
O conhecimento sem amor pode causar tragédias. A bomba atômica é um exemplo clássico.
Outro verbo similar é o "saber". Essa palavra tem um sentido muito forte, pois não admite
dúvida, insegurança, medo nem ignorância. O comentário da Bíblia Thompson chama a
primeira epístola de João de "a carta das certezas". O autor usa o verbo "saber" de uma
forma bastante clara e determinada. (I Jo.2.3,5,11,21,29; 3.2,5,14,15; 5.15). Ele diz:
"Sabemos que somos de Deus." Não estamos perdidos nem confusos. SABEMOS quem
somos, onde estamos e para onde vamos.
O gnosticismo afirmava que o mal residia na matéria. Portanto, negavam que Deus
pudesse se encarnar. Em relação a Cristo, João escreveu: "nós ouvimos, vimos,
contemplamos, nossas mãos tocaram..." (I Jo.1.1-3). Ou seja, o apóstolo estava afirmando
insistentemente que o corpo de Cristo era matéria, pois poderia ser tocado, como de fato o
foi. Não se tratava de um espírito, uma aparição, como os gnósticos afirmavam. (I Jo.4.2;
5.6)
MUNDO - nosso posicionamento: não amamos o mundo; somos odiados por ele;
haveremos de vencê-lo (I Jo.2.2,15,16,17; 3.1,13,17; 4.1,3,4,5,9,14,17; 5.4,5,19).
VERDADEIRO - Mandamento – 2.8. Luz – 2.8. Unção – 2.27. Jesus – 5.20. Deus – 5.20.
O amor vem de Deus, através de Jesus. "Ele nos amou primeiro". Daí em diante, o amor
deve ter livre curso em direção aos irmãos, mas não em direção ao mundo. O amor deve
"circular como sangue" no Corpo de Cristo, que é a igreja.
COMUNHÃO - 1.3,6,7.
MANDAMENTOS NEGATIVOS
BIBLIOGRAFIA
CHAMPLIN, R.N. ; BENTES, J.M. - Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo -