17 - Frutã Feras - Devo - Pecadores Chamados Ã Santidade

DEVOCIONAL | PECADORES CHAMADOS À SANTIDADE
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Paula Regina Cabral Ribeiro - ribeirop582@gmail.com - CPF: 087.543.714-14

Introdução
Intro-
dução
Você não leu errado: Jesus chamou os pecadores à
Santidade. Pecadores redimidos e justificados que buscam
uma vida santa enquanto esperam pelo aperfeiçoamento
na glória. Pecadores lavados pelo sangue de Jesus,
comprados por um alto preço e livres da condenação do
pecado e da morte. Jesus chamou você e eu para sermos
santos, e isso não significa uma vida hipócrita, fingida e
isenta de erros, mas uma vida marcada pela graça que
superabundou o pecado, vivida pela fé no Salvador e
transformada pelo poder que há na Palavra.
Neste devocional, vamos juntas experimentar essa

verdadeira santidade. Ao longo desses dias aprenderemos
com o Apóstolo Paulo, que escreveu aos Colossenses
instruções para um viver santo.
Para um aprofundamento maior do tema, você vai

encontrar por aqui alguns trechos do livro Santidade do
autor J.C. Ryle, que tem sido extremamente necessário
para mim nessa jornada de buscar viver uma vida santa
em um corpo pecador, mas que se rende aos pés do nosso
Senhor Jesus.
Você está preparada para ser confrontada assim como

eu? Então, vamos juntas!


DIA
01 DEVOCIONAL | PECADORES CHAMADOS À SANTIDADE
O que é viver uma vida santa?
“Mas, assim como é santo aquele que os chamou, sejam

santos vocês também em tudo o que fizerem, pois está
escrito: ‘Sejam santos, porque eu sou santo’”. (1 Pedro 1.15-
16 NVI)
Se você está imaginando que ser santo é viver dentro de

uma bolha, longe dos perigos da sociedade, nos mais altos
montes, vestindo trajes específicos, fazendo longas orações
com ações piedosas e agindo como os monges, posso dizer
que ainda é preciso aprender muito sobre o que Jesus nos
ensinou sobre santidade.
Em Colossenses 3 aprendemos algumas coisas acerca de

exercer uma vida santa: se buscamos viver como Jesus nos
ensinou; se estamos abandonando a natureza terrena como
Ele nos alertou e se estamos nos revestindo da nova vida
em Cristo a fim de viver para glorificá-lo eternamente. Não
só Paulo, mas Pedro também lembra palavras do próprio
Deus sobre o que nós devemos buscar enquanto cristãos:
“Sejam santos, porque eu sou santo” (v.16).
Portanto, de Gênesis a Apocalipse, podemos entender que

para vivermos a nova vida em Jesus é preciso viver em
santidade. Como filhas justificadas na cruz e regeneradas
pelo Espírito Santo, buscamos viver uma vida santa,
verdadeira e digna.
Mas não se engane, não significa que viver uma vida santa
é ficar de braços cruzados enquanto esperamos que “os
frutos santos” desçam do céu e operem em nossas vidas
milagrosamente. Não é por nossa força, mas é nos esforçando
que conscientizamos a nossa mente, o nosso corpo e o nosso
espírito a viver uma vida para a glória de Deus.
Escrevo este texto enquanto estou nos ares. E não, não


morri nem me sinto um anjinho de pessoa. Estou em um voo

num avião pequenininho que sobe e desce, mais precisamente
um ATR 72 (sei disso graças ao meu esposo amante da
aviação). E pensando na questão da santidade, digo a vocês
que fomos chamados a ser santos ainda na terra. Não espere
o Grande Dia. Vamos buscar a santidade hoje; agora! No
cotidiano, no trivial, nas pequenas coisas, no ordinário.
Ser santo não é ser divino, afinal só o Senhor é! Ser santo

é ser separado para Ele. E isso começa na terra, começa em
vida. Como disse o escritor da obra Santidade: “Andar em
intimidade com Deus é um dever do crente”. Devemos
prosseguir em cumprí-lo com excelência enquanto provamos
um gostinho da eternidade.
O que aprendi sobre Deus hoje?
O que aprendi sobre mim mesma hoje?
Novembro
Fontes: Santidade: Sem a qual Ninguém verá o Senhor, de J.C. Ryle

DIA
Mantenham o Pensamento no Alto
“Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo,

procurem as coisas que são do alto, onde Cristo está
assentado à direita de Deus. Mantenham o pensamento nas
coisas do alto, e não nas coisas terrenas.” (Colossenses 3.1-2
NVI)
O capítulo 3 de Colossenses nos dá uma prévia do que é

viver em Cristo enquanto buscamos uma vida santa. É preciso
olhar para o alto. Mas o que o Apóstolo Paulo queria dizer
quando escreveu isso? Basta olhar o céu? Não era exatamente
de nuvens brancas, céu azul e pássaros voando que ele
estava falando. Paulo estava a exortar os irmãos da igreja
de Colosso devido às vãs doutrinas de salvação que se
espalharam entre eles. Eles viviam um conflito entre viver
a natureza humana e a natureza espiritual. Por isso, Paulo
traz à tona a verdade divina a todos aqueles que querem ser
um seguidor de Cristo: é preciso ter o entendimento correto
das coisas celestiais.
Vamos lembrar das palavras de Jesus no evangelho de

Mateus 6.19-21: “Não acumulem para vocês tesouros na
terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões
arrombam e furtam.” O que temos de maior valor não está
aqui na terra, mas sim no céu. Isso pode ser doloroso de ouvir
quando olhamos para a nossa família, nossos bens, nossa
profissão e nossas conquistas. Mas o verdadeiro cristão que
busca a santidade no Senhor tem os seus olhos no alto e
suas mãos levantadas enquanto seus pés tocam o chão.
Nada nos prende a esta vida finita e miserável. Nós estamos
peregrinando. Não somos daqui.


Paulo queria que os colossenses internalizassem as

palavras de Jesus: “onde estiver o seu tesouro, aí também
estará o seu coração” (Mt. 6.21).
E não nos enganemos com a lógica humana quando

dizemos que devemos olhar por onde pisamos - isso é
verdade quando falamos da lei dos homens. Mas não é
olhando para o alto que cairemos, muito pelo contrário. O
Salmista Davi nos lembra que Deus não permitirá que
tropecemos ao levantarmos nossos olhos para buscar
socorro. (Cf. Sl 121.1-4)
Hoje eu quero lembrar a mim e a você que manter a nossa

mente no alto é olhar para Cristo e não ser guiada pelas
coisas deste mundo. É ter o privilégio de colocar a mente e
o coração onde Ele está, assentado à direita de Deus.
Novembro

DIA
Escondendo Nossa vida em Cristo
“Pois vocês morreram, e agora a sua vida está escondida

com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a sua vida, for
manifestado, então vocês também serão manifestados com
ele em glória.” (Colossenses 3.3-4 NVI)
Você já deve ter visto alguma criança que, com medo,

vergonha, timidez ou até por brincadeira, foi se esconder
atrás do pai ou da mãe como se fizesse deles ali o seu escudo,
a sua torre de proteção, seu lugar seguro. Na verdade, ou
nós vimos isso acontecer com alguém ou nós fomos essas
crianças (ou as próprias mamães, no caso de algumas de
nós).
É essa cena que eu gostaria que vocês mentalizassem

enquanto falamos da nossa vida escondida em Cristo. Ele é
o nosso Refúgio e Fortaleza (cf. Sl 46.1-2). Nele estamos
seguros, não é mais sobre nós, nossas vontades e nossos
prazeres. Mas é por Ele, para Ele e através dele que vivemos.
Paulo enfatiza aos colossenses que a nova maneira de

viver é ter sua vida oculta em Cristo de maneira que Ele seja
o protagonista no palco da vida e nós, escondidos nele,
sejamos sua cópia. Mas para que isso aconteça de fato na
vida de um cristão, é preciso respondermos a uma pergunta
particular: Cristo é a sua vida?
Essa é uma afirmação de Paulo à igreja de Colosso, mas

é uma afirmativa seguida de uma pergunta que fazemos a
nós mesmos: Ele é, de fato, a nossa vida? Estamos vivendo
de modo santo a fim de nos escondermos em Jesus? Ele tem
sido o protagonista das nossas ações, nossos pensamentos


e nosso modo de viver?
O Apóstolo Paulo continua ensinando aos colossenses

como é a vida de quem busca a santidade: morrer para o
mundo e viver para Deus. E uma vez morto para o pecado,
morto para sempre. Não significa não pecar mais, mas
significa lutar diariamente contra o pecado. E agora mortos
na carne, vivemos nele, escondidos em sua obra salvífica.
É ao morrermos e nascermos de novo em Cristo que

seremos manifestados em glória quando o dia chegar! Que
grande alegria será viver isso com o Senhor! Aleluia!!! Mas
será que devemos esperar apenas esse dia chegar para
começarmos a viver escondidos em Cristo? De maneira
nenhuma!
Comecemos hoje a andar como crianças atrás do seu Pai,

escondidas em Seu amor e Sua graça, enxertadas na Videira
Verdadeira vivendo para a glória de Deus.
Novembro

DIA
Fazendo Morrer a Nossa Natureza Terrena
“Assim, façam morrer tudo o que pertence à natureza

terrena de vocês: imoralidade sexual, impureza, paixão,
desejos maus e a ganância, que é idolatria. É por causa
dessas coisas que vem a ira de Deus sobre os que vivem na
desobediência, as quais vocês praticaram no passado,
quando costumavam viver nelas.” (Colossenses 3.5-7 NVI)
Se existe algo que seja incompatível com viver uma vida

santa é o fato de permanecer na antiga humanidade uma
vez que se conhece a Jesus. O Apóstolo Paulo insistia em
lembrar aos colossenses que eles não pertenciam mais ao
império das trevas, portanto deveriam manter os
pensamentos no alto (devocional 1), esconder-se em Cristo
(devocional 2) e assim, mortificar a natureza humana para
poderem viver a nova vida no Senhor.
Paulo sabia que não era uma tarefa fácil de se fazer, mas
de maneira nenhuma os deixa perdidos. É através da
mensagem do evangelho que ele vai ensinar a igreja a colocar
a mente nas coisas lá do céu, fazendo isso, nos livramos do
peso de viver na desobediência e no pecado. Não é nem de
longe um passe de mágica. É a obra redentora de Cristo
seguida de sua justificação e acompanhada do nosso
processo de santificação dia após dia.
J.C. Ryle diz em seu livro Santidade, que há uma união

entre Cristo e o crente. Com Ele morremos, com Ele fomos
sepultados, com Ele ressuscitamos e com Ele nos assentamos
nos lugares celestiais.
Vamos fazer um exercício de trazer à memória quem

éramos antes de conhecer a Cristo como Senhor e Salvador


de nossas vidas. Hum… nada bom, não é mesmo? Talvez você

não consiga passar mais do que 15 segundos com essas
memórias na sua mente sem ter ânsia de vômito e mau estar,
assim como eu. Não éramos nada, nada, nada parecidas com
Jesus. Faltava compaixão. Faltava temor. Faltava humildade.
Faltava paciência. Faltava Ele.
J.C. Ryle descreve um trecho da oração comum do livro

de oração da sua igreja que a comunidade ora ao aproximar-
se da mesa da ceia do Senhor e eu gostaria de ler com vocês:
“A memória de nossos maus feitos nos enche de pesar; a
carga é intolerável. Tem misericórdia de nós, tem misericórdia
de nós, misericordiosíssimo Pai; por teu Filho, nosso Senhor
Jesus Cristo, perdoa-nos todo o nosso passado.”
Querida, estamos diante de um Deus que apesar de saber

quem éramos, esquece tudo o que fizemos, transforma
quem nós somos e nos aperfeiçoa em seu amor, bondade e
infinita graça. Que a nossa mente esteja focada no alto,
nossa memória voltada naquilo que pode nos trazer
esperança (cf. Lm 3.21) e nossos pés firmados na Rocha
inabalável que nos purifica de todo mal e nos concede uma
nova vida, vivida no Filho de Deus.
“As pessoas jamais voltarão o rosto decisivamente para

o céu, vivendo como peregrinas neste mundo, enquanto
realmente não sentirem que correm perigo de ir para o
inferno.” J.C. Ryle

Novembro

DIA
Cristo é Tudo
“Nessa nova vida já não há diferença entre grego e judeu,

circunciso e incircunciso, bárbaro e cita, escravo e livre, mas
Cristo é tudo e está em todos.” (Colossenses 3.11 NVI)
A afirmação de Paulo é poderosa apesar de ser curta em

suas palavras. Cristo. É. Tudo. Em Gênesis, na criação do
mundo, Ele estava lá. Era sobre Ele que os profetas
profetizavam às nações. Numa simples manjedoura em
Nazaré foi onde Ele nasceu. No Calvário, Ele morreu pelos
pecados da humanidade. Em Betânia, Ele foi assunto aos
céus com corpo ressurreto e glorificado e ao final, Ele voltará
para Reinar sobre toda terra e viveremos com Ele na glória
por toda a eternidade.
Cristo é tudo. Paulo não tem a intenção de tirar o mérito

da Santíssima Trindade com essa afirmação, de maneira
nenhuma, mas ele estava exortando os colossenses contra
as vãs doutrinas de salvação que haviam aprendido com
falsos mestres. Como o escritor J.C. Ryle disse em seu livro
Santidade: “Cristo é tudo, na justificação dos pecadores
diante de Deus. Somente por meio de Cristo podemos ter paz
com o Deus santo.”
Neste momento quero refletir com vocês como será

quando estivermos diante do Deus Todo Poderoso. Iremos
de mãos vazias e cara lavada? Ou pior, iríamos nós falando
orgulhosamente da frequência do nosso serviço nos cultos,
com o nosso caderninho de oração todo rabiscado ou o
“check” das aulas assistidas no Frutíferas? Não digo que tais
coisas são em vão, pelo contrário, elas são ferramentas
pelas quais amadurecemos na vida cristã. Porém afirmo
enfaticamente que jamais, jamais, será por nossa força e


nossos méritos que veremos o Deus santo face a face no

Grande Dia.
Só é possível aproximar-se de Deus em nome de Jesus e

mais nada. Ele é tudo! A santidade sem a qual ninguém verá
o Senhor, que a carta de Hebreus nos revela, está nEle. Ryle
diz que nenhum homem é verdadeiramente santo enquanto
não for até Cristo e se unir a Ele espiritualmente. Portanto,
não há possibilidade de vivermos em santidade sem Jesus.
Não quero trazer peso aos nossos corações como é a

nossa tendência quando olhamos para nossas falhas e
nossos pecados, mas sim trazer alegria enquanto voltamos
nossos olhos para o Salvador e a sua obra salvífica. Tenhamos
a alegria de viver em Cristo, justificadas pela fé e crescendo
em santidade à medida que entendemos que é permanecendo
na Videira verdadeira que viveremos conforme as palavras
de Jesus no evangelho de João 15.5: “Porque sem mim nada
podeis fazer”.
Novembro

DIA
Revistam-se!
“Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado,

revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade,
mansidão e paciência. Suportem-se uns aos outros e
perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros.
Perdoem como o Senhor lhes perdoou. Acima de tudo,
porém, revistam-se do amor, que é o elo perfeito.”
(Colossenses 3.12-14)
Por acaso você já ouviu essa frase: “se eu fosse você

esperaria mais para ser mãe, pois ter filhos muda tudo”? Eu
passei por isso recentemente ao genuinamente compartilhar
do meu desejo pela maternidade com uma mãe. Eu sei que
ter filhos muda tudo e não que eu queira comparar a
intensidade das mudanças, mas refleti que também é assim
quando casamos, quando saímos da casa dos nossos pais,
quando fazemos transição de carreira e, principalmente,
quando acreditamos em Jesus Cristo!
Conhecer a Jesus muda tudo! Era exatamente isso que

Paulo estava tentando dizer aos colossenses quando disse:
Revesti-vos! (cf. Col 3.12 versão ARA). Tudo muda na vida de
um cristão quando ele entrega a vida para Cristo. Suas
emoções, seus desejos mais ocultos, seu modo de viver e
também seus relacionamentos. Tudo se faz novo e essa
mudança é algo que experimentamos à medida que
conhecemos melhor a Cristo, a imagem do Deus invisível, na
nossa caminhada de intimidade com ele.
O Apóstolo Paulo traz algumas características que

encontramos em um cristão transformado que vai
restaurando sua vida em todas as áreas, mas existe uma que


sobrepõe todas as outras, que é o amor. O amor que é

chamado de elo perfeito, ou em outras versões da Bíblia, de
vínculo da perfeição. Uma perfeição que não vem de nós,
mas do próprio Deus que é amor (cf. 1 Jo 4.8).
Se quisermos viver uma vida santa, é necessário que

sejamos revestidas de compaixão, bondade, humildade,
mansidão e paciência para conosco e para com os outros.
Não precisamos ter medo das mudanças, mas devemos nos
submeter a elas diante de Cristo porque Ele sempre tem o
melhor para nós. A nossa santificação requer que não
sejamos as mesmas, a velha *insira seu nome aqui* ficou
para trás. Revista-se!
E o mais interessante é que o apóstolo Paulo, antes de

falar sobre tudo o que era necessário mudar na vida dos
colossenses, os chama de povo escolhido de Deus, santo e
amado (cf. Col 3.12).
Queridas, a mudança é boa e não é operada por nossas

forças, mas pelo Espírito que habita em nós. Fixamos nossos
olhos no Alto lembrando de quem somos em Jesus e o que
ele opera em nossas vidas. Que possamos descansar
enquanto a obra é feita, na esperança de que ela seja
concluída em sua perfeição na glória, porque é da vontade
do Senhor que sejamos santificadas. Aleluia!

Novembro

DIA
Chamados Para Viver em Paz
“Que a paz de Cristo seja o juiz em seu coração, visto que

vocês foram chamados para viver em paz, como membros
de um só corpo. E sejam agradecidos.” (Colossenses 3.15)
A vida em comunidade é um exercício da nossa santidade.

Ser igreja é sobre conviver com pessoas diferentes de nós,
mas que têm uma coisa em comum, que é o suficiente, Jesus.
O apóstolo Paulo enfatiza à igreja de Colossos que eles
foram chamados a viver em paz. E não foi sem sentido que
anteriormente ele advertiu-os para revestirem-se de
qualidades que fazem parte da nova maneira de viver com
Cristo e se relacionarem uns com os outros.
A paz de Cristo nos guia na caminhada cristã como o nosso

exemplo que deve ser seguido. O que seria juiz em nosso
coração se não a paz de Cristo? Nosso senso de juízo é
totalmente o oposto do nosso Criador. Por nossa força não
temos compaixão, misericórdia, bondade, mansidão e todos
os outros atributos comunicáveis de Deus que são operados
em nós através do seu Espírito.
Paulo ensina aos colossenses que é somente convivendo

com Jesus que aprenderemos como conviver com o nosso
irmão. Como membros de um só corpo poderiam viver em
guerra? Como o pé ajudaria as pernas a se moverem? Ou o
pescoço ajudaria o seu corpo a sustentar a cabeça? Como se
mover, se alimentar e viver, se o corpo não estiver em plena
comunhão?
A Bíblia é didática e algumas vezes é mais fácil do que

pensamos entender o que a Palavra quer nos ensinar: se a
paz de Cristo for o juíz do nosso coração, até nas maiores


tribulações, conflitos e caos, saberemos viver em paz porque

viveremos com base na Sua Palavra e não nos nossos
desejos.
No livro Santidade, J.C. Ryle, cita algumas importâncias

de sermos santos na prática. Em uma delas ele afirma que
“devemos ser santos por ser essa a maneira mais provável
de fazer o bem ao próximo”. Sermos chamados para viver
em paz é mais um degrau da escada rumo à santificação. E
fazendo isso, sejamos agradecidos. Não de braços cruzados,
não enraivecidos, mas com mansidão, ternura e alegria.
Se viver para Cristo não resultar em nós o desejo de amar

os nossos irmãos, estaremos vivendo para qualquer outro
falso deus com intenções malignas e não seremos dignos
de ser chamados imitadores de Cristo.
No céu não haverá espaço para o conflito interpessoal, a

fofoquinha entre quatro paredes, a inveja branca, rosa,
amarela ou de qualquer outra cor. No céu só tem lugar para
aqueles que foram chamados para viver em paz, como
membros de um só corpo. Oremos ao Senhor para nos
lembrarmos de sua Palavra dia após dia e fazer o nosso
coração mais parecido com o Dele, na esperança de sermos
transformados!

Novembro

DIA
A palavra que habita em nós
“Habite, ricamente, em vocês a palavra de Cristo; ensinem

e aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria e
cantem salmos, hinos e cânticos espirituais com gratidão a
Deus em seu coração.” (Colossenses 3:16)
Se tem uma coisa que Paulo queria passar para os

colossenses era o fato de que eles precisavam das Escrituras
para viverem uma vida santa. Era da Palavra que eles
deveriam se alimentar se quisessem lutar contra as mentiras
ensinadas pelos falsos mestres cheios de doutrinas vãs e
longe da verdade do evangelho.
Com tantos falsos ensinamentos, o apóstolo queria

mostrá-los que mesmo na sua ausência, ainda que ele não
pudesse caminhar junto com a igreja de Colosso, era nas
Escrituras que eles deveriam se apoiar. Paulo iria embora
para sua próxima viagem missionária, mas a Palavra
permaneceria entre eles. Os falsos mestres iriam cair no
engano um dia e a Palavra permaneceria inerrante, fiel e
verdadeira, assim como ela ainda é.
“Habite, ricamente.” Essa expressão nos traz um tom de

profundidade. Paulo fala de uma maneira que nos dá uma
ideia de habitar nas Escrituras de forma intensa, completa
e profunda. Em outra tradução, a NVT (Nova Versão
Transformada), vamos encontrar o mesmo versículo escrito
assim: “Que a mensagem a respeito de Cristo, em toda a sua
riqueza, preencha a vida de vocês”. Quando a Palavra de Deus
habita em nós ricamente, ela habita de maneira plena, sem
dividir espaço, tempo ou glória com ninguém. É, de fato, como
se ela devesse preencher toda nossa vida — e não somente
preencher, mas nortear.
J.C. Ryle, em sua obra Santidade, afirma que a santidade


é o hábito de ter a mesma mente de Deus à medida que

tomamos conhecimento da sua mente, descrita nas
Escrituras. Quando a Escritura habita em nós, também habita
O Escritor. Não basta viver a Palavra 85%, 90% ou 99%,
assim como Cristo é tudo, toda a palavra nos vale!
E habitar a Palavra em nós não significa somente decorar

versículos para gincanas de retiro, fazer postagens nas
redes sociais e participar de estudos bíblicos aos domingos.
É tê-la profundamente, de maneira tal que não só tenhamos
ela em nosso coração, mas que vivamos a mesma no nosso
dia a dia, no ordinário. A nossa santidade começa ainda no
lar, quando acordamos para a glória de Deus e buscamos
viver conforme a sua vontade, sabendo que devemos viver
para glorificá-lo.
Quem você é quando está de frente para uma pilha de

louça suja ou em cestos cheios de roupas para lavar? Uma
filha na qual a Palavra de Cristo habita ricamente. É uma
atividade menos santa o fato de arrumar a cama
ordinariamente pela manhã ao invés de virar a madrugada
em uma vigília? Óbvio que não! Habitaria a Palavra de Deus
menos em uma mãe de puerpério do que em uma mulher
que se dedica a estudar teologia, participando ativamente
dos ministérios da igreja? De maneira alguma!
No que quer que estejamos atuando, onde quer que

estejamos e em qualquer momento de nossas vidas; habite
a palavra de Cristo ricamente em nós. No quarto. No trabalho.
Na cozinha. No berçário. No púlpito. No supermercado.
Mergulhe profundamente na Palavra de Deus até que ela
preencha a sua vida, ensine e aconselhe as suas irmãs na
caminhada, cante hinos e cânticos de louvores a Deus e tudo
isso faça com gratidão a Deus em seu coração porque ele é
bom.
O que aprendi sobre Deus hoje? Novembro


DIA
Justificados Para a Santificação
“Mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, como

convém a quem está no Senhor. Maridos, ame cada um a
sua mulher e não a tratem com amargura.
Filhos, obedeçam a seus pais em tudo, pois isso agrada
ao Senhor.
Pais, não irritem seus filhos, para que eles não desanimem.
Escravos, obedeçam em tudo a seus senhores terrenos,
não somente para agradá-los quando eles estão
observando, mas com sinceridade de coração, pelo fato de
vocês temerem o Senhor. Tudo o que fizerem, façam de todo
o coração, como para o Senhor, e não para os homens,
sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança.
É a Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo.” (Colossenses
3.18-24 NVI)
Desde o momento que Cristo nos salva, libertando-nos

do pecado, ele nos justifica. Paulo afirma aos romanos que
fomos justificados pelo sangue de Jesus, logo é uma obra
que não requer um esforço nosso, mas sim do próprio Deus
(cf. Rm 5.9). Então, após a justificação por meio da ação única
do Senhor, somos chamadas à santificação como um
resultado do que o Espírito opera em nós à medida que nos
esforçamos para isso.
Quando Tiago afirma que a fé sem obras é uma fé morta,
pode nos parecer complexo, mas é mais simples do que
imaginamos. Segundo J.C. Ryle: “a fé justificadora é uma
graça que ‘não trabalha’, mas que simplesmente confia,
descansa e se apóia em Cristo (cf. Rm 4.5) e a fé santificadora
é uma graça cuja própria existência consiste em ação,
porquanto ‘atua pelo amor’ e, à semelhança de uma mola-
mestra, impulsiona totalmente o homem interior (cf. Gl 5.6)”.
Quando Paulo ensina os colossenses a fazerem tudo em
nome do Senhor Jesus, ele os está chamando para uma vida
santa, uma fé santificadora. Se houver um cristão de braços
cruzados diante do chamamento de Jesus e da missão do


que é ser um discípulo, este não entendeu o que é seguir a

Cristo. E não confundam ser ativistas evangélicos com viver
uma vida de santidade, não confundam viver a partir de
sentimentos e emoções com o crer e realizar obras que
manifestem Jesus em nossa vida.
A santidade é um atributo comunicável do nosso Deus,
logo ela é muito mais do que sensações e impressões
internas. J.C. Ryle afirma que ela é algo da “imagem de Cristo”
em nós, que pode ser visto e observado por outras pessoas
em nossa vida particular, em nossos hábitos, nosso caráter
e nossas ações. Nos versículos 18 a 22 do capítulo 3 de
Colossenses, Paulo chega ao fim da carta com algumas
instruções de comportamento e responsabilidade social aos
esposos, esposas, filhos, pais, escravos e senhores. O que
ele queria trazer aqui era o fato de que um cristão verdadeiro
deve seguir boas condutas.
J. C. Ryle diz, sobre isso, “Nosso linguajar, nosso
temperamento, nossas paixões e inclinações naturais, nossa
conduta como pais e filhos, como patrões e empregados,
como esposos e esposas, como governantes e cidadãos,
nossa maneira de vestir, o uso que fazemos do tempo, nossa
conduta nos negócios, nosso comportamento na saúde e na
enfermidade, na riqueza e na pobreza; tudo, tudo faz parte
daquilo que os escritores impelidos pelo Espírito trataram.
Eles não se contentaram em falar de modo geral sobre como
devemos crer e sentir ou como devemos ter as raízes da
santidade implantadas em nosso coração, mas cavaram
mais fundo do que isso, entrando em pormenores.
Especificaram minuciosamente o que um homem santo deve
fazer e ser no seio de sua família, dentro do seu lar, quando
ele permanece em Cristo”.
Não somos justificadas para o fim do nosso bel prazer e
comodidade. A nossa caminhada com Cristo apenas começa
na justificação sendo o meio pelo o qual nós buscamos a
santidade. A nossa jornada continua no dia a dia de nossas
vidas, em meio aos eventos ordinários e extraordinários, mas
sempre vivendo para a glória de Deus sabendo que a nossa
recompensa é Ele mesmo, o Senhor.
Novembro

DIA
Verdadeira Santidade
“Porque Deus não nos chamou para a impureza, mas para

a santidade.” (1 Ts. 4:7 NVI)
Não estamos mais em colossenses, mas permaneceremos

com os ensinos do apóstolo Paulo. Deus nos chamou para a
santidade e para isso ele não esperou que estivéssemos no
céu, na glória ou em meio aos anjos e seres celestiais. A
missão de sermos santos foi nos dada aqui e agora, na terra,
no mundo quebrado em meio a uma humanidade caída,
perversa e doente. E nós também, enquanto pecadoras
redimidas pelo sangue de Jesus, somos chamadas à santidade
para que seja manifesta a glória de Deus através das nossas
vidas.
Paulo aconselha os irmãos de Tessalônica, a fortalecerem

os seus corações a fim de serem irrepreensíveis em santidade
diante de Deus e Pai, na vinda do Senhor Jesus com todos os
seus santos (cf. 1 Ts. 3.13). Fortalecer o coração seria também
como fortalecer a mentes e pensamentos, também por isso
lembramos da exortação de Paulo aos colossenses: pensem
nas coisas que são do alto (cf. Col 3.1).
Se você chegou até aqui e se sente cada vez mais indigna,

confusa e até suja do pecado por não conseguir se ver
vivendo a santidade, deixa eu te ajudar a tirar esse fardo
pesado das costas como aconteceu comigo ao ler esta frase
do J.C. Ryle:
“O homem santo seguirá a humildade e a sua atitude será

de considerar os outros superiores a si mesmo. Verá mais
maldade em seu próprio coração do que em qualquer outro
coração”.
Jó se viu indigno diante de Deus assim como Jacó; Abraão


repetia para o Senhor que não passava de pó e cinza; Paulo

disse que ele mesmo era dentre todos, o pior dos pecadores
(cf. Gn 32.10, Jó 40.4, Gn 18.27, 1Tm 1.15). Lembre-se que Deus
chamou não os perfeitos e puros, mas os pecadores à
santidade.
Uma vida santa nada tem a ver com perfeição, inerrância

ou ausência de pecados. Quando o Senhor nos chama à
santidade é com uma pré-ciência que não saberemos seguir
o caminhos sozinhos e justamente por isso nos é dado o
Auxiliador. E por mais que façamos tudo “certinho”, ainda
será um pequeno fragmento da plenitude que haverá de ser
na glória quando estivermos em corpos incorruptíveis, livres
de toda mancha do pecado.
J.C. Ryle disse, “A santidade, mesmo quando atinge o ponto

culminante neste mundo, é apenas uma obra imperfeita. Na
história dos mais notáveis santos que já viveram neste
mundo, você encontrará muitos ‘mas’, muitos ‘no entanto’ e
muitos ‘apesar de’, antes de chegar ao capítulo final”.
Que muito mais do que os olhos presos na constância e

perfeição das nossas ações, estejam o nosso olhar fixo no
alto e as nossas orações com corações sinceros como
verdadeiras filhas de Deus que buscam conhecer o que Ele
deseja de nós. Que sejamos sempre fiéis ao chamado do
Senhor, sabendo que não é um caminho em perfeita planície,
mas que iremos percorrer longas subidas e descidas, curvas
acentuadas e estradas esburacadas. No entanto, que nunca
nos falte o conhecer do caráter de Cristo a fim de nos
tornarmos cada dia mais parecidas com Ele, nosso Amado
mestre.
Por fim, oro ao Senhor que nos esforcemos para gastar a

nossa vida em busca de sermos semelhantes a Jesus. Que o
Espírito Santo nos ajude a viver a verdadeira santidade na
prática, com temor a Deus, evitando todo o pecado conhecido,
observando os mandamentos revelados na Palavra, com
humildade e pureza de coração, e tendo uma mentalidade
Novembro
espiritual com o anseio da nossa Pátria Celeste, o lugar onde
pertencemos verdadeiramente. Afinal, a santidade está
estampada em tudo quanto existe no céu. Pensemos nas

coisas que são do alto!




17 - Frutã Feras - Devo - Pecadores Chamados Ã Santidade

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DEVOCIONAL | PECADORES CHAMADOS À SANTIDADE

Material desenvolvido por Frutíferas |

Paula Regina Cabral Ribeiro - ribeirop582@gmail.com - CPF: 087.543.714-14

Neste devocional, vamos juntas experimentar essa

Para um aprofundamento maior do tema, você vai

Você está preparada para ser confrontada assim como

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DEVOCIONAL | PECADORES CHAMADOS À SANTIDADE

O que é viver uma vida santa?

“Mas, assim como é santo aquele que os chamou, sejam

Se você está imaginando que ser santo é viver dentro de

Em Colossenses 3 aprendemos algumas coisas acerca de

Portanto, de Gênesis a Apocalipse, podemos entender que

Escrevo este texto enquanto estou nos ares. E não, não

Material desenvolvido por Frutíferas |

Paula Regina Cabral Ribeiro - ribeirop582@gmail.com - CPF: 087.543.714-14

morri nem me sinto um anjinho de pessoa. Estou em um voo

Ser santo não é ser divino, afinal só o Senhor é! Ser santo

O que aprendi sobre Deus hoje?

O que aprendi sobre mim mesma hoje?

Fontes: Santidade: Sem a qual Ninguém verá o Senhor, de J.C. Ryle

Paula Regina Cabral Ribeiro - ribeirop582@gmail.com - CPF: 087.543.714-14

DEVOCIONAL | PECADORES CHAMADOS À SANTIDADE

Mantenham o Pensamento no Alto

“Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo,

O capítulo 3 de Colossenses nos dá uma prévia do que é

Vamos lembrar das palavras de Jesus no evangelho de

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Paulo queria que os colossenses internalizassem as

E não nos enganemos com a lógica humana quando

Hoje eu quero lembrar a mim e a você que manter a nossa

O que aprendi sobre Deus hoje?

O que aprendi sobre mim mesma hoje?

Fontes: Santidade: Sem a qual Ninguém verá o Senhor, de J.C. Ryle

Paula Regina Cabral Ribeiro - ribeirop582@gmail.com - CPF: 087.543.714-14

DEVOCIONAL | PECADORES CHAMADOS À SANTIDADE

Escondendo Nossa vida em Cristo

“Pois vocês morreram, e agora a sua vida está escondida

Você já deve ter visto alguma criança que, com medo,

É essa cena que eu gostaria que vocês mentalizassem

Paulo enfatiza aos colossenses que a nova maneira de

Essa é uma afirmação de Paulo à igreja de Colosso, mas

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e nosso modo de viver?

O Apóstolo Paulo continua ensinando aos colossenses

É ao morrermos e nascermos de novo em Cristo que

Comecemos hoje a andar como crianças atrás do seu Pai,

O que aprendi sobre Deus hoje?

O que aprendi sobre mim mesma hoje?

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DEVOCIONAL | PECADORES CHAMADOS À SANTIDADE

Fazendo Morrer a Nossa Natureza Terrena

“Assim, façam morrer tudo o que pertence à natureza

Se existe algo que seja incompatível com viver uma vida

J.C. Ryle diz em seu livro Santidade, que há uma união

Vamos fazer um exercício de trazer à memória quem

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de nossas vidas. Hum… nada bom, não é mesmo? Talvez você